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IGOR DAVI DE CARVALHO - RA: 190258

OS 10 PRINCÍPIOS DA ECONOMIA SE DIVIDEM EM TRÊS GRANDES

TÓPICOS CONFORME ABAIXO:

Como as pessoas tomam decisões

1 — As Pessoas Enfrentam Tradeoffs

Tradeoff representa o que abrimos mão para alcançar um determinado objetivo.

Exemplo: A sociedade enfrenta um tradeoff entre eficiência e equidade: no

máximo de eficiência, não teremos o máximo de equidade e vice-versa.

2 — O Custo de Algo é o que você desiste para obtê-lo

O conceito enraizado nesse princípio está intimamente ligado aos tradeoffs que

passamos, todavia aqui matematizamos esses tradeoffs nos chamados Custos

de Oportunidade. Estes são traduzidos numa equação bem simples: Benefício

financeiro da minha escolha / Benefício da escolha financeira ótima para a

minha situação/ Custo de Oportunidade.

3 — Pessoas racionais pensam na margem

Pensar à margem é uma ótima maneira de potencializar nossos ganhos: o quanto

ganhamos por ficarmos uma hora a mais no trabalho, o quanto ganhamos

estudando mais um ano, o quanto ganhamos ficando mais uma hora na festa e

por aí vai. Não falo só de ganhos financeiros, mas também num aspecto mais
abstrato de coisas que não podem ser mensuradas em moeda, ou pelo menos

coisas que cada indivíduo tem a sua própria régua para medir.

4 — Pessoas reagem a incentivos

Se os benefícios e/ou os custos de uma decisão mudam, somos incentivados a

nos adequar aos novos cenários. Um exemplo bem interessante é o quando

acordamos numa segunda-feira de manhã para trabalhar; caso decidamos ficar

em casa dormindo, estamos explicitamente preferindo o descanso às

consequências de não aparecer no trabalho.

Como as pessoas interagem

5 — O comércio pode ser bom para todos

A primeira ideia sobre como o Mercado promove bem-estar econômico está na

ideia da especialização: eu posso construir a minha própria casa, mas o custo de

oportunidade para tal será imenso, levando em consideração que eu não tenho

conhecimento nenhum sobre construção civil, mas existem pessoas

especializadas que conseguem fazer a mesma tarefa com uma eficiência

grosseiramente maior que a minha. Da mesma maneira, eu posso oferecer à essa

mesma pessoa que construiu minha casa os serviços dos quais sou

especializado.

6 — Os mercados geralmente são uma boa maneira de organizar a atividade

econômica

Todavia, a Economia de Mercado provou-se mais eficiente, estável e duradoura,

as decisões centrais são substituídas pela interação entre milhares, milhões e até
bilhões de agentes econômicos (pessoas e empresas), o que gera a maximização

do bem-estar econômico de uma sociedade, conforme elaborado inicialmente por

Adam Smith e depois confirmado por outros teóricos. A mão invisível do Mercado,

que nada mais é do que as interações de gostos e preferências entre produtores

e consumidores leva-nos a pontos ótimos da Economia em geral.

7 — Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados

Falhas de Mercado são inerentes ao próprio processo de evolução de alguns

mercados e, numa ótica estritamente utilitarista, é possível constatar a forma

como governos melhoram o bem-estar agregado, mitigando as mais diversas

falhas de mercado através de regulamentações e investimentos onde não há

atratividade para o setor privado. O argumento estaria totalmente correto, se o

agente público não tivesse consciência individual. Todos nós agimos em

benefício próprio o tempo inteiro e, salvo em casos específicos, não há mal algum

nisso — o problema é que no caso do agente público isso é gravíssimo pois afeta

variáveis como pobreza, bem-estar, crescimento econômico e, no corriqueiro

economês, a alocação ótima dos recursos. Daí, existem falhas de mercado, mas

também temos que nos atentar às falhas de governo.

Como a Economia funciona

8 — O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir Bens

e Serviços.

O tópico desse princípio é a produtividade. Uma economia só se desenvolve,

quando a produtividade média aumenta. Ou seja, a renda per capita de um país

é proporcional à produtividade média desse. E a única maneira de aumentar a

produtividade média de um país é através do progresso técnico e, para isso, são


necessários a qualificação da mão-de-obra, as ferramentas que potencializem a

produção (capital) e a tecnologia no sentido estrito da palavra. Pode parecer

tentador atribuir os avanços salariais somente aos sindicatos e políticas públicas,

mas a qualidade de vida do trabalhador está ligado em essência à capacidade de

todos de produzir bens e serviços no menor tempo possível.

9 — Os preços sobem quando o governo emite moeda demais

A economia X que produz 1000 maçãs/ano tem 1000 moedas de prata circulando.

Portanto, temos a relação (1000 maçãs)/(1000 moedas) , ou seja, 1 maçã custa

1 moeda de prata. Então, dotado de boas intenções, o governo coloca mais 1000

moedas de prata em circulação, agora temos as mesmas 1000 maçãs/ano e 2000

moedas. A proporção fica em 1000/2000, e com certa defasagem, o preço de

uma maçã caminhará para 2 moedas, privilegiando quem recebeu este novo

montante de moeda primeiro e prejudicando quem os receberá por último, até

que o efeito inflacionário esteja completo. Famílias de baixa renda comumente

estão na ponta final desse processo. Não importa quantas moedas o governo

coloque em circulação, se a produtividade não aumenta, não haverá melhora de

bem-estar.

10 — A sociedade enfrenta um Tradeoff de curto prazo entre Inflação e

Desemprego

inflação gera instabilidade macroeconômica, essa gera insegurança para

investir, que culmina em baixos investimentos, baixo número de empregos

gerados e assim por diante, dado pelo fluxograma:

Inflação > Instabilidade econômica > Insegurança para Investir >


Baixos Investimentos > Menos postos de trabalho > Mais desemprego.

Fazendo com que esse processo seja insustentável no longo prazo. No melhor

cenário, baixo crescimento; no pior, uma pesada recessão. Para chegar ao ponto

mínimo de desemprego, deve-se quebrar a principal barreira do emprego, o

salário mínimo, pois os mais vulneráveis às consequências nefastas do

desemprego são os menos qualificados.

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