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Modulo 1

Turma 16
Nome: Kelly Ruivo

Resenha

“Não posso dizer que pensei em me tornar psicanalista


propriamente, foi algo, mais como esbarar nela”, Contardo
Calligaris.

De fato, para mim, faz muito sentido esta frase de Contardo. Conheci a
psicanálise no divã, no lugar de analisando. Sinceramente antes disso nem
sabia que a psicanálise existia, mas foi por meio dela que encontrei sentido
para a minha existência.

Eu acredito que a psicanálise é sobre sentir! Confesso que busquei o curso


para aprender a teoria, o manual ou o sentido teórico, para tentar entender
como é possível que o simples ato de falar livremente possa gerar tanta
transformação pessoal. E ainda que a teoria venha de fato dar algum sentido a
este processo de processo, ela é para mim o que Freud nos ensina e aponta
como consciente. Acredito que a teoria possa até aqui por mim ser traduzida,
como aquilo que sabemos e conhecemos (ainda que possa ser uma visão
ignorante e muito simplista de minha parte trata-la assim), mas assim como
Freud o que mais me interessa, é aquilo que ainda não pode ser dar um nome,
o que é recalcado, negado, desejado e que pode ser traduzido ou apontado
como inconsciente. Aquilo que parece ter o controle sobre nós, sem que
saibamos.

Situação está muito bem exemplificada, no estudo clínico deste módulo, em


que a analisanda buscava na repetição inconsciente de seu comportamento a
realização do seu desejo.

Obviamente não quero aqui desprezar toda teoria e anos de estudos de Freud
e de todos que colaboraram com ele como, Breuer, Charcot, entre outros, para
desenvolvimento da psicanalise. Já que não posso negar, que a teoria tenha
feito enorme diferença em minha analise pessoal.
Mas não quero aqui, ficar citando ou transcrevendo trechos das obras, livros ou
citações da mesma, já que claramente é de seu conhecimento. E francamente
não é como penso que a psicanalise se apresenta dentro do setting analítico.

O que me leva a curiosa reflexão de que estudaremos e revisitaremos a teoria


enumeras vezes ao longo de nossa jornada como psicanalistas, não para saber
o que dizer, mas para saber como em silencio devemos escutar ao em vez de
simplesmente ouvir o que analisando tenha a dizer por meio da associação
livre. E talvez com muita análise pessoal e uma escuta afiada, conseguir dizer
algumas palavras que possam conduzir e provocar aquele que tem sim o lugar
da fala, que busca a nós não para ouvir, mas para que possa ser ouvido.

Se para alguns isso faz da psicanalise ou do psicanalista uma profissão


“chata”, para mim se torna algo fascinante como diria o prof. Fabricio.

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