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TRABALHOS E RESGATE EM ALTURA

PROGRAMAÇÃO
Conteúdo programático
16 horas-aula

- 1 8
NR
Primeiro dia

 Manhã;
 Apresentação;
 Legislação;
 Conceitos e procedimentos;
 Riscos; análise e medidas de controle;

 Tarde;
 Primeiros socorros; SBV,obstrução respiratória, parada
cardiorrespiratória, queimaduras, ferimentos, fraturas,
imobilização e transporte;
Segundo dia

• Nós, amarrações e ancoragens.


• Equipamentos.
• Sistemas de redução de força.
• Sistemas de equalização e back-up.
• Rapel.
• Escalada e ascensão com talabartes.
• Montagem e transposição do corredor de segurança
• Auto-resgate e resgate em altura.
VÍDEO INTERATIVO
Objetivo do treinamento
 Capacitar
o trabalhador para efetuar as atividades
consideradas como trabalhos em altura.
Os acidentes
 Os trabalhos efetuados em altura são uma das maiores
causas de acidentes, segundo as estatísticas.
 A construção civil é um dos cenários mais comuns e
muitas vezes as conseqüências são fatais. Portanto, a
melhor forma de evitar que isto aconteça, é cumprindo as
normas específicas.
Legislação para trabalhos em altura
Legislação pata trabalhos em altura
• NR 18
CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO ( 08 de junho de 1978 )

• NR-35
TRABALHO EM ALTURA ( 23 de março de 2012 ).
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
18.28 Treinamento
18.28.1 Todos os empregados devem receber treinamentos
admissional e periódico, visando a garantir a execução de suas
atividades com segurança.

18.28.2 O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de


6 (seis) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o
trabalhador iniciar suas atividades, constando de:
a) informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;
b) riscos inerentes a sua função;
c) uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
d) informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC,
existentes no canteiro de obra.

18.28.3 O treinamento periódico deve ser ministrado:


a) sempre que se tornar necessário;
b) ao início de cada fase da obra.
NR-35 TRABALHO EM ALTURA
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada
acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de
queda.

35.2.1 Cabe ao empregador:


a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas
nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando
aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades
rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local
do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação
das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o
cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma
pelas empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos
e as medidas de controle;
35.3. Capacitação e Treinamento

35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação


dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.

35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura


aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e
prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo
programático deve, no mínimo, incluir:
a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) Análise de Risco e condições impeditivas;
c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de
prevenção e controle;
d) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura:
seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
e) Acidentes típicos em trabalhos em altura;
f) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de
técnicas de resgate e de primeiros socorros.
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de
adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar
situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores
para trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob
supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de
acordo com as peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação
prevista nesta Norma.
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e
sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa
dias;
d) mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária


mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo
empregador.
PANORAMA DAS ATIVIDADES

O trabalhador poderá se deparar com vários


cenários em seu dia-a-dia profissional e desta forma,
cada nova situação irá proporcionar- lhe um novo
desafio, onde ele deverá adequar as técnicas
aprendidas.
Cenários mais comuns
• Estruturas metálicas e de alvenaria
•Torres
•Antenas
•Chaminés
•Telhados e taludes
•Etc.
Cenários
Cenários
Cenários
Cenários
Cenários da empresa
Momento destinado aos participantes
A saúde nos trabalhos em altura
 Exames médicos.
 Riscos psicossociais.
 Restrições para trabalhos em altura
35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura
aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido
considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência
formal da empresa.

35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos


trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que:
a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo
estar nele consignados;
b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos
envolvidos em cada situação;
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão
originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores
psicossociais.
Exames médicos
Todo trabalhador designado para trabalhos em altura deve
ser submetido a exames médicos específicos para a função
que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e
31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a
emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional -
ASO.

Fonte: ANAMT – Associação Nacional de Medicina do Trabalho


Tipo de exame e frequência

O tipo de exame, bem quanto a frequência, dependerá do


local do trabalho e dos fatores de riscos presentes. De
acordo com a NR 7, nas atividades consideradas insalubres,
a periodicidade do exame deve ser semestral.

Fonte: ANAMT – Associação Nacional de Medicina do Trabalho


Periodicidade dos exames

• É muito importante perguntar o trabalhador diariamente, se


ele está em condições de exercer a atividade.

• Ele poderá estar apto exame periódico, mas o surgimento de


uma doença aguda após a realização do exame incapacitará
o trabalhador para o exercício da atividade.

• Essa comunicação deve ser feita rotineiramente pelo


supervisor do trabalho.

Fonte: ANAMT – Associação Nacional de Medicina do Trabalho


Riscos psicosociais
Influênciana saúde mental dos trabalhadores,
provocada pelas tensões da vida diária, pressão
do trabalho e outros fatores adversos.
  Restrições para trabalhos em altura
 
 
Excesso de peso;
Epilepsia;
Acrofobia;

 
Risco grave e iminente
“ É qualquer condição que possa causar acidente de
trabalho ou doença profissional com lesão grave á
integridade física do trabalhador ” ( NR33/Anexo 3/glossário ).
Os riscos e seus envolvidos
 O trabalhador
 A empresa
 A comunidade
 O meio Ambiente
Trabalhador
 Primeiro a sofrer.
 Lesões / morte.
Empresa
 Prejuízo financeiro ( indenizações e multas).
 Prejuízo moral ( perda de credibilidade no
mercado).
Comunidade
 Consumidores.
 Parentes das vítimas ou vítimas ( Bhopal / India ).
Meio Ambiente
Mananciais atingidos.
Poluição sonora e ambiental.
Riscos ambientais
( NR09- Programa de prevenção de riscos ambientais)

São agentes que podem ser encontrados nos ambientes de trabalho


que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e
tempo de exposição, são capazes de causar danos á saúde do
trabalhador.
1) Riscos de acidentes

2) Riscos físicos

3) Riscos químicos

4) Riscos biológicos

5) Riscos ergonômicos
1) Riscos de acidentes

Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação


vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar
físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as
máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de
incêndio e explosão, arranjo físico inadequado,
armazenamento inadequado, etc.
2) Riscos físicos

São as diversas formas de energia a que possam estar expostos


os trabalhadores, tais como:

Choques elétricos
Afogamento
Ruídos
Frio e calor extremo
Luminosidade deficiênte
Engolfamento
Inundação
Incêndio
Soterramento
Queimaduras
Quedas
Energias que podem gerar danos físicos

 Energiacinética; Está presente nos objetos que se movimentam,


como volantes, polias, etc.

 Energiapotencial; É a energia armazenada em partes que não se


locomovem, como balanças de peso, cargas elevadas,etc.

 Energia elétrica; É a energia presente em fios elétricos, motores,


transformadores,etc.
 Energia hidráulica; É o fluxo sob pressão, como em guinchos,
cilindros,etc.

 Energia pneumática; É a energia presente nos encanamentos,


vasos,
dutos, tanques e cilindros onde vapores ou gases são pressurizados.
3) Riscos químicos

Consideram-se as substâncias, compostos ou produtos que


possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas,
névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade,
de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.
4) Riscos biológicos

Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias,


vírus, fungos, parasitos, entre outros.
5) Riscos ergonômicos

Qualquer fator que possa interferir nas características


psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou
afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o
levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho,
monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho,
etc.
Risco eliminado ou controlado?
Risco eliminado
 É quando o risco é totalmente descartado.
Risco controlado
 É quando o risco ainda existe, mas pode ser contido
através de procedimentos de segurança, como
isolamento, sinalização, bloqueios e outros
mecanismos.
 Ex; o desligamento de energia elétrica e a aplicação de
bloqueios para efetuar a manutenção em um
equipamento.
RISCO MAL CONTROLADO

É o que vai acontecer se o risco não for bem controlado


Risco Controlado
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS
Identificar, Analisar e Tratar
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS
“O caso do eletrecista”
Manutenção ( troca da boquilha )
Identifique os riscos
Identifique os riscos

• Queda.
• Choque elétrico.
Analise os riscos e seus efeitos na saúde
do trabalhador.
Analise os riscos e seus efeitos na saúde
do trabalhador.
• Fraturas e ferimentos.
• Queimaduras e PCR.
Trate os riscos para evitar os seus efeitos
na saúde do trabalhador.
MEDIDAS DE CONTROLE DE RISCOS

 Identificar;
 Analisar;
 Tratar;
 Identificar; Fazer o levantamento de todas
as fontes de energias a serem controladas;

 Mecânica.
 Elétrica.
 Térmica.
 Etc.
 Analisar; Verificar os danos que estas energias
podem causar aos trabalhadores.

 Mecânica ( ferimentos, fraturas, esmagamentos ).


 Elétrica (queimaduras e PCR).
 Térmica (desidratação, queimaduras,etc).
 Tratar; Após identificados e analisados, os
riscos deverão ser tratados de imediato.

 APR;
 PET;
 Etc.
Bloqueio
 Sistema de travamento devidamente sinalizado, que
permite ao trabalhador a execução de sua atividade em
máquinas e equipamentos de forma segura e sem a
liberação inesperada de energia, evitando assim o
acidente.
Bloqueio/sinalização ( lockout/tagout )

 Lockout; (bloqueio).

 Tagout; (sinalização).
Bloqueio/sinalização ( lockout/tagout )

Procedimentos importantes

• A colocação de bloqueios deverá ser feita somente por


pessoas qualificadas.

• A retirada de bloqueios só poderá ser feita pelo mesmo que


o colocou.
Bloqueios
Vídeos
- “Acidente causado por falta de bloqueio”.
- “Modelos de bloqueios”.
Sinalização

 Este procedimento visa informar através de placas


indicativas que em determinada área esta sendo
efetuado alguma atividade de risco ou ela já se encontra
comprometida.
Isolamento

 Este procedimento visa separar determinada área através


de cones,cordas,correntes ou outros materiais para que
pessoas não autorizadas, a ultrapasse, evitando assim
colocar as suas vidas ou de terceiros em risco.
Vídeos
ACIDENTES

1. Salvamento do boneco.
2. Acidente com os bombeiros ( queda do helicóptero ).
3. Operários presos no andaime.
4. Queda de escada.
Análise de acidentes
1. Torre.

2. Esteira mecânica.

3. Pára-quedas.
Inspeção e avaliação de riscos
Situação hipotética

Um trabalhador precisa subir em uma torre de


aproximadamente 30 metros para efetuar a
manutenção de um equipamento.

 Identificar
 Analisar
 Tratar
Inspeção e avaliação de riscos
Solução
 Identificar;
Estrutura suspensa de aproximadamente 30 metros.

 Analisar;
Verificou-se a possibilidade de queda devido a sua característica
( aprox. 30 metros ).

 Tratar;
APR ( análise preliminar de risco ),Sinalização,isolamento, uso
de EPI,equipamentos de altura,etc.
Análise de acidentes

1. Esteira mecânica.
Análise de acidentes

1. Pára-quedas.
Operações de salvamento
Equipamentos
Cabo solteiro
Cordas
Características

• Estática
• Semi-estática
• Dinâmica
Cordas estáticas
 São raras as cordas que não apresentam nenhum tipo de
alongamento. Havia no passado uma corda que apresentava um fio
de aço em seu interior, lhe proporcionando esta característica.
Atualmente vamos encontrar somente cordas semi-estáticas ou
dinâmicas. Veja a seguir;
Cordas semi-estáticas
 Sãocordas de baixo estiramento (elasticidade até 3%) usadas em
espeleologia, rapel, operações táticas, segurança industrial e
salvamento, situações que o efeito “iô-iô” é contraindicado e em
que se desconsidera o risco de impacto por queda. Para tanto, os
cordões da alma são paralelos entre si, ao contrário das dinâmicas,
em que são torcidos.
Cordas dinâmicas
 São cordas de alto estiramento (elasticidade de 6 a 9%) usadas
principalmente para fins esportivos na escalada em rocha ou gelo.
Esta característica permite absorver o impacto, em caso de queda
do escalador, sem transferir a ele a força de choque, evitando
assim lesões. Sua alma é composta por um conjunto de fios e
cordões torcidos em espiral, fechados por uma capa
Cordas de cores diferenciadas
Os grupos de resgate empregam, em geral, cordas com
materiais de cores diferenciadas, a fim de se facilitar
identificação durante as operações de resgate, pois a
diferenciação das cores facilita a comunicação, evitam
erros e confusões.
Cinto tipo pára-quedista e
talabartes
Talabarte para içamento de
vítimas
Uniforme adequado
Luvas
BOTA
ÔCULOS
FREIO EM OITO
ATC
Rack
STOP
ID
MOSQUETÕES
Os mosquetões são versáteis mas como a
maioria das ferramentas, certas
características e desenhos são melhores
indicados para cada situação específica;
MALHA
CAPACETE
ASCENSSORES / BLOQUEADORES
Blocantes
Rescuescender
Trava-quedas
Polias
Utilização das polias
Placas de ancoragem
Fitas tubulares e planas
Utilização da fita
Cordim / Cordelete
Aparelho tripé
Maca Sked ( envelope )
Ked ( imobilizador de tronco )
Prancha longa
Kit de primeiros socorros
Fator
de queda
Rapel
Ascensão
Tiroleza
Ascensão com talabartes

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