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APOSTILA

MÓDULO: NR-33 ESPAÇO CONFINADO NR-35 TRABALHO EM ALTURA

MÓDULO: NR-35 TRABALHO EM ALTURA

INTRODUÇÃO
A Norma Regulamentadora 35, ou apenas NR 35, estabelece os requisitos mínimos de proteção
para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução.

OBJETIVOS
Orientar os profissionais que estarão trabalhando em trabalho em altura, capacitando-os a
identificar seus riscos, e executar as medidas de controle dos riscos existentes, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta
atividade.

CAMPO DE APLICAÇÃO
Considera-se trabalho em altura, toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do
nível inferior, onde haja risco de queda.

CAUSAS DOS ACIDENTES


➢ Profissionais não capacitados;
➢ Falta de planejamento;
➢ Falta de equipamentos de segurança;
➢ Equipamentos inadequados;
➢ Métodos de segurança inadequados;
➢ Falta de inspeção;
➢ Falta de comunicação;
➢ Excesso Confiança;
➢ Falta de atenção e brincadeiras;
➢ Carga horária excessiva;
➢ Consumo Álcool e outras drogas;
➢ Condições do Tempo;
➢ Etc.
LEGISLAÇÃO
NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual;
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviço em Eletricidade;
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção;
NR- 35 – Trabalho em Altura;
Anexo 2 – Sistemas de Ancoragem;
Cabe ao empregador:
a. garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b. assegurar a realização da Análise de Risco, quando aplicável, a emissão da Permissão
de Trabalho - PT;
c. desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em
altura;
d. assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura,
pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares
de segurança aplicáveis;
e. adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de
proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f. garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de
controle;
g. garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de
proteção definidas nesta Norma;
h. assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição
de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i. estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j. assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será
definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k. assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

Cabe aos trabalhadores:


a. cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os
procedimentos expedidos pelo empregador;
b. colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
c. zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho.
CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO
➢ Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido
e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas.
➢ O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme
conteúdo programático definido pelo empregador.

PRÉ-REQUISITOS PARA O TRABALHO EM ALTURA


Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em
altura.
Para tanto a boa saúde é de caráter obrigatório para sua segurança.
A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do
trabalhador o ASO.

PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO


No planejamento do trabalho devem ser adotadas as medidas, de acordo com a seguinte
hierarquia:
1. Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de
execução;
- No intuito de evitar a exposição do trabalhador ao riso de queda.
2. Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de
execução do trabalho de outra forma;
-SPIQ; Sistema de proteção individual de queda.
- SPCP; Sistema de proteção coletiva de queda.
3. Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não
puder ser eliminado.
A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
e)a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva
e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos
princípios da redução do impacto e dos fatores de queda.
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h)o atendimento a requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas
regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j)as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a
reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
k) a necessidade de sistema de comunicação;
l) a forma de supervisão;
m) A forma de supervisão.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autoriza das mediante
Permissão de Trabalho.
Como são atividades não habituais, não há exigência de procedimento operacional. Desta
forma, é necessária a autorização da sua execução por meio de Permissão de Trabalho.

SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS


É OBRIGATÓRIA A UTILIZAÇÃO DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS SEMPRE
QUE NÃO FOR POSSÍVEL EVITAR O TRABALHO EM ALTURA.

Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:


a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;
b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.

Entendendo que todo trabalho em altura acima de 2 metros onde haja o risco de quedas,
teremos que estar conectado em um sistema de proteção contra quedas ... e seguindo a
hierarquia (evitar, eliminar ou minimizar a consequência da queda) das medidas de trabalho em
altura terá que ser desenvolvido um sistema antiqueda para cada situação, como exemplos
linha de vida de retenção de quedas, linha de vida de movimentação e restrição de movimentos,
podendo ser elas horizontal, vertical ou em ângulos...
Esses tipos de sistemas de proteção de quedas serão definidos na análise de risco.
Sabendo que será adequada para cada tarefa a ser executada, sendo selecionada por

profissional qualificado em segurança do trabalho sempre seguindo as normas nacionais ou na


sua inexistência as normas internacionais aplicáveis, e sabendo que todos os elementos do
sistema terão que ser submetidos a uma sistemática de inspeção;
Essas inspeções terão que ser feitas na aquisição, rotineiras e periodicamente sendo
documentadas e arquivadas.
Quando o sistema de proteção contra quedas for coletivo devemos seguir algumas regras;
Ser selecionado por profissional legalmente habilitado.
Nos sistemas de proteção contra quedas será constituído dos seguintes elementos;
Sistema de ancoragem;
Quando o sistema de proteção contra quedas for coletivo devemos seguir algumas regras;
Ser selecionado por profissional legalmente habilitado.
Nos sistemas de proteção contra quedas será constituído dos seguintes elementos;
Sistema de ancoragem.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI


Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragens devem
ser:
• Certificados, adequados para a atividade, respeitando os limites de uso, ajustados ao
peso e à altura do trabalhador.
• Os fabricantes e/ou fornecedores de EPI devem disponibilizar as informações e limites
de uso e carga máxima dos mesmos.

➢ Cinto De Segurança Tipo Pára-Quedista:


Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda,
constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolvendo as
coxas.
➢ Talabarte Com Absorvedor De Energia:
Absorvedor de energia - dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do
trabalhador e sistema de segurança durante a contenção da queda.

REGRA DE OURO:
O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o
período de que haja exposição ao risco de queda.
Ponto de ancoragem: ponto destinado a suportar carga de pessoas para a conexão de
dispositivos de segurança, tais como cordas, cabos de aço, trava-queda e talabartes.
CORDA PARA TRABALHO EM ALTURA
As cordas de segurança são fabricadas de fibras sintéticas, e as principais fibra utilizadas na
fabricação destas cordas são:
➢ Poliéster (Utilizada na fabricação da capa da corda)
➢ Poliamida (Utilizada na fabricação da alma da corda) As
principais causas de degradação de uma corda são:
➢ Atrito
➢ Raios UV
➢ Químicos
➢ Mau uso
Cuidados importantes:
➢ Sempre proteja as cordas de quinas vivas pontos abrasivos.
➢ Não deixe acontecer atrito de corda com corda.
➢ Nunca guarde próximo de produtos químicos.
➢ Não utilizar em outro fim que não seja segurança.
➢ Evitar exposição ao sol.

SÍNDROME DE SUSPENSÃO INERTE (SSI)


➢ Estrangulamento das artérias femorais
➢ Diminuição do fluxo sanguíneo
5 min - Inconsciência
➢ Falta de oxigenação para o cérebro
➢ Inconsciência

➢ Coagulação do sangue
➢ Morte das células dos membros
➢ Inferiores
15 min - Morte
➢ Embolia pulmonar
➢ Parada cardiorrespiratória

EMERGÊNCIA E SALVAMENTO
O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho
em altura.
A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o
trabalho em altura, em função das características das atividades.
O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessário para resgate.
Os tipos de resgate devem contar no plano de emergência da empresa.
MÓDULO: NR-33 ESPAÇO CONFINADO

INTRODUÇÃO
Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua,
que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. É
qualquer ambiente que possa expor os trabalhadores ao risco de morte, incapacidade, lesão,
doença aguda ou que possa impedir a fuga (escape), independente de ajuda (auto-resgate);
É também a concentração de gases químicos e inflamáveis em percentuais acima dos limites
de explosividade.

OBJETIVO
Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados
e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a
garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou
indiretamente nestes espaços.

DEFINIÇÃO DE UM ESPAÇO CONFINADO


Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua,
que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para
remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

TIPOS DE ESPAÇOS CONFINADOS


➢ Galerias subterrâneas;
➢ Tanques (de água e/ou esgoto);
➢ Dutos;
➢ Chaminés;
➢ Moinhos industriais;
➢ Reatores;
➢ Fossos;
➢ Tubulações;
➢ Silos;
➢ Poços;
➢ Elevadores.
ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO
➢ É o ato através do qual uma pessoa passa (ingressar) através de uma abertura para
o interior do espaço confinado;
➢ É considerado como “entrada” quando qualquer parte do corpo de uma pessoa
ultrapassar o plano de abertura de um espaço confinado;
➢ As entradas incluem os trabalhos a serem desenvolvidos no espaço confinado, assim
como a inspeção dos mesmos.

CABE AO EMPREGADOR
➢ Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento da norma;
➢ Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
➢ Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
➢ Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e
salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas
de trabalho;
➢ Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de
controle, emergência e salvamento em espaços confinados;
➢ Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito,
da Permissão de Entrada e Trabalho;
➢ Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeita de condição de risco
grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local;
➢ Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada
acesso aos espaços confinados.

CABE AOS TRABALHADORES


➢ Colaborar com a empresa no cumprimento da NR;
➢ Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
➢ Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua
segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; e
➢ Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação
aos espaços confinados.
LOCAIS ONDE ENCONTRAMOS ESPAÇOS CONFINADOS
➢ Indústria Gráfica;
➢ Indústria Alimentícia;
➢ Indústria de Papel e Celulose;
➢ Indústria da Borracha, do Couro e Têxtil;
➢ Indústria Naval e Operações Marítimas;
➢ Indústrias Químicas e Petroquímicas.

TIPOS DE SERVIÇOS EM ESPAÇOS CONFINADOS


➢ Limpeza;
➢ Reparos;
➢ Manutenção;
➢ Obras da Construção Civil;
➢ Montagem de Equipamentos;
➢ Operações de Salvamento e Resgate;
➢ Inspeção de Equipamentos ou Reservatórios.

EQUIPE DE TRABALHO
É composta por: trabalhadores autorizados, supervisor de entratada e um vigia.

➢ TRABALHADOR AUTORIZADO (EXECUTANTE): é o trabalhador autorizado a entrar


em um Espaço Confinado, tendo recebido capacitação para tal, ciente dos seus direitos
e deveres e com conhecimento dos perigos e das medidas de controle existentes.

➢ SUPERVISOR DE ENTRADA: um Supervisor de Entrada pode ser um engenheiro, um


técnico, supervisor, líder ou coordenador de equipe, desde que seja treinado e designado
para tal; é a pessoa responsável por determinar se as condições para entrada em um
Espaço Confinado são adequadas, antes da entrada dos executantes, tendo recebido
capacitação para tal; é responsável também por autorizar a entrada, supervisionar os
trabalhos e encerrar o mesmo.

➢ VIGIA (OBSERVADOR): É um trabalhador designado para permanecer do lado de fora


do Espaço Confinado, responsável pelo: controle de acesso nos pontos de entrada;
monitoramento dos trabalhadores autorizados (executantes) a entrar nestes espaços;
Ordenar o abandono, sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma,
queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder
desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia; o Vigia não
poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de
monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; permanecer fora do espaço
confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados.

PERIGOS E RISCOS
➢ Perigo:
Condição ou agente com potencial para causar lesão ou danos a pessoas, equipamentos ou
propriedades.

➢ Risco:
Combinação de probabilidades de ocorrências em situações com exposição de lesão ou doença
que a exposição possa causar.
Risco = Perigo (mais prevenção, menos risco / perigo) o perigo sempre vai existir já o risco pode
ser controlado ou eliminado.

TIPOS DE RISCOS EM ESPAÇOS CONFINADOS


➢ Quedas;
➢ Choque;
➢ Explosões;
➢ Afogamento;
➢ Engolfamento;
➢ Aprisionamento;
➢ Produtos químicos;
➢ Animais peçonhentos;
➢ Falta ou excesso de oxigênio;
➢ Gás, vapores;
➢ Risco físicos (Calor, Ruído e Radiação não ionizantes);
➢ Etc.

CONSEQUÊNCIAS MAIS COMUNS PROVOCADAS PELOS RISCOS


Dependendo da temperatura do local, o calor pode causar vários efeitos como:
➢ Sudorese (Suor intenso);
➢ Náuseas (Vontade de vomitar);
➢ Exaustão (cansaço físico);
➢ Tontura;
➢ Perca de consciência.
➢ Oxigênio O2 (Deficiência ou excesso);
➢ Monóxido de Carbono CO;
➢ Gás Sulfídrico H2S;
➢ Metano CH4;
➢ Outra substância tóxica.

COMPOSIÇÃO DO AR
20,9% de Oxigênio
1% de Argônio
78 % Nitrogênio
0,6% de outros gases

DEFINIÇÃO DE ÁREA IPVS


Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (IPVS).
Definição: qualquer condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que possa causar
efeitos adversos irreversíveis à saúde ou que interfira com a habilidade dos indivíduos para
escapar de um espaço confinado sem ajuda.

➢ Oxigênio
É um gás que:
• Não possui odor (cheiro);
• É incolor;
• Não combustível.
Concentração de O2 (%):
• 19,5 % - Nível mínimo para entrada segura;
• 16 á 12 % - Alteração da respiração e do estado emocional, fadiga anormal em qualquer
atividade;
• 11 á 10 % - Aumento da respiração e da pulsação, coordenação motora prejudicada,
euforia e possível dor de cabeça;
• 10 á 06 % - Náuseas e vômito, incapacidade de realizar;
• movimentos, possível inconsciência;
• < = 06 % - Respiração ofegante, parada respiratória seguida de parada cardíaca, morte
em seguida;
• Acima de 23 % - perigo de ignição de matérias inflamáveis.

ATMOSFERA PERIGOSA
➢ Monóxido de Carbono (CO)
• Resulta da combustão incompleta, como por exemplo, a que ocorre nos motores de
combustão interna;
É um gás que:
➢ Não possui odor (cheiro);
➢ É incolor;
➢ É inflamável;
➢ Tóxico;
➢ É pouco mais leve que o ar (densidade = 0,97);
• Limite perigoso de tolerância Mínimo 0 e Máximo 39 ppm);
Dependendo da concentração e do tempo de exposição pode causar:
➢ Dor de cabeça, desconforto;
➢ Confusão, náusea;
➢ Perda de equilíbrio;
➢ Palpitação leve no coração;
➢ Inconsciência, morte.
➢ Pode resultar da decomposição de materiais
➢ Em baixas concentrações possui cheiro de ovo podre;
➢ Em altas concentrações não possui cheiro;
➢ Mais pesado que o ar (densidade = 1,2):
➢ Limite perigoso de tolerância Mínimo 0 e Máximo 8 ppm):

Dependendo da concentração e do tempo de exposição pode causar:


➢ Irritação moderada nos olhos e garganta;
➢ Forte irritação;
➢ Convulsão;
➢ É classificado como irritante agudo, com atuação no sistema nervoso central
olhos e vias respiratórias;
➢ Também interfere no transporte de oxigênio pelo sangue e na oxigenação celular;
➢ Inconsciência e morte por paralisia respiratória.

OUTRAS SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS


➢ Produtos armazenados no Espaço Confinado:
• Gases liberados durante a limpeza;
• Materiais impregnados nas paredes;
• Decomposição de materiais
➢ Trabalhos realizados nos Espaços Confinados
• Soldagem, corte a quente;
• Pintura, raspagem, jateamentos;
• Selagens, impermeabilização.

ESTRATIFICAÇÃO
➢ O monóxido de carbono CO é mais leve que o AR (com densidade de 0,97).
➢ O Gás Sulfídrico H2S é mais pesado que o AR (com densidade de 1,2).

MEDIDAS DE SEGURANÇA
➢ Isolamento da Área: é necessário para evitar que pessoas não autorizadas se
aproximem do espaço confinado.
➢ Sinalização Adequada da Área: é importante para informação e alerta quanto aos
riscos em espaços confinados.
➢ Locais úmidos: em espaços confinados que sejam úmidos ou metálicos, devem ser
utilizadas ferramentas elétricas providas de isolamento duplo com diferencial residual ou
de circuito para aterramento, além de sistemas de iluminação com baixa tensão e baixa
voltagem (no máximo 24 volts).
➢ Iluminação: para possibilitar a realização segura do trabalho e para facilitar eventual
saída de emergência, é necessário fornecer iluminação primária e de emergência.
➢ Ferramentas de Trabalho: ferramentas elétricas e pneumáticas devem ser
selecionadas de forma a eliminar centelhas e outros perigos, conforme as condições do
E.C; as ferramentas portáteis devem ser limpas, e submetidas à inspeção visual quanto
à verificação de defeitos que possam afetar a operação segura no espaço confinado.

➢ Meios de Comunicação: usar um rádio, alarme, apito ou outro meio apropriado de


comunicação para convocar imediatamente o resgate e outros serviços de emergência;
equipamentos que podem ser necessários conforme características do E.C. e
localização.
➢ Objetos Proibidos:
– Cigarros: nunca fume no espaço confinado.
– Telefone celular: não deve ser utilizado como aparelho de comunicação em espaço
confinado.
– Velas, fósforos e isqueiros: não devem ser utilizados.
* Objetos necessários à execução do trabalho que produzam calor, chamas ou faíscas:
devem ser previstos na folha de permissão de entrada.
ATENÇÃO:
Em caso de existência de atmosfera IPVS (Imediatamente perigosa a vida e a saúde), o espaço
confinado somente pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda
com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para
escape.
➢ Equipamentos de Proteção Individual EPI:
– Os equipamentos de proteção individual (EPI) usados nos espaços confinados devem
proteger contra perigos previstos.
– Devem ser fornecidos gratuitamente;
– Devem ser utilizados EPIs adequados para cada situação de risco existente;
– O trabalhador deve ser treinado quanto ao uso adequado do EPI.
➢ Respiradores Purificadores: SEMIFACIAL, FACIAL INTEIRA, SEMIFACIAL S/
MANUTENÇÃO.
➢ Equipamentos de ar Mandado: Linha de AR, Cavalete Filtrante, Máscara Autônoma.
➢ Sistema De Ventilação: Trabalhos em áreas confinados são uma das maiores causas de
acidentes graves. Seja por ocorrência de explosão, incêndio ou asfixia, estes acidentes em
muitos casos têm consequências fatais.
A fim de minimizar e, se possível, eliminar tais acidentes, a ventilação em espaços
confinados tem como objetivo resfriar e principal reduzir a concentração de substâncias
tóxicas ou perigosas, presentes na atmosfera do ambiente confinado, seja antes do início
dos trabalhos seja no decorrer destes.
No uso de ventilação forçada, a mesma deve ser direcionada para áreas próximas de onde
o trabalhador estiver, e deve funcionar continuamente até que todos os trabalhadores

tenham saído do local.


Ventilação do Ambiente: No uso de ventilação forçada, a mesma deve ser direcionada para
áreas imediatamente próximas de onde o trabalhador estiver, ou venha a estar, dentro do
E.C., e deve funcionar continuamente até que todos os trabalhadores tenham saído do
mesmo.
Combinada (Exaustão e Insuflação): Método de ventilação com entrada e saída de ar ao
mesmo tempo, Sistema combinado é o uso do sistema de ventilação juntamente com o
sistema de exaustão.
Ventilação Localizada: Método utilizado de insuflação que fica em cima do procedimento
de soldagem ou corte com maçarico por exemplo.
➢ Medição Atmosférica: Os testes do ar interno são medições para verificação dos níveis
de oxigênio, gases e vapores tóxicos e inflamáveis. Antes que o trabalhador entre em um
espaço confinado, o supervisor de entrada deve realizar testes iniciais do ar interno.
Durante as medições, o supervisor de entrada deve estar fora do espaço confinado.
➢ Medições:
– As medições devem ser realizadas nos locais onde as pessoas estejam trabalhando;

– As medições em atmosferas de espaços confinados verticais que possam estar

estratificadas (em camadas) devem ser realizadas no plano da abertura, assim como a
cada 1,2 m na direção do deslocamento dos trabalhadores e para ambos os lados;
– As medições em espaços confinados horizontais, com potencial de atmosfera estratificada,
devem ser realizadas em alturas variadas, na direção do deslocamento dos trabalhadores,
e em um ritmo (velocidade de movimento) que permita ao equipamento a devida medição
(leitura) da atmosfera.
➢ Monitoramento da Atmosfera:
– O monitoramento da atmosfera deve atestar a continuidade das condições
aceitáveis de entrada para aqueles que estiverem trabalhando no mesmo, devendo
estar registradas na PET;
– Permitir que qualquer um dos trabalhadores autorizados (ou seus representantes)
possa observar as medições pré-entrada, assim como qualquer medição
subsequente;
– As pessoas que realizarem medições para atmosferas perigosas em espaços
confinados devem receber o devido treinamento e demonstrar competência na sua
execução;
– As medições atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado.

− Se for detectada uma atmosfera perigosa durante a entrada, os trabalhadores


devem sair do espaço imediatamente;
– O espaço deve ser avaliado para determinar como se desenvolveu a atmosfera
perigosa;
– Devem ser tomadas as providências necessárias para proteger os trabalhadores
antes de qualquer outra entrada;
– Ao medir espaços confinados que utilizam ventilação mecânica, as medições
iniciais das condições atmosféricas devem ser realizadas com os sistemas de
ventilação desligados, para representar a atmosfera em caso de falha do sistema
de ventilação.
– Se alguma medição indicar condições atmosféricas inaceitáveis, devem ser
tomadas as medidas apropriadas, tais como ventilação, purga, limpeza ou
ventilação forçada, a fim de estabelecer e manter uma atmosfera aceitável, antes
de qualquer trabalhador entrar no espaço confinado.
➢ Bloqueio de Energias Perigosas: é o bloqueio de todas as fontes de energia que
ofereçam riscos ao trabalhador ex: Ar Comprimido, Energia Elétrica, Energia Mecânica
ou hidráulica. As linhas de processos que seguem em direção a um espaço confinado
devem ficar desconectadas, blindadas ou tornadas seguras por outros meios.
É quando um espaço confinado está totalmente protegido da liberação de energia, ou de
materiais, através de métodos tais como etiquetagem, bloqueio, verificação, bloqueio
duplo e drenagem, vedação ou blindagem, remoção de partes ou peças, bloqueio,
fixação ou desligamento de dispositivos mecânicos.
Podendo ser feito através de bloqueio e etiquetagem:
– Etiquetagem: colocação de rótulo num dispositivo isolador de energia para indicar
que o dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser utilizados até
a sua remoção.
– Bloqueio: dispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como:
pressão, vapor, fluidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de
energias perigosas para trabalho seguro em espaços confinados.

PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO (PET)


É um documento obrigatório que estabelece critérios de segurança para a realização do serviço
em espaços confinados, nele consta:
– Identificar o espaço confinado, motivo da entrada, data e hora do início da

permissão (entrada), período autorizado (duração), data e hora do final da permissão;


– Atestar através da carteira de habilitação que todos os trabalhadores autorizados, vigias
(observadores), e supervisor(es) de entrada receberam o devido treinamento e que este
se encontra atualizado;
– Realizar a leitura e validação dos procedimentos antes da entrada;
– Registrar perigos existentes no espaço confinado;
– Atestar disponibilidade de todos os recursos e registrar na PET;
– Estabelecer as condições aceitáveis para entrada e efetuar as medições pré-entrada;
– Registrar as medições nos campos específicos da PET;
– Realizar a reunião de pré-entrada com os trabalhadores, registrando nomes, atribuições
e assinaturas;
– Quaisquer problemas encontrados durante uma entrada devem ser registrados na
permissão, para fins de análise e solução dos mesmos;
– A PET só deve ser autorizada (assinatura de liberação do supervisor de entrada) quando
todas as respostas da PET forem "Sim" ou "Na - Não Aplicável”;
– A ocorrência de interrupções no trabalho (saída de toda a equipe), implica na
necessidade de uma nova permissão;
– Atestar que todos os trabalhadores saíram do espaço confinado;
– O trabalhador deve entrar no espaço confinado com uma cópia da permissão de entrada
e trabalho.

Validade da PET:
A PET só terá validade durante a jornada de trabalho do emitente. Havendo qualquer rasura ou
alteração, ficará a PET automaticamente sem validade, sendo necessária uma nova emissão.

Prorrogação da PET:
Caso o trabalho não seja concluído até o final do turno do emitente, ficará a critério do seu
sucessor ou substituto eventual, endossar ou emitir nova PET, após analisar as condições
existentes.

Vias da PET:
A 1a via deve ser entregue ao Vigia (observador) que deve manter a mesma fixada em local
visível no acesso ao espaço confinado;
A 2a via deve ser mantida pelo Supervisor de Entrada e;
A 3a via a um dos trabalhadores autorizados.
Arquivamento da PET:
A 1ª via da PET deve ser arquivada em local apropriado durante no mínimo 05 anos.

NOÇÕES DE RESGATE, OPERAÇÕES DE SALVAMENTO E PRIMEIROS SOCORROS


Emergência:
Qualquer ocorrência no interior ou no exterior do espaço confinado que possa ocasionar em
danos aos entrantes (trabalhadores autorizados).

Resgate ou Salvamento:
Procedimento padronizado, realizado por equipe com conhecimento técnico especializado, para
resgatar e prestar os primeiros socorros a trabalhadores em espaços confinados, em caso de
emergência.

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