Em sua etimologia, inflação é o nome utilizado para designar o aumento generalizado de
preços de bens e serviços. Nessa perspectiva, no Brasil, a inflação econômica representa um
desafio para a sociedade como um todo, por encabeçar inúmeras adversidades. Entre os impactos sociais gerados pela problemática apresentada, destacam-se: a elevação dos custos de produtos essenciais e o crescimento das taxas de subemprego. Desse modo, faz-se necessária a análise dessa conjuntura a fim de mitigar os entraves gerados pelos efeitos inflacionários. Em primeiro lugar, convém ressaltar a elevação dos custos de produtos essenciais. Apesar de a Constituição Federal - norma de maior hierarquia do sistema jurídico - assegurar o acesso à saúde e a alimentação, verifica-se que tal prerrogativa é deturpada pela inflação, visto que, em uma pesquisa realizada pelo Estadão em 2022, produtos tidos como essenciais (como medicamentos e alimentos) tiveram um acréscimo médio de 30% em seus custos por causa de tal adversidade econômica. Nessa perspectiva, a não observância do Estado a esse preceito legal provoca danos severos nas bases de uma sociedade ideal, saudável e bem alimentada. Em segundo lugar, faz-se necessário, ainda, salientar o crescimento das taxas de subemprego como um grande impacto social gerado pelo problema apresentado. Conforme o sociólogo Marcelo Medeiros, em uma análise sobre Índice de Miséria no Brasil obtido em 2021, a queda da renda e o aumento nos números de subempregos são reflexos diretos da inflação e sua crescente no meio econômico. Dessa forma, a ausência de medidas públicas que visem conter tal adversidade acabam por prejudicar diretamente inúmeros indivíduos, principalmente aqueles que já vivem em pobreza, como resultado dos danos causados ao meio de subsistência individual (trabalho). Portanto, é necessário que o Governo Federal, manifestado na forma do Ministério da Economia, órgão responsável pela formulação e execução da política econômica nacional, diminua a emissão de papel-moeda, por meio de ajustes nas finanças do Estado e do corte de gastos públicos desnecessários, a fim de que a inflação seja devidamente contida num plano elaborado em longo prazo pelas entidades competentes.