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LEI ORGÂNICA

DO MUNICÍPIO DE
SALTO DE PIRAPORA

12 de maio de 1990

6ª Edição - 2018
2
SUMÁRIO

TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I - DO MUNICÍPIO

Seção I - Disposições Preliminares

Art. 1º ............................................................................................................. 17
Art. 2º ............................................................................................................. 17
Art. 3º ............................................................................................................. 17

Seção II - Da Divisão Administrativa do Município

Art. 4º ............................................................................................................. 17

CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Seção I - Da Competência Privativa

Art. 5º ............................................................................................................. 17

Seção II - Da Competência Comum

Art. 6º ............................................................................................................. 20

Seção III - Da Competência Suplementar

Art. 7º ............................................................................................................. 21

CAPÍTULO III - DAS VEDAÇÕES

Art. 8º ............................................................................................................. 21

CAPÍTULO IV- DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I - Disposições Gerais

Art. 9º ............................................................................................................. 23
Art. 10 ............................................................................................................ 27

3
Seção II - Dos Servidores Públicos

Art. 11 ............................................................................................................. 28
Art. 12 ............................................................................................................. 29
Art. 13 ............................................................................................................. 30
Art. 14 ............................................................................................................. 30
Art. 15 ............................................................................................................. 31
Art. 16 ............................................................................................................. 31
Art. 17 ............................................................................................................. 31
Art. 18 ............................................................................................................. 31

Seção III - Da Segurança Pública

Art. 19 ............................................................................................................. 31
Art. 20 ............................................................................................................. 31

TÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO

Seção I - Da Câmara Municipal

Art. 21 ............................................................................................................. 32
Art. 22 ............................................................................................................. 32

Seção II - Da Posse

Art. 23 ............................................................................................................. 33

Seção III - Da Mesa da Câmara

Art. 24 ............................................................................................................. 33
Art. 25 ............................................................................................................. 33
Art. 26 ............................................................................................................. 33
Art. 27 ............................................................................................................. 33
Art. 28 ............................................................................................................. 33

Subseção I - Das atribuições da Mesa

Art. 29 ............................................................................................................. 34

Subseção II - Das atribuições do Presidente da Câmara

Art. 30 ............................................................................................................. 35

4
Seção IV - Das atribuições da Câmara Municipal

Art. 31 ............................................................................................................. 36
Art. 32 ............................................................................................................. 37

Seção V - Da Fiscalização Municipal

Art. 33 ............................................................................................................. 38
Art. 34 ............................................................................................................. 39
Art. 35 ............................................................................................................. 40
Art. 36 ............................................................................................................. 41

Seção VI - Dos Vereadores

Art. 37 ............................................................................................................. 41
Art. 38 ............................................................................................................. 41
Art. 39 ............................................................................................................. 42
Art. 40 ............................................................................................................. 43
Art. 41 ............................................................................................................. 44
Art. 42 ............................................................................................................. 44

Seção VII - Do Ano Legislativo

Art. 43 ............................................................................................................. 44
Art. 44 ............................................................................................................. 44
Art. 45 ............................................................................................................. 45
Art. 46 ............................................................................................................. 45

Seção VIII - Da Sessão Legislativa Extraordinária

Art. 47 ............................................................................................................. 45

Seção IX - Das Comissões

Art. 48 ............................................................................................................. 46
Art. 49 ............................................................................................................. 46

Seção X - Do Processo Legislativo

Subseção I - Disposições Gerais

Art. 50 ............................................................................................................. 47

Subseção II - Das Emendas à Lei Orgânica

Art. 51 ............................................................................................................. 48

5
Subseção III - Das Leis

Art. 52 ............................................................................................................. 48
Art. 53 ............................................................................................................. 48
Art. 54 ............................................................................................................. 49

Subseção IV - Da competência exclusiva do Prefeito

Art. 55 ............................................................................................................. 50

Subseção V - Da competência exclusiva da Mesa da Câmara

Art. 56 ............................................................................................................. 50

Subseção VI - Da Soberania Popular

Art. 57 ............................................................................................................. 51

Subseção VII - Das Deliberações

Art. 58 ............................................................................................................. 51
Art. 59 ............................................................................................................. 52
Art. 60 ............................................................................................................. 52
Art. 61 ............................................................................................................. 53
Art. 62 ............................................................................................................. 53

Subseção VIII - Dos Decretos Legislativos e das Resoluções

Art. 63 ............................................................................................................. 53
Art. 64 ............................................................................................................. 54
Art. 65 ............................................................................................................. 54

CAPÍTULO II - DO PODER EXECUTIVO

Seção I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito

Subseção I - Da Eleição

Art. 66 ............................................................................................................. 54
Art. 67 ............................................................................................................. 54

Subseção II - Da Posse

Art. 68 ............................................................................................................. 55

6
Subseção III - Da Desincompatibilização

Art. 69 ............................................................................................................. 55

Subseção IV - Da Inelegibilidade

Art. 70 ............................................................................................................. 56
Art. 71 ............................................................................................................. 56

Subseção V - Da Substituição

Art. 72 ............................................................................................................. 56
Art. 73 ............................................................................................................. 56
Art. 74 ............................................................................................................. 57
Art. 75 ............................................................................................................. 57
Art. 76 ............................................................................................................. 57

Subseção VI - Da Licença

Art. 77 ............................................................................................................. 57
Art. 78 ............................................................................................................. 57

Subseção VII - Da Remuneração

Art. 79 ............................................................................................................. 58

Subseção VIII - Do Local de Residência

Art. 80 ............................................................................................................. 58

Subseção IX - Da Extinção e Cassação do Mandato

Art. 81 ............................................................................................................. 58

Seção II - Das atribuições do Prefeito

Art. 82 ............................................................................................................. 58
Art. 83 ............................................................................................................. 58

Seção III - Dos Auxiliares Direto do Prefeito

Art. 84 ............................................................................................................. 61
Art. 85 ............................................................................................................. 61
Art. 86 ............................................................................................................. 61
Art. 87 ............................................................................................................. 61
Art. 88 ............................................................................................................. 62
Art. 89 ............................................................................................................. 62

7
Seção IV - Do Conselho Político do Município

Art. 90 ............................................................................................................. 62
Art. 91 ............................................................................................................. 62
Art. 92 ............................................................................................................. 62
Art. 92-A ……………………………………………………………………........... 62

TÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

CAPÍTULO I - DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Art. 93 ............................................................................................................. 63

CAPÍTULO II - DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 94 ............................................................................................................. 64
Art. 95 ............................................................................................................. 64

CAPÍTULO III - DOS ATOS MUNICIPAIS

Seção I - Da Publicidade dos Atos Municipais

Art. 96 ............................................................................................................. 64

Seção II - Do Registro dos Atos Administrativos

Art. 97 ............................................................................................................. 65

Seção III - Da Forma dos Atos Administrativos

Art. 98 ............................................................................................................. 66

Seção IV - Do Fornecimento de Certidão

Art. 99 ............................................................................................................. 67

Seção V - Da Denominação

Art. 100 ........................................................................................................... 67

CAPÍTULO IV - DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 101 ........................................................................................................... 67


8
Art. 102 ........................................................................................................... 67
Art. 103 ........................................................................................................... 67
Art. 104 ........................................................................................................... 67
Art. 105 ........................................................................................................... 67
Art. 106 ........................................................................................................... 68
Art. 107 ........................................................................................................... 68
Art. 108 ........................................................................................................... 69

CAPÍTULO V - DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 109 ........................................................................................................... 69


Art. 110 ........................................................................................................... 69
Art. 111 ........................................................................................................... 70
Art. 112 ........................................................................................................... 70
Art. 113 ........................................................................................................... 70
Art. 114 ........................................................................................................... 70
Art. 115 ........................................................................................................... 70

CAPÍTULO VI - DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E FINANCEIRA

Seção I - Dos Tributos Municipais

Art. 116 ........................................................................................................... 71


Art. 117 ........................................................................................................... 71
Art. 118 ........................................................................................................... 71
Art. 119 ........................................................................................................... 72
Art. 120 ........................................................................................................... 72
Art. 121 ........................................................................................................... 72

Seção II - Da Receita e da Despesa

Art. 122 ........................................................................................................... 72


Art. 123 ........................................................................................................... 72
Art. 124 ........................................................................................................... 72
Art. 125 ........................................................................................................... 73
Art. 126 ........................................................................................................... 73
Art. 127 ........................................................................................................... 73
Art. 128 ........................................................................................................... 73

Seção III - Do Orçamento

Art. 129 ........................................................................................................... 73


Art. 130 ........................................................................................................... 74
Art. 131 ........................................................................................................... 75
Art. 132 ........................................................................................................... 76

9
TÍTULO IV - DA ORDEM ECONÔMICA

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 133 ........................................................................................................... 77


Art. 134 ........................................................................................................... 77
Art. 135 ........................................................................................................... 77
Art. 136 ........................................................................................................... 77
Art. 137 ........................................................................................................... 78
Art. 138 ........................................................................................................... 78
Art. 139 ........................................................................................................... 78
Art. 140 ........................................................................................................... 78

CAPÍTULO II - DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 141 ........................................................................................................... 78


Art. 142 ........................................................................................................... 78
Art. 143 ........................................................................................................... 79
Art. 144 ........................................................................................................... 79
Art. 145 ........................................................................................................... 79
Art. 146 ........................................................................................................... 79
Art. 147 ........................................................................................................... 79
Art. 148 ........................................................................................................... 80

CAPÍTULO III - DA POLÍTICA AGRÍCOLA

Art. 149 ........................................................................................................... 80


Art. 150 ........................................................................................................... 80
Art. 151 ........................................................................................................... 80
Art. 152 ........................................................................................................... 80
Art. 153 ........................................................................................................... 80
Art. 154 ........................................................................................................... 80
Art. 155 ........................................................................................................... 80

CAPÍTULO IV - DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS


E DO SANEAMENTO

Seção I - Do Meio Ambiente

Art. 156 ........................................................................................................... 81


Art. 157 ........................................................................................................... 82
Art. 158 ........................................................................................................... 82
Art. 159 ........................................................................................................... 82
Art. 160 ........................................................................................................... 82
Art. 161 ........................................................................................................... 82
10
Art. 162 ........................................................................................................... 82
Art. 163 ........................................................................................................... 82

Seção II - Dos Recursos Naturais

Subseção I - Dos Recursos Hídricos

Art. 164 ........................................................................................................... 83


Art. 165 ........................................................................................................... 83
Art. 166 ........................................................................................................... 83
Art. 167 ........................................................................................................... 83

Subseção II - Dos Recursos Minerais

Art. 168 ........................................................................................................... 83

Seção III - Do Saneamento

Art. 169 ........................................................................................................... 84

TÍTULO V - DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I - DA SEGURIDADE SOCIAL

Seção I - Disposição Geral

Art. 170 ........................................................................................................... 84

Seção II - Da Saúde

Art. 171 ........................................................................................................... 84


Art. 172 ........................................................................................................... 85
Art. 173 ........................................................................................................... 85
Art. 174 ........................................................................................................... 85

Seção III - Da Promoção Social

Art. 175 ........................................................................................................... 86

CAPÍTULO II - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DOS ESPORTES E LAZER

Seção I - Da Educação

Art. 176 ........................................................................................................... 86


Art. 177 ........................................................................................................... 86

11
Art. 178 ........................................................................................................... 87
Art. 179 ........................................................................................................... 87
Art. 180 ........................................................................................................... 87
Art. 181 ........................................................................................................... 88

Seção II - Da Cultura

Art. 182 ........................................................................................................... 88


Art. 183 ........................................................................................................... 88

Seção III - Dos Esportes e Lazer

Art. 184 ........................................................................................................... 89


Art. 185 ........................................................................................................... 89

CAPÍTULO III - DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 186 ........................................................................................................... 90

CAPÍTULO IV - DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE,


DO IDOSO E DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Art. 187 ........................................................................................................... 90

TÍTULO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 188 ........................................................................................................... 91


Art. 189 ........................................................................................................... 91
Art. 190 ........................................................................................................... 92
Art. 191 ........................................................................................................... 92
Art. 192 ........................................................................................................... 92
Art. 193 ........................................................................................................... 92

TÍTULO VII - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1° ............................................................................................................. 92
Art. 2º ............................................................................................................. 92
Art. 3º ............................................................................................................. 92
Art. 4º ............................................................................................................. 92
Art. 5º ............................................................................................................. 92
Art. 6º ............................................................................................................. 93
Art. 7º ............................................................................................................. 93
Art. 8º ............................................................................................................. 93
Art. 9º ............................................................................................................. 93
12
Art. 10 ............................................................................................................. 93
Art. 11 ............................................................................................................. 93
Art. 12 ............................................................................................................. 94
Art. 13 ............................................................................................................. 94

EMENDAS

Emenda a Lei Orgânica do Município nº 01 ................................................... 97


De 11 de setembro de 1991.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 02 .............................................. 98
De 19 de agosto de 1998.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 03 ................................................... 99
De 16 de setembro de 1998.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 04 ................................................... 105
De 01 de novembro de 2000.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 05 ................................................... 106
De 23 de fevereiro de 2005.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 06 ................................................... 107
De 29 de março de 2005.

Emenda a Lei Orgânica do Município nº 07 ................................................... 108


De 09 de dezembro de 2008.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 08 ................................................... 110
De 18 de dezembro de 2009.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 09 ................................................... 111
De 23 de setembro de 2011.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 10 ................................................... 112
De 13 de dezembro de 2011.
Emenda a Lei Orgânica do Município nº 11 ................................................... 113
De 15 de julho de 2013.

Emenda a Lei Orgânica do Município nº 12 ................................................... 114


De 22 de dezembro de 2016.
Emenda à Lei Orgânica do Município no 013 ...................................................... 115
De 07 de março de 2017.
Emenda à Lei Orgânica do Município nº 014 ...................................................... 116
De 04 de setembro de 2018.

13
14
O POVO DO MUNICÍPIO DE SALTO DE

PIRAPORA, INVOCANDO A PROTEÇÃO

DE DEUS E POR INTERMÉDIO DE

SEUS REPRESENTANTES NA CÂMARA

MUNICIPAL, NO EXERCÍCIO DOS

PODERES CONFERIDOS PELA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL, COM O

PROPÓSITO DE ASSEGURAR JUSTIÇA

E BEM ESTAR, DECRETA E

PROMULGA SUA

LEI ORGÂNICA.

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16
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DO MUNICÍPIO

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 1º – O Município de Salto de Pirapora, pessoa jurídica de


direito público interno, no pleno uso de sua autonomia política, administrativa e
financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica, votada e aprovada por sua Câmara
Municipal.

Art. 2º – São poderes do Município, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo e o Executivo.

Parágrafo único – São símbolos do Município a Bandeira, o


Brasão e o Hino, representativos de sua cultura e história.

Art. 3º – A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de


cidade.

Seção II
Da Divisão Administrativa do Município

Art. 4º – O território do Município poderá ser dividido, para fins


administrativos, em distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos,
mediante Lei Municipal, atendidos os requisitos previstos em Lei Complementar
Estadual garantida a participação popular.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Seção I
Da Competência Privativa

Art. 5º – Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito


ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe
privativamente, dentre outras, as seguintes atribuições:
17
I – legislar sobre assuntos de interesse local;

II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas
rendas, sem prejuízo de obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
prazos fixados;

IV – criar, organizar e suprimir distritos, observada a Lei Complementar Estadual;

V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os


serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter
essencial;

VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas


de educação pré-escolar e do ensino fundamental;

VII – prestar com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população;

VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante


planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação


e a ação fiscalizadora federal e estadual;

X – elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

XI – elaborar o orçamento anual e plurianual de investimentos, observada a lei de


diretrizes orçamentárias;

XII – fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;

XIII – dispor sobre organização, administração e execução dos serviços locais;

XIV – dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos;

XV – organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico único dos servidores públicos;

XVI – estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de


zoneamento urbano e rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à
ordenação do seu território, observada a Lei Federal;

XVII – conceder e renovar licença para localização e funcionamento de


estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e quaisquer outros;

XVIII – cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento que se tornar


prejudicial à saúde, à higiene, ao sossego, à segurança ou aos bons costumes,
fazendo cessar a atividade ou determinando o fechamento do estabelecimento;

18
XIX – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços,
inclusive à dos seus concessionários;

XX – adquirir bens, inclusive mediante desapropriação;

XXI – regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente no


perímetro urbano, determinar o itinerário e os pontos de parada dos transportes
coletivos;

XXII – fixar os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;

XXIII – conceder, permitir ou autorizar os serviços de transporte coletivo e de táxis,


fixando as respectivas tarifas;

XXIV – fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições


especiais;

XXV – disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima


permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais;

XXVI – tornar obrigatória a utilização da estação rodoviária, quando houver;

XXVII – sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e


fiscalizar sua utilização;

XXVIII – prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do
lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza, dispensando tratamento
diferenciado ao lixo hospitalar e similares, chamados "lixos de risco", desde a coleta até
seu destino último;

XXIX – ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para


funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, observadas
as normas federais pertinentes;

XXX – dispor sobre os serviços funerários e de cemitérios;

XXXI – regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e


anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e
propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal;

XXXII – prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto-socorro,


por seus próprios serviços ou mediante convênio com instituição especializada;

XXXIII – organizar e manter os serviços de fiscalização necessários ao exercício do


seu poder de polícia administrativa;

XXXIV – fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e condições sanitárias dos
gêneros alimentícios;

19
XXXV – dispor sobre o depósito e venda de animal e mercadorias apreendidas em
decorrência de transgressão da Legislação Municipal;

XXXVI – dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade


precípua de erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;

XXXVII – estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;

XXXVIII – promover a construção e conservação de estradas e caminhos municipais;

XXXIX – expedir certidões requeridas às repartições Municipais, para defesa de direitos


e esclarecimentos de situações, nos prazos afixados.

§ 1º – As normas de loteamento e arruamento a que se refere o


inciso XVI deste artigo deverão exigir reserva de áreas destinadas a:

a) zonas verdes e demais logradouros públicos;


b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgotos e de águas
pluviais nos fundos do vales;
c) passagem de canalizações públicas de esgotos e de águas pluviais com largura
mínima de dois metros nos fundos dos lotes, cujo desnível seja superior a um
metro da frente ao fundo.

§ 2º – A Lei Complementar de criação da Guarda Municipal


estabelecerá a organização e competência dessa força auxiliar na proteção dos bens,
serviços e instalações Municipais.

Seção II
Da Competência Comum

Art. 6º – É da competência administrativa comum do Município, da


União e do Estado, observada a Lei Complementar Federal, o exercício das seguintes
medidas:

I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e


conservar o patrimônio público;

II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas com


deficiência;

III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e


cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros


bens de valor histórico, artístico ou cultural;
20
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico;

X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a


integração social dos setores desfavorecidos;

XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e


exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;

XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Seção III
Da Competência Suplementar

Art. 7º – Ao Município compete suplementar a legislação federal e


a estadual no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse.

Parágrafo único – A competência prevista neste artigo será


exercida em relação às legislações federal e estadual no que digam respeito ao
peculiar interesse Municipal, visando a adaptá-las à realidade local.

CAPÍTULO III
DAS VEDAÇÕES

Art. 8º – Ao Município é vedado:

I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o


funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II – recusar fé aos documentos públicos;

III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;


21
IV – subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos pertencentes aos cofres
públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante ou qualquer outro
meio de comunicação, propaganda político-partidária ou fins estranhos à
administração;

V – manter a publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos


públicos que não tenham caráter educativo, informativo de orientação social, assim
como a publicidade da qual constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos;

VI – outorgar isenções e anistias fiscais ou permitir a remissão de dívidas, sem


interesse público justificado, sob pena de nulidade do ato;

VII – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

VIII – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação


equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função
por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos,
títulos ou direitos;

IX – estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em


razão de sua procedência ou destino;

X – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início de vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou.

XI – utilizar tributos com efeito de confisco;

XII – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos,


ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder
Público;

XIII – instituir impostos sobre:


a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de outros Municípios;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviço dos partidos políticos, inclusive suas funções, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal;
d) livros, jornais periódicos e o papel destinado a sua impressão.

22
§ 1º – A vedação do inciso XIII, "a", é extensiva às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.

§ 2º – As vedações do inciso XIII, "a", e do parágrafo anterior, não


se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados,
ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem
exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem
imóvel.

§ 3º – As vedações expressas no inciso XIII, alíneas "b" e "c",


compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as
finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I
Disposições Gerais

Art. 9º – A administração pública direta, indireta ou fundacional, de


qualquer dos Poderes do Município, obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também ao seguinte:
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma
da lei; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período;

IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado


em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

23
V – as funções de confiança exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público;

X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 3º do artigo 11


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa
privativa em cada caso, assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma data e
sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de
16.09.1998)

XI – a remuneração e o subsidio dos ocupantes de cargos, funções e empregos


públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer
dos cinco poderes do Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsidio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de
16.09.1998)

XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo;

XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias


para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão


computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

XV – o subsídio e os vencimentos de cargos e empregos públicos são irredutíveis,


ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153,
III e 153, § 2º, I da Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 03, de 16.09.1998)

24
XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI, da
Constituição Federal: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de
16.09.1998)

a) a de dois cargos de professor; (Alínea incluída pela Emenda à Lei Orgânica nº


03, de 16.09.1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Alínea incluída pela
Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)
c) a de dois cargos privativos de médico. (Alínea incluída pela Emenda à Lei
Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedade de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

XVIII – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à Lei
Complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

XIX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das


entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer
delas em empresa privada;

XX – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratadas mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, exigindo-se a qualificação técnico-econômica indispensável à garantia do
cumprimento das obrigações.

§ 1º – A publicidade dos atos, programas, obras e campanhas dos


órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridade ou servidores públicos.

§ 2º – A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a


nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º – A lei disciplinará as formas de participação do usuário na


administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

25
I – As reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas
a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa
e interna, da qualidade dos serviços; (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº
03, de 16.09.1998)

II – O acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de


governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXIII, da Constituição Federal; (Inciso
incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

III – A disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,


emprego ou função na administração pública. (Inciso incluído pela Emenda à Lei
Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 4º – Os atos de improbidade administrativa importarão a


suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos
bens e o ressarcimento ao erário, na forma de gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.

§ 5º – A lei federal estabelecerá os prazos de prescrição para


ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao
erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito


privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º – A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante


de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a
informações privilegiadas. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de
16.09.1998)

§ 8º – A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos


e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato,
a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor
sobre: (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

I – O prazo de duração do contrato; (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº


03, de 16.09.1998)

II – Os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e


responsabilidade dos dirigentes; (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03,
de 16.09.1998)

III – A remuneração do pessoal. (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03,
de 16.09.1998)

26
§ 9º – O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que recebem recursos da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº
03, de 16.09.1998)

§ 10 – São proibidas as nomeações ou contratações e a manutenção


de nomeações ou contratações de cônjuge ou companheiro, de parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau da autoridade nomeante para as Secretarias
Municipais, ainda que os ocupantes destes cargos sejam agentes políticos, para os cargos
de direção, chefia e/ou assessoramento, para os cargos em comissão e/ou funções de
confiança, ou, ainda, funções gratificadas ou não na Administração Pública direta e indireta
de Salto de Pirapora, compreendendo-se, ainda, as instituições subsidiadas ou
subvencionadas pela fazenda pública municipal, compreendendo-se, ainda, as
designações recíprocas entre os Poderes Executivo e Legislativo. (Parágrafo incluído
pela Emenda à Lei Orgânica nº 12, de 22.12.2016)

§ 11 – As proibições do parágrafo anterior são extensivas aos


ocupantes dos cargos de Secretários Municipais, independentemente da pasta que ocupe,
do poder ou faculdade de nomeação. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica
nº 12, de 22.12.2016)

Art. 10 – Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu


cargo, emprego ou função;

II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,


perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade será aplicada a norma
do inciso anterior;

IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,


seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;

V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.

Seção II
Dos Servidores Públicos
27
Art. 11 – O Município instituirá conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos poderes. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de
16.09.1998)

§ 1º – A fixação dos padrões de vencimentos e dos demais


componentes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes


de cada carreira; (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

II – os requisitos para a investidura; (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº


03, de 16.09.1998)

III – as peculiaridades dos cargos. (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº
03, de 16.09.1998)

§ 2º – Aplica-se a servidores ocupantes de cargo público o


disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,
da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 2º-A – Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar


cargo em sindicato de categoria, o direito de afastar-se de suas funções, durante o
tempo em que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos termos
da Lei. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 3º – O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e os


Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsidio fixado em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação, ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso,
o disposto no art. 37, X e XI, da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 4º – Lei Municipal poderá estabelecer a relação entre o maior e a


menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto
no art. 37, XI da Constituição Federal. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei
Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 5º – Os Poderes Executivo e Legislativo, publicarão anualmente


os valores do subsidio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.
(Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

28
§ 6º – Lei Municipal disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão,
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e
racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 7º – A remuneração dos servidores públicos organizados em


carreira poderá ser fixada nos termos do § 3º. (Parágrafo incluído pela Emenda à
Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

Art. 12 – O servidor será aposentado:


I – por invalidez permanente, sendo os proventos integrais decorrentes de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas
em lei federal, e proporcionais nos demais casos;
II – compulsoriamente aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço;
III – voluntariamente:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com
proventos integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e
vinte e cinco, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º – Lei Complementar poderá estabelecer exceções ao disposto


no inciso III, alíneas "a" e "c", no caso de exercício de atividades consideradas
penosas, insalubres ou perigosas, na forma do que dispuser a respeito a legislação
federal.

§ 2º – Lei Complementar disporá sobre a aposentadoria em


cargos, funções ou empregos temporários.

§ 3º – O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal


será computado integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade.

§ 4º – Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma


proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores
em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando
decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria, na forma da lei.
29
§ 5º – O beneficio da pensão por morte corresponderá à totalidade
dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei,
observado o disposto no parágrafo anterior.

§ 6º – O servidor após noventa dias decorridos após a


apresentação do pedido da aposentadoria voluntária, instruído com prova de ter
completado o tempo de serviço necessário à obtenção do direito, poderá cessar o
exercício da função pública, independentemente de qualquer formalidade.

Art. 13 – São estáveis após três anos de efetivo exercício os


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 1º – O servidor público só perderá o cargo: (Redação dada pela


Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Inciso incluído pela Emenda


à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;


(Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa. (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica
nº 03, de 16.09.1998)

§ 2º – Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido
ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 3º – Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de
serviço, até o seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 4º – Como condição para a aquisição da estabilidade, é


obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

Art. 14 – As vantagens de qualquer natureza só poderão ser


instituídas por lei e quando atendam efetivamente ao interesse público e às exigências
do serviço.

30
Art. 15 – Ao servidor público municipal é assegurado o
percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por anuênio e
vedada a sua limitação.

Art. 16 – O Município responsabilizará os seus servidores por


alcance e outros danos causados à administração ou por pagamentos efetuados em
desacordo com as normas legais, sujeitando-os ao sequestro e perdimento dos bens,
nos termos da lei.
Art. 17 – Os servidores públicos estáveis do Município e de suas
autarquias, desde que tenham completado cinco anos de efetivo exercício, terão
computado, para efeito de aposentadoria, nos termos da lei, o tempo de serviço
prestado em atividade de natureza privada, rural e urbana, hipótese em que os
diversos sistemas de previdência social se compensarão financeiramente, segundo
critérios estabelecido em lei.

Art. 18 – A lei assegurará à servidora gestante mudança de função


nos casos em que for recomendado, sem prejuízo de seus vencimentos ou salários e
demais vantagens do cargo ou função-atividade.

Seção III
Da Segurança Pública

Art. 19 – O Município poderá constituir Guarda Municipal, força


auxiliar destinada à proteção de bens, serviços e instalações, nos termos da Lei
Complementar.

§ 1º – A Lei Complementar de criação da Guarda Municipal


disporá sobre acesso, direitos, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia
e disciplina.

§ 2º – A investidura nos cargos da Guarda Municipal far-se-á


mediante concurso público de provas ou de provas títulos.

Art. 20 – Ao Município deverá ser instituída a Comissão de Defesa


Civil, cujas atribuições serão definidas pela lei instituidora.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO

31
Seção I
Da Câmara Municipal

Art. 21 – O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara


Municipal.

Parágrafo único – Cada legislatura terá duração de 04 (quatro)


anos, compreendendo cada ano uma sessão legislativa.

Art. 22 – A Câmara Municipal é composta de Vereadores eleitos


pelo sistema proporcional, como representantes do povo, com mandato de 04 (quatro)
anos.

§ 1º – São condições de elegibilidade para o mandato de Vereador


na forma da lei federal:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o pleno exercício dos direitos políticos;

III – o alistamento eleitoral;

IV – o domicilio eleitoral na circunscrição;

V – a filiação partidária;

VI – a idade mínima de 18 (dezoito) anos; e

VII – ser alfabetizado.

§ 2º – O número de Vereadores será fixado até o dia 30 (trinta) de


setembro do penúltimo ano de cada legislatura, por meio de Decreto Legislativo,
observados os limites estabelecidos no art. 29, Inciso IV e o disposto no art. 16 da
Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 09, de
23.09.2011)

§ 3º – A Mesa da Câmara enviará ao Tribunal Regional Eleitoral,


logo após sua edição, cópia do Decreto Legislativo de que trata o parágrafo anterior.
(Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 01, de 11.09.1991 e renumerado
pela Emenda à Lei Orgânica nº 04, de 01.11.2000)

Seção II
Da Posse

32
Art. 23 – No primeiro ano de cada legislatura, no dia primeiro de
janeiro, às dez horas, em sessão solene de instalação, independente de número, sob a
presidência do Vereador mais votado dentre os presentes, os Vereadores prestarão
compromisso e tomarão posse.

§ 1º – O Vereador que não tomar posse, na sessão prevista neste


artigo, deverá fazê-lo no prazo de quinze dias, do início do ano legislativo, sob pena de
perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da
Câmara.

§ 2º – No ato da posse os Vereadores deverão


desincompatibilizar-se. Na mesma ocasião e ao término do mandato deverão fazer
declaração de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando da ata o
seu resumo.

Seção III
Da Mesa da Câmara

Art. 24 – Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão


sob a presidência do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos
Membros da Câmara, elegerão, em votação a descoberto, os componentes da Mesa,
que ficarão automaticamente empossados. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 07, de 09.12.2008)

Parágrafo único – Não havendo número legal, o Vereador mais


votado dentre os presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias,
até que seja eleita a Mesa.

Art. 25 – A eleição para a renovação da Mesa realizar-se-á


obrigatoriamente na última sessão ordinária do ano legislativo, assumindo os eleitos,
de pleno direito, as suas funções em 1º de janeiro.

Art. 26 – Em toda eleição de membros da Mesa, os candidatos a


um cargo que obtiverem igual número de votos concorrerão a um segundo escrutínio e,
se persistir o empate, disputarão o cargo por sorteio.

Art. 27 – O mandato da Mesa será de 02 (dois) anos, permitida a


reeleição de qualquer de seus membros para o mesmo cargo na eleição subsequente.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14, de 04.09.2018)

Art. 28 – A Mesa da Câmara se compõe do Presidente, do Vice-


Presidente e do Secretário, os quais se substituirão nessa ordem.

§ 1º – Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto


possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que
participam da Casa.
33
§ 2º – Na ausência dos membros da Mesa o Vereador mais
idoso entre os presentes assumirá a Presidência.

§ 3º – Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo


voto de dois terços dos Membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no
desempenho de suas atribuições regimentares, elegendo-se outro Vereador para
completar o mandato.

Subseção I
Das Atribuições da Mesa

Art. 29 – À Mesa, dentre outras atribuições, compete:


I – propor projetos de Decreto Legislativo que criem ou extingam cargos dos serviços
da Câmara e fixem os respectivos vencimentos;

II – elaborar e expedir, mediante Ato, a discriminação analítica das dotações


orçamentárias da Câmara, bem como altera-la quando necessário;

III – apresentar projetos de decreto legislativo dispondo sobre abertura de créditos


suplementares ou especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da
Câmara;

IV – suplementar, mediante Ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o


limite da autorização constante da lei orçamentária, desde que os recursos para sua
cobertura sejam provenientes de anulação total ou parcial de suas dotações
orçamentárias;

V – devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara ao final


do exercício;

VI – enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março, as contas do exercício anterior;

VII – nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, pôr em


disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da
Secretaria da Câmara Municipal nos termos da lei;

VIII – tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;

IX – contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade


temporária de excepcional interesse público;

X – promulgar a Lei Orgânica e suas emendas;

XI – declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício ou por provocação de


qualquer de seus membros ou, ainda, de partido político representado na Câmara, nas
hipóteses previstas nos incisos III, IV, V e VI do artigo 39 desta lei, assegurando ampla
defesa;
34
XII – propor ação de inconstitucionalidade de lei ou ato municipal.

Subseção II
Das Atribuições do Presidente da Câmara

Art. 30 – Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da


Câmara:

I – representar a Câmara em juízo e fora dele;

II – dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;

III – interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;

IV – promulgar as Resoluções e Decretos Legislativos;

V – promulgar as Leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo
Plenário, desde que não aceita esta decisão, em tempo hábil pelo Prefeito;

VI – fazer publicar os Atos da Mesa, as Resoluções, Decretos Legislativos e as Leis


que vier a promulgar;

VII – autorizar as despesas da Câmara;

VIII – requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara e aplicar as


disponibilidades financeiras no Mercado de capitais;

IX – declarar extinto, o mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos


previstos em lei;

X – apresentar ao Plenário até o dia 20 (vinte) de cada mês, o balancete relativo aos
recursos recebidos e as despesas do mês anterior;

XI – solicitar, por decisão de dois terços dos Membros da Câmara, a intervenção no


Município, nos casos admitidos pela Constituição Federal e pela Constituição Estadual;

XII – manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para
esse fim.

Seção IV
Das Atribuições da Câmara Municipal

35
Art. 31 – Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito,
dispor sobre todas as matérias de competência do Município, ressalvadas e
especificadas no art. 33, e especialmente:

I – legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação


federal e estadual;

II – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas;

III – conceder isenções, anistias fiscais e remissão de dívidas;

IV – votar o orçamento anual e o plurianual de investimentos, a lei de diretrizes


orçamentárias, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;

V – deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito,


bem como a forma e os meios de pagamentos;

VI – autorizar a concessão de auxílios e subvenções;

VII – autorizar a concessão de serviços públicos;

VIII – autorizar a concessão do direito real de uso de bens Municipais;

IX – autorizar a concessão administrativa de uso de bens Municipais;

X – autorizar a alienação de bens móveis e imóveis pertencentes ao Município;

XI – autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem


encargo;

XII – dispor sobre a criação, organização e supressão de distritos, mediante prévia


consulta plebiscitaria, observados os requisitos previstos em lei complementar
estadual;

XIII – criar, transformar e extinguir cargos, empregos e funções públicas e fixar os


respectivos vencimentos;

XIV – criar, estruturar e conferir atribuições a Secretários ou Diretores equivalentes e


órgãos da administração pública;

XV – aprovar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

XVI – autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com


outros Municípios;

XVII – delimitar o perímetro urbano e instituir zonas de expansão urbana;

XVIII – dar denominação a próprios, vias e logradouros públicos bem como autorizar a
sua alteração;

36
XIX – estabelecer normas urbanísticas, particularmente as relativas a zoneamento e
parcelamento do solo urbano ou de expansão urbana.

Art. 32 – Compete privativamente à Câmara Municipal exercer as


seguintes atribuições, dentre outras:

I – eleger sua Mesa, bem como destituí-la, na forma do § 3º, do art. 28 desta lei;

II – elaborar o Regimento Interno;

III – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou


extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de leis para a
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentária; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de
16.09.1998)

IV – dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito quando eleitos, conhecer de sua renúncia


e afasta-los definitivamente do exercício do cargo;

V – conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento


do cargo;

VI – autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, por mais de 15 (quinze) dias por


necessidade do serviço;

VII – decidir sobre a perda do mandato do Vereador, pelo voto secreto de dois terços
dos membros da Câmara, nas hipóteses previstas nos Incisos I, II, VII e VIII, do art. 39
desta Lei, mediante provocação da Mesa Diretora ou de Partido Político representado
na Câmara;

VIII – criar comissões especiais de inquérito sobre fato determinado que se inclua na
competência Municipal, sempre que o requerer pelo menos um terço de seus
membros, com a aprovação da maioria absoluta;

IX – solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;

X – convocar os Secretários ou Diretores Municipais para prestar informações sobre


matéria de sua competência, aprazando dia e hora para o comparecimento, mediante a
aprovação da maioria absoluta de seus membros;

XI – deliberar, mediante resolução sobre assuntos de sua economia interna e nos


demais casos de sua competência privativa, por meio de Decreto Legislativo;

XII – aprovar convênio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Município
com a União, o Estado, outra pessoa jurídica de direito público interno ou entidades
assistenciais e culturais;

XIII – estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões;


37
XIV – deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas reuniões;

XV – julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei


federal;

XVI – conceder Título de Cidadão Honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem


a pessoas que reconhecidamente tenham prestado serviços ao Município, mediante
Decreto Legislativo, aprovado pelo voto favorável de dois terços de seus membros;

XVII – fixar subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, por lei
de sua iniciativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III e
153, § 2º, I, da Constituição Federal; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
03, de 16.09.1998)

XVIII – fixar subsídios dos Vereadores por lei de sua iniciativa, na razão, de no máximo,
30% (trinta por cento) daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais,
observado o que dispõem os arts. 29, VII, 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III e 153, § 2º,
I da Constituição Federal. (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de
16.09.1998)

§ 1º – É fixado em 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período,


desde que solicitado e devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos
órgãos da administração direta e indireta prestem as informações e encaminhem os
documentos requisitados pelo Poder Legislativo na forma do disposto na presente lei.
(Parágrafo renumerado pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 2º – O não atendimento no prazo estipulado no parágrafo


anterior faculta ao Presidente da Comissão solicitar, na conformidade da legislação
federal, a intervenção do Poder Judiciário para fazer cumprir a legislação. (Parágrafo
renumerado pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

Seção V
Da Fiscalização Municipal

Art. 33 – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária


operacional e patrimonial do Município e de todas as entidades da administração direta
e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, finalidade, motivação,
moralidade, publicidade e interesse público, aplicação de subvenções e renúncia de
receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelos
sistemas de controle interno de cada poder, observados os seguintes preceitos:

I – as contas do Município ficarão, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, à


disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, podendo ser
questionada sua legitimidade nos termos da lei;

38
II – o parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas anuais do Prefeito
e da Mesa da Câmara, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal;

III – decorrido o prazo de 60 (sessenta) dias, sem deliberação pela Câmara sobre a
prestação de contas do Município, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se
a deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação;

IV – rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente, remetidas ao Ministério Público


para os fins de direito.

§ 1º – O Prefeito remeterá ao Tribunal de Contas do Estado, até 31


de março do exercício seguinte, as suas contas e as da Câmara apresentada pela
Mesa, as quais lhe serão entregues até o dia 1º (primeiro) de março.

§ 2º – Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito


público ou de direito privado que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda, ou que, em
nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Art. 34 – O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será


exercido com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Prefeito e pela Mesa da Câmara,


mediante parecer prévio;

II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiro, bens e


valores públicos da administração direta e autarquias, empresas públicas e sociedades
de economia mista, incluídas as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público
Municipal, e as contas daqueles que derem perda, extravio ou outra irregularidade de
que resulte prejuízo ao erário;

III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e autarquias, empresas públicas e empresas de
economia mista, incluídas as fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público
Municipal, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como a das concessões de aposentadoria, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV – avaliar a execução das metas previstas no Plano Plurianual, nas Diretrizes


Orçamentárias e no Orçamento Anual;

V – realizar, por iniciativa própria, da Câmara Municipal, de Comissão Técnica ou de


Inquérito, inspeções e auditoria de natureza contábil, financeira orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e demais entidades referidas no Inciso II;

39
VI – fiscalizar as aplicações municipais em empresas de cujo capital social o Município
participe de forma direta ou indireta, nos termos do respectivo ato constitutivo;

VII – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados ao Município, pela União


ou Estado, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres;

VIII – prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal, ou por Comissão


Técnica, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

IX – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de


contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá entre outras comissões, multa
proporcional ao dano causado ao erário;

X – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao


exato cumprimento da lei, se verificada a ilegalidade;

XI – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à


Câmara Municipal;

XII – representar o Poder competente sobre irregularidades e abusos apurados;

XIII – comunicar à Câmara Municipal qualquer irregularidade verificada nas contas ou


na gestão pública, enviando-lhe cópia dos respectivos documentos.

§ 1º – No caso de contrato, o ato de sustação será adotado


diretamente pela Câmara Municipal que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as
medidas cabíveis.

§ 2º – Se a Câmara Municipal ou Poder Executivo, no prazo de 90


(noventa) dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal
decidirá a respeito.

Art. 35 – A comissão permanente a que se refere o art. 48, § 1º,


diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de
investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à
autoridade Municipal responsável que, no prazo de 10 (dez) dias, preste os
esclarecimentos necessários.

§ 1º – Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes


insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo
sobre a Matéria.

§ 2º – Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se


julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública,
proporá à Câmara Municipal sua sustação.

40
Art. 36 – Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I – avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos do Município;

II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quando à eficácia e eficiência da


gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração
Municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado;

III – exercer o controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular


qualquer parcela integrante da remuneração, vencimento ou salário de seus membros
ou servidores;

IV – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município;

V – apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.

§ 1º – Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade, ilegalidade ou ofensa aos princípios do art.
37 da Constituição Federal, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob
pena de responsabilidade solidária.

§ 2º – Qualquer cidadão, partido político, associação ou entidade


sindical é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de
Contas ou a Câmara Municipal.

Seção VI
Dos Vereadores

Art. 37 – Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato e


na circunscrição do Município, por suas opiniões, palavras e votos.

Art. 38 – É vedado ao Vereador:

I – desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações,


empresas públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas
concessionárias de serviços públicos, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;

41
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, incluindo os de que
seja exoneráveis "ad nutum", no âmbito da Administração Pública Direta ou
Indireta Municipal, salvo mediante aprovação em concurso público e observado
o disposto no art. 10, I, IV e V desta Lei Orgânica.

II – desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze favor decorrente de


contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função
remunerada;
b) ocupar cargo, função ou emprego, na Administração Pública direta ou indireta do
Município, de que seja exonerável "ad nutum", salvo o cargo de Secretário
Municipal ou Diretor equivalente, desde que se licencie do exercício do mandato;
c) patrocinar causa junto ao Município em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere a alínea "a", do Inciso I;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou
municipal.

Art. 39 – Perderá o mandato o Vereador:

I – que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou


atentatório às instituições vigentes;

III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das
sessões ordinárias da Câmara, salvo por motivo de doença comprovada, licença ou
missão autorizada pela edilidade; ou, ainda, deixar de comparecer a cinco sessões
extraordinárias convocadas para apreciação de matéria urgente;

IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V – quando o decretar a justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição;

VI – que sofrer a condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível, salvo se


pendente Recurso de Revisão Criminal, considerando-se, neste caso, licenciado nos
termos do § 6º, do art. 40; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 02, de
19.08.1998)

VII – que utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade


administrativa;

VIII – que fixar residência fora do Município.

§ 1º – Além de outros casos definidos no Regimento Interno da


Câmara Municipal, considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso
das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ou
imorais.
42
§ 2º – Nos casos dos Incisos I, II, VII e VIII a perda do mandato
será declarada pela Câmara, em votação a descoberto, e dois terços, mediante a
provocação da Mesa ou de Partido Politico com representação na Câmara Municipal,
assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 07, de
09.12.2008)

§ 3º – Nos casos previstos nos Incisos III, IV, V e VI, a perda será
declarada pela Mesa da Câmara, de ofício de seus Membros ou de Partido Político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 40 – O Vereador poderá licenciar-se:

I – pode motivo de doença ou em licença-gestante;

II – para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse do


Município;

III – para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento
não ultrapasse 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa.

§ 1º – A licença-gestante será concedida segundo os mesmos


critérios e condições estabelecidas para a servidora pública municipal.

§ 2º – Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente


licenciado o Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou Diretor
equivalente, conforme previsto no art. 38, Inciso II, alínea "b", desta Lei Orgânica.

§ 3º – Ao Vereador licenciado nos termos dos Incisos I e II, a


Câmara poderá determinar o pagamento, no valor que estabelecer e na forma que
especificar, de auxílio-doença ou de auxílio especial.

§ 4º – O auxílio de que trata o parágrafo anterior poderá ser fixado


no curso da Legislatura e não será computado para o efeito de cálculo da remuneração
dos Vereadores.

§ 5º – A licença para tratar de interesse particular não será inferior


a 30 (trinta) dias e o Vereador não poderá reassumir o exercício do mandato antes do
término da licença.

§ 6º – Independentemente de requerimento, considerar-se-á como


licença o não comparecimento às sessões, o Vereador, privado temporariamente, de
sua liberdade, em virtude de processo criminal em curso.

§ 7º – Na hipótese do § 2º, o Vereador poderá optar pela


remuneração do mandato.

43
Art. 41 – Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador nos
casos de vaga ou de licença.

§ 1º – O suplente convocado deverá tomar posse no prazo de 15


(quinze) dias, contados da data de convocação, salvo justo motivo aceito pela maioria
absoluta dos membros da Câmara, quando se prorrogará o prazo.

§ 2º – Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for


preenchida, calcular-se-á o QUORUM em função dos Vereadores remanescentes.

§ 3º – Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente da


Câmara comunicará o fato, dentro de quarenta e oito horas, ao Egrégio Tribunal
Regional Eleitoral.

Art. 42 – Os Vereadores não são obrigados a testemunhar sobre


informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as
pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

Seção VII
Do Ano Legislativo

Art. 43 – Independentemente de convocação a Câmara Municipal


reunir-se-á anualmente, na sede do Município, de 1º (primeiro) de fevereiro a 30 (trinta)
de junho e de 1º (primeiro) de agosto a 15 (quinze) de dezembro.

§ 1º – As reuniões marcadas para esse período serão transferidas


para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou
feriados.

§ 2º – A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias


ou solenes, conforme dispuser o seu Regimento Interno.

§ 3º – O ano legislativo não será interrompido sem a deliberação


sobre o projeto de lei orçamentária.

§ 4º – As sessões extraordinárias serão convocadas pelo


Presidente da Câmara, em sessão ou fora dela, mediante, neste último caso,
comunicação pessoal e escrita aos Vereadores, com antecedência mínima de 24 (vinte
e quatro) horas.

Art. 44 – As sessões da Câmara deverão ser realizadas em recinto


destinado ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que se realizarem fora
dele.

44
§ 1º – Comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto, ou
outra causa que impeça a sua utilização, poderão ser realizadas em outro local,
mediante decisão tomada por dois terços de seus membros.

§ 2º – As sessões solenes poderão ser realizadas fora do recinto


da Câmara.

Art. 45 – As sessões da Câmara serão públicas, salvo deliberação,


em contrário, aprovada por dois terços de seus membros, quando ocorrer motivo
relevante da preservação do decoro parlamentar.

Art. 46 – As sessões só poderão ser abertas com a presença de,


no mínimo, um terço dos membros da Câmara.

Parágrafo único – Considerar-se-á presente à sessão o Vereador


que assinar o livro de presença até o início da Ordem do Dia, participar dos trabalhos
do Plenário e das votações.

Seção VIII
Da Sessão Legislativa Extraordinária

Art. 47 – A convocação extraordinária da Câmara Municipal,


somente possível no período de recesso, far-se-á:
I – pelo Prefeito, quando este a entender necessária;

II – pelo Vereador mais votado para o compromisso e a posse do Prefeito, e do Vice-


Prefeito e os demais Vereadores;

III – pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa,


em caso de urgência ou interesse público relevante.

§ 1º – O Presidente da Câmara dará conhecimento da convocação


aos Vereadores em sessão ou fora dela, mediante, neste último caso, comunicação
pessoal e escrita que lhes será encaminhada 24 (vinte e quatro) horas, no máximo,
após recebimento do ofício do Prefeito ou da solicitação assinada pela maioria dos
membros da Casa.

§ 2º – Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal


somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de
parcela indenizatória em valor superior ao do subsídio mensal. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

Seção IX
Das Comissões
45
Art. 48 – A Câmara terá comissões permanentes e especiais,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno ou no ato
de que resultar a sua criação.

§ 1º – Às comissões permanentes em razão da matéria de sua


competência, cabe:
I – discutir e emitir parecer nos projetos de lei;

II – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III – convocar ou convidar o Prefeito, Secretários Municipais ou Diretores equivalentes,


o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar
Municipal e o Presidente da Fundação Pública dos Servidores Municipais, para
prestarem informações e darem esclarecimentos sobre assuntos de sua pasta ou área
de atuação, previamente determinados no prazo de 15 (quinze) dias, caracterizando a
recusa ou o não atendimento, infração administrativa, de acordo com a Lei; (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 06, de 29.03.2005)

IV – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa


contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI – exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do Executivo e da


Administração indireta;

VII – acompanhar junto à Prefeitura a elaboração da proposta orçamentária, bem como


a sua posterior execução;

VIII – apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de


desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

§ 2º – As comissões especiais, criadas por deliberação do


Plenário, serão destinadas ao estudo de assuntos específicos e à representação da
Câmara em congressos, solenidades ou outros atos públicos.

§ 3º – Na formação das comissões assegurar-se-á, tanto quanto


possível, a representação proporcional dos Partidos ou dos blocos parlamentares que
participem da Câmara.

Art. 49 – As comissões parlamentares de inquérito, que terão


poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no
Regimento Interno da Casa, serão criadas pela Câmara Municipal, mediante
requerimento de um terço e aprovação pelo voto favorável da maioria absoluta de seus
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil e criminal dos infratores.
46
§ 1º – As comissões especiais de inquérito, no interesse da
investigação, poderão:

I – proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e


entidades descentralizadas, onde terão livre ingresso e permanência;

II – requisitar de seus responsáveis exibição de documentos e a prestação dos


esclarecimentos necessários;

III – transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os
atos que lhes competirem.

§ 2º – No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as


Comissões Especiais de Inquérito, por intermédio de seu Presidente:

I – determinar as diligências que reputarem necessárias;

II – convocar Secretário Municipal ou Diretor equivalente;

III – tomar o depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las


sob compromisso;

IV – proceder a verificação em livros, papéis e documentos da administração direta e


indireta.

§ 3º – Nos termos do art. 3º da Lei Federal nº 1.579, de 18 de


março de 1952, as testemunhas serão intimadas de acordo com as prescrições
estabelecidas na legislação penal e, em caso de não comparecimento sem motivo
justificado, a intimação será solicitada ao Juiz Criminal da localidade onde residem ou
se encontrem, na forma do art. 218 do Código de Processo Penal.

Seção X
Do Processo Legislativo

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 50 – O processo legislativo Municipal compreende a


elaboração de:

I – Emendas à Lei Orgânica do Município;

II – Leis Complementares;

III – Leis Ordinárias;

47
IV – Decretos Legislativos;

V – Resoluções.

Subseção II
Das Emendas à Lei Orgânica

Art. 51 – A Lei Orgânica do Município poderá ser emendada


mediante proposta:

I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II – do Prefeito Municipal;

III – de cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no mínimo, por cinco por cento
do eleitorado do Município.

§ 1º – A proposta será votada em dois turnos com interstício


mínimo de dez dias, considerando-se aprovada quando obtiver em ambas as votações,
o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 2º – A Emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela


Mesa da Câmara, com respectivo número de ordem.

§ 3º – A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou


havida por prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta no mesmo ano
legislativo.

§ 4º – A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de


estado de sítio ou de intervenção no Município.

Subseção III
Das Leis

Art. 52 – A iniciativa das leis cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito


e ao eleitorado que a exercerá sob forma de moção articulada, subscrita, no mínimo,
por 5% (cinco por cento) do total do número de eleitores do Município.

Art. 53 – As Leis Complementares serão aprovadas pela maioria


absoluta dos membros da Câmara Municipal, observadas os demais termos de votação
das Leis Ordinárias.
48
Parágrafo único – Para os fins desse artigo consideram-se
complementares, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica:

I – Código Tributário do Município;

II – Código de Obras ou de Edificações;

III – Estatuto dos Servidores Municipais;

IV – criação de cargos, empregos ou funções e aumento de vencimentos dos


servidores;

V – lei instituidora do regime jurídico único dos servidores municipais;

VI – lei instituidora da Guarda Municipal;

VII – Código de Posturas;

VIII – Estatuto Jurídico das Licitações e Contratos;

IX – atribuições do Vice-Prefeito;

X – infrações político-administrativas;

XI – Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

XII – parcelamento, uso e ocupação do solo urbano;

XIII – Zoneamento Urbano do Município;

XIV – concessão de serviços públicos;

XV – concessão de direito real de uso.

Art. 54 – Dependerão do voto favorável de dois terços dos


membros da Câmara as leis que disponham sobre:

I – alienação de bens móveis e imóveis;

II – aquisição de bens imóveis por doação com encargo;

III – alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;

IV – obtenção de empréstimos, inclusive a contratação de operações de crédito, ainda


que por antecipação da receita;

49
V – a criação de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação pública;

VI – concessão de isenção, anistia ou remissão de tributos;

VII – desafetação de bens de uso comum do povo ou de uso especial.

Subseção IV
Da Competência Exclusiva do Prefeito

Art. 55 – São de iniciativa exclusiva do Prefeito as Leis que


disponham sobre:

I – criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na


Administração direta e autárquica, bem como a fixação de respectiva remuneração;

II – servidores públicos, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e


aposentadorias;

III – criação, estruturação e atribuições, das Secretarias ou Departamentos


equivalentes e órgãos da Administração Pública;

IV – o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e os Orçamentos Anuais, créditos


suplementares e especiais;

V – organização administrativa e o funcionamento dos serviços públicos.

Parágrafo único – Não será admitido aumento de despesas


prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto
no Inciso IV.

Subseção V
Da competência exclusiva da Mesa da Câmara

Art. 56 – São de iniciativa exclusiva da Mesa da Câmara, os


Decretos Legislativos que disponham sobre:
I – organização dos serviços administrativos da Câmara, criação, transformação ou
extinção de seus cargos, empregos ou funções, e a fixação da respectiva
remuneração;
II – autorização para abertura de créditos suplementares ou especiais, através do
aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara.
50
Parágrafo único – Nos projetos de iniciativa exclusiva da Mesa da
Câmara não serão admitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado
o disposto na parte final do inciso I deste artigo, se assinada pela maioria absoluta dos
membros da Casa.

Subseção VI
Da Soberania Popular

Art. 57 – O exercício direto da soberania popular realizar-se-á da


seguinte forma:

I – a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação de projeto de lei subscrito
por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município, assegurada a defesa
do projeto, por representante dos respectivos subscritores, perante as comissões pelas
quais tramitar, bem como perante o plenário, na sessão de discussão e votação;

II – a proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se para seu recebimento, a


identificação dos assinantes mediante indicação do número do respectivo título
eleitoral;

III – a tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas relativas
ao processo legislativo estabelecido nesta Lei e no Regimento Interno;

IV – não serão suscetíveis de iniciativa popular matérias de iniciativa exclusiva,


definidas nesta Lei Orgânica.

Subseção VII
Das Deliberações

Art. 58 – A discussão e a votação da matéria constante da Ordem


do Dia, só poderão ser efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da
Câmara.

§ 1º – A aprovação da matéria em discussão, salvo as exceções


previstas nesta Lei Orgânica, dependerá do voto favorável da maioria dos Vereadores
presentes à sessão.

§ 2º – O Presidente da Câmara ou seu substituto só terá voto:

I – na eleição da Mesa;

51
II – quando a matéria exigir para sua aprovação o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara;

III – quando houver empate em qualquer votação do Plenário.

§ 3º – O Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação não


poderá votar, sob pena de nulidade da votação, se o seu voto for decisivo.

§ 4º – O voto será sempre público e aberto em todas as


deliberações da Câmara Municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
07, de 09.12.2008)

Art. 59 – O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de


projetos de sua iniciativa considerados relevantes.

§ 1º – Solicitada a urgência, a Câmara deverá se manifestar em


até 20 (vinte) dias sobre a proposição, contados da data em que foi feita a solicitação.

§ 2º – Esgotado, o prazo previsto no parágrafo anterior sem


deliberação pela Câmara, será a proposição incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se
as demais proposições, para que se ultime a votação, com exceção do disposto no art.
60, § 5º.

§ 3º – O prazo do § 1º não corre no período de recesso da


Câmara, não se aplica aos projetos da lei complementar e nem aos projetos de leis que
disponham sobre as matérias constantes do art. 54, inclusive I ao VII.

Art. 60 – O projeto aprovado em 02 (dois) turnos de votação será,


no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado pelo Presidente da Câmara ao Prefeito que,
concordando, o sancionará e promulgará, no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

§ 1º – Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte,


inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no
prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento, comunicando, dentro
de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, o motivo do veto.

§ 2º – O veto deverá ser sempre motivado e, quando parcial,


abrangerá o texto integral de artigo, de parágrafo, de Inciso ou alínea.

§ 3º – Decorrido o prazo, em silêncio, considerar-se-á sancionado


o projeto, sendo obrigatória a sua promulgação pelo Presidente da Câmara, no prazo
de 10 (dez) dias, sob pena de responsabilidade.

§ 4º – A Câmara Municipal deliberará a matéria vetada, em um


único turno de votação e discussão, no prazo de 15 (quinze) dias de seu recebimento,
considerando-se aprovada quando obtiver o voto favorável da maioria absoluta de seus
membros.

52
§ 5º – Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º, o
veto será incluído na Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais
proposições, até sua votação final.

§ 6º – Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito em


48 (quarenta e oito) horas, para promulgação.

§ 7º – Se, na hipótese do § 6º, a lei não for promulgada dentro de


48 (quarenta e o oito) horas pelo Prefeito, o Presidente da Câmara promulgará e, se
este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente fazê-lo.

§ 8º – Quando se tratar de veto parcial, a lei terá o mesmo número


da anterior a que pertence.

§ 9º – O prazo previsto no § 4º não ocorre nos períodos de


recesso da Câmara.

§ 10 – A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou


modificada pela Câmara.

§ 11 – Na apreciação do veto a Câmara não poderá introduzir


qualquer modificação no texto aprovado.

Art. 61 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente


poderá constituir objeto de novo projeto, no mesmo ano legislativo, mediante proposta
da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica aos


projetos de iniciativa do Prefeito, que serão sempre submetidos à deliberação da
Câmara.

Art. 62 – O projeto de lei que receber, quanto ao mérito, parecer


contrário de todas as comissões será tido como rejeitado.

Parágrafo único – O disposto neste artigo aplica-se somente nos


casos em que a soma dos votos contrários alcance a maioria absoluta dos membros da
Câmara.

Subseção VIII
Dos Decretos Legislativos e das Resoluções

Art. 63 – O Projeto de Decreto Legislativo é a proposição


destinada a regular matéria de competência exclusiva da Câmara, que produza efeitos
externos, não dependendo, porém, de sanção do Prefeito.

53
Parágrafo único – O Decreto Legislativo aprovado pelo Plenário,
em um só turno de votação, será promulgado pelo Presidente da Câmara.

Art. 64 – O Projeto de Resolução é a proposição destinada a


regular matéria político-administrativa da Câmara, de sua competência exclusiva, e não
depende de sanção do Prefeito.

Parágrafo único – O Projeto de Resolução aprovado pelo


Plenário, em um só turno de votação, será promulgado pelo Presidente da Câmara.

Art. 65 – O Regimento Interno da Câmara disciplinará os casos de


Decreto Legislativo e de Resolução, cuja elaboração, redação, alteração e
consolidação, serão feitas com observância das mesmas normas técnicas relativas às
leis.

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO

Seção I
Do Prefeito e do Vice Prefeito

Subseção I
Da Eleição

Art. 66 – A função executiva é exercida pelo Prefeito, eleito para


um mandato de 04 (quatro) anos, na forma estabelecida pela Constituição Federal.

Parágrafo único – Aplica-se à elegibilidade para Prefeito e Vice-


Prefeito o disposto no § 1º do art. 22 desta Lei Orgânica e a idade mínima de 21 (vinte
e um) anos.

Art. 67 – A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á


simultaneamente noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores,
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 da Constituição Federal.

§ 1º – A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele


registrado.

54
§ 2º – Será considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado
por partido político, obtiver a maioria de votos, não computados os em branco e os
nulos.

Subseção II
Da Posse

Art. 68 – O Prefeito e o Vice Prefeito tomarão posse no dia 1º


(primeiro) de janeiro do ano subsequente a eleição em sessão da Câmara Municipal,
prestado o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgânica, observar as
Leis da União, do Estado e do Município, promover o bem geral dos munícipes e
exercer o cargo sob a inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade.

§ 1º – Decorridos 10 (dez) dias da data fixada para posse, o


Prefeito ou o Vice- Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo,
este será declarado vago.

§ 2º – O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão fazer declaração


pública de bens no ato da posse e ao término do mandato, a qual será transcrita em
livro próprio, constando de ata o seu resumo.

§ 3º – Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-


Prefeito e, na falta ou impedimento deste, o Presidente da Câmara.

Subseção III
Da Desincompatibilização

Art. 69 – O Prefeito deverá desincompatibilizar-se desde a posse,


não podendo, sob pena de perda do cargo:

I – firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou concessionária de serviço público salvo
quando obedeça a cláusulas uniformes;

II – aceitar ou exercer cargo, função, ou emprego remunerado, incluindo os de que seja


exoneráveis “ad nutum”, nas entidades constantes do inciso anterior, ressalvada a
posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 10, Inciso II;

III – ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo;

IV – patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades já referidas no


Inciso I;
55
V – ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.

Subseção IV
Da Inelegibilidade

Art. 70 – São inelegíveis para os mesmos cargos no período


subsequente, o Prefeito, o Vice Prefeito e quem os houver sucedido ou substituído nos
seis meses anteriores à eleição.

Art. 71 – Para concorrerem a outros cargos eletivos, o Prefeito e o


Vice Prefeito devem renunciar ao mandato até 06 (seis) meses antes do pleito.

Subseção V
Da Substituição

Art. 72 – O Prefeito será substituído nos casos de licença ou


impedimento, e sucedido no caso de vaga ocorrida após a diplomação, pelo Vice
Prefeito.

§ 1º – O Vice Prefeito não poderá se recusar a substituir o Prefeito


sob pena de extinção do mandato.

§ 2º – O Vice Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem


conferidas por lei complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele for convocado
para missões especiais.

Art. 73 – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice Prefeito,


ou vacância do cargo assumirá a administração municipal o Presidente da Câmara.

§ 1º – O Presidente da Câmara recusando-se, por qualquer


motivo, a assumir o cargo de Prefeito, renunciará, incontinentemente, à sua função de
dirigente do Legislativo, ensejando, assim, a eleição de outro membro para ocupar,
como Presidente da Câmara, a chefia do Poder Executivo.

§ 2º – Enquanto o substituto legal não assumir, responderão pelo


expediente da Prefeitura, sucessivamente, o Secretário Municipal dos Negócios
Jurídicos ou Diretor equivalente e o Secretário do Governo Municipal ou Chefe do
Gabinete.

56
Art. 74 – Vagando os cargos de Prefeito e Vice Prefeito nos
primeiros 03 (três) anos de período governamental, far-se-á eleição 90 (noventa) dias
depois de aberta a última vaga.

Art. 75 – Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice Prefeito,


ou vacância dos respectivos cargos, no último ano de período governamental, assumirá
o Presidente da Câmara.

Art. 76 – Em qualquer dos dois casos, seja havendo eleição ou,


ainda, assumindo o Presidente da Câmara, os sucessores deverão completar o período
do governo restante.

Subseção VI
Da Licença

Art. 77 – O Prefeito e o Vice Prefeito, quando no exercício do


cargo, não poderão, sem licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município por
período superior a 15 (quinze) dias, sob pena de perda do cargo ou de mandato.

Art. 78 – O Prefeito poderá licenciar-se:

I – quando a serviço ou missão de representação do Município;

II – quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença devidamente


comprovada ou no período de licença gestante, observado, quando a esta, o disposto
no § 1º do art. 40;

III – em gozo de férias.

§ 1º – No caso do Inciso I, o pedido de licença, amplamente


motivado, indicará, especialmente, as razões da viagem, o roteiro e a previsão de
gastos.

§ 2º – O Prefeito licenciado, nos casos dos Incisos I, II e III,


perceberá a remuneração integral.

§ 3º – O Prefeito gozará férias anuais de 30 (trinta) dias, em dois


períodos de 15 (quinze) dias, sem prejuízo da remuneração, ficando a seu critério as
épocas para usufruir do descanso. Entre os períodos de férias deverá haver um
intervalo mínimo de 90 (noventa) dias.

Subseção VII
Da Remuneração

57
Art. 79 – A remuneração do Prefeito e do Vice Prefeito, fixada
mediante Decreto Legislativo, pela Câmara Municipal, será estipulada na forma do
Inciso XVII, do art. 32 desta Lei Orgânica.

Parágrafo único – A remuneração do Prefeito será o teto para


aquela atribuída aos servidores do Município.

Subseção VIII
Do Local da Residência

Art. 80 – O Prefeito deverá fixar residência na cidade de Salto de


Pirapora, sob pena de perda do mandato.

Subseção IX
Da Extinção e Cassação do Mandato

Art. 81 – A extinção ou a cassação do mandato do Prefeito e Vice


Prefeito, bem como a apuração dos crimes de responsabilidade do Prefeito ou de seu
substituto, ocorrerão na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica, em lei
complementar e na legislação federal.

§ 1º – O Prefeito, nos crimes de responsabilidade definidos na


legislação federal, será julgado pelo Tribunal de Justiça.

§ 2º – O Prefeito, nas infrações político-administrativas definidas


nesta Lei Orgânica e em Lei Complementar, será julgado pela Câmara Municipal.

Seção II
Das Atribuições do Prefeito

Art. 82 – Ao Prefeito, como chefe da administração, compete dar


cumprimento às deliberações da Câmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do
Município, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de
utilidade pública, sem exceder as verbas orçamentárias.

Art. 83 – Compete privativamente ao Prefeito, além de outras


atribuições previstas nesta lei:

I – representar o Município nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas;


58
II – exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais ou Diretores equivalentes, a
direção superior da administração pública;

III – nomear e exonerar os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes;

IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos para a
sua fiel execução;

V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI – prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional


dos servidores, com as restrições da Constituição Federal e desta Lei Orgânica;

VII – decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou utilidade pública
ou por interesse social;

VIII – instituir servidões administrativas;

IX – expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;

X – prestar contas à Câmara Municipal, da administração do Município;

XI – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta lei;

XII – permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, exceto quando tratar-
se de bem imóvel para edificação ou para uso por tempo superior a 06 (seis) meses;

XIII – enviar à Câmara Municipal projeto de lei sobre o regime de concessão ou


permissão de serviços públicos;

XIV – enviar à Câmara Municipal projetos de leis relativos ao Plano Plurianual,


Diretrizes Orçamentárias, Orçamento Anual, dívida pública e operações de crédito;

XV – dispor sobre a organização e o funcionamento da administração Municipal, na


forma da lei;

XVI – encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia 31 de março de cada


ano, a sua prestação de contas e a da Mesa da Câmara, bem como os balanços do
exercício findo;

XVII – encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de


contas exigidas em lei;

XVIII – fazer publicar os atos oficiais;

XIX – prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas na


forma regimental;
59
XX – superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e
aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das
disponibilidades orçamentárias ou dos créditos votados pela Câmara;

XXI – colocar à disposição da Câmara, dentro de 15 (quinze) dias de sua requisição, as


quantias que devem ser despendidas de uma só vez, e, até o dia 25 (vinte e cinco) de
cada mês, a parcela correspondente ao duodécimo de sua dotação orçamentária;

XXII – aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como relevá-las quando
impostas irregularmente;

XXIII – resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem


dirigidos;

XXIV – prover os serviços e obras da administração pública;

XXV – aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e


zoneamento urbano ou para fins urbanos, em conformidade com a legislação
pertinente;

XXVI – oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros


públicos;

XXVII – solicitar o auxílio da polícia do Estado para a garantia de cumprimento de seus


atos, bem como fazer uso da Guarda Municipal no que couber;

XXVIII – organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as
verbas para tal destinadas;

XXIX – contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante prévia


autorização da Câmara;

XXX – providenciar sobre a administração dos bens do Município e sua alienação, na


forma da lei;

XXXI – desenvolver o sistema viário do Município;

XXXII – decretar o estado de emergência quando for necessário preservar ou


prontamente restabelecer, em locais determinados e restritos do Município, a ordem
pública ou a paz social;

XXXIII – decretar estado de calamidade pública;

XXXIV – convocar e presidir o Conselho Político do Município;

XXXV – propor ação direta de inconstitucionalidade.

60
§ 1º – O Prefeito poderá delegar por decreto, aos Secretários
Municipais ou Diretores equivalentes, funções administrativas que não sejam de sua
competência exclusiva.

§ 2º – Para cumprir o disposto no Inciso XXI deste artigo, o


Prefeito deverá, sob pena de responsabilidade, promover anualmente a execução da
dívida ativa.

Seção III
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito

Art. 84 – São auxiliares diretos do Prefeito os Secretários


Municipais ou Diretores equivalentes, cujos cargos são de livre nomeação e
exoneração.

Art. 85 – A Lei Municipal estabelecerá as atribuições dos auxiliares


diretos do Prefeito, definindo-lhes a competência, deveres e responsabilidades.

Art. 86 – São condições essenciais para a investidura no cargo de


Secretário ou Diretor equivalente, além das exigidas pela lei instituidora do cargo:

I – ser brasileiro;

II – estar no exercício dos direitos políticos;

III – ser maior de 21 (vinte e um) anos.

Art. 87 – Além das atribuições fixadas em lei, compete aos


Secretários ou Diretores:

I – subscrever atos e regulamentos referentes aos seus órgãos;

II – expedir instruções para a boa execução das leis, decretos e regulamentos;

III – apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas atribuições;

IV – comparecer à Câmara Municipal, sempre que convocados pela mesma, para


prestações de esclarecimentos oficiais;

V – referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito pertinentes a sua área de


competência.

61
Art. 88 – Os Secretários ou Diretores são solidariamente
responsáveis com o Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.

Art. 89 – Os Secretários ou Diretores farão declaração pública de


bens, no ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão os mesmos
impedimentos estabelecidos para os Vereadores, enquanto permanecerem em suas
funções.

Seção IV
Do Conselho Político do Município

Art. 90 – O Conselho Político do Município é órgão superior de


consulta do Prefeito e dele participam:

I – O Vice-Prefeito;
II – um Vereador, eleito por seus pares;
III – o Secretário dos Negócios Jurídicos ou Diretor equivalente;
IV – nove cidadãos brasileiros com mais de 35 (trinta e cinco) anos de idade, sendo 03
(três) nomeados pelo Prefeito, 03 (três) eleitos pela Câmara Municipal e 03 (três)
eleitos pelas associações representativas de bairros, todos com mandato de 02 (dois)
anos, vedada a recondução na mesma legislatura.

Art. 91 – Compete ao Conselho Político do Município pronunciar-


se sobre questões de relevante interesse para o Município, especialmente quanto ao
planejamento municipal.

Art. 92 – O Conselho Político do Município será convocado pelo


Prefeito, sempre que entender necessário.

§ 1º – Independentemente de convocação, o Conselho reunir-se-á


trimestralmente, na forma que dispuser o seu regimento, para discutir assuntos de
interesse do Município e apreciar relatório circunstanciado sobre o estado das obras e
dos serviços municipais.

§ 2º – O Prefeito poderá convocar Secretário Municipal ou Diretor


equivalente para participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão
relacionada à respectiva Secretaria ou Diretoria.

Art. 92-A – Além do Conselho Político do Município, poderão ser


criados novos Conselhos Municipais vinculados a Secretaria que lhe seja pertinente,
como órgãos deliberativos e consultivos, com a finalidade de formular e controlar a
execução das políticas públicas, assessorando o Poder Executivo Municipal, nos termo
da Lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10, de 13.12.2011)

62
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Art. 93 – A administração municipal é constituída dos órgãos


integrados na estrutura administrativa da Prefeitura e de entidades dotadas de
personalidade jurídica própria.

§ 1º – Os órgãos da administração direta que compõem a estrutura


administrativa da Prefeitura se organizam e se coordenam, atendendo aos princípios
técnicos recomendáveis ao bom desempenho de suas atribuições.

§ 2º – As entidades dotadas de personalidade jurídica própria que


compõem a Administração Indireta do Município se classificam em:

I – autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,


patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública,
que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizadas;

II – empresa pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,


com patrimônio e capital do Município, criada por lei, para exploração de atividades
com fins lucrativos ou não, que o Município seja levado a exercer, por força de
contingência, ou conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das
formas admitidas em direito;

III – sociedade de economia mista – a entidade de personalidade jurídica de direito


privado, criada por ele, para exploração de atividades econômicas, sob a forma de
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, ao
Município ou a entidade da Administração Indireta;

IV – fundação pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgão ou entidade de direito público, com
autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de
direção, e funcionamento custeado por recursos do Município e da outras fontes.

§ 3º – A entidade de que trata o inciso IV do § 2º, adquire


personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhe aplicando as demais disposições do
Código Civil concernentes às fundações.

63
CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 94 – O Município deverá organizar a sua administração,


exercer suas atividades e promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de
um processo de planejamento permanente, atendendo aos objetivos e diretrizes
estabelecidos no Plano Diretor e mediante adequado Sistema de Planejamento.

§ 1º – O Plano Diretor é o instrumento orientador e básico dos


processos de transformação do espaço urbano e de sua estrutura territorial, servindo
de referência para todos os agentes públicos e privados que atuam na cidade.

§ 2º – Sistema de Planejamento é o conjunto de órgãos, normas,


recursos humanos e técnicos voltados à coordenação da ação planejada da
administração Municipal.

§ 3º – Serão asseguradas, pela participação, em órgão


componente do Sistema de Planejamento, a cooperação de associações
representativas de bairros e do Conselho a que se refere o art. 90 desta Lei, no
planejamento Municipal.

Art. 95 – A delimitação da zona urbana ou de expansão urbana


será definida por lei, observado o estabelecido no Plano Diretor.

§ 1º – A Lei de Zoneamento urbano somente poderá ser alterada


uma vez em cada ano.

CAPÍTULO III
DOS ATOS MUNICIPAIS

Seção I
Da Publicidade dos Atos Municipais

Art. 96 – A publicação dos atos oficiais, Leis, Decretos e Decretos


Legislativos, far-se-á por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal,
conforme o caso, podendo a Administração, editar Boletins, de circulação no Município,
criados para tal finalidade. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 05, de
23.02.2005)

64
Parágrafo único – Nenhum ato oficial, produzirá efeito antes de
sua publicação. (Parágrafo renumerado pela Emenda À Lei Orgânica nº 05,
de23.02.2005)

Seção II
Do Registro dos Atos Administrativos

Art. 97 – O Município terá os livros que forem necessários aos


seus serviços e, obrigatoriamente, os de:

I – termo de compromisso e posse;

II – declaração de bens;

III – ata das sessões da Câmara;

IV – registros de leis, decretos, resoluções, regulamentos, instruções e portarias;

V – cópia de correspondência oficial;

VI – protocolo, índice de papéis e livros arquivados;

VII – licitações e contratos para obras e serviços;

VIII – contrato de servidores;

IX – contratos em geral;

X – contabilidade e finanças;

XI – concessões e permissões de bens imóveis e de serviços;

XII – tombamento de bens imóveis;

XIII – registro de loteamentos aprovados.

§ 1º – Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo


Prefeito e pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por servidor designado
para tal fim.

§ 2º – Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por


fichas ou outro sistema, convenientemente autenticados.

65
Seção III
Da Forma dos Atos Administrativos

Art. 98 – Os atos administrativos de competência do Prefeito


devem ser expedidos com observância das seguintes normas:

I – decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:

a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) regulamentação interna dos órgão que forem criados na Administração
Municipal;
d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por lei,
assim como de créditos extraordinários;
e) declaração de utilidade ou necessidade pública, ou de interesse social, para
efeito de desapropriação ou de servidão administrativa;
f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem a
Administração Municipal;
g) permissão de uso dos bens municipais, exceto quando tratar-se de bem imóvel
para edificação ou para uso por tempo superior a 6 (seis) meses;
h) medidas executórias do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do
Município;
i) normas de efeitos externos, não privativos de lei;
j) fixação e alteração de preços.

II – portaria, nos seguintes casos:

a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos individuais;


b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
c) autorização para contrato de dispensa de servidores sob o regime da
contratação por tempo determinado, nos termos do art. 9º , IX desta lei;
d) abertura de sindicâncias e processos administrativos, aplicação de penalidades e
demais atos individuais de efeitos internos;
e) outros casos determinados em lei ou decreto.

Parágrafo único – Os atos constantes do Inciso II deste artigo


poderão ser delegados.

66
Seção IV
Do Fornecimento de Certidão

Art. 99 – A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a


qualquer interessado, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, certidões dos atos,
contratos e decisões, desde que requeridas para fim de direito determinado sob pena
de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.

§ 1º – As requisições judiciais deverão ser atendidas no mesmo


prazo, se outro não for fixado pela autoridade judiciária.

§ 2º – A certidão declaratória de efetivo exercício do cargo de


Prefeito será fornecida pelo Presidente da Câmara.

Seção V
Da Denominação

Art. 100 – É vedada a denominação de próprios municipais, vias e


logradouros públicos com o nome de pessoas vivas.

CAPÍTULO IV
DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 101 – Constituem bens municipais, todas as coisas móveis e


imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.

Art. 102 – Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais,


respeitada a competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.

Art. 103 – Todos os bens municipais deverão ser cadastrados,


com a identificação respectiva, numerando-se os móveis segundo o que for
estabelecido em regulamento, os quais ficarão sob a responsabilidade do Chefe da
Secretaria ou Diretoria a que forem distribuídos.

Art. 104 – Deverá ser feita, anualmente, a conferência da


escrituração patrimonial com os bens existentes, e, na prestação de contas de cada
exercício, será incluído o inventário de todos os bens municipais.

Art. 105 – A alienação de bens municipais, subordinada à


existência de interesse público devidamente justificado, será sempre precedida de
avaliação e obedecerá às seguintes normas:
67
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e licitação, dispensada esta
nos seguintes casos:

a) doação, devendo constar obrigatoriamente do contrato os encargos do donatário,


o prazo de seu cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pena de nulidade
de ato;
b) permuta.

II – quando móveis, dependerá de autorização legislativa e licitação dispensada esta


nos seguintes casos:

a) doação, que será permitida exclusivamente para fins de interesse social;


b) permuta.

§ 1º – No caso de ações, havendo interesse público manifesto, a


negociação far-se-á por intermédio de corretor oficial da Bolsa de Valores.

§ 2º – A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas


urbanas remanescentes e inaproveitáveis para edificação, resultantes de obra pública,
dependerá apenas de prévia avaliação e autorização legislativa. As áreas resultantes
de modificação de alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam
aproveitáveis ou não.

§ 3º – O Município preferentemente à venda ou doação de seus


bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização
legislativa e concorrência. A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o uso
de destinar a concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou quando
houver relevante interesse público, devidamente justificado.

Art. 106 – A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta,


dependerá de prévia avaliação e autorização legislativa.

Art. 107 – O uso de bens municipais por terceiros, só poderá ser


feito mediante concessão, permissão ou autorização, conforme o caso, e o interesse
público exigir.

§ 1º – A concessão administrativa dos bens públicos de uso


especial e dominiais, dependerá de lei e concorrência e far-se-á mediante contrato, sob
pena de nulidade do ato. A concorrência poderá ser dispensada, mediante lei, quando
o uso se destinar a concessionária do serviço público, a entidades assistenciais, ou
quando houver interesse público relevante devidamente justificado.

§ 2º – A concessão administrativa de bens públicos de uso comum


somente poderá ser outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou
turísticas, mediante autorização legislativa.
68
§ 3º – A permissão que poderá incidir sobre qualquer bem público,
será feita a título precário, por decreto, salvo quando tratar-se de bem imóvel para
edificação ou para uso por tempo superior a 06 (seis) meses, que será feita mediante
autorização legislativa.

§ 4º – A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem


público, será feita por decreto, para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo
prazo máximo de 60 (sessenta) dias, salvo quando para o fim de formar canteiro de
obra pública ou para uso agrícola, casos em que o prazo corresponderá ao da duração
da obra ou da safra.

Art. 108 – Poderão ser cedidos a particular, para serviços


transitórios, máquinas e operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os
trabalhos do Município, e o interessado recolha previamente a remuneração arbitrada e
assine termo de responsabilidade pela conservação e devolução dos bens recebidos.

CAPÍTULO V
DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 109 – Nenhum empreendimento de obras e serviços do


Município poderá ter início sem prévia elaboração do plano respectivo, no qual,
obrigatoriamente, conste:

I – a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse


comum;

II – os pormenores para a sua execução;

III – os recursos para o atendimento das respectivas despesas;

IV – os prazos para o seu início e conclusão, acompanhado da respectiva justificação.

§ 1º – Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de


extrema urgência, será executado sem prévio orçamento de seu custo.

§ 2º – As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura,


por suas autarquias e demais entidades da administração indireta, e, por terceiros,
mediante licitação.

Art. 110 – A administração pública, na realização de obras e


serviços, não pode contratar empresas que desatendam as normas relativas à saúde e
segurança no trabalho.

69
Art. 111 – Na elaboração do projeto deverão ser atendidas as
exigências de proteção do patrimônio histórico-cultural e do meio ambiente.

Art. 112 – O Município poderá realizar obras e serviços de


interesse comum mediante:

I – convênio com o Estado, a União ou entidades particulares;

II – consórcios com outros Municípios.

Art. 113 – Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente


ou sob regime de concessão ou permissão, sempre mediante processo licitatório, a
prestação de serviços públicos.

Art. 114 – A permissão de serviço público, sempre a título


precário, será outorgada por decreto do Prefeito, após edital de chamamento de
interessados para escolha do melhor pretendente. A concessão só será feita com
autorização legislativa, mediante contrato, precedido de licitação.

§ 1º – Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões,


bem como quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste
artigo.

§ 2º – Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre


sujeitos à regulamentação e fiscalização do Município, incumbindo, aos que os
executem, sua permanente atualização e adequação às necessidades dos usuários.

§ 3º – O Município poderá retomar sem indenização, os serviços


permitidos ou concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato ou
contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos
usuários.

§ 4º – As licitações para a concessão de serviço público deverão


ser precedidas de ampla publicidade, inclusive em jornais da região e da Capital,
mediante edital ou comunicado resumido.

§ 5º – Os servidores públicos serão remunerados por tarifas


previamente fixadas pelo Prefeito, na forma que a lei estabelecer.

§ 6º – As reclamações relativas à prestação de serviços públicos


serão disciplinadas em lei.

Art. 115 – Nos serviços, obras e concessões, bem como nas


compras e alienações, o Município deverá observar as normas gerais de licitação e
contratação editadas pela União e as específicas constantes de Lei Estadual.

70
CAPÍTULO VI
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E FINANCEIRA

Seção I
Dos Tributos Municipais

Art. 116 – São tributos municipais os impostos, as taxas e as


contribuições de melhoria, instituídas por Lei Municipal, atendidos os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e nas normas gerais de direito tributário.

Art. 117 – São de competência do Município os impostos sobre:

I – a propriedade predial e territorial urbana;

II – a transmissão, inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos à sua aquisição;

III – as vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;

IV – os serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, I, “b” da


Constituição Federal, definidos em Lei Complementar.

§ 1º – O imposto previsto no Inciso I poderá ser progressivo nos


termos da lei e obedecido o art. 182 e seus §§ da Constituição Federal, de forma a
assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

§ 2º – O imposto previsto no Inciso II não incide sobre a


transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em
realização de capital, nem sobre a transmissão de bens e direitos decorrentes de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a
atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos,
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.

Art. 118 – As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do


exercício do Poder de Polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviços
públicos, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.

Parágrafo único – As taxas não poderão ter base de cálculo ou


fato impunível idênticos aos que correspondam a impostos.

71
Art. 119 – A contribuição de melhoria será cobrada dos
proprietários de imóveis valorizados por obras públicas municipais, tendo como limite
total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.

Art. 120 – Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal


e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Art. 121 – O Município poderá instituir contribuição, cobrada de


seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e
assistência social.

Seção II
Da Receita e da Despesa

Art. 122 – A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos


tributos municipais, da participação em tributos da União e do Estado, dos recursos
resultantes do Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus bens,
serviços, atividades e de outros ingressos.

Art. 123 – Pertencem ao Município:

I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos de


qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pela
administração direta, autarquia e fundações municipais;

II – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a


propriedade territorial-rural relativamente aos imóveis situados no Município;

III – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a


propriedade de veículos automotores licenciados no Município;

IV – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre


operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Art. 124 – A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização


de bens, serviços e atividades municipais, será feita pelo Prefeito, mediante edição de
Decreto.

Parágrafo único – As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir


os seus custos, sendo reajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.

72
Art. 125 – A despesa pública atenderá aos princípios
estabelecidos na Constituição Federal e as normas de direito financeiro.

Art. 126 – Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que


exista recurso disponível e crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de
crédito extraordinário.

Art. 127 – Nenhuma Lei que crie ou aumente despesa será


executada sem que dela conste a indicação do recurso para atendimento do
correspondente cargo.

Art. 128 – As disponibilidades de caixa do Município, de suas


autarquias e fundações e das empresas por ele controladas serão depositadas em
instituições financeiras oficiais, salvo os casos previstos em Lei.

Seção III
Do Orçamento

Art. 129 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão,


com observância dos preceitos correspondentes da Constituição Federal:

I – o Plano Plurianual;

II – as Diretrizes Orçamentárias;

III – os Orçamentos Anuais.

§ 1º – A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as


diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e
outras dela decorrentes e as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º – A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e


prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá
sobre as alterações na legislação tributária.

§ 3º – A Lei Orçamentária compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos fundos, órgãos e entidades da administração direta


e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas pelo Município;

II – o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

73
III – o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculada, da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações
instituídas ou mantidas pelo Município.

§ 4º – O projeto de lei orçamentária será acompanhado de


demonstrativo dos efeitos decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

§ 5º – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação da receita, nos termos da lei.

§ 6º – O Poder Executivo publicará até 30 (trinta) dias após o


encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

Art. 130 – Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às


Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos créditos adicionais, bem como
suas emendas, serão apreciados pela Câmara Municipal.

§ 1º – As emendas ao projeto de lei do Orçamento Anual ou aos


projetos que o modifiquem serão admitidas desde que:

I – sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;

II – indiquem os recursos necessários, aceitos apenas os provenientes de anulação de


despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos;


b) serviço da dívida.

III – relacionadas:

a) com correção de erros ou omissões;


b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 2º – As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias


não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 3º – O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal


para propor modificações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não
iniciada, na Comissão competente, a votação da parte cuja alteração é proposta.

§ 4º – Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que


não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo
legislativo.

74
§ 5º – Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou
rejeição parcial do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais
ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

§ 6º – Os projetos de lei referentes ao Plano Plurianual e à Lei de


Diretrizes serão enviados à Câmara Municipal pelo Poder Executivo até o dia 30 de
agosto e devolvidos para sanção até o dia 30 de outubro. (Parágrafo incluído pela
Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 15.07.2013)

§ 7° – O projeto de lei referente à Lei Orçamentária Anual será


enviado à Câmara Municipal até o dia 30 de outubro e devolvido para a sanção até a
última sessão legislativa do ano. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº
11, de 15.07.2013)

§ 8° – Não haverá recesso parlamentar enquanto não houver a


devolução dos projetos referidos nos §6° e §7° deste artigo para sanção. (Parágrafo
incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 15.07.2013)

Art. 131 – São vedados:

I – o início de programas, projetos e atividades não incluídos na lei orçamentária anual;

II – a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os


créditos orçamentários ou adicionais;

III – a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
fim preciso, aprovados pela Câmara Municipal, por dois terços de seus membros;

IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a


destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como
determinado pelo art. 212 da Constituição Federal, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita;

V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de uma categoria de


programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos


fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir “deficit” de empresas,
fundações e fundos;

IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.


75
§ 1º – Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão.

§ 2º – Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no


exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos 04 (quatro) meses daquele exercício, caso em que, reabertos
nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subsequente.

Art. 132 – A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não


poderá exceder os limites estabelecidos em Lei Complementar Federal.

§ 1º – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de


remuneração, a criação de cargos, empregos ou funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público só poderão ser feitas: (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de


despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrente; (Inciso incluído pela Emenda à
Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

II – se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentária, ressalvadas as


empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Inciso incluído pela Emenda
à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 2º – Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base


neste artigo, durante o prazo fixado na Lei Complementar referida no “caput”, o
município adotará a seguinte providência: (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei
Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

I – redução em pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança; (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03,
de 16.09.1998)

II – exoneração dos servidores não estáveis. (Inciso incluído pela Emenda à Lei
Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 3º – Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior


não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da Lei
Complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde
que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional,
o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Parágrafo incluído
pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

76
§ 4º – O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo
anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de
serviço. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 5º – O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos


anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 04 (quatro) anos. (Parágrafo
incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

§ 6º – Lei Federal disporá sobre as normas gerais a serem


obedecidas na efetivação do disposto no § 3º. (Parágrafo incluído pela Emenda à Lei
Orgânica nº 03, de 16.09.1998)

TÍTULO IV
DA ORDEM ECONÔMICA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 133 – O Município, dentro de sua competência, organizará a


ordem econômica e social, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores
interesses da coletividade.

Art. 134 – Incumbe ao Poder Público Municipal, na forma da lei, o


desempenho das funções de planejamento, incentivo e fiscalização da atividade
econômica, dentro de sua órbita de atuação, objetivando estimular e orientar a
produção, a mão de obra, defender os interesses do povo e promover a justiça e
solidariedade sociais.

Art. 135 – O capital produtivo, destinado ao crescimento


econômico e ao desenvolvimento social, será considerado como meio de expansão
econômica e bem-estar coletivo e tratado como instrumento para melhor distribuição de
rendas no combate às desigualdades sociais.

Art. 136 – O Município poderá conceder incentivos fiscais, ou


benefícios de outra natureza, visando a instalação de novas indústrias em seu território,
bem como a ampliação das já existentes, obedecidos os critérios estabelecidos na lei.

Parágrafo único – A lei concederá prioridade à instalação ou


ampliação de empresas industriais que visem o desenvolvimento científico, a pesquisa
e a capacitação tecnológica, para o aprimoramento do sistema produtivo local e
nacional.

77
Art. 137 – O Município dispensará às microempresas, às
empresas de pequeno porte, aos micro e pequenos produtores rurais, assim definidos
em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-los pela simplificação de
suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução
destas por meio de lei.

Art. 138 – A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras


formas de associativismo.

Art. 139 – O Município assistirá os trabalhadores rurais e suas


organizações legais, procurando proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de
produção e de trabalho, crédito fácil e preço justo, saúde e bem-estar social.

Art. 140 – O Município, através de sua Administração Direta ou


Indireta, manterá órgãos especializados, incumbidos da fiscalização dos serviços
públicos por ele conduzido, bem como da revisão de suas tarifas.

Parágrafo único – A fiscalização de que trata este artigo


compreende a auditoria, o exame contábil e as perícias necessárias à apuração das
inversões de capital e dos lucros auferidos pelas empresas concessionárias.

CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 141 – No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao


desenvolvimento urbano, o Município assegurará:

I – o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar


de seus habitantes;

II – a participação do Conselho do Município e das respectivas entidades comunitárias


no estudo, encaminhamento e solução dos problemas, planos, programas e projetos
que lhe sejam concernentes;

III – a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural;

IV – a criação e manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico,


ambiental, turístico e de utilização pública;

V – a observância das normas urbanísticas, de segurança, higiene e qualidade de vida.

Art. 142 – O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o


instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, podendo ser
revisto a cada 04 (quatro) anos.

78
Art. 143 – A propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade, expressas no Plano
Diretor.

Art. 144 – O Plano Diretor deverá considerar a totalidade do


território Municipal e deverá, no mínimo, obedecer e conter:

I – diretrizes básicas, consubstanciadas no sistema viário, no zoneamento,


parcelamento, renovação urbana, preservação e revitalização de setores históricos,
edificação, serviços públicos e equipamentos comunitários;

II – um conjunto de plantas correspondentes às diretrizes básicas, tais como sistema


viário, zoneamento de uso e ocupação do solo urbano bem como previsão de áreas
verdes;

III – diretrizes abrangendo a zona rural, inclusive promovendo o aproveitamento de


terras públicas mediante parcelamentos e concessão às famílias de pequenos
agricultores e criadores;

IV – diretrizes para a promoção de programas de construção de moradias populares,


de melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

Parágrafo único – Para a execução do disposto no art. 144 e seus


Incisos, na elaboração dos projetos e programas, bem como na execução e
fiscalização, a administração contará com a participação de representantes da
comunidade, entidades e prestadores de serviços da área de engenharia civil.

Art. 145 – O Município estabelecerá, mediante lei, em


conformidade com as diretrizes do Plano Diretor, normas sobre zoneamento,
parcelamento, uso e ocupação do solo, índices urbanísticos, proteção ambiental e
demais limitações administrativas pertinentes.

Parágrafo único – É vedado o parcelamento do solo para fins


urbanos na zona rural do Município, exceto quando for comprovado por laudos técnicos
elaborados por engenheiros agrônomos, que o solo é impróprio, economicamente, para
exploração da agropecuária.

Art. 146 – O Município estabelecerá critérios para a regularização


e urbanização, assentamentos e loteamentos irregulares.

Art. 147 – É facultativo ao Município, mediante lei específica para


área incluída no Plano Diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I – parcelamento ou edificação compulsórios;

79
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão


previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 (dez)
anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.

Art. 148 – Compete ao Município, de acordo com as diretrizes de


desenvolvimento urbano, a criação e a regulamentação de zonas industriais,
obedecidos os critérios estabelecidos pelo Estado, mediante lei, e respeitadas as
normas relacionadas ao uso e ocupação do solo e ao meio ambiente urbano e natural.

CAPÍTULO III
DA POLÍTICA AGRÍCOLA

Art. 149 – Caberá ao Município manter, em cooperação com o


Estado, as medidas previstas no art. 184 da Constituição Estadual.

Art. 150 – O Município, na forma da lei, organizará o


abastecimento alimentar, assegurando condições para a produção e distribuição de
alimentos básicos.

Art. 151 – O Poder Público Municipal fomentará com o auxílio do


Estado e da União, o desenvolvimento rural, assegurando:

I – assistência técnica e extensão rural;

II – defesa agropecuária;

III – utilização racional dos recursos naturais e preservação do meio ambiente.

Art. 152 – O Município poderá organizar fazendas coletivas,


orientadas ou administradas pelo Poder Público, destinadas à formação de elementos
aptos às atividades agrícolas.

Art. 153 – O Plano Municipal de Desenvolvimento Rural será


elaborado com a participação das entidades públicas e privadas do setor rural e
entidades representativas dos produtores e trabalhadores rurais.

Art. 154 – Na elaboração do orçamento anual do Município, o


Poder Público deverá destinar recursos para operacionalização do plano de
desenvolvimento rural.

Art. 155 – No transporte de trabalhadores urbanos e rurais


deverão ser observadas as normas de segurança estabelecidas em lei.
80
Parágrafo único – Quando o transporte for realizado em veículo,
tipo caminhão, este deverá estar equipado com toldo e bancos, para abrigar os
trabalhadores, do sol e da chuva.

CAPÍTULO IV
DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS E DO SANEAMENTO

Seção I
Do Meio Ambiente

Art. 156 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público Municipal, com a participação da coletividade, a
preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural,
artificial e do trabalho, atendidas as peculiaridades, locais e em harmonia com o
desenvolvimento social e econômico.

§ 1º – Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao


Poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar
as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III – definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos,
sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;

V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e


substâncias que comportem risco de vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização


pública para a preservação do meio ambiente;

VII – proteger a fauna e a flora, vedadas na forma da lei, as práticas, que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os
animais à crueldade.
81
Art. 157 – A execução de obras, atividades, processos produtivos
e empreendimentos, e a exploração de recursos naturais de qualquer espécie, quer
pelo setor público, quer pelo particular, serão admitidas se houver resguardo do meio
ambiente ecologicamente equilibrado.

Art. 158 – Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a


recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo
Município, na forma da lei.

Parágrafo único – É obrigatória, na forma da lei, a recuperação,


pelo responsável, da vegetação adequada nas áreas protegidas, sem prejuízo das
demais sanções cabíveis.

Art. 159 – As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente


sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, com aplicação de multas diárias e progressivas no caso de
continuidade da infração ou reincidência, incluídas a redução do nível de atividade e a
interdição, independentemente da obrigação dos infratores de reparação aos danos
causados.

Art. 160 – O Município estimulará a criação e manutenção de


unidades particulares de preservação do meio ambiente.

Art. 161 – O Município terá direito a uma compensação financeira


por parte do Estado sempre que este venha impor-lhe restrições com a proteção de
espaços territoriais.

Art. 162 – O Município poderá estabelecer consórcio com outros


Municípios objetivando a solução de problemas comum relativos à proteção ambiental,
em particular à preservação dos recursos hídricos e ao uso equilibrado dos recursos
naturais.

Art. 163 – As áreas declaradas de utilidade pública, para fins de


desapropriação, objetivando a implantação de unidades de conservação ambiental,
serão consideradas espaços territoriais especialmente protegidos, não sendo nelas
permitidas atividades que degradem o meio ambiente ou que, por qualquer forma,
possam comprometer a integridade das condições ambientais que motivaram a
expropriação.

Seção II
Dos Recursos Naturais

Subseção I
Dos Recursos Hídricos

82
Art. 164 – O Município, para administrar os serviços de água de
interesse exclusivamente local, poderá celebrar convênio com o Estado.

Art. 165 – O Município deverá receber do Estado, como


compensação, uma contribuição para o seu desenvolvimento, se tiver localizado em
seu território, reservatório hídrico, ou dele decorrer algum impacto.

Art. 166 – O Município, para proteger e conservar as águas e


prevenir seus efeitos adversos, adotará medidas no sentido:

I – da instituição da área de preservação, das águas, utilizáveis para abastecimento às


populações e da implantação, conservação e recuperação de matas ciliares;

II – do zoneamento de áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis naquelas


sujeitas a inundações freqüentes e da manutenção da capacidade de infiltração do
solo;

III – da implantação de sistemas de alerta e defesa civil, para garantir a segurança e a


saúde pública, quando de eventos hidrológicos indesejáveis;

IV – do condicionamento à aprovação prévia por organismos estaduais de controle


ambiental e de gestão de recursos hídricos, na forma da lei, dos atos de outorga de
direitos que possam influir na qualidade ou quantidade das águas superficiais e
subterrâneas;

V – da instituição de programas permanentes de racionalização do uso das águas


destinadas ao abastecimento público e industrial e a irrigação, assim como de combate
às inundações e à erosão.

Parágrafo único – O Município receberá incentivos do Estado se


aplicar, prioritariamente, nas ações previstas neste artigo e no tratamento de águas
residuárias, o que vier a receber em decorrência da exploração dos potenciais
energéticos, assim como possível compensação financeira.

Art. 167 – Fica vedado o lançamento de efluentes e esgotos


urbanos e industriais, sem o devido tratamento, em qualquer corpo de água.

Subseção II
Dos Recursos Minerais

Art. 168 – O Município nas aplicações do conhecimento geológico,


poderá contar com o atendimento técnico do Estado.

83
Seção III
Do Saneamento

Art. 169 – O Município, para o desenvolvimento dos serviços de saneamento


básico, contará com a assistência técnica e financeira do Estado.

TÍTULO V
DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I
DA SEGURIDADE SOCIAL

Seção I
Disposição Geral

Art. 170 – O Município deverá contribuir para a seguridade social,


atendendo ao disposto nos artigos 194 e 195 da Constituição Federal, visando
assegurar os direitos relativos à Saúde e à Assistência Social.

Seção II
Da Saúde

Art. 171 – O Município garantirá o direito à saúde mediante:

I – políticas sociais, econômicas e ambientais que visem ao bem estar físico, mental e
social do indivíduo e da coletividade e à redução do risco de doenças e outros agravos;
II – acesso universal e igualitário às ações e ao serviço de saúde, em todos os níveis;
III – fornecimento de informações e esclarecimentos de interesse da saúde individual e
coletiva, assim como as atividades desenvolvidas pelo sistema;
IV – atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, preservação e
recuperação de sua saúde;

84
V – condições dignas de trabalho, saneamento básico, moradia, alimentação,
educação, renda, transporte e lazer.

Art. 172 – As ações e serviços de saúde são de relevância pública,


cabendo ao Município dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação,
fiscalização e controle.

§ 1º – As ações e os serviços de preservação da saúde abrangem


o ambiente natural, os locais públicos e de trabalho.

§ 2º – As ações e os serviços de saúde serão realizados


preferencialmente de forma direta, pelo Município ou através de terceiros e pela
iniciativa particular.

§ 3º – A assistência à saúde é livre à iniciativa particular.

§ 4º – A participação do setor privado no sistema único de saúde


efetivar-se-á segundo suas diretrizes, mediante convênio ou contrato de direito público,
tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 5º – As pessoas físicas e as pessoas jurídicas de direito privado,


quando participarem do Sistema Único de Saúde, ficam sujeitas às suas diretrizes e às
normas administrativas incidentes sobre o objeto de convênio ou de contrato.

§ 6º – É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou


subvenções às instituições particulares com fins lucrativos.

Art. 173 – As ações e os serviços de saúde executados e


desenvolvidos pelo Município, por sua administração direta, e fundacional, constituem o
Sistema Único de Saúde, nos termos da Constituição Federal, que se organizará de
acordo com as seguintes diretrizes e bases:

I – descentralização, sob a direção de um profissional de saúde;

II – universalização da assistência de igual qualidade com instalação e acesso a todos


os níveis, dos serviços de saúde à população urbana e rural;

III – gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesa e taxas, sob
qualquer título.

Art. 174 – É vedada a nomeação ou designação, para cargo ou


função de chefia ou assessoramento na área de saúde, em qualquer nível, de pessoa
que participe de direção, gerência ou administração de entidades que mantenham
contratos, convênios ou sejam credenciados pelo Sistema Único de Saúde, a nível
Municipal.

85
Seção III
Da Promoção Social

Art. 175 – As ações do Município, por meio de programas e


projetos na área de promoção social, serão organizadas, elaboradas, executadas e
acompanhadas com base nos seguintes princípios:

I – participação da comunidade;

II – descentralização administrativa, respeitada a legislação federal, considerados o


Município e as comunidades como instâncias básicas para o atendimento e realização
dos programas;

III – integração das ações dos órgãos e entidades da administração em geral, com as
ações de outras entidades filantrópicas, compatibilizando programas e recursos e
evitando a duplicidade de atendimento.

Parágrafo único – O plano de assistência social do Município terá


por objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema social e a recuperação dos
elementos desajustados, visando a um desenvolvimento social harmônico, consoante
previsto no Art. 203 da Constituição Federal.

CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DOS ESPORTES E LAZER

Seção I
Da Educação

Art. 176 – A educação, ministrada com base nos princípios


estabelecidos na Constituição Federal, bem como na Constituição Estadual, tem por
fim o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício consciente da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 177 – O dever do Município com a educação será efetivado


mediante a garantia de:

I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem
acesso na idade própria;

II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

86
III – atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;

IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,


segundo a capacidade de cada um;

VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII – atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas


suplementares de material didático-escolar, alimentação e assistência à saúde;

VIII – oferta, nos termos de Lei Específica, de transporte gratuito, inclusive para
cidades próximas, desde que haja número significativo de interessados e não existam
no Município, cursos iguais ou equivalentes. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 08, de 18.12.2009)

§ 1º – O acesso ao ensino obrigatório é gratuito e direito público


subjetivo, acionável mediante mandato de injunção.

§ 2º – O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou


sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

Art. 178 – O Município só poderá autuar em níveis mais elevados


dos previstos no art. 177, Incisos I e IV, quando a demanda estiver satisfatoriamente
atendida, do ponto de vista quantitativo e qualitativo, obedecendo-se, sucessivamente
as seguintes prioridades:

I – cursos de qualificação profissional;

II – ensino médio;

III – ensino superior.

Art. 179 – O Município aplicará anualmente, 25% (vinte e cinco por


cento), no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Parágrafo único – O Poder Executivo Municipal publicará, até 30


(trinta) dias após o encerramento de cada trimestre, informações completas sobre
receitas arrecadadas e transferências de recursos destinados à educação, neste
período, e discriminada por nível de ensino.

Art. 180 – O Plano Municipal de Educação a ser estabelecido em


Lei Complementar, deverá necessariamente conter:

87
I – a sistemática de aplicação das verbas municipais destinadas ao desenvolvimento e
manutenção do ensino;

II – a sugestão de formas e critérios de aplicação das verbas federais e estaduais


destinadas à educação;

III – a forma pela qual se realizará, nos limites do Município, o recenseamento dos
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
responsáveis, pela frequência à escola;

IV – a distribuição racional das vagas escolares mantidas pelo Poder Público, quer
federal, estadual ou municipal.

Parágrafo único – É vedada à Administração oferecer transporte


ao aluno para outra unidade escolar, quando há vaga na escola próximo à sua
residência.

Art. 181 – É vedado o uso de próprios municipais para o


funcionamento de estabelecimentos de ensino privado de qualquer natureza.

Seção II
Da Cultura

Art. 182 – O Município estimulará o desenvolvimento das ciências,


das artes, das letras e da cultura em geral, observado o disposto na Constituição
Federal.

§ 1º – Ao Município compete suplementar, quando necessário, a


legislação federal e estadual dispondo sobre a cultura.

§ 2º – A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta


significação para o Município.

§ 3º – À Administração Municipal cabe, na forma da lei, a gestão


da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a
quantos dela necessitem.

§ 4º – Ao Município cumpre proteger os documentos, as obras e


outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos.

Art. 183 – O Município incentivará a livre manifestação cultural


mediante:

88
I – criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e
capazes de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações
culturais e artísticas;

II – desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com outros Municípios e o


Estado;

III – acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres;

IV – promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura.

Seção III
Dos Esportes e Lazer

Art. 184 – O Município adotará uma política própria para educação


física, os desportos e o lazer, respeitadas todas as disposições emanadas das
entidades superiores, e terá os seguintes objetivos:

I – aprimoramento da aptidão física da população;

II – elevação do nível das práticas desportivas, formais e não formais;

III – implantação e intensificação da prática dos desportos de massa;

IV – elevação do nível técnico-desportivo das representações do Município;

V – criação de programas de aproveitamento do tempo livre da população, utilizando os


desportos e outras atividades de lazer como forma de promoção social.

Art. 185 – Na definição dessa política serão considerados os


seguintes fatores:

I – o planejamento, a implantação, a supervisão e o incentivo às atividades físicas,


desportivas, recreativas e de lazer na sua área de competência, compatibilizando seus
planos com outros existentes a nível estadual ou federal;

II – a coordenação de trabalho para a elaboração do calendário desportivo do


Município, com base no organizado pelas unidades federais, quando for o caso;

III – o apoio e incentivo às ligas e associações desportivas, proporcionando-lhes meios


e recursos, dentro das verbas disponíveis;

89
IV – o planejamento, a aplicação e o controle dos recursos oficiais e daqueles
provenientes de outras fontes, para as atividades de educação física, dos desportos e
do lazer;

V – a integração dos diversos órgãos da administração municipal, visando assegurar


nos planejamentos urbanos, a reserva de áreas adequadas à implantação de
instalações desportivas e a prática das atividades do desporto de massa;

VI – a garantia de uma utilização prioritária dos logradouros e centros esportivos


municipais para o desenvolvimento de atividades físicas, desportivas, recreativas e de
lazer;

VII – o incentivo aos programas para deficientes físicos e idosos;

VIII – o estímulo para a criação de associações desportivas especializadas, bem como


a realização de certames e práticas desportivas formais e não formais;

IX – a oferta de facilidades e estímulos em geral, além do atendimento médico-


odontológicos, aos integrantes de representações desportivas do Município;

X – a organização e manutenção atualizada de registros de entidades e associações


desportivas, bem como a promoção periódica de levantamentos estatísticos e o
cadastramento do setor esportivo.

CAPÍTULO III
DA DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 186 – O Município promoverá a defesa do consumidor


mediante adoção de medidas de orientação e fiscalização, definidas em lei.

CAPÍTULO IV
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE,
DO IDOSO E DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Art. 187 – O Município dispensará proteção especial ao


casamento e assegurará condições morais, físicas e sociais indispensáveis ao
desenvolvimento, segurança e estabilidade da família.

§ 1º – Serão proporcionadas aos interessados as facilidades para


a celebração do casamento.

§ 2º – A lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade


e aos excepcionais.
90
§ 3º – Compete ao Município suplementar a legislação federal e a
estadual dispondo sobre a proteção à infância, à juventude e às pessoas com
deficiência, garantindo-lhes o acesso a logradouros, edifícios públicos e veículos de
transporte coletivo.

§ 4º – Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas


entre outras, as seguintes medidas:

I – ampara às famílias numerosas e sem recursos;

II – ação contra os males que são instrumentos da dissolução da família;

III – estímulo aos pais e às organizações para formação moral, cívica, física e
intelectual da juventude;

IV – colaboração com as entidades assistenciais que visem à proteção e educação da


criança;

V – amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,


defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida;

VI – colaboração com a União, com o Estado e com outros Municípios para a solução
do problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos
adequados de permanente recuperação.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 188 – Incumbe ao Município:

I – auscultar, permanentemente a opinião pública, para isso os Poderes Executivo e


Legislativo divulgarão com a devida antecedência, os projetos de lei para o
recebimento de sugestões;

II – adotar medidas para assegurar a celeridade na tramitação e solução dos


expedientes administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos da lei, os servidores
faltosos;

III – facilitar, no interesse educacional do povo, a difusão de jornais e outras


publicações periódicas, assim como das transmissões pelo rádio e pela televisão.

Art. 189 – É lícito a qualquer cidadão obter informações e


certidões sobre assuntos referentes à administração municipal.

91
Art. 190 – Qualquer cidadão é parte legítima para pleitear a
declaração de nulidade ou anulação dos atos lesivos ao patrimônio municipal.

Art. 191 – Os cemitérios, no Município, terão sempre caráter


secular e serão administrados pela autoridade municipal, sendo permitido a todas as
confissões religiosas praticar neles os seus ritos.

Parágrafo único – As associações religiosas e as particulares


poderão na forma da lei, manter cemitérios próprios, fiscalizados, porém, pelo
Município.

Art. 192 – Os membros dos Conselhos Municipais não terão direito


a qualquer remuneração, cujo exercício efetivo da função constituirá serviço público
relevante.

Art. 193 – O exercício da soberania popular, mediante plebiscito


ou referendo, será autorizado pela Câmara Municipal, em casos específicos, com a
aprovação de dois terços de seus membros.

TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º – Até a promulgação da Lei Complementar referida no art.


132 desta Lei Orgânica, é vedado ao Município despender com pessoal mais do que
65% (sessenta e cinco por cento) do valor da receita corrente.

Art. 2º – Até a entrada em vigor da Lei Complementar a que se


refere o art. 165, § 9º, da Constituição Federal, o projeto do Plano Plurianual para
vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato do Prefeito
subsequente, e o projeto de Lei Orçamentária Anual, serão encaminhados à Câmara
até 03 (três) meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvidos para
sanção até o encerramento do ano legislativo.

Art. 3º – O direito de gozo de férias a que se refere o art. 78, § 3º


desta Lei Orgânica retroage seus efeitos a partir de 1º (primeiro) de janeiro de 1989.

Art. 4º – O Conselho Político do Município, instituído pelo art. 90


desta Lei Orgânica, será regulamentado por Lei Complementar, a qual terá vigência a
partir de 1º (primeiro) de janeiro de 1993.

Art. 5º – Dentro de 240 (duzentos e quarenta) dias, o Poder


Executivo, deverá enviar à Câmara Municipal o Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado do Município.

92
Art. 6º – A proibição do lançamento de esgotos urbanos, sem o
devido tratamento, em qualquer corpo de água, a que se refere o art. 167 desta Lei
Orgânica, terá vigência a partir do dia 1º (primeiro) de janeiro de 1.993.

Parágrafo único – Ocorrendo a rescisão do contrato de


concessão com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(SABESP), o prazo referido no “caput” do artigo não se aplica à Prefeitura.

Art. 7º – A revisão desta Lei Orgânica será iniciada imediatamente


após o término da prevista no artigo 3º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição do Estado de São Paulo, e aprovada pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.

Art. 8º – Dentro de 120 (cento e vinte) dias, a Mesa da Câmara


Municipal deverá elaborar o Regimento Interno, em conformidade com as disposições
desta Lei Orgânica.

Art. 9º – Os servidores civis da administração direta, autárquica e


das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, em exercício na data da
promulgação desta Lei Orgânica, que não tenham sido admitidos na forma regulada
pelo art. 37 da Constituição Federal, são considerados estáveis no serviço público,
desde que contassem, em 05 de outubro de 1988, 05 (cinco) anos continuados, em
serviço.

§ 1º – O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo


será contado como título, quando se submeterem a concurso para fins de efetivação,
na forma da lei.

§ 2º – O disposto neste artigo não se aplica aos ocupantes de


cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem aos que a lei declare
de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado para os fins do “caput”,
deste artigo, exceto se se tratar de servidor.

Art. 10 – Dentro de 180 (cento e oitenta) dias, proceder-se-á a


revisão dos direitos dos servidores públicos inativos e pensionistas e à atualização dos
proventos e pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto no art. 12, § 4º,
desta Lei Orgânica e ao que se dispõe a Constituição Federal, retroagindo seus efeitos
a 05 de outubro de 1988.

Art. 11 – Os vencimentos do servidor público Municipal que teve


transformado o seu cargo ou função, anteriormente à data da promulgação desta Lei
Orgânica, corresponderão, no mínimo, àqueles atribuídos ao cargo ou função de cujo
exercício decorreu a transformação.

Parágrafo único – Aplica-se aos proventos dos aposentados o


disposto no “caput” do presente artigo.

93
Art. 12 – O concurso público, prorrogado uma vez por período
inferior ao prazo de validade previsto no edital de convocação, em vigor em 05 de
outubro de 1988, terá automaticamente ajustado o período de sua validade, de acordo
com os termos do Inciso III do art. 37 da Constituição Federal.

Art. 13 – Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos integrantes


da Câmara Municipal, será promulgada pela Mesa e entra em vigor na data de sua
publicação, que será por afixação, revogadas as disposições em contrário.

Câmara Municipal, 12 de maio de 1990.

Joel David Haddad


Presidente

Fernando Gouveia Rodrigues


Vice-Presidente

Francisco de Assis H. de Oliveira


1º Secretário

Vereadores:

Adilson Franquis

Atanázio Leonel da Luz

Eliel Rodrigues

Flodízio de Oliveira Ramos

Gentil Moreira Farrapo

Hélio Rossi

Jahir Xavier de Oliveira

João Henrique S. Oliveira

José Carlos da Rosa

José Maria Vieira

94
EMENDAS

95
96
EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Nº 01

“Altera o § 2º do Art. 22 da Lei Orgânica do Município


e dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município:

Art. 1º – O § 2º do art. 22 da Lei Orgânica do Município passa a


vigorar com a seguinte redação:

“Art. 22 – .................................................................................

§ 2º – O número de Vereadores será fixado pela Câmara


Municipal, observados os limites estabelecidos na Constituição Federal, e nas
seguintes proporções:

I – população de até 20.000 habitantes, 13 Vereadores;


II – população de 20.001 até 50.000 habitantes, 15 Vereadores;
III – população de 50.001 até 100.000 habitantes, 17 Vereadores;
IV – população de 100.001 até 1.000.000 habitantes, 21 Vereadores.”

Art. 2º – É acrescentado no art. 22 da Lei Orgânica do Município


os seguintes parágrafos:

“§ 3º – O número de habitantes a ser utilizado como base de


cálculo do número de Vereadores será aquele fornecido, mediante certidão ou ofício,
pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

§ 4º – O número de Vereadores será fixado mediante Decreto


Legislativo, até o final da sessão legislativa do ano que anteceder às eleições.

§ 5º – A Mesa da Câmara enviará ao Tribunal Regional Eleitoral,


logo após sua edição, cópia do Decreto Legislativo de que trata o parágrafo anterior.”

Art. 3º – Esta Emenda, aprovada e assinada pelos integrantes da


Câmara Municipal, entra em vigor na data de sua publicação, que será por afixação,
revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, 11 de Setembro de 1991.

97
EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Nº 02

“Dá nova redação ao Inciso VI, do Art. 39 da Lei


Orgânica do Município e dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


Estado de São Paulo, nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município,
promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei Orgânica do Município:

Art. 1º – O Inciso VI do art. 39 da Lei Orgânica do Município passa


a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 39 – .................................................................................

VI – que sofrer a condenação criminal em sentença definitiva e


irrecorrível, salvo se pendente Recurso de Revisão Criminal, considerando-se, neste
caso, licenciado nos termos do § 6º, do art. 40.”

Art. 2º – Esta Emenda, aprovada e assinada pelos Membros da


Mesa da Câmara Municipal, entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Sala das Sessões, 19 de Agosto de 1998.

98
EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Nº 03

“Modifica o regime e dispõe sobre princípios e


normas da Administração Pública, Servidores e
Agentes Políticos, controle de despesas e finanças
públicas e dá outras providências.”

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município:

Art. 1º – O “caput”, os Incisos I, II, V, VII, X, XI, XIII, XIV, XV, XVI,
XVII, XVIII e o § 3º, do art. 9º da Lei Orgânica do Município, passa a vigorar com a
seguinte redação, acrescendo-se ao artigo os §§ 7º ao 9º.

“Art. 9º – A administração pública, direta, indireta ou fundacional,


de qualquer dos poderes do Município, obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, também ao seguinte:

I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma
da lei;

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em Lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;

V – as funções de confiança exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de


cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica;

X – a remuneração dos servidores públicos e o subsidio de que trata o § 3º do artigo 11


somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa em
cada caso, assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
de índices;

XI – a remuneração e o subsidio dos ocupantes de cargos, funções e empregos


públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer
dos cinco poderes do Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
99
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra
natureza, não poderão exceder o subsidio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal;

XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias


para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão


computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

XV – o subsídio e os vencimentos de cargos e empregos públicos são irredutíveis,


ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153,
III e 153, § 2º, I da Constituição Federal;

XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI da
Constituição Federal:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos privativos de médico.

XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, fundações e empresas públicas, sociedade de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

XVIII – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à Lei
Complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

§ 3º – A Lei disciplinará as formas de participação do usuário na


administração pública direta e indireta, regulando especialmente:

I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a


manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
interna, da qualidade dos serviços;

II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de


governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXIII, da Constituição Federal;

III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,


emprego ou função na administração pública.

100
§ 7º – A Lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o
acesso a informações privilegiadas.

§ 8º – A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos


e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato,
a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a
fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor
sobre:

I – o prazo de duração do contrato;

II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e


responsabilidade dos dirigentes;

III – a remuneração do pessoal.

§ 9º – O disposto no Inciso XI aplica-se às empresas públicas e às


sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que recebem recursos da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de
pessoal ou de custeio em geral.”

Art. 2º – O “caput” do art. 10 da Lei Orgânica do Município de


Salto de Pirapora passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 10 – Ao servidor público da administração direta, autárquica e


fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:”

Art. 3º – O art. 11 da Lei Orgânica do Município de Salto de


Pirapora passa a vigorar acrescido dos §§ 4º ao 7º, com a seguinte redação:

“Art. 11 – O Município instituirá conselho de política de


administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos poderes.

§ 1º – A fixação dos padrões de vencimentos e dos demais


componentes do sistema remuneratório observará:

I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes


de cada carreira;

II – os requisitos para a investidura;

III – as peculiaridades dos cargos.

§ 2º – Aplica-se a servidores ocupantes de cargo público o


disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX,

101
da Constituição Federal, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir.

§ 3º – O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e os


Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsidio fixado em
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação, ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso,
o disposto no art. 37, X e XI, da Constituição Federal.

§ 4º – Lei Municipal poderá estabelecer a relação entre o maior e a


menor remuneração dos servidores públicos, obedecidos em qualquer caso, o disposto
no art. 37, XI da Constituição Federal.

§ 5º – Os poderes Executivo e Legislativo, publicarão anualmente


os valores do subsidio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

§ 6º – Lei Municipal disciplinará a aplicação de recursos


orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão,
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e
racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de
produtividade.

§ 7º – A remuneração dos servidores públicos organizados em


carreira poderá ser fixada nos termos do § 3º.

Art. 4º – O art. 13, “caput” e seus §§ 1º ao 3º da Lei Orgânica do


Município de Salto de Pirapora, acrescido do § 4º, passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 13 – São estáveis após 03 (três) anos de efetivo exercício de


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º – O servidor público só perderá o cargo:

I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º – invalidada por sentença judicial a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido
ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

102
§ 3º – Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de
serviço, até o seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º – Como condição para a aquisição da estabilidade, é


obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade”.

Art. 5º – Os Incisos III e XVII do art. 32 da Lei Orgânica do


Município de Salto de Pirapora, acrescido do Inciso XVIII, passa a vigorar com a
seguinte redação:

“Art. 32 – Compete privativamente à Câmara Municipal exercer as


seguintes atribuições, dentre outras:

III – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou


extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de leis para a
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias;

XVII – fixar subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, por Lei
de sua iniciativa, observado o que dispõem dos art. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III e
153, § 2º, I, da Constituição Federal;

XVIII – fixar subsídios dos Vereadores por Lei de sua iniciativa, na razão, de no
máximo, 30% (trinta por cento) daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados
Estaduais, observado o que dispõem os arts. 29, VII, 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III e
153, § 2º, I da Constituição Federal.”

Art. 6º – Os §§ 3º e 4º do art. 32 passam a ser remunerados para


§§ 1º e 2º, respectivamente.

Art. 7º – O § 2º, do art. 47 da Lei Orgânica do Município de Salto


de Pirapora passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 47 – ..................................................................................

§ 2º – Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal


somente deliberará sobre a matéria para o qual foi convocada, vedado o pagamento de
parcela indenizatória em valor superior ao do subsídio mensal.”

Art. 8º – O art. 132 da Lei Orgânica do Município de Salto de


Pirapora tem o seu Parágrafo único transformado em § 1º e acrescido dos §§ 2º ao 6º,
com a seguinte redação:

“Art. 132 – ................................................................................

103
§ 1º – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos, empregos ou funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo poder público só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de
despesa pessoal e aos acréscimos dela decorrente;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.

§ 2º – Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base


neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no “caput”, o
município adotará a seguinte providência:
I – redução em pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.

§ 3º – Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior


não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei
complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde
que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional,
o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.

§ 4º – O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo


anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de
serviço.

§ 5º – O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos


anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de 04 (quatro) anos.

§ 6º – Lei Federal disporá sobre as normas gerais a serem


obedecidas na efetivação do disposto no § 3º.”

Art. 9º – É assegurado o prazo de 02 (dois) anos de efetivo


exercício para a aquisição da estabilidade aos atuais servidores em estágio probatório,
sem prejuízo da avaliação a que se refere o § 4º do art. 13 da Lei Orgânica do
Município.

Art. 10 – Esta Emenda, aprovada e assinada pelos Membros da


Mesa da Câmara Municipal de Salto de Pirapora, entra em vigor na data de sua
publicação, revogando-se expressamente os §§ 1º e 2º do art. 32 da Lei Orgânica do
Município.

Sala das Sessões, 16 de Setembro de 1998.


104
EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Nº 04

“Modifica a redação do § 2º, revoga os incisos I, II, III,


IV do § 2º e os §§ 3º e 4º, remunera o § 5º do art. 22
da Lei Orgânica do Município”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município:

Art. 1º – O § 2º do art. 22 da Lei Orgânica do Município, passa a


ter a seguinte redação:

“§ 2º – O número de Vereadores será fixado até o final da Sessão


Legislativa pela Câmara Municipal, através de Decreto Legislativo, observados os
limites estabelecidos no art. 29 da Constituição Federal.”

Art. 2º – Ficam revogados os Incisos I, II, III e IV do § 2º e os §§


3º e 4º do art. 22 da Lei Orgânica do Município.

Art. 3º – O § 5º do art. 22 da Lei Orgânica do Município passa a


vigorar como o § 3º.

Art. 4º – Esta emenda entre em vigor na data de sua publicação,


revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, 01 de Novembro de 2000.

105
EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Nº 05
De 23 de fevereiro de 2005.

“Dá nova redação ao art. 96, da Lei Orgânica do


Município, revoga disposições que especifica e, dá
outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1º – O art. 96, da Lei Orgânica do Município, passa a viger


com a seguinte redação:

“Art. 96 – A publicação dos atos oficiais, Leis, Decretos e Decretos


Legislativos, far-se-á por afixação na sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal,
conforme o caso, podendo a Administração, editar Boletins, de circulação no Município,
criados para tal finalidade.

Parágrafo único – Nenhum ato oficial, produzirá efeito antes de


sua publicação.”

Art. 2º – Ficam revogados os § 2º e 3º, do art. 96, da Lei Orgânica


do Município.

Art. 3º – As despesas com a execução da presente Emenda,


correrão por conta das dotações orçamentárias.

Art. 4º – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 23 de fevereiro de 2005.

106
EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Nº 06
De 29 de março de 2005.

“Dá nova redação ao Inciso III, do § 1º, do art. 48, da Lei


Orgânica do Município e dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1º – O Inciso III, do § 1º, do art. 48, da Lei Orgânica do


Município de Salto de Pirapora, passa a viger com a seguinte redação:

“Art. 48 – ..................................................................................

§ 1º – ........................................................................................

III – Convocar ou convidar o Prefeito, Secretários Municipais ou Diretores equivalentes,


o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar
Municipal e o Presidente da Fundação Pública dos Servidores Municipais, para
prestarem informações e darem esclarecimentos sobre assuntos de sua pasta ou área
de atuação, previamente determinados no prazo de 15 (quinze) dias, caracterizando a
recusa ou o não atendimento, infração administrativa, de acordo com a lei;”

Art. 2º – As despesas com a execução da presente Emenda,


correrão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 3º – Esta Emenda entrará em vigor, na data de sua


publicação.

Sala das Sessões, 29 de março de 2005.

107
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 07
De 09 de Dezembro de 2008.

“Altera as redações do art. 24, do § 2º do art. 39 e do


§ 4º, do art. 58 e suprime os Incisos I, II e III do § 4º,
desse mesmo artigo da Lei Orgânica do Município de
Salto de Pirapora e, dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1o – O art. 24 da Lei Orgânica do Município, passará a ter a


seguinte redação:

“Art. 24 – Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-


ão sob a presidência do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta
dos Membros da Câmara, elegerão, em votação a descoberto, os componentes da
Mesa, que ficarão automaticamente empossados.”

Art. 2º – O § 2º do art. 39 da Lei Orgânica do Município passará a


ter a seguinte redação:

“Art. 39 – Perderá o Mandato o Vereador:

I – Omissis..................................................................................................................

II – Omissis.................................................................................................................

III – Omissis................................................................................................................

IV – Omissis................................................................................................................

V – Omissis.................................................................................................................

VI – Omissis................................................................................................................

VII – Omissis...............................................................................................................

108
VIII – Omissis..............................................................................................................

§ 1º – Omissis...........................................................................

§ 2º – Nos casos dos Incisos I, II, VII e VIII a perda do mandato


será declarada pela Câmara, em votação a descoberto, e dois terços, mediante a
provocação da Mesa ou de Partido Político com Representação na Câmara Municipal,
assegurada ampla defesa.

Art. 3º – O § 4º, do art. 58 da Lei Orgânica do Município, passará a


ter a seguinte redação:

“Art. 58 – Omissis.....................................................................

§ 1º – Omissis...........................................................................

§ 2º – Omissis...........................................................................

§ 3º – Omissis...........................................................................

§ 4º – O voto será sempre público e aberto em todas as


deliberações da Câmara Municipal.”

Art. 4o – Ficam suprimidos os Incisos I, II e III do § 4º do art. 58, da


Lei Orgânica do Município.

Art. 5º – As despesas decorrentes da execução desta Emenda


correrão às dotações orçamentárias próprias.

Art. 6º – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 09 de Dezembro de 2008.

109
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 08
De 18 de Dezembro de 2009.

“Acresce o art. 92-A na Seção IV, do Capítulo II e


altera a redação do Inciso VIII do art. 177, da Lei
Orgânica do Município de Salto de Pirapora e, dá
outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1o – É incluído o art. 92-A, na Lei Orgânica do Município de


Salto de Pirapora, com a seguinte redação:

“Art. 92-A – Além do Conselho Político do Município, poderão ser


criados novos Conselhos Municipais vinculados a Secretaria que lhe seja pertinente,
como órgãos consultivos e opinativos, com a finalidade de assessorar o Prefeito
Municipal no desempenho das políticas públicas municipais, nos termos da lei.”

Art. 2º – O Inciso VIII do art. 177 da Lei Orgânica do Município de


Salto de Pirapora, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 177 – ................................................................................

VIII – Oferta, nos termos de Lei Específica, de transporte gratuito, inclusive para
cidades próximas, desde que haja número significativo de interessados e não existam
no Município, cursos iguais ou equivalentes.”

Art. 3º – As despesas decorrentes da execução desta Emenda


correrão às dotações orçamentárias próprias.

Art. 4º – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 18 de Dezembro de 2009.

110
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 09
De 23 de setembro de 2011.

“Modifica o § 2º do art. 22 na Seção I, do Capítulo I do


Título da Lei Orgânica do Município de Salto de
Pirapora e, dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1o – É modificado o § 2º do art. 22, na Lei Orgânica do


Município de Salto de Pirapora, com a seguinte redação:

“Art. 22 – Omissis.....................................................................

§ 2º - O número de Vereadores será fixado até o dia 30 (trinta) de


setembro do penúltimo ano de cada legislatura, por meio de Decreto Legislativo,
observados os limites estabelecidos no art. 29, Inciso IV e o disposto no art. 16 da
Constituição Federal.”

Art. 2º – As despesas decorrentes da execução desta Emenda


correrão às dotações orçamentárias próprias.

Art. 3º – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação,


produzindo efeito a partir de 30 de setembro de 2011.

Sala das Sessões, 23 de setembro de 2011.

111
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 10
De 13 de dezembro de 2011.

“Modifica o art. 92-A na Seção IV do Capítulo II da Lei


Orgânica do Município de Salto de Pirapora e, dá
outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1o – É modificado o art. 92-A, na Lei Orgânica do Município de


Salto de Pirapora, com a seguinte redação:

“Art. 92-A – Além do Conselho Político do Município, poderão ser


criados novos Conselhos Municipais vinculados a Secretaria que lhe seja pertinente,
como órgãos deliberativos e consultivos, com a finalidade de formular e controlar a
execução das políticas públicas, assessorando o Poder Executivo Municipal, nos termo
da Lei.”

Art. 2º – As despesas decorrentes da execução desta Emenda


correrão às dotações orçamentárias próprias.

Art. 3º – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 13 de dezembro de 2011.

112
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 011
De 15 de julho de 2013.

“Acrescenta os §6º, §7º e §8º ao Art. 130 da


Lei Orgânica do Município Salto de Pirapora e
dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do Art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1o – Ficam acrescentados ao Art. 130 da Lei Orgânica do


Município de Salto de Pirapora os §6º, §7º e § 8º com a seguinte redação:

Art. 130 – (...)

§ 6º – Os projetos de lei referentes ao Plano Plurianual e à Lei de


Diretrizes serão enviados à Câmara Municipal pelo Poder Executivo até o dia 30 de
agosto e devolvidos para sanção até o dia 30 de outubro.

§ 7° – O projeto de lei referente à Lei Orçamentária Anual será


enviado à Câmara Municipal até o dia 30 de outubro e devolvido para a sanção até a
última sessão legislativa do ano.

§ 8° – Não haverá recesso parlamentar enquanto não houver a


devolução dos projetos referidos nos §6° e §7° deste artigo para sanção.

Art. 2° – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação,


nos termos do Art. 96 da Lei Orgânica Municipal.

Sala das Sessões, 15 de julho de 2013.

113
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 012
De 22 de dezembro de 2016.

“Acrescenta o § 10 e o § 11 no Art. 9o da Lei


Orgânica do Município de Salto de Pirapora e
dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA,


nos termos do Art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda
ao texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1o – Fica acrescentado ao Art. 9o da Lei Orgânica do Município de


Salto de Pirapora os parágrafos 10 e 11 com a seguinte redação:

“Art. 9o (...)

§ 10 – São proibidas as nomeações ou contratações e a


manutenção de nomeações ou contratações de cônjuge ou
companheiro, de parente em linha reta, colateral ou por afinidade,
até o terceiro grau da autoridade nomeante para as Secretarias
Municipais, ainda que os ocupantes destes cargos sejam agentes
políticos, para os cargos de direção, chefia e/ou assessoramento,
para os cargos em comissão e/ou funções de confiança, ou, ainda,
funções gratificadas ou não na Administração Pública direta e
indireta de Salto de Pirapora, compreendendo-se, ainda, as
instituições subsidiadas ou subvencionadas pela fazenda pública
municipal, compreendendo-se, ainda, as designações recíprocas
entre os Poderes Executivo e Legislativo.

§ 11 – As proibições do parágrafo anterior são extensivas aos


ocupantes dos cargos de Secretários Municipais,
independentemente da pasta que ocupe, do poder ou faculdade de
nomeação.

Art. 2o – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação,


nos termos do Art. 96 da Lei Orgânica Municipal, revogadas as disposições contrárias.

Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2016.

114
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 013
De 07 de março de 2017.

“Acresce o § 2º-A ao art. 11 da Seção II, do


Capítulo IV, da Lei Orgânica do Município de
Salto de Pirapora e dá outras providências”.

A MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SALTO DE PIRAPORA, nos


termos do Art. 51, § 2º da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda ao
texto da Lei Orgânica do Município.

Art. 1o – É incluído o § 2º-A ao Art. 11 da Lei Orgânica do Município


de Salto de Pirapora, com a seguinte redação:

“§ 2º-A – Fica assegurado ao servidor público, eleito para ocupar


cargo em sindicato de categoria, o direito de afastar-se de suas funções, durante o tempo
em que durar o mandato, recebendo seus vencimentos e vantagens, nos termos da Lei.”

Art. 2o – As despesas decorrentes da execução desta Emenda


correrão às dotações orçamentárias próprias.

Art. 3o – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 07 de março de 2017.

115
EMENDA A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO No 014
De 04 de setembro de 2018.

“Altera a redação do artigo 27 da Lei Orgânica do


Município de Salto de Pirapora e dá outras
providências”.

A Mesa da Câmara Municipal de Salto de Pirapora, nos termos do


Art. 51, § 2º, da Lei Orgânica do Município, promulga a seguinte Emenda ao texto da Lei
Orgânica do Município.

Art. 1º – O Artigo 27 da Lei Orgânica do Município de Salto de


Pirapora passará a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 27 – O mandato da Mesa será de 02 (dois) anos, permitida a


reeleição de qualquer de seus membros para o mesmo cargo na eleição subsequente.”
(NR)

Art. 2º – As despesas com a execução desta Emenda correrão por


conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 3º – Esta Emenda entrará em vigor na data de sua publicação,


nos termos do Art. 96 da Lei Orgânica Municipal, revogadas as disposições contrárias.

Sala das Sessões, 04 de setembro de 2018.

116

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