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Projeto de ponte de duas vigas (novo dezembro de 2021)

Parte 1) Calcular neoprenes

1) INFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS
Laje de transição ou aproximação comprimento mínimo de 400 cm e espessura
mínima de 25 cm.

Figura 1 – Meio corte e meia vista da planta, cotas em cm.


150
FAIXA 1 370
40 40
190 190

350

1/2 corte longitudinal 1/2 vista longitudinal


400 1000 1000 400

Sbal S1/2bal S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S´1/2bal S´bal


57
200 30 50 20 50
215 100 120
40
D=100 550 D=100
276

Figura 2 – Meio corte e meia vista da elevação, cotas em cm.

141 63° 141 63°

300 300
DETALHE 1

Figura 3 – Detalhe da laje de aproximação, cotas em cm.


900
50

80

25
15
200 190 150 150 190
160
40 440 40

Figura 4 – Seção transversal meio do vão, cotas em cm

Características da seção transversal total (é preciso dividir por 2) (obtido por inquiry
autocad)
Mass: 36800.0000 cm2
Volume: 36800.0000
Bounding box: X: 0.0000 -- 900.0000
Y: 0.0000 -- 200.0000
Z: 0.0000 -- 1.0000
Centroid: X: 450.0000 cm ; Y: 148.6255 cm; Z: 0.5000
Moments of inertia: X: 934957683.3333
Y: 9836890600.0000 ; Z: 10771823750.0000
Products of inertia: XY: -2461237500.0000
YZ: -2734708.3333 ; ZX: -8280000.0000
Radii of gyration: X: 159.3940
Y: 517.0172; Z: 541.0292
Principal moments and X-Y-Z directions about centroid:
I: 122053954.1591 cm4 along [1.0000 0.0000 0.0000] (1,2205 m4)
J: 2384881400.0000 along [0.0000 1.0000 0.0000]
K: 2506929220.8258 along [0.0000 0.0000 1.0000]

Valores a empregar

Área: 3,68 m2 por viga tem-se A= 1,84 m2 valor de ação g1=1,84 x 25= 46 kN/m
Inércia à flexão: I=61026977 cm4
Centro de gravidade: yi=1,48 m; ys=2-1,48 = 0,52 m;
900
50

80

25
15
200 190 150 150 190
160
40 440 40

210 550

140

Figura 5– Seção transversal com apoio em travessas, pilares circulares e fundação com tubulão
1/2 planta mesoestrutura 1/2 planta fundação
S0 S5 S10

1000 1000
Ø140 Ø300

Ø100
210 40 210 210
Ø140 Ø300
210 210 210
Ø100

Figura 6 – Meia Planta da meso estrutura e planta da locação das fundações. , cotas em cm.
2- Cálculo das ações de transversinas e cortinas

Transversina de apoio

Figura 7- Transversina de apoio- espessura 40 cm


---------------- Transversina de apoio ----------------
Area: 77650.0000 cm2
Perimeter: 1204.1381
Bounding box: X: -220.0000 -- 220.0000
Y: 0.0000 -- 185.0000
Centroid: X: 0.0000; Y: 88.4353
Moments of inertia: X: 811466458.3333; Y: 1200190833.3334
Product of inertia: XY: 0.0000
Radii of gyration: X: 102.2268 Y: 124.3238
Principal moments and X-Y directions about centroid:
I: 204181345.6482 along [1.0000 0.0000]
J: 1200190833.3334 along [0.0000 1.0000]
Valor da carga concentrada: Pta=(7,765/2)x0,4x25 = 38,84 kN

b) Transversina do meio do vão (20 cm de espessura)

Figura 8- Transversina intermediária - espessura 20 cm


---------------- Transversina de apoio ----------------
Area: 70400.0000 cm2
Perimeter: 1200.0000
Bounding box: X: -220.0000 -- 220.0000
Y: 0.0000 -- 160.0000
Centroid: X: 0.0000 Y: 80.0000
Moments of inertia: X: 600746666.6667 Y: 1135786666.6666
Product of inertia: XY: 0.0000
Radii of gyration: X: 92.3760 Y: 127.0171
Principal moments and X-Y directions about centroid:
I: 150186666.6667 along [1.0000 0.0000]
J: 1135786666.6666 along [0.0000 1.0000]
Valor da carga concentrada: Pti=(7,040/2)x0,2x25 = 17,6 kNdim
c)1-Cortina – corpo principal

Figura 9- Corpo da Cortina - espessura 30 cm


-------------- Cortina corpo centro -------------- Cortina corpo lateral
Area: 77650.0000 cm2 Area: 32775.0000
Perimeter: 1204.1381 Perimeter: 726.6377
Bounding box: X: -220.0000 Bounding box: X: -95.0000 --
220.0000 95.0000
Y: 0.0000 -- 185.0000 Y: 0.0000 -- 185.0000
Centroid: X: 0.0000 Y: 88.4353 Centroid X: -2.2947 Y: 86.4010
Moments of inertia: Moments of inertia: X:
X: 811466458.3333 326794062.5000
Y: 1200190833.3333 Y: 98598124.9999
Product of inertia: XY: 0.0000 Product of inertia: XY: 12973437.5000
Radii of gyration: X: 102.2268 Radii of gyration: X: 99.8541
Y: 124.3238 Y: 54.8483
Principal moments and X-Y Principal moments and X-Y directions
directions about centroid: about centroid
I: 204181345.6482 along [1.0000 0.0000] I:79865369.5575 along [0.9442 -0.3294]
J: 1200190833.3333 along [0.0000 J: 100684702.4029 along [0.3294
1.0000] 0.9442]

Area: Central 7,7650 m2/2= 3,8825m2


Area: Lateral 3,2775 m2
Total ------------------------------------- 7,1600 m2
Carga concentrada = 7,16x0,30x25= 53,70 kN

2- Cortina – Aba lateral

57
200

215 100

Figura 10- Aba Cortina - espessura 30 cm


Area: 47627.5000
Perimeter: 930.2131
Bounding box: X: 0.0000 -- 315.0000
Y: 0.0000 -- 200.0000
Centroid: X: 129.7960
Y: 116.8914
Moments of inertia: X: 787607957.9167
Y: 1134024760.4169
Product of inertia: XY: -800817538.5417
Radii of gyration: X: 128.5956
Y: 154.3058
Principal moments and X-Y directions about centroid:
I: 109329802.8100 along [0.9433 0.3319]
J: 359159667.0917 along [-0.3319 0.9433]

129
Figura 11- Consideração da excentricidade da aba Cortina - espessura 30 cm

Força: 4.76275m2x0,30x25= 35,7 kN


Momento: 35,72x(1,29+0,15)= 51,43 kN.m

Cortina final
Pc=53,70+35,7=89,40 kN
Mc=51,43 kN.m

laje de Sbal
aproximação

25 76

400
Figura 12- Consideração laje de aproximação

Figura 13- Cálculo da laje de aproximação


Carga na extremidade do Balanço final

Laje de aproximação
Metade da laje se apoia no solo e outra metade na cortina.
Plajeaprox.= (30,2)x4=120,8 kN

Pc=53,70+35,7 +30,2x4=210 KN
Mc=51 ,43 kN.m
3. Montagem das ações

3.1 Peso Próprio

fck=30 MPa

Valor de E = 0,8 + 0,2 ⋅ ⋅ α ⋅ 5600 ⋅ f = 0,8 + 0,2 ⋅ ⋅ 1 ⋅ 5600 ⋅ √30=

Ecs=26838 MPa.

Área: 1,84 m2
Inércia à flexão: I= 0,610 m4
Centro de gravidade: yi=1,48 m; ys=2-1,48 = 0,52 m;
g1=1,84 x 25= 46 kN/m

Esquema estrutural com peso próprio é dado na figura 6

Figura 14- Consideração do Peso próprio

Nodal Displacements: Nodal Displacements:


Dx = 0.000e+00 m Dx = 0.000e+00 m
Dy = 0.000e+00 m Dy = 0.000e+00 m
Rz = 1.932e-04 rad Rz = 1.932e-04 rad
Rotações no apoio esquerdo e direito
Figura 15- Momento fletor do Peso próprio Mg1, Elastica da estrutura e rotações nos
nós de apoio.
3.2 Sobrecarga permanente

Asfalto


900
50
2% 2%
80

25 7 25
15 15
200 190 150 150 190
160 200
40 440 40

2%
7

Figura 16- Seção transversal inclinada

A seção transversal será construída de forma que a declividade de 2% exigida para esgotamento
de água pluvial seja atendida. Considera-se 7 cm e portanto para uma tem-se g2asf=((9-
1)/2)x24x0,07=6,72 kN/m. A NBR 7187 ainda recomenda que seja adotado um carregamento de
2,0 kN/m2 para levar em conta os possíveis recapeamentos;

Assim, tem-se: se g2asf= 6,72+2x4=14,72 kN/m

Defensa

Figura 17- Esquema da defensa

---------------- Defensa ----------------

Mass: 2851.5000
Volume: 2851.5000
Bounding box: X: 0.0000 -- 50.0000
Y: 0.0000 -- 80.0000
Z: 0.0000 -- 1.0000
Centroid: X: 18.5710 Y: 35.6286 Z: 0.5000
Moments of inertia: X: 5185353.7500
Y: 1370227.0833 Z: 6553679.8333
Products of inertia: XY: -1643324.9583
YZ: -50797.4167 ZX: -26477.5833
Radii of gyration: X: 42.6435; Y: 21.9210; Z: 47.9409
Principal moments and X-Y-Z directions about centroid:
I: 1613237.2459 along [0.9809 0.1945 0.0000]
J: 337810.7581 along [-0.1945 0.9809 0.0000]
K: 1950572.7540 along [0.0000 0.0000 1.0000]
Área 0,2851 m2 g2d=0,2851x25= 7,127 kN

Total g2=14,72+7,127=21,847 kN/m

Figura 18- Esquema de g2.

Apoio esquerdo Apoio direito


Nodal Displacements: Nodal Displacements:
Dx = 0.000e+00 m Dx = 0.000e+00 m
Dy = 0.000e+00 m Dy = 0.000e+00 m
Rz = -3.381e-04 rad Rz = 3.381e-04 rad
Figura 19- Momento fletor de g2, elástica da estrutura e deslocamentos correspondentes no
apoio a direita e a esquerda
.

3.3 Trem tipo Longitudinal

A figura 18 é usada para o cálculo dos TTL máx e min. Onde


Figura 20- Linha de influência de reação de apoio da viga V1 (LIRAV1) para
determinação de TTL máximo e mínimo.
Na linha de influência de reação de apoio da viga V1 (LIRAV1) para determinação de TTL
máximo e mínimo o valor da ordenada na posição do centro de V1 (que passa a trabalhar
como apoio fixo) é unitária. NO desenho da figura 18 esta ordenada está representada
pelo valor de 100.
Cálculo do trem tipo Longitudinal (TTL) máximo
Cargas concentradas P= 75x(1,44+1,02)= 184,5 kN
Carga distribuída p=5x(0,92x(6,9-2,5))/2= 10,12 kN/m
Carga distribuída ´ p´=5x(1,44x(6,9)/2= 24,91 kN/m

210
150 150 150 150
200

144 10

Figura 19- TTL máximo.

Cálculo do trem tipo Longitudinal (TTL) mínimo


Cargas concentradas P= 75x(0,44)= 33 kN
Carga distribuída p= 0 kN/m
Carga distribuída ´ p´=5x(0,44x(2,1)/2= 2,31 kN/m
Figura 21- TTL mínimo.

3.4 Reações de apoio máxima e mínima.

Usando o Ftool é possível determinar os valores máximos e mínimos de reação no apoio


esquerdo da viga. Usa-se inicialmente o TTL máximo na situação para o maior valor de
Nmáximo (usa-se o conceito de LI de Normal em uma barra vertical criada junto ao apoio
esquerdo).

Figura 22- Representação do TTL máximo e as envoltórias de momento fletor e força


cortantes
Figura 23 Linha de influência de reação de apoio (esquerdo) com a criação de uma barra
vertical e pedindo o valor máximo do Normal. O Ftool indica além da LIRA (com ordenada
com sinal trocado) a posição de valor máximo e mínimo. Os valores são de Ra=907,3 kN e
Ra=-23,5 kN

Nodal Displacements:
Dx = 0.000e+00 m
Dy = 0.000e+00 m
Rz = 8.847e-05 rad
Figura 24 Ftool com a posição do veículo para de valor mínimo de reação de apoio e
desenho da deformada (TTL min)

Nó da esquerda Nó da direita
Nodal Displacements: Displacements:
Dx = 2.693e-05 m Dx = 2.693e-05 m
Dy = 2.484e-13 m Dy = 0.000e+00 m
Rz = -5.387e-05 rad Rz = 3.418e-06 rad

Figura 25 rotações para Nmínima

3.5 Resumos Reações de apoio máxima e mínima e respectivas rotações


Depois dos cálculos feitos é possível considerar os esforços verticais e rotações
correspondentes listadas a seguir

Situação Normal (kN) Rotação (rad)


Peso próprio g1 901,6 1,93x10-4
Sobrecarga permanente g2 305,9 3,38x10-4
Acidental Máxima 907,3 -8,847x10-5
Acidental Mínima -133,0 5,387x10-5
4 Esforços horizontais

São considerados os seguintes esforços:


Frenagem ou aceleração; variação de temperatura, empuxo de terra na cabeceira da ponte,
retração e fluência do concreto, ação do vento

4.1 Frenagem ou aceleração

 30% do peso do veículo tipo


H
5% do carregamento do estrado
0,30x450=135 kN
Ou
28x8x0,05x5=56 kN
Neste caso como há quatro neoprenes e a estrutura é simétrica a força horizontal a considerar
é de
Hf=135/4=33,75 kN

4.2 Temperatura
Agora é preciso, mesmo que de forma simplificada adotar um valor para o Neoprene a ser
utilizado. Considerando um neoprene de 30 x 80 x 3,0 cm; um pilar circular de 100,0 cm
de diâmetro, interligados transversalmente por uma trave. Gn=100 MPa
A rigidez do pilar é dada por:

𝜋⋅𝐷 𝜋 ⋅ 1,0
I = = = 0,049 m
64 64
Concreto fck=30 MPa
Valor de E = 0,8 + 0,2 ⋅ ⋅ α ⋅ 5600 ⋅ f = 0,8 + 0,2 ⋅ ⋅ 1 ⋅ 5600 ⋅ √30=
Ecs=26838 MPa.

1 1
𝐾 = = = 5981 kN/m
hn h 0,03 5,5
+
Gn ⋅ An + 3 ⋅ E ⋅ I 1000 ∙ 0,3 ∙ 0,8 3 ∙ 26838000 ∙ 0,049
Como a rigidez dos apoios é a mesma, o centro de temperatura está no meio da ponte, ou seja
a 10,0 m de cada pilar
𝐻 = k ⋅ ℓ ⋅ Δt ⋅ α = 5981 ⋅ 10 ⋅ 15 ⋅ 10-5 = 8,97 kN
Este valor está relacionado a um conjunto de um pilar assim
𝐻, = 8,97 kN

3.6.3 Retração e fluência do concreto


Para o cálculo do efeito da retração e da fluência usa-se a tabela da norma Brasileira 8.2 da
NBR61182014.
Figura 26- Tabela da ABNT NBR6118:2014 que dá os valores máximos de fluência e retração.

Para entrada na tabela é precisa levar em conta a Umidade ambiental média, é considerada de
75%, a espessura equivalente e a idade do concreto quando do início dos efeitos. O valor
fornecido pela tabela já resulta no máximo.
O valor da área para a seção toda é A= 3,68 m2. O perímetro pode ser calculado de forma
aproximada, sem considerar as inclinações das arestas e também sem a discussão da cobertura
que o asfalto promove na peça.
Perímetro = 2x9+2x2+2x(2-0,15)=25,7 m
Desta forma 2x(3,68/25,7)=0,29 m.
A idade do concreto será considerada, a favor da segurança 5 dias.
Figura 27 -trecho da tabela
Interpolando os valores da tabela
Umidade 75%
Espessura cm 20 29 60
𝜑(𝑡 , 𝑡 ) 2,8 k 2,4
𝜖 (𝑡 , 𝑡 ) -0,00036 L -0,00032
Figura 28 – Tabelas auxiliares para a determinação dos fatores de fluência e retração
𝑘 − 2,8 2,4 − 2,8
= → 𝑘 = 2,71
29 − 20 60 − 20
𝐿 + 0,00036 −0,00032 + 0,00036
= → 𝐿 = 0,000351
29 − 20 60 − 20
Considerando uma tensão média de compressão de 4 MPa do concreto a deformação de
fluência é dada por
𝜎 4
𝜀 , = ∙𝜑= ∙ 2,72 = 0,000405
𝐸 26838
Somando os dois efeitos tem-se
𝜀 = 𝜀 , + 𝜀 , = 0,000405 + 0,000351 = 0,000756

Δℓ
𝜀 , = → Δℓ = 10 ∙ 0,000405 = 0,00405 𝑚

𝐹
𝜈=
𝑘
𝐹 = 0,00756𝑥5987 = 45,2 𝐾𝑁
4.3 Empuxo de terra unilateral

Como se trata de ponte reta em planta (sem curva), deve ser considerada apenas a ação da terra
em uma das laterais;
imagina-se que a atuação do aterro seja simultânea (inclusive na execução);
A ação do veículo não precisa ser considerada pois, já entrou no efeito da frenagem, basta
considerar a carga por unidade de área (5,0 kN/m2);
O valor do empuxo ativo na terra será considerado de 1/3; Assim, o valor da atuação será de:

ℓtransv 9 1
𝐹 = q⋅ ⋅ hcortina ⋅ ka = 5,0 ⋅ ⋅ 2,0 ⋅ = 15 kN
2 2 3
Este valor corresponde a dois pilares, assim o valor para é de

𝐹 , = 7,5 kN

4.4 Ação de vento


Esta ação é transversal e atua em um pórtico, assim o valor aqui obtido deverá ser aplicado a
um pórtico plano. A pressão de obstrução atuará em uma área de (comprimento da ponte 28
m. Na combinação de ação do vento com ações das cargas móveis, a área frontal efetiva
utilizada no cálculo da força de arrasto do vento deve levar em conta: NBR 6123
Para pontes rodoviárias, uma altura de 2 m a partir da superfície do pavimento.
ℓ 28
A = ⋅ (hviga + hveículo) = ⋅ (2,0 + 2,0) = 56 m
2 2
Para se determinar a ação do vento é necessário inicialmente determinar o valor da pressão
de obstrução:
Para o valor de S1 será considerado terreno plano e, portanto, S1=0
Para o valor de S2, será considerada Classe B (entre 20 e 50m) e Categoria 1;
A altura pode ser considerada de 10 m (maior que 5,5m) e, portanto, S2 = 1,09

Figura 28 – Tabela para determinação do valor de S1para o vento

Em relação a S3, imaginando que a ponte é importante para o resgate de pessoas em tempestade
– S3 = 1,1.

Por fim considerou-se região próxima a São Paulo V0 = 40 .

q = 0,613 ⋅ V

com Vk = V0 ⋅ S1 ⋅ S2 ⋅ S3

Vk = 40 ⋅ 1,0 ⋅ 1,09 ⋅ 1,1=47,96

q = 0,613 ⋅ 47,96 = 1410N/m


Assim, a força atuante é dada por:
Fvento no apoio = q ⋅ Ca ⋅ A
Sendo Ca, o coeficiente de arrasto o qual é obtido, considerando vento de baixa turbulência e
os valores de L1/L2 = 28/9 = 3,11 e H/L1 = 9,5/30 = 0,22  utilizando-se do ábaco constante da
figura 4 da NBR 6123:1988, chega-se a: Ca = 1,23;

Figura 29 – Tabela para determinação do valor de Ca para o vento considerando baixa


turbulência.

Fvento no apoio = q ⋅ Ca ⋅ A = 1,41 ∙ 1,23 ∙ 56 = 97,13 kN


Como esta ação é para um pórtico para um Neoprene deve ser usado o valor de

F vento em um apoio = 48,56 kN


5. Coeficientes
Coeficiente de impacto, segundo NBR 7188:2013;
Q = P ⋅ CIV ⋅ CNF ⋅ CIA
q = p ⋅ CIV ⋅ CNF ⋅ CIA
CIV = 1,35 para ℓ < 10,0 m;
20
CIV = 1 + 1,06 ⋅ para 10,0 m ≤ ℓ ≤ 200,0 m
𝐿iv + 50
20
CIV = 1 + 1,06 ⋅ = 1,303 ≅ 1,30
20,0 + 50
Coeficiente de faixas
CNF = 1,0 - 0,05 ⋅ (n-2) > 0,9
CNF = 1,0 - 0,05 ⋅ (2-2) = 1,0
Coeficiente de impacto adicional (usado na extremidade das pontes ou juntas)
CIA=1,25 para obras de concreto
No caso em questão
Q = P ∙ 1,303 ∙ 1,0 ∙ 1,25 = 1,63 ∙ 𝑃
Coeficientes  f para ações permanentes
COMBINAÇÃO Tipo de Estrutura favorável desfavorável

Grandes pontes 1,30 1,0


normal pontes em geral 1,35 1,0

Grandes pontes 1,20 1,0


Especial ou de construção pontes em geral 1,25 1,0

Grandes pontes 1,10 1,0


Exepcional pontes em geral 1,15 1,0

Figura 30 – Coeficientes de ponderação de ações


Grandes pontes – definidas como aquelas em que o peso próprio é maior que 75% da
totalidade das ações permanentes. Aqui parece que o texto da norma não é claro, pois
dificilmente o peso estrutural não será superior que 75% do peso próprio. O ideal seria
comparar momento fletor, enfim basicamente tem-se sempre grandes pontes.
Quadro 1 -Coeficientes  f para ações acidentais
COMBINAÇÃO Tipo de Estrutura Coeficiente de ponderação

normal pontes em geral 1,50


Especial ou de construção pontes em geral 1,30
Exepcional pontes em geral 1,00

Quadro 2 – Resumo de valores características a considerar na verificação dos neoprenes


Situação Normal (kN) Rotação (rad)
Peso próprio g1 901,6 1,86x10-4
Sobrecarga permanente g2 305,9 3,38x10-4
Acidental Máxima 907,3 -8,847x10-5
Acidental Mínima -133,0 5,387x10-5

Ações a considerar
Verticais e giros
Nmáx=1,3x(901,6+305,9)+1,5x907.3x1,63=3788 kN
Rotação=(1,3(1,93+3,83)-(1,5x1,63x0,8847))x10-04=5,23x10-04 rd
Nmin=1,0x(901,6+305,9)+1,5x(-133,0)x1,63=882,3 kN
Rotação=(1,3(1,86+3,83)+(1,5x1,63x0,5387))x10-04=8,71x10-04 rd
Nserviço=(3788/1,4)=2705 kN

Forças horizontais
Quadro 3 – Resumo de valores finais de cálculo horizontais a considerar na verificação dos
neoprenes
Natureza Valor (kN) Coeficiente Valor de cálculo (kN)
Frenagem 33,75 1,5 50,62
Empuxo terra 7,5 1,5 11,25
Temperatura 8,97 1,2 10,76
Retração+fluencia 45,2 1,2 54,24
Soma x 126,87
Vento 48,56 0,7x1,4 47,58
Para chegar no Neoprene final é usado o programa SCAPE V10 desenvolvido por Fellipe
Premazzi Rego, Larissa Xavier de Melo, Jpão Paulo Bortalozzo de Campos e Sander David
Cardoso Junior.
O programa segue uma idéia já presenta na norma alemã (publicação do IME) e também no
catálogo da NEOPREX

Ao preencher os valores indicados, ver figura 32, a parte que indica o resultado das 5
verificações a serem feitas deve apresentar fundo verde e na última coluna a sigla OK
(verificado). É importante lembrar que o programa tem no seu banco de dados uma série de
tipos de aparelhos de neoprenes, com medidas já estabelecidas e fáceis de serem executadas
pelas empresas. Caso o fundo se apresente vermelho, ou seja, uma das condições não for
atendida, deve-se comprimir o botão em vermelho que dá acesso a um banco de dados com
tabelas de diversos aparelhos já distinguindo-os com fundo verde e vermelho. Os de fundo
vermelho não atendem as exigências normativas do exemplo em questão. Assim se o
Neoprene indicado na página de entrada não for adequada por consulta a tabela é possível
encontrar uma solução para o conjunto de esforços. Para escolher um aparelho basta colocar
o mouse na linha (o número da linha identifica o neoprne) e aperte OK (em verde na figura
33). Os demais símbolos na parte superior permitem a navegação na “tabela”. Por fim é
possível pedir o memorial de verificação do caso em questão ao comprimir a tecla POF.

Figura 31–Página de entrada de dados no programa SCAPE , células indicadas devem conter
os valores a serem verificados para o Neoprene desejado.
Figura 32 –Página do banco de dados no programa SCAPE. Cada linha é um aparelho com
uma certa geometria.
Por fim o programa apresente um memorial de cálculo de exemplo e um resumo da teoria da
EM 1337-3.

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