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Computacional
Prof.a Luciane Janice Venturini da Silva
Prof.a Priscila Chaves Panta
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Luciane Janice Venturini da Silva
a
S586i
ISBN 978-65-5663-340-4
ISBN Digital 978-65-5663-339-8
CDD 004
Impresso por:
Apresentação
Caro aluno!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 67
TÓPICO 1 — GEOGEBRA................................................................................................................... 71
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 71
2 APLICATIVOS COMPUTACIONAIS DE AUXÍLIO PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS.......... 71
2.1 SOFTWARE GEOGEBRA............................................................................................................. 72
2.2 INSTALAÇÃO DO SOFTWARE GEOGEBRA.......................................................................... 74
2.3 APRESENTANDO O GEOGEBRA – NOÇÕES BÁSICAS....................................................... 75
2.4 BARRA DE MENUS...................................................................................................................... 75
2.5 JANELAS ....................................................................................................................................... 77
2.6 CAMPO DE ENTRADA DE TEXTO........................................................................................... 77
2.7 BARRA DE FERRAMENTAS....................................................................................................... 78
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 98
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 99
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 149
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 203
UNIDADE 1 —
MÉTODOS NUMÉRICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade, estabeleceremos as bases gerais para o nosso estudo da
disciplina, fornecendo uma introdução geral sobre os métodos numéricos e sobre
a forma pela qual computadores armazenam números e realizam operações
numéricas. Estudaremos na sequência formas de representação dos números
em sistemas de numeração, enfatizando a representação em ponto flutuante,
comumente adotada em sistemas digitais como calculadoras e computadores
e trataremos, ainda, sobre erros em soluções numéricas. Esta unidade inclui
também um tópico sobre linguagem de programação científica FORTRAN.
3
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
E
IMPORTANT
4
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
ATENCAO
6
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
E
IMPORTANT
Cálculos envolvendo números que não podem ser representados por meio de
um número finito de dígitos não fornecem um valor exato como resultado, em decorrência
aos erros de arredondamento.
ATENCAO
Não podemos confiar que o resultado provido de uma operação seja exato,
até mesmo quando os fatores de uma operação puderem ser representados exatamente
no sistema.
7
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
• Seja a equação 2x3 + 3x - 7 = 0. Essa equação possui uma única raiz real. Os
seguintes números são aproximações para essa raiz: 1,19500; 1,195175 e
1,195200. Qual dessas aproximações mais se aproxima do valor exato da raiz,
ou qual delas é a mais exata? A resposta para essa pergunta baseia-se em
conhecer a qualidade da aproximação.
Para o caso de x > x , ou seja, quando EAx > 0, definimos que x é uma
aproximação por falta e no caso de x < x , ou seja, quando EAx < 0 definimos que
x é uma aproximação por excesso. Por exemplo, 3,14 < x < 3,15, a aproximação de
x por falta é 3,14 e uma aproximação de x por excesso é 3,15.
8
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Simbolicamente:
Vejamos um exemplo:
Solução:
9
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
ATENCAO
Em grande dos casos, da mesma forma que para o erro absoluto, a exatidão na
determinação do erro relativo não é possível. Em geral, isso acontece por não se conhecer
o valor exato de x, e sim somente uma aproximação x. Uma cota para o erro relativo pode
ser determinada a partir de uma cota para o erro absoluto.
10
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
TUROS
ESTUDOS FU
11
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
ATENCAO
Exemplo 1
Solução:
N = am x Bm + am - 1 x Bm -1 + … + a2 x B2 + a1 x B1 + a0
12
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Esse teorema está demonstrado e pode ser visto em livros de teoria dos
números. Para exemplificar, vamos expressar um dado número em algumas
bases bem conhecidas.
Exemplo 2
Solução:
77 = 1 x 26 + 0 x 25 + 0 x 24 + 1 x 23 + 1 x 22 + 0 x 21 + 0 x 20
77 = 1 x 82 + 1 x 81 + 5 x 80
77 = 7 x 101 + 7 x 100
77 = 4 x 161 + 13 x 160
Assim, o número 77 pode ser escrito como 1001100 na base 2, 115 na base 8,
76 na base 10 e 413 na base 16. Uma notação com o numeral entre parênteses e base
como índice, temos que 77 é escrito como (1001100)2, (115) 2, (77) 10 e (413)16. Então:
Exemplo 3
(142, 857)10
Solução:
(142, 857)10 =
= 1 x 102 + 4 x 101 + 2 x 100 + 8 x 10-1 + 5 x 10-2 + 7 x 2-3
= 142,857.
13
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Exemplo 4
(1101, 101)2
Solução:
(1101, 101)2 =
= 1 x 23 + 1 x 22 + 0 x 21 + 1 x 20 + 1 x 2-2 + 1 x 2-3
= 13,625.
Exemplo 5
(470, 75)8
Solução:
14
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Em que:
“Underflow” se e < m
“Overflow” se e > M
NOTA
15
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Exemplo 6
Exemplo 7
Solução:
Logo,
16
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Este valor pertence ao resultado exato desta operação. Este resultado deve
ser arredondado ou truncado, visto que em nosso sistema t = 4.
ATENCAO
Exemplo 8
Solução:
Exemplo 9
Solução:
17
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Exemplo 10
(a) x = 235,89(10)
Solução:
(b) x = 0,000875(10)
Solução:
Assim, x = 0,875 x 10?. A regra diz que d1 deve ser ≠ 0, então não estamos
utilizando a representação que nos propomos inicialmente. Então repetimos os
dígitos seguindo a regra:
DICAS
Esses conhecimentos podem ser aprofundados por você por meio das
referências disponibilizadas ao final desta unidade e/ou visitando páginas da internet. O
conteúdo disponível no endereço http://www.profwillian.com/_diversos/download/livro_
metodos.pdf poderá ajudá-lo nessa pesquisa. Bons estudos!
18
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
5 MÉTODOS NUMÉRICOS
Este tópico é destinado ao tratamento do problema de determinação de
zeros reais (raízes reais) de função reais. Alguns dos principais métodos numéricos
iterativos serão estudados para a localização de tais zeros, com destaque ao
método da bissecção, método da posição falsa e método de Newton-Raphson.
f(x) = ax² + bx + c
Suas raízes são x1 e x2, ou seja, x1e x2 são as raízes de f(x). Quando o valor
de x na equação anterior for igual a x1 e x2, o valor de f(x) será nulo. Graficamente,
como mostrado no Gráfico 1, a solução da equação (suas raízes) é o ponto onde a
função f(x) intercepta ou toca o eixo x.
19
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
20
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
E
IMPORTANT
21
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
NOTA
g(x) - h(x) = 0
22
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
ATENCAO
23
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Assim, pelo TVM, temos uma raiz x de f(x) = 0 entre a e b que pode estar
em qualquer ponto entre o intervalo [a, b]. O objetivo desse método é diminuir
ou fechar o intervalo [a, b] até atingir a precisão ε desejada |b - a| < ε. Para isso,
usa-se a sucessiva divisão de [a,b] ao meio, ou seja, a cada iteração, divide-se o
intervalo ao meio, modificando o valor de a ou de b.
24
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Vejam que temos pouca informação sobre o valor da raiz dessa forma.
O objetivo do método de bissecção é reduzir o tamanho do intervalo [a, b] com
o intuito de determinar um intervalo menor no qual localizamos a raiz. Por
convenção, a primeira aproximação de x, é o ponto médio do intervalo:
ATENCAO
25
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Critério de Parada
| xn+1 - x| < ε,
26
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Repetir:
1-
2- Se f(xn+1) . f(an) < 0
Assim, se
Caso contrário:
Desvantagem do Método
Enfim, como você já deve ter percebido, localizar os zeros de uma função
significa determinar as raízes dessa função. O método da bissecção apresentado é bem
simples de ser compreendido e implementado, porém, ele não é o processo iterativo
mais eficiente para a determinação das raízes de uma função, pois consome muitos
passos para atingir uma dada precisão (BURIAN; LIMA; HETEM JUNIOR, 2013).
27
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Exemplo 1
Solução:
Aproximações:
a2 = 1 f(b1) > 0
28
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
29
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
k ak bk bk- ak xk f(xk)
0 1 2 1 1,5 0,25
1 1 1,5 0,5 1,25 -0,4375
2 1,25 1,5 0,25 1,375 - 0,1093
3 1,375 1,5 0,125 1,4375 0,0664
4 1,375 1,4375 0,0625 1,4062 - 0,0226
5 1,4062 1,4375 0,0312 1,4218 0,0216
6 1,4062 1,4218 0,0156 1,4140 - 0,000604
7 1,4140 1,4218 0,0078 1,4179 0,01044
30
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Assim:
31
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Logo,
32
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
E
IMPORTANT
ATENCAO
• Convergência: sempre que f(x) for contínua no intervalo [an, bn], com f(a)f(b) < 0,
o método da posição falsa irá convergir.
• Critério de Parada: no método da posição falsa pode ocorrer que an ou bn
permanece fixo a partir de um certo n, nesse caso, não há garantia que bn - an
tenda para zero. Em função disso utilizamos o módulo da função |f(x)| < ε
como critério de parada, lembrando que ε a precisão estabelecida. Assim, o
método iterativo da posição falsa deverá ser interrompido quando atingimos
|f(x)| < ε. Finalizamos este método com um exemplo.
Exemplo 1
33
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Solução:
Temos que:
b2 = 2 f(b1) > 0
b3 = 2 f(b2) > 0
b4 = 2 f(b3) > 0
34
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
A raiz está entre o intervalo de [a4, b4] = [1,2098; 2], com |f(x)| = 0,0374 < 10-1.
FONTE: A autora
35
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
36
TÓPICO 1 —MÉTODOS NUMÉRICOS E INTRODUÇÃO À LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Exemplo 1
Solução:
37
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
DICAS
• http://www.profwillian.com/_diversos/download/livro_metodos.pdf.
• www.ime.usp.br/~asano/LivroNumerico/LivroNumerico.pdf.
• http://www.das.ufsc.br/~camponog/Disciplinas/DAS-5103/LN.pdf.
• www.ime.usp.br/~asano/LivroNumerico/LivroNumerico.pdf.
• www.professores.uff.br/salete/imn/calnumI.pdf.
• http://www.das.ufsc.br/~camponog/Disciplinas/DAS-5103/LN.pdf.
38
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
Newton-
|xn+1 - xn| < ε Nem sempre Muito alta
Raphson
39
AUTOATIVIDADE
a) x + y + z
b) x - y – z
c) x/y
d)
e)
40
Trabalhe com 4 casas decimais após a vírgula para esse exercício. Utilize como
critério de parada |b - a| < ε.
41
42
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO
FORTRAN
1 INTRODUÇÃO
“Programação de computador” é o processo de escrever instruções que
são executadas por computadores. As instruções, também conhecidas como
código, são escritas em uma linguagem de programação que o computador pode
entender e usar para realizar uma tarefa ou resolver um problema. Programar
um computador é basicamente a solução de problemas aplicados. Quando uma
pessoa recebe um problema e este é analisado, uma solução é desenvolvida e, em
seguida, essa solução é implementada e testada.
43
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
2 HISTÓRICO
Neste contexto, o FORTRAN tornou-se uma linguagem não só inovadora,
como também revolucionária. E os programadores da época passaram a usar a
linguagem assembler, que era muito mais fácil que os códigos binários e assim
puderam focar mais suas tarefas na resolução de problemas. Outro fato importante
foi que os computadores ficaram tão acessíveis a qualquer pessoa que, com um
mínimo de esforço, se conseguia aprender a linguagem FORTRAN. Nos anos
seguintes, outras empresas de computadores desenvolveram os seus próprios
compiladores de FORTRAN. Isso foi bom por um lado, mas, por outro, estes
compiladores não podiam ser usados em outras máquinas sem haver modificações.
Assim, com a aquisição de diversos programas em FORTRAN de diferentes
empresas e com a necessidade das conversões de todos esses programas para
instalação nos computadores, tornou este processo muito oneroso. Para superar
estes problemas, foi discutido a necessidade de uma normalização da linguagem
FORTRAN de forma que os programas pudessem ser utilizados em diferentes
computadores com pequenas ou com nenhuma alteração (CHAPMAN, 1998).
44
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
45
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
• ler os números;
• somar os números;
• imprimir o resultado;
• finalizar o código.
46
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
47
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
soma1.f:
MAIN soma:
48
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
• Números Inteiros: são números sem parte decimal e podem ser positivos,
negativos ou zero.
• Números Reais: são números com parte decimal e podem ser positivos,
negativos ou zero.
• Números Complexos: são números com parte real e parte imaginária e qualquer
das partes pode ser um inteiro ou um real.
• Caracteres: sequência de caracteres ("strings"), ou seja, sequência de letra e/ou
números. Devem ser escritas entre aspas “ ” ou apóstrofos ‘ ’. No entanto, as
aspas têm preferência sobre os apóstrofos.
• Lógicos: valores lógicos (verdadeiro ou falso).
• Cabeçalho.
• Conjunto de especificações.
• Conjunto de instruções de execução.
• Subprogramas (caso existam).
• Instrução de final do programa.
49
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
PROGRAM Cálculo
IMPLICIT NONE
INTEGER :: número
num = 2
WRITE(*,*) " 2+2 = ", 2+número
STOP
END PROGRAM Cálculo
• uma instrução pode começar em qualquer posição de uma linha e quando mais
informações pertinentes forem dadas, melhor será o programa;
• cada linha pode conter até no máximo 132 caracteres;
• se uma instrução não couber numa linha, é possível se utilizar linhas de
continuação, no entanto, esta não pode ultrapassar o máximo de 39 caracteres;
• o sinal & indica que a instrução continuará na próxima linha, assim é importante
sua utilização para evitar parágrafos muito longos;
• as linhas em branco não são lidas pelo programa, e, por isso, são recomendadas
para facilitar a leitura do programa;
• para iniciar os comentários é necessário colocar o sinal de exclamação (!) antes
de cada um deles para que o programa não “leia” a instrução.
program Cilindro
! Este programa calcula e escreve a 'area total
! de um cilindro
implicit none
real :: a_base, a_late, a_total, altura, raio
real, parameter :: pi = 3.1415926536
! Leitura do raio da base e da altura do cilindro
write(*,*) "Valor do raio = ? "
read(*,*) raio
write(*,*) "Valor da altura = ? "
50
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
read(*,*) altura
! Cálculo da 'area total (a_total) de um cilindro
! a_base - 'area da base; a_late - 'area lateral
a_base = pi*raio**2
a_late = 2.0*pi*raio*altura
a_total = 2.0*a_base+a_late
! Escrita do resultado
write (*,"(//' A ''area do cilindro de raio ',f7.2,&
& ' e altura ',f7.2/' e'' igual a ',e13.6)")&
& raio, altura, a_total
stop
end program Cilindro
51
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
52
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
53
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
FORTRAN Significado
.AND. Junção
.OR. Disjunção
.NOT. Negação
3.1.6 Identificadores
Os identificadores são nomes utilizados para identificar tanto as variáveis,
funções ou outras entidades no algoritmo. Na linguagem FORTRAN normalizada,
os identificadores devem começar com uma letra e podem ser seguidos por mais
30 letras, algarismos ou sublinhados ( _ ), assim, no total um máximo de 31.
Exemplificando: Temperatura, Velocidade, Professor_escola, N4Y, entre outros,
nestes casos, todos são identificadores válidos na linguagem FORTRAN. No
entanto, há casos que os indicadores não são válidos, como:
E
IMPORTANT
54
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
O tipo de cada variável está associado ao tipo de valores que podem ser
atribuídos a cada uma das variáveis, ou seja, pode ser um valor inteiro, real,
complexo, entre outros (ELLIS; PHILIPS; LAHEY, 1998). É, por isso, necessário
declarar o tipo de cada variável num programa em FORTRAN. Isso pode ser feito
usando as instruções de tipo:
Forma:
especificador de tipo :: lista de variáveis, em que o especificador de tipo é usualmente
um dos seguintes:
INTEGER (inteiro)
REAL (real)
COMPLEX (complexo)
CHARACTER (especificador de tamanho)
LOGICAL (lógico, TRUE or FALSE)
a lista de variáveis é a lista de identificadores das variáveis, separados por vírgulas.
Objetivo:
Declara o tipo de cada uma das variáveis identificadas na lista.
FONTE: Henriques (1999, p. 56)
55
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Forma:
especificador de tipo (KIND = número-tipo), atributos :: lista de variáveis, em que o
especificador de tipo:
INTEGER
REAL
COMPLEX
CHARACTER (especificador de tamanho)
LOGICAL
o número-tipo é uma constante ou expressão inteira positiva que define a precisão
dos valores;
os atributos consistem numa lista de atributos que, eventualmente, podem ser
omitidos; e a lista de variáveis é a lista de identificadores das variáveis, separados
por vírgulas.
Objetivo:
Declara o tipo e a precisão de cada uma das variáveis identificadas na lista.
FONTE: Henriques (1999, p. 57)
56
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
Forma:
IMPLICIT NONE
Objetivo:
Cancelar a convenção implícita de atribuição de tipos às variáveis. Esta instrução
deve aparecer no início do programa e de todos os subprogramas.
FONTE: Henriques (1999, p. 59)
Forma:
especificador de tipo, PARAMETER :: lista de parâmetros, em que o especificador de
tipo é aquele já anteriormente definido na declaração de variáveis.
Objetivo:
Associa a cada identificador da lista de parâmetros com um valor constante. O
valor dessa constante não pode ser alterado durante a execução do programa
e qualquer tentativa de modificação acarretará em erro de compilação.
FONTE: Henriques (1999, p. 60)
57
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Forma:
STOP
Objetivo:
Termina a execução do programa.
FONTE: Henriques (1999, p. 61)
4 PROCESSAMENTOS DO DOCUMENTO
Esta é uma das etapas de fundamental importância na programação. A
linguagem de programação FORTRAN utiliza diversos comandos de entrada
e saída (I/O), que permitem a conexão com o programa principal. Nesta etapa,
aprenderemos como são realizadas as instruções de entrada e saída PRINT,
WRITE e READ.
ou
TABELA 10 – CÓDIGOS
Código Representação
Iw Dado Inteiro com largura de campo total w.
Iw.m Dado Inteiro com largura de campo total w e número de caracteres mínimo m.
Fw.d Dado real com largura de campo total w e d casas decimais.
nX N espaços horizontais.
Ew.d Dado real em notação exponencial com largura de campo total w e d casas decimais.
Aw Dado de caractere com largura de campo total w.
Dado real com p números antes da vírgula, em notação exponencial com largura de
pEw.d
campo total w e d casas decimais.
N/ N espaços verticais (saltar linha).
59
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
Exemplo 1
program Valor_Médio
implicit none
integer, parameter :: N=8
integer :: I
real :: valor, Total-o.
do I=1,N
read(unit=1, FMT=*) valor
Total=Total+valor
end do
close(1)
print *, "A média é ", Total/real(N)
end program Valor_Médio
Exemplo 2
60
TÓPICO 2 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO FORTRAN
program exemplo
implicit none
integer n, i
read*, n
open(503,file="arquivo.txt")
do i=1,n,1
write (503,'(3x,I5)') i
enddo
close(503)
end
DICAS
A seguir, serão dispostas algumas indicações para o seu estudo. São sites que
poderão ser utilizados para tirar dúvidas quanto à programação na linguagem FORTRAN.
61
UNIDADE 1 — MÉTODOS NUMÉRICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Desempenho
Biblioteca
Por ser uma linguagem que perdura a décadas, há uma grande quantidade
de códigos para problemas matemáticos e físicos que já foram escritos em Fortran,
o que facilita o desenvolvimento de novos programas. Além disso, alunos podem
usar códigos já existentes desenvolvidos por seus professores, poupando tempo
62
Sintaxe
Segurança
Software Livre
FONTE: <http://www.cpgg.ufba.br/gr-geof/geo213/trabalhos-graducao/MarinaSilvaBorja.pdf>.
Acesso em: 5 ago. 2020.
63
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
64
AUTOATIVIDADE
π = acos(-1.0)
[cos2(x) + [sen2(x)]
65
66
REFERÊNCIAS
BARROSO, L. C. Cálculo numérico: com aplicações. 2. ed. São Paulo: HARBRA, 1987.
67
LIMA, E. L. et al. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro: Sociedade
Brasileira de Matemática, 2003.
68
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – GEOGEBRA
TÓPICO 2 – MODELLUS X
TÓPICO 3 – OPENSCAD
TÓPICO 4 – TRACKER
CHAMADA
69
70
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
GEOGEBRA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, descreveremos nosso referencial teórico-bibliográfico, buscando
interligar o ensino das ciências (em particular, no Ensino Fundamental e Médio), com
a utilização dos softwares educativos, destacando algumas possibilidades de utilização
dos softwares Geogebra, Modellus, OpenScad e Tracker.
71
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
ATENCAO
FONTE: A autora
75
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Arquivo:
Editar:
Exibir:
Opções:
Ferramentas:
76
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
Janela:
• Criação de uma nova janela, na qual outro projeto pode ser construído ou editado.
• Alterna a visualização entre mais de uma janela, caso haja mais de uma janela aberta.
Ajuda:
2.5 JANELAS
O Geogebra possui Janelas de trabalho, cada uma com diferentes
características. O uso entre elas pode ser alternado, sem que se perca os dados. A
Janela de Visualização ou zona gráfica, é exibida assim que o programa é começado
e mostra a representação gráfica de pontos, vetores, segmentos, polígonos,
funções, retas e cônicas no plano e no espaço, que podem ser introduzidos por
meio da entrada de texto ou via janela geométrica. A respectiva descrição desses
objetos pode ser visualizada passando o mouse sobre eles. Para selecionar outra
janela, é necessário ir até o Menu Exibir e escolher a requerida.
77
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
• Ferramentas da Janela 1
78
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
• Ferramentas da Janela 2
79
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Ponto médio – por meio desta ferramenta você poderá determinar o ponto
médio entre dois pontos ou de um segmento. É necessário, para isso, selecionar a
ferramenta e, em seguida, clicar em dois pontos ou em um segmento para gerar o
respectivo ponto médio. Além disso, é possível clicar em uma seção cônica (uma
circunferência, por exemplo) para criar o respectivo centro.
• Ferramentas da Janela 3
80
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
• Ferramentas da Janela 4
Reta paralela – com o uso desta ferramenta, você poderá construir uma
reta paralela a uma reta, semirreta, segmento, vetor, eixo ou lado de um polígono.
Para gerar a reta paralela, é necessário clicar sobre um ponto e sobre uma direção,
que pode ser determinada por qualquer um dos objetos citados recentemente.
81
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
• Ferramentas da Janela 5
ATENCAO
82
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
• Ferramentas da janela 6
Arco circular dados centro e dois pontos – para construir um arco circular
a partir de um centro e dois pontos, você inicialmente clicar sobre o centro. Caso
o sentido dos cliques seja anti-horário, o arco gerado será o menor arco definido
pelos três pontos. Se for ao sentido horário, será construído o maior arco.
83
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Arco circular dados três pontos – esta ferramenta cria um arco a partir
de três pontos. Você precisa clicar nos três pontos, que podem (ou não) já estar
na área gráfica. Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los com a
ferramenta ativada.
Setor circular dados o centro e dois pontos – esta ferramenta cria um setor
circular a partir do centro e dois pontos. Você precisará clicar inicialmente sobre
o centro do arco. Se o sentido dos cliques for anti-horário, o Geogebra construirá
o menor setor possível determinado pelos três pontos. Caso o sentido for horário,
o maior setor será definido.
Setor circular dados três pontos – ao utilizar esta ferramenta você terá
um setor a partir de três pontos da circunferência, clicando-se sobre os três pontos
que podem já estar na área gráfica. Se os pontos não estiverem na área gráfica,
basta construí-lo com a ferramenta ativada.
• Ferramentas da janela 7
Elipse – esta ferramenta é utilizada para criar uma elipse fazendo uso de
três pontos: dois focos e um terceiro ponto na curva.
84
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
Cônica definida por cinco pontos – esta ferramenta constrói uma cônica
(parábola, elipse ou hipérbole), a partir de cinco pontos. Ativando-se esta
ferramenta, basta selecionar cinco pontos que podem estar na área gráfica. Caso
são estiverem na área gráfica, é necessário construí-lo com a ferramenta ativada.
• Ferramentas da janela 8
85
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
• Ferramentas da janela 9
86
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
Transladar objeto por um vetor – você poderá usar esta ferramenta para
transladar um objeto (ponto, segmento, polígono etc.) para o mesmo lado que o
sentido do vetor. Para isso, selecione o objeto que pretende transladar e clique no
vetor que descreverá esse caminho.
• Ferramentas da janela 10
Incluir imagem – ao usar esta ferramenta, você poderá inserir uma imagem
à janela de visualização. Para isso, selecione-a e clique na área gráfica. Será aberta
uma caixa, em que será possível buscar a imagem que você deseja inserir na tela.
Lembrando que esta figura deverá estar no formato jpg, gif, png ou tif.
Relação entre dois objetos – esta ferramenta explora algumas relações entre
dois objetos: se um objeto pertence a outro; se são paralelos; se são semelhantes etc.
• Ferramentas da janela 11
Exemplo 1
Solução:
88
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
89
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Exemplo 2
Solução:
Exemplo 3
Solução:
90
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
91
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Exemplo 4
Solução:
Exemplo 5
Solução:
Exemplo 6
Solução:
93
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Exemplo 7
Solução:
Exemplo 8
Solução:
94
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
Exemplo 9
Solução:
Exemplo 10
Solução:
95
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Estamos chegando ao final deste tópico, no qual você foi apresentado aos
comandos dos ícones mais importantes de cada janela da barra de ferramentas do
Geogebra e teve acesso aos exercícios resolvidos.
DICAS
DICAS
A seguir são apresentadas algumas indicações para o seu estudo. São sites nos
quais você encontrará tutoriais e manuais sobre o software, e links de sites que poderão ser
utilizados para sanar dúvidas e ideias quanto a instalação do Geogebra.
Neste site, você poderá fazer perguntas quanto as suas dúvidas, tanto sobre o
software quanto sobre sua instalação: https://oGeogebra.com.br/site/?page_id=250.
96
TÓPICO 1 —GEOGEBRA
Tutoriais: https://novaescola.org.br/conteudo/4590/tutorial-sobre-o-Geogebra-
aprenda-a-usar-o-software.
• https://wiki.Geogebra.org/pt/Manual.
• http://www.telecom.uff.br/pet/petws/downloads/tutoriais/Geogebra/Tutorial_Geogebra.pdf.
• Manual: https://wiki.Geogebra.org/pt/Manual.
97
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O Geogebra ainda possui capacidade para lidar com variáveis para números,
pontos, vetores, derivar e integrar funções e ofertar comandos para localização
de raízes e pontos extremos de uma função.
98
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Área de Ferramentas.
b) ( ) Área de Menus.
c) ( ) Área, Zona ou Janela Gráfica.
d) ( ) Área de Cálculos.
e) ( ) Área Aritmética.
a) ( ) Google Drive.
b) ( ) Hardware.
c) ( ) Disco Rígido.
d) ( ) Geogebra.
e) ( ) Software.
99
100
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
SOFTWARE MODELLUS
1 INTRODUÇÃO
A Física é uma ciência exata essencialmente experimental, que possui o
intuito de explicar os fenômenos naturais. Neste contexto, sabe-se que uma teoria
possui significado quando pode ser comprovada experimentalmente. Assim, para
o estudo teórico de determinado evento percebe-se a importância de simulações
de animações que permitem que o estudante compreenda os princípios teóricos
das ciências naturais. Esses laboratórios virtuais são utilizados como ferramentas
pedagógicas e são de grande valia para desenvolver a percepção do aluno, pois
une através das mídias a escrita, a visualização e a sonoridade. Neste momento,
consegue potencializar o entendimento prático e teórico e, por consequência, as
possibilidades pedagógicas na interação professor-aluno.
Por melhor que seja um professor, ele sempre terá dificuldade de expor
um fenômeno físico somente com quadro e giz, pois, expor um fenômeno
físico dinâmico através de recursos estáticos, não é realista. Assim, para uma
representação dinâmica de um evento há, muitas vezes, a necessidade de
uma sequência de instantâneos (desenhos de uma animação) para explicar
e exemplificar cada fenômeno. Em geral, o professor utiliza a capacidade de
abstração dos alunos propondo exemplos do cotidiano para exemplificar e,
em seguida, compor a ideia com a teoria a ser trabalhada, ou seja, supõe que a
capacidade de abstração seja suficiente para compreender a evolução temporal
de cada dado exemplo. O que se percebe é que a minoria dos alunos consegue
obter boa capacidade de abstração, e como consequência a maioria dos alunos tem
grande dificuldade de compreender os tópicos que são estudados nas disciplinas
de Física (MELO; MOITA, 2013).
Assim, as simulações das animações tornam-se valiosas ferramentas
para exposição de fenômenos com variação do tempo, isso torna o processo
direto e simples para compreensão das ideias pelo estudante durante o processo
pedagógico. Além disso, os “experimentos virtuais” tornam acessíveis os
conteúdos em qualquer momento, fora da sala de aula e podem ser repetidos
várias vezes, pois fica acessível aos alunos tanto os simuladores quanto os roteiros
dos experimentos que são autoinstrucionais.
101
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
2 INTRODUÇÃO AO MODELLUS X
Um simulador de animações muito utilizado na física é o Modellus, o
qual pode ser obtido gratuitamente a partir do autor. Este aplicativo didático
pode ser utilizado em sala de aula e mostra os fenômenos com grande riqueza
de detalhes. É de fácil utilização e considerando uma pessoa que possui alguma
habilidade algébrica, em que é possível aprender e criar suas próprias animações.
É um software de distribuição gratuita e por isso faz um papel importante da
difusão da informática educativa, sendo um excelente apoio tanto para os cursos
presenciais como também para cursos à distância.
102
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
(2.2.1)
(2.2.2)
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdExemplo_1_s.png>. Acesso em: 27 jul. 2020
103
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
(2.2.3)
(2.2.4)
(2.2.5)
(2.2.6)
(2.2.7)
(2.2.8)
(2.2.9)
104
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdCriacao_1.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
105
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdCriacao_2.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdCriacao_3.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
106
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
Abaixo da barra superior, há uma linha com nove abas com nomes
descritivos que facilitam cada particularidade que se deseja definir para
configuração do programa a ser trabalhado. Abaixo das nove abas, há uma faixa
com itens a serem configurados, que se alteram à medida que o usuário muda o
item a ser modificado, chamada de faixa de configuração.
A seguir temos a janela principal (Figura 6), que será onde serão montadas
as animações, entre outras. Acima destas, ocorrem as janelas denominadas:
Modelo Matemático, Gráfico, Tabelas e Notas, as quais podem ser minimizadas,
maximizadas e modificadas com o mouse, conforme a necessidade do usuário.
E, na parte inferior, temos a faixa de controle para ser utilizados no andamento
das animações.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdInterface_1.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
107
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdModelo_1.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
• As equações devem estar dispostas uma em cada linha. E nas equações não são
utilizadas letras gregas, então é indicado, por exemplo, utilizar o θ0 como th0.
Lembrando que as equações são comandos de programação, ou seja, na linha
vy = v0 X sen(th0), esta deve ser lida como “atribua à variável vy o valor de = v0
X sen(th0). Com isso, é importante levar em consideração a ordem em que os
comandos estão dispostos, pois será a ordem em que serão executados.
108
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdModelo_4.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
E
IMPORTANT
O programa pode não perceber nenhum erro, mas isso não necessariamente
nos diz que a modelagem está correta. Só mostra que o software Modellus conseguiu
interpretar o que foi proposto. Os resultados obtidos devem ser analisados com cuidado.
Não esqueça de reinterpretar os resultados após cada uma das modificações realizadas.
109
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Como a tabela da Figura 10 possui dez colunas, sabe-se que pode haver
sem trabalhados dez casos diferentes, ou quais se diferenciam pela cor. A Figura
9 mostras como a tabela aparecerá e a seguir devem ser digitados os valores
desejados (separar a parte decimal da parte inteira através do ponto e não da
vírgula). Caso algum dos parâmetros for igual para todos os casos, é possível
selecionar a opção Iguais, isso fazer com que se digite o valor somente uma vez.
Este caso será utilizado em três parâmetros, pois, no exemplo proposto, será
estudado o mesmo projétil, ou seja, mesma massa, mesmo aceleração gravitacional
e a mesma velocidade inicial, no entanto, com diferentes ângulos de lançamento.
A Figura 10 mostra cinco diferentes ângulos de lançamento e a massa igual a 1
kg, a qual não está visível.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdParametros_1.png>. Acesso em: 27 jul. 2020.
110
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
FONTE: <if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdParametros_2.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
3 CONTROLE NO MODELLUS
O software Modellus, ao executar o modelo matemático, segue a sequência
de comandos na ordem em que foi escrito, ou seja, na forma das equações que
constam na janela. Para cada modificação que é realizada modificando-se, a cada
repetição, o valor da variável independente (ou variável de controle), tal processo
é conhecido como laço. Normalmente, a variável independente é o tempo t, mas
isso não é obrigatório. Assim, antes da “intepretação” do programa, é necessário
configurar os aspectos relacionados à evolução da variável independente, ou seja,
deve-se selecionar na aba Variável independente como mostra a Figura 12.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdControle_1.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
111
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdControle_2.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
112
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdGrafico_1.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
113
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
FIGURA 15 – ILUSTRAÇÃO: CINCO DIFERENTES TEMPOS TOTAIS DE VOO PARA CADA CASO,
ONDE SÃO APRESENTADOS NA FORMA DE BARRAS HORIZONTAIS E DE NÚMEROS
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdTabela_1.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
FIGURA 16 – MOSTRA COMO DEVE SER A SELEÇÃO DOS OBJETOS A SEREM ADICIONADOS NA
ANIMAÇÃO: (A) ORIGEM DOS EIXOS CARTESIANOS; (B) PARTÍCULA PUNTUAL; (C) VETOR
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdAnimacao_6.png>; <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdAnimacao_3.png>; <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdAnimacao_1.png>. Acesso em: 27 jul. 2020.
114
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdAnimacao_2.png>. Acesso em: 27 jul. 2020.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdAnimacao_4.png>. Acesso em: 27 jul. 2020.
115
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdAnimacao_7.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
Todos esses passos devem ser repetidos para cada um dos cinco projéteis,
para que se tenha a aparência da animação resultante (Figura 20):
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdAnimacao_8.png>.
Acesso em: 27 jul. 2020.
116
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
4 TESTES CONDICIONAIS
I- Dentro da programação é muito comum os comandos a serem executados
pode muitas vezes depender do valor de uma variável. Assim, muitas vezes é
necessário ser inserido um programa “teste” da variável em questão, além de
um ponto de bifurcação que conforme o resultado do teste deva prosseguir um
ou outro caminho.
II- Para programas como este (bifurcação) o software Modellus possui recurso
limitados. Na ilustração, o vocês verão um exemplo que será modificado de
forma que cada um dos projéteis volte ao nível de lançamento.
Para essa condição, deve-se testar vários valores de tempo, onde para
t > T, sendo que o T é o tempo de voo até a altura inicial, e necessita-se que
as coordenadas dos projéteis permaneçam nos pontos x=A e y=0, em que A é o
alcance e já foi mencionada anteriormente.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdCondicionais_1.png>. Acesso em: 28 jul. 2020.
Para que você possa rodar o seu programa, deve fazer as modificações
necessárias e após verificar se os projéteis que param no ar podem retornar ao
nível inicial, assim, sabemos que os vetores velocidade permanecem sinalizando
as velocidades não nulas. Para que esse problema não ocorra, devemos adicionar
os cálculos das componentes da velocidade vx e vy. Na Figura 22 ocorre um caso
semelhante ao modelo que deve ser modificado.
117
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdCondicionais_2.png>. Acesso em: 28 jul. 2020.
Nas capturas das animações da Figura 23, são mostrados: (a) percebe-
se que três dos cinco projéteis ainda estão no “ar”, enquanto em (b) todos os
projéteis estão “no chão”. Assim, para fazer essa representação, foi colocada uma
linha fixa e horizontal para que se tivesse essa percepção. Para isso, foi inserido
através do ícone Objecto Geométrico e foi selecionado o tipo que é recta.
Legenda: (a) os projéteis amarelo e verde já estão no “solo” e em (b) todos os projéteis já estão no
“solo”. Em ambos as animações os projéteis possuem diferentes ângulos de inclinação e de alcance.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/
mdCondicionais_3.png>; <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/
mdFiguras/mdCondicionais_4.png>. Acesso em: 28 jul. 2020.
118
TÓPICO 2 —SOFTWARE MODELLUS
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdNotas_1.png>.
Acesso em: 28 jul. 2020.
FONTE: <http://www.if.ufrgs.br/computador_ensino_fisica/Modellus/mdFiguras/mdNotas_2.png>.
Acesso em: 28 jul. 2020.
119
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
DICAS
120
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
121
AUTOATIVIDADE
Guarde esse arquivo e faça uma cópia com outro nome, na qual você vai fazer
as modificações seguintes:
122
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
OPENSCAD
1 INTRODUÇÃO
O OpenScad é um aplicativo de software gratuito que pode ser utilizado
para criar objetos sólidos de CAD 3D (three-dimensional computer-aided design). É
um simulador baseado em script que usa sua própria linguagem de programação,
nas quais suas partes podem ser visualizadas, mas não podem ser selecionadas
ou modificadas interativamente pelo mouse na visualização 3D. Um script do
OpenScad específica geometrias primitivas (como esferas, caixas, cilindros etc.)
e define como elas serão modificadas e combinadas (por exemplo, interseção,
diferença, entre outras). O OpenScad está disponível para Windows. Linux e
MacOS X.
123
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
A Figura 26 mostra uma animação criada com o OpenScad. Por meio deste
pode-se ter uma noção de como funciona a representação do software.
Com o OpenScad, você pode definir variáveis em seu design que podem
ser modificadas em qualquer ponto do processo de design, bem como conjuntos
de variáveis que dependem de outras variáveis. Por exemplo, você pode usar
o OpenScad para projetar uma caixa de dobradiças na qual o comprimento de
cada uma das dobradiças depende do comprimento da tampa e definem um
parâmetro para que você possa modificar facilmente e com folga dentro de cada
uma das dobradiças apenas alterando um número no seu código. O OpenScad
também tem a capacidade de lidar com loops, declarações condicionais, equações
e cálculos matemáticos e outras informações algorítmicas que permitem criar
projetos complexos com facilidade.
4 INSTALAÇÃO DO OPENSCAD
Para iniciar o OpenScad, baixe a versão mais recente e abra o programa.
Você verá um editor de texto no lado esquerdo da tela e uma janela de
visualização amarela à direita, com um log do console abaixo para relatar
mensagens de compilação e erro. Você também pode usar o OpenScad on-line, no
seu navegador, mas terá uma funcionalidade um pouco limitada; recomendamos
fazer o download do software OpenScad gratuito e trabalhar localmente no seu
computador. Ambos em uso comum.
125
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Exportar > Exportar como STL para gerar um arquivo STL para impressão 3D. É
assim que o OpenScad funciona em geral: primeiro digite o código no Editor,
depois pressione “F5” para ver uma prévia do que você fez e, quando terminar
o design, pressione “F6” para renderizar a geometria e depois “Exportar” para
obter um STL para impressão 3D.
FONTE: A autora
126
TÓPICO 3 — OPENSCAD
127
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
DICAS
DICAS
JUMPSTART
128
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
129
AUTOATIVIDADE
130
TÓPICO 4 —
UNIDADE 2
TRACKER
1 INTRODUÇÃO
Apresentaremos, agora, o software de auxílio às aulas experimentais de
Física chamado Tracker.
Estruturado no Open Source Physics (OPS), com ele podem ser feitas
análises de vídeos que apresentam movimento. Os dados gerados originam
tabelas e gráficos que podem ser estudados considerando as inúmeras grandezas
disponíveis no software.
2 TRACKER
Através do software Tracker, você poderá explorar grandezas como:
tempo, posição, velocidade e aceleração pertencentes em movimentos que fazem
parte de seu cotidiano (por exemplo, chute de uma bola, queda de um objeto), a
partir de filmagens.
131
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Bons estudos!
132
TÓPICO 4 — TRACKER
133
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
134
TÓPICO 4 — TRACKER
FIGURA 29 – INTERFACE INICIAL DO TRACKER 5.1, CONSTITUÍDA POR UMA JANELA CENTRAL
DE VÍDEO, A JANELA DE GRÁFICO E A JANELA DE TABELA
FONTE: A autora
135
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Sugiro a você, acadêmico, seguir alguns passos para iniciar sua análise
de vídeo:
FONTE: A autora
FONTE: A autora
136
TÓPICO 4 — TRACKER
FONTE: A autora
FONTE: A autora
137
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
FONTE: A autora
138
TÓPICO 4 — TRACKER
FONTE: A autora
FONTE: A autora
Para salvar seu arquivo Tracker com extensão “trk” é necessário você
clicar sobre o botão “salvar” ou clique na opção “Arquivo”, “Salvar Como”, na
Barra de Ferramentas. Um arquivo, ao ser salvo e aberto, o software carrega o
vídeo, determina os quadros e as propriedades das coordenadas do sistema e
reconstruindo todas as variáveis, vistas e padrões. Por fim, apresentamos, neste
tópico, alguns dos recursos disponíveis na plataforma do software Tracker.
139
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
Neste site, você terá acesso a tutoriais e poderá fazer perguntas quanto
as suas dúvidas, tanto sobre o software quanto sobre sua instalação http://
Trackernoensinodafisica.blogspot.com/2015/05/download-e-instalacao-do-
Tracker-no.html.
140
TÓPICO 4 — TRACKER
LEITURA COMPLEMENTAR
142
TÓPICO 4 — TRACKER
143
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
144
TÓPICO 4 — TRACKER
145
UNIDADE 2 —MÉTODOS BÁSICOS DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA OU MÉTODOS COMPUTACIONAIS EM FÍSICA
146
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
147
AUTOATIVIDADE
148
REFERÊNCIAS
AGUIAR, L. C. D. Um processo para utilizar a tecnologia de impressão
3D na construção de instrumentos didáticos para o ensino. 2016. 226f.
Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência) - Faculdade de
Ciências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2016. Disponível em: https://
repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/137894/aguiar_ldcd_me_bauru.
pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso em: 3 ago. 2020.
BROWN, D. Free video análises and modeling tool for Physics education. 2010.
Disponível em: http://www.cabrillo.edu/ dbrown/Tracker/. Acesso em: 27 jul. 2020.
149
CALLONI, G. J. A Física dos movimentos analisada a partir de vídeos do
cotidiano do aluno: uma proposta para oitava série. 2010. 76f. Dissertação
(Mestrado em Ensino de Física) - Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/
handle/10183/28179/000769687.pdf?sequence=1. Acesso em: 30 jul. 2020.
150
MANUAL. Geogebra, [s. l.], c2020. Disponível em: https://wiki.Geogebra.org/pt/
Manual. Acesso em: 30 jul. 2020.
151
WELLINGTON, J. (ed.). Practical work in school science. London: Routledge. 1998.
152
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
153
154
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Estamos iniciando a Unidade 3 de Introdução a Física Computacional.
Faremos, inicialmente, uma breve introdução ao LaTeX, focando na ideia inicial
de como você pode entender o básico para começar a usá-lo. Esta unidade está
dividida em dois tópicos. No primeiro tópico, você encontrará um apanhado
histórico sobre a linguagem de programação LaTeX, será apresentado ao
programa, a sua estruturação e sua tipografia. No final deste primeiro tópico,
você encontrará um resumo onde poderá retomar seu aprendizado e algumas
autoatividades como forma de testar seu conhecimento adquirido. Na sequência,
no tópico dois, o objetivo é tratar sobre o processamento de documento LaTeX.
Por fim, será a hora de você recapitular tudo o que aprendeu e estará apto a
resolver as atividades propostas no final deste tópico.
DICAS
155
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
DICAS
2 HISTÓRICO DO PROGRAMA
Autor da série de livros The Art of Computer Programming, Donald Ervin
Knuth, projetou na década de 1970 um programa de composição chamado TeX.
DICAS
A série de livros The Art of Computer Programm pode ser acessada pelo
seguinte endereço: https://www-cs-faculty.stanford.edu/~knuth/.
156
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
157
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
158
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
• Tamanho: padrão da letra: 11pt ou 12pt (pontos) – usados com mais frequência.
• Twoside: utilizado para imprimir em ambos os lados da página.
• Oneside: imprime em um só lado da página.
• Twocolumn: produz o texto disposto em duas colunas na página.
• Onecolumn: gera o texto disposto em uma coluna.
• Landscape: produz uma página na forma de paisagem.
• Leqno: faz com que a numeração das equações seja colocada à esquerda em
vez de à direita.
• Fleqn: faz com que a equação fique localizada na margem esquerda em vez de
estar centralizada.
• Openright: faz com que os capítulos sejam iniciados apenas nas páginas ímpares.
• Openany: permite que os capítulos sejam iniciados nas páginas ímpar ou par.
• Tamanho da folha: pode ser a4, letterpaper etc.
Além disso, existe o comando \twocolumn, que começa uma nova página
gerando duas colunas nela, a partir do ponto onde foi colocado no meio do texto.
Se isso não foi declarado no preâmbulo, o comando \onecolumn faz o inverso.
Para reverter a mesma maneira que está no preâmbulo, use o comando oposto.
Essas opções são colocadas entre colchetes, sem espaço entre as palavras e com
vírgula. Veja o exemplo:
\documentstyle[twocolumn,12pt,a4]{article}
\usepackage{pacote}
.
.
.
\begin{document} . . . \end{document}
159
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
saída tipográfica, o que não é objetivo do HTML. Tem-se que o LaTeX produz
arquivos DVI (DeVice-Independent), o que significa que o arquivo pode ser
processado para impressão ou visualização na maioria dos tipos de dispositivo
tipográfico de saída ou monitor.
Para fazer com que a edição de documentos grandes seja mais gerenciável,
você pode separá-los em um documento “mestre” e uma série de outros
subdocumentos. O documento mestre e todos os subdocumentos devem estar
num mesmo diretório. O sumário, as listas de figuras e tabelas, o índice e todas
as referências cruzadas são criadas no documento mestre. Com isso, a estrutura
do documento em LaTeX é, geralmente, constituída de um documento fonte
que possui extensão .tex contendo um preâmbulo (ou documento mestre) e dos
arquivos .tex, que compõem o documento propriamente dito e da base de dados
bibliográficas armazenada opcionalmente num arquivo .bib (e outros arquivos).
É conveniente que o usuário do LaTeX não faça arquivos de entrada muito
extensos, pois isso pode dificultar a identificação de erros na hora de compilação.
Aconselha-se a escrever o documento dividindo-o em vários arquivos de entrada
e, quando for realizada a compilação, deve-se fazer um a um para que se verifique
a existência de erro e após sua correção.
160
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Noção Básica
Para salvar o documento, clique no ícone . Crie uma nova pasta chamada
LaTeX course em Libraries > Documents. A seguir, nomeie seu documento como
Doc1 e salve-o como um TeX document nesta pasta. Uma boa ideia é manter cada
161
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
Solução de Problemas
Criando um Título
• \today é um comando que insere a data de hoje. Você também pode digitar
uma data diferente, por exemplo \date{November 2020}.
• Os documentos do artigo (Article) iniciam o texto imediatamente abaixo do
título no mesma página. Os relatórios (Reports) colocam o título em uma
página separada (como está na pasta de trabalho).
162
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
FONTE: A autora
Seções
\section{...}
\subsection{...}
\subsubsection{...}
\paragraph{...}
\subparagraph{...}
\section{Introduction}
Esta é a introdução.
\section{Methods}
\subsection{Stage 1}
A primeira parte da metodologia.
\subsection{Stage 2}
A segunda parte da metodologia.
\section{Result}
Aqui estarão os resultados.
163
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
FONTE: A autora
Rotulagem
Você pode rotular qualquer um dos comandos de seção para que eles
possam ser referidos em outras partes do documento. Rotule a seção com \
label{labelname}. Em seguida, digite \ref{labelname} ou \pageref {labelname},
quando desejar consulte o número da seção ou página da etiqueta. Digite \
label{sec1} em uma nova linha diretamente abaixo de \subsection{Stage 1}.
Referindo-se à seção \ref{sec1}na página \pageref{sec1} na seção Results. Seu
documento agora deve parecer com a Figura 3. Clique no botão Typeset e
verifique o PDF. Você pode precisar digitar no Typeset duas vezes antes que as
referências apareçam no PDF.
164
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
FONTE: A autora
Índice ou Sumário
Se você usar comandos para seccionar, fica muito fácil gerar um índice.
Digite \tableofcontents onde deseja que o índice apareça em seu documento, o
qual ocorre frequentemente após a página do título. Você também pode alterar
a numeração da página para que números romanos (I, II, III) sejam usados para
páginas antes do início do documento principal. Isso também pode garantir que
o documento principal inicie na página um. A numeração das páginas pode ser
alternada entre arábica e romana usando \pagenumbering{...}. Digite o seguinte
\maketitle como no texto a seguir:
\pagenumbering{roman}
\tableofcontents
\newpage
\pagenumbering{arabic}
165
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
FONTE: A autora
4 TEXTO TIPOGRÁFICO
Existem comandos do LaTeX para uma variedade de efeitos de fonte estão
demonstrados a seguir.
Efeitos da fonte
166
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Texto colorido
Tamanhos de fonte
167
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
Listas
O LaTeX suporta dois tipos de listas: enumerate que produz listas numeradas,
enquanto itemize que é para listas com marcadores. Cada item da lista é definido por \
item. As listas podem ser definidas para produzir sublistas. Digite o texto a seguir para
produzir uma lista numerada com uma sublista com marcadores:
\begin{enumerate}
\item First thing
\item Second thing
\begin{itemize}
\item A sub-thing
\item Another sub-thing
\end{itemize}
\item Third thing
\end{enumerate}
A seguir, clique no botão Typeset e verifique o PDF. A lista deve ficar assim:
1. First thing
2. Second thing
• A sub-thing
• Another sub-thing
3. Third thing
\begin{itemize}
\item[-] First thing
\item[+] Second thing
\begin{itemize}
\item[Fish] A sub-thing
\item[Plants] Another sub-thing
\end{itemize}
\item[Q] Third thing
\end{itemize}
- First thing
+ Second thing
Fish A sub-thing
Plants Another sub-thing
Q Third thing
168
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Comentários e Espaçamento
“A Primeira Lei de Newton diz que a tendência dos corpos, quando nenhuma força
é exercida sobre eles, é permanecer em seu estado natural, ou seja, repouso ou movimento
retilíneo e uniforme.”
Caracteres especiais
Observe que você precisa digitar um par de chaves {...} após o acento
circunflexo ^ e til ~, caso contrário, aparecerão acentos como no caractere a seguir.
Por exemplo, “\\^ e” produz “ê”. O código anterior produzirá: # $ % ^ & { } ~.
169
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
Tabelas
• l para uma coluna de texto alinhado à esquerda (letra L, não número um).
• r para uma coluna de texto alinhado à direita.
• c para uma coluna de texto alinhado ao centro.
• | para uma linha vertical.
Ano
Cidade 2017 2018 2019
Porto Alegre 59409 58003 59483
São Paulo 64893 62695 60598
Rio de Janeiro 61494 61895 625848
Figuras
\begin{figure}[h]
\centergin
\includegraphics[width=1\textwidth]{minha imagem}
\caption{Aqui está minha imagem}
\label{image-minha imagem}
\end{figure}
170
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Prático
\begin{figure}[h!]
\centering
\includegraphics[width=1\textwidth]{ImageFilename}
\legenda{Minha imagem de teste}
\end{figure}
Equações
Inserindo equações
8 + 2 = 10
Se você quiser uma equação em uma mesma linha, use $$ ... $$. Por
exemplo, $$8+2=10$$, que produzirá a seguinte equação:
8 + 2 =10 (x.1)
\begin{eqnarray}
m&=&n+c\\
&=&d-e
\end{eqnarray}
Que produz:
m = n + c (x.2)
= d - e (x.3)
Símbolos Matemáticos
Potências e subíndices
Frações
172
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Raízes
Somas e Integrais
173
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
Letras gregas
Por exemplo:
$\alpha$=
$\beta$=
$\delta, \Delta$=
$\theta, \Theta$=
$\mu$=
$\pi, \Pi$=
$\sigma, \Sigma$=
$\phi, \Phi$=
$\psi, \Psi$=
$\omega, \Omega$=
Inserindo Referências
O LaTeX inclui recursos que permitem que você cite facilmente referências
e crie bibliografias em seu documento. Este documento explicará como fazer
isso usando um arquivo separado BibTeX para armazenar os detalhes de suas
referências.
O arquivo BibTeX
Seu arquivo BibTeX deve conter todas as referências que você deseja
citar no seu documento e possui a extensão .bib. Deve receber o mesmo nome
e mantido na mesma pasta que o seu arquivo .tex. O arquivo .bib é um texto
simples, ele pode ser editado usando o bloco de notas ou seu editor LaTeX (por
exemplo, TeXworks). Você deve inserir cada uma de suas referências no arquivo
BibTeX no seguinte formato:
@article{
Zampivaetal2017,
Author={RYS Zampiva, CGK Junior, JS Pinto, PC Panta, AK Alves, CP Bergmann},
174
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Inserindo a Bibliografia
• \ cite {label}
• Para inserir uma citação em que label é o rótulo de uma entrada bibliográfica
em um arquivo .bib .
• \ bibliography {bibfilename}
• Para inserir uma bibliografia em que bibfilename é o nome de um arquivo .bib .
• \ bibliographystyle {bstfilename}
• Para escolher um arquivo de estilo bibliográfico do BibTeX com a extensão .bst .
175
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
$$
\begin{array}{c|c|c|c}
& 8 & 2 & 2 \\ \hline
143 & 17 & 7 & 3 \\ \hline
7&3&1&
\end{array}
$$
$$
\left\{
{
\begin{array}{ccccccc} 3x – 2y + 2z = 4
3 x &-& 2y &+& 2z &=& 4 \\ x + z = - 10
x &+& & & z &=& -10 \\ - 2x - y = 3
-2 x &-& y & & &=& 3 \\
\end{array}
\right.
$$
$$
F(x) = \left\{
{
begin{array}{rcl} 3x + 1, se x ≤ - 3
3x+1,& mbox{se} & x leq -3 F(x) = x², se - 3 < x ≤ 2
x^2, & mbox{se} & -3<x\leq 2 0, se x ≥ 2
0, & \mbox{se} & x\geq 2
\end{array}
\right.
$$
$$
\begin{array}{cccc} f :X R
f \ : & \! X & \! \longrightarrow x f(x)
& \! \mathbb{R} \\
& \! x & \! \longmapsto
& \! f(x)
\end{array}
$$
176
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Veja a seguir uma fração criada com o \frac. Compare com a definição
da mesma fração usando o \dfrac.
$$
\frac{\frac{a}{b} + \frac{c +
\frac{1}{2}}{d +
\frac{3}{4}}}{\frac{e}{f} +
\frac{g}{h}}
$$
$$
\dfrac{\dfrac{a}{b} + \dfrac{c +
\dfrac{1}{2}}{d +
\dfrac{3}{4}}}{\dfrac{e}{f} +
\dfrac{g}{h}}
$$
O comando stackrel
$$
(a+b+c)^n = \sum_{{i,j,k \in
\{ 0, \cdots, n\} } \atop
{i + j + k = n} }^{} \frac{n!}{i!j!k!} {a^i b ^j c^k}
$$
177
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
$$
\bigcup_{{{1 \leq i \leq n} \atop
{1 \leq j \leq n}} \atop
{i \neq j}}^{} (X_i \times Y_j)
$$
Vários arquivos
Escritas extensas, como teses ou livros, podem ser digitados mais facilmente
se forem fragmentados em várias partes (capítulos, apêndices, bibliografia) e,
posteriormente, referenciados com comandos \include{arquivo} ou \input{arquivo}.
O \include inclui o arquivo cujo nome é fornecido como parâmetro e inicia uma nova
página, enquanto que \input inclui o arquivo, mas sem iniciar nova página.
Exemplo 1
latex tese
À medida que os capítulos forem sendo digitados, eles podem ter seu
nome “comentado” ou “descomentado” no TESE.TEX (bastando para isso
colocar ou retirar o “%” do início da linha). No exemplo anterior, estão sendo
utilizados na compilação apenas os arquivos CAP3.TEX e REFER.TEX.
178
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Exemplo 2
\documentclass{report}
...
\includeonly{cap3, apenda}
...
\begin{document}
\tableofcontents
\include{cap1}
\include{cap2}
\include{cap3}
\include{cap4}
\appendix
\include{apenda}
...
\end{document}
179
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
Exemplo 3
\it \large
...
Texto fora do bloco de comandos (itálico e tamanho grande)
...
{ % início de um bloco de comandos
\bf \small
Texto dentro de um bloco de comandos (negrito e tam. pequeno)
} % fim de um bloco de comandos
...
Texto fora do bloco de comandos novamente (itálico e tamanho grande
novamente, como antes de entrar no bloco de comandos)
...
Caixas e barras
Exemplo 4
O seguinte fragmento:
Produz na impressão:
Exemplo 5
elevado
Um texto pode ser ou ser
abaixado.
180
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Exemplo 6
..............................................................
Exemplo 7
Produz:
Produz:
Titlepage
181
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
Exemplo 8
\begin{titlepage}
\begin{center}
{\LARGE UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA\’IBA \\
DEPARTAMENTO DE MATEM\’ATICA\\}
\vspace{8cm}
{\Huge \sc Breve Introdu\c c\~ao ao\\ \LaTeXe\\}
\vspace{8cm}
{\sf \LARGE Lenimar Nunes de Andrade\\}
{\large lenimar@mat.ufpb.br\\
vers\~ao 2.0 -- 24/abril/2000\\}
\end{center}
\end{titlepage}
\addcontentsline{arquivo}{unidade}{entrada}
Onde:
• arquivo pode ser toc se unidade for capítulo, seção ou subseção, 1 of se unidade
for uma figura e lot se unidade for uma tabela;
• unidade pode ser chapter, section, subsection, figure ou table entrada é o
título da entrada a ser acrescentada.
Exemplo 9
182
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
\addcontentsline{toc}{chapter}{Agradecimentos}
\addcontentsline{toc}{section}{Teste}
\addcontentsline{toc}{chapter}{Bibliografia}
Exemplo 10
\chapter*{Pref\’acio}
\addcontentsline{toc}{chapter}{Pref\’acio}
Estas notas destinam-se principalmente ...
FONTE: ANDRADE, L. N. de. Breve introdução ao LATEX 2∊. João Pessoa: Universidade
Federal da Paraíba; Departamento de Matemática, 2000. p. 33-40. Disponível em: https://
files.cercomp.ufg.br/weby/up/635/o/latex.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
183
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
do fato que este pacote faz um extenso uso das possibilidades do PostScript. Em
adição, numerosos pacotes tem sido escritos para objetivos específicos. Um deles é
o XY-pic, descrito no final deste capítulo. Uma grande diversidade destes pacotes
é descrita em detalhe em The LaTeX Graphics Companion (não confunda com The
LaTeX Companion). Embora a ferramenta gráfica mais poderosa relacionada com
o LaTeX é o MetaPost, o gêmeo do pacote METAFONT de Donald E. Knuth’s. O
MetaPost possui a linguagem de programação muito poderosa e matematicamente
sofisticada do METAFONT. Contrário ao METAFONT, que gera mapas de bits, o
MetaPost gera arquivos PostScript encapsulados que podem ser importados no
LATEX. Para instruções, veja A User’s Manual for MetaPost (http://cm.bell-labs.
com/who/hobby/) ou o tutorial em http://www.ursoswald.ch.
O ambiente Picture
1- Comandos Básicos
O ambiente picture funciona diretamente em LATEX 2ε standard, não
havendo a necessidade de carregar qualquer pacote. O ambiente Picture é criado
com um dos seguintes comandos
ou
\setlength{\unitlength}{1.2cm}
O valor por omissão de \unitlength é 1pt. O primeiro par, (x, y), obriga
a que se reserve, dentro do documento, do espaço retangular para a imagem. O
segundo par (opcional), (x0, y0), atribuí coordenadas arbitrárias ao canto inferior
esquerdo do retângulo reservado. Quase todos os comandos de desenho possuem
uma ou duas formas
\put(x, y){objecto}
ou
184
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
As curvas de Bézier não são uma exceção. São desenhadas com o comando
2- Segmentos de Reta
\setlength{\unitlength}{5cm}
\begin{picture}(1,1)
\put(0,0){\line(0,1){1}}
\put(0,0){\line(1,0){1}}
\put(0,0){\line(1,1){1}}
\put(0,0){\line(1,2){.5}}
\put(0,0){\line(1,3){.3333}}
\put(0,0){\line(1,4){.25}}
\put(0,0){\line(1,5){.2}}
\put(0,0){\line(1,6){.1667}}
\put(0,0){\line(2,1){1}}
\put(0,0){\line(2,3){.6667}}
\put(0,0){\line(2,5){.4}}
\put(0,0){\line(3,1){1}}
\put(0,0){\line(3,2){1}}
\put(0,0){\line(3,4){.75}}
\put(0,0){\line(3,5){.6}}
\put(0,0){\line(4,1){1}}
\put(0,0){\line(4,3){1}}
\put(0,0){\line(4,5){.8}}
\put(0,0){\line(5,1){1}}
\put(0,0){\line(5,2){1}}
\put(0,0){\line(5,3){1}}
\put(0,0){\line(5,4){1}}
185
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
\put(0,0){\line(5,6){.8333}}
\put(0,0){\line(6,1){1}}
\put(0,0){\line(6,5){1}}
\end{picture}
−6, −5, . . . , 5, 6,
\setlength{\unitlength}{1mm}
\begin{picture}(60,40)
\put(30,20){\vector(1,0){30}}
\put(30,20){\vector(4,1){20}}
\put(30,20){\vector(3,1){25}}
\put(30,20){\vector(2,1){30}}
\put(30,20){\vector(1,2){10}}
\thicklines
\put(30,20){\vector(-4,1){30}}
\put(30,20){\vector(-1,4){5}}
\thinlines \put(30,20){\vector(-1,-1){5}}
\put(30,20){\vector(-1,-4){5}}
\end{picture}
186
TÓPICO 1 —LINGUAGEM LATEX – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
−4, −3, . . . , 3, 4.
3- “Parábolas”
\setlength{\unitlength}{1.3cm}
\begin{picture}(4.3,3.6)(-2.5,-0.25)
\put(-2,0){\vector(1,0){4.4}}
\put(2.45,-.05){$x$}
\put(0,0){\vector(0,1){3.2}}
\put(0,3.35){\makebox(0,0){$y$}}
\qbezier(0.0,0.0)(1.2384,0.0)
(2.0,2.7622)
\qbezier(0.0,0.0)(-1.2384,0.0)
(-2.0,2.7622)
\linethickness{.075mm}
\multiput(-2,0)(1,0){5}
{\line(0,1){3}}
\multiput(-2,0)(0,1){4}
{\line(1,0){4}}
\linethickness{.2mm}
\put(.3,.12763){\line(1,0){.4}}
\put(.5,-.07237){\line(0,1){.4}}
\put(-.7,.12763){\line(1,0){.4}}
\put(-.5,-.07237){\line(0,1){.4}} \put(.8,.54308){\line(1,0){.4}}
187
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
\put(1,.34308){\line(0,1){.4}}
\put(-1.2,.54308){\line(1,0){.4}}
\put(-1,.34308){\line(0,1){.4}} \put(1.3,1.35241){\line(1,0){.4}} \put(1.5,1.15241)
{\line(0,1){.4}}
\put(-1.7,1.35241){\line(1,0){.4}}
\put(-1.5,1.15241){\line(0,1){.4}}
\put(-2.5,-0.25){\circle*{0.2}}
\end{picture}
FIGURA 7 – CATENÁRIA.
\begin{picture}(4.3,3.6)(-2.5,-0.25)
faz com que o seu canto inferior esquerdo (marcado pelo disco preto)
esteja nas coordenadas (−2.5, −0.25).
188
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Todo documento LATEX necessita da extensão .tex, que é o arquivo original que
contém os macros e pode ser convertido, por exemplo, para .pdf. A estrutura
básica de um documento pode ser escrita da seguinte forma:
189
AUTOATIVIDADE
a) ( ) \footnote{texto}.
b) ( ) \noindent.
c) ( ) begin{flushleft}.
d) ( ) \hrulefill.
e) ( ) begin{quote}.
3 Para inserir figuras, primeiro deve-se carregar o pacote graphicx. Para tanto,
basta incluir no preâmbulo do documento um determinado comando.
Sobre este comando, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) \includegraphics[opções]{arquivo}.
b) ( ) \begin{graphicx}.
c) ( ) \usepackage{graphicx}.
d) ( ) \usepackage{graphicx-arquivo}.
e) ( ) \smallskip usepackage{graphicx}.
190
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
O LaTeX é um sistema de processamento de documentos implementados
sobre o TEX, o LaTeX foi criado por Donald Knuth na década de 1970 e tem como
finalidade aumentar a qualidade de impressão com base nas impressoras da
época e que ainda é muito utilizado para processar textos e fórmulas matemáticas
com grande qualidade.
191
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
192
TÓPICO 2 —
\usepackage{amsmath,amssymb,exscale}
\usepackage[brazil,portuges]{babel}
\documentclass[opções]{classe}
193
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
\documentclass[11pt,a4paper]{article}
\documentclass[12pt,twoside]{article}
Vejamos agora alguns pacotes adicionais que podem ser instalados no seu
computador para estender a capacidade do LaTeX.
194
TÓPICO 2 —
\usepackage[opções]{pacote}
• tex – Arquivo de entrada do LaTeX, que pode ser compilado com o latex.exe.
• sty – Pacote de estilo (macro) do LaTeX, que pode ser incluído no documento
LaTeX com o comando usepackage.
• Dtx – Documentação do TEX. Principal formato de distribuição para arquivos
de estilo do LaTeX. A compilação de um arquivo.dtx com latex.exe, gera o
código macro documentado do pacote LaTeX contido no arquivo.dtx.
• ins – Arquivo de instalação de um arquivo.dtx. Ao baixar um pacote LaTeX da
Web, obtemos um arquivo.dtx e um arquivo.ins.
• cls – Arquivo da classe que define como ficará o documento, de acordo com o
comando documentclass.
195
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
\thispagestyle{empty}
AUTOATIVIDADE
\title{Seu título}
\author{Você}
\date{Data de hoje}
196
TÓPICO 2 —
DICAS
OETIKER, T. et al. Uma não tão pequena introdução ao LATEX 2∊. 2007.
Disponível em:https://web.fe.up.pt/~jlopes/lib/exe/fetch.php/ptlshort.pdf. Acesso em: 26
set. 2020.
197
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
LEITURA COMPLEMENTAR
Everton Martins
O LaTex não tem nada a ver com látex – produto vegetal extraído das
seringueiras – ele é uma espécie de plataforma na qual você digita seus textos
com as indicações de layout já definidas, ou seja, você pode “programá-lo” para
que seus textos tenham um padrão específico de formatação, como a ABNT, por
exemplo. Na verdade, a grafia correta da plataforma é Lateχ. O χ na verdade é o
símbolo “chi” do alfabeto grego, e sua pronúncia é latequi. Entretanto não precisa
se desesperar se você já está aguardando por uma fórmula física. Vamos explicar
tudo sobre o programa e como ele pode te ajudar com seus trabalhos acadêmicos
e algumas de suas funções. Agora que você aprendeu um pouco de etimologia,
vamos ao que interessa: como essa plataforma pode me ajudar?
◦ Vantagens do LaTeX
◦ Desvantagens do LaTeX
◦ O LaTeX é ideal para quais tipos de trabalhos?
◦ Outras plataformas como o LaTeX
Vantagens Do LaTeX
Todo mundo já deve ter apanhado do querido Word para fazer algum tipo
de formatação. Numerações, caixas de imagem, legenda, cabeçalho, rodapé… A
lista é gigante quando você está correndo para fechar aquele trabalho e empaca
na parte crucial de formatar seu trabalho acadêmico.
Por isso, separamos cinco vantagens do LaTeX para que você fica mais por
dentro do assunto e conheça um pouco mais dessa ferramenta:
Desvantagens Do LaTeX
199
UNIDADE 3 —LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO LATEX
200
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Uma das facilidades desta linguagem pode ser dada quando temos um
texto longo e necessitamos fazer várias citações, com referências cruzadas,
numerações de capítulo, seções, subseções, figuras, tabelas entre outros.
• Caso tenhamos que alterar qualquer uma destas numerações se sabe que é muito
provável que todo restante se desconfigure. E isso, muitas vezes, demanda
um enorme tempo para reorganizar o texto, assim como praticamente zera a
possibilidade de erros. Assim, o LaTeX é um tratador de textos e as mudanças
podem ser feitas facilmente e com muita agilidade.
CHAMADA
201
AUTOATIVIDADE
a)
b)
c)
d)
202
REFERÊNCIAS
ANDRADE, L. N. de. Breve introdução ao LATEX 2ε. João Pessoa: Universidade
Federal da Paraíba; Departamento de Matemática, 2000. p. 33-40. Disponível em:
ttps://files.cercomp.ufg.br/weby/up/635/o/latex.pdf. Acesso em: 3 ago. 2020.
203
SANTOS, R. Introdução ao Latex. Belo Horizonte: Universidade Federal
de Minas Gerais; Departamento de Matemática-ICEx, 2002. (apresentação
de slides). Disponível em: http://each.uspnet.usp.br/sarajane/wp-content/
uploads/2016/10/manual-latex-3.pdf. Acesso em: 30 jul. 2020.
TEX Faq. Frequently asked question list for TeX. c2020.Disponível em: https://
texfaq.org/. Acesso em: 30 jul. 2020.
204