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10.9 Proteção contra incêndio e explosão

10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos


devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a
NR-23 – Proteção Contra Incêndios.
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas
destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com “Atmosferas
Potencialmente Explosivas” devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no
âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
10.9.3 Os processos ou equipamentos suscetíveis de gerar ou acumular
eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de
descarga elétrica.
10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco
acentuado de incêndio ou explosões devem ser adotados dispositivos de
proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões,
sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições
anormais de operação.
10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas
somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com
liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente
de risco que determina a classificação da área.

Comentários:
• "Atmosferas Potencialmente Explosivas" - ver Atmosfera
Explosiva - glossário.
• A NR-23 dispondo sobre Proteção Contra Incêndios orienta:
As classes de fogo são:

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• Classe "A": Materiais de fácil combustão que queimam na
superfície e profundidade, e deixam resíduos (madeira, tecidos, papel,
fibras, etc.);
• Classe "B": Líquidos inflamáveis que queimam somente na
superfície, e não deixam resíduos (óleos, graxas, tintas, solventes,
vernizes, gasolina, éter, etc.);
• Classe "C": Equipamentos elétricos energizados (motores,
transformadores, painéis de distribuição, fios, etc.);
• Classe "D": Elementos pirofóricos (magnésio, zircônio, titânio,
etc.).

• A Classe “C”, de incêndio é a que nos interessa quando nos


referimos a instalações ou equipamentos elétricos. A água pura, em forma
de espuma, ou em recipientes sob pressão (extintores de água
pressurizada ou extintores água-gás), não pode ser utilizada no combate
a incêndios Classe "C" devido à sua condutibilidade elétrica, podendo
causar choques elétricos ou curtos-circuitos, tornando ainda mais grave o
acidente. Apenas água pulverizada poderá ser utilizada, desde que
existam os equipamentos necessários, manejados por combatentes
treinados nesta modalidade de combate a incêndio. Para o combate com
água, o sistema elétrico deverá ser desligado.
• O combate correto a incêndios da Classe “C” será feito com
extintores de Gás Carbônico (C02), e extintores de Pó Químico. Mas vale
a pena observar que o Pó Químico pode ser prejudicial quando usado em
salas de computadores ou de equipamentos telefônicos, visto que causa
danos aos pequenos componentes eletrônicos desses equipamentos.
Nesse caso, normalmente utilizam-se extintores de Gás Carbônico, que
são eficientes sem causar danos materiais. Alguns sistemas fixos de C02
são ativados automaticamente, em caso de incêndio, pela detecção
através de sensores específicos

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(térmicos, infravermelho, fotoelétricos, ou de ionização). Nesse caso, o
risco seria o da presença de pessoas nesses locais confinados, devido à
possibilidade de asfixia pelo fato de o C02 eliminar o oxigênio do ambiente
ao expulsar a atmosfera respirável do recinto. Por isso, na presença de
sistemas automáticos de CO2, não é permitida a presença de pessoas no
local.
• "Áreas Classificadas" (itens 10.9.2, 10.9.4 e 10.9.5), são áreas
passíveis de possuir atmosferas explosivas. Atmosferas explosivas são
formadas por gases, vapores ou poeiras e oxigênio, na proporção correta
que dependerá das características de cada produto, e que em presença
de uma fonte de ignição causará incêndio ou explosão. O termo refere-se
à classificação dessas áreas em função do seu potencial de risco das
substâncias inflamáveis presentes. Assim, esses ambientes podem ser
divididos em três classes, que são ainda subdivididas em grupos e
divisões (ou zonas, pela norma brasileira).
Em geral temos:
• Classe l - Gases e vapores, dividida em quatro grupos, de "A" a
"D", e algumas das substâncias são: acetileno, hidrogênio, butadieno,
acetaldeído, eteno, monóxido de carbono, acetona, acrinonitrila, amônia,
butano, benzeno, gasolina, etc.
• Classe II - Poeiras, dividida em três grupos, de "E" a "G", sendo
poeiras metálicas combustíveis, poeiras carbonáceas (carvão mineral,
hulha), e poeira combustível, como farinha de trigo, ovo em pó, goma-
arábica, celulose, vitaminas, etc.
• Classe III - Fibras combustíveis, como rayon, sisal, fibras de
madeira, etc.

Existe ainda uma classificação em que são consideradas as


probabilidades de ocorrência da mistura explosiva, divisão 2 e 1, pelas normas
internacionais, e zonas 0, 1, e 2, pelas

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normas brasileiras. As normas mencionadas são a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), lEC (International Electrotechnical Commission,
européia), NEC (National Electrical Code, americana), API (American Petroleum
Institute), e NFPA, (National Fire Protection Association, americana).

• Em presença de atmosferas explosivas a fonte de ignição pode ser


algum dispositivo, acessório ou equipamento elétrico, que possa produzir
centelhamento. As normas nacionais e internacionais especificam
equipamentos elétricos para serem utilizados com segurança em áreas
classificadas, e que são à prova de acidentes por centelhamento. São
ditos: "à prova de explosões, pressurizados, imersos em óleo, em areia,
em resina, de segurança aumentada, herméticos, especial, e de
segurança intrínseca".
• Para que esses equipamentos cumpram sua função dentro dos
critérios de segurança exigidos, eles têm que ser testados dentro de
rígidos padrões de qualidades (teste de conformidade), e somente pelas
empresas certificadoras reconhecidas pelo Sistema Brasileiro de
Certificação, que congrega as certificadoras reconhecidas junto ao
INMETRO (item 10.9.2).
• Dentro da necessidade de um rígido controle da possibilidade de
ocorrência de acidentes devidos a equipamentos elétricos em áreas
classificadas, a norma exige um maior controle das condições elétricas
desses sistemas, com relês de proteção contra sobrecorrente,
sobretensão, aquecimento de motores, falta de fase, correntes de fuga,
motores com segurança aumentada, alarmes e seccionamento
automático através de disjuntores (item 10.9.4). É importante ainda
lembrar que dentro de tão críticas condições de segurança é necessário
uma detalhada supervisão e acompanhamento seguidos de uma rígida
manutenção para correção das não conformidades.

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• As permissões de trabalho são autorizações por escrito para
trabalhos diversos de manutenção, montagem ou outros, que envolvam
riscos à integridade do pessoal, às instalações, ao meio ambiente, ou à
continuidade operacional. Descrevem o trabalho, os riscos envolvidos,
pessoal, EPI, EPC e precauções de segurança a serem seguidas. É
utilizada em conjunto com Listas de Verificação de requisitos de
segurança apropriadas a cada atividade, que, depois de satisfeitos,
possibilitam o início das atividades. A supressão do risco em áreas
classificadas significa a retirada dos gases ou vapores inflamáveis,
através de ventilação ou inertização, e em caso de risco elétrico significa
a desenergização do circuito a ser trabalhado (item 10.9.5).
• A eletricidade estática é gerada por atrito de correias de máquinas,
peças em movimentos repetidos, movimentação de fluidos e produtos
pulverizados em tubulações e silos, sólidos em suspensão na atmosfera,
etc. A tensão elétrica acumulada pode produzir descargas elétricas, que
em presença de baixa umidade do ar, presença de gases inflamáveis,
fibras e poeiras inflamáveis podem causar explosões e incêndios de
grandes proporções. O aterramento é a proteção permanente para que as
cargas se dissipem (item 10.9.3).

10.10 Sinalização de segurança

10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada


sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação,
obedecendo ao disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a
atender, entre outras, as situações a seguir:
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e
comandos;

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c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e
de movimentação de cargas;
f) sinalização de impedimento de energização; e
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

Comentários:
• O item 10.10.1 refere-se à NR-26, que dispõe sobre sinalização de
segurança e orienta com relação à utilização das cores como meios
identificadores de equipamentos de segurança, delimitando áreas,
identificando riscos, e em associação com frases, desenhos e
símbolos com o objetivo de prevenção dos acidentes do trabalho.
• A correta identificação de circuitos elétricos leva à eficácia no
desligamento dos circuitos corretos seja por necessidades de
manutenção, seja por manobras de emergência. Muitos acidentes não
puderam ser evitados no passado devido à inexistência ou à incorreta
identificação de circuitos elétricos energizados. O mesmo se aplica à
utilização de etiquetas e placas para a identificação de travamentos e
bloqueios de dispositivos e sistemas de manobras e comandos em
instalações elétricas. Restrições e impedimentos de acesso e
delimitações de áreas impedem a livre circulação de trabalhadores
que não estejam diretamente envolvidos com as atividades presentes
num determinado local, que por conseguinte não estão
suficientemente informados dos riscos ali existentes. São bastante
utilizados cartazes, cones, fitas, luzes, e até a própria viatura de
manutenção, principalmente nos trabalhos na área urbana. A
sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos, e de
movimentação de cargas visa à completa separação de pedestres,
veículos e máquinas, evitando

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acidentes como atropelamentos, e principalmente em casos de
movimentação de cargas elevadas, evitar a presença de pessoas sob
cargas suspensas, o que é um grande risco, em caso de queda da
carga. Sinalização de impedimento de energização na proteção de
trabalhadores em atividades de manutenção de circuitos elétricos. Ver
comentários dos itens 10.5 (Segurança em Instalações Elétricas
Desenergizadas) e 10.2.8 (Medidas de Proteção Coletiva).
• Nos trabalhos em instalações elétricas é interessante ressaltar e
resumir o emprego de algumas cores:
• Vermelho - Identificação de sistemas de combate a incêndio; como
hidrantes, bombas, caixas de alarme, extintores e sua localização,
tubulações da rede d'água de incêndio, portas de saída de
emergência, etc., e excepcionalmente em situações de advertência de
perigo, como luzes em barricadas e barreiras, e em botões
interruptores de circuitos elétricos, em paradas de emergência.
• Amarelo - (Alta visibilidade) - Cuidado, no sentido de chamar a
atenção, alertar, distinguir, advertir, em corrimãos, parapeitos, bordos
desguarnecidos de abertura no solo, vigas colocadas em baixa altura,
empilhadeiras tratores, pontes rolantes, guindastes, na delimitação de
circulação de máquinas e pedestres, no piso, e em combinação com
listras pretas em fitas de sinalização ditas zebradas.
• Verde - Associado à segurança, em canalizações d'água, (verde-
claro – água potável; verde – água industrial), caixas de equipamento
de socorro de urgência, chuveiros de segurança, lava olhos,
emblemas de segurança, salas de curativos de urgência, etc.
• Laranja - (Alta visibilidade) - Alerta, em partes móveis de máquinas
e equipamentos, faces internas de caixas protetoras de dispositivos
elétricos, faces externas de polias e engrenagens, botões de arranque
de segurança, dispositivos de corte, bordas de serras, prensas, etc.

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• Púrpura - Riscos de exposição à radiação nuclear.

10.11 Procedimentos de trabalho

10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e


realizados em conformidade com "Procedimentos" de trabalho específicos,
padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinado
por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR.
10.11.2 Todos os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos
de ordens de serviço específicas, aprovadas por trabalhador autorizado,
contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos
de trabalho a serem adotados.
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo,
campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades,
disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.
10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e
saúde e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo
o processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho (SEESMT), quando houver.
10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade
com o treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR.
10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em
condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos.
10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus membros, em
conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma
avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas
no local, de forma a atender aos princípios técnicos básicos e às melhores
técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.

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10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos
das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a
segurança e a saúde no trabalho.

Comentários:
• "Procedimentos" - ver glossário.
• Análise de risco é uma ferramenta gráfica na qual uma atividade é
analisada passo a passo, com cada passo associado a um responsável,
identificando-se o(s) risco(s) correlatos, e como resultado elabora-se a lista
de controles necessários à neutralização de cada risco identificado.

EXEMPLO:
• Passo referente a abertura de uma chave corta-circuito, dentro de uma
atividade mais complexa.
PASSO 11: RESPONSÁVEL RISCOS CONTROLE

Abrir a chave Corta-circuito. Eletricista 1) Descarga • Usar luvas


Descrição: Abrir as chaves utilizando a elétrica isolantes de borracha
vara de manobra e observando a 2) Entorse para alta-tensão,
sequência correta, ou seja: “Primeiro a muscular capacete de segurança,
chave da extremidade mais próxima da óculos e botas de
chave do meio, depois a chave da segurança;
extremidade mais distante da chave do • Manusear firme e
meio, e por último a chave do meio." corretamente a vara de
manobra;

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• Assumir posição e
postura corretas.

• A análise de risco vai gerar os procedimentos de segurança necessários


à realização de uma atividade.
• Procedimentos são o detalhamento das atividades intermediárias.
Operações necessárias e padronizadas para se realizar um trabalho,
levando-se em conta as necessidades materiais e humanas, e a certeza de
que o resultado final será alcançado respeitadas as regras de qualidade e
segurança desejadas.
• Devem ter a participação dos integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SEESMT), NR-4.
• Os trabalhos só podem ter início, ou existência real, se precedidos por
uma ordem de serviço, que garanta as responsabilidades e procedimentos
necessários. A assinatura de liberação só terá validade se pertencer a um
trabalhador autorizado.

10 12 Situação de emergência

10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços


com eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa.
10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o
resgate e prestar primeiros socorros a

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acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória.
10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e
adequados às suas atividades, tornando disponíveis os meios para a sua
aplicação.
10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e
operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas
instalações elétricas.

Comentários:
• O Plano de Emergência é uma ferramenta preventiva e prática que
permite desencadear ações (de emergência) rápidas e eficazes, visando
controlar e minimizar as consequências de eventos que possam colocar em
risco as instalações industriais, meio ambiente, funcionários e a comunidade.
• Podemos listar várias formas de sinistros, como vazamento de gases
tóxicos ou inflamáveis, vazamentos de líquidos voláteis, vazamentos de
produtos tóxicos, incêndios, explosões, alagamentos, choques elétricos, etc.
• Acidentes em instalações elétricas normalmente causam incêndios,
queimaduras, paradas cardiorrespiratórias, e muitas vezes é necessário o
resgate de acidentados em altura (torres, postes) ou no interior de locais com
dificuldade de acesso.
• Então, especificamente, empresas com possibilidades de acidentes em
instalações ou serviços com eletricidade, devem observar:
“Todo trabalhador deverá ser treinado em resgate de acidentados,
primeiros socorros, reanimação cardiorrespiratória, e combate a incêndio, sendo
capazes de uma perfeita utilização dos equipamentos de resgate e de extinção
de incêndios”.

1 0.13 Responsabilidades

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10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são
solidárias aos contratantes e contratados envolvidos.
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos
procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.
10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho
envolvendo instalações e serviços em eletricidade1 propor e adotar medidas
preventivas e corretivas.
10.13.4 Cabe aos trabalhadores:
1) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que
possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;
2) responsabilizar-se com a empresa pelo cumprimento das
disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos
internos de segurança e saúde; e
3) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço
às situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de
outras pessoas.

Comentários:
• Com relação ao tem "10.13 - Responsabilidades", a norma
atualizada mostrou-se bem mais detalhada com relação ao envolvimento
de todos, empresa contratante, contratadas, e trabalhadores no
cumprimento dos artigos da norma. O termo solidário significa que todos
os mencionados poderão responder juridicamente pelo não cumprimento
dos artigos desta norma (item 10.13.1).
• O trabalhador não só tem o direito de ser informado pela empresa
de todos os riscos a que estão expostos, e dos procedimentos de
segurança e de controle de riscos corre latos, como também passa a estar
legalmente envolvido com a

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responsabilidade de zelar pela própria integridade física e saúde, assim
como a de seus companheiros de trabalho, obrigando-se a cumprir os
procedimentos de segurança, procedimentos legais e regulamentos da
empresa, e tendo a obrigação de comunicar possíveis situações de risco
(atos ou condições inseguras) que possam afetar a sua integridade física
e saúde e a de seus companheiros.
• “Ato inseguro” é tudo o que o trabalhador faz, voluntariamente ou
não, e que pode provocar um acidente (inclusive com outra pessoa), como
por exemplo: imperícia, excesso de confiança, imprudência,
exibicionismo, negligência, desatenção, brincadeiras no local de trabalho,
etc.
• “Condição Insegura” é decorrente de situações existentes no
ambiente de trabalho e que podem vir a causar acidentes, como: piso
escorregadio, iluminação deficiente, excesso de ruído, falta de
arrumação, instalações elétricas sobrecarregadas, máquinas defeituosas,
matéria-prima de má qualidade, calçado ou vestimentas impróprias, falta
de planejamento, jornada de trabalho excessiva, etc.

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10.14 Disposições finais

10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o


"Direito de Recusa", sempre que constatarem evidências de riscos graves e
iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis.
10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos
originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer de imediato
quando cabível, denúncia aos órgãos competentes.
10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta
NR, o MTE adotará as providências estabelecidas na NR-3.
10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente
à disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas,
respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas.
10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar,
permanentemente, à disposição das autoridades competentes.
10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por
"Extra baixa Tensão".

Comentários:
• "Direito de Recusa" - ver glossário.
• "Extrabaixa Tensão" - ver glossário.
• O tem 14.1 acrescenta um tópico importantíssimo à norma, pois
exercendo o "direito de recusa" o trabalhador pode interromper sua
atividade sempre que for constatada a condição de "risco grave e
eminente" com relação a si ou a outras pessoas.
• A condição de "risco grave e eminente" é definida na Norma
Regulamentadora n0 3 (Embargo ou Interdição) como toda condição
ambiental de trabalho que possa causar

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acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade
física do trabalhador.
• A Norma Regulamentadora n0 3 (Embargo ou Interdição) também
é mencionada no item 1O.14.3, no qual o Ministério do Trabalho e do
Emprego (MTE), através do Auditor Fiscal do Trabalho, pode embargar
ou interditar total ou parcialmente qualquer instalação, ou parte de
instalação que não esteja de acordo com a NR-10.

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