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TRAMA [ALICE]

Capítulo 1 – Na toca do Coelho


Essa história tinha todas as chances de ter um final normal, porém, por tamanha
curiosidade da menina nomeada “Alice” não era isso o que estava prestes a
acontecer, viu correndo por si um coelho branco de porte médio, ele continha vestes
semelhantes as roupas humanas, não deixaria tal fato instigante de lado, saiu da
cadeira a qual estava sentada para procurar a causa desse evento enigmático. Evento
que se tornou ainda mais instigante quando o ouviu falar, “Pela cartola do
Chapeleiro, estou atrasado outra vez!”, tirou da vestimenta um relógio de bolso, seus
ponteiros giravam loucamente e vez ou outra mudavam de direção, curioso, muito
curioso, logo mais, o coelho adentrou em uma toca, sequer questionou apenas o
acompanhou nessa aventura.

A queda livre dali era singular, diversos objetos caíam ao seu redor, ou deveriam,
alguns não respeitavam a gravidade como era conhecida, ficavam parados ali ou
estavam “caindo para cima”. A queda parecia rápida e lenta ao mesmo tempo, olhava
o seu redor atentamente e tinha tempo para isso, portanto, sentia a doce brisa em
suas bochechas, e fora nesse momento que ironicamente caiu em realidade, não
tinha ideia de qual seria o final, como teria certeza se não morreria através da altura?
Logo, inclinou seu corpo em direção a um pedaço de chão, ele era completamente
xadrez e parecia ter sido retirado a força de seu contexto. Equilibrou-se ali e à
medida que outros objetos apareciam por ali, pulava de um a outro e de outro a um
novamente, assim, de pouco a pouco chegou até a terra firme, ou algo relacionado a
isto. Aterrissou em um amontoado de folhas e gravetos, ao pisar neles percebeu que
seu aspecto era gelatinoso, não deveria ter se preocupado tanto com a queda, teria
estado segura caso deixasse de lado todos seus pensamentos intrusos.

Viu a pequena criatura que procurava virar à esquerda em um corredor escuro,


perseguiu-o até lá, para sua infelicidade ele já havia sumido quando chegou perto da
quina. Decidiu então que apenas seguiria o caminho, já que não sabia como retornar
para casa. Teve uma surpresa enquanto passeava por ali, uma hora estava o
percorrendo normalmente e noutra estava andando através do “teto” sem dificuldade
alguma, um corredor longo, looongo, looooongo, interminável, dado momento da
história já teria notado como as proporções desse local não seguiam as de seu
mundo, desejou uma saída rápida para aquilo, assim, uma porta abriu-se abaixo de
si, a fazendo cair de um rompimento no céu, agora, sentia a grama em seu corpo, e a
sombra de uma árvore em seu rosto, havia definitivamente chegado ao doce País das
Maravilhas, ou País de Baixo, bom, o correto é a segunda opção, apenas digamos que
a pequena Alice não tem a mais perfeita audição.

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