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MAIO 2023
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RESUMO
Atualmente, ao buscar por brinquedos, roupas e objetos para crianças na maioria das
vezes os objetos são diferenciados pelas cores, antes do nascer à criança já é definida por
essas cores, nota-se no tão popular chá revelação, mas como essas cores podem estar
contribuindo para a desigualdade de gênero?
A questão da igualdade de gênero na escola é de extrema importância, visto que,
como será abordado no presente trabalho, faz com que meninos e meninas tenham igual
oportunidade de se desenvolverem sejam quaisquer suas preferências.
O presente trabalho busca compreender que fator histórico-cultural levou a definir o
gênero pela cor. Observando da perspectiva escolar, onde esta distinção por cores leva as
crianças? Na escolha de determinadas cores para não serem “ridicularizadas” pelos colegas ou
até pela professora? A brincar com certos brinquedos e brincadeiras por serem ou não
próprias para “meninos e meninas?”. Este trabalho poderá trazer questões para a área da
docência, visto que, o professor pode se deparar com essas questões por toda Educação
Infantil e Ensino Fundamental I.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo estudar a herança cultural utilizada para definir
meninos e meninas com as cores rosa e azul, bem como, estudar como essa herança influência
nas relações interpessoais na escola e fortalece as questões de estereótipos de gênero e
desigualdade de gênero. Além disso, busca formas de “romper” com essas práticas no
cotidiano escolar.
O tema sobre igualdade de gênero é de extrema importância, de acordo com a autora
CARDONA et. al. (2010, p.59) “A promoção de uma maior igualdade de gênero é um
elemento fundamental na educação para a cidadania e na construção de uma verdadeira
democracia” O tabu em torno do conceito de gênero se faz muito presente na sociedade
brasileira, visto que os termos “gênero” e “orientação sexual” têm sido removidos dos
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documentos sobre educação, com isso, demonstra-se a dificuldade de falar sobre a temática
dentro das escolas brasileiras.
O trabalho é baseado em uma pesquisa qualitativa, será uma abordagem bibliográfica
e de campo. De acordo com LIMA e MIOTO (2007 p.38) “A pesquisa bibliográfica implica
em um conjunto ordenado de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de
estudo, e que, por isso, não pode ser aleatório”.
2. OBJETIVOS
2.1 Gerais
Compreender como a herança cultural influência nas relações de gênero na escola e
da abertura para possíveis distinções de “cores e objetos de meninos e meninas”.
2.2 Específicos
1. Conhecer as legislações que asseguram a igualdade de gênero e reconhecer a
importância da mesma
2. Compreender a herança cultural a respeito das cores para definir o gênero e
como isso implica nas diferenças de gênero.
3. Estudar sobre a importância das cores na Infância.
4. Como a distinção por cores pode influenciar na distinção de tarefas na
infância.
5. Identificar com qual idade as crianças a exercer influência na escolha nas
cores.
6. Elaborar possíveis estratégias para lidar com a quebra de pensamento das
crianças.
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO
De acordo com o autor Ariès (1978), A infância estava restrita ao período onde
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4. ETAPAS METODOLÓGICAS
A pesquisa será de cunho qualitativo com uma abordagem bibliográfica e de campo,
a respeito da pesquisa bibliográfica o autor FONSECA (2002, p. 32), relata que está pesquisa
“É feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas por meio
de escritas eletrônicas...”. Com relação a pesquisa de campo o autor relata que a mesma é
definida por investigar além da pesquisa bibliográfica, mas da coleta de dados.
4.2 Participantes
Com relação à pesquisa de campo, será realizada em crianças e a professora de uma
escola de Educação Infantil com crianças de 5 a 6 anos de uma cidade do interior de São
Paulo.
4.3 Instrumentos
Para a realização da coleta de dados, em um primeiro momento será necessário a
observação da rotina de brincadeiras das crianças e analisar as escolhas dos alunos, bem
como: cores, tipologia entre outros.
Em um segundo momento será abordado por meio de uma entrevista a concepção da
professora sobre os estereótipos de gênero, de que meninas usam rosa e meninos azul e as
brincadeiras.
Para finalizar será realizado com os alunos um teste de preferência de cores de
meninos e meninas e também brinquedos de meninas e meninos.
4.3 Procedimentos
Com relação aos procedimentos técnicos, será realizada uma pesquisa de cunho
bibliográfico que visa explorar questões com base em um referencial teórico, serão utilizados
artigos, livros, revistas e todos os documentos necessários, com a temática de gênero e a
respeito da herança social das cores.
Para a realização da pesquisa de campo, segundo LAKATOS e MARCONI (1996)
será utilizada a técnica quantitativa descritiva com foco na verificação de hipótese:
5. CRONOGRAMA
2022 2023
ATIVIDADES PREVISTAS
1o sem. 2o sem. 1o sem. 2o sem.
Estudo do referencial teórico X X
Cursar disciplinas X X
Coleta de dados X X X
Análise dos dados coletados X X
Exame de qualificação X
Defesa da dissertação X
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REFERÊNCIAS
CARDONA, M., NOGUEIRA, C., VIEIRA, C., UVA, M. & TAVARES, T. Guião de Educação, Género e
Cidadania. Educação Pré-Escolar. Lisboa: Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género. 2010
CHAGAS, L.; CHAGAS, A. T. A posição da Mulher em diferentes épocas e a Herança Social do machismo
no Brasil. Psicologia.pt - O Portal dos Psicólogos. 2017.
Com restrições da pandemia, aumento da violência contra a mulher é fenômeno mundial. G1-Globo. 2020.
disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/11/23/com-restricoes-da-pandemia-aumento-da-
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ESCOURA. M.; LINS. B. A.; MACHADO. B. F. Diferentes, não desiguais: A questão do gênero na escola. 1a
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HEILBORN, M. L. De que gênero estamos falando? In: Sexualidade, Gênero e Sociedade ano 1, n° 2
CEPESC/IMS/UERJ, 1994
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista - Petrópolis, RJ, Vozes,
1997. p. 14-36
Pesquisa do IBGE mostra que mulher ganha menos que homem em todas ocupações. Agência Brasil. 2019.
Disponível em <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-03/pesquisa-do-ibge-mostra-que-mulher-
ganha-menos-em-todas-ocupacoes> Acesso em 27 de abril de 2021
SANTOS, S. M. M.; OLIVEIRA, L. Igualdade nas relações de gênero na sociedade do capital: limites,
contradições e avanços. Rev. katálysis, Florianópolis. v. 13, n. 1, p. 11-19, Junho, 2010.