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,
na qual pleiteou o pagamento das horas extraordinárias, alegadas como sendo feitas
com frequência diária durante todo contrato de trabalho findo há dois anos e quatro
meses, quando houve a dispensa sem justa causa da reclamante. A reclamação
trabalhista foi intentada na vara do trabalho de Estância (cidade do atual domicílio da ex-
empregada), apesar do supermercado ter localização na cidade de Aracaju, no bairro
Ponto Novo.
Sendo assim, considerando que Carolina ingressou com a ação trabalhista após dois anos e
quatro meses da extinção do contrato, o direito à pretensão dos créditos prescreveu. Ainda que
não tivesse ocorrido a prescrição bienal, a autora poderia pleitear somente pelos créditos
resultantes da relação de trabalho referente aos últimos dois anos e seis meses, levando em
consideração a prescrição quinquenal.
Outro ponto a ser contestado é a competência do local em que a ação foi ajuizada, com
fundamento no art. 651 da CLT. Considerando que o serviço foi prestado em Aracaju/SE, esta
é a cidade competente para julgar o feito, e não Estância, cidade de domicílio da autora.
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1 – Preliminar
Deste modo, à luz do art. 651 da CLT e art. 337, II do CPC, há de se reconhecer a
incompetência desta Vara para o julgamento do feito.
2 – Prejudicial de mérito
Sendo assim, considerando que a srta. Carolina ingressou com a ação trabalhista após
dois anos e quatro meses da extinção do contrato, o direito à pretensão dos créditos resta
prescrita.
Ainda que seja reconhecido o direito à pretensão dos créditos, com fulcro nos artigos
supramencionados (art. 11 da CLT e 7º, XXIX da CF), a autora poderia pleitear somente os
créditos resultantes da relação de trabalho referente aos cinco anos retroativos à data do
ajuizamento da ação.
Acontece que, considerando que o contrato foi findado há dois anos e quatro meses, a
reclamante só teria direito à pretensão dos créditos referentes aos últimos dois anos e seis
meses trabalhados, levando em consideração a prescrição quinquenal.
3 – Defesa
Deste modo, levando em consideração o art. 818, II da CLT, resta-se provado o cargo
de Gerente ocupado pela autora, conforme cópia da sua carteira de trabalho anexa aos autos.