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NR 35

Trabalho em altura
Componentes:
● Arilson
● Hélio
● Matheus Gabriel
● Wanderson
Sobre a NR 35 - Objetivo e Campo de Aplicação

● Foi criada em 2012 pelo ministério do trabalho;

● Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,


envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta
atividade;

● Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois


metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.
Áreas mais afetadas

O setor da construção civil e elétrica são os mais presentes nos índices de acidentes no
trabalho em altura. Mas existem uma infinidade de segmentos econômicos onde há
necessidade de atividades em altura.

Segue alguns exemplos:


● Limpeza de condomínios e telhados;
● Pintura de fachadas;
● Trabalhos feitos em andaimes e plataformas;
● Limpeza de caixas d´água;
● Manutenção de rede elétrica.
O que é necessário para que o trabalho em altura aconteça

Qualquer trabalho em altura, como definido pela norma, só pode ser iniciada mediante uma Permissão
de Trabalho, emitida por um profissional de Segurança do Trabalho.

É imprescindível que este profissional também seja qualificado de acordo com o treinamento da
NR35.

A norma considera o trabalhador capacitado aquele que foi submetido e aprovado em treinamento,
teórico e prático, com carga horária mínima de 8 horas.

Segundo o item 35.4.1.1 da norma, o trabalhador autorizado deve ter atestado de saúde que comprove
sua aptidão para atividade, sendo atestada por exames médicos.
Sobre o treinamento
Ele precisa garantir os exames, assim como a avaliação sistemática periodicamente, levando em conta todos os
riscos envolvidos.

Além dos exames de aptidão física, a norma especifica a necessidade de exames médicos voltados às patologias que
podem desencadear algum mal súbito e queda.

O atestado de saúde ocupacional possui os seguintes exames:

● Eletrocardiograma;
● Eletrocardiograma;
● Acuidade visual;
● Audiometria ocupacional;
● Glicemia de jejum;
● Hemograma completo.
Sobre o treinamento

A carga horária do treinamento é mínima de 8 horas, e o conteúdo programático deve incluir:

● Compreensão das normas e regulamentos necessários ao trabalho em altura;


● Análise de riscos e condições impeditivas do trabalho em altura;
● Os potenciais riscos inerentes ao trabalho em altura e as medidas de prevenção e controle;
● Orientação sobre os sistemas de proteção coletiva, incluindo o uso de equipamentos e procedimentos;
● Acidentes comuns nos trabalhos em altura;
● Medidas para situações de emergência e noções de resgate e primeiros socorros.

A norma também determina um treinamento periódico, de 2 em 2 anos, com carga horária mínima de oito
horas e conteúdo programático organizado pelo empregador.
Quem pode ministrar o treinamento?

Segundo o texto da Norma Regulamentadora 35, ou NR 35, os treinamentos devem ser ministrados
“por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional
qualificado em segurança no trabalho”.

Ou seja, o instrutor precisa ter conhecimento extenso, prático e teórico, sobre todos os itens listados
acima. Na maioria dos casos, o currículo do curso para Técnico em Segurança do Trabalho não aborda
todos esses itens.

Assim, os interessados em ministrar treinamentos relativos à NR 35 precisam:

● Fazer um curso de instrutor para trabalhos em altura, voltado especificamente para esse fim;
● Adquirir prática de campo e, consequentemente, a proficiência solicitada na NR.
Exemplo de um treinamento
EPI para trabalhos em altura

Geralmente, os equipamentos de segurança para o trabalho em altura são:

● Ancoragem
● Cinto de Segurança (EPI)
● Cinto de Segurança tipo Cadeirinha (EPI)
● Conectores
● Cordas
● Escadas
● Polia
● Talabarte de Segurança
● Trava Queda
● Trava Queda Retrátil
Outros EPI para trabalho em altura

Para que a segurança no Trabalho em Altura seja eficiente, outros tipos de EPIs também são
utilizados. Alguns exemplos deles são:

● Calçado de segurança
● Óculos de segurança
● Capacete de segurança
● Luvas de segurança.
Responsabilidade dos EPI

Cabe ao empregador quanto ao EPI

1. Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


2. Exigir seu uso;
3. Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e
saúde no trabalho;
4. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
5. Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
6. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
7. Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
8. Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
Responsabilidade dos EPI

Cabe ao colaborador quanto ao EPI


1. Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
2. Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
3. Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
4. Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Cabe ao fabricante ou importador


5. Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
6. Solicitar a emissão do CA;
7. Solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde do trabalho;
8. Requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado;
9. Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação – CA;
Existe limite de peso para trabalhar em altura?

Depende! Na NR 35 não existe qualquer menção referente ao peso do trabalhador. No entanto, vai depender da
avaliação do Médico do Trabalho. Ou seja, trabalhadores com mais de 100kg podem sim trabalhar em altura, a não
ser que o resultado do PCMSO indique algum impeditivo.

A verdade é que todo e qualquer cinto, por exemplo, poderá aguentar mais do que isso. No entanto, o ensaio em
laboratório para aprovar estes equipamentos é feito com um manequim com massa de 100 Kg. Ou seja, para fins de
aprovação, todos os EPIs para trabalho em altura, neste caso os cinturões, terão aprovação para este peso.

Mas isso não quer dizer que ele não aguente mais do que isso!

Quando ocorre de um trabalhador ter um peso superior ao mencionado (e o médico liberar para trabalhar em altura),
os fabricantes recomendam que este colaborador esteja sempre ancorado acima da linha da cabeça. Assim, estará
minimizando as possíveis consequências de uma queda.
Principais medidas de proteção no trabalho em altura

Dentro do treinamento oferecido pela empresa, deverá conter, no mínimo, todos os itens propostos na
norma regulamentadora.
São eles:
● Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
● Análise de risco e condições impeditivas;
● Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
● Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
● Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e
limitação de uso;
● Acidentes típicos em trabalhos em altura;
● Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros
socorros.
Principais medidas de proteção no trabalho em altura

Além do treinamento para a execução das atividades, deverá ser realizado um treinamento extra bienal
ou sempre que ocorrer alguma das seguintes situações:

● Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;


● Evento que indique a necessidade de novo treinamento;
● Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
● Mudança de empresa.
Sistema de evacuação de emergência

É importante destacar que o treinamento de 8 horas(trabalhador autorizado), não prepara os


trabalhadores para executar esta função. Seria necessário um treinamento complementar conforme o
tipo de atividade a ser realizada e isso estaria previsto no plano de emergência, onde estaria descrito
por exemplo a carga horária ,conteúdo programático do treinamento e periodicidade.

Logo, o empregador deve realizar uma análise de todos os trabalhos em altura de sua empresa e ver se
as medidas de resgate e salvamento estão presentes no seu plano de resposta, assim como os demais
recursos necessários.
Análise de Risco

A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;


b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da
redução do impacto e dos fatores de queda;
Análise de Risco
Atividades Rotineiras em altura

Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no


mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;

b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa; d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;

e) as condições impeditivas;

f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;

g) as competências e responsabilidades.
Sistema de Proteção Contra Quedas (NR)

O sistema de proteção contra quedas deve:

a) ser adequado à tarefa a ser executada;

b) ser selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais;

c) ser selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho;

d) ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda;

e) atender às normas técnicas nacionais ou na sua inexistência às normas internacionais aplicáveis;

f) ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção.


Trabalho em altura gera periculosidade?

Não há até o momento nenhum dispositivo legal, tampouco normativo (NR-16 e/ou NR-35) que
obrigue o pagamento do adicional de periculosidade para os trabalhadores que exercem atividades de
trabalho em altura e, por esta razão, é indevido o acréscimo de 30% sobre o salário nominal do
trabalhador. A única exceção seria a previsão do pagamento por força de negociação coletiva da
categoria.

Ademais, este assunto já foi, inclusive, analisado pelo Tribunal Superior do Trabalho – TST
(Processo: RR-377-53.2013.5.09.0029), oportunidade em que foi enfatizado que “a NR 35 não obriga
ao pagamento do adicional nesse caso, limitando-se a estabelecer requisitos mínimos de segurança
aos trabalhadores que se ativam nessas condições”.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

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