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NR 35 - Trabalho em Altura

Portaria MTP n.º 4.218, de 20 de dezembro de 2022 D.O.U 21/12/22

Uma apresentação abrangente sobre a NR 35, que define as normas


e medidas de segurança para trabalhos em altura, garantindo a
proteção dos trabalhadores.

Alunos:
Angélica Fachin Zanin
Diego Ralfe Verlindo
Matheus Henrique Fidel

Professor:
Robson Iwamoto
O que é a NR 35? (itens 35.1 e 35.2)

Esta Norma estabelece os requisitos e as medidas de


prevenção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento,
a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com
esta atividade.

Considera-se trabalho em altura toda atividade executada


acima de 2 metros do nível inferior, onde haja risco de queda.

A NR 35 detalha como este trabalho deve ser executado e


as principais medidas para evitar a ocorrência de acidentes.
Princípios Básicos da NR 35
1 Avaliação e Planejamento
Todo trabalho em altura deve ser previamente planejado e avaliado,
considerando os riscos envolvidos.

2 Medidas de Proteção Coletiva


É indispensável o uso de medidas de proteção coletiva adequadas aos
riscos envolvidos no trabalho em altura.

3 EPIs e EPCs

Quando não for possível eliminar o risco de queda, devem ser


utilizados equipamentos de proteção individual (EPIs) e equipamentos
de proteção coletiva (EPCs).
35.3.1 - Responsabilidades do Empregador
a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco – AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de
Trabalho – PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo,
planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de
proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de
proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
l) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
35.3.2 - Responsabilidades do Trabalhador

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os


procedimentos expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
d) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis;
e) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas
ações ou omissões no trabalho.
Documentação e Registro de
Trabalhos em Altura

1 Análise de Risco

Antes do início das atividades em altura,


é necessário realizar uma análise de risco
Permissão de Trabalho 2 detalhada, registrando os resultados.
Para trabalhos em altura mais complexos,
é essencial emitir uma permissão de
trabalho, documentando as condições e
medidas de segurança. 3 Registro de Acidentes

Todos os acidentes ocorridos durante


os trabalhos em altura devem ser
registrados e utilizados para a
implementação de melhorias e
prevenção.
Riscos e Medidas de Controle em
Trabalhos em Altura

Riscos Medidas de Controle

Quedas de altura, instabilidades, exposição Planejamento adequado, uso de


a intempéries e choque elétrico estão entre equipamentos de proteção, inspeções
os riscos enfrentados em trabalhos em regulares e treinamento são algumas das
altura. medidas de controle essenciais.
35.4 - Autorização, Capacitação e Aptidão
1 Autorização da empresa/organização para o trabalho.

2 Trabalhadores devidamente CAPACITADOS, por meio de treinamentos.

Treinamento inicial – carga horária minima de 8 horas;


Treinamento periódico – realizado a cada 2 anos com carga minima de 8 horas;

3 Com estado de saúde AVALIADO e APTO compatível com a atividade.


Cabe à organização avaliar o estado de saúde dos empregados que exercem
atividades de trabalho em altura de acordo com o estabelecido na NR-07
(Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), em especial o item 7.5.3,
considerando patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, bem
como os fatores psicossociais.
A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde
ocupacional do trabalhador.
35.5 - Planejamento e Organização

No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:


a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de
execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de
execução do trabalho de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não
puder ser eliminado.

Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas


mediante Permissão de Trabalho.
35.6 -Sistemas de Proteção Contra Queda - SPQ

Trata-se de um mecanismo elaborado para diminuir os riscos presentes no trabalho em


altura. Deve levar em consideração a Análise de Risco, e divide-se em dois tipos de
sistemas: Coletivo e Individual.

O Sistema de Proteção Coletiva Contra Quedas (SPCQ) é utilizado em toda situação na


qual está presente o trabalho em altura, antes de ser iniciada a proteção individual.
Envolve a utilização de barreiras de proteção e pontos de ancoragem nos quais o
equipamento de proteção individual deverá ser conectado, dentre outras ferramentas que
garantem a segurança de mais de um trabalhador ao mesmo tempo.

Já o Sistema de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ) é utilizado em conjunto com a


proteção coletiva, para garantir a proteção contra quedas de cada pessoa envolvida no
trabalho em altura e para atender também a situações de emergência de modo específico.
Envolve processos de restrição de movimentação, posicionamento ou acesso e retenção de
queda.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Talabarte em Y Capacete

Cinto de Segurança Tipo Cadeirinha


Trava Queda Mosquetão
35.7 - Emergência e Salvamento

O empregador deve disponibilizar uma equipe de resposta para emergências no trabalho


em altura. A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores
que executam o trabalho em altura;

O empregador deve garantir que a equipe possua os recursos necessários para atuação em
emergências;

As ações de resposta que envolvam o trabalho em altura devem estar no plano de


emergência da empresa;

Os responsáveis pelas medidas de salvamento devem estar capacitados a executar o


resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a
atividade.
ANEXO I – Acesso por Cordas
OBJETIVO:

Estabelecer os requisitos e as medidas de prevenção para o trabalho em altura utilizando a


técnica de acesso por cordas.

CAMPO DE APLICAÇÃO:

É considerado acesso por corda a técnica de progressão utilizando cordas, com outros
equipamentos para ascender, descender ou se deslocar horizontalmente, normalmente
incorporando dois sistemas de segurança fixados de forma independente, um deles como
forma de acesso e o outro como corda de segurança utilizado com cinturão de segurança
tipo paraquedista.

EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES:

Por trabalhadores certificados em conformidade com normas técnicas nacionais vigentes


de certificação de pessoas;
Por equipe constituída de pelo menos dois trabalhadores, sendo um deles o supervisor.
ANEXO I – Acesso por Cordas

Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados


antes da sua utilização e periodicamente.

Todo equipamento ou corda que apresente defeito,


desgaste, degradação ou deformação deve ser
recusado, inutilizado e descartado.

RESGATE:

A equipe de trabalho deve ser capacitada para


autorresgate e resgate da própria equipe.
Para cada frente de trabalho deve haver um plano
de resgate dos trabalhadores.
ANEXO I – Acesso por cordas
ANEXO II – Sistemas de Ancoragem

Conjunto de componentes, integrante de um SPIQ, que incorpora um ou


mais pontos de ancoragem, aos quais podem ser conectados EPI contra
quedas, diretamente ou por meio de outro componente, e projetado para
suportar as forças aplicáveis.

Os sistemas de ancoragem devem ter dimensionamentos que determinem:


a. a força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando
em conta o efeito de impactos simultâneos ou sequenciais;
b. os esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força
de impacto; e
c. a zona livre de queda necessária.
ANEXO II – Sistemas de Ancoragem
Os sistemas de ancoragem podem ser:
• diretamente na estrutura;
ANEXO II – Sistemas de Ancoragem

• Na ancoragem estrutural;
ANEXO II – Sistemas de Ancoragem
• No dispositivo de ancoragem;
ANEXO III – Escadas

As escadas de uso individual podem ser classificadas como escada fixa vertical, escada portátil de
encosto e escada portátil autossustentável.
ANEXO III – Escadas
A escada de uso individual deve:
a) resistir às cargas aplicadas;
b) ser construída com materiais e acabamento que não causem lesões ao
usuário durante o uso;
c) ser submetida a inspeção inicial e periódica; e
d) se construída de madeira, as peças devem ser aplainadas em todas as
suas faces e, em caso de aplicação de revestimento, este deve ser
transparente, facilitando a visualização de imperfeições.

É dispensada a análise de risco e o sistema de proteção individual contra


queda quando da utilização de escada como meio de acesso para alturas de
até 5 (cinco) metros, desde que em avaliação prévia não sejam identificados
riscos adicionais de queda com diferença de nível. Nesta situação também
são dispensadas a capacitação e a autorização para trabalho em altura,
devendo ser transmitida ao trabalhador instrução básica de segurança de
uso da escada de uso individual.
OBRIGADO!

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