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PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL

CONCÓRDIA – SC

REGIMENTO INTERNO

Atualizado e com anotações das alterações


em razão de Emendas à Lei Orgânica do
Município

NOVEMBRO - 2004
SUMÁRIO

TÍTULO I – CÂMARA MUNICIPAL................................................................................. 4


Capítulo I – Da Composição e da Sede art. 1º e art. 2º......................................................... 4
Capítulo II – Da Legislatura art. 3º...................................................................................... 5
Capítulo III - Da Sessão Legislativa art. 4º a art. 6º ............................................................ 5
Capítulo IV – Da Instalação da Legislatura e da posse dos Eleitos art. 7º a art. 14 .......... 6
Capítulo V – Da Competência da Câmara art. 15 a art. 17 ................................................. 7

TÍTULO II – DOSVEREADORES...................................................................................... 11
Capítulo I – Direitos e Deveres art. 18 a art. 22 .................................................................... 11
Capítulo II – Das Vagas e licenças art. 23 a art. 35 .............................................................. 14
Capítulo III – Da Convocação do Suplente art. 36 a art. 37 ................................................ 18
Capítulo IV- Da Remuneração do Vereador e das diárias art. 38 a art. 42 ....................... 19
Capítulo V – Dos Líderes e Colegiados art. 43 a art. 47....................................................... 20

TÍTULO III – DA MESA DA CÂMARA............................................................................ 21


Capítulo I – Da Eleição da Mesa art. 48 a art. 53 ................................................................. 21
Capítulo II – Composição e competência art. 54 a art. 57 ................................................... 23
Seção I – Do Presidente art. 58 a art. 61.................................................................................. 23
Seção II – Do Vice-presidente art. 62...................................................................................... 26
Seção III – Dos Secretários art. 64 .......................................................................................... 27
Capítulo III – Da Promulgação e das Publicações das Emendas à Lei Orgânica do
Município, das Leis, dos Decretos legislativos e das resoluções art. 66 a art.68 ................ 28
Capítulo IV – Da Política Interna art. 69 a art.74 ............................................................... 28

TÍTULO IV – DAS COMISSÕES........................................................................................ 29


Capítulo I – Disposições Gerais art. 75 a art. 77 ................................................................... 29
Capítulo II – Das Comissões Permanentes art. 78 a art. 81................................................. 30
Capítulo III – Da Competência das Comissões permanentes art. 82 a art. 89................... 30
Capítulo IV – Das comissões Temporárias art. 90 a art. 96................................................. 34
Capítulo V – Das Vagas das Comissões art. 97 .................................................................... 36
Capítulo VI – Do Presidente da Comissão art.98 a art. 102 ................................................ 36
Capítulo VII – Do Parecer e Voto art. 103 a art. 109 ........................................................... 37
Capítulo VIII – Das Reuniões das Comissões art. 110 a art. 119 ........................................ 38
Capítulo IX – Da Reunião Conjunta de Comissões art. 120 a art. 122............................... 40

TÍTULO V – DAS REUNIÕES ............................................................................................ 40


Capítulo I – Disposições Gerais art. 123 a art.131 ................................................................ 41
Capítulo II – Da reunião Pública.......................................................................................... 44
Seção I- Disposições Preliminares art. 132 a art. 135 ............................................................. 44
Seção II – Do Expediente art. 136 a art. 141 ........................................................................... 44
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Seção III – Da Ordem do Dia art. 142 a art. 154 ..................................................................... 45
Seção IV – Da Explicação Pessoal art. 155 a art. 156 ............................................................. 49
Capítulo III – Da Reunião Secreta art. 157 a art. 158 .......................................................... 49
Capítulo IV – Da Ordem Dos debates.................................................................................. 50
Seção I – Disposições Gerais art. 159 a art. 160...................................................................... 50
Seção II – Do Uso da Palavra art. 161 a art. 168 ..................................................................... 51
Seção III – Dos Apartes art. 169.............................................................................................. 52
Seção IV – Da Questão de Ordem art. 170 a art. 175.............................................................. 53
Seção V- Da explicação Pessoal art. 176................................................................................. 55

TÍTULO VII- DAS PROPOSIÇÕES ................................................................................... 54


Capítulo I – Disposições Gerais art. 177 a art.184 ................................................................ 54
Capítulo II – Das emendas a Lei Orgânica dos projetos de Lei, de Decreto Legislativo e
Resolução art. 185 a art. 200 ................................................................................................... 56
Capítulo III – Do Projeto de Cidadania Honorária ou Outra Honraria art. 201 a art.206
................................................................................................................................................. 59
Capítulo IV – Dos Projetos com Prazo de Apreciação Fixado pelo Prefeito art. 207 a art.
209 ........................................................................................................................................... 60
Capítulo V – Do Projeto de Lei do Plano Pluvianual de Diretrizes e Orçamentárias e do
Orçamento art. 210 a art. 213 ................................................................................................. 60
Capítulo VI - Da Tomada de Contas art. 214 a art. 218 ..................................................... 61
Capítulo VII - Das Indicações, Requerimento, Representações, Moções e Emendas ..... 62
Seção I – Disposições gerais art. 219 a art. 229 ...................................................................... 63
Seção II – Dos Requerimentos Sujeitos a Deliberação do Presidente art. 230 ....................... 64
Seção III – Dos Requerimentos Sujeitos a deliberação do Plenário art. 231........................... 66

TÍTULO VIII – DAS DELIBERAÇÕES............................................................................. 67


Capítulo I – Da Discussão e Votação art. 232 a art. 247 ...................................................... 67
Capítulo II – Da Votação ...................................................................................................... 70
Seção I – Do processo de votação art. 248 a art. 259 ............................................................. 70
Seção II- Do Encaminhamento de votação art. 260 a art. 261................................................. 72
Seção III – Do Adiantamento de Discussão art. 262 ............................................................... 72
Seção IV – Da Verificação de Votação art. 263 ...................................................................... 73
Seção V – Da Redação Final art. 264 a art. 268 ...................................................................... 73
Capítulo VIII – Do Veto à Proposição de Lei art. 269 a art. 271 ........................................ 74

TÍTULO IX – DISPOSIÇÕES FINAIS art. 272 a art. 281.................................................. 75

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RESOLUÇÃO Nº 140/98

Texto em preto: Redação original


Texto em azul: Redação dos dispositivos alterados
Texto em verde: Redação dos dispositivos revogados
Texto em vermelho: Redação dos dispositivos incluídos

Texto em marrom: Dispositivos derrogados (alterações


efetuadas por emendas à Lei Orgânica
do Município e não alteradas no
Regimento Interno)

Dispõe sobre a reforma do Regimento Interno


da Câmara Municipal de Concórdia

A Câmara Municipal de Concórdia, Estado de


Santa Catarina, aprovou e eu, Presidente, nos
termos do Art. 24, IV da Lei Orgânica do
Município, promulgo a seguinte
RESOLUÇÃO:

Título I

CÂMARA MUNICIPAL

Capítulo I

DA COMPOSIÇÃO E DA SEDE

Art. 1º A Administração do Município, em sua função deliberativa, compete à


Câmara Municipal, composta de Vereadores eleitos nas condições e termos da legislação
vigente.

Art. 2º A Câmara Municipal tem sua sede no edifício que lhe é destinado, na Sede
do Município de Concórdia- SC.

§ 1º São nulas as reuniões da Câmara realizadas fora da sua sede.

§ 2º Nos casos de calamidade pública ou de ocorrência extraordinária, que


impossibilite o funcionamento da Câmara em sua sede, poderá esta ser transferida,
provisoriamente, para outro local, por iniciativa da maioria absoluta dos Vereadores e

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aprovação de dois terços de seus membros.
§ 3º Quando da realização de reuniões solenes ou especiais, o local não comportar
as pessoas que desejarem assisti-las, estas realizar-se-ão em outro recinto, a requerimento de
qualquer Vereador, devidamente aprovado pela Câmara ou, de ofício, pelo Presidente.

§ 4º- As dependências da Câmara Municipal poderão ser utilizadas por partidos


políticos e outras Entidades legalmente constituídas, mediante prévia autorização da Mesa da
Câmara.

§ 5º Por requerimento de vereador, aprovado pelo plenário, poderão ser realizadas


reuniões descentralizadas da Câmara de Vereadores em outros locais do Município de
Concórdia, conforme Resolução própria. (Resolução nº 210/2002)

Capítulo II

DA LEGISLATURA

Art. 3º A Legislatura terá a duração de quatro anos, dividida em quatro Sessões


Legislativas anuais.

Capítulo III

DA SESSÃO LEGISLATIVA

Art. 4º Sessão Legislativa é o conjunto de dois períodos de funcionamento da


Câmara, sendo o primeiro de 15 de fevereiro a 30 de junho e o segundo de 1º de agosto a 15
de dezembro, com exceção da primeira sessão legislativa da legislatura, que terá como lapso
temporal 1º de Janeiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. (Emenda nº 7 LOM,
art 3º). Artigo prejudicado pela Emenda a Lei Orgânica nº 17/2004. Verificar art. 26 da
LOM. (sessão legislativa de 1º de fevereiro a 15 de dezembro).

§ 1º As reuniões marcadas para as datas de início ou término dos períodos


compreendidos na Sessão Legislativa serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,
quando recaírem em sábado, domingo ou feriado.

§ 2º O início dos períodos de Sessão Legislativa independe de convocação.

Art. 5º A Sessão Legislativa não será interrompida sem aprovação do projeto de


lei de diretrizes orçamentárias. (artigo derrogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 13/2001)

Parágrafo Único. Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado à


Câmara até o dia 15 de maio e devolvido para sanção até 30 de junho. (Artigo derrogado pela
Emenda a Lei Orgânica nº 11/2004. - ver art. 181 da LOM. – “a LDO será encaminhada à
Câmara até 20 de setembro e devolvida para sanção até 20 de outubro”).

Art. 6º Fica instituído o Recesso Geral do Legislativo, nos períodos de 1º a 31 de

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julho e de 16 de dezembro a 14 de fevereiro, ressalvado o que dispõe o artigo 4º deste
regimento. (Artigo derrogado pela Emenda a Lei Orgânica nº 17/2004. Ver art. 26 da LOM -
com exceção do art. 7º do Regimento Interno).

Capítulo IV

DA INSTALAÇÃO DA LEGISLATURA E DA POSSE DOS ELEITOS

“Art. 7º No primeiro ano de cada Legislatura, no dia primeiro de janeiro, às dez horas,
independente de convocação, os Vereadores eleitos reunir-se-ão, em reunião solene, nos
termos do art. 123, inciso IV, alínea “a”, itens 1, 2 e 3 , com a seguinte Ordem do Dia:

I - compromisso, posse e instalação da Legislatura;

II - eleição da Mesa da Câmara;

III – compromisso e posse do Prefeito e Vice-Prefeito.” (Redação dada pela


Resolução nº 172/2000)

Texto original: Art. 7º No primeiro ano de cada Legislatura, no dia primeiro de janeiro, às
dez horas, independentemente de convocação, os Vereadores eleitos reunir-se-ão, em reunião
solene, presidida por vereador, nos termos do art. 123 letras “c” e “d”, com a seguinte
Ordem do Dia:

I - compromisso, posse e instalação da Legislatura;

II - compromisso e posse do Prefeito e Vice-Prefeito, quando for o caso.

§ 1º O Vereador que não tomar posse na reunião prevista neste artigo, deverá
fazê-lo, no prazo de quinze dias, salvo motivo justo, aceito pela Câmara.

§ 2º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se, quando for o


caso.

§ 3º Na mesma ocasião e ao término do mandato, deverão fazer declarações de


seu bens, as quais serão transcritas em livro próprio.

§ 4º No ato da posse, exibidos os diplomas e verificada a autenticidade dos


mesmos, o Presidente em exercício, de pé, no que será acompanhado por todos os Vereadores,
proferirá o seguinte compromisso, que se completa com a assinatura do termo competente:
PROMETO GUARDAR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, A
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, A LEI ORGÂNICA DO
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA E O REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA
MUNICIPAL, DESEMPENHANDO LEAL E SINCERAMENTE O MANDATO A MIM
CONFERIDO, OBSERVANDO AS LEIS E TRABALHANDO PELO
ENGRANDECIMENTO DESTE MUNICÍPIO.

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Em ato contínuo, feita a chamada nominal, cada Vereador, novamente de pé,
declarará: ASSIM O PROMETO.

§ 5º Dando seqüência, o Presidente em exercício suspenderá a reunião por trinta


minutos, a fim de ser procedida a eleição da futura Mesa Diretora.

Art. 8º Empossada a Mesa, o Presidente em exercício declarará instalada a


Câmara, cessando, com este ato, o seu desempenho legal.

Art. 9º O Vereador que presidir a reunião solene, poderá convocar um dos


vereadores presentes para funcionar como secretário, até a constituição da Mesa.

Art. 10. Ao Vereador que presidir a reunião solene de instalação da Câmara,


compete conhecer do impedimento, renúncia ou morte do titular do mandato, comprovados no
transcurso dessa e convocar o suplente.

Art. 11. O Vereador que se apresentar após a instalação da Câmara, prestará


compromisso perante o Presidente, lavrando-se termo no livro próprio.

Art. 12. Após a eleição da Mesa, será dada posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito,
que prestarão o seguinte compromisso:
PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A LEI ORGÂNICA,
OBSERVAR AS LEIS DA UNIÃO, DO ESTADO E DO MUNICÍPIO, PROMOVER O
BEM GERAL DOS MUNÍCIPES E EXERCER O CARGO SOB A INSPIRAÇÃO DA
DEMOCRACIA, DA LEGITIMIDADE E DA LEGALIDADE.

§ 1º O compromisso se completa com a assinatura do termo de Posse, no livro


próprio.

§ 2º No ato da posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito deverão desincompatibilizar-se


e apresentar à Mesa a declaração de bens, direitos e obrigações dos seus patrimônios,
existentes no dia em que iniciam o exercício do mandato, para que a Câmara faça publicar,
procedendo da mesma forma, ao término do mandato.

Art. 13. Da reunião de instalação, lavrar-se-á ata em livro próprio, enviando-se


cópia autenticada à Secretaria do Estado de Justiça e ao Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 14. Se decorridos dez dias da data fixada para a posse do Prefeito ou Vice-
Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago
pelo Presidente da Câmara.

Parágrafo Único. Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-


Prefeito e, na falta ou impedimento, o Presidente da Câmara.

Capítulo V

DA COMPETÊNCIA DA CÂMARA

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Art. 15. Cabe à Câmara Municipal deliberar sobre tudo o que diz respeito ao
peculiar interesse do Município, notadamente a decretação e arrecadação dos tributos de sua
competência, a aplicação de suas rendas e a organização dos serviços públicos locais.

Art. 16. Compete privativamente à Câmara Municipal exercer as seguintes


atribuições, dentre outras, expedindo a respectiva resolução, quando for o caso:

I - receber o compromisso dos vereadores e dar-lhes posse;

II - eleger a sua Mesa e constituir as suas comissões;

III - dispor sobre sua organização, funcionamento e polícia, elaborando seu


Regimento Interno, bem como sobre a organização dos serviços administrativos internos e
provimento dos cargos respectivos;

IV – Fixar subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais.

V - conceder licenças ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos seus membros;

VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, por mais de quinze


dias, por necessidade do serviço;

VII - julgar, após receber aviso prévio do órgão competente, as contas do


Prefeito e da Mesa da Câmara, no prazo máximo de sessenta dias, após recebimento do citado
parecer;

VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos


indicados na Constituição, na Lei Orgânica do Município e na legislação federal aplicável;

IX - autorizar a realização de acordo externo, de qualquer natureza, de


interesse do município;

X - tomar as contas do Prefeito, através de comissão mencionada no artigo


77, II, quando não apresentadas em tempo hábil;

XI - propor pela Mesa a criação ou extinção de cargos dos serviços


administrativos internos e fixação dos respectivos vencimentos, prover os cargos na sua
organização administrativa, concedendo, em sendo o caso, aposentadoria aos seus servidores;

XII - aprovar ou homologar convênios, acordos ou quaisquer outros


instrumentos celebrados pelo Município com a União, Estado ou outra pessoa jurídica de
direito interno, entidades assistenciais e culturais e consórcios com outros municípios;

XIII - estabelecer e mudar, temporariamente, o local e horários das suas


reuniões;

XIV - convocar o Prefeito, Vice-Prefeito, Secretário Municipal ou auxiliares


diretos, para prestarem informações sobre assuntos administrativos de sua competência, em

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dia e hora previamente estabelecidos, por deliberação da maioria simples dos seus membros;

XV - deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas reuniões e fixar o


seu período oficial de recesso;

XVI - criar comissões legislativas de inquérito sobre fato determinado e


prazo certo, mediante requerimento de um terço de seus membros;

XVII - criar comissões de representação e especiais, nos termos deste


Regimento;

XVIII - conceder título de cidadão honorário ou outra honraria, homenagens


conferidas a pessoas que, reconhecidamente, tenham relevantes serviços ao Município ou nele
se destacado pela atuação exemplar de vida pública e particular, mediante proposta aprovada
pelo voto de, no mínimo, dois terços dos seus membros;

XIX - solicitar a intervenção do Estado no Município, mediante voto


favorável de, no mínimo, dois terços de seus membros;

XX - solicitar do Prefeito informações sobre assuntos referentes à


administração, as quais serão prestadas no prazo máximo de quinze dias, prorrogável por
igual período, desde que solicitado e devidamente justificado após o recebimento do
expediente, sob pena de configurar-se infração político-administrativa;

XXI - fiscalizar e controlar diretamente os atos do Poder Executivo


incluindo os da administração indireta;

XXII - exercer a fiscalização financeira e orçamentária do município,


mediante controle externo, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado;

XXIII - solicitar, fundamentadamente, através de um terço de seus


membros, parecer do Tribunal de Contas sobre matéria financeira e orçamentária, de relevante
interesse Municipal;

XXIV - decidir sobre a alteração do nome e a mudança de sede do


Município;

XXV - apreciar os vetos do Prefeito Municipal;

XXVI - conhecer da abertura de créditos extraordinários, verificando a


procedência dos fundamentos que a determinam;

XXVII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem o


Poder regulamentar ou os limites da delegação legislativa;

XXIII - proceder a tomada de contas do Prefeito, quando não apresentadas à


Câmara Municipal até o dia trinta e um de março de cada ano;

XXIX - zelar pela preservação de sua competência legislativa, em face de


atribuições normativas do Poder Executivo;

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XXX - apreciar o processo de concessão ou permissão e o de renovação de
concessão de serviços públicos;

XXXI - representar no Ministério Público, por maioria de seus membros, a


instauração de processo contra o Prefeito e o Vice-Prefeito e os secretários municipais, pela
prática de crimes contra a administração pública, que tomar conhecimento;

XXXII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de imóveis


municipais;

XXXIII - aprovar, previamente, por voto secreto, após argüição pública, a


escolha de titulares de cargos que a lei determinar. (artigo derrogado pela Emenda à Lei
Orgânica nº 14/2001 – “todas as deliberações da Câmara serão por voto ostensivo”).

§ 1º Para a contagem de tempo dos pedidos de informações que trata o inciso XX,
será observado o seguinte:

I – Computar-se-ão os prazos, excluído o dia do começo e incluindo o do


vencimento.

II - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento


cair em feriado, em dia de sábado ou domingo.

III - Os prazos somente começam a correr do 1º ( primeiro) dia útil após o


ciente da parte.

§ 2º É vedado à Câmara de Vereadores anistiar funcionários submetidos a


processo disciplinar.

Art. 17. Compete ainda, à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar
sobre matérias de competência do Município, especialmente:

I - legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a


legislação federal e estadual;

II - legislar sobre os tributos municipais, bem como autorizar isenções e


anistias fiscais e as remissões de dívidas;

III - votar o orçamento anual e o plurianual, a lei de diretrizes


orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;

IV - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de


crédito, bem como a forma e os meios de pagamento;

V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;

VI - autorizar a concessão de serviços públicos;

VII - regime jurídico dos funcionários municipais;

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VIII - autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;

IX - sistema viário municipal;

X - autorizar a alienação de bens e imóveis;

XI - feriados municipais nos termos da legislação federal;

XII - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação


sem encargo;

XIII - serviços funerários e cemitérios;

XIV - dispor sobre criação, organização e supressão de distritos, mediante


prévia consulta plebiscitária, observada a legislação estadual; (Redação modificada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 6/1994. - Ver inciso XI do art. 9º LOM. exclui o texto: “mediante
prévia consulta plebiscitária).

XV - criar, alterar e restringir cargos públicos e fixar os respectivos


vencimentos;

XVI - uso da propriedade e zoneamento urbano;

XVII - aprovar o plano diretor;

XVIII - saneamento urbano, higiene, sossego e salubridade pública;

XIX - autorizar convênios com entidades públicas ou privadas e consórcios


com outros municípios;
XX - delimitar o perímetro urbano;

XXI - símbolos do Município;

XXII - instituição de penas e multas pela infração de leis e regulamentos;

XXIII - autorizar a nomenclatura, alteração da denominação de vias


públicas e logradouros, observando-se um interstício de um ano após a morte, quando se
desejar homenagear pessoas.

Título II

DOS VEREADORES

Capítulo I

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DIREITOS E DEVERES

Art. 18. São direitos do Vereador:

I - tomar parte em reunião da Câmara;

II - apresentar proposições, discuti-las e votá-las;

III - votar e ser votado;

IV - solicitar, por intermédio da Mesa, informações das autoridades


competentes sobre fato relacionado com a matéria legislativa em trâmite, ou sobre fato sujeito
à fiscalização da Câmara;

V - fazer parte das comissões da Câmara, na forma regimental;

VI - falar, quando for necessário, solicitando previamente a palavra e


atendendo as normas regimentais;

VII - examinar ou requisitar, a todo tempo, qualquer documento da


municipalidade ou existente nos arquivos da Câmara, o qual lhe será confiado mediante carga,
pelo prazo máximo de dez dias, em livro próprio, por intermédio da Mesa;

VIII - utilizar-se dos diversos serviços da municipalidade, desde que para os


fins relacionados com o exercício do mandato;

IX - solicitar à autoridade competente, diretamente ou por intermédio da


Mesa, as providências necessárias à garantia do exercício do mandato;
X - requerer convocação de reuniões extraordinárias, secretas, solenes ou
especiais, na forma deste Regimento;

XI - solicitar licença, nos termos do disposto neste Regimento;

XII – Acesso livre à Sala da Bancada, em qualquer horário e dia da semana.

Art. 19. É respeitada a independência e a inviolabilidade dos Vereadores no


exercício do mandato, por suas opiniões e votos, não lhe sendo, porém, permitido em seus
pronunciamentos, pareceres ou proposições, usar de linguagem anti-parlamentar ou contrária
à ordem pública.

Art. 20. São deveres do Vereador:

I - comparecer no dia, hora e local designados para a realização das reuniões


da Câmara, oferecendo justificativa à Mesa, por escrito, em caso de não comparecimento;

II - não se eximir de trabalho algum relativo ao desempenho do mandato,


cumprindo os deveres e tarefas para os quais for eleito ou oficialmente designado;

III - dar, nos prazos regimentais, informações, pareceres ou votos de que for
incumbido, comparecendo e tomando parte nas reuniões das Comissões a que pertencer;

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IV - propor ou levar ao conhecimento da Câmara, medida que julgar
conveniente ao Município e à segurança e bem-estar dos munícipes, bem como denunciar o
que lhe pareça prejudicial ao interesse público.

Art. 21. O Vereador não poderá;

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,


autarquia, empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de


que seja demissível "ad nutum", nas entidades constantes na alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor


decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função
remunerada; (redação desta alínea completada pela Emenda à Lei Orgânica nº 7/1995, que
inclui no texto: “empresa pública e sociedade de economia mista”- ver art. 81, I, a da LOM).

b) ocupar cargo ou função de que seja demissível "ad nutum", nas entidades
referidas na Inciso I, "a"; (idem anotação anterior)

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se


refere o inciso I, "a", com exceção das empresas concessionárias de serviços públicos; (idem
anotação antentior)

d) ser titular de mais de um cargo público ou mandato eletivo federal,


estadual ou municipal.

Parágrafo Único. Para o vereador que, na data da posse, for servidor público,
serão observadas as seguintes normas:

I - havendo compatibilidade de horários, exercerá o cargo, emprego ou


função, juntamente com o mandato e receberá, cumulativamente, as remunerações;

II - não havendo compatibilidade de horários, exercerá apenas o mandato


eletivo, afastando-se do cargo, emprego ou função, sendo o tempo de serviço contado para
todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

Art. 22. Além das incompatibilidades mencionadas anteriormente, ao vereador é


vedado, no desempenho do respectivo mandato:

I - apresentar projeto de lei:

a) que crie cargos, funções ou empregos públicos;

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b) que aumente vencimentos ou vantagens dos servidores municipais.

II - quando denunciante, votar sobre a denúncia e integrar a Comissão


Processante de cassação de mandato;

III - fixar residência fora do Município;

IV - utilizar-se do mandato para atos de corrupção, subversão e improbidade


administrativa;

V - votar, quando legalmente impedido.

Capítulo II

DAS VAGAS E LICENÇAS

Art. 23. As vagas, na Câmara, verificam-se:

I - por morte ou extinção de mandato;

II - por renúncia;

III - por perda ou cassação do mandato;

IV - por posse e exercício de mandato eletivo estadual ou federal.

Art. 24. Extingue-se o mandato do Vereador e assim será declarado pelo


Presidente da Câmara quando:

I - deixar de tomar posse, sem motivo justo e aceito pela Câmara, dentro do
prazo legal;

II - o Vereador incidir nos impedimentos estabelecidos em lei, para


exercício do mandato ou não se desincompatibilizar até a posse, e, nos casos supervenientes,
no prazo fixado em lei ou pela Câmara.

§ 1º Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da Câmara, na


primeira reunião, comunicará ao Plenário e fará constar da ata a declaração da extinção do
mandato, convocando imediatamente o respectivo suplente.

§ 2º Se o Presidente da Câmara omitir-se nas providências do parágrafo anterior,


o suplente do Vereador ou o Prefeito Municipal poderá requerer a declaração da extinção do
mandato, por via judicial e, se procedente, o Juiz condenará o Presidente omisso, nas custas
do processo e honorários de advogado, os quais fixará de plano e a decisão importará na sua
destituição automática do cargo e no impedimento para nova investidura durante toda a
legislatura, elegendo-se, então, novo Presidente.

Art. 25. Dá-se a renúncia de mandato mediante ofício dirigido à Mesa, com a

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firma reconhecida, o qual produzirá imediatamente os seus efeitos, independentemente da
aprovação da Câmara, do que, por ofício, se comunicará ao Juiz Eleitoral da Comarca e ao
Partido Político a que está filiado o renunciante.

Art. 26. Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições do Art. 21;

II - cujo procedimento for declarado atentatório às instituições vigentes;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
reuniões ordinárias da Casa, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - que fixar residência fora do Município;

V - que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de


improbidade administrativa;

VI - que proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou


faltar com o decoro na sua conduta pública.

Art. 27. O processo de cassação do mandato de Vereador, assim como o de


Prefeito ou Vice-Prefeito, nos casos de infração político- administrativa definidas na Lei
Federal e estadual, obedecerá ao seguinte rito:

I - a denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a
exposição dos fatos e a indicação das provas;

a) sendo o denunciante Vereador, este ficará impedido de votar sobre a


denúncia e de integrar a Comissão Processante, podendo, todavia, praticar todos os atos de
acusação;

b) se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao


substituto legal, para atos do processo e só votará se necessário para completar quorum de
julgamento;

II - de posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião,


determinará a sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento;

III - decidido o recebimento, pelo voto da maioria dos presentes, na mesma


reunião será constituída a Comissão Processante, com três vereadores sorteados entre os
desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o Presidente e o Relator;

IV - recebido o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos


dentro de cinco dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e
documentos que a instruírem, para que, no prazo de dez dias, apresente defesa prévia, por
escrito, indique as provas que pretende produzir e arrole testemunhas, até o máximo de dez;

V - se o denunciado estiver ausente do Município, a notificação far-se-á por


edital, publicado duas vezes no Diário Oficial do Estado, com intervalo de três dias, no

15
mínimo, contado o prazo da primeira publicação;

VI - decorrido o prazo da defesa, a Comissão Processante emitirá parecer


dentro de cinco dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, fato que
será submetido ao Plenário;

VII - se o Plenário decidir pelo prosseguimento, o Presidente da Comissão


designará, desde logo, o início da instrução e determinará os atos, diligências e audiências que
se fizerem necessárias para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas;

VIII - o denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo,


pessoalmente ou na pessoa do seu procurador, com antecedência de, no mínimo, vinte e
quatro horas, sendo-lhe permitido assistir às diligências e audiências, bem como formular
perguntas e reperguntas às testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa, desde que
tais solicitações não sejam reconhecidamente expedientes protelatórios;
IX - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para
razões escritas, no prazo de cinco dias e, após, a Comissão Processante emitirá parecer final
pela procedência ou improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da Câmara a
convocação de reunião para julgamento;

X - na sessão de julgamento, o processo será lido integralmente e, a seguir,


os Vereadores que o desejarem, poderão manifestar-se verbalmente, pelo prazo máximo de
quinze minutos cada um e, ao final, o denunciado ou seu procurador terá o prazo máximo de
duas horas para a produção de sustentação oral;

XI - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações quantas forem as


infrações articuladas na denúncia e considerar-se-á afastado definitivamente do cargo, o
denunciado que for declarado pelo voto de dois terços, no mínimo, do membros da Câmara,
com o incurso em qualquer das infrações especificadas da denúncia;

XII - concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará o


resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração e, se houver
condenação, expedirá o competente Decreto Legislativo de Cassação do mandato do
denunciado;

XIII - se o resultado da votação for absolvitório, o Presidente determinará o


arquivamento do processo;

XIV - em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará o


resultado à Justiça Eleitoral da Comarca;

XV - o processo a que se refere este artigo deverá estar concluído dentro de


noventa dias, contados da data em que se efetivar a notificação do acusado;

XVI - transcorrido o prazo sem julgamento, o processo será arquivado, sem


prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os mesmos fatos.

Art. 28. Nas reuniões ordinárias, computa-se a ausência dos Vereadores, mesmo
que, por falta de número, elas não se realizarem.

16
Parágrafo Único. As sessões solenes não serão consideradas reuniões ordinárias
para fins de cômputo de presenças.

Art. 29. Para os efeitos do art. 28 deste Regimento, entende-se que o Vereador
compareceu às reuniões se assinou o Livro de Presenças e efetivamente participou dos seus
trabalhos.

Art. 30. Suspende-se o exercício do mandato de Vereador:

I - por motivo de condenação criminal, enquanto durem os seus efeitos;

II - pela suspensão dos direitos políticos;

III - pela decretação judicial de prisão preventiva;

IV - pela prisão em flagrante delito;

V - pela imposição de prisão administrativa.

Art. 31. Dar-se-á licença ao Vereador para:

I - tratamento de saúde devidamente comprovado ou em licença gestante;

II - desempenhar missão temporária, de caráter representativo ou cultural;

III - tratar de interesse particular.

§ 1º A licença só pode ser concedida à vista de requerimento, cabendo à Mesa dar


parecer para, dentro de quarenta e oito horas, ser o pedido encaminhado à deliberação da
Câmara.

§ 2º Apresentado o requerimento e não havendo número para deliberação durante


duas reuniões consecutivas, será ele despachado “ad referendum” do Plenário.

§ 3º É licito ao Vereador desistir, a qualquer tempo, da licença que lhe tenha sido
concedida, salvo o disposto no parágrafo único do artigo 33 deste Regimento.

Art. 32. No caso de licença para tratamento de saúde, a Mesa solicitará a juntada
de atestado do médico assistente, que esteja fixado o prazo necessário para o tratamento.

§ 1º A licença para tratamento de saúde pode ser prorrogada.

§ 2º Se o estado de saúde do interessado não lhe permitir encaminhar o


requerimento de licença, outro vereador o fará.

Art. 33. No caso de licença para tratar de interesse particular, o Vereador não terá
direito à remuneração durante o período em que estiver afastado.

17
Parágrafo Único. A licença para tratar de interesse particular não será inferior a
trinta dias, nem superior a cento e oitenta dias consecutivos ou intercalados, em cada sessão
legislativa, não podendo o Vereador reassumir o exercício do mandato, antes do término da
licença. (Parágrafo derrogado pela Emenda a Lei Orgânica nº 15/2004. - Ver inciso II, art. 14
da LOM “o prazo de licença nunca inferior a trinta dias, nem superior a cento e vinte dias”).

Art. 34. Independentemente de requerimento, considera-se como licença não


remunerada o não comparecimento às reuniões de vereador privado temporariamente da sua
liberdade, em virtude de processo criminal em curso.

Art. 35. O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal não perderá o


mandato, considerando-se automaticamente licenciado. (Artigo complementado pela Emenda
a Lei Orgânica nº 17/2004. - Ver § 2, do art. 17 da LOM que inclui “Vereador investido em
cargo de Ministro e Secretário de Estado”).

Capítulo III

DA CONVOCAÇÃO DO SUPLENTE

Art. 36. O Presidente da Câmara convocará suplente nos casos de:

I – vaga;

II - concessão de licença a Vereador por prazo não inferior a trinta dias, para
tratar de interesses particulares;

III - encontre-se o Vereador investido nas funções de Ministro de Estado,


Secretário de Estado, Secretário Municipal ou Prefeito nomeado;

IV - encontre-se o Vereador substituindo o Prefeito, por prazo superior a


trinta dias.

§ 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo máximo de quinze


dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.

§ 2º Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará o fato


dentro de quarenta e oito horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral, procedendo-se
nova eleição se faltar mais de quinze meses para o término da Legislatura.

§ 3º O suplente não intervirá nem votará no processo de cassação de mandato,


quando a convocação decorrer de afastamento do titular, por escrito.

§ 4º Ao suplente de Vereador é facultado promover judicialmente a declaração de


extinção de mandato de Vereador de sua bancada partidária.

Art. 37. Consideram-se suplentes, para fins do artigo anterior, os assim declarados
pelos juízes eleitorais competentes.

18
§ 1º Uma vez empossado, o suplente fica sujeito a todos os direitos e obrigações
atribuídas aos Vereadores, salvo ser votado como membro da Mesa e $ 3º do Art. 36.

§ 2º Com a convocação de mais de um suplente, o retorno de qualquer Vereador


acarreta o afastamento do último convocado, na ordem inversa da respectiva votação.

Capítulo IV

DA REMUNERAÇÃO DO VEREADOR E DAS DIÁRIAS

Art. 38. A remuneração dos Vereadores, fixada por Resolução da Mesa, obedecerá
os termos, limites e critérios estabelecidos em legislação complementar à Constituição da
República. (artigo derrogado pela Emenda a Lei Orgânica nº 11/2004. - Ver art. 13 da LOM.
“a remuneração passou a ser fixada por lei e iniciativa da Câmara”).

Art. 39. Somente uma reunião por dia poderá ser remunerada.

Art. 40. A remuneração será integral ao Vereador:

I - no exercício do mandato, desde que compareça a todas as reuniões


ordinárias e extraordinárias;

II - licenciado na forma dos incisos I e II do artigo 31 deste Regimento.

Art. 41. Não será ainda, efetuado desconto no pagamento mensal do Vereador que
houver faltado à reunião, pelos seguintes motivos:

I - doença pessoal ou do cônjuge, pai, mãe, filho, irmão, devidamente


comprovada mediante atestado do médico assistente;

II - luto por falecimento de pai, mãe, cônjuge, filho, irmão, até oito dias;

III - casamento, até oito dias;

IV - júri e outros serviços obrigatórios por lei, mediante apresentação do


documento comprobatório;

V - representação da Câmara e em missão temporária por lei, mediante


apresentação de documento comprobatório;

VI - afastamento da Sede do Município para apurar fatos, como integrante


de Comissão de Inquérito, regimentalmente constituída;

VII - afastamento por denúncia recebida pela maioria absoluta da Câmara,


até julgamento do processo.

Art. 42. Os Vereadores, quando em viagem a serviço do Município ou do


19
interesse da Câmara, desde que autorizada pelo Presidente, terão direito a receber diárias,
estabelecidas conforme ato da Mesa da Câmara.

Parágrafo Único. Após viagem, o Vereador apresentará ao órgão competente, no


prazo máximo de dez dias, relatório do desempenho da missão que lhe foi confiada, no qual
constará o acerto de contas relativo às diárias.

Capítulo V

DOS LÍDERES E COLEGIADO

Art. 43. Líder da bancada é o porta-voz de uma representação partidária, agindo


como intermediário entre ele e os órgãos da Câmara e do Município.

§ 1º Cada bancada terá um líder e um vice-líder;

§ 2º Em documento subscrito pela maioria dos Vereadores que a integram, cada


bancada indicará à Mesa da Câmara, até vinte e quatro horas após o início da sessão
legislativa, o seu líder.

§ 3º Os líderes indicarão o respectivo vice-líder, dando conhecimento à Mesa da


Câmara dessa designação.

§ 4º Ausente ou impedido o Líder, suas atribuições serão exercidas pelo vice-líder


e, também este ausente ou impedido, tal mister será desenvolvido pelo Vereador mais idoso
da Bancada.
§ 5º Enquanto não for feita a indicação, considerar-se-á Líder o Vereador mais
idoso.

Art. 44. No início de cada sessão legislativa, o Prefeito comunicará à Câmara, em


ofício, o nome do seu Líder.

Art. 45. Os líderes, além de outras atribuições que lhe são conferidas neste
Regimento, deverão indicar à Mesa os nomes dos Vereadores Representantes de seu partido
para comporem as diversas comissões da Câmara, dando a cada um, o seu suplente.

Art. 46. É facultado ao Líder da Bancada, em qualquer momento da Reunião, usar


da Palavra por tempo não superior a dez minutos, para tratar de assunto que, por sua
relevância e urgência, interesse à Câmara, ou para responder a críticas, salvo quando se
estiver procedendo à votação ou se houver orador na tribuna.

Art. 47 Os líderes das bancadas integram o colegiado de líderes que tem por
finalidade assessorar o Presidente da Câmara em assuntos que, a critério da Mesa, tenham que
ser tomadas decisões envolvendo os altos interesses da Casa, cabendo um voto a cada
liderança.

20
Título III

DA MESA DA CÂMARA

Capítulo I

DA ELEIÇÃO DA MESA

Art. 48. A Mesa da Câmara Municipal, no início de cada Legislatura, será eleita
conforme disposto no Capítulo IV do Título I, considerando-se automaticamente empossados
os eleitos.

Parágrafo Único. Com exceção da eleição no primeiro dia da Legislatura, que se


dará em reunião solene, a eleição subseqüente proceder-se-á em horário regimental, no último
mês da Segunda Sessão Legislativa, considerando-se automaticamente empossados os eleitos
em 1º de janeiro do ano seguinte.

Art. 49. A eleição da Mesa da Câmara Municipal ou o preenchimento de vaga


nela verificada far-se-á por escrutínio secreto, observadas as normas desse processo e ainda as
seguintes exigências e formalidades: (o caput desde artigo está derrogado pela Emenda a Lei
Orgânica nº 14/2004. - Ver § 2º do art. 25 da LOM - “Nas deliberações da Câmara, o voto
será sempre ostensivo”).

I - chamada para a comprovação de presença da maioria absoluta dos


membros da Câmara;

II - cédulas impressas ou datilografadas, contendo, cada uma, nomes dos


vereadores e respectivos cargos;
III - invalidade de cédula que não atenda ao disposto no inciso anterior;

IV - chamada nominal de cada vereador, em ordem alfabética para votar;

V - comprovação dos votos da maioria absoluta dos membros da Câmara


para eleição dos cargos da Mesa;

VI - realização do segundo escrutínio se não for atendido o inciso V,


decidindo-se a eleição por maioria simples;

VII - considerar-se-á eleito o candidato mais idoso, em caso de empate nos


escrutínios;

VIII - proclamação, pelo Presidente, dos eleitos;

IX - posse dos eleitos na forma Regimental.

Art. 50. Na hipótese de não se realizar a reunião ou a eleição, por falta de número
legal, quando do início da Legislatura, o Vereador Presidente da reunião de instalação, de

21
acordo com o que estabelece o art. 123 letras “c” e “d”, permanecerá na Presidência e
convocará reuniões diárias, até que seja eleita a Mesa.

Parágrafo Único. Na eleição da Mesa, para o segundo biênio da Legislatura,


ocorrendo a hipótese a que se refere este artigo, caberá ao Presidente ou seu substituto legal,
cujos mandatos se findam, a convocação das reuniões diárias, com o objetivo de eleger a
Mesa.

Art. 51. Vagando qualquer cargo da Mesa, será realizada eleição no expediente da
primeira reunião seguinte, para completar o biênio do mandato.

Parágrafo Único. Em caso de renúncia da Mesa, proceder-se-á nova eleição para


se completar o período de mandato, na reunião imediata àquela em que ocorreu a renúncia,
sob a Presidência do Vereador mais votado dentre os presentes, que ficará investido na
plenitude das funções, desde o ato de extinção ou perda do mandato, até a posse da nova
Mesa.

Art. 52. A Mesa da Câmara será eleita para um mandato de dois anos, proibida a
reeleição.

Art. 53. O mandato da Mesa prevalecerá até a posse da nova Mesa, a cuja eleição
presidirá, salvo o disposto no artigo 7º.

Capítulo II

COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA

Art. 54. A Mesa será composta do Presidente, Vice-Presidente e de dois


secretários, os quais se substituirão nesta mesma ordem.

Parágrafo Único. Tomarão assento à Mesa, durante as sessões, o Presidente, o


Vice-Presidente e o Primeiro Secretário, que não poderão ausentar-se antes de convocado o
substituto.

Art. 55 - No caso de vaga em cargos da Mesa, por morte, renuncia, perda de


mandato ou licença “que trata o Inciso II. Art. 36”, o preenchimento será processado na forma
do “caput” do Art. 50 deste Regimento.

Art. 56. No caso de vacância de todos os cargos da Mesa, o Vereador mais votado
assumirá a Presidência até nova eleição, que se realizará dentro de trinta dias imediatos, sendo
a posse da nova Mesa imediatamente após a proclamação dos eleitos.

Parágrafo Único. Também assumirá a Presidência o Vereador mais votado se,


quinze minutos após o horário determinado para o início da reunião, for verificada a ausência
dos membros da Mesa e seus substitutos.

Art. 57. Compete à Mesa da Câmara, dentre outras atribuições:

22
I - propor projetos que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara e
fixem os respectivos vencimentos;

II - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica das dotações


orçamentárias da Câmara, bem como alterá-las quando necessário;

III - apresentar projetos de lei, dispondo sobre abertura de créditos


suplementares ou especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;

IV - suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara,


observado o limite da autorização constante da lei orçamentária, desde que os recursos para
sua cobertura sejam provenientes de anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;

V - devolver à tesouraria do Município o saldo de caixa existente na


Câmara, ao final do exercício;

VI - enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março, as contas do exercício


anterior;

VII - nomear, promover, comissionar, conceder gratificação, licenças, pôr


em disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionário ou servidor da Câmara
Municipal, nos termos da lei;

VIII - declarar perda de mandato de Vereador, de ofício ou por provocação


de quaisquer de seus membros, ou, ainda, de partido político representado na Câmara, nas
hipóteses previstas na Lei Orgânica do Município de Concórdia, bem como em leis, com
sanção, assegurada plena defesa.

(A Emenda à Lei Orgânica nº 16/2004, incluiu a competência para elaborar


projeto de Decreto Legislativo para fixar o número de Vereadores para a Legislatura)

Seção I

Do Presidente

Art. 58. A Presidência é o órgão representativo da Câmara Municipal, quando ela


se enuncia coletivamente.

Art. 59. Compete ao Presidente:

I - como chefe do Legislativo:

a) representar a Câmara em juízo e perante autoridades constituídas;

b) tomar o compromisso e dar posse a Vereador;

c) promulgar os atos da Câmara;

d) promulgar as leis vetadas e não sancionadas nem vetadas pelo Prefeito,

23
no prazo legal;

e) promulgar as leis vetadas e não promulgadas pelo Prefeito e que tenham


sido confirmadas pela Câmara;

f) encaminhar ao Prefeito as proposições decididas pela Câmara ou que


necessite de informações;

g) assinar a correspondência oficial sobre assuntos afetos à Câmara;

h) apresentar relatório dos trabalhos da Câmara;

i) prestar contas, anualmente, de sua administração;

j) superintender os serviços da secretaria da Câmara, autorizando as


despesas, dentro dos limites do orçamento;

l) nomear, promover, exonerar ou punir os funcionários da Câmara;

m) dar andamento legal aos recursos interpostos contra atos que praticar, de
modo a garantir o direito das partes;

n) requisitar ao Prefeito as verbas orçamentárias ao Legislativo e as


importâncias relativas aos créditos adicionais;

o) declarar a extinção do mandato de Vereador, nos termos do art. 26, III,


deste Regimento.

II - quanto às reuniões:

a) convocar reuniões;

b) convocar reuniões extraordinárias, por solicitação do Prefeito, de ofício


ou requerimento de um terço dos vereadores;

c) abrir, presidir e encerrar as Reuniões;

d) dirigir os trabalhos das reuniões e manter a ordem, observando e fazendo


observar as leis, os decretos legislativos, as resoluções e o Regimento Interno;

e) suspender as reuniões, quando for necessário, bem como prorrogá-las, de


ofício;

f) mandar ler a ata e assiná-la, depois de aprovada;

g) mandar ler o expediente;

h) conceder a palavra aos vereadores, não permitindo discurso paralelo e


eventuais incidentes estranhos ao assunto que for tratado;

24
i) prorrogar o prazo de orador inscrito;

j) advertir o orador, quando faltar com a consideração devida à Câmara ou a


qualquer de seus membros;

l) estabelecer o objeto da discussão e o ponto sobre qual deva recair a


votação;

m) submeter à discussão e votação, a matéria em pauta;

n) anunciar o resultado das votações e proceder a sua verificação, quando


requerida;

o) mandar proceder a chamada dos vereadores e a leitura da matéria a ser


incluída na Ordem do Dia da próxima reunião;

p) decidir as questões de ordem;

q) designar um dos vereadores presentes para exercer a função de Secretário


da Mesa, na ausência ou impedimento dos titulares e escrutinadores, nas votações secretas;

r) organizar a Ordem do Dia da reunião seguinte, podendo retirar a matéria


da pauta, para cumprimento de despacho, correção de erro ou omissão.

III - quanto às proposições:

a) distribuir proposições e documentos às comissões e aos Líderes de


Bancada.

b) despachar os requerimentos submetidos à sua apreciação;

c) determinar, a requerimento do autor, a retirada de proposição, nos termos


Regimentais;

d) determinar a devolução ao Prefeito, quando por este solicitada, de projeto


de sua iniciativa, com prazo de apreciação fixado;

e) determinar o arquivamento ou retirada da pauta, de projeto de lei oriundo


do Executivo, quando por ele solicitado;

f) recusar substitutivos e emendas que não sejam pertinentes à proposição


inicial ou manifestamente ilegais;

g) determinar o arquivamento e o desarquivamento de proposições;

h) retirar da pauta da Ordem do Dia, proposição em desacordo com as


exigências Regimentais;

i) observar e fazer observar os prazos Regimentais;

25
j) solicitar informação e colaboração técnica para estudo de matéria sujeita à
apreciação da Câmara;

l) determinar a redação final das proposições;

m) impugnar as proposições que lhe pareçam contrárias à Constituição, à lei


e ao Regimento Interno, ressalvado ao autor recurso ao Plenário.

IV - quanto às Comissões:

a) nomear as comissões Permanentes e Temporárias da Câmara;

b) designar, em caso de falta ou impedimento, substitutos dos membros das


comissões;

c) decidir, em grau de recurso, questão de ordem resolvida pelos presidentes


de comissões;

d) despachar às comissões proposições sobre as quais estas se pronunciar.

V - quanto às publicações:

a) fazer publicar as Resoluções, Leis promulgadas e atos legislativos no


Boletim Oficial do Município e no local próprio da Câmara;

b) não permitir a publicação de pronunciamentos contrários à ordem


pública, na forma do artigo 158, $ 3º.

Art. 60. O Presidente só terá direito a voto:

I - na eleição da mesa;

II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois


terços dos membros da Câmara;

IV - quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

Art. 61. O Presidente receberá subsídio de Vereador Presidente da Câmara de


Vereadores no período que estiver efetivamente no exercício de suas funções.

Seção II

DO VICE-PRESIDENTE

Art. 62. Não se achando o Presidente no recinto à hora Regimental, no início dos
trabalhos, o Vice-Presidente o substituirá no exercício de suas funções, as quais ele assumirá
logo que estiver presente.

26
Parágrafo Único. A substituição a que se refere este artigo dar-se-á, igualmente,
em todos os casos de ausência do Município, falta, impedimento ou licença do Presidente,
cabendo ao Vice, temporariamente, o exercício de todas as atribuições do titular do cargo.

Seção III

DOS SECRETÁRIOS

Art. 63. São atribuições do Primeiro Secretário, dentre outras:

I - verificar e declarar a presença dos vereadores, pelo Livro próprio, ou


fazer a chamada, nos casos previstos neste Regimento;

II - proceder a leitura da ata e do expediente;

III - assinar, depois do Presidente, os decretos legislativos, as resoluções e


as atas da Câmara;

IV - redigir as atas das reuniões secretas e superintender a redação das atas


das demais reuniões;

V - tomar nota das observações e reclamações que sobre as atas forem


feitas;

VI - fazer recolher e guardar, em boa ordem, os projetos e suas emendas,


indicações, requerimentos, representações, moções e pareceres das comissões, para o fim de
serem apresentados quando necessário;
VII - abrir e encerrar o livro de presenças, que ficará sob sua guarda;

VIII - abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros destinados aos serviços da


Câmara;

IX - fazer a inscrição dos vereadores;

X - contar os votos nas deliberações da Câmara quando houver dúvida e


fazer a lista de votações nominais.

Art. 64. Ao Segundo Secretário compete substituir ao Primeiro, em caso de falta,


ausência ou impedimento, bem como auxiliá-lo no exercício de suas funções.

Art. 65. Os Secretários substituem, na ordem de sua numeração, o Presidente,


apenas na direção dos trabalhos da Mesa, durante as reuniões.

Parágrafo Único. Sempre que a ausência ou impedimento tenha duração superior a


cinco dias, a substituição se fará em todas as atribuições do titular do cargo.

27
Capítulo III

DA PROMULGAÇÃO E DA PUBLICAÇÃO DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA


DO MUNICÍPIO, DAS LEIS, DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES

Art. 66. O projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal, será enviado ao
Prefeito que, aquiescendo, o sancionará, dentro do prazo de quinze dias úteis.

§ 1º Se o Prefeito julgar a proposição de lei, no todo ou em parte, Inconstitucional


ou contrária ao interesse público local, vetar-lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias
úteis, contados daquele em que a receber, comunicando ao Presidente da Câmara, no prazo de
quarenta e oito horas, os motivos do veto.

§ 2º Se a Câmara não estiver reunida, o Prefeito fará comunicação ao seu


Presidente, por ofício, no prazo, e a divulgará de acordo com os recursos locais.

§ 3º Decorridos os quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará em sanção.

§ 4º No caso do parágrafo 3º, se o Prefeito deixar de promulgar a lei dentro de


quarenta e oito horas, o Presidente da Câmara Municipal, em igual prazo, promulgar-la-á,
ordenando a sua publicação.

Art. 67. As resoluções serão promulgadas pelo Presidente da Câmara e publicadas


dentro do prazo máximo e improrrogável de dez dias, contados da data de sua aprovação pelo
Plenário.

Art. 68. As Leis, decretos legislativos e resoluções publicadas serão distribuídas,


mediante solicitação, aos vereadores, em cópias fotostáticas, com as datas de sanção ou
promulgação e publicação.
Capítulo IV

DA POLÍCIA INTERNA

Art. 69. O policiamento do edifício da Câmara e suas dependências compete


privativamente à Mesa, sob a direção do Presidente, sem intervenção de qualquer autoridade.

Art. 70. Qualquer cidadão poderá assistir às reuniões públicas, sendo compelido a
sair imediatamente do edifício, caso perturbe os trabalhos e não atenda à advertência do
Presidente.

Parágrafo Único. A Mesa da Câmara poderá requisitar o auxílio da autoridade


competente, quando entender necessário, para assegurar a ordem.

Art. 71. É proibido o porte de armas no recinto da Câmara Municipal, a qualquer


cidadão, inclusive vereador.

§ 1º Cabe à Mesa fazer cumprir a disposição deste artigo, mandando desarmar e

28
prender quem transgredir essa determinação.

§ 2º A constatação do fato implica em falta de decoro parlamentar, relativamente


ao vereador.

Art. 72. É vedado ao vereador usar expressões ofensivas ou desrespeitosa


perturbar de qualquer modo a ordem dos trabalhos ou deixar de se apresentar decentemente
trajado nas reuniões.

Parágrafo Único. Será advertido pelo Presidente e convidado a deixar o Plenário,


o vereador que não se apresentar de acordo com o disposto no caput deste artigo.

Art. 73. Se algum vereador cometer, dentro do edifício da Câmara, qualquer


excesso que deva ter repressão, a Mesa, conhecendo o fato, levar-lo-á ao julgamento do
Plenário, que deliberará a respeito, em reunião secreta, convocada nos termos deste
Regimento.

Art. 74. Será preso em flagrante, aquele que perturbar ordem dos trabalhos,
desacatar a Mesa ou os vereadores, quando em reunião.

Título IV

DAS COMISSÕES

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 75. As comissões da Câmara Municipal são:

I - permanentes: as que subsistem através da Legislatura;


II - temporárias: as que se extinguem com o término da Legislatura ou antes
dela, se atingido o fim para o qual forem criadas.

Art. 76. As Comissões da Câmara, permanentes ou temporárias, constituir-se-ão


de três membros efetivos e três suplentes.

Parágrafo Único. O suplente substituirá o membro efetivo de seu partido, em suas


faltas ou impedimentos.

Art. 77. Os membros efetivos e suplentes das Comissões são nomeados pelo
Presidente da Câmara Municipal, por indicação dos Líderes de Bancadas, observada, tanto
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da Câmara.

Parágrafo Único – Nenhum Vereador poderá ser efetivado em mais de uma


Comissão Permanente, enquanto houver Vereador que não tenha sido indicado como membro
efetivo de Comissão Permanente.

29
Capítulo II

DAS COMISSÕES PERMANENTES

Art. 78 . Durante a Sessão Legislativa funcionarão as seguintes Comissões


Permanentes:

I - de Constituição, Legislação, Justiça e Redação:

II - de Economia, Finanças, Orçamento e Tomada de Contas;

III - de Urbanização, Transporte, Habitação, Obras e Serviços Públicos;

IV - de Agricultura e Meio Ambiente;

V - de Segurança, Assistência Social e Previdenciária e Defesa dos Direitos


do Cidadão;

VI - de Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Turismo.

Art. 79. A nomeação dos membros das Comissões Permanentes far- se-á no prazo
de quinze dias após a constituição da Mesa, sendo feita pelo Presidente, a título precário, a
dos representantes das bancadas que não houverem se manifestado dentro do prazo.

Art. 80. A nenhum vereador será permitido participar de mais de três comissões
permanentes, como membro efetivo.

Art. 81. É vedado ao Presidente da Câmara participar de comissões.

Capítulo III

DA COMPETÊNCIA DAS COMISSÕES PERMANENTES

Art. 82. As Comissões Permanentes têm por objetivo estudar e emitir pareceres
sobre assuntos submetidos a seu exame, servindo seus pareceres de base para as discussões e
votações de proposições.

Art. 83 . Compete à Comissão de Constituição, Legislação, Justiça e Redação:

I - Examinar e emitir parecer sobre:

a) aspecto constitucional, legal e regimental das proposições;

b) veto que tenha por fundamento a inconstitucionalidade;

c) licença ou afastamento do Prefeito;

II - dar parecer sobre recurso contra a decisão da Presidência;

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III - zelar pelo cumprimento da Declaração Universal dos Direitos
Humanos;

IV - responder a consultas da Mesa, de Comissão ou de Vereador na área de


sua competência;
V - elaborar a redação final de todas as proposições;

VI - elaborar projeto de decreto legislativo sobre a licença do Prefeito e do


Vice-Prefeito e quando a matéria referir-se à aplicação de dispositivos constitucionais,
orgânicos e regimentais.

Art. 84 . Compete à Comissão de Economia. Finanças, Orçamento e Tomada de


Contas:

I - Examinar e emitir parecer sobre:

a) projetos de lei relativos ao plano plurianual;

b) projetos de lei relativos às diretrizes orçamentárias;

c) projetos de lei relativos ao orçamento anual;

d) projetos de lei relativos aos créditos adicionais;

e) contas apresentadas anualmente pelo Prefeito;

f) projetos de lei ordinária ou complementar, inclusive emendas, que tratem


de matéria financeira;
f) veto que envolva matéria financeira;

g) matéria relativa ao planejamento urbano, planos diretores, em especial,


planejamento e controle do parcelamento, uso e ocupação do solo;

h) administração de pessoal;

i) proposições referentes à matéria tributária, abertura de créditos,


empréstimos públicos, dívida pública e outros que diretamente ou indiretamente alterem a
despesa ou a receita do Município e acarretem responsabilidades para o erário municipal;

l) atividades econômicas desenvolvidas no município;

m) economia urbana e rural e desenvolvimento técnico-científico aplicado


à industria, à prestação de serviços, ao comércio e à agricultura;

n) proposições que fixem os vencimentos do funcionalismo, os subsídios, a


verba de representação do prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores, quando for o caso;

n) planos e programas municipais, distritais, setoriais e de bairros,


previstos no Art. 106, $ 1º, II da Lei Orgânica do Município;

31
II - exercer o acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo
das demais Comissões da Câmara Municipal;

III - apresentar emendas à proposta orçamentária;

IV - acompanhar a execução orçamentária da Câmara;

V - elaborar projeto de decreto legislativo sobre contas do Município,


fundos e Fundações,
VI - elaborar a redação final dos projetos de diretrizes orçamentárias, plano
plurianual, orçamento anual;

VII - elaborar os projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias, do Orçamento


Anual e do Plano Plurianual, nos trinta dias seguintes, quando não enviados no prazo legal,
pelo Prefeito Municipal,

VIII - Tomar providências, legais e funcionais, para o cumprimento dos


termos dos artigos 10, VIII e 13 da Lei Orgânica do Município.

Art. 85 . Compete à Comissão de Urbanização, Transporte, Habitação, Obras e


Serviços Público examinar e emitir parecer sobre:

I - denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos;

II - planejamento urbano: planos diretores, em especial planejamento e


controle do parcelamento, uso e ocupação do solo;

III - organização do território municipal: especialmente divisão em distritos,


observada a legislação estadual e delimitação do perímetro urbano;

IV - bens imóveis municipais: concessão de uso, retomada de bens cedidos


às instituições filantrópicas e de utilidade pública, com finalidade de prática de programas de
relevante interesse social, alienação, aquisição e desafetação, salvo quando trata de doação,
sem encargo ao Município;

V - permutas;

VI - obras e serviços públicos;

VII - assuntos referentes à habitação;

VIII - assuntos referentes a transportes coletivos, individuais, frete e carga,


vias urbanas e estradas municipais e à respectiva sinalização;

IX - atividades econômicas desenvolvidas pelo município;

X - economia urbana e desenvolvimento técnico-científico;

XI - organização e reorganização de serviços públicos.

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Art 86 . Compete à Comissão de Agricultura e Meio Ambiente:

I - Examinar e emitir parecer sobre:

a) matéria relacionada à agricultura e meio ambiente;

b) matéria relacionada à planejamento de projetos urbanos;

c) proteção ambiental;

d) controle da poluição ambiental;

e) preservação dos recursos naturais;

d) plano diretor da propriedade rural;

II - Colaborar com os órgãos especializados, especialmente:

a) controle e fiscalização de normas relacionadas ao meio ambiente;

b) campanhas educativas, simpósios, seminários sobre assuntos relativos à


agricultura e à preservação do meio ambiente;

c) fiscalizar e denunciar aos órgãos competentes, agentes poluidores do


meio ambiente local.

Art. 87 . Compete à Comissão de Segurança, Assistência Social e Previdenciária


e Defesa dos Direitos do Cidadão:
I - Examinar e emitir parecer sobre:

a) preços e qualidade de bens e serviços;

b) programas voltados ao idoso, à mulher, à criança, ao adolescente e aos


portadores de deficiência;

c) proposições relativas a medidas que, direta ou indiretamente, afetem a


segurança dos cidadãos ou constituam ameaça aos direitos e garantias individuais;

c) proposições que digam respeito à criação e extinção ou transformação


de cargos, carreiras e funções e regime do funcionalismo;

d) proposições relativas à concessão de auxílio;

e) declaração de utilidade pública de associações civis;

f) sistema previdenciário e de assistência do município;

II - receber denúncias de atos considerados violação aos direitos humanos,


desrespeito às garantias constitucionais ou ofensa à dignidade da pessoa humana;

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III - propor medidas de defesa e proteção aos cidadãos, no âmbito da
segurança, quanto aos aspectos preventivo e repressivo, no que se refere a fatos ocorridos no
Município;

IV - fiscalizar e denunciar aos órgãos competentes, o não cumprimento por


parte dos interessados das normas determinadas pela Lei Orgânica da Assistência Social

Art. 88 Compete à Comissão de Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Turismo,


examinar e emitir parecer sobre:

I - sistema de ensino municipal;

II - criação, transformação ou fechamento de escolas municipais;

ÏII - plano de carreira do magistério;

IV - preservação da memória da cidade no plano estético, paisagístico,


patrimônio histórico, cultural, artístico e arquitetônico;

V - serviços, equipamentos e programas culturais, educacionais, esportivos,


recreativos e de lazer;

VI - programas voltados ao idoso, à mulher, à criança, ao adolescente e aos


portadores de deficiência;

VII - Sistema Único de Saúde;

VIII - vigilância sanitária epidemiológica e nutricional;

IX - segurança e saúde do trabalhador;

X - saneamento básico;

XI - programas visando a desenvolver o Turismo no município;

XII - concessão de honrarias.

Capítulo IV

DAS COMISSÕES TEMPORÁRIAS

Art. 89. Além das Comissões Permanentes, por deliberação da Câmara, podem ser
constituídas Comissões Temporárias, com finalidades específicas e duração pré-determinada.

Parágrafo Único. Os membros das Comissões Temporárias elegerão seu


Presidente, cabendo a este solicitar prorrogação do prazo de duração, se necessário à
complementação de seu objetivo.

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Art. 90. As Comissões Temporárias são:

I - especiais;

II - de inquérito;

III - de representação;

§ 1º As Comissões Especiais são constituídas para dar parecer sobre:

I - veto à proposição de lei;

II - processo de perda de mandato de vereador;

III - matéria que, por sua abrangência, relevância e urgência, deva ser
apreciada por uma só comissão.

§ 2º A Comissão Especial é também constituída para tomar as contas do Prefeito,


quando não apresentadas em tempo hábil e para examinar qualquer assunto de relevante
interesse municipal.

Art.91. A Comissão Especial compõe-se de três membros, nomeados pelo


Presidente da Câmara, de ofício ou a requerimento fundamentado, observada, sempre que
possível, a proporcionalidade partidária e a área de competência dos vereadores.

Art. 92. A Comissão de Inquérito é constituída para, em prazo certo, apurar fato
determinado e referente ao interesse público, a requerimento de um terço dos membros da
Câmara Municipal, sendo que o primeiro subscrito, obrigatoriamente, fará parte da mesma.

Art. 93. A Comissão de Inquérito funcionará na Sede da Câmara, adotando, nos


seus trabalhos, as normas constantes na Legislação específica.

Art. 94. Não será criada Comissão de Inquérito, enquanto estiverem funcionando
concomitantemente três , salvo deliberação por parte da maioria da Câmara.

Art. 95. A Comissão de Representação tem por finalidade estar presente nos atos,
em nome da Câmara, bem como desincumbir-se de missão que lhe for atribuída pelo Plenário.

§ 1º A Comissão de Representação é nomeada pelo Presidente, de ofício ou a


requerimento fundamentado.

§ 2º Quando a Câmara Municipal se fizer representar em conferências, reuniões,


congressos e simpósios, serão preferencialmente escolhidos os vereadores que desejarem
apresentar trabalhos relativos ao temário.
Art. 96. A Comissão temporária reunir-se-á, após nomeada, para, sob a
Convocação e Presidência do mais idoso de seus membros, eleger o seu Presidente e escolher
o Relator da matéria que for objeto de sua constituição.

35
Capítulo V

DAS VAGAS NAS COMISSÕES

Art. 97. Dar-se-á a vaga na Comissão com a renúncia ou morte de Vereador.

§ 1º A renúncia de membros de comissão é ato perfeito e acabado, com a


apresentação ao seu Presidente de comunicação que a formalize.

§ 2º O Presidente da Câmara Municipal, por indicação do Líder da Bancada,


nomeará novo membro para a comissão.

Capítulo VI

DO PRESIDENTE DA COMISSÃO

Art. 98. Nos três dias seguintes à sua constituição, reunir-se-á a Comissão, sob a
Presidência do mais idoso de seus membros, em uma das salas do prédio da Câmara, para
eleger o Presidente e o Vice-Presidente, escolhidos entre seus membros efetivos.

Parágrafo Único. Se no prazo fixado neste artigo, não se realizar a eleição do


Presidente, o cargo continuará a ser exercido pelo Vereador mais idoso, até que se realize a
eleição.

Art. 99. O Presidente é substituído, em suas ausências, pelo Vice-Presidente e, na


falta de ambos, a Presidência cabe ao mais idoso dos membros presentes.

Art. 100. Ao Presidente da Comissão compete:

I - dirigir as reuniões, nelas mantendo a ordem e a solenidade;

II – submeter, logo depois de eleito, o plano de trabalho da Comissão,


fixando dias e horários de reuniões;

III - designar relatores;

IV - solicitar ao Presidente da Câmara designação de substituto para


membro da Comissão, à falta de suplente;

V - resolver as questões de ordem.

Art. 101. O Presidente pode funcionar como relator e tem voto nas deliberações da
Comissão.

Art. 102. Na falta ou impedimento do membro de Comissão, o Presidente da


Câmara fará designação de substituto para o faltoso ou impedido, de ofício ou por solicitação
do Presidente da Comissão.

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Parágrafo Único. A substituição ficará sem efeito tão logo reassumir o exercício o
titular da Comissão.

Capítulo VII

DO PARECER E VOTO

Art. 103. Parecer é o pronunciamento de comissão, sobre matéria sujeita ao seu


estudo .

Parágrafo Único. O parecer, escrito em termos explícitos, deve concluir pela


aprovação ou rejeição da matéria, acompanhado, desde logo, das emendas julgadas
necessárias.

Art. 104. O parecer da Comissão versará exclusivamente sobre o mérito das


matérias submetidas ao seu exame, nos termos de sua competência, salvo o da Comissão de
Legislação, justiça e Redação, que poderá limitar-se à preliminar de Inconstitucionalidade.

Art. 105. O parecer escrito compõe-se de duas partes:

I - relatório com exposição a respeito da matéria;


II - conclusão indicando o sentido do parecer, justificadamente.

§ 1º Cada proposição tem parecer independente, salvo em se tratando de matérias


anexadas por serem idênticas ou semelhantes.

§ 2º Se a Comissão de Legislação, Justiça e Redação não examinar o projeto no


seu aspecto constitucional, poderá o Presidente da Câmara determinar a audiência de
profissional habilitado.

Art. 106. Os pareceres, aprovados pelas comissões, bem como os votos em


separado, deverão ser lidos pelos Relatores, nas reuniões da Câmara, ou encaminhados
diretamente à Mesa, pelos Presidentes das Comissões.

Art. 107. A simples aposição da assinatura no Relatório, pelo membro da


Comissão, sem qualquer outra observação, implica em total concordância do signatário à
manifestação do relator.

Art. 108. Os membros da Comissão emitem seu parecer sobre a manifestação do


Relator, através do voto.

§ 1º O voto pode ser favorável ou contrário e em separado.

§ 2º O voto do Relator, quando aprovado pela maioria da comissão, constitui


parecer e, quando rejeitado, torna-se voto vencido.

Art. 109. A requerimento de Vereador, poderá ser dispensado o parecer de

37
Comissão para proposições apresentadas, exceto:

I - projeto de resolução;

II - representação;

III - proposição que envolva dúvida quanto ao seu aspecto legal;

IV - proposição que contenha medida manifestamente fora da rotina


administrativa;

V - proposição que envolva aspecto político, a critério da Mesa.

Capítulo VIII

DAS REUNIÕES DE COMISSÃO

Art. 110. As Comissões Permanentes reúnem-se, obrigatoriamente, no prédio da


Câmara, em dias fixados, ou quando convocados extraordinariamente pelos respectivos
Presidentes, de ofício ou a requerimento da maioria dos seus membros efetivos.

§ 1º As Comissões serão secretariadas por funcionários da Câmara.

§ 2º Na impossibilidade de se reunir a Comissão, seu Presidente distribuirá as


matérias aos Relatores, cabendo aos demais membros emitir seu voto.

Art. 111. As Comissões reúnem-se com a presença da maioria dos seus membros,
para estudar e emitir parecer sobre assuntos que lhes tenham sido submetidos, na forma deste
Regimento, os quais deverão ser apreciados dentro do prazo de dez dias, contados da entrega
da matéria ao Presidente, sendo considerado parecer, o pronunciamento da maioria.

§ 1º Havendo divergência entre os membros da Comissão, os votos deverão ser


lançados separadamente, depois de fundamentados.

§ 2º Ao emitir seu voto, o membro da Comissão pode oferecer emenda,


substitutivo, requerer diligência ou sugerir quaisquer outras providências que julgar
necessário.

§ 3º O prazo para emissão de parecer pode ser prorrogado pela Câmara, uma só
vez, por tempo nunca superior ao fixado no artigo, no caso de motivo justificável, que
impossibilita a qualquer dos membros das Comissões emitirem seu parecer ou voto no prazo
Regimental.

Art. 112. O Relator terá sete dias para emitir seu voto, cabendo ao Presidente da
Comissão substituí-lo, se exceder o prazo estipulado no artigo.

§ 1º Qualquer membro de comissão poderá requerer "vista" pelo prazo de

38
quarenta e oito horas, dos processos já relatados, para manifestar-se sobre a matéria.

§ 2º No projeto com prazo de apreciação fixado pelo Prefeito, a "vista" será


comum aos interessados, permanecendo o projeto na Secretaria da Câmara, vedada a sua
retirada sob qualquer pretexto.

§ 3º Nos demais projetos a "vista" será concedida através dos autos


suplementares, permanecendo o original na Secretaria.

Art. 113. Caberá ao Presidente da Câmara advertir a Comissão que ultrapassar o


prazo que dispõe, encaminhando a matéria à Comissão seguinte ou incluindo-a, se for o caso,
na Ordem do Dia, decorridas vinte e quatro horas da advertência feita.

Parágrafo Único. Se o término do prazo fixado no artigo 111 ocorrer durante o


período de recesso da Câmara, o Presidente poderá deferir o pedido de prorrogação para
emissão de parecer de voto, ou incluir a matéria na pauta da Ordem do Dia da primeira
reunião.

Art. 114. O projeto com prazo de apreciação fixado pelo Prefeito será
encaminhado à Comissão de Legislação, Justiça e Redação, para parecer, no prazo não
excedente a sete dias.

§ 1º - Se o projeto tiver que ser distribuído a outras Comissões, estas reúnem-se


conjuntamente, dentro do prazo de dez dias, improrrogáveis, para opinar sobre a matéria.

§ 2º - Vencidos os prazos a que se refere este artigo, proceder-se-á a distribuição


dos avulsos de parecer ou pareceres, incluindo-se o projeto na Ordem do Dia da reunião
imediata.

§ 3º - Não havendo parecer e esgotado o prazo do parágrafo 1º, o projeto será


anunciado para a Ordem do Dia da reunião seguinte.

§ 4º - Os projetos, a que se refere o artigo, terão preferência sobre todos os


demais, para discussão e votação.

§ 5º - Após a primeira discussão e votação, se houver emendas, voltará o projeto


às comissões respectivas.

§ 6º - As comissões deverão se pronunciar no prazo máximo de dois dias.

§ 7º - Findo o prazo do parágrafo anterior, a Mesa providenciará a inclusão do


projeto na pauta da reunião seguinte à da distribuição dos avulsos do parecer.

Art. 115. Não havendo parecer sobre as emendas e estando esgotado o prazo do
parágrafo 6º do artigo anterior, o projeto será anunciado para a Ordem do Dia da reunião
seguinte.

Art. 116. O projeto em diligência terá o seu andamento suspenso, podendo ser

39
dispensada essa formalidade, a requerimento de qualquer vereador, aprovado pela Câmara,
desde que a Mesa tenha reiterado o cumprimento da diligência.

Parágrafo Único. Quando se tratar de projeto com prazo de apreciação fixado pelo
Prefeito, a diligência não suspenderá o prazo nem o seu andamento.

Art. 117 - Qualquer membro da Comissão poderá solicitar, por intermédio da


Presidência da Câmara, informações ao Prefeito, bem como requisitar documento ou cópia
dele.

Parágrafo Único - É facultado, ainda, requerer o comparecimento às reuniões da


comissão, de técnicos, Secretários Municipais e representantes de entidades legalmente
constituídas, para discussão de proposições.

Art. 118. Considerar-se-á rejeitado o projeto que receber, quanto ao mérito,


parecer contrário das comissões da Casa, a que for distribuído, determinando o Presidente da
Câmara, de ofício, o seu arquivamento.

Art. 119. Tratando-se de projeto de codificação, serão triplicados os prazos


mencionados nos artigos específicos anteriores.

Capítulo IX

DA REUNIÃO CONJUNTA DE COMISSÕES

Art. 120. A requerimento escrito e devidamente fundamentado de qualquer


vereador e aprovado pela maioria absoluta dos membros da Câmara, poderão duas ou mais
Comissões Permanentes reunir-se, opinando conjuntamente para sobre a matéria nele
indicada.

Art. 121. Dirigirá os trabalhos da reunião conjunta de comissão o Presidente mais


idoso, substituído pelos outros Presidentes, na ordem decrescente de idade.

§ 1º - Na hipótese de ausência dos Presidentes, cabe a direção dos trabalhos aos


vice-presidente, observada a ordem decrescente de idade e, na falta destes, ao mais idoso dos
membros presentes.

§ 2º - Quando a Mesa participar da reunião, os trabalhos serão dirigidos pelo


Presidente da Câmara, a quem caberá designar o relator da matéria, fixando-lhe o prazo, não
inferior a três dias, para apresentação do parecer.

Art. 122. À reunião composta das comissões aplicar-se-ão as normas que


disciplinaram o funcionamento das Comissões.

Título V

DAS REUNIÕES

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Capítulo I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 123. As reuniões são:

I - preparatórias, as que precedem a instalação dos trabalhos de cada


Legislatura, destinada aos Vereadores eleitos e realizadas entre o período da diplomação até o
penúltimo dia útil da Legislatura, com os objetivos:

a) dar conhecimento do funcionamento da Câmara e providências à reunião solene de


instalação da Legislatura;

b) indicação, pelos Vereadores eleitos, de seus nomes parlamentares:

1. os nomes a serem usados, podem ser os registrados à campanha eleitoral e, ainda


cognomes, apelidos ou alcunhas, pelos quais são mais popularmente conhecidos;

2. compostos de duas palavras, podendo se necessário, para individualizá-lo, utilizar


até três palavras.” (Redação dada pela resolução nº 172/2000)

Texto original: I - preparatórias, as que precedem a instalação dos trabalhos da Câmara, até
o penúltimo dia útil de cada legislatura, observado o seguinte:

a) - O Presidente da reunião solicitará aos presentes a indicação de seus


nomes parlamentares e dará instruções sobre o funcionamento da reunião de instalação;

b) - O nome parlamentar será composto de dois elementos, podendo o


Vereador, se necessário, para individualizá-lo, utilizar até três elementos;

c) - A reunião de instalação da legislatura será presidida pelo Presidente


imediatamente anterior, se reeleito e, na sua falta, pelo 1º Vice-Presidente, 1º Secretário ou 2º
Secretário, pela ordem, se reeleitos;

d) - Na falta de todos os vereadores indicados, a reunião será presidida


pelo Vereador mais idoso;

e) - O Presidente designará dois vereadores de partidos diferentes para


secretariarem os trabalhos;

II - ordinárias, as que se realizam durante qualquer sessão legislativa, nos


dias úteis, exceto aos sábados, proibida a realização de mais de uma reunião ordinária por dia:

III - extraordinárias, as que se realizam em dias e horários diferentes dos


fixados para as ordinárias, ressalvado o que dispõe o parágrafo único do artigo 124 deste
regimento.

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IV - solenes, destinadas:

a) à instalação da Legislatura:

1. a reunião de instalação da legislatura será presidida pelo Vereador mais


votado dentre os presentes;

2. havendo Vereadores com a mesma votação, presidirá a reunião, o mais


idoso dentre eles;

3. o Presidente designará dois vereadores de partidos diferentes para


secretariarem os trabalhos.

b) para um determinado objetivo.” (Redação dada pela Resolução nº


172/2000)

Texto original: IV - solenes, convocadas para um determinado objetivo.

V - especiais, que destinam-se:

a) - ao recebimento de relatório do Prefeito sobre finanças do Município

b) - a ouvir Secretário, Diretor de Fundações, Fundos, Conselhos,


Comissões Municipais e Diretores se Autarquias;

b) - a palestras e debates do interesse público;

d) - a outros fins não previstos neste Regimento.

Parágrafo Único- As reuniões solenes ou especiais serão iniciadas com qualquer


número de vereadores presentes, por convocação do Presidente ou pôr deliberação da Câmara.

Art.124 . As reuniões ordinárias, em número de oito mensais, serão realizadas na


primeira e terceira semana do mês, iniciando-se os trabalhos às dezoito horas e trinta minutos,
com prazo de tolerância de quinze minutos.

Art. 125. A Reunião Extraordinária é diurna ou noturna, realizada com a


observância do disposto no inciso III do artigo 123.

Parágrafo Único. Haverá, ainda, a mesma tolerância de que fala o artigo


precedente.
Art. 126. A Câmara reúne-se, extraordinariamente, quando convocada, com prévia
declaração de motivos:

I - pelo Presidente;

II - pelo Prefeito;

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III - por iniciativa de um terço dos Vereadores.

§ 1º No caso do inciso I, a primeira reunião no período extraordinário será


marcada com antecedência de vinte e quatro horas, no mínimo, observada a comunicação
direta a todos os vereadores devidamente comprovada.

§ 2º Nos casos dos incisos II e III, o Presidente da Câmara marcará a primeira


reunião para, no mínimo, três dias após o recebimento da convocação ou, no máximo, seis
dias, procedendo de acordo com as normas do parágrafo anterior.

§ 3º Se o Presidente não proceder de conformidade com o $ 2º, a reunião


extraordinária instalar-se-á, automaticamente, no primeiro dia útil que se seguir ao prazo de
seis dias, no horário regimental para as reuniões ordinárias.

Art. 127. A convocação da reunião extraordinária determinará dia, hora e a Ordem


do Dia dos trabalhos e será divulgada em reunião e/ou através de comunicação individual.

Parágrafo Único. Durante o expediente, na reunião extraordinária, a Câmara


Municipal somente delibera sobre a matéria para a qual foi convocada.

Art. 128. As reuniões da Câmara são públicas, mas poderão ser secretas, na forma
do artigo 157, se assim for resolvido, a requerimento aprovado.

Art. 129. A Câmara só realiza suas reuniões com a presença da maioria absoluta
de seus membros, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 123.

§ 1º Se até quinze minutos após a hora designada para a abertura, não se achar
presente o número legal de Vereadores, far-se-á a chamada e, persistindo a falta de número, o
Presidente deixará de abrir a reunião, anunciando a Ordem do Dia seguinte.

§ 2º Não se encontrando presente à hora do início da reunião, nenhum membro


efetivo da Mesa, assumirá a Presidência dos trabalhos o vereador mais idoso.

§ 3º Da ata do dia em que não houver reunião, constarão os fatos verificados,


registrando o nome dos vereadores presentes e o dos que não compareceram, considerados
faltosos.

Art. 130. Considerar-se-á presente, o vereador que requerer verificação de


"quorum".

§ 1º O pedido de verificação de "quorum", solicitado por um vereador, será


comum a todos os que se encontrarem em idêntica situação.

§ 2º Considerar-se-á ausente, não tendo direito à verificação de "quorum", o


vereador que comparecer à reunião, findo o período destinado ao Pequeno Expediente.

Art. 131. No Plenário da Câmara, além de autoridades da União, do Estado e do


Município, podem ser admitidos ex-vereadores, funcionários da Câmara em serviço,
representantes da Imprensa, devidamente credenciados e, ainda, autoridades a quem a Mesa

43
conferir tal distinção.

Capítulo II

DA REUNIÃO PÚBLICA

Seção I

Disposições Preliminares

Art. nº 132 - As reuniões ordinárias terão duração de até três horas, salvo pedido
de prorrogação pelo Presidente, ou requerimento de Vereador aprovado pelo Plenário, para
garantir a continuidade dos trabalhos.

I - expediente com duração de uma hora; no máximo;


II - ordem do dia; com duração de uma hora; no máximo;

III - explicação pessoal, com duração de uma hora, no máximo.

Parágrafo Único. Sendo necessário, os lapsos de tempo mencionados neste artigo


poderão ser prorrogados.

Art. 133. À hora do início da reunião, os membros da Mesa e os demais


vereadores deverão ocupar os seus lugares.

Art. 134. A presença dos vereadores é registrada no início da reunião, em livro


próprio, autenticado pelo Primeiro Secretário.

Art. 135. Não havendo reunião por falta de quorum regimental, o expediente
sujeito à deliberação do Presidente será despachado normalmente.

Seção II

Do Expediente

Art. 136. O expediente se destina à aprovação da Ata da reunião anterior, leitura


de documentos recebidos e de proposições.

Art. 137. Aberta a reunião, o Primeiro Secretário fará a leitura da ata da reunião
anterior, que será submetida à discussão e, não sendo impugnada, à votação.

Parágrafo Único. Havendo impugnação ou reclamação, o Primeiro Secretário


prestará os esclarecimentos que julgar convenientes, constando na ata seguinte a retificação
julgada procedente pela Câmara.

44
Art. 138. As atas conterão a descrição resumida dos trabalhos da Câmara durante
a reunião e serão assinadas pela Mesa da Câmara, depois de aprovadas.

Parágrafo Único. Na última reunião da Legislatura, o Presidente suspenderá os


trabalhos até que seja redigida a ata, para discussão e votação na mesma reunião.

Art. 139. Aprovada a Ata, o Presidente determinará ao 1º Secretário que proceda a


leitura das matérias constantes do expediente, obedecendo a seguinte ordem:

I - expediente diverso;

II - proposições recebidas do Executivo;

III - proposições apresentadas pelos vereadores.

§ 1º As proposições dos vereadores deverão ser apresentadas até vinte e quatro


horas antes do início da reunião, à Secretaria, que as registrará e fará integrar a pauta.
§ 2º Os vereadores poderão apresentar proposições à Mesa, no decorrer da reunião
que, contudo, ficarão para serem lidas na reunião subseqüente.

Art. 140. Esgotada a leitura do expediente, será procedida a deliberação das


indicações e dos requerimentos apresentados pelos senhores vereadores.

Parágrafo Único. Para justificar a apresentação de qualquer proposição, o


vereador terá o prazo máximo de cinco minutos, em uma única oportunidade .

Art. 141. No Pequeno Expediente, o Presidente concederá a palavra aos


Vereadores, por cinco minutos, em uma única oportunidade, para breves pronunciamentos, ou
solicitar o encaminhamento de ofícios, requerimentos, moções e pedidos de providências ao
Executivo, não sendo permitidos, apartes.

Seção III

Da Ordem do Dia

Art. 142. A Ordem do Dia será organizada pelo Presidente e as matérias dela
constantes serão assim distribuídas:

I - vetos;

II - urgência;

III - projetos com prazo para apreciação;

IV - projetos com prioridade:

45
V - redação final;

VI - segunda discussão;

VII - primeira discussão;

VIII - discussão única:

a) de projetos;

b) de pareceres:

c) de moções;

d) de recursos;

§ 1º Dentro de cada fase de discussão será obedecida, na elaboração da pauta, a


seguinte ordem distributiva:

I - emendas à Lei Orgânica do Município;

II - projetos de lei;

III - projetos de decretos legislativos;

IV - projetos de resoluções.

§ 2º No que se refere ao estágio de tramitação, será observada a seguinte ordem na


elaboração da pauta:

I - votação adiada;

II - votação;

III - continuação da discussão;

IV - discussão encerrada.

§ 3º Respeitados a fase de discussão e o estágio de tramitação, os projetos de lei


com prazo para apreciação figurarão na pauta, na ordem crescente dos respectivos prazos.

§ 4º As proposições encaminhadas às Comissões somente poderão constar da


pauta da Ordem do Dia, após devidamente apreciadas pelas mesmas, com os respectivos
pareceres.

Art. 143. A Ordem do Dia só poderá ser interrompida ou alterada:

I - para apreciação de licença de vereador;

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II - para posse de vereador ou suplente;

III - em caso de inclusão de projeto em regime de urgência;

IV - em caso de inversão de pauta;

V - em caso de retirada de proposição da pauta.

Art. 144. O projeto cuja urgência tenha sido concedida pelo Plenário e que não
integre a pauta no prazo de sua apreciação, terá determinada sua imediata reconstituição.

Parágrafo Único. Se o projeto incluído na pauta em regime de urgência depender,


para sua deliberação, de parecer de Comissão, este poderá ser proferido na própria reunião,
suspendendo-se esta para tal fim, pelo prazo de até vinte minutos.

Art. 145. Poderá se dar a inversão da Ordem do Dia, mediante requerimento, que
será votado sem discussão, sem encaminhamento de discussão e declaração de voto.

§ 1º Se figurarem na pauta da Ordem do Dia, vetos, projetos em regime de


urgência ou projetos já em regime de inversão, só serão aceitos novos pedidos de inversão
para as matérias subseqüentes.

§ 2º Se ocorrer o encerramento da reunião com o projeto a que se tenha concedido


inversão ainda em debate, figurará ele como primeiro item da Ordem do Dia da reunião
seguinte, após os vetos que, eventualmente, sejam incluídos.

Art. 146. As matérias constantes da pauta da Ordem do Dia, poderão ser objeto
de:

I - preferência para votação;

II - adiamento;

III - retirada da pauta;

IV - pedido de vistas;

V - sobrestamento.

§ 1º O requerimento de preferência será votado sem discussão, sem


encaminhamento de votação, nem declaração de voto.

§ 2º Após aprovada determinada proposição, todas as demais que tratem sobre o


mesmo assunto, ainda que a ela não anexadas, serão consideradas prejudicadas e arquivadas.

Art. 147. O adiamento da discussão ou votação de proposição poderá ser


formulado desde que não votada ainda nenhuma peça do processo, em qualquer fase de sua
apreciação, em Plenário, através de requerimento verbal ou escrito, de qualquer vereador,
sempre justificado.

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§ 1º Todo requerimento de adiamento é prejudicial à continuação da discussão ou
votação da matéria a que se refira, até que o Plenário sobre o mesmo delibere.

§ 2º Apresentado um requerimento de adiamento, outros poderão ser formulados


antes de proceder a votação, que se fará, rigorosamente, pela ordem de apresentação, não se
admitindo, neste caso, pedido de preferência.

§ 3º A aprovação de um requerimento de adiamento prejudica os demais.

§ 4º O adiamento da discussão ou votação de determinada proposição por certo


número de reuniões, importará sempre no adiamento da discussão ou da votação da matéria,
por igual número de reuniões ordinárias.

§ 5º Os requerimentos de adiamento não comportarão discussão, nem


encaminhamento de votação e declaração de voto.

Art. 148. A retirada de proposições da Ordem do Dia dar-se-á:

I - por solicitação do autor, desde que o parecer da Comissão de Legislação,


Justiça e Redação tenha concluído pela inconstitucionalidade ou ilegalidade, ou quando a
proposição não tenha parecer favorável relativamente ao mérito;

II - por requerimento do autor, sujeito à deliberação plenária, sem discussão,


sem encaminhamento de votação e sem declaração de voto, quando a proposição já tenha
parecer, mesmo que de uma só das comissões que sobre a mesma tenha que se manifestar.

Parágrafo Único. As proposições de autoria da Mesa ou de Comissão Permanente


só poderão ser retiradas mediante requerimento subscrito pela maioria dos respectivos
membros.

Art. 149. O pedido de vistas, formulado por qualquer vereador, dependerá de


deliberação do plenário e suspenderá a discussão da proposição.

Art. 150. A requerimento de qualquer vereador, poderá ser aprovado pelo plenário
pedido de sobrestamento de proposição, durante a discussão, pelo prazo máximo de quinze
dias.

Art. 151. O Vereador poderá requerer, ainda, a conclusão na pauta de qualquer


proposição, até anunciada a Ordem do Dia e será atendido se a matéria estiver em condições
de ser apreciada pela Casa.

§ 1º O requerimento será despachado ou votado somente após a informação da


Secretaria, sobre o andamento da proposição.

§ 2º Se o pedido referir-se à proposição de autoria do requerente, será despachado


pelo Presidente, caso contrário, será submetido à votação sem discussão.

Art. 152. Durante a Ordem do Dia, cada orador poderá discorrer uma única vez

48
sobre a matéria em debate, por tempo não superior a vinte minutos, concedida preferência ao
autor para usar a palavra em último lugar, antes de encerrada a discussão.

Art. 153. Proceder-se-á a chamada dos vereadores:

I - antes do início da votação da Ordem do Dia;

II - na verificação de "quorum";

III - na eleição da Mesa;

IV - na votação secreta e nominal.

Art. 154. Esgotada a Ordem do Dia e se nenhum vereador quiser fazer uso da
palavra em Explicação Pessoal, ou findo o tempo destinado à reunião, o Presidente dará por
encerrados os trabalhos, depois de convocar nova reunião e anunciar a publicação da Ordem
do Dia da reunião seguinte.

Parágrafo Único. Caso a matéria da Ordem do Dia não conste da convocação, será
distribuída ao vereador, vinte e quatro horas, no mínimo, antes do início da reunião.

Seção IV

Da Explicação Pessoal

Art. 155 - Esgotada a Ordem do Dia, seguir-se-á o Grande Expediente, pelo tempo
restante da reunião, oportunidade em que os vereadores manifestar-se-ão sobre assuntos
livres, atitudes pessoais assumidas durante a reunião ou no exercício do mandato, dispondo,
para tanto, de quinze minutos, com apartes.

Parágrafo Único- A requerimento do orador, poderá a Presidência prorrogar-lhe o


prazo por mais quinze minutos para concluir o seu discurso, ou pelo tempo que faltar para
completar o prazo fixado no Art. 132, para o Grande Expediente.

Art. 156. Se a discussão e votação da matéria da Ordem do Dia não absorver todo
o tempo destinado à reunião, poderá ser concedida a palavra ao orador que não tenha
concluído o seu discurso.

Capítulo III

DA REUNIÃO SECRETA

Art. 157. A Reunião Secreta será convocada pelo Presidente da Câmara, de ofício
ou a requerimento escrito, fundamentado, aprovado, sem discussão, por maioria absoluta.

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§ 1º Deliberada a realização da reunião secreta, o Presidente fará sair da Sala do
Plenário todas as pessoas estranhas, inclusive os funcionários da Câmara.

§ 2º Se a reunião secreta tiver que interromper a reunião pública, será esta


suspensa para serem tomadas as providências referidas no parágrafo 1º.

§ 3º Antes de encerrar a reunião secreta, resolverá a Câmara se deverá ficar


secreta ou constar em ata pública a matéria versada, os debates e as deliberações a respeito.

Art. 158. Ao vereador será permitido reduzir a escrito seu pronunciamento, que
será arquivado com os documentos referentes à reunião secreta.

Capítulo IV

DA ORDEM DOS DEBATES

Seção I

Disposições Gerais

Art. 159. Os debates deverão realizar-se em ordem de solenidade própria à


Edilidade, não podendo o vereador falar sem que lhe tenha sido concedida a palavra pelo
Presidente.

§ 1º O Vereador deverá sempre dirigir seu discurso ao Presidente ou à Câmara em


geral, de frente para a Mesa.

§ 2º O vereador falará de pé, da Tribuna porém, poderá, a requerimento, obter


permissão para usar da palavra sentado.

Art. 160. Todos os trabalhos em Plenário deverão ser gravados, para que constem,
expressa e fielmente, dos Anais, os quais poderão ser distribuídos aos vereadores interessados,
mediante solicitação à Secretaria, com antecedência mínima de vinte e quatro horas.

§ 1º As gravações poderão ser revistas pelos oradores, num prazo de vinte e


quatro horas.

§ 2º Antes da respectiva reunião, só poderão ser fornecidas certidões ou cópias de


discursos e apartes, com autorização expressa dos oradores.

§ 3º Não será autorizada a publicação de pronunciamentos que envolverem


ofensas às Instituições Nacionais, propaganda de guerra, de subversão da ordem pública ou
social, de preconceitos de raça, religião ou classe, que configuram crimes contra a honra ou
contiverem incitamento à prática de crimes de qualquer natureza.

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§ 4º Os pronunciamentos a que se referem o parágrafo 3º não constarão dos Anais
da Câmara.

Seção II

Do Uso da Palavra

Art. 161. O vereador terá direito à palavra:

I - para apresentar proposições e pareceres;

II - na discussão de proposições, pareceres, emendas e substitutivos;

III - pela ordem;

IV - para encaminhar votações;

V - em explicações pessoais;

VI - para apartear;

VII - para tratar de assunto urgente;

VIII - para falar sobre assunto de interesse público, no Grande Expediente.

Art. 162. Cada vereador disporá de cinco minutos para falar pela ordem, em
explicação pessoal, declaração de voto, assunto urgente ou para encaminhar votação, devendo
o Presidente cassar-lhe a palavra se não for usada estritamente para o fim solicitado.

Art. 163. A palavra será dada ao vereador que primeiro tiver solicitado, cabendo
ao Presidente regular a preferência, em caso de pedidos simultâneos.

Parágrafo Único. O autor de qualquer projeto, requerimento, indicação,


representação ou moção e o Relator de parecer terão preferência à palavra sobre a matéria de
seu trabalho.

Art. 164. O vereador que quiser propor urgência, usa a expressão: "Peço a palavra
para assunto urgente".

§ 1º O Presidente submeterá ao Plenário, sem discussão, o pedido de urgência


que, se aprovado, determinará apreciação imediata do mérito.

§ 2º Considerar-se-á urgente o assunto cuja discussão se torna ineficaz se não for


tratado imediatamente, ou que do seu adiamento resulte inconveniente para o interesse
público.

Art. 165. O vereador que solicitar a palavra na discussão de proposição não


poderá:
51
I - desviar da matéria em debate;

II - usar de linguagem imprópria;

III - ultrapassar o prazo que lhe foi concedido;

IV - deixar de atender às advertências do Presidente.

Art. 166. Havendo infração a este Regimento no curso dos debates, o Presidente
da Câmara fará advertência ao vereador, retirando- lhe a palavra, se não for atendido.

Parágrafo Único. Persistindo a infração, o Presidente suspenderá a reunião.

Art. 167. O Presidente da Câmara, entendendo ter havido infração ao decoro


parlamentar, baixará portaria para instauração de inquérito.

Art. 168. Os apartes, as questões de ordem e os incidentes suscitados ou


consentidos pelo orador serão computados no prazo que dispuser para se pronunciar.

Seção III

Dos Apartes

Art. 169. Aparte é a intervenção breve e oportuna do orador, para indagação ou


esclarecimento relativo à matéria em debate.

§ 1º O vereador, ao apartear, solicita permissão do orador e, ao fazê-lo,


permanecerá em pé.

§ 2º Não será permitido aparte:

I - quando o Presidente estiver usando a palavra;

II - quando o orador não o permitir, tácita ou expressamente;

III - paralelo a discurso do orador;

IV - no encaminhamento de votação;

V - Quando o orador estiver usitando questão de ordem, falando no Pequeno


Expediente ou declaração de voto.

§ 3º Não registrar-se-ão apartes proferidos contra dispositivos Regimentais, não


devendo os mesmos constar dos Anais da Câmara.

Seção IV

52
Da Questão de Ordem

Art. 170. A dúvida sobre a interpretação do Regimento Interno, na sua prática,


constitui questão de ordem que pode ser suscitada em qualquer fase da reunião.

Art. 171. A Ordem dos trabalhos pode ser interrompida quando o vereador pedir a
palavra "pela ordem", nos seguintes casos:

I - para lembrar melhor método de trabalho;

II - para solicitar preferência ou destaque para parecer, voto, emenda ou


substitutivo;

III - para reclamar infração ao Regimento;

IV - para solicitar votação por partes;

V - para apontar qualquer irregularidade nos trabalhos.

Art. 172. As questões de ordem são formuladas no prazo de cinco minutos, com
clareza e com indicação das disposições que se pretende elucidar.

§ 1º Não poderá ser interrompido o orador na Tribuna, para levantar questão de


ordem, salvo com o consentimento deste.

§ 2º Sobre a mesma questão de ordem, o vereador só poderá falar uma vez.

Art. 173. Todas as questões de ordem suscitadas durante a reunião serão


resolvidas em definitivo pelo Presidente da Câmara.

§ 1º As decisões sobre questões de ordem considerar-se-ão como precedentes e só


adquirirão força obrigatória após transcritas no livro de precedentes regimentais e, após,
incorporadas ao Regimento.

§ 2º Quando a questão de ordem estiver relacionada com a Constituição, poderá o


vereador recorrer da decisão do Presidente para o Plenário, ouvida a Comissão de Legislação,
Justiça e Redação.

Art. 174. O membro da Comissão poderá formular questão de ordem ao seu


Presidente, relacionada com a matéria em debate, observadas as exigências dos artigos
anteriores, no que forem aplicáveis.

Parágrafo Único. Da decisão do Presidente da Comissão, cabe recurso ao


Presidente da Câmara.

Art. 175. Durante a Ordem do Dia só poderá ser levantada questão de ordem
atinente à matéria que nela figure.

53
Seção V

Da Explicação Pessoal

Art. 176. O vereador poderá usar da palavra em explicação pessoal, somente uma
vez, pelo tempo referido no artigo 155, observado o disposto no artigo 165:

I - para esclarecer sentido obscuro da matéria de sua autoria, em discussão;

II - para aclarar o sentido e a extensão de suas palavras que julgar terem sido
mal compreendidas pela Casa ou por qualquer de seus pares;

III - somente uma vez, após esgotada a matéria da Ordem do Dia.

Título VII

DAS PROPOSIÇÕES

Capítulo I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 177. Proposição é toda a matéria sujeita à deliberação da Câmara Municipal.

Art. 178. O Processo Legislativo compreende a tramitação das seguintes


proposições:

I - emendas à Lei Orgânica;

II - projeto de lei;

III - projeto de decreto legislativo;

IV - projeto de resolução;

V - veto à proposição de lei;

VI - requerimento;

VII - indicação;

VIII - representação;

IX - moção.

Art. 179. A Mesa só receberá proposição redigida com clareza e observância de

54
estilo parlamentar, dentro das normas Constitucionais e Regimentais e que verse matéria de
competência da Câmara.

§ 1º A proposição destinada a aprovar acordos, convênios, contratos e concessões


conterá, como parte integrante, os termos do ajuste.
§ 2º Quando a proposição fizer referência a uma lei, deverá vir acompanhada do
respectivo texto.

§ 3º A proposição que tiver sido precedida de estudos, pareceres, decisões e


despachos, virá acompanhada dos respectivos textos.

Art. 180. Não será permitido ao vereador apresentar proposição que guarde
identidade ou semelhança com outra em andamento na Casa.

Parágrafo Único. Ocorrendo tal fato, à primeira proposição apresentada, que


prevalecerá, serão anexadas as posteriores, por deliberação do Presidente da Câmara, de ofício
ou a requerimento.

Art. 181. Não será permitido também ao Vereador, apresentar proposições de


interesse particular seu ou de seus ascendentes, descendentes ou parentes por consangüinidade
ou afinidade, até terceiro grau, nem sobre elas emitir voto, devendo ausentar-se do Plenário no
momento da votação.

§ 1º Em se tratando de projeto fora dos casos mencionados neste artigo, mas de


autoria do Vereador, a restrição só se estenderá à emissão do voto na Comissão, podendo o
autor participar de sua discussão e votação.

§ 2º Qualquer vereador poderá lembrar à Mesa, verbalmente ou por escrito, o


impedimento do vereador que não se manifestar.

§ 3º Reconhecido o impedimento, serão considerados nulos os atos praticados


pelo impedido, em relação à proposição.

Art. 182. As proposições que não forem apreciadas até o fim da Legislatura serão
arquivadas, salvo a prestação de contas do Prefeito, e as proposições de que trata o artigo 178,
incisos I a V.

Parágrafo Único. Qualquer vereador poderá requerer o desarquivamento de


proposições.

Art. 183. A proposição desarquivada fica sujeita à nova tramitação, desde a fase
inicial, não prevalecendo pareceres, votos, emendas e substitutivos.

Art. 184. A matéria constante de projeto de lei, rejeitado ou com veto mantido,
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, ressalvadas as proposições
de iniciativa do Prefeito.

Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de iniciativa

55
do Prefeito, que serão sempre submetidos à deliberação da Câmara.

Capítulo II

DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA, DOS PROJETOS


DE LEI, DE DECRETO LEGISLATIVO E DE RESOLUÇÃO

Art. 185. A Câmara Municipal exerce sua função legislativa por via de emendas à
Lei Orgânica, projetos de lei, de decretos legislativos e de resoluções.

Art. 186. As emendas à Lei Orgânica, os projetos de lei, de decretos legislativos e


de resoluções, deverão ser redigidos em artigos concisos e assinados por seu autor ou autores.

§ 1º As emendas à Lei Orgânica, os projetos de lei, de decreto Legislativo e de


resolução, serão numerados pela Secretaria da Câmara.

§ 2º Nenhuma Emenda ou projeto poderá constar, em cada um de seus artigos,


duas ou mais proposições independentes ou antagônicas.

Art. 187. A iniciativa de emenda à Lei Orgânica cabe:

I - ao Prefeito;

II - a um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

III - à população, subscrita por cinco por cento, no mínimo, do eleitorado do


Município.

Art. 188. A iniciativa de projeto de lei cabe:

I - ao Prefeito;

II - a qualquer membro ou comissão da Câmara Municipal;

III - aos cidadãos, subscrito, no mínimo, por cinco por cento dos eleitores do
Município.

Parágrafo Único. A iniciativa das leis sobre pessoal cabe ao Prefeito, ressalvada a
criação, extinção e alteração de cargos do pessoal da Câmara, cuja iniciativa é de sua Mesa
Diretora, através de Resolução.

Art. 189. A iniciativa de projeto de decreto legislativo e de resolução, cabe:

I - à Mesa da Câmara;

II - às comissões da Câmara;

III - ao vereador.

56
Art. 190. O projeto de decreto legislativo destina-se a regular matéria de
competência exclusiva da Câmara, que produza efeitos externos, tais como:

I - concessão de licença ao Prefeito Municipal para ausentar-se do


Município;

II - aprovação ou rejeição do parecer prévio sobre as contas do Município,


dos órgãos da administração direta e da Mesa da Câmara;

III - fixação de subsídio para Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários


Municipais;

IV - aprovação ou ratificação de acordos, convênios ou termos aditivos;

V - concessão de diploma de honra ao mérito, títulos de Cidadão Honorário


e outras honrarias;

VI - representação à Assembléia Legislativa sobre modificação territorial ou


mudança do nome da sede do Município.

Art. 191. O projeto de resolução destina-se a regular matéria de exclusiva


competência da Câmara, tais como:

I - elaboração do Regimento Interno;

II - organização e regulamentação dos seus serviços administrativos;

III - concessão de licença a vereador;

IV - perda de mandato de vereador;

V - delegação ao Prefeito para elaboração de Lei Delegada;

VI - criação de comissão especial de inquérito;

VII - conclusão de comissão especial de inquérito;

VIII - criação, extinção e alteração de cargos do pessoal da Câmara;

IX - todo e qualquer assunto de sua economia interna, de caráter geral ou


normativo.

Art. 192. Aos projetos de decreto legislativo e resolução, aplicam-se as


disposições relativas aos projetos de lei, salvo a votação que é única.

Art. 193. Recebido o projeto, será numerado e enviado à Secretaria, para


confecção e distribuição de avulsos e remessa às comissões competentes, para emissão de
parecer.

57
§ 1º Confeccionar-se-ão avulsos de projetos, emendas, pareceres e da mensagem
do Prefeito, se houver, excluídas as peças que intervirem o projeto e que deverão ser
devolvidas ao Executivo.

§ 2º Caberá ao Presidente da Câmara, em despacho, autorizar a confecção de


avulsos de qualquer matéria constante do processo.

§ 3º Cópia completa de avulsos será arquivada para a formação de processo


suplementar, do qual deverão constar todos os despachos proferidos e pareceres, de modo
que, por ela, em qualquer momento, possa ser conhecido o conteúdo e o andamento do
processo original.

Art. 194. Quando a Comissão de Legislação, Justiça e Redação, pela maioria de


seus membros, declarar o projeto ilegal ou inconstitucional, ou alheio à competência da
Câmara, é o mesmo incluído na Ordem do Dia, independentemente da audiência de outras
comissões.

§ 1º Aprovado o parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação,


considerar-se-á rejeitado o projeto.

§ 2º Rejeitado o parecer, o projeto passará às demais comissões.

Art. 195. Nenhum projeto de lei, Decretos Legislativos, Emendas à Lei Orgânica
do Município ou de resolução poderá ser incluído na Ordem do Dia para discussão única ou
para primeira discussão sem que, com antecedência mínima de vinte e quatro horas tenha sido
distribuído aos vereadores, os avulsos confeccionados na forma do artigo 193.

Parágrafo Único. Para a segunda discussão e votação, serão distribuídos, no prazo


mencionado no artigo, avulsos das emendas apresentadas e respectivos pareceres das
comissões.

Art. 196. Compete privativamente ao Prefeito, a iniciativa dos projetos de lei que
disponham sobre:

I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos


públicos na administração direta ou autárquica;

II - fixação de aumento de remuneração dos serviços;

III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos


servidores;

IV - organização administrativa, matéria orçamentária, serviços públicos e


pessoal de administração;

V - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública


municipal.
Art. 197. Não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de
iniciativa privativa do Prefeito Municipal, ressalvado o processo legislativo orçamentário e o

58
disposto no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo Único. Nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito Municipal, só


será admitida emenda que aumente a despesa prevista, desde que apontados os recursos
orçamentários a serem remanejados.

Art. 198. É de competência da Câmara Municipal a iniciativa de projeto que trate


de assuntos de sua economia interna.

Art. 199. Apresentado parecer à Mesa e distribuídos os avulsos, será o projeto


incluído na Ordem do Dia, para discussão e votação.

Art. 200. Concluída a discussão única ou a segunda discussão, será o projeto


novamente remetido à Comissão de Legislação, Justiça e Redação, para redação final.

Capítulo III

DO PROJETO DE CIDADANIA HONORÁRIA OU OUTRA HONRARIA

Art. 201 - Os projetos concedendo títulos de Cidadania ou Outra Honraria a


personalidades estrangeiras ou nacionais, radicadas no País, comprovadamente dignas de
Honrarias, são de competência da Comissão de Segurança, Assistência Social, Previdenciária
e Defesa dos Direitos do Cidadão.

§ 1º- O projeto de concessão de Honraria deverá vir acompanhado, como registro


essencial, de circunstanciada biografia da pessoa que se deseja homenagear.

§ 2º- A Comissão terá o prazo de quinze dias para apresentar seu parecer, dela não
podendo fazer parte o autor do projeto.

§ 3º- O prazo de quinze dias será comum aos membros da Comissão, cabendo a
cada um, cinco dias para emitir seu voto.

Art. 202 Em cada legislatura, nenhum Vereador poderá figurar como primeiro
signatário de projeto de concessão de Honraria, por mais de uma vez.

Art. 203 Para discutir o projeto de concessão de Título Honorífico, cada Vereador
disporá de cinco minutos.

Art. 204 Os pareceres e votos emitidos aos projetos deste capítulo não terão seus
avulsos confeccionados, cabendo ao relator divulgar, em plenária, apenas a conclusão do
parecer.

Art. 205 A entrega do título será feita em reunião solene.

Art. 206 Fica a concessão de Título de Cidadania, Honorária do Município e


Outra Honraria, subordinada aos requisitos em resolução específicas.

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Parágrafo Único: Observado o disposto na resolução específica, o número de
Reuniões Solenes para concessão de Títulos de Cidadania e Outras Honrarias será de duas ao
ano. (este parágrafo deverá ser alterado por força das resoluções que criaram o Título de
Bombeiro e Policial Padrão; do Mérito Desportivo e do Prêmio Professor Excelência em
Educação Básica).

Capítulo IV

DOS PROJETOS COM PRAZO DE APRECIAÇÃO FIXADO PELO PREFEITO

Art. 207 - O Prefeito Municipal poderá solicitar que projeto de lei de sua iniciativa
seja apreciado em Regime de Urgência, excluídos os referentes a Codificações Municipais.

§ 1º - a solicitação poderá ser efetuada após a remessa do projeto;

§ 2º - aprovada a solicitação de urgência por maioria simples, o projeto será


apreciado em 45 dias;

§ 3º - o prazo conta-se à partir da aprovação da solicitação, pelo Plenário;

§ 4º - decorrido o prazo fixado no Parágrafo Segundo sem deliberação, o projeto


será, obrigatoriamente incluído, na Ordem do Dia para que se ultime sua votação,
sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, com exceção das deliberações sobre
os vetos do Prefeito Municipal.

Art. 208. Ultimada a votação ou esgotado o prazo fixado para apreciação do


projeto, o Presidente da Câmara oficiará ao Prefeito, certificando-o da ocorrência.

Art. 209. O prazo de tramitação especial para os projetos de lei resultantes da


iniciativa do Prefeito não corre no período em que a Câmara estiver em recesso.

Capítulo V

DO PROJETO DE LEI DO PLANO PLURIANUAL,


DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS E DO ORÇAMENTO

Art. 210. O projeto de lei do Plano Plurianual, das diretrizes orçamentárias e do


orçamento deverão ser apresentados à Câmara, pelo Prefeito, dentro do prazo estabelecido em
Lei Complementar e encaminhados à sanção até o encerramento da Sessão Legislativa.

§ 1º Não sendo o projeto encaminhado no prazo deste artigo, será sancionado


como lei, na forma original.

§ 2º Recebido o projeto e distribuídos os avulsos da mensagem e os relatórios,


será enviado à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, para dar parecer no
prazo de vinte dias.

60
§ 3º Distribuídos os avulsos do parecer, o projeto fica na Mesa pelo prazo de
cinco dias, para receber emendas.

§ 4º Encerrado o prazo, o projeto e emendas serão remetidos à Comissão de


Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, que emitirá parecer sobre elas, dentro de cinco
dias, improrrogáveis.

§ 5º Distribuídos os avulsos do parecer, o projeto será incluído na Ordem do Dia.

Art. 211. Aprovado o projeto de lei e as emendas, em segunda votação, será


encaminhado às comissões de Legislação, Justiça e Redação e a de Finanças, Orçamento e
Tomada de Contas, para, em trabalho conjunto, apresentarem a redação final, dentro do prazo
de cinco dias.

Parágrafo Único. Findo o prazo, o projeto será incluído na pauta, para apreciação
da redação final.

Art. 212. O projeto de lei do orçamento e do Plano Plurianual deverão ter iniciada
a discussão até a primeira reunião ordinária de dezembro, quando, obrigatoriamente, serão
incluídos em pauta, com ou sem parecer, fixando-se a conclusão do seu exame até cinco dias
antes do prazo previsto para remessa ao Executivo, salvo motivo imperioso, a julgamento da
Câmara.

Art. 213. O projeto de lei do Orçamento, do Plano Plurianual e de diretrizes


orçamentárias, terão preferência na discussão e votação e não poderão conter disposições
estranhas à receita e à despesa do Município.

Capítulo VI

DA TOMADA DE CONTAS

Art. 214. Até o dia trinta e um de março de cada ano, o Prefeito apresentará um
relatório de sua administração, com um balanço geral das contas do exercício anterior.

Parágrafo Único. Se o Prefeito deixar de cumprir o disposto neste artigo, a


Câmara nomeará uma Comissão para proceder, "ex-ofício", a tomada de contas.

Art. 215. Na deliberação sobre as contas, serão observados os seguintes preceitos:

I - o parecer do Tribunal de Contas do Estado somente poderá ser rejeitado


pelo voto de dois terços dos membros da Câmara;

II - antes do julgamento, a Câmara, por maioria simples, deverá converter o


processo em diligência, abrindo vista ao Prefeito do Exercício Financeiro correspondente, por
trinta dias, para os esclarecimentos que julgar conveniente.

61
III - se os esclarecimentos forem relevantes, a Câmara devolverá, ainda, por
maioria simples, o processo ao Tribunal de Contas do Estado, para novo parecer sobre a
matéria nele enfocada, suspendendo-se o prazo para sua apreciação.

IV - emitido o segundo parecer pelo Tribunal de Contas do Estado, as


contas serão definitivamente julgadas.

V - rejeitadas as contas, serão imediatamente remetidas ao Órgão do


Ministério Público, para fins de direito.

VI - o prazo para apreciação é de sessenta dias após o recebimento do


parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, suspendendo-se sua contagem, nos períodos
de recesso da Câmara de Vereadores.

Art. 216. Para ser discutida e votada, a prestação de contas deverá estar
acompanhada de parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado, bem como os
quadros demonstrativos e dos documentos comprovantes da receita arrecadada e da despesa
realizada.

Parágrafo Único. A Câmara julgará as contas, independente do parecer prévio do


Tribunal de Contas ou órgão estadual incumbido dessa missão, caso este não emita até o
último dia do exercício financeiro em que foram prestadas.

Art. 217. Recebido pelo Presidente da Câmara o processo de prestação de contas


do Prefeito, independente da leitura no Pequeno Expediente, providenciará a distribuição aos
vereadores, dentro de trinta dias, dos respectivos avulsos de mensagem e do parecer do
Tribunal de Contas, encaminhando o processo à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada
de Contas, que emitirá parecer elaborando o projeto de Decreto Legislativo.

§ 1º O projeto de decreto legislativo, após atendidas formalidades, será incluído


na Ordem do Dia.
§ 2º Se não for aprovado pelo Plenário a prestação de contas ou parte dela, será o
projeto ou parte impugnada, remetida à Comissão Legislação, Justiça e Redação para, em
parecer, indicar as providências a serem tomadas pela Câmara.

§ 3º Decorrido o prazo de sessenta dias, após o recebimento do parecer prévio do


Tribunal de Contas, sem deliberação da Câmara, considerar-se-ão aprovadas ou rejeitadas as
contas, de acordo com a conclusão do parecer prévio do Tribunal de Contas.

Art. 218. As prestações de contas do Prefeito, dos Órgãos da Administração


Indireta e do Presidente da Câmara, serão examinadas separadamente, dentro do ano seguinte
ao de sua execução, salvo quando necessária alguma diligência que exija a prorrogação desse
prazo.

Parágrafo Único. A prestação de contas do Presidente da Câmara, que é anual,


deverá ser apresentada até o primeiro dia de março.

Capítulo VII

62
DAS INDICAÇÕES, REQUERIMENTOS, REPRESENTAÇÕES, MOÇÕES E
EMENDAS

Seção I

Disposições Gerais

Art. 219. O Vereador poderá convocar a manifestação da Câmara ou de qualquer


uma de suas comissões sobre determinado assunto, formulando por escrito, em termos
explícitos, forma sintética e linguagem parlamentar, indicações, requerimentos,
representações, moções e emendas.
Parágrafo Único. As proposições, sempre escritas e assinadas, são formuladas por
vereadores, durante o Pequeno Expediente e quando rejeitadas pela Câmara, não poderão ser
novamente encaminhadas antes de três meses, contados da data da rejeição.

Art. 220. Indicação é a proposição em que o Vereador sugere medidas de interesse


público, às autoridades competentes.

Parágrafo Único. As indicações aprovadas pelo Plenário serão encaminhadas aos


órgãos competentes.

Art. 221. Requerimento é a proposição dirigida por vereador ou Comissão, ao


Presidente da Câmara ou Comissão, que verse matéria de competência do Legislativo.

§ 1º Os requerimentos, quanto à competência para decidi-los, são de três espécies:

I - sujeitos à deliberação do Presidente da Câmara;

II - sujeitos à deliberação de Comissão;

III - sujeitos à deliberação do Plenário.

§ 2º Os requerimentos serão escritos e orais, na forma deste Regimento.

Art. 222. O requerimento sujeito à deliberação de comissão será decidido pelo


Presidente do órgão em que for apresentado.

Art. 223. Representação é toda manifestação da Câmara dirigida às autoridades


federais, estaduais ou a entidades legalmente reconhecidas e não subordinadas ao Executivo
Municipal.

Parágrafo Único. A representação estará sujeita a parecer da Comissão de


Legislação, Justiça e Redação.

Art. 224. Moção é qualquer proposta que expressa o pensamento da Câmara, em


face de acontecimentos submetidos à sua apreciação.

Art. 225. Emenda é a proposição apresentada por Vereador, Comissão ou Mesa,

63
como acessória a outra, podendo ser:

I - emenda supressiva é a que manda cancelar parte da proposição original;

II - emenda substitutiva é aquela apresentada como sucedânea de parte de


uma proposição e que tomará o nome de substitutivo, quando atingir a proposição no seu
conjunto;

III - emenda modificativa, as que modificam parte da proposição;

IV - emenda aditiva é a que manda acrescentar algo à proposição.

§ 1º As emendas só serão admitidas quando constantes do parecer das comissões,


ou em Plenário, durante a discussão da matéria, desde que subscrita por Vereador.

§ 2º As emendas modificativas poderão ser ampliativas, restritivas e redacionais.

§ 3º A emenda ampliativa é a que se estende a outra pessoa ou objeto a disposição


a que se refere.

§ 4º A emenda restritiva diminui a extensão da disposição que modifica.

§ 5º A emenda redacional é a que não modifica a substância da disposição a que


se refere.

Art. 226. A emenda à redação final só será admitida para evitar incorreção,
incoerência, contradição ou absurdo manifesto.

Art. 227. A emenda apresentada a outra emenda denomina-se sub- emenda.

Art. 228. Não serão aceitas emendas ou substitutivos que contenham matérias ou
disposições que não tenham relação direta com a proposição a que se refiram.

Art. 229. O substitutivo tem preferência para votação sobre a proposição


principal.

§ 1º O substitutivo oferecido por Comissão tem preferência para votação sobre o


de autoria de vereadores.

§ 2º Havendo mais de um substitutivo de Comissão, tem preferência na votação, o


oferecido pela Comissão cuja competência for específica para opinar sobre o mérito da
proposição.

Seção II

Dos Requerimentos Sujeitos à Deliberação do Presidente

64
Art. 230. Será despachado de imediato pelo Presidente, requerimento que solicite:

I - a palavra ou desistência dela;


II - permissão para falar sentado;

III - a posse do vereador;

IV - retificação de ata;

V - leitura de matéria sujeita a conhecimento do Plenário;

VI - inscrição de declaração de voto em ata;

VII - a observância de disposição regimental ou informação sobre a ordem


dos trabalhos;

VIII - verificação de votação;

IX - inserção em ata, de voto de pesar ou de congratulações, desde que não


envolva aspecto político, caso em que será submetido à deliberação da Comissão de
Legislação, Justiça e Redação;

X - retirada, pelo autor, de proposição de sua iniciativa;

XI - discussão por partes;

XII - votação por partes ou no todo;

XIII - prorrogação de prazo para emissão de parecer ou para o orador


concluir seu discurso;
XIV - anexação de matérias idênticas ou semelhantes;

XV - inclusão, na Ordem do Dia, de proposição apresentada pelo


requerente;

XVI - interrupção da reunião para receber personalidade de destaque;

XVII - destinação da primeira parte da reunião para homenagem especial;

XVIII - designação de substituto ou membro de Comissão, na ausência do


suplente ou o preenchimento de vaga;

XIX - constituição de Comissão de Inquérito, na forma do artigo 92;

XX - convocação de reunião extraordinária, se assinada por um terço dos


vereadores ou requerida pelo Prefeito.

Parágrafo Único. Os requerimentos dos incisos I a XVIII poderão ser feitos


oralmente, enquanto que os demais somente serão recebidos pela Mesa, se escritos.

65
Seção III

Dos Requerimentos Sujeitos à Deliberação do Plenário

Art. 231. Será submetido à discussão e votação o Requerimento que solicite:

I - manifestação de aplauso, regozijo ou congratulação, com parecer da


Comissão de Legislação, Justiça e Redação, desde que enquadrado na exceção do inciso IX
do artigo 230;

II - o levantamento da reunião em regozijo ou pesar;

III - prorrogação ou mudança do horário de reunião;

IV - alteração da ordem dos trabalhos da reunião estabelecida no artigo 132


a 143;

V - audiência de comissão ou reunião conjunta de comissões, para opinar


sobre determinada matéria;

VI - adiamento de discussão;

VII - encerramento de discussão;

VIII - preferência na discussão ou votação de uma proposição, sobre outra


de mesma matéria;

IX - votação por determinado processo;

X - votação destacada de emenda, artigo ou parágrafo;

XI - adiamento de votação;

XII - inclusão, na Ordem do Dia, de projeto de lei de orçamento, para


discussão imediata;

XIII - inclusão, na Ordem do Dia, de proposição que não seja de autoria do


requerente;

XIV - providências junto a órgãos de Administração Pública;

XV - informação às autoridades municipais, por intermédio do Prefeito;

XVI - a constituição de Comissão Especial;

XVII - o comparecimento à Câmara, do Prefeito, Secretário Municipal,


Superintendentes, Presidentes de Conselhos Municipais, Diretores de quaisquer órgãos da
Administração Pública Municipal indireta;

66
XVIII - deliberação sobre qualquer assunto não especificado expressamente
neste Regimento e que não se refira a incidente sobrevindo no curso da discussão e votação;

XIX - o sobrestamento de proposição;

XX - concessão de retirada de vereador que haja assinado presença no livro


próprio;

XXI - regime de urgência para apreciação de projeto.

Parágrafo único. Os requerimentos constantes dos incisos VI a XII e XIX,


poderão ser feitos oralmente, enquanto que os demais somente serão aceitos pela Mesa, se
escritos.

Título VIII
DAS DELIBERAÇÕES

Capítulo I

DA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

Art. 232. Discussão é a fase por que passa a proposição, quando em debate no
Plenário.

Art. 233. Será objeto de discussão apenas a proposição constante da Ordem do


Dia.

Art. 234. Anunciada a discussão de qualquer matéria, com parecer não distribuído
em avulso, procede o primeiro secretário, a leitura deste, antes do debate.

Art. 235. As proposições que não possam ser apreciadas no mesmo dia, ficam
transferidas para a reunião seguinte, na qual tem preferência sobre as que se oferecem
posteriormente.

Art. 236. A pauta dos trabalhos organizada pela Mesa, para compor a Ordem do
Dia, só poderá ser alterada nos casos previstos no Art. 143.

Art. 237. Passam por três discussões e votações, os projetos de lei e de Emendas à
Lei Orgânica do Município, sendo a terceira destinada apenas à redação final, se houver
emendas.

§ 1º Rejeitada a matéria em primeira votação, será automaticamente arquivada.

§ 2º Os projetos de Decreto Legislativo e de Resolução passam por duas


discussões e votações, sendo a segunda destinada apenas à redação final, se houver emendas.

§ 3º Serão submetidos à discussão e votação única, as indicações, os


67
requerimentos, representações e moções.

§ 4º Entre uma e outra discussão e votação do mesmo projeto, mediará o


interstício mínimo de vinte e quatro horas, não sendo permitida, em nenhuma hipótese, a
dispensa do interstício.

§ 5º A proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município mediará o interstício de


dez dias.

Art. 238. A retirada de projeto poderá ser requerida pelo autor, em qualquer fase
de sua tramitação.

§ 1º Quando o projeto é apresentado por uma Comissão, considera-se autor o seu


relator e, na ausência deste, o Presidente da Comissão.

§ 2º Caberá ao Presidente atender ao pedido, independente de discussão e votação,


ainda que contenha emendas ou pareceres favoráveis.

Art. 239. O vereador poderá solicitar vista de projeto pelo prazo máximo de cinco
dias.

§ 1º A vista só será concedida até o momento de se anunciar a primeira votação


do projeto.

§ 2º Concedida a vista do projeto, esta será comum a todos os interessados.

§ 3º Será concedida através de autos complementares, permanecendo o original na


Secretaria para discussão e votação, após a extinção do prazo mencionado neste artigo.

Art. 240. Na segunda discussão, em que só se admitem emendas de redação, serão


discutidos o projeto e pareceres e/ou, se houver, as emendas e substitutivos apresentados na
primeira discussão.

Art. 241. Não havendo quem deseje usar a palavra, o Presidente declara encerrada
a discussão e submete a matéria à votação.

Parágrafo Único. Existindo emendas ao projeto, o Presidente submeterá à votação,


uma a uma, observando o disposto no artigo 225.

Art. 242. Após a discussão única ou segunda discussão, o projeto será discutido e
votado em Redação Final, procedendo o Secretário, sendo requerido, a leitura do seu inteiro
teor, que versa unicamente sobre redação final do projeto.

Art. 243. As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos,


presentes mais da metade dos seus membros, salvo disposições em contrário.

Art. 244. A votação é o complemento da discussão.

§ 1º A cada discussão seguir-se-á a votação.


68
§ 2º A votação somente será interrompida:

I - por falta de "quorum";

II - pelo término do horário da reunião ou de sua prorrogação.

§ 3º Cessada a interrupção, a votação terá prosseguimento.

§ 4º Existindo matéria de urgência a ser votada e não havendo "quorum", o


Presidente da Câmara determinará a chamada, fazendo registrar-se em ata o nome dos
presentes e dos que se tenham ausentado, não sendo permitida a justificativa de falta.

Art. 245. Somente pelo voto de dois terços de seus membros, poderá a Câmara
Municipal:

I - conceder isenção e subvenções para entidades e serviços de interesse


público;

II - decretar a perda de mandato de vereador, no caso do inciso II do artigo


26 por escrutínio secreto;

III - decretar a perda do mandato do Prefeito por escrutínio secreto;

IV - perdoar dívida ativa, nos casos de calamidade, de comprovada pobreza


do contribuinte e de instituições legalmente reconhecidas como de utilidade pública;

V - aprovar empréstimos, operações de crédito e acordos externos, de


qualquer natureza, dependentes de autorização do Senado Federal, além de outras matérias
fixadas em Lei Complementar;

VI - recusar o parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas, sobre as


contas que o Prefeito deve apresentar anualmente;

VII - modificar a denominação de logradouros públicos com mais de dez


anos, por escrutínio secreto;

VIII - aprovar projetos de concessão de Título de Cidadão Honorário e outra


honraria, por escrutínio secreto;

IX - aprovar emendas à Lei Orgânica do Município;

X - designar outro local para as reuniões da Câmara, observado o disposto


no parágrafo 2º do Art. 2º.

Art. 246. Somente pelo voto da maioria absoluta dos vereadores, poderá a Câmara
rejeitar o veto, aprovado o projeto.

Art. 247. Somente pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara, serão

69
aprovadas as proposições sobre:

I - venda, doação ou permuta dos seus imóveis e desafetação dos bens de


uso comum do povo, para efeito de sua alienação;

II - modificação ou reforma do Regimento Interno;

III - fixação da remuneração do Prefeito e Vereadores;

IV - licença de vereador por tempo determinado;

V - suspensão de mandato de vereador, nos casos dos incisos I e III do art.


30:
VI - convocação de reunião secreta;

VII - convocação do Prefeito e de Secretário Municipal;

VIII - eleição dos membros da Mesa, em primeiro escrutínio;

IX - autorização para tramitação, na mesma sessão legislativa, de projeto de


lei arquivado, rejeitado ou retirado;

X - criação de cargos de seus serviços, que devem ser preenchidos mediante


concurso público de provas ou de provas e títulos.

Parágrafo Único. O projeto de lei a que se refere o inciso X será votado em dois
turnos, com intervalo mínimo de quarenta e oito horas entre eles.

Capítulo II

DA VOTAÇÃO

Seção I

Do Processo de Votação

Art. 248. São três os processos de votação:

I - simbólico;

II - nominal;

III - escrutínio secreto. (inciso derrogado pela Emenda à Lei Orgânica nº


14/2001 – “o voto será sempre ostensivo”).

Art. 249. Adotar-se-á o processo simbólico nas votações, salvo exceções


Regimentais.

§ 1º Na votação simbólica, o Presidente solicita aos vereadores que ocupa os seus

70
lugares do Plenário, convidando a permanecerem sentados os que estiverem a favor da
matéria.

§ 2º Inexistindo requerimento de verificação, o resultado proclamado torna-se


definitivo.

Art. 250. A votação é nominal quando requerida por vereador e aprovada pela
Câmara, e nos casos expressamente mencionados neste Regimento.

§ 1º Na votação nominal, o Primeiro Secretário faz a chamada dos vereadores e


anotação dos nomes que votaram SIM e dos que votaram NÃO, quanto à matéria em exame.

§ 2º Encerrada a votação, o Presidente proclamará o resultado, não admitindo o


voto de vereador que tenha dado no Plenário após a chamada do último nome da lista geral.

Art. 251. O Presidente da Câmara somente participará das votações simbólicas ou


nominais, em caso de empate, quando o seu voto será de qualidade.

Art. 252. A votação por escrutínio secreto processar-se-á nos casos de eleição, dos
incisos II,III,VII e VIII do artigo 245 quando expressamente mencionados neste Regimento,
ou a requerimento de vereador, aprovado pela Câmara. (Artigo derrogado pela Emenda a Lei
Orgânica nº 14/2001. Ver art. 25 § 2º da LOM “Nas deliberações da Câmara o voto será
sempre ostensivo”).

Parágrafo Único. Na votação por escrutínio secreto, observar-se-ão as seguintes


normas e formalidades:

I - presença da maioria absoluta dos membros da Câmara, salvo na


apreciação de projeto vetado;

II - cédulas impressas ou datilografadas;

III - designação de dois vereadores para servirem como fiscais e


escrutinadores;

IV - chamada de vereador para votação;

V - colocação, pelo votante, da cédula na urna;

VI - abertura de urna, retirada das cédulas, contagem e verificação de


coincidências entre o número de vereadores presentes e dos votantes, pelos escrutinadores;

VII - ciência ao Plenário, da exatidão entre o número de cédulas e o de


votantes;

VIII - apuração dos votos, através de leitura em voz alta e anotação pelos
escrutinadores;
IX - invalidação da cédula que não atenda o disposto no Inciso II;

X - proclamação, pelo Presidente, do resultado da votação.


71
Art. 253. As proposições acessórias, compreendem inclusive os requerimentos
incidentes na tramitação, serão votados pelo processo aplicável à proposição original.

Art. 254. A falta de número para votação não prejudica a discussão das matérias
que tiverem sido incluídas na Ordem do Dia.

Art. 255. Nenhum vereador poderá votar em matéria de seu particular interesse ou
de seus ascendentes, descendentes e colaterais por consangüinidade ou afinidade, até terceiro
grau.

Art. 256. Qualquer que seja o método de votação, aos secretários compete apurar
o resultado e, ao Presidente, anunciá-lo.

Art. 257. Anunciado o resultado de votação, pode ser dada a palavra ao vereador
que a requerer para declaração de voto, pelo tempo previsto no artigo 162.

Art. 258. Nenhum vereador pode protestar, verbalmente ou por escrito, contra
decisão da Câmara, salvo em grau de recurso, sendo-lhe facultado fazer inserir na ata a sua
declaração de voto.

Art. 259. Logo que concluídas, as deliberações serão lançadas pelo Presidente, nos
respectivos papéis, com a sua rubrica.

Seção II

Do Encaminhamento de Votação

Art. 260. Ao ser anunciada a votação, o Vereador pode obter a palavra para
encaminhá-la, pelo prazo de cinco minutos e apenas uma vez.

Art. 261. O encaminhamento far-se-á sobre a proposição no seu todo, inclusive


emendas.

Seção III

Do Adiamento de Discussão

Art. 262. A votação poderá ser adiada uma vez, a requerimento de vereador, até o
momento em que for anunciada.

§ 1º O adiamento será concedido para a reunião seguinte.

§ 2º Considerar-se-á prejudicado o requerimento que, por esgotar-se o horário de


reunião ou por falta de "quorum", deixar de ser apreciado.

72
Seção IV

Da Verificação de Votação

Art. 263. Proclamado o resultado da votação, será permitido ao vereador requerer


a sua verificação.

§ 1º Para verificação, o Presidente, invertendo o processo usado na votação


simbólica, convidará a permanecerem sentados os vereadores que tenham votado contra a
matéria.

§ 2º A Mesa considerará prejudicado o requerimento, quando constatar durante a


verificação, o afastamento de qualquer vereador do Plenário.

§ 3º Será considerado presente o vereador que requerer verificação de votação ou


de "quorum", desde que haja votado no processo em verificação, observado o disposto no
artigo 132.

§ 4º Nenhuma votação admitirá mais de uma verificação.

§ 5º O requerimento de verificação é privativo do processo simbólico.

§ 6º Nas votações nominais, as dúvidas quanto ao resultado poderão ser sanadas


com a gravação.
§ 7º Se a dúvida for levantada quanto ao resultado de votação secreta, o Presidente
da Câmara solicitará aos escrutinadores a recontagem dos votos.

Seção V

Da Redação Final

Art. 264. Dar-se-á a Redação Final ao projeto de lei, de Emenda à Lei Orgânica
do Município, de Decreto Legislativo ou de Resolução.

§ 1º A comissão emitirá parecer, dando forma à matéria aprovada, segundo a


Técnica Legislativa, com inclusão das emendas aprovadas.

§ 2º A comissão terá o prazo de vinte e quatro horas após a discussão única ou a


segunda discussão e votação de projeto, para oferecer a redação final.

§ 3º Escoado o prazo, o projeto será incluído da Ordem do Dia.

Art. 265. A Redação Final, para ser discutida e votada, independe:

73
I - do interstício;

II - da distribuição dos avulsos;

III - da sua inclusão na Ordem do Dia.

Art. 266. Será admitida emenda à redação final, com a finalidade exclusiva de
ordenar a matéria, corrigir a linguagem, os enganos e as contradições, para aclarar seu texto.

Art. 267. A discussão limitar-se-á aos termos da redação e nela o vereador só


poderá falar uma vez e por dez minutos.

Art. 268. Aprovada a redação final, a matéria será enviada à sanção, sob forma de
proposição de lei ou à promulgação, sob a forma de Emenda à Lei Orgânica do Município,
Decreto Legislativo ou de Resolução.

Capítulo VIII

DO VETO À PROPOSIÇÃO DE LEI

Art. 269. O veto parcial ou total, depois de lido no Pequeno Expediente, será
distribuído à Comissão Especial, nomeada de imediato pelo Presidente da Câmara, na forma
deste Regimento, para sobre ele emitir parecer, no prazo de oito dias, contados do despacho
de distribuição.

Parágrafo Único. Um dos membros da Comissão deve pertencer,


obrigatoriamente, à Comissão de Legislação, Justiça e Redação.

Art. 270. Decorridos trinta dias, contados do recebimento, com ou sem parecer, o
veto será incluído na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até
sua votação final, ressalvadas as matérias de que trata o parágrafo 1º do art. 43 da Lei
Orgânica do Município.

§ 1º O veto será apreciado em sessão única, em escrutínio secreto, só podendo ser


rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores. (Parágrafo derrogado pela Emenda a
Lei Orgânica nº 14/2001. “Nas deliberações da Câmara o voto será sempre ostensivo”).

§ 2º Se o veto for rejeitado será enviado ao Prefeito, em quarenta e oito horas,


para a promulgação.

§ 3º Se o Prefeito não promulgar a lei em quarenta e oito horas, nos casos de


sanção tácita ou rejeição de veto, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer,
caberá ao Vice-Presidente, em igual prazo, fazê-lo, sob pena de suspensão do mandato de seis
meses dos Vereadores infratores.

74
§ 4º A lei promulgada, nos termos do parágrafo anterior, produzirá efeitos a partir
de sua publicação.

§ 5º Nos casos de veto parcial, as disposições aprovadas pela Câmara serão


promulgadas pelo seu Presidente com o mesmo número da Lei Original, observado o prazo
estipulado no parágrafo 3º.

§ 6º O prazo previsto para apreciação do veto não corre nos períodos de recesso
da Câmara.

§ 7º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela


Câmara.

§ 8º Na apreciação do veto, a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação


no texto aprovado.
Art. 271. Aplicar-se-ão à apreciação do veto, as disposições relativas à discussão
dos projetos, naquilo que não contrariar as normas deste capítulo.

Título IX

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 272. O Prefeito ou o Vice-Prefeito poderão comparecer, sem direito a voto, às


reuniões da Câmara.

Parágrafo Único. A solicitação de comparecimento do Prefeito ou do Vice-


Prefeito, a requerimento de qualquer vereador, aprovado pela maioria absoluta da Câmara,
torna obrigatório o comparecimento.

Art. 273. Secretários e Diretores Municipais, Superintendentes, Presidentes de


Conselhos Municipais, Diretores de órgãos da Administração Pública Municipal Indireta, de
Fundações Municipais, poderão também ser convocados a prestarem esclarecimentos à
Câmara, o que será feito através de requerimento aprovado, fato que tornará obrigatória a
presença.

§ 1º Para receber esclarecimentos e informações das pessoas mencionadas no


parágrafo único do artigo 272 e das nominadas do artigo 273, a Câmara poderá interromper os
seus trabalhos.

§ 2º Enquanto na Câmara, as pessoas convocadas ficarão sujeitas às normas


Regimentais que regulam os debates.

§ 3º Em se tratando de Secretário Municipal, a falta de comparecimento, sem


justificativa razoável, será considerada desacato à Câmara.

75
§ 4º Se o Secretário for Vereador licenciado, o não comparecimento nas condições
mencionadas caracterizará procedimento incompatível com a dignidade da Câmara, para
instauração do respectivo processo.

Art. 274. A Correspondência da Câmara será assinada pelo seu Presidente e terá a
forma de ofício.

Art. 275. As ordens do Presidente, relativamente ao funcionamento dos serviços


da Câmara, serão expedidas através de portarias.

Art. 276. O Regimento Interno somente poderá ser modificado ou reformado por
projeto de resolução, aprovado pela maioria absoluta dos vereadores.

Parágrafo Único. Distribuídos os avulsos, o projeto ficará na Mesa durante dez


dias, para recebimento de emendas e, após, será encaminhado à Comissão Especial designada
para seu estudo e parecer.

Art. 277. A Mesa, ao fim da Legislatura, determinará a consolidação das


modificações que tenham sido feitas no Regimento, mandando tirar cópias durante o
interregno das reuniões.

Art. 278. A Mesa providenciará, no início de cada exercício, uma edição completa
de todas as leis e demais atos publicados no ano anterior.

Art. 279. Os casos omissos neste Regimento serão resolvidos pela Mesa, que
poderá observar, no que for aplicável, o Regimento da Assembléia Legislativa do Estado de
Santa Catarina e os usos e praxes referentes ao Legislativo Municipal.

Art. 280. Esta resolução, que contém o Regimento Interno da Câmara Municipal
de Concórdia, entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 281. Revogadas as disposições em contrário.

Concórdia, 8 de Dezembro de 1998

TADEU SERGIO BERGAMO


Presidente

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