Tema - Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito ?
A preservação do meio ambiente é fundamental para a construção de uma sociedade
harmônica e desenvolvida. Numa escala mundial, entretanto, a consonância entre a elaboração de medidas ambientais e o desenvolvimento humano é algo extremamente difícil e complexo, seja pela grande dependência de combustíveis fósseis, seja pelo histórico de desinteresse das grandes nações em realizar tal união. Em primeiro lugar, convém ressaltar a grande dependência de combustíveis fósseis. Segundo um relatório divulgado pelo grupo de governança REN21, no ano de 2019, os combustíveis não renováveis representam 80% do consumo de energia mundial, a mesma porcentagem da década passada, período em que as fontes de energia renováveis estavam em um momento inicial de desenvolvimento. Esse dado comprova a sujeição do mundo contemporâneo quanto ao uso de fontes não renováveis, além de evidenciar o desinteresse na utilização de novos mecanismos de proteção ambiental. Assim, é de grande urgência que representantes do poder internacional invistam em novas fontes de energia para conciliar as questões econômicas e naturais em conflito. Em segundo lugar, faz-se necessário, ainda, salientar o histórico de desinteresse das grandes nações em elaborar um desenvolvimento sustentável. “Somos os maiores poluidores do mundo, mas se for preciso poluiremos mais para evitar uma recessão na economia americana.”A frase, do ex-presidente americano George Bush, baseia-se na ideia de que o modelo econômico atual é capaz de todos os meios de exploração ambiental para manter seu status quo. Tal percepção, amplificada pela presença do capitalismo em todo o meio globalizado, afeta diretamente nas decisões relacionadas ao meio ambiente, sendo um reflexo do descaso e desprendimento quanto a utilização do meio natural como um gerador de riquezas. Portanto, é necessário que as autoridades administrativas de todo o mundo, como principais representantes dos interesses de cada país, se articulem em prol do desenvolvimento sustentável, por meio da adoção de medidas ambientais no plano econômico e da utilização de novos mecanismos sustentáveis dentro da indústria e da produção energética, a fim de que os interesses em conflito sejam finalmente conciliados.