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ISBN 9 78-85-04-01120-3 BETIY KÓVESI

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CARLOS SIFFERT
CAROLE CREMA
GABRIELA MARTINOLI

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Companhia
Editora Nacional
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TECNICAS DE COZINHA
BETTY KÕVESI
CARLOS SIFFERT
CAROLE CREMA
GABRIELA MARTINOLI

Ilustrações de Dado Motta

"Cozinhas do Brasil" por Mara Salles

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© Companhia Editora Nacional, 2007

Diretor editorial Antonio Nicolau Youssef

Coordenadora editorial Célia de Assis

Editora Adriana Amback

Produtora editorial Lisete Rotenberg Levinbook

Direção de arte Suli Kabiljo - sk2design

Ilustrações Dado Motta

Revisão Norma Marinheiro

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP. Brasil)

400 G I Betty Kõvesi. . . [et ai.) ; Ilustrações de


Dado Motta. - São Paulo : Companhia Editora
Nacional, 2007.

Outros autores: Carlos Siffert. Carole Crema,


Gabriela Martinoh
ISBN 978-85-04-01120-3

1. Cozinha - Técnicas 2. Cu lin ári a 3. Receitas


1. Kõvesi, Betty. li. Siffert. Carlos. Ili. Crema,
Carole. IV. Martinoli. Gabriela. V Motta. Dado.

07-2958 CDD-641.5

Índice de catalogação sistemático:


1. Receitas culinárias : economia doméstica 64 1.5

4ª reimpressão - 2012

Todos os direitos reservados

Companhia
Editora Nacional

28440

Av. Alexandre Mackenzie, 619 • Jaguaré • São Paulo • SP - 05322-000 - Brasil


Tel.: (1 1) 2799-7799 • www.ibep-nacional.com.br
www.eaprender.com.br • editoras@ibep-nacional.com.br
A Wilma l<õvesi,
musa inspirado1·a
Considerações sern vaiar
valorosa obra
po1 1 lcirnilton Mellao
s prateleiras de livros As técnicas e métodos são a

gastronômicos das megalivrarias estão fundação, a base estrutural do fazer

atingindo dimensões tão pantagruélicas e pensar gastronômico. E seja ele um

que em breve só conseguiremos cozinheiro profissional ou não, são tão

percorrê-la com o auxílio de patinetes indispensáveis que causa espanto que

ou velocípedes. São livros pátrios ou existam ainda hoje em dia tão poucos

importados que tratam de qualquer livros brasileiros sobre o assunto.

coisa que possa ser mastigada por Os que dispomos são, na maioria

nossos caninos e molares, sem das vezes, escritos por pessoas com

contar que outro dia me deparei formação estritamente acadêmica e

com um curioso opúsculo francês que, do interior de um estabelecimento

para desdentados. de repasto, unicamente imaginam o

que deveria ocorrer lá dentro.

Curiosamente, essa Alexandria de

mastigares parte do princípio de que Os quatro autores são profissionais

você já nasça sabendo como branquear com os quais tenho a felicidade de

um espinafre, como fazer a mise en repartir o prato da amizade. Aprendi

place, que óleo usar para a fritura ou e aprendo muito com eles, inclusive

qual faca usar para desossar aquele lindo sobre a generosidade que, a meu ver.

pernil de cordeiro que você comprou. é indispensável para exercer essa lida.

Desde priscas eras livros de culinária Desconheço pessoas mais abalizadas e

eram escritos por artesãos para detentoras de tão sólidos conhecimentos

artesãos, isto é, iniciados que já sabiam que se dispusessem a enfrentar essa

das usanças técnicas da época e tinham tarefa opípara, trazendo para nossa

o receituário somente como um códice realidade - sem adulterar a essência -

de consultas, sem precisar de grandes tantas e tão acuradas informações e

explanações e, assim, também garantir conceitos. Sei que este será um livro

o hermetismo do ofício. de referência, sei da sua importância

na solidificação da nossa gastronomia e,

O vulgo não conseguiria fazer o como um apaixonado pela profissão, sei

uso correto daquilo que estava lendo também que ele não será vilipendiado

e deixaria para nós a onipresente por quem efetivamente estudá-lo com

pergunta: "Mas onde está a pegadinha?" carinho e dedicação.


> ' '
'
-
A COZINHA OU CADA
M FAZ'
AIE COZINHA
20 u
53
TABELA DE CONVERSÃO
54 69 COURT BOUILLON
24
55 julienne CALDO
TERMOS E TÉCNICAS brunoise 71
DE COZINHA 55 cubos pequenos ROUX
cubos médios 73 SLURRY
1. COCÇÃO 55 •cubos grandes BEURRE MANIÉ
37 PRINCIPIO DE ! OCl IO 55 bastonetes (bâtonets) 74 LIAISON
TRANSMISSÃO DE CALOR 55 •chiffonade GELATINA
37 condução •tourné 75 MANTEIGA
' convecção 56 CREME DE LEITE
38 •radiação
75 SANGUE
EFEITOS DO CALOR SAL
39 •proteína 57 3. ERVAS E ESPECIARIAS
sal grosso
•amido
•sal iodado ERVAS
39 •açúcar 57 fleur de sei 79 \1,, IA N\M NTO
•água
PIMENTA-DO-REINO •alecrim
40 gordura 57 SAL E PIMENTA-DO-REINO 80 azedinha
l fJO F (,f r.ç MIREPOIX •cebolinha verde e ciboulette
41 COZIMENTO EM LÍQUIDO 59 MATIGNON cerefólio
80
COZIMENTO NO VAPOR BOUQUET GARNI •coentro
42 GRELHAR 59 CEBOLA BRÜLÉE dill (endro)
81
CHAPEAR CEBOLA PIQUÉE •estragão
81
43 ASSAR 59 SACHET D'ÉPICES 81 • hortelã
BRASEAR DUXELLES •louro
81
45 GUISAR 59 MARINADA •manjericão
81
FRITAR (por imersão) •manjerona
46 FRITAR (em frigideira) 67 CUIDADOS AO PREPARAR •nirá
82
SALTEAR UM FUNDO • orégano
48 ESCALFAR •salsa
CARACTERÍSTICAS DE UM 82
•em muito líquido BOM FUNDO •sálvia
48 •em pouco líquido
67 TEMPO DE COCÇÃO 82 •segurelha
REFOGAR FUMET •tomilho
ACOMPANHAM N O

127 o FA R
4. MOLHOS E SOPAS
128 ''JCÇAO
98 MOLHOS
87 ESPECIARIAS 130
99 MOLHO Ml\f
87 ARMAZENAMENTO 130 abóbora
100 molho béchamel
88 •açafrão 132 •abobrinha
101 •molho velouté
88 •anis 134 •alcachofra
102 •molho espagnol
88 •baunilha 136 •alho-porá
103 •molho de tomate
89 •canela 138 •aspargo
104 •sauce hollandaise
89 •cardamomo negro 140 • batata
105 MOlHO > DfRIVAOO.,/COMPOSTOS
89 •cardamomo verde 146 • berinjela
105 demi-glace
89 •coentro em grão 148 •beterraba
105 glace
90 •cominho 150 brócolis
106 10L 10 COf\1T:WOtt, 1�EOS 151 • cará
90 •cravo-da-índia
106 • jus lié ou fond lié 152 • cebola
90 •cúrcuma
106 •vinagrete 153 cenoura
90 •curry
107 • coulis 154 chuchu
91 •erva-doce (funcho)
108 • salsa 155 • couve
91 •feno-grego
109 • chutney 156 • couve-flor
91 •gengibre
110 •relish 157 • erva-doce (funcho)
91 •kümmel (alcarávia)
111 • óleos infusos 158 • ervilha
91 •macis
111 • beurre blanc 159 •ervilha-torta
91 •mostarda
111 • beurre rouge 160 • espinafre
92 •noz-moscada
112 •manteiga composta 162 • inhame
92 •páprica doce e picante

92 •pimenta calabresa 114 <;OPAS 163 • jiló

92 •pimenta síria 115 ,,OPA� CLARAS 164 •mandioca

92 •pimenta vermelha 115 •consommé 165 mandioquinha

em flocos 116 •vegetais 166 •maxixe

93 •pimenta-do-reino 167 •palmito


117 \>Df-AS f PESSAS
93 •urucum 168 • pepino
117 •creme
93 •zimbro 169 •pimentão
118 •velouté
170 •quiabo
119 •purê
171 •repolho
120 DEMAIS SOPAS
172 •salsão
120 •bisque
174 •tomate
121 SOPAS FRIAS
175 •vagem
121 •vichyssoise
176 COGUMELOS
122 •gazpacho

123 • basler mehlsuppe


178

1 ) Arroz
8. FRUTOS DO MAR
178

17'
arroz basmati

arroz branco
7. PEIXES
� ?''} MOLUSCOS
228 LIMPEZA
(arroz polido) 259 UNIVALVES
2 9 ARMAZENAGEM 2'i9 BIVALVES
178 arroz integral

179 arroz italiano 230 CUIDADOS AO USAR PEIXES 259 CEFALÓPODES

179 arroz japonês CONGELADOS J' ) CRUSTÁCEOS

179 arroz jasmine 231 PRINCIPAIS FORMAS OE POR- 259 MODO DE FAZER

179 arroz parboilizado CIONAR E SERVIR UM PEIXE 2UO POLVO

179 arroz selvagem 231 inteiro 263 LULA

179 2::SI filé 't) CARANGUEJO

180 pilaf 231 •filé em forma de borboleta 266 SIRI

181 risoto 231 •goujon (isca) 268 LAGOSTA, CAVAQUINHA E

lb Aveia 231 paupiette LAGOSTIM

187 Couscous marroquino 231 •tranche 270 CAMARÃO

188 Feijão
232 272 MEXILHÃO E VÔNGOLE
MODO DE FAZER
190 Grão-de-bico 274 OSTRA
2::3 CLASSIFICAÇÃO DOS PEIXES
191 Lentilha 276 OURIÇO
235 Tabela de classific ação
192 Milho 276 VIEIRA

1 Ouinoa 236 PREPARO

195 Soja 236 cru 9 AVES


19b Trigo 237 marinado 281 CUIDADOS A SEREM
197 •massas 238 •curado MAOOS
2J9 escalfado (poché)
282
ovos 239 - em muito líquido
282 •frango de leite ou galeto
240 - em pouco líquido
282 •frango comum
207 M 241 grelhado ou chapeado
282 •galinha ou galo
241 assado
282 •frango caipira
208 •ovo estrelado 245 no vapor
282 •frango capão
ovo frito 246 assado em papillote
282
210 ovo mexido 247 frito

•ensopado 283
ovo cozido 249
283 •peito
212 ovo escalfado (poché) 250 •seco e salgado
283 •supreme
ovo assado 252 - cuidados no preparo
283 •sobrecoxa
215 omelete do bacalhau
•defumado 283 •coxa
suflê 255
283 •asa

283 • pescoço
32 ESCOLHA OE INGREDIENTES
283 •miúdos
329 SAZONALIDADE
n!!J 1
33C
283 •pato
330 ARMA NAGEM
283 •perdiz

284 •pombo 302 •lagarto 130 r� ooc o, rA2'ER

284 •faisão 303 •maminha 330

284 •codorna .,o:, • músculo/peito �.:!� •folhas

284 •peru 303 •patinho 331 •limpeza

284 PRIP, 303 •picanha 331 • usos

28:i •assado 304 VITELO 332 • adição de molho

287 • guisado 332 •decoração


305 CARNE SU ÍNA
288 •braseado 337 1� li 11 1 . 1 llf
305 • porco
290 •salteado e assado 337 •óleos
m!i •leitão
291 •confitado 337 ácidos
306 CARNE OVINA
292 •frito por imersão 338 •emulsões frias
:u) •carneiro
293 •chapeado 338 - vinagrete/
306 • cordeiro de leite
emulsão temporária
• cordeiro

30b
10. CARNES 339 - maionese/
306 CAÇA
297 emulsão permanente
COMPOSIÇÃO E VALOR
307 MODO OE FAZER 341 • molhos à base de laticínios
NUTRITIVO
309 GRELHAR E CHAPEAR 343 • molhos de cobertura
297 ESTRUTURA
309 • técnica geral para 344 •óleos e vinagres aromatizados
297 OSSOS E CARTILAGEM
grelhar 346 1 I'
297 COR 310 •tempo, espessura e
346 ru Ili 11 111 lnJI UVHí,
298 A TEXTURA DA CARNE cozimento
J4li •salgadinhos
300 CARNE BOVINA 312 SALTEAR 346 •canapés
314 ASSAR .J'f6
300 CORTES - base
-17 BRASEAR 346 - pasta
302 CARNES DE PRIMEIRA
320 GUISAR J4ti - recheio
302 •alcatra
1 l FRITAR 346 - decoração
'302 •contrafilé
324 ENSOPAR 346 •ovas de peixe
302 •coxão duro
347 •mousses frias
302 •coxão mole
J47 •crudités
'302 •filé-mignon

302 •fraldinha
347 NOUIC�I
por Mara Salles
350

350 • terrine 368 INTRODUÇÃO 388 - tapiocas granuladas


350 • patês
370 ARROZ, FEIJÃO, FARINHA 388 - sagu
350 - campagne
E CARNE-SECA 390 • puba ou massa de mandioca
350 - simples
370 391 • farinhas
350 - gratin
372 • carne-de-sol 392 - farofa
350 - mousseline
372 • carne-seca 393 • tucupi
351 Ml'>llJHl\S RA ,ICA
374 • pré-preparo da carne-seca 394
351 • ingredientes principais
374 • corte para demolha L DA
351 - gordura de porco
374 • pré-cozimento
351 - sal e temperos
376 • pré-preparo da carne-de- 13. PANIFICAÇÃO
351 ll \ 1 .1)11 ,fl. 1 sol
401 FARINHA OE TRIGO
351 • panade
377 401 • farinha integral
351 • ovos
381 PRATOS PREPARADOS 401 • farinha branca (comuml
351 • leite em pó desnatado
COM FEIJÃO 402 • semolina e sêmola
351 • decoração
381 • feijão sergipano 402 • glúten
352 rl [TQ011'' í'A '' J .'RIl'AllO
381 feijão de leite

402 ÁGUA, LEITE OU OUTROS
DA MlclUllA'> UA ICA�
381 caldinho de feijão

LÍQUIDOS
352 • método simples
382 �llllU íllMICO 1f\L\IJI 1 JNAL 402 FERMENTOS
352 • método campagne
384 PRATOS PREPARADOS 402 • orgânico
352 • método gratin
COM ARROZ 403 •químico
353 • método mousseline
384 • arroz de merenda 403 • físico
353 PtT� EN CROU E • arroz de suã
384 404 SAL E AÇÚCAR
353 • método para o pre-
384 • galinhada
paro de pâté en croOte
404 GORDURA E OVOS
384 • acaçá de arroz
355 �V IH.N' O 405 OUTROS INGREDIENTES
384 • arroz-de-cuxá
CI- ,R[UT ,Fll • arroz de peneira 405 TEMPO, TEMPERATURA E
384
355 • galantine • arroz de pula rica UMIDADE
385
355 • dodine • arroz carreteiro
385 405 MODO OE FAZER
355 • ballotine Mi f\J l ll � li 1 11ASll
386 I'
405 PÃO LEVEDADO
364 OEFUMACAO polvilho
386 •
405 PÃO ÁZIMO
364 • defumação fria
386 - polvilho doce
364 • defumação quente 406 A FERMENTAÇÃO (PROCESSO
386 - polvilho azedo
365 CURA PADRÃO)
387 • tapioca
365 MARINADA 407 AS MASSAS
387 - goma
365 rONSERVAÇAO EM SAL
387 - beiju de tapioca
365 ALMOURA - tacacá
388
407 MASSA MOLE
453
407 PÃO ESPONJA
453 massas crocantes
407 MASSA BÁSICA
453 • massas arenosas 5 FRUTAS
407 • procedimento padrão para
456 507 LASSIF'(' AÇAO
o preparo da massa básica
458 507 JAt-; J A F MILIA OU TIF
410 OUTRAS MASSAS
461
410 TIPOS DE PÃO
462 pão-de-ló ou génoise • frutas cítricas
410 FERMENTAÇAO BIOLÓGICA 507
464 • massa com oleaginosas •frutas vermelhas
410 • pão francês 507
466 • massa com gordura
412 • baguette 507
467 • massa rica
414 • ciabatta 507 •frutas com caroço
420 PÃES FEITOS A PARTIR OE PRÉ- 467 MASSA OE BISCOITO 507 •frutas com sementes

FERMENTO OU COM FERMENTAÇÃO 472 MASSA DE BABA E SAVARIN 507 • frutas de grão

NATURAL 475
507 E- TA A
420 •fermento natural 475 • creme inglês

421 • método de preparo da massa- 480 • creme légêre


507 • frutas de clima temperado
madre ou "esponja" de 480 • creme chantilly
507 •frutas de inverno
fermento natural 481 • curd
507 • frutas tropicais ou exóticas
426 •método alternativo (com suco 482 •ganache
508
de maçã) 483 •frangipane (creme de
amêndoa) 508 FRUTAS SADIAS
428 A MASSA AZEDA
• creme de manteiga 508 FRUTAS FRESCAS, SECAS E
434 ENRIQUECIDOS 4!l4
DA ESTAÇÃO
434 •croissant 485
438 •brioche (e variações) MERENGUES 508
485
441 FERMENTAÇÃO QUÍMICA OU 485 • merengue francês 508 CONFEITARIA E COZINHA
NATURAL !PÃES RÁPIDOS! 485 • merengue suíço SALGADA

485 • merengue italiano 509 sucos


11 486 CALDA DE AÇÚCAR 509 CONSERVAS

447 u 487 • tabela de pontos de calda 509 SECAS AO SOL OU MECANICA-

488 • tipos de açúcar MENTE

448 INGREDIENTES AMACIADORES 493 509 CRISTALIZADAS


493 •granita ou granité 509 MACERADAS EM ÁLCOOL
449 FERMENTOS
493 • semifredos E OUTRAS BEBIDAS
450 ESPESSANTES
496 509 GELÉIAS
452 AROMATIZANTES
497 TIPOS DE CHOCOLATE 510 0' TI, O� Lf l=RUTA
453 MASSAS 498 TEMPERAGEM DO CHOCOLATE 510 ,A)
499 TEMPERANDO O CHOCOLATE 510 •cidra

500 • o que pode dar errado 510 • grapefruit


511 laranja
512 laranjinha kinkan (kunquat)
535 babaçu
517 lima-da-pérsia 545 mangaba
535 bacuri
512 limão Taiti 545 mangostão
535 banana
11.> tangerina e variantes 545 maracujá
536 - banana-da-terra
516 545 •marula
537 - banana-de-são-tomé
51G amora-preta 546 physalis (uchuva)
537 - banana-maçã
516 blueberry 546 pinhão
537 - banana-nanica
.116 cassis (groselha preta) 546 •pitaia
537 - banana-ouro
517 framboesa 546 •pitanga
537 - banana-prata
'il •groselha vermelha 546 pitomba-da-baía e pitomba-
537 - banana-sapo
517 morango do-norte
537 cacau
!:>1' morango silvestre 547 •pupunha
538 café
518 uva 547 sapoti
538 cajá (taperebá)
17.0
547 •serigüela
538 caju
521 •ameixa 547 tamarillo
539 caqui
:i71 cereja 548 •tamarindo
539 carambola
522 coco 548 •umbu
539 • castanha-do-pará
523 damasco (abricó) 548 •uvaia
(castanha-do-brasil)
523 • nêspera 552 [\ o
540 • cupuaçu
523 pêssego e nectarina lrl \1 A
540 figo-da-índia
552 angélica
527 540 fruta-do-conde (pinha,
527 figo 552 azeitona
cherimoya)
527 maçã e maçã silvestre 553 guariroba
541 fruta-pão
528 •marmelo 554 pequi
541 goiaba e feijoa
528 melancia 554 • ruibarbo
541 granadilla
529 melão e variações 542 •graviola
529 pêra 558 VISITE NOSSA COZINHA
542 jabuticaba
529 •pêra asiática 542 jaca 559

530 romã 543 jambo 559

533 1 ou T 543 •jenipapo 561

533 •abacate 543 •kiwi 561

533 •abacaxi 544 •lichia

533 •abio 544 •lucuma

534 •açaí 544 •mamão 569 ÍNDICE DE RECEITAS

534 •acerola 544 •manga 575 BIBLIOGR..FIA

534 •araçá 576 AGRADECIMENTOS


18
A cozinha
que cada
az.I
f
um
m
r.
e.

(")
<>

ozinha-se todos os dias em momento que se instala o "gene"


todos os cantos há milhares de anos. da cozinha.

e..
'
·u
Historiadores apontam o surgimento É um privilégio meu conviver; redigir
da cozinha concomitante ao domínio e transformar em aula as receitas de
do fogo pelos primatas. Há registros tantos cozinheiros, todos, sem exceção,
400g de uma pequena população de macacos apaixonados pelas facas, peneiras,
que, anteriormente a isso, mergulhava panelas, pilões - uma rica relação

N
batata-doce em água do mar antes entre gente e ingredientes.
"'
de comê-la, técnica de imersão que
E
:::J
constitui um rudimento da cozinha - Cozinham bem!
"'
"O
"'
não se pode negar!
u

Q)
Traços clássicos, criativos, regionais,
:::J
cr A cozinha apresentou-se à humanida­ intuitivos, étnicos, contemporâneos,
"'
..r::. de como um indiscutível artifício de históricos são pistas interessantes
e:

N
o
sobrevivência que, somado a iníluências para se compreender o trabalho
u

"'
culturais e religiosas, veio se transformar que desenvolvem.
em arte.

Bonita essa área, que permite o

Generosa com quem a ela se dedica, aprendizado não linear e ao mesmo


a boa cozinha não impõe caminhos, tempo conduz, cada um a seu tempo,
mas requer coerência. na busca de embasamento para sua

expressão individual - A TÉCNICA!


Incontáveis são os motivos e as

histórias que levam as pessoas a se Esta, uma ferramenta de peso na


aproximarem do fogão - pense nos evolução de qualquer cozinheiro,
seus! Gosto de pensar que é nesse amador ou profissional.
19

E, vamos lá, entenda-se, só dessa Só para provocar, diferenças entre


vez, por profissional aquele que faz pedra e chaira, fundo e caldo, paupiettes
da profissão o seu sustento. e papillote, cozinhar e escalfar, sauteuse

e sautoir, cebola brOlée e cebola piquée,


Acontece que conheço muitos charque e carne-seca... Conceitos,
amadores (e aqui podemos pensar técnicas e receitas colocadas de forma
em outras áreas) que desempenham objetiva e instigante, bem filtradas e 400g
seu hobby de forma absolutamente aplicadas à cozinha de nosso tempo.
profissional e é por esse ponto que Formato de livro, mas "jeito" de aula.
N
"'
passa a concepção do conteúdo que .....

E
você encontrará adiante. A sincronia de todos nós, envolvidos ::l
"'
no processo da criação deste livro, "'O
"'
u
Um livro para quem está se iniciando nasceu com o envolvimento pessoal de
Q)
::l
na área ou para quem corre paralelo cada um com minha mãe, Wilma Kovesi, O"
"'
a ela. Escrito por um time de grandes e com sua Escola de Cozinha, criada em ..e
e
amigos, competentes cozinheiros 1979. "Wilma, sei cozinhar, mas não sei N
o
u
especializados em ensinar. ensinar", era a frase que ela mais ouvia
"'
num de seus atos de pioneirismo, ao
Vocês estarão nas boas mãos convidar chefs e cozinheiros para dar
de Carlos Siffert, Carole Crema e aula. "Não se preocupe, combinamos as
Gabriela Martinoli. receitas, e eu as transformo em aula",

dizia ela.
A querida Mara Salles, cozinheira e

irrequieta pesquisadora, mostra no capí­ Desafio, responsabilidade e emoção,


tulo "Cozinhas do Brasil" o 1·espeito aos abrir caminho para este belo projeto
ingredientes e técnicas de nossa terra. iniciado por minha mãe: ENSINAR!

Betty Kovesi Mathias


Como este livro

20

este capítulo colocamos algu­ assimilar o que vem a seguir. Isso está
mas informações que julgamos muito em "Cacção" e "Bases de cozinha".

importantes para a total compreensão


N
C> da teoria e êxito na prática das receitas. Há também um capítulo chamado
u
"Termos e técnicas de cozinha",
ESTUDANDO que explica os termos técnicos mais
A idéia central deste livro é tentar importantes, sempre assinalados por
reproduzir o que acontece numa sala asterisco ( )
*
ao longo do livro.
de aula. Sem dúvida, a teoria é extrema­

mente importante, mas é na prática que Além de um "Glossário de técnicas,

vemos as coisas acontecerem de fato. fazeres e usos da cozinha brasileira",


400g Por isso, as receitas foram colocadas escrito por Mara Salles, como comple­
para ilustrar cada assunto logo após a mento do capítulo "Cozinhas do Brasil".
descrição da técnica ou ingrediente, e
o

> não no final do capítulo, a fim de que As técnicas explicadas ao longo


sejam lidas imediatamente após a abor­ do livro e citadas nas receitas estarão
Cl>
" "
sempre .1nd'1cadas por ver p. X . 1sso
....
"' dagem teórica. No início, pode parecer
Cl>

estranho "ler uma receita" sem o intuito possibilita que você execute a receita sem
de realizá-la no momento, contudo, isso ler todo o capítulo referente à técnica.

o o ajudará a identificar a técnica que está


E
o sendo usada e, com a experiência, ser COZINHANDO
u

capaz de vislumbrar o resultado final. Aqui vão algumas dicas importantes


Obviamente executar o prato é ainda que devem ser levadas em conta antes
mais importante - e acreditamos que de colocar a mão na massa:

seja este o seu objetivo. Leia a receita do início ao fim. Dessa


A ordem dos capítulos não é aleatória. forma, você poderá saber se possui
A idéia é introduzir primeiro os capítulos todos os ingredientes, utensílios e
que descrevem os conceitos básicos, equipamentos necessários e se terá

cuja compreensão é necessária para tempo suficiente para executá-la.


21
Assegure-se de ter todos os ingre­ conversão das p rincipais medidas,
dientes à m ão, de preferência, já caso não conte com uma balança
medidos e cortados, antes de iniciar o ou um me di do r.
preparo. Isso, que chamamos profissio­
nalmente de mise en p lace , torna muito As ervas são usadas sempre
mais fácil o trabalho. frescas, a não ser que a receita peça
de outra forma.
Organize-se. Determine o que pode
ser feito com antecedência e o que Use sempre um óleo de sabor
deve ser feito apenas na hora de servir. neutro: milho, canola ou girassol.
Verifique qua s produções requerem
o uso de forno ou fogão. Certifique-se FORNO E TEMPERATURAS 400g

de que terá capacidade para tudo no Em todas as rece itas constam a


forno ou nas bocas do fogão, assim temperatura correta do forno. Segue
como espaço para armazenagem na uma tabela de co rrespondênc ia dessas
"'
geladeira. Lembre-se de acender o for­ tempe rat u ras. Entretanto, o ideal é sem­ ...
(/)
no e ferver a água para o banho-maria, pre observar o tempo de cozimento, a "'

por exemplo. temperatura, o visual e, quando possível, co


(/)
=>
testar o cozimento interno do alimento.
o
Em suma, planeje! Assim, durante a E
o
execução da receita você poderá se TEMPERATURAS DE FORNO o

concentrar no mais impor tante: aprender!


BOºC a 120ºC morno (temperatura de estufa)

SOBRE OS lf\iGREDIENTES l 40ºC a l SOºC bem baixo

Os ingredientes são dados em peso


160ºC baixo
ou volume, pois é a maneira mais exata
170ºC a l 90ºC mo derado/ médio
de quantifi cá- l os . Quando a quantidade
do ingrediente é m uito pequena, a 200ºC a 220ºC forte/alto
medida usada é a colher de chá padrão.
acima de 220ºC bem forte/bem alto
Neste capítulo, há uma tabela de
22
TABELA DE CONVERSÃO
Pesos dos produtos mais comuns

PRODUTO 1 COLHER 1 COLHER 1/2 XÍCARA 1 XÍCARA


DE CHÁ DE SOPA

5g 15g 105 g 210 g


AÇÚCAR

5mi 15mi 175mi 250ml


AGUNLIOUIDOS

3g 9g 72g 144g
AÇUCAR IMPALPAVEI

BICARBONATO DE SODIO 4g 12g

400g 2.5g 8g 48g 96g


CACAU/CHOCOLATE EM PÓ

CANELA EM PO 1.5g 5g
o
2,5g 8g 65g 130 g
FAlllNHA OE TRIGO
....

>
·-

G> FERMENTO OUIMICO 4g 12 g


....
(/)
G>
2.5g 8g 65g 130g
....
AMIDO DE MILHO
ro
(/)
5g 15g 114g 227g
::J MANTEIGA
o
7g 21 g 170g 340g
E MEL, MELADO e GLUCOSE
o
u
RASPA DE CiTRICOS 6g 18g

SAL 5g 15g

PIMENTA DO-REINO 5g 15g

OLEO/AZEIfE 4 g/5mi 12 g/15mi 108g/175mi 216 g/250 mi

GELAllNA EM PO 3g 9g
23

ovo;

1 OVO INTEIRO 55 g a 60 g ou 60 mi

1 CLARA 40 g ou 30 mi

1 GEMA 15 g ou 20 mi Toda receita tem um rendimento

estipulado. Quando for necessário

SE UM DIA VOCÊ PRECISAR... alterar este rendimento é importante

analisar antes de sai1· multiplicando ou

1 ONÇA 28,35 g dividindo aleatoriamente os ingredientes.


400g
Alguns deles, como sal, pimenta e
1 LIBRA (POUND) 454 g
especiarias não devem ser simplesmente
1 PINT 480 mi multiplicados. Deve-se testar e acertar
as quantidades para a receita na
1 QUART 946 mi Q)
....
proporção desejada. Óleo, manteiga e "'
1 INCH 2,5 cm Q)
azeite também devem ser recalculados,
"'
assim como a quantidade de líquido "'
::i
FAHRENHEIT EM CELSIUS (para sopas e molhos). o

Para converter graus Fahrenheit em Há também receitas que não podem E


o
u
graus Celsius use a seguinte fórmula: ser feitas em grande quantidade, como

ovos mexidos, por exemplo. Massas


ºF - 32 X 5 + 9 também devem ser feitas aos poucos.

Da mesma forma, produzir uma


Exemplo: quantidade muito pequena de um
400ºF - 32 = 368 molho é quase impossível, pois,
368 X 5 = 1840 por menor que seja o calor aplicado,
1840 -'- 9 = 204,4ºC o molho irá ressecar demais.
24

EQUIPAMENTOS E UTfNSILIOS cortadores (de biscoito e massa)


o •descascador de legumes
<l
Grande ou pequena, industrial ou •escorredor de massa
w
n
doméstica, seja como for a sua cozinha, • escumadeira

é importante que ela esteja bem •espátulas de metal

equipada. Existem equipamentos e •espremedor de batata ou passador


utensílios que são básicos e indispen­ de legumes

sáveis e outros para fins específicos. •faca de chef


Antes de sair comprando tudo o que •faca pequena para legumes e frutas
400g
vê pela frente, pense no que você •fôrmas e forminhas

realmente precisa. Eis aqui uma lista • forno combinado

dos itens necessários para começar: •forno de lastro


o
....

> •fouet ou batedor de arame

w
•aros (para montagem) •garfo para assados
...
(/) •assadeiras • grelha de ferro estriada
w
• balança •jogo de tigelas de inox
ro
(/)
:::J
•batedeira •liquidificador
o •boleador para frutas e legumes •mandolina (utensílio para laminar)
E
o •carretilha para cortar massas medidores (de colher; volume e
u
(uma lisa e uma canelada) xícara)

• centrífuga para folhas •microondas

•chaira •mixer

•chinois (peneira muito fina em •panelas e frigideiras

formato cônico ideal para coar •pão-duro de silicone

molhos e fundos) •pedra


•cilindro para massas •peneiras de vários tamanhos

•colheres (inox e plástico)

•colheres de altileno (para substituir •pilão

a colher de pau) •pinça

•concha (dois tamanhos, de preferência) . •pincel


25

processador de alimentos O mater i a l


ralador A forma e a velocidade que o calor
rolo para abrir massa é distribuído dependem do material
saco e bicos de confeitar que constitui a panela.
• salamandra ou grill/broiller do forno

• tábuas de altileno grossas (o ideal é Alumínio


ter uma para carnes, outra para frutas, As panelas de alumínio são as mais
outra para pão e outra para os baratas, conseqüentemente, são as
demais produtos) mais utilizadas. O alumínio é um ótimo
• termômetro condutor de calor, porém seu uso não 400g

• zester (para fazer raspa de cítricos) é recomendado para o cozimento

de produções ácidas (como molho de


o

>
tomate, por exemplo), pois reage com
Graças à diversidade de materiais, o ácido, alterando a cor e o sabor
Q)
-
(/)

formas e tamanhos, torna-se difícil do preparo. A espessura das panelas Q)

escolher a panela mais adequada. de alumínio encontradas no mercado m


(/)

Na verdade, cada tipo tem suas carac­


:::l
varia muito; prefira as mais espessas.
o

terísticas e usos mais indicados. As O alumínio arranha com facilidade, E


o

panelas devem ser analisadas segundo: e por isso o ideal é usar colheres o

de altileno e plástico.
A espessura
Panelas finas perdem calor rapida­ Inox
mente. Para Lm cozimento em água, Não é tão bom condutor de calor
por exemplo, isso não faz muita quanto o alumínio, contudo, não é
diferença, no entanto, para chapeado reagente. A manutenção das panelas
e outros métodos que necessitam de inox é mais fácil, porém são mais
de muito calor, as panelas e frigideiras caras que as de alumínio. As de fundo
bem espessas são as ideais. espesso retêm bem o calor.
26

Colire F 'Vl lllllfl lO iJl lf, d1: "1


"'
É ótimo condutor de calor; mas Ideal para a cocção de alimentos que
e
panelas desse material devem ter a grudam facilmente ou para preparas
....
o superfície interna revestida de níquel com pouca ou nenhuma gordura
<.>
ou inox (é preciso sempre tomar (ovos e peixes, por exemplo). É um
cuidado para não arranhá-lo). O custo revestimento delicado, que não resiste
é alto; e a manutenção, difícil. a arranhões ou esponjas abrasivas.
A qualidade varia bastante, e as melho­
<
w Ferro res e mais modernas têm custo alto.
Nessas panelas ocorre a liberação A condução de calor depende da
do mineral para a comida, portanto, espessura e do material do qual a
400g são muito usadas para o preparo de panela é feita (alumínio ou inox).
alimentos para pessoas com deficiência

de ferro. Apesar de não ser bom condu­


o
....
> tor; quando bem aquecido retém o calor É muito importante escolher a panela

<I>
e o transmite lentamente. É perfeito com tamanho e formato adequados à
-
(1) para cozimentos prolongados em fogo técnica e à quantidade de alimento a ser
<I>

baixo. Deve-se tomar cuidado com o preparada. Por exemplo, uma pequena
cozimento de alimentos ácidos, pois quantidade de molho aquecida numa
o pode haver uma liberação excessiva panela de fundo largo ressecará mais
E
o de ferro para o alimento. Pessoas de rapidamente do que numa panela
(.)

paladar mais sensível sentem diferença pequena, pois naquela a evaporação


no sabor dos alimentos preparados será mais rápida. Para preparar mais
em panela de ferro. de dois medalhões de filé, por exemplo,
será preciso uma frigideira de fundo
Ferro fundido com revestimento esmaltado bem largo, onde eles possam ficar
Funciona como a panela de ferro, bem distribuídos; caso contrário,
retendo bem o calor e transmitindo-o perde-se calor e os medalhões
lentamente. Por ser revestida, não há liberam seus sucos.
liberação de ferro para o alimento.
1J U-;O

l 1t:.rn1L1
Redonda, funda e com duas alças
na lateral.
u 27


C,1 ldt111 ao

LJ
Redondo, com duas alças e laterais

bem altas, usado na produção de

fundos e para cozinhar massa.

Panelas com L1l1l1 e



Também conhecidas como panelas

er
para molhos (saucie1� em francês),

têm um cabo longo e borda reta

ou levemente inclinada. 400g


��c.ak
Po1sson1é1 e o

eJ

>
Específica para o cozimento de ·-

peixes, tem formato ovalado, com Q)


+-'
cn
alças late rais e um suporte vazado Q)

para suspender o pescado. /J�� "'


cn
::>

o
Sauteuse E
Frigideira de bordas ligeiramente

inclinadas, ideal para saltear alimentos.


� o
(..)

��
S:111tnir
Frigideira de bordas retas, ideal

para fritura rasa e para chapear carnes, �


ave e peixes. .../'�
Wok
Frigideira alta, com fundo arredondado

e cabo; distribui o calor por igual; usada


na culinária oriental.

�c>-k
termos
e técnicas. h
de COZlíl a
28

1 1 que o recipiente com o alimento


Preparação ou finalização feita no encaixe-se perfeitamente na panela com

último minuto ou pouco antes de servir. água fervente pois o vazamento e o

contato com o vapor pode prejudicá-lo.

Muito utilizado para derreter chocolate

Escalfar um alimento, em geral peixes e dissolver gelatina. No banho-maria de

ou frutos do mar, num court bouillon forno, o recipiente (normalmente uma

e servi-lo nesse líquido, guarnecido fôrma) é colocado sobre uma assadeira

de vegetais. Os vegetais devem ser ou refratário com água fervente. Muito

cortados de maneira decorativa. utilizado para preparas ricos em ovos,


400g
como pudins. Existe também o banho­

ALUIC maria de gelo, no qual uma vasilha


"'
.e
e: Adicionar mais líquido a um preparo contendo um preparado quente é
N
o para diluí-lo. disposta sobre outra vasilha contendo
u

"' água e gelo, para que o cozimento


-o

(/)
"'
f,\N.IU �MHI/\ deste preparado se interrompa e, gra­
u

e:
Método de cocção utilizado para dualmente, esfrie. Um bom exemplo
u
'"' aquecer lenta e uniformemente do seu uso é no creme inglês ou molho
qualquer preparo líquido ou sólido de baunilha que ao chegar no ponto
(/)
o

E e evitar seu aquecimento excessivo certo de cozimento (cremoso, em


"'
...
através do contato direto com o fogo consistência de nappé), deve ser

(a temperatura nunca é superior a resfriado imediatamente para que

1 OOºC). No banho-maria de fogão, não coagule.


o recipiente no qual o alimento será

preparado (pode ser uma tigela de vidro .>AhlJL/\ll

ou inox, ou uma panela pequena) é Enrolar fatias de gordura (por exemplo,

colocado sobre uma panela ou frigideira toucinho) em peças de carne para que

funda com água fervente, em fogo estas não ressequem quando assadas.

baixo. Para alguns alimentos mais delica­ Esse processo também agrega umidade
dos, como chocolate, o ideal é e sabor aos assados, principalmente
29

quando se trata de cortes magros o confit é armazenado na gordura


e de pouco sabor. da cocção, que deve ser retirada

para serviço.
bííANDUE11,r

Cozinhar r apidamente um alimento lllfll/\IJ(]f!f '


em água fervente abundante (sem, no De diferentes formatos, são usados
entanto, chegar ao cozimento completo) para cortar massas e biscoitos, geral­
e em seguida resfriá-lo em água gelada mente de metal e preferencialmente
para interromper o cozimento com o de inox. Também chamados de
intuito de finalizá-lo posteriormente vazadores.
400g
ou para manter a cor.

lJLCl\N11\R
ro
LAflAMELIZl\íl Deixar um líquido em repouso para
..e:
e
N
Dourar açúcar através do seu que as partículas em suspensão se o
tJ
aquecimento (aproximadamente entre acomodem no fundo do recipiente. Q)
-o
/ 60ºC e l 82ºC). Esse termo também "'
ro
tJ
é utilizado quando doura-se a superfície Ili í.il AI i\H
e
tJ
externa de um ingrediente, carameli­ Adicionar vinho ou outro líquido •Q)
...,

zando os açúcares nele contido. a um preparo seco para dissolver as Q)


"'
o
raspas grudadas na panela ou frigideira.
E
LONCASSt

Q)
...,

Técnica de cortar o tomate ( sem pele f l l l AI 011


e sem semente) em cubos pequenos. A chalota (échalote em francês) é

uma erva da familia do alho e da ce­


CUNI li bola. Seu nome vem de Ascalon, cidade
Técnica de cozinhar a carne em da Palestina onde era cultivada. Seu
sua própria gordura. A cocção deve sabor pode ser definido entre o do
ser precedida de cura ou marinada alho e o da cebola. Difícil de encontrar
e realizada lentamente para cozinhar no mercado brasileiro, é normalmente
a peça sem fritá-la. Depois de pronto, substituída por cebola-roxa.
30

ro
.�, .11r.1 • J 1 � 1
Proteger um alimento que será Levar o líquido para o cozimento à
submetido à fritura a fim de preservar temperatura de 85ºC a 95ºC, sem ferver.
a textura e dar- cor e crocância ao

preparo. Pode ser feito de várias rn Hi


<r

maneiras: com farinha de trigo, fubá,


<O
o Também conhecido como batedor
amido de milho, farinha de rosca etc.
<> de arame, batedor de claras ou chicote.
<ll
A forma tradicional é com farinha
Utensílio culinário usado para bater não
de trigo, ovo e farinha de rosca. Há só claras, mas também molhos e bolos.
também empanamento líquido à base É formado por vários arames fortes
400g
de ovos, farinha e leite, por exemplo. curvados em forma de gota e presos

<O a um cabo; pode também ser um arame


.e
UVIUL, AO
e
enrolado numa espiral aberta. Também
N
o Combinação mecânica (com uso
u podem ser feitos de plástico. Substitui
Q) de fouet ou liquidificador) de elementos a batedeira na maioria dos casos.
-e

(1)
<O
que não se misturam naturalmente (água
u

e
e óleo, por exemplo). Os elementos são lllOf11 IAh
u
•Q)
...,
quebrados em partículas murro pequenas Adicionar líquido a um ingrediente se­
Q)
que ficam em suspensão, dando a
(1) co para reconstituir sua estrutura original.
o

E impressão de que estão misturados.


._

Q)
..., INI u:,AO
:en.1 ílAfi
Mergulhar um ingrediente seco aro­
Passar ou imergir ingredientes em
mático (erva, por exemplo) em líquido
água fervente.
quente para liberar seu sabor e aroma.

E CUMAl1 LAIWLAR
Retirar com uma escumadeira espuma Inserir pequenos pedaços de gordura
ou impurezas que estejam em suspensão
em peças de carne a fim de deixá-las
em fundos, sopas e molhos.
mais saborosas, macias e úmidas.

Alimentos lardeados têm também

um forte apelo visual quando fatiados.


31

Processo de desidratação usado Método através do qual se separa


para preservar um material perecível. os sólidos de leite, água e gordura

A liofilização trabalha congelando o existentes na manteiga.


material e ao mesmo tempo reduzindo Esse processo é feito com o intuito
a pressão em volta dele, permitindo de se utilizar somente a gordura
que a água congelada no alimento existente, que terá um ponto de
sublime diretamente da fase líquida à queima (ou ponto de fumaça) maior
gasosa (parecido com o processo que do que o da manteiga integral.
faz com que os cubos de gelo não utili­ É utilizada quando se quer obter o
400g
zados encolham num freezer frost free). sabor da manteiga em processos nos
O alimento fica com pouquíssima água, quais se necessita de altas temperaturas
"'
o que inibe a ação dos microorganismos (por exemplo, batata rõsti). .s::
e:

e das enzimas que normalmente Para preparar; coloque a manteiga N


o
u
o estragam ou degradam. sem sal numa panela de fundo grosso
Q)
"'O
Se uma sub:;tância desidratada por e leve ao fogo baixo. Aqueça, sem (/)
"'
liofilização for selada para impedir a deixar ferver; até que a manteiga u

e:
reabsorção de umidade, poderá ser derreta completamente. Escume a u
•Q)
.....
armazenada e11 temperatura ambiente espuma que se formará na superfície. QJ

(/)
(sem refrigeração), ficando, assim, Retire do fogo e, quando esfriar; o

E
protegida da degradação por muitos remova, com o auxílio de uma concha .....
QJ

anos. A liofilização tende a danificar a gordura e transfira para outro reci­


menos o tecico do alimento que outros piente. Pode ser empregada na hora
métodos de desidratação que envolvem ou guardada em geladeira para uso
temperaturas mais altas. Geralmente, posterior. No fundo da panela ficará
a liofilização não causa o encolhimento uma camada de soro líquido leitoso
ou endurecimento do alimento, e que deverá ser descartado.
os sabores/cheiros permanecem

praticamente inalterados.
32

Adicionar manteiga gelada a um Caramelização de um ingrediente

preparo quente batendo com um fouet (normalmente o tomate) em gordura.

para emulsionar. Isso vai espessá-lo, dar Esse processo reduz a acidez, a doçura

brilho e textura aveludada. O preparo ou o amargor excessivo que pode afetar


400g
não pode ferver. o resultado final de um molho.

ca
..e:
e:

N
o
(..)
Esse termo se refere à consistência Ponto em que a manteiga fica em
Cl>
-o
de um molho. Quando este recobre as consistência de pomada (quando
"'
ca costas de uma colher com uma camada deixada em temperatura ambiente).
(..)

e: fina e translúcida (molho velouté,


(..)
•Cl>
creme inglês).
Cl>

"'
Formato dado a pastas, mousselines
o

E ou recheios com o uso de duas colhe­


....

Corte transversal e largo específico


Cl>
res úmidas. No processo, o recheio
para vegetais de formato cilíndrico. é "passado" de uma colher a outra,

resultando assim num formato elíptico.

O tamanho final da quenelle depende

Frutos, sementes e leguminosas ricos do tamanho da colher utilizada.

em gorduras (amêndoa, amendoim,

avelã, castanha de caju, castanha-do-pará,

nozes etc.). Recipiente de porcelana, tradicional­

mente branco, canelado, usado para suflês.


33

Concentração de um líquido através Submeter um alimento a aquecimento


de aquecimento lento e contínuo gradual, possibilitando que seu sucos,
visando a eliminar o excesso de água nutrientes e sabor sejam trazidos para o
e conseqüentemente reduzir o volume. exterior (que pode ser seco ou líquido),
400g
Muito usado para molhos e caldos. sem, no entanto, deixá-lo pegar cor.
O mesmo que apurar. Esse princípio é fundamental na produ­
"'

ção de fundos, caldos e sopas, quando .s::::.


e:

:1 se cozinha os alimentos a partir de água N


o
u
Submeter um alimento quente a fria, e estes, conforme o calor aumenta, "'
"O
esfriamento rápido em resfriadores liberam suas propriedades, enriquecen­ "'
"'

industriais ou banho-maria de gelo. do as produções. (.)

e:
u
'"'

-i r11 ·li l\11 'll "'


"'
Equipamento utilizado para dourar Ajuste da temperatura através da o
E
.....
a superfície de alimentos sem cozinhar adição gradual de um líquido quente "'

seu interior (gratinar). Consiste numa a outro frio para evitar um choque

espécie de forno aberto com resistên­ térmico (muito usado para misturar

cias elétricas na parte superior que gemas ou ovos crus a líquidos quentes).

aquecem rapidamente.

Tfllf\J( H/IH
JI -IH
Cortar aves, cruas ou cozidas,
Trabalhar uma massa (geralmente
nas juntas.
de pão) vigorosamente sobre uma

superfície, usando o calcanhar da mão,

com o intuito ce desenvolver o glúten.


,

<,..
cacção �
36

A ntes de começar

<> a cozinhar e conhecer

as técnicas é fundamental
ro

saber o que é cacção e

de que forma esse processo


400g

modifica os alimentos.

O termo cocção será

�o
o
o
o

mui utilizado neste

v;o�s
o

li im c mo na vida
a.
ro
o - -
J
profissioITãfde um cozinheiro.
..__._ .....
PRINCÍPIOS DE COCÇÃO 37

A cocção é o processo pelo qual TRANSMISSAO DE CALOR


se aplica calor ao alimento a fim de Todos os métodos de cocção estão
modificar-lhe a estrutura, alterar ou condicionados à transmissão de calor.
acentuar seu sabor e torná-lo adequado que pode se dar através de condução,
à digestão. O calor é um tipo de energia convecçao ou radiação.
que faz as moléculas do alimento

vibrarem, expandirem-se e se chocarem Condução (transmissão direta)


umas com as outras, transferindo esse É a propagação do calor. do exterior
calor entre elas. Quanto mais as para o interior; numa superfície sólida,
moléculas se moverem, mais quente por meio do contato direto, nesse caso,
ficará o alimento. Acima de 75ºC. o 400g
do alimento com o calor: Esse é o meio
calor elimina bactérias patogênicas. mais lento de transmissão de calor:

Existem diversos materiais condutores,


o

O calor é o princípio básico utilizado alguns melhores do que outros. A água '"'
..,,

na cocção de alimentos. Pode ser direto conduz calor melhor do que o ar:
(.J

ou indireto e gerado a partir de diversas Metais como cobre e alumínio são


(.J

fontes, entre elas, gás, eletricidade, ondas ótimos condutores. Um exemplo


o

eletromagnéticas, radiação solar: prático: o fogo aquece uma chapa :::i

e nela se cozinha um bife.



o..

Uma vez entendidos os princípios ro


u

de cocção e as transformações pelas Convecção (transferência


quais os alirr,entos passam ao serem de calor através de um fluido
submetidos ao calor. é possível escolher líquido ou gasoso)
a melhor forma de cozinhá-los de É um método pelo qual as moléculas
acordo com o resultado desejado. de um fluido, líquido ou gasoso, se

movem de uma área mais quente


É importante entender que cozinhar para uma mais fria.
pode ser uma tarefa mais intuitiva ou A convecção pode ser natural
mais técnica, mas, de nenhum modo, se ou artificial.
pode ignorar a necessidade de dominar
estes conceitos.
38

Natural o movimento das moléculas Radiação (a energia


do íluido acaba por movimentar é transferida por ondas de
também as moléculas do alimento. luz ou calor)
Q)
As moléculas quentes sobem e as É um processo que dispensa o
e
frias descem, provocando uma contato direto do alimento com a fonte
movimentação contínua e circular. de calor. já que a transmissão se dá
que faz o alimento se aquecer: Um por meio de ondas. Há basicamente
exemplo prático: a água em ebulição dois tipos de radiação, por raios
no cozimento de uma batata ou o ar infravermelhos e por microondas.
quente assando um bolo.
400g
Radiação infravermelha consiste
Artificial uso de recursos artificiais no aquecimento de materiais com alta
para acelerar a movimentação do meio retenção de calor a altas temperaturas,
o
'"'
líquido ou gasoso a fim de promover fazendo que o calor se solte em ondas
u
uma maior agitação das moléculas. Um e cozinhe os alimentos. Um exemplo
o
u
exemplo prático: fornos com circulação prático: um pão na torradeira ou um
de ar: prato sendo gratinado na salamandra*.
o

a.
Cocção por microondas se dá por

meio da radiação de ondas geradas


"'

pelo forno de microondas que aquecem

as partículas de água presentes no

alimento. A velocidade de cocção é

muito alta, pois a radiação atinge todo o

alimento e aquece de uma vez só todas

as partículas de água. Materiais como

papel, plástico, cerâmica e porcelana não


são afetados pelas microondas, já que

não contém água em sua composição.


39

EFEITOS DO CALOR está em cantata com um líquido

Os alimentos são compostos e calor; suas moléculas se expandem,

basicamente de cozinhando-o. Se há partículas pequenas

(amidos e açúcares), e de amido em meio líquido, ocorre

. As mudanças de textura, o que chamamos de espessamento.

formato, cor e sabor ocorrem quando Nesse caso, o amido contido no

o calor é aplicado a cada um desses líquido o absorve e expande-se,

componentes. dando a impressão de que o líquido

É muito importante conhecer esses foi engrossado, espessado. Esse

processos para que se possa explorar processo é chamado de gelatinização.


400g
as propriedades e características de Um exemplo prático é a polenta.

cada ingrediente na busca de determina­ A gelatinização se dá entre 66ºC

do resultado. Com isso, também se e IOOºC.


o

pode entender melhor a cozinha, identi­ Quando em cantata com o calor ""
t.>"

ficando problemas, erros ou soluções. seco, o amido perde umidade e doura. (.J
o

Um exemplo disso é a farinha de man­

dioca ao ser tostada para uma farofa.


o

O termo próprio para a cacção da

proteína é coagulação. Ao cozinhar a a.


co
proteína perde umidade, encolhe e se O termo preciso para a cacção do u

torna firme. Carnes brancas, peixes e açúcar é caramelização. Quando se dá

ovos não devem ser expostos a calor a caramelização, os alimentos sofrem

intenso e/ou prolongado, pois as molé­ alteração de sabor. cor (ficam dourados)

culas de proteína se rompem, deixando e aroma. É o processo responsável pela

o alimento com textura borrachuda. maior parte dos sabores associados

A coagulação da proteína se dá à cacção.

entre 70ºC e 85ºC. A caramelização se dá a partir de

l 70ºC.

t O açúcar está presente em quase

O termo próprio para a cacção do todos os alimentos na forma de sacarose,

amido é gelatinização. Quando o amido glicose, frutose. maltose e lactose.


40
Todos os açúcares se caramelizam, mas
em diferentes temperaturas. Eles são
os responsáveis pela alteração de cor

...
dos alimentos cozidos em calor seco
o
u
(um pão dourado, um bife dourado).
Nenhum alimento cozido em água
fica dourado, isso se deve ao fato de
a ebulição da água se dar a 1 OOºC e
MÉTODOS D� COCÇ- O
o processo de caramelização a l 70ºC.
Uma vez conhecidas as
maneiras de transmissão de
calor e as características dos
A água evapora quando submetida
400g principais grupos de alimentos,
ao calor: Todos os alimentos contém
passa-se aos métodos de cocção.
água em maior ou menor proporção.
Esses métodos devem ser vistos
o
Quando a temperatura interna
ICO como fórmulas que, aplicadas
dos alimentos aumenta, as moléculas
<.> a diferentes ingredientes,
o de água se evaporam, causando a
<.> produzem resultados também
desidratação e a perda de peso
diversos.
o
durante a cocção.

Os métodos apresentados
e.
ca
a seguir são aplicáveis a quase
<.> Sua principal característica é a
todos os alimentos, devendo-se
capacidade de reter calor, possibili­
sempre considerar suas carac­
tando o cozimento de alimentos em
terísticas e o resultado final
altas temperaturas e favorecendo
desejado. Essa é apenas uma
a caramelização.
apresentação, adiante esse
A gordura presente na composição
método será aplicado a cada
dos alimentos, como uma posta
tipo de ingrediente.
de salmão, por exemplo, derrete,
amaciando o alimento e dando-lhe
sabor e umidade.
41

COllMENTO FM. IOUIDO • deixe ferver pelo tempo necessário;

É o processo pelo qual se cozinha um escorra, use ou guarde sob refrigera­

alimento em líquido abundante (água, ção para uso posterior.

fundo ou outro líquido aromatizado).

Pode-se cozinhar um alimento em COLIMENTO NO VAPOR


líquido em diferentes temperaturas, É o processo de cacção no qual
obtendo assim resultados diversos. se cozinha os alimentos pelo contato
A 1 OOºC acontece a fervura apenas com o vapor criado através do 400g
propriamente dita, na qual se pode aquecimento de algum líquido sem que
cozinhar vegetais, massas, raízes e o alimento entre em contato com ele,

algumas carnes. Essa temperatura não também chamado cocção indireta. o


""
é ideal para alimentos mais sensíveis, O alimento deve ser disposto numa
u
como peixes, f-utos do mar. frutas cesta especial ou superfície vazada o
(,.)
e ovos. Nesse caso, o melhor é usar e pode ser coberto para acelerar

a fervura branda, pois a rápida o cozimento. Esse método visa à o

movimenta.ção da água pode quebrá-los. preservação dos nutrientes, da


A fervura branda, conhecida em inglês textura e do sabor dos alimentos a..
rn
'-'
como simmer, acontece quando o líquido e é o que mais preserva os
atinge uma temperatura entre 85ºC e componentes nutricionais.
95ºC (nesse ponto é possível ver apenas

pequenas bolhas na superffcie do líquido). PASSO A PASSO Tampai a panela


• aqueça o líquido escolhido para faz acclcr,11 cocç,io

PASSO A PASSO a cacção; do aluncnto, mas


não e ap rop1 1Jdo
aqueça o líquido escolhido para posicione a cesta, peneira ou tela
para vegel,11s
• •

a cacção; para cozimento no vapor acima clorofilados (verdes).


• adicione sal; do líquido em ebulição; pois esses oxidam
mais e pe1dem mais
• quando o líquido atingir a temperatura • disponha os alimentos lado a lado
a co1 que os demais
co1Teta (entre 85ºC e 95ºC, ou (sem sobrepor um ao outro) e
alimentos cozidos
1 OOºC), junte o alimento a ser cozido; cozinhe pelo tempo necessário. no v,1por:
42

••

C)

'1:>
GRELHAR
É o processo de cozinhar alimentos
m

em grelha sobre uma fonte de calor

forte (gás, eletricidade ou brasa).


w
O calor radiante da grelha forma uma

camada caramelizada e dá um sabor

levemente defumado ao alimento,


400g
característico desse tipo de cocção.

É indicado para alimentos naturalmente

macios, ricos em gordura ou que

tenham passado por cozimento prévio.


u

PASSO A PASSO

o • aqueça muito bem a grelha;

• corte o alimento que será grelhado;


a. • marine ou tempere de acordo com
m
u
a receita (evitando marinadas com

pedaços ou ervas para que estes

não queimem ao serem grelhados);

• retire o alimento do tempero e

coloque na grelha aquecida;

• cozinhe até que esteja bem

marcado e dourado pela grelha;

• vire apenas uma vez e cozinhe

até o ponto desejado.


43

CHAPEAR ASSAR
É cozinhar alimentos, com ou sem É o processo de expor o alimento
adição de gordura, sobre uma superfície ao ar aquecido num forno com
aquecida a gás ou eletricidade. Existem temperatura controlada pelo tempo
chapas lisas e estriadas, que imprimem necessário para atingir o ponto de
as marcas da grelha no alimento. cocção desejado. Pode ser coberto, que
Pode-se também chapear alimentos confere ao alimento mais umidade e
400g
numa panela ou frigideira de metal menos cor, ou descoberto, para obter
com alta retenção de calor (as de um resultado dourado porém úmido.
ferro, por exemplo). o

PASSO A PASSO (.)'>
<.>
PASSO A PASSO • preaqueça o forno; o
<.>
aqueça muito bem a chapa; • disponha o alimento em fôrma
• Ao assar cortes
• corte o alimento que será chapeado; ou outro recipiente adequado o
inteiros de carne,
• tempere ou marine de acordo com para resistir a altas temperaturas; pode-se dourá-los
a receita; • coloque o alimento no forno previamente em Cl.
ro
ch ap a quente. a fim
• retire o alimento do tempero e cozinhe até atingir o ponto u
dar uma coloração
e coloque na chapa aquecida; de cocção desejado. mais uniforme ao
• se desejar, acrescente gordura preparo (método
combi nado ).
à chapa ou frigideira;
• Se desejar um
• cozinhe até que esteja no ponto
resultado dourado.
de cozimento desejado; asse o alimento
• vire apenas uma vez e finalize primeiro descoberto,

o cozimento. e caso atinja a cor


desejada antes do
ponto de cozimento,
cubra-o com papel­
alumínio para evitar
que a superfíci e
queime.
44

.4,
//.J4.a..�e...a..4.
......................... . . . . . . . . . . . . . . . ................... . . . . . . ............................................. ......... . . . . . . . . . . . . . . .

400g

o
BRASEAR PASSO A PASSO
""
É dourar previamente o alimento em • aqueça um pouco de gordura e doure
u
gordura quente e em seguida cozinhá-lo o ingrediente principal;
o
u
com pouco líquido em panela tampada. • retire o ingrediente principal da panela

A quantidade de líquido do braseado e ali sue* o ingrediente aromático;


o

deve ser suficiente para apenas cobr·ir • leve o ingrediente principal de volta

de 1 /3 a metade da peça a ser cozida. à panela;


Cl.
ro
O cozimento se dá pela fervura do • deglaceie* com o vinho
u

líquido associada ao vapor criado por e reduza*;

ele. O braseado é utilizado para porções • adicione o líquido escolhido e leve

grandes ou peças inteiras de alimento, à fervura;

e o sabor final proveniente desse • tampe e cozinhe em fogo baixo

método é muito rico. É servido com até a cocção total do ingrediente

o molho formado durante a cocção. principal, ou leve a panela ao forno

Este molho pode ser coado, batido para finalizar a cocção;

e/ou espessado. • retire o ingrediente e finalize o molho,

ajustando o sal e a pimenta;

• sirva o ingrediente principal com

o molho.
GUISAR FRITAR (po1 1mer·ão) 45

É semelhante a brasear, diferindo É cozinhar um alimento em gordura

apenas no tamanho do ingrediente quente própria para resistir a altas tem­

a ser preparado, que deve estar em peraturas. A fritura por imersão exige

pedaços pequenos. O guisado que o alimento seja completamente

possibilita a cocção de mais de um submerso em gordura, em geral, com

ingrediente. A quantidade de líquido uso de fritadeira. Produtos fritos por

é maior; e o alimento cozido é servido imersão podem ser cobertos por algum

com o próprio molho, sem coar. tipo de empanamento*, que agrega cor

e crocância ao produto final, além


PASSO A PASSO de proteger o alimento.

aqueça a gordura e doure o Os pedaços devem ser pequenos


400g
ingrediente principal; e uniformes para que cozinhem rápida e

• adicione o ingrediente aromático completamente e fiquem todos prontos

e sue*; ao mesmo tempo. A temperatura ideal


o
deglaceie* com o vinho e reduza*; para esse procedimento é de aproxi­ ""
..,..

adicione o líquido e leve à fervura; madamente l 80ºC. O uso de fritadeira u


o
tampe e cozinhe em fogo baixo permite um controle de temperatura u

até a cacção total do ingrediente mais preciso.


o
principal, ou leve a panela ao forno

para finalizar a cacção; PASSO A PASSO


a.
"'
• ajuste o tempero e sirva. • prepare o alimento (corte e, se (,)

necessário, empane);

• numa panela grande, aqueça gordura

bastante para que o alimento fique

submerso e possa ser movimentado

na gordura;

• adicione o alimento a ser frito;

• frite até obter um dourado uniforme;

• retire o alimento e deixe descansar

em papel absorvente para eliminar

o excesso de gordura;

• sirva imediatamente.
46

FRITAR (cm frigirh!irnl


Método similar à fritura por imersão,
e...
diferindo apenas na q uantidade de
N
C> gordura e no tipo de pa ne la utiliza dos.
(.)
Na fritura em frigidei ra, usa-se pouca

gordura e esta deve cobrir apenas

metade do alimento, que será frito


em dois tempos, sendo virado no

meio do processo.

PASSO A PASSO
400g
prepare o alimento (corte e,

se necessário, empane*);

• aqueça pouca gordura em panela


o
'"'
pequena (frig ideira ou sautoir);
°"
u adicione o alimento a ser frito;
o
u
• frite de um lado até dourar;
• vire o alimento para que doure
o
do outro lado;

a.
• retire o alimento da gordura e deixe
ro

u
repousar em papel absorvente para

eliminar o excesso de gordura;

• sirva imediatamente.
47

SALfEAR
Método rápido realizado em alta tem­
,

peratura e com uso de pouca gordura.


Os alimentos devem ser naturalmente
macios ou terem sido branqueados*
previamente. :::>evem ser salteados
aos poucos, para que a cacção se

dê em alta temperatura, e mexidos


constantemente (ou seja, é preciso
fazê-los saltar na panela).
Depois que um al im en to é salteado,
400g
os sucos liberados durante a cacção,

secos e grudados no fundo da panela,


podem ser a base para o molho que
acompanha o item salteado (em espe­
cial, carnes). Para isso, basta deglaçar*.

PASSO A PASSO
o
• p repare o alimento (corte ou

branqueie):
a.
• em panela a d equada (fr igide ira ou "'

sautoir) , aqueça pouca go1-dura;

• junte o alimento e cozinhe em fogo


alto, mexendo constantemente:
• retire da panela e sirva:

• se quiser; prepare um molho a partir


dos resíduos grudados ao fundo da
panela e sirva junto.
rc-r!\tFl\n
É cozinhar alimentos lentame
nte em
48
líquido com a adição de ácid
o em baixas
temperaturas. O ácido (nor
malmente
vinagre) acelera a cacção da
proteína,
além de intensificar o sabo
r. Adequado
para a cacção de proteínas
mais
sensíveis como a dos pescados
, ovos,
frutas e vegetais. Existem
duas maneiras
de aplicar esse método de
cacção:

......... ........ ........


......... ......... ...
Ern muito líquido
O alimento deve estar totalmente
imerso em líquido (aromat
400g izado de
acordo com o resultado pret
endido),
········ ········ ········
········ ········ ······ que não pode estar em ferv
ura
o plena, e dev e ter espaço para
"" ser
.,. movimentado. A temperatura
u
o
adequada é entre 70ºC e 82ºC
u .

o PASSO A PASSO
• prepare o alimento;
········ ·········· ·········
a. ···················
aqueça líquido (que deve
conter

"'

ácido) suficiente para ime


u

rgir o
alimento a uma temperatura
de
70ºC a 82ºC;
adicione o alimento e cozi
nhe
até o ponto adequado;
• retire do líquido e sirva com
o molho escolhido.

Ern pouco líquido


Considerado um método
de
cacção à la minute*, é adeq
uado para
pequenas porções de alim
entos macios.
Consiste em cozinhar o alimento

usando-se uma combinação de vapor

e ime1-são em líquido combinado a


49
ingredientes aromáticos e, impreterivel­

mente. um ácido.

O vapo1- é gerado a parti!' da evapo-

1-ação do líquido de cocção capturado

por uma tampa ou folha de papel­

manteiga que cobre o alimento durante RfTOGAF'


o cozimento. O líquido produzido na Método que consiste em saltear
cocção é muito saboroso e comumente um alimento em pouca gordura e
utilizado na produção do molho. finalizar sua cocção através da adição
A adição do 2cido nesse caso, além de pouco líquido, tampando então
de produzi1- um molho de sabor mais a panela e formando um ambiente
intenso, auxilia na emulsificação* de vapor que finaliza1-á a cocção. 400g
da manteiga.

A temperatJra de cocção não deve p ) Ft <..


ultrapassar os 75ºC, portanto, em alguns prepare o alimento; o

casos pode ser conveniente te1-minar numa panela, aqueça a gordura


'-"'
u
a cocção no forno, onde é mais fácil e salteie o alimento;
<:.>
u
controlar a temperatura. • quando o alimento estiver
o
levemente dourado, adicione
PASSO A FASSO o líquido;
prepare o alimento; ao abrir fervura, tampe e
a.
rn
u
unte uma sauteuse com manteiga cozinhe em fogo baixo até atingir
e adicione cebola ou outro o ponto desejado.
ingrediente aromático;
• junte o vinho e o líquido e aqueça;

• acrescente o alimento já temperado;

• no fogão (até 75ºC) ou no forno

(preaquecido a 1 60ºC), estabeleça

uma fervura branda*, cubra com

papel-manteiga e cozinhe até que

o ingrediente principal esteja macio;

• retire o alimento e finalize o prato.


- --- 4 �-
- -"

- ___ . - - ... · · -
2.
'

'

-��
·--
52 -i:. pessoa que cozinha (ou �ue quer começar

a cozinhar) deve saber o que é m1se en place.


Esse é o primeiro passo para se obter êxito quando
....
o se vai cozinhar ou preparar um alimento - seja para

cozinhar um ovo, seja para preparar um banquete

para mil pessoas.

Mise en place
l>

é um termo francês que, ao pé

da letra. significa "colocar no lugar", o material

400g e os ingredientes, deixando tudo à mão para facilitar o

desempenho. Se uma receita for ser usada para


"'
..e: consulta. ela também deve estar à mão. Uma maneira
e:

N
o rápida e eficiente de agilizar o trabalho é fazer uma
u

"'
-e lista dos itens do mise en place diariamente.
"'
"'
"'
"'
.J:J

N Na maioria dos restaurantes e cozinhas comerciais



=>
-
se usa o termo em francês, mas também se diz. em
a.
"'
u português. pré-preparo.
o

53
o

FACAS
Sabendo o que é mise
en place, é preciso Lâmina de 20 cm a 35 cm

de comprimento, para uso geral.


mencionar o principal

utensi1io de uma cozinha:

a faca. Elemento Lâmina de 15 cm de comprimento,

essencial, em muitas usada para separar a carne do osso.

situações uma boa faca 400g

pode até substituir outros


Para filetar peixe, com lâmina flexível "'
utensi1ios como um s.-
e mais fina, em diversos tamanhos. c..
N
ralador; descascador ou o
u
cu
processador. Todo cozinheiro -o
(/)
Lâmina de 5 cm a 10 cm de "'
deve ter suas próprias facas, (/)
comprimento, usada para pequenos "'
saber manuseá-las e
cortes e para frutas e vegetais.
conhecer o melhor uso
• Existem milhares
para cada uma delas. de modelos de

Cada faca tem seu É ótima para o corte de certos focas, ma rc as e


roqas diferentes.
alimentos. Exemplo: pão, tomate, bolo.
tamanho e uso próprios. Prefira a que
melhor se adaptar
As principais são:
Além disso, para tirar todo o proveito à sua mão, mais leve

dessas facas, é preciso ter também: ou mais pesada.


• Faca é um objeto
de uso pessoal,
Pedra não se empresta!
Para fazer o fio da faca. Cuidado com as
próprias facas
é rundamental.
Chaira (fusil) • A melh or faca é
Para dar acabamento ao fio da faca. ' a foca bem afiada!
Pa1·a interpretar e executar
54

corretamente urna receita é


<ti

p1·ec1so conhecer os tipos de

corte clássicos. Ao criar urna

Q)
"C
receita. o mais importante é
(/)
"' ter em mente o porquê de
<>

usar esse ou aquele corte.

Deve-se cons1de1·ar não apenas

400g
a pe1ie1ção das medidas, mas

também a uniformidade dos


!O
..e
e: cortes, o melhor apmve1-
N
o
u
tamento do alimento e qual
Q)
"C

(/)
"'
será sua aplicação (tempo de
(/)
ro
.n
cozimento, o tamanho dos
N


::J
+-'
outros ingredientes, a textura,
a.
"'
u a intensidade de sabor e o

resultado desejado).

Por tudo isso, habilidade nos

cortes é indispensável a um

profissional e é algo que se

adquire com tempo e treino.


Os cortes clássicos são:

·Julienne
Corta-se o legume em fatias

longitudinais, e depois em bastões com

3 mm x 3 mm x 2.5 cm Gulienne comum)

ou 3 mm x 3 mm x 5 cm Uulienne longa).

Brunoise 55

Cubos com 3 mm de lado. Esse corte, em geral,

tem como primeira parte o corte julienne.

Cubos pequenos
6 mm de lado.

e ubos médios
9 mm de lado.

Cubos grandes
1,5 cm de lado.
400g

Bastonetes (bâtonets)
Corte longitudinal com 6 mm x 6 mm x 5 cm

ou 6 m m x 6 mm x 6 c m . Corte perfeito

para batata frita.

Chiffonade
Corte de qualquer espessura usado para

fatiar folhas.

Cl.
"'
Tomné u

Corte em formato de barril com sete lados

iguais e bases horizontais. É um corte puramente

decorativo, usado para legumes e raízes razoavel­

mente. firmes, como batata, cenoura, abobrinha.

Esses são os cortes que consideramos básicos.

Há muitos outros tipos, que, na verdade, são va­

riações dos descritos acima.


1\C OS

São

misturas de ingredientes (em

ge1 ai legumes, ervas e especiarias) utilizadas

para dar sabor as receitas. É importante observai- a

proporção de cada ingrediente na combinação, já que o

objetivo é realçar o sabo1 da preparação, e niío sobrepujá-lo.

Nesse ponto. entra o toque pessoal de cada cozinheiro.

Com a prática. os fundos e outras preparações de base passam

a ter o estilo do profissional. que por sua vez é determinado pela

escolha desses acompanhamentos aromáticos e


da proporção dos ingredientes na composiçao deles. Esses

complementos podem ser colocados no inicio da cacção e

retirados quando já tiverem liberado o sabor desejado à

produção, ou acrescidos no final do processo. para

emprestai ao prato a justa intensidade

esperada.
É muito valorizada, rara A pimenta-do-reino preta

Potencializador de sabor. e bastante cara. Usada para é o grão de pimenta seco,

É fundamental em qualquer finalização, um toque de flor com casca. A branca, é a

receita, pois realça o sabor de sal acrescenta textura pimenta preta descascada

dos ingredientes. e sabor especial a um prato e seca. A verde é o grão


57
É usado também em simples, seja uma batata assa- fresco em conserva.

pratos doces, porém, da ou uma fatia de terrine de A pimenta rosa diferente-

em menor quantidade. foie gras. De acordo com a mente do que se pensa, não
região onde é extraída, a flor é uma pimenta, mas sim o
de sal pode ter diferentes fruto de uma árvore tropical,

É sal marinho em cristais nomes e características. a aroeira.

maiores que o sal utilizado Os mais conhecidos são sal

normalmente nas cozinhas. de Guérande, da costa da SAL E PIMENTA-DO-


É o mais comum e mais Bretanha; sal de Maldon, da _ rr
barato dos sais não-refinados. costa do Reino Unido, muito Sem dúvida, os aromatizan-
puro, em flocos piramidais; tes mais usados. A proporção
"
1 · i sal da costa do Algarve; sal mais comum é de 4 partes
400g
É o sal refinado (sal da costa oeste da Sicília. de sal para 1 de pimenta,

de mesa), que passa por mas pode ser usada em


(Q
processos de refinamento P'MENTô. O"' Pr'N" maior ou menrn- quantidade .e
e:

(branqueamento e moagem). de acordo com o resultado "'


Uma das especiarias mais o
u
É o escolhido para uso presentes na culinária é desejado. ru
'tJ
diário pela praticidade uma fruta usada em geral V>
Q)
(é mais solto e se depois de seca. Nativa do
</)
"'
..e
dissolve rapidamente) e subcontinente indiano, é hoje N
Com
disponibilidade. A adição �
cultivada também em outras a descoberta do ...,,
=>

de iodo foi convencionada regiões tropicais do planeta. Novo Mundo e, conse- Cl.
(Q

para evitar o bócio. qüentemente, das pimentas Ll

Conhecida desde a
ditas "ardidas", ou simplesmente
Antiguidade, é talvez a
"vermelhas", o nome pimenta passou a
FI ur d1 especiaria mais comum e designar os dois tipos. Mas os princípios
Delicada camada de cristais mais utilizada na cozinha de ardor são diferentes: as pimentas
de sal que se forma à superfí- vermelhas, do género Copsicum, ao qual
ocidental (clássica ·européia).
pertence também o pimentão. possuem
cie da água do mar; onde Seu sabor picante se deve uma substância chamada capsaicina,
aflora naturalmente, daí seu a um composto químico que promove a sensação
nome - o sal se encontra chamado piperina. Em quase de a1·dor ou queimação
nas papilas.
como "flor" flutuando na água. todas as mesas e cozinhas, ao
Dispensa a extração na salina lado do saleiro, encontra-se
e posterior refinamento. o pimenteiro.
58

Proporção básica

50% de cebola
(ou 25% de cebola e
25% de alho-poró)
+ 25% de salsão
400g
+ 25% de cenoura

<O
.L. No mirepoix branco, a
N cenoura é substituída pelo
o
<
...
alho-poró para garantir que

"'
Mistura de vegetais usada a preparação final mantenha
...
"' para dar sabor a fundos, a coloração clara.
molhos e outras preparações
culinárias e descartada no Proporção básica

a. final. Uma vez pronto o 25% de cebola + 25% de


<O
LI
fundo, molho ou assado, o alho-poró + 25% de salsão
líquido resultante é coado + 25% de nabo ou de apara
e os sólidos são desprezados. de cogumelo-de-paris
O tamanho dos vegetais

deve ser proporcional ao


tempo de cocção e ao tipo
de produto final. Muitas
vezes, metade da cebola é
substituída por alho-poró.

�·

MATIGNO�J
É o mirepoix acrescido
y
/ "��,���:::;���·:��:;:_
59

de bacon ou presunto, na
( índia e alho. E usado como

������
seguinte proporção: se fosse um saquinho de chá.
• 2 partes de cenoura; O seu conteúdo pode ser
• 1 parte de salsão; alterado já que a combinação
• 1 parte de alho-poró; de aromas é infinita.
• 1 parte de cebola;

• 1 parte de bacon ou CEBOLA BRÜIÉE DUXEL LrS


presunto e, opcionalmente, Cebola cortada ao meio É uma mistura de cogume­
1 parte de cogumelo. e queimada em chapa ou los bem picados e salteados,
Geralmente não é descar- 400g
frigideira até ficar bem escura échalote*, alho-poró e vinho
tado ao final da cacção, por (curiosamente, o sabor de branco, que pode ser "seca"
isso os itens devem ser des­ "queimado" não aparece). ou ter textura de molho, sem
<O
.e
e

cascados e cortados em Usada para dar sabor e, chegar a ser líquida. Pode ser N
o

tamanho uniforme. principalmente, cor a utilizada como aromatizante


u

Q}
'O
preparações como ou recheio.
cn

BOUQUtT GARNI
Q}
consommés e fundos. "'
co

Um amarrado de vegetais MARINADA ..e

-
N

e ervas: talos de salsão CEBOLA PIQUÉE Utilizada para dar sabor �


:J

cortados em bastonetes, Cebola espetada com 1 folha a carnes, peixes e vegetais. Cl.
co
talos de salsa, tomilho e de louro e 3 cravos-da-índia. É composta basicamente de u

louro, envoltos numa folha Usada na produção de molho óleos, ácidos (vinho, sucos
de alho-poró e atados por béchamel e algumas sopas. cítricos, vinagre) e aromati­
um barbante. Um ou mais zantes (ervas, especiarias e
ingredientes de um bouquet SACHET D'ÉPICES vegetais). Normalmente não
garni clássico podem ser Saquinho de gaze com leva sal, para não desidratar a
mudados, conforme o ervas e especiarias, como peça a ser temperada - o sal
gosto ou necessidade louro, pimenta-do-reino em é adicionado apenas próximo
do preparo. grão, talos de salsa e tomilho. a hora do preparo.
60
FUNDOS

Líquidos saborosos produzidos pelo cozimento


"
lento de mirepoix, ingredientes aromáticos e ossos

w
em água, usados como base para sopas, molhos

e outros pratos - com exceção do fundo de

vegetais, que, naturalmente, não leva ossos.

Os fundos podem ser classificados em

duas principais categorias: fundos claros


400g

e fundos escuros.
"'
.L..
e:
Os fundos claros são feitos a partir
N
o
o de vegetais, ingredientes aromáticos e ossos,
Q)
"O

<l'I com exceção do fundo de vegetais.


Q)
(/)

fundos escuros
ro
.o Os são feitos a partir de
N


::J ossos assados, água, mirepoix caramelizado*,
+-'

e.
"'
u purê de tomate e ingredientes aromáticos.
61

VEGETAIS
rendimento: 4 litros

PREPARO
INGREDIENTES Numa panela, aqueça o
60 mi de óleo óleo e sue* os vegetais.

1 15 g de cebola picada Cubra com a água, e cozinhe

em fogo baixo em fervura


1 15 g de alho-porá picado
branda*, sem deixar entrar
55 g de salsão picado
em ebulição total.
55 g de cenoura picada Junte o sachet d'épices
55 g de nabo picado e cozinhe por mais 30 400g

55 g de tomate picado a 40 minutos.

Coe, resfrie* e guarde sob ro

3 dentes de alho .e

=
refrigeração para uso posterior. N

4,5 litros de água fria o

Antes de usar, retire a gordura u

Q)
sachet d'épices (use a receita da superfície com uma o

,,,
base da p. 59 + 2 cravos-da­ escumadeira.
Q)
"'
co
índia e 1/4 de colher (chá) de .o

N
semente de erva-doce)

::o

Cl.
ro
u
62

NDO Cl DF AVF
rend1111unto litros

INGREDIENTES Lave as carcaças.


3 ,5 kg de carcaça de frango Coloque-as numa panela
sem gordura com a água fria e cozinhe

4 litros de água fria em fogo baixo por 4 horas


em fervura branda*.
450 g de mirepoix (ver p. 58)
sem deixar entrar em
1 sachet d'épices (ver p. 59)
ebulição total.
400g
Escume* todas as

Para fazer um ,
impurezas que surgirem
"'
.s:: fundo claro bovino, , na superfície.
e:
N
raça como na : Ao completar 3 horas
o
<.>
receita de rundo :
de cozimento, adicione
Q) claro de ave, :
'C
substituindo as : o mirepoix e o sachet
cn
Q)
cn carcaças de frango d'épices e cozinhe por
ro
por 3,5 kg de ossos '

mais 1 hora.
N bovinos limpos e ,
� Coe, resfrie* e guarde
:::>
cozinhando :
-
a.
em rervura: sob refrigeração para
"'
u branda· p or : uso posterior:
5 horas. : Antes de usar, retire
a gordura da superfície
com uma escumadeira.
63

DE VITELA
rendimento 4 litros

?R[ p -
INGREDIENTES Lave bem os ossos.

4 kg de ossos de vitela Coloque-os numa panela

sem go rdur a com a água fria e cozinhe

em fogo baixo por 5 horas


5 litros de água fria
em fervura branda*,
450 g de mirepoix (ver p. 58)
sem deixar entrar em
1 sachet d'épices (ver p. 59) ebulição total.
400g
Escume* todas as impurezas

Esse é o método que surgirem à superfíci e .


ti-adic ional para Ao completar 4 horas
o preparo de um
de cozimento, adicione o N
fundo claro. o
u
mirepoix e o sachet d'épices
Para fazer uma Q)
"'
variação desla e cozinhe por m a is 1 hora.
V)
Q)
receita, adicione Coe, resfrie'* e refrigere V)
ro
1 kg de apara de ..o
para uso posterior.
carne de vitela. : N
' Antes de usar, retire a ..:::
Assim, têm-se um :::>
-
sabor- mais intenso gordura da su perfície
de carne no
rn

com uma escumadeira. u

produto final.
A carne deve sc1-
acr escentada à
receita junto
com os ossos.
64 FUNDO DE
1end1mento: 4 litros
"'

INGREDIENTES

L)
5 kg de carcaças de

peixe ou crustáceo

450 g de mirepoix branco

(ver p. 58)
280 g de apara de

cogumelo-de-paris

5,5 litros de água fria


400g

"'
.e
e: PREPA1U
N
o Lave as carcaças.
<.J

"' Coloque-as numa panela e


u

"' junte o mirepoix. a apara de


"'
"'
"' cogumelo e a água fria e
cozinhe em fogo baixo por
30 a 40 minutos em fervura
Cl.
"'
branda*. sem deixar entrar
<.J

em ebulição total.
Escume* todas as impurezas
que se formarem na superfície.
Coe, resfrie·* e guarde sob
refrigeração para uso posterior.
Antes de usar. retire a gordura
da superfície com uma
escumadeira.
FUNDO ESCURO BOVINO
1011d1rnen10 4 litros

65

INGREDIENTES Lave bem os ossos.


4 kg de ossos bovinos limpos Coloque-os numa assadeira, untada

120 mi de óleo com óleo e asse a 220ºC por 45

minutos a 1 hora, até que estejam


5 litros de água fria
bem dourados.
450 g de mirepoix ( v er p. 58)
Transfira os ossos para uma panela
180 g de extrato de tomate
grande e reserve a assadeira.
1 sachet d'épices (ver p. 59) Acrescente a água fria aos ossos

óleo para untar e cozinhe em fogo baixo por pelo

menos 6 horas em fervura branda*,

sem deixar entrar em ebulição total. 400g

Escume* todas as impurezas que


se formarem na superfície. <O
..e..
C'.
Ao completar 5 horas de cozimento,
Esse é o método N
o

tradicional para usando a assadeira em que os e..

ru

o preparn de um ossos foram assados, caramelize*


V>
fundo escuro.
o mirepoix e faça o pinçage* Q)
(/)
Para fazer uma n

com o extrato de tomate.


variação desta
receita, adicione Deglaceie* a assadeira com um
1 kg de músculo pouco do líquido do cozimento
Q.
bovino em cubos. co
dos ossos e junte tudo, mais u
Assim, tem-se um
sabor mais intenso o sachet d'épices, à panela.

de carne no Cozinhe por mais 1 hora.


prnduto final. Coe, resfrie·* e guarde sob
A carne deve ser
refrigeração para uso posterior:
acrescentada à
receita junto com Antes de usar, retire a gordu1·a da
os ossos. superfície com uma escumadeira.
FUNDO ESCURO nc ""e
rendimento 4 litros

66
1rrr1�
"' INGREDIENTES Lave bem os ossos.
C"
C" 4 kg de ossos de frango limpos Coloque-os numa assadeira, untada
N

120 mi de óleo com óleo e asse a 220ºC por


o
u
45 minutos a 1 hora, até que
"' S litros de água fria
"O estejam bem dourados.
.,, 450 g de mirepoix (ver p. 58)
<
Transfira os ossos para uma panela
'"'
180 g de extrato de tomate grande e reserve a assadeira.
'-'
e;,
1 sachet d'épices (ver p. 59) Acrescente a água fria aos ossos e

óleo para untar cozinhe em fogo baixo por 5 horas

em fervura branda*, sem deixar

400g entrar em ebulição total.

Escume* todas as impurezas

"' que se formarem na superfície.


..e Para fazer uma
e Ao completar 4 horas de cozimento.
N variação desta
o
o receita, adicione usando a assadeira em que os
CI>
-o 1 kg de carne de ossos foram assados, caramelize*
"' frango em cubos. o mirepoix e faça o pinçage*
CI>
"'
"'
Assim, tem-se um
.e com o extrato de tomate .
sabor mais intenso
N
de carne no Deglaceie* a assadeira com um

::>
.... produto final. pouco do líquido do cozimento
e. A carne deve ser :
"' dos ossos e junte tudo, mais
LI
acrescentada à
o sachet d'épices, à panela.
receita junto com
os ossos. Para Cozinhe por mais 1 hora.
fazer uma variação Coe, resfrie* e guarde sob
de fundo claro de
refrigeração para uso posterior.
ave, junte 1 kg
de carne de frango Antes de usar. retire a gordura da
em cubos. s upe rfície com uma escumadeira.
67

CUIDADOS AO PREPARAR
UM FUNlO
• Não tampe a panela. CARACTERÍSTICAS DE
• Comece com líquido frio (a ação UM L lM F'JNílC'
gradual do calor faz com que o • Equiltbrio obtido através do uso
alimento comece a soltar seu líquido balanceado de condimentos pai-a
para a água e, conseqüentemente, gerar aroma e sabor agradáveis e
seu aroma e sabor). para que nenhum deles sobressaia
• Cozinhe desde o começo em fogo ao outro - o cravo-da-índia e o
baixo em fervura branda* para não salsão são exemplos clássicos desse
turvar o líquido e não reduzi-lo desequilíbrio quando usados em
antes de todos os sabores terem 400g
demasia -, a não ser que esse seja
sido extraídos; o objetivo.

• Cozinhe durante o tempo adequado • Cor apropriada (conforme a
e..
(ver tabela abaixo) para que o sabor intenção original: claro, escuro etc). N
r)
o
e os nutrientes sejam liberados.
Ql
o
• Escume* as i mpurezas sempre que
"'
necessário. TfMPO DE C'OCÇÃO Ql
V>

• Não adicicne sal, pois se trata de uma • Ossos bovinos:

base (o sal é acrescentado no preparo 6 a 8 horas.


final de uma receita da qual esse fundo • Ossos de vitelo: Cl.
ro
é também um dos ingredientes). 6 horas. u

• Coe, resfrie*, etiquete e armazene • Carcaça de frango:


adequadamente (refrigerado ou 5 horas.
congelado). • Ossos suínos:

5 horas.

• Carcaças de peixe

ou crustáceo:

30 a 45 minutos.

L
rendimento 4 litros
O fumet e o court bouillon
não são classificados como fun­

dos, no entanto, são utilizados INGREDIENTES


68 100 mi de óleo
de maneira similar.
450 g de mirepoix branco (ver p. 58)
5 kg de carcaças de peixe branco ou
crustáceo (bem lavadas, limpas
Trata-se de uma preparação e sem vestígios de sangue)
em que a carcaça do peixe (bem
300 g de apara de cogumelo-de-paris
lavada e sem vestígios de vísceras
5 litros de água fria
ou sangue) e o mirepoix branco

são suados* em gordura (man­ 800 mi de vinho branco seco

teiga, óleo, azeite) antes da adição ou suco de limão

de um ácido (vinho branco) e de 1 bouquet garni (ver p. 59)


água fria. A partir daí, o preparo
400g
é semelhante ao de qualquer
outro fundo. e
ro
L O fumet é bem mais saboroso Numa panela, aqueça o óleo
c-
N
o
que um fundo de peixe comum; e sue* o mirepoix e a carcaça.
ll
Q)
o produto final, no entanto, não é junte o cogumelo e sue.
"'C>
cn tão claro. Devido à sua estrutura Adicione a água fria, o vinho
Q)
cn
frágil, a carcaças de peixe e e o bouquet garni e cozinhe
crustáceo requerem um tempo em fogo baixo por no máximo
de cozimento curto, de 20 a 40 minutos, escumando*
a. 30 minutos, o suficiente para as impurezas da superfície.
ro
u
extrair-se todo o seu sabor. Coe, resfrie* e refrigere
Para esse tipo de preparação, para uso posterior:
o mirepoix deve ser cortado Antes de usar; retire a
em pedaços pequenos, a fim gordura da superfície
de poder transferir suas pro­ com uma escumadeira.
priedades para o fundo num

curto período de cozimento.


rendimento· 2 litros

INGREDIENTES
2,5 litros de água fria 69

150 mi de vinagre de vinho branco

2 colheres (chá) de sal

150 g de cenoura em rodelas

250 g de cebola em rodelas

2 folhas de louro

Líquido de sabor intenso, 1 /2 colhei- (chá) de tomilho seco


feito ce vegetais e ervas 3 pimentas-do-reino preta
aromáticas, especiarias, um em grão
ácido (vinho, suco de frutas
1 O talos de salsa
cítricas, vinagre etc.) e água.
400g
Feito em tempo curto

(de 30 a 40 minutos), serve ,1 rr


(\l

para cozinhar alimentos como Numa panela, junte todos


r

peixes, crustáceos, carnes os ingredientes, exceto a


N
o
u
branc;:s e vegetais, que pimenta em grão e cozinhe
absorvem o sabor dos em fogo baixo por 50 minutos.
ingredientes aromáticos do Escume* todas as impurezas
líquido. Algumas vezes, esse que se formarem na superfície.
líquido é usado na própria Acrescente a pimenta em grão
finalização do prato - é o caso e cozinhe por mais 1 O minutos. Cl.
"'
'-'
de peixes e crustáceos à la nage*. Coe, resfrie* e refrigere
Neste caso, deve-se diminuir para uso posterior.
a quantidade de vinagre da

receita pela metade.


CALDO
f um fundo fortificado

pela adição dos mesmos

1ngred1entes utilizados nos fundos,

mais d carne para realçar- o sabor:

lãmbém conhecido como bourllon,

em francês; bmdo. em 1tal1ano: broth,


70
em inglês termos usados em menus

mesmo fora dos países

de ongem.
t'l\D IC

rerd :ient 4 1 i tr os

INGREDIENTES Numa panela grande,


70 mi de óleo aqueça metade do óleo.

3 kg de músculo com osso em Doure lentamente a carne.

pedaços de 3 cm Se não couber toda a carne


na panela, faça em duas etapas.
400g 500 g de mirepoix (ver p. 58)
Retire os pedaços de carne.
6 dentes de alho
Caramelize* o mirepoix
co

.s::. 4,5 litros de água e o alho na mesma panela.


e
"'
o 1 bouquet garni (ver p. 59) Retorne os pedaços de carne.
<.>
Q) Cubra com a água, e cozinhe
"O
(/) em fogo baixo em fervura
Q)
(/)
branda*, sem deixar entrar
em ebulição total.
Cozinhe por 4 horas e
a_
"'
junte o bouquet garni.
<..>

Cozinhe por mais 1 hora,


e escume* as impurezas
que forem se formando
na superfície.
Coe, resfrie* e guarde sob
refrigeração para uso posterior.
Antes de usar; retire a gordura
da superfície com uma
escumadeira.
71

São ingredientes ou combinações de ..


o
u
ingredientes usados para dar corpo e/ou
(j)

liga a preparações líquidas, agregando-lhes

também sabor e textura. Muito comuns

na cozinha clássica até os anos 1970,

hoje são usados com parcimônia, embora


400g

continuem sendo imprescindíveis em


"'
..e
algumas preparações. e:

N
o
u

Q}
'O

!/)
A tendência atual é o uso de molhos Q}
!/)
"'
.D
com pouco volume e muito sabor "'


::J

(basicamente reduções*). Isso torna �

o..
"'
(.,)

os espessantes dispensáveis, uma vez

que eles servem pa1·a dar corpo a molhos

de sabo1· mais suave que são usados em

maior quantidade e por isso precisam ser

espessados para se sustentarem no prato.


Entre os agentes espessantes temos:

72

ROUX - 100%

50% gordura + 50% amido (em peso) !IJ - 80%

+ cocção roux escuro - 50%

Geralmente se utiliza manteiga roux negro - 20% a 30%

sem sal (crua ou clarificada*) e farinha


Para fazer o roux, aquece-se a
de trigo.
manteiga e acrescenta-se a farinha
Deve sempre entrar nas produções
de trigo de uma vez só, mexendo
da seguinte maneira: roux frio em
até formar uma pasta.
líquido quente ou roux quente

em líquido frio. roux branco: cozinhe por aproxi­


Após a adição do roux a um líquido, madamente 3 minutos (a par tir da
400g
deve-se cozinhar essa preparação por adição da farinha) em fogo baixo

pelo menos 5 minutos, mexendo oca­ e sem pararde mexer, ou até que

L.
sionalmente, a fim de que todo o sabor adquira uma coloração marfim.
e-
r.r da farinha de trigo crua desapareça. • roux amarelo: siga as instruções
o
o
Podemos preparar 4 tipos de roux, acima, cozinhando por mais 2 a
w
o
que terão sabor e poder espessante 3 minutos, até que o roux fique
li)
Q)
li) diferentes. dourado claro.

A coloração dependerá do tempo roux marrom ou escuro: continue

de cozimento da mistura de go rdura o cozimento até que o roux adquira

O roux pode ser e amido. um tom dourado-escuro e um aroma


preparado com O roux branco é deixado no fogo próximo ao de oleaginosas*
ante cedência e
apenas até que a mistura esteja bem (avelã/amêndoa/nozes) tostadas.
a1mazenado sob
quente, sem deixar dourar. Os demais • roux negro: é a etapa final, quando
refrigeração por
até 4 dias. Esse são deixados por mais tempo, até o roux estiver um ponto antes de
método é muito atingirem a coloração desejada. queimar (não deve soltar fumaça e
utilizado em
Quanto mais claro foi- o roux, mais ter aroma acre - se isso acontecei�
1·estaurantes. onde
o roux é ulilizado : suave será seu sabor e mais forte seu despreze e prepare outro), com uma
1

para espessar • poder espessante. Se estabelecermos cor ma1Tom bem escura, quase negra;
diversos molhos. 1 que roux branco tem poder espessante deve ser retirado imediatamente do
N esse caso. ele:
de 100%, então teremos a seguinte fogo.Também pode ser preparado
é usado frio em :
líquidos ferventes. : escala: com óleo.
73

400g
IR y
ri 11 ,· o n\
L
Pode-se utilizar diferentes tipo de É importante lembrar que a N
o
"
amido, como amido de milho, farinha preparação deve estar fervente e
OJ
u
de trigo, araruta e féculas. O líquido que se deve mexer constantemente
V>
m
pode ser água, leite ou parte do com um fouet*, para que não se V>

líquido da receita que se quer espessar: formem grumos.


N
Nesse caso, separa-se uma parte do Deve-se cozinhar o slurry na o
:::>
-
líquido para nela dissolver o amido. preparação apenas até que se atinja a_
ro
A mistura é feita juntando-se aos a consistência desej ada. u

poucos o líquido ao amido e mexendo É um espessante pouco usado, que


bem até que a mistura fique homogênea. funciona melhor para um ajuste final
Depois se acrescenta essa mistura à de textura, caso esta não tenha
preparação que se quer espessar'. ficado como planejado.
-- -- ------

74

LIAISON
25% gema + 75% creme de leite

fresco (em peso)

É utilizada na finalização de

preparações.

Se comparada ao roux e ao beurre


400g
manié, tem baixo poder espessante,
BEURRE MANIÉ sendo por isso mais usada para um
l'O
50% manteiga + 50% farinha de trigo
.e ajuste de textura. Altera significativa­
e:
N (E.:m pe:•o) mente a cor e o sabor da preparação,
o
u
Assim como o slurry, é mais utilizado
Q) portanto, funciona melhor para receitas
"'CJ
para finalização ou ajuste à la minute*.
(/) cremosas, como a blanquette de vitela.
Q)
Mistura-se a manteiga sem sal en
(/)
"' O creme de leite suaviza o sabor
.o
pommade* com a farinha de trigo,
N e confere uma textura aveludada,
� formando uma pasta. É utilizado frio
enquanto a gema deixa as preparações
::>
-
e sempre adicionado aos poucos a
o. mais espessas e mais ricas.
l'O
'-' uma preparação fervente, batendo-se
A gema e o creme são misturados
constantemente com um fouet* até
frios e devem ser adicionados à
que atinja a consistência desejada.
preparação que se quer espessar
Tem alto poder espessante, porém
por meio de temperagem*.
sabor residual intenso se usado
Após seu emprego, o líquido
em grande quantidade.
espessado não pode ferver!
75

Grt.l'Tltl/ MANTEIGA
É utilizada para dar corpo a líquidos É usada fria em líquidos quentes
ou preparações servidas frias. Quanto para encorpá-los ligeiramente
maior a quantidade de açúcar ou de no momento final do preparn
ingredientes ácidos, maior a quantidade (monter au beurre*). Isso se deve à
de gelatina necessária. A gelatina, seja emulsificação* da manteiga no líquido
400g
em pó, seja em folha, deve ser sempre (molho), que não pode ser levado
previamente hidratada* e dissolvida. à fer v u ra, já que a emulsão se

,s::"
desfaz e o molho se separa. e:
N
Para hidratar a versão em pó usamos o
<.J
pouca água, pois todo o líquido usado CREME or LEITf Q)
-o
será empregado na receita. Já para a Atua como espessante quando "'
QJ
"'
versão em folha pode-se usar bastante colocado para reduzir-se* juntamente
água, pois após a hidratação, retira-se as com o líquido que se deseja espessar:
folhas da água para então empregá-las. Altera significativamente o sabor.
a cor e a textura da preparação. o.
"'
u
Há três maneiras de dissolver a gelatina:
em banho-maria*, em microondas (po­ SANGUE
tência máxima) ou em líquido quente. Atua como espessante ao
•Todas as medidas
coagular-se junto com um líquido devem sei· ca lculadas
Existe um tipo de gelatina vegetal quente. Também não deve ser em peso, não em volume.
• Embora semelhanles,
(extraída de algas marinhas), o ágar-ágar. fervido. O prato mais conhecido
esses agentes espessantes
que pode ser utilizado em preparações em que se utiliza esse recurso levam a resultados dife­
quentes. É ideal para uso em pratos é a galinha ao molho pardo. rentes, portanto, é preciso
experimentar antes para
vegetarianos.
que se possa sempre
fazer a melhor escolha.
11 1
3 ervas e
:spec1anas

_,
78

As ervas e especiarias são


fundamentais na cozinha. Elas tanto

temperam e aromatizam as bases -

quando formam um fundo de aroma


400g
especial, mas indistinguível - quanto

podem ser o toque final de um prato.


V>

Por terem propriedades muito


"'
·;:::
"'
o
Q) peculiares devem ser usadas
a.
V>
Q) com muito cuidado.
Q)

Quando falamos de ervas e


V>
"'

;:::
Q)
M
especiarias, não há regras.
E

O importante é ter bom senso
'ã.
"'
u
e provar cada uma delas, observar

suas características e criar suas

próprias combinações.
Podemos encontrar ervas secas e Para aromatizar os fundos, são

frescas, puras ou combinadas, como utilizadas ervas delicadas ( salsa) e


79
é o caso das ervas de Provence. mais resistentes (tomilho, louro).

Quando frescas, em geral são Use sempre fresca: salsa, cebolinha,

sensíveis e delicadas, portanto, devem coentro, hortelã, manjericão, sálvia,

ser e11pregadas apenas na finalização cerefólio, menta, dill, azedinha, nirá

de pratos. Seus óleos essenciais são e manjerona.

delicados e perdem o aroma

rapidamente se forem aquecidos Use fresca ou seca: segurelha,

por tempo prolongado. tomilho, louro, alecrim e orégano.

Algumas, porém, são mais resistentes,

como o tomilho, o louro e o alecrim, • Em geral, quando bem secas, as ervas 400g
e podem ser usadas em assados, se conservam bem por até uma

por e xemplo. As secas devem ser semana acondicionadas em sacos "'


"'
empregadas no início da cocção para plásticos sob refrigeração. ·.::::
"'
u
possibilitar sua hidratação e liberação • Coentro, salsa, cebolinha e manjericão Q)
a.
"'
de aroma. também podem ser armazenados em Q)
Q)
recipiente com água sob refrigeração (/)
"'
ÜL,tro fator importante é a oxidação, (como se fosse um vaso). e:
Q)
que ocorre a algumas ervas frescas, • Para armazená-las por mais tempo, M
E
como o manjericão e a hor telã, por algumas ervas como salsa, manjericão

C2.
exerrplo. A oxidação se dá pelo contato e coentro podem ser batidas no "'
u

da erva já picada com o ar; ocasionando liquidificador com um pouco de óleo

o escurecimento desta. Procure sempre ou azeite (formando um purê denso)

picá-las o mais próximo possível do e guardadas em recipientes de vidro

momento de empregar ou, antes de ou plástico sob refrigeração. Dessa

cortar; despeje um pouco de óleo ou forma, elas podem durar até 30 dias.

azeite sobre as ervas e então pique. • As ervas desidratadas têm maior

Dessa forma, quando a faca cortar a durabilidade e devem ser armazena­

erva, o óleo cobrirá a superfície cor tada, das em embalagens bem fechadas e

evitando, assim, a oxidação. protegidas da luz. Verifique a data de

validade para determinar sua duração.


portanto, o melhor é usá-la ao final

80 (Hosma1 inus officina/Js) da preparação - acrescentada alguns

Erva de sabo1- pronunciado. Como segundos antes de servir ou como

suas folhas são um pouco duras, é decoração. A parte branca (da base)

melhor retirá-las do preparo antes de é mais resistente e aparece

servir. Funciona muito bem com carnes como base aromática em alguns

e frango assados (roast beef, cordeiro) pratos, no início da cocção.

e em marinadas para carne de caça.

Pode também sei- tostada junto

com frutas secas (amêndoa, nozes,


(Anthriscus cerei/oliwn)
castanha etc.).
Um dos componentes das fines

herbes, é usado para dar sabor no final

400g do cozimento de sopas e saladas ou


(Rumex acetosella)
como decoração pelo seu aspecto deli­
Tem folhas suculentas de quase
cado de renda. Seu sabor lembra o anis.
(1)
"' 1 O centímetros que mais parecem folhas

"'
de salada. Como o nome diz, tem sabor
<.>
Q)
a. azedo, que adiciona uma "graça" especial
(1)
Q)
Q)
a peixes. Éa base da soupe à l'oseille e, (Coriandrurn sativurn)
(1)
"' quando adicionada picada às marinadas, Usado em folhas ou grãos, é amado
;:::
Q) funciona como amaciante de carnes. por uns e odiado por outros.
M

.5? Pode ser usada como invólucro para É extensamente usado na culinária
:::>
,'.::::
a. charutinhos de arroz, como substituta brasileira do Norte e Nordeste,
"'
u
para folhas de uva e repolho. principalmente da Bahia (moquecas,

bobó e peixes em geral), durante o

cozimento ou salpicado por cima antes

(Al/Jum fistulosum) de servir. No Brasil, é uma herança

Pertence à familia do alho, da cebola cultural dos africanos, mas pode ser

e do alho-poró. Muitíssimo usada, encontrado em outras culinárias,

acompanha a salsa em muitos pratos - como a mexicana, a árabe. a indiana,

o famoso cheiro-verde. A ciboulette a tailandesa e a chinesa. No Oriente

é muito usada em sopas cremosas, Médio e na Índia, as sementes são

omeletes e peixes. Não suporta altas usadas inteiras em conserva ou em pó.

temperaturas (pois perde sabor), É um dos componentes do curry.


usada em salada de frutas e combinada

(-1netfwn q1 1 1 J/ 1
1, com chocolate. É também usada 81

Erva cultivada originariamente na na decoração de sobremesas.

Rússia e no Mediterrâneo. Combina

bem com salmão (defumado, marinado,

gravlax e poché), cremes, omeletes (ldUt us nobtlts)


e preparados com iogurte. As sementes Em folha, é muito usado na culinária

são usadas para o preparo de sopas francesa, mediterrânea e brasileira.

e picles. As folhas devem ser frescas Tem folhas duras e sabor pronunciado.

e empregadas na última hora (a não Deve sempre ser retirado do preparo

ser em preparados frios). antes de se1·vir. É empregado em

ensopados, carnes assadas, feijão, sopas

e para aromatizar caldos. Quando


40Dg
(Artemisia dracuncu/us) moído, diferentemente da folha, o louro

É uma das ervas mais sofisticadas permanece no preparo, devendo ser·

da culinária. Tem sabor único e valoriza usado com parcimônia para não VI
"'

outros sabores num mesmo prato. dominai· o sabor do prato. "'

u
Q)
Pode ser usado em saladas, aves, a.
VI

peixes e carnes; é muito apreciado em


Q)

Q)

omeletes (a erva já o transforma num (Oc1mum bastlicum) VI


"'

Erva muito conhecida por seu uso na 2:


prato especial). Colocado em vinagre Q)

""
branco, produz um aroma característico, cozinha italiana (pesto genovês, massas

que dá gosto à sauce béarnaise, usada secas, sopas, salada caprese, pizza .ê
a.
cu

no steak de mesmo nome. margherita e massas com molho de u

tomate fresco). Deve ser sempre usado

fresco - quando seco, perde muito

(Mentha ssp.) da "agressividade" tão peculiar - e

É sempre melhor fresca, empregada adicionado na última hora, logo antes

em saladas (tabule, pepino com iogurte), de servir: É uma das ervas da Provence,
carnes (cordeiro), para acompanhar assim como o alecrim e o tomilho.

legumes cozidos (abobrinhas com

hortelã) ou em balas e gomas de mascar:

É usada também como essência de

alguns licores e como guarnição para


(Onganum majoranaJ
Erva com sabor semelhante ao do

d1·inques. Em sobremesas, pode ser orégano. Pode ser usada em peixes
(tem sabor mais suave), em piuas, sopa de tomate ou ensopados de
82
no pesta - como o de manjericão - coelho, pato e porco. No caso de
ou com tomate. aves assadas, como frango e peru, é
"'
r
C"
empregada no recheio. Não combina
N muito com outras ervas, mas é boa
o
tJ (Allium sativum) parceira do alho.

u
"'
Éa parte verde do alho. Pode ser
aplicado como a cebolinha ou usado
"'
u
como acompanhamento de prato, (Satureja hortensis)
e
<> salteado rapidamente em azeite. Usada como o tomilho, é uma erva
"

que se presta bem a secar; concentrando


o sabor. Muito própria para ensopados

400g
(Origanum vulgare) como os de feijão-branco (cassoulet
É mais comum encontrar orégano seco e pasta e fagioli). Bom ingrediente de
que fresco, o que não significa que aque­ marinadas para frango e peixe grelhados.
(1)
"'
.... le seja pior; é apenas mais forte que o Vinagres de cidra ou de vinho podem
<O

tJ
"'
fresco. É usado em piuas, molhos de ser aromatizados com ela.
o.
(1) tomate e ensopados. Excelente também
Q)

Q)
com frango grelhado, limão e azeite.
(1)
"'

i:: (Thymus vulgaris)


Q)

("') Tem como um dos componentes o



(Petroselinum sativum) óleo timol, que age como conservante
-�
o..
"' Éa erva universal, de gosto levemente (marinadas de carne). Por ter aroma
u

picante, com toques de anis. Existe a e sabor pronunciados, resiste bem


variedade crespa, mais difícil de encon­ à secagem e ao congelamento.
trar; que é muito usada em ramos Assim como a salsa e o louro, é um dos
para decoração. ingredientes do bouquet garni básico.
Deve ser usado com cuidado, pois seu
sabor pode "mandar" no prato ou
(Salvia officinalis) sobrepujar o das outras ervas. Resiste
Tradicional em pratos como massas ao cozimento por muito tempo, sem
recheadas com vitela ou abóbora alteração de sabor. É usado em terrines,
e na saltimboca alia romana. De origem pratos de carne e ave ensopados
mediterrânea, aparece em pratos como ou grelhados.
83

rendimento: 6 porções !como entrada)

INGREDIENTES Bata no liquidificador o


2 pepinos, sem casca e sem pepino, o iogurte, 1 colher
semente, picados grosseiramente de sopa de dill, o alho, sal
400g
1 xícara de iogurte e pimenta-do-reino.

Transfira para uma


2 colheres (sopa) de folhas de V>
vasilha de inox e, então, "'
dill picadas ._
<ti
junte o creme azedo. u
1 /2 dente de alho amassado QJ
Leve à geladeira. e.
V>

90 mi de creme azedo Cozinhe o camarão no


QJ

QJ

(ver p. 341) vapor· por l O minutos


(/)
<ti

;::
12 camarões médios limpos e tempere com sal e QJ

1 /4 de xícara de azefte pimenta vermelha. o

��
de dill (ver receita de azeite de Sirva a sopa em pratos e.
"'
V

ciboulette na p. 345, substituindo fundos gelados, distribuindo

a ciboulette pelo dill e não 2 camarões em cada prato.

usando o estragão) Decore com o dill restante

e seu azeite.
pimenta vermelha em flocos

(opcional)

sal e pimenta-do-reino

moída na hora
84

SALSA VERDE
rencl1menlo. 250 mi

INGREDIENTES
1 filé de anchova

2 colheres (sopa) de folhas de Deixe o filé de anchova

salsa picadas de molho no leite por

2 horas.
l /2 colher (chá) de estragão seco
Descarte o leite.
1 colher (chá) de folhas
Misture todos os
de orégano picadas
ingredientes e acerte
400g 1 colher (chá) de folhas de o sal e a pimenta.
tomilho picadas Sirva esse molho
cn
co 1 dente de alho amassado com cozido ou língua.

co
u l /2 échalote* ou
Q)
a.
cn
cebola-roxa picada
Q)
Q)
1 colher (sopa) de
cn
co

;:: alcaparra picada


Q)
M 80 mi de azeite de oliva

::>
-�
extravirgem
a.
co
u 1 colher (sopa) de vinagre

de vinho branco

sal e pimenta-do-reino

moída na hora
85

rendimento . porções

INGREDIENTES Numa saladeira misture as

3 xícaras de folhas variadas folhas rasgadas em pedaços

(radicchio, alface-frisée, endívia, não muito g1-andes, as ervas

mâche, rúcula, alface e agrião) e a trufa.

8 ramos de dill À parte, misture os vinagres

(sem os talos grossos) com sal e pimenta até

dissolver e junte o azeite,


6 ramos de cerefólio 400g
batendo sempre com
(sem os talos grossos)
um fouet'''·
15 folhas de sálvia V)
Tempere a salada e sirva <tJ
·;::
15 folhas de estragão imediatamente.
<tJ
(,)
Q)
15 folhas de manjericão grande a.
V)
Q)

15 folhas de manjerona Q)
V)
<tJ
1 /4 de xícara de folhas de salsa e
Q)

15 folhas de hortelã (V)

.!::!
:::i
1 colher (chá) de trufa preta -�
a.
rn

(opcional) u

1 colher (chá) de vinagre


de xerez

1 colher (chá) de vinagre


de vinho tinto

45 mi de azeite de oliva

extravirgem

sal e pimenta-do-reino

moída na hora
86

co
rendimento· 4 porções (como entrada)

INGREDIENTES
folhas de 6 ramos de manjerona ..
bem picadas Numa vasilha, coloque todas

folhas de 12 galhinhos de tomilho-limão as ervas, a manteiga e 2 colheres

ou comum bem picadas de sopa de azeite. Reserve.


Numa panela grande, cozinhe
2 colheres (sopa) de folhas de
a massa em bastante água
salsa picadas
com sal.
400g 8 folhas de azedinha em tirinhas
Aqueça o azeite restante
folhas de 4 talos de segurelha picadas numa frigideira e doure a

1 talo de cebolinha picado farinha de rosca. Reserve.

2 colheres (sopa) de manteiga sem sal Escorra a massa quando


estiver ai dente e transfira
3 colheres (sopa) de azeite de
imediatamente para a
oliva extravirgem
vasilha das ervas.
300 g de spaghetti ou linguine
Misture muito bem.Tempere
65 g de farinha de generosamente com pimenta­
rosca fresca do-reino moída na hora.

sal e pimenta-do-reino Sirva com a farinha de rosca

moída na hora espalhada por cima.


ESPECIARIAS

Sempre encontradas 87

secas, têm uso ilimitado


ru
na cozinha. As sementes ..<:

podem ser usadas moídas


N

- nesse caso, prefira moer o


(.)
na hora de empregar - w

ou inteiras em infusão*.
"'
Possuem óleos essenciais, Ct>

liberados quando as se-

mentes são aquecidas, por

isso em muitas receitas

elas são previamente


400g
tostadas (em frigideira).

"'
"'
..._
"'
ARMAZENAMENTO (.)
w
• Em geral, as especiarias o..
"'
w
devem ser conservadas Q)
"'
inteiras, em frascos "'
2:
fechados e protegidos Q)

C")

da luz. Verifique a data E


:::>

de validade para deter- ;':::'.


Cl.
ro

minar sua duração.


u

• Por serem secas, devem

ser armazenadas a seco

pois a umidade pode

fazer com que mofem.


88

Açafrão Baunilha
(C1ocus sativus) (Vamlla piamto/ta}
O autêntico custa caro. É preciso Parte da orquídea centro-americana

colher cem mil flores para conseguir que é colhida verde e curada em

5 kg de estigmas (pistilo), que, quando ambiente especial, ficando com uma

secos, são empacotados inteiros ou cor marrom-escura. A maneira de usar


400g
em pó. É a alma da bouillabaisse, é deitando a fava sobre uma superfície

da paella e do risotto alia milanese. plana e dividindo-a ao meio no sentido


"'

do comprimento com uma faca bem


"'

"'

'-' Anis afiada; de dentro dela saem minúsculos


Q)
Cl.
"' (Pimpine!la anisum) grãos que podem ser ingeridos e dão
Q)

Q) Semente usada principalmente em o sabor pe1íumado, doce e delicado


"'
"'
confeitaria (balas, doces e bolos). da baunilha verdadeira. As essências
e:
Q)

(")
Também aromatiza o pastis (francês), sintéticas tentam reproduzir o aroma
E o ouzo (grego) e o arak (árabe) - da baunilha, porém o resultado é bem
.e
Cl.
"'
aperitivos que são degustados com diferente da baunilha in natura.
u

água e gelo. Principalmente usada em sorvetes

e doces à base de leite e creme,

mas também com chocolate e frutas

de sabor suave (não muito azedas).


Na culinária moderna, também é

usada em alguns pratos salgados,


resultando em combinações inusitadas.
89

Canela Cardamomo verde


(' ],
Em casca ou em pó. no Brasil, é usada Junto com a pimenta-do-reino é

principalmente em doces. Na culinária considerado o rei das especiarias.Tem

européia e do Oriente Médio também perfume penetrante, que mistura limão,

se usa como tempern para carnes e pimenta e uma nota de cânfora. É usado
400g
aves. A canela dá um sabor amadeirado na cozinha do Oriente Médio e da Índia

e delicado aos pratos. Quando usada para dar gosto em marinadas e pratos
"'

em conjunto com a pimenta-da-jamaica com arroz; já na Europa, é especiaria "'


.�
e a pimenta-do-reino, resulta na pimenta de pães, bolos e doces. u
Ql
Cl.
síria. As cascas são utilizadas em infusões "'
Ql

e depois retiradas, e a canela em pó é Coentro em grão Ql


"'

polvilhada diretamente sobre a receita. Nascido no Oriente Médio, suas "'


2:
Ql
folhas e grãos conquistaram toda a Ásia. <")

Cardamomo negro
o
No curry, o coentro acrescenta perfume :::l
'�
Tem três vezes o tamanho do verde entre o limão e a sálvia. Cl.
"'
u

e suas sementes são bem pretas. Os

grãos negros e brilhantes dão notas


de couro e menta ao curry com

ele preparado.
••••
·�4·
·�-·

o
90

. '? ·.""
'-·

..
e

Cominho Destila um leve sabor picante e almis­

(Cuminum cyminum) carado. Também conhecida como

Em semente ou em pó, é muito açafrão-da-terra, embora não tenha

utilizado no preparo de carnes, nada a ver com o açafrão verdadeiro.


400g
geralmente associado à pimenta-do­ Usada principalmente em curry de

reino. É encontrado na culinária árabe, peixe e picles e, na cozinha mineira,


(/)
"'
.... marroquina, indiana e mexicana. no frango ensopado. Tem propriedades
"'
u
Atenção: ele queima muito rápido anti-sépticas.
Q)
o.
(/)
Q)
quando tostado em frigideira.
Q)
(/)
Curry
"'
r: Cravo-da-índia Mistura de especiarias feita na Índia,
Q)
M (Syzygium aromaticum) mas principalmente para o consumo
o
Originário das ilhas Malucas, o cravo externo. Dentro do país, usa-se uma
.E
o.
ro dá um sabor floral aos pratos. Inteiro, é mistura específica (masala) para cada
u

empregado na confecção de doces em prato, que varia segundo a região


calda ou em caldos de carne e ensopa­ do país e até a familia. O curry é
dos; em pó, é usado em bolos de espe­ uma mistura de coentro, cominho,
ciarias. Tem propriedades anti-sépticas. feno-grego, alho, gengibre, canela, cravo,
cúrcuma, cardamomo, pimenta-do-reino
Cúrcuma e pimenta vermelha. Na Índia, a palavra
(Curcuma longa) curry serve para denominar pratos

Obtida a partir da raiz de uma planta como curry de peixe ou de cordeiro.


de origem asiática, é uma especiaria de E em cada um desses pratos usa-se
cor amarela-alaranjada, prima do gengibre. uma mistura diferente de especiarias.

-
91

Erva-doce (funcho) e pães doces (bolos de frutas secas

(Focmculum vulgare) e biscoitos de Natal), em especial

As sementes são usadas para preparar na Inglaterra e em países do norte

pratos com carne de porco (lingüiças, da Europa.

embutidos). aves e cordeiro. Num

registro de paladar diferente, é delicioso Kümmel (alcarávia)


no preparo de peixes gordurosos (Ca1Um ca/lll)
(arenque) ou para aromatizar pães Semente usada principalmente

e bolos. Seu chá tem efeito digestivo. no norte da Europa para aromatizar

queijos e vários preparados salgados,

Feno-grego como pretzel, por exemplo. Também


400g
(Ti igonella foenum-graecum) é o sabo1· dominante da aquavit,

Pertencente à família do trevo, seus aguardente escandinava.


V>
<O
grãos liberam amargor e adstringência. ·;:
<O

além de fragrâncias que evocam a salsa Maeis tJ


Ql
e.
com notas de caramelo. A membrana laranja-avermelhada V>
Ql

que cobre a casca da noz-moscada. Seu Ql

V>

Gengibre sabor lembra uma mistura de pimenta­ (t)


Ql
(Z111gibe1 officinale) do-reino com canela, porém mais sutil. (V)

Entra na composição de várias misturas E


Fresca, essa raiz de origem asiática é �
de temperos (has el hanout marroquino, 'õ..
usada em pratos orientais, desde a Índia (t)
tJ

até o Japão, passando pela Tailândia e por exemplo), e é muito utilizada nas

a Indonésia. Ameniza o sabor do alho culinárias desde o Oriente Médio até a

quando usado em conjunto com este. Índia, e também em pratos da cozinha

É vendido em conserva, doce ou azeda, norte-africana.

ou fresco.É responsável pelo sabor


picante sutil de alguns pratos, aos quais Mostarda
acrescenta também um sabor cítrico. (Sinapsis alba)
Em pó, o gengibre pode servir para Pode-se usar em forma de sementes

aromatizar carnes ensopadas, mas é ou preparado em pó ou pasta. As

empregado principalmente em bolos sementes são mais usadas na cozinha


92

indiana, e os preparados são de uso Pimenta calabresa


mais comum em todas as cozinhas, em Conhecida na Itália como peperoncino,
molhos para carnes e saladas ou para tem múltiplos usos - basta gostar de
acompanhar frios e embutidos. pimenta (spaghetti com alho, óleo
e peperoncino). Pode ser vendida
Noz-moscada seca inteira ou em flocos.
(Myristica fragrans)
Ideal para acompanhar pratos com Pimenta síria
queijo (tortas ou quiches), espinafre É uma mistura de pimenta-da-jamaica,
400g (suflê) e batata (ao forno, gratinada canela e pimenta-do-reino. Usada na
com queijo e creme de leite). Para se culinária árabe em quibes, esfihas e
"'
"'
obter um sabor mais forte, deve ser muitos outros pratos.
ralada na hora de usar: moída com

"'
(.)
Q)
a.
antecedência, tende a perder o sabor Pimenta vermelha em flocos
"'
Q) e o aroma rapidamente. Pimenta-dedo-de-moça seca e flocada,
Q)
"'
"' que, assim como a pimenta calabresa
� Páprica doce e picante
Q) e diferentemente das outras, dura mais
M

E.
(Capsicum annuum) quando seca. Pode ser usada em
3 Condimento em pó feito a partir de qualquer prato que requer pimenta
'ã.
"'
u pimentas vermelhas de tamanho médio. (comida baiana, mexicana etc.), como
A versão doce é feita com pimentas substituto da pimenta fresca.
doces (não-picantes, e não açucaradas),
e a picante com uma variedade mais
picante. É usada na culinária húngara
em ensopados (goulash), mas também
é bastante versátil para ser usada em
outros pratos. Na versão picante, pode
substituir pimenta vermelha moída.
93

Pimenta-do-reino A pimenta-do-reino verde é produto

(P1pe1 mgrum) de outro estágio de maturação dessa

São grãos verdes que secados ao sol pimenta. Essa versão é vendida em con­

ficam pretos. Além do sabor picante, serva. Usada inteira, é macia o suficiente

ela traz notas amadeiradas e perfumes para ser ingerida em pratos como steak

que lembram o incenso. Usada no dia-a­ de filé-mignon com poivre vert.

dia da cozinha, a versão em pó permite

uma infinidade de usos. É uma opção Urucum


mais leve às pimentas vermelhas, porém, (81xa orellana)
400g
é mais nociva à saúde. A pimenta-do­ Depois de moídas, as sementes são

reino é mais aromática, mas perde usadas para dar um tom alaranjado

o aroma e o sabor rapidamente, em aos mais variados pratos da culinária "'


m
·;::

especial se deixada destampada (uma brasileira, em quase todo o país. m


u

Acrescenta pouco sabor. As sementes


Q)
boa dica é co1servar em geladeira). o.
"'
se chamam anatto (achiote. na América
Q)
A melhor opção é comprá-la em grãos Q)

e manter num pimenteiro, para ser Latina; e urucum, no Brasil). Tem sabor "'
m

moída na hora de usar. Também pode suave, mais interessante quando amassa­ Q)

ser usada em grãos inteiros em ensopa­ do e macerado em óleo. A versão em o

dos e caldos, e moída grosseiramente pó (colorífico) encontrada no comércio

para o steak au poivre. é mais barata, mas contém farinha e

A pimenta-do-reino branca é uma outros ingredientes que empobrecem

versão da mesma espécie colhida o sabor e só serve mesmo para dar cor.

num estágio diferente. Não tem uso

obrigatório, é mais uma questão de Zimbro


gosto - diferente do da pimenta-do­ (Junipews comunis)
reino preta. Recomenda-se o uso em Fruta vendida seca e empregada na

peixes mais para evitar-se os pontinhos aromatização do gim, em preparados

pretos que ficam quando se usa a pimen­ com carne de porco e caça, no brasato

ta-do-reino preta. ai Barolo e no Sauerkraut (chucrute).


RAS El HANOUT

INGREDIENTES Moa tudo no moedor de


noz-moscada ralada na hora café (ou bata no liquidificador)
94
pétalas de 2 botões de rosa e peneire.
Guarde em vasilha tampada.
"'
4 canelas em pau
e.
Essa mistura de especiarias
4 lâminas de macis
marroquina pode ser usada
114 de colher (chá) de anis em ensopados de cordeiro
l /2 colher (chá) de cúrcuma ou frango ou em receitas

2 pimentas vermelhas de couscous marroquino.

pequenas secas

l /4 de colher (chá) de flores de

lavanda secas

2 cravos-da-índia
400g
6 pimentas-da-jamaica

cn
sementes de 5 cardamomos
"'
'- verdes
"'

o
Q) semente de 1 cardamomo negro
o.
cn
Q)

Q)
cn
"'
GARAM MASALA
;::
Q)

E INGREDIENTES
'ª 1 colher (chá) de semente
o.
"'
'-'
de cardamomo Moa tudo num moedor de

1 colher (chá) de cravo-da-índia café ou bata no liquidificador.


Essa mistura de especiarias
1 colher (chá) de pimenta-do­
indiana deve ser adicionada
reino preta
ao final do cozimento de
1 colher (chá) de cominho em pó
pratos como dahl de lentilha
1 canela em pau ou grão-de-bico ou com
l /4 de noz-moscada ralada frango em geral.
na hora Não é um substituto

1 pedaço de macis do curry.


95

rendimento porções

PREPARO
INGREDIENTES Passe num moedor de
2 folhas de louro especiarias, ou num pilão,

3 colheres (sopa) de folhas de as folhas de louro, o tomilho, a

tomilho pimenta-da-jamaica, um pitada

de cravo, a páprica, uma pitada


1 /2 colher (sopa) pimenta-da­
de noz-moscada, o sal, a
jamaica em pó
pimenta-dedo-de-moça e o alho.
l /2 colher (chá) de páprica 400g
Moa ou amasse até formar
doce
uma pasta homogênea.
1 colher (chá) de sal Tempere a carne com essa
"'
"'
....
"'
pimenta-dedo-de-moça, mistura e deixe repousar u
Q)
sem semente, picada bem fino alguns minutos. a.
"'
Q)

1 dente de alho picado Enquanto isso, aqueça uma Q)


"'
grelha (senão, uma frigideira ro
2 peças de filé-mignon suíno i:':
pesada com um fio de óleo) Q)

(aproximadamente 1 kg total) (V')

e coloque os filés inteiros, .'?


cravo-da-índia em pó '�
virando de vez em quando a.
co
noz-moscada ralada na hora para não queimar (aproximada­
(.)

mente 15 minutos).

Transfira para um prato de

serviço e cubra com papel­

alumínio por 1 O minutos

para descansar.

Fatie e sirva em seguida,

acompanhado de um chutney

de sua preferência.
,...
,
_

molhos
e sopas
OLHO

s molhos
98 são freqüentemente considerados

uma das melhores provas de talento de um

profissional. Molhos não são uma solução de

última hora e desempenham uma função especial na

composição de um pi-ato. A percepção de nuances

nas combinações de um molho com determinado

tipo de alimento é algo que um profissional desen­

volve no decorrer da carreira. Como estamos vendo

desde o começo do livro, o estudo dos clássicos e

dos preceitos básicos não é em vão: ao longo dos


400g
anos, outros cozinheiros pensaram, descobriram,

(/)
testaram e estabeleceram combinações que se tor­
"'
a.
o
naram clássicas - coelho e mostarda, pato e laranja,
(/)

Q) carne vermelha e vinho tinto ...


"'
o
.r:.

E O aprendizado dos princípios que norteia essas

combinações é a base para o desenvolvimento de

uma sensibilidade culinária.


a.
"'
u

A concepção e uso dos molhos é um bom (ou

mau) exemplo da "expertise" de um chef saucier

(na brigada, o responsável pelos molhos) e

de todos os cozinheiros.
Os molhos da cozinha clássica 99

francesa são classificados em:

MOLHOS MÃE -

MOLHOS
DERIVADOS/COMPOSTOS

400g
MOLHOS
CONTEMPORÂNEOS
"'
"'
a.
o
"'

Q)

"'
o
..e

MOLHOS-MÃE Um molho é conside1·ado molho­


a.
mãe quando apresenta as seguintes ro
u

Béchamel características:

,JI 1
pode ser preparado em grandes
Molho espagnol
quantidades e depois aromatizado,
Molho de tomate finalizado e guarnecido de inúmeras

maneiras, produzindo os molhos

compostos;

• tem sabor "básico", possibilitando

adição de outros ingredientes;

• tem durabilidade.
Molho brchamel
roux branco + leite + cebola piquée

Com textura crernosc1 Para que c;e1 a utilizado


e sabor suave, é bJse par d corno base, o molho
diversas pr epJr·;:içôcs n a bécharnel deve ser
100
cozinha, como recheios, pr·epdr ado com um.1
e molhos. qua11t1dade grande de
Se pr e pd r cJdo ade<.Juacld rou"· podendo depois
mente, o béch,unel fiu1 ">er along;ido• de
com um sabor suave e .icordo com o uso.
uma coloraçiio cl,1ra. que As proporções para
reílete seu rngr edrenle se produzir 1 litro de
princrpal, o leite. béchamel em diferentes
Sua cacção deve c;er consistências são:
de no mínimo 15 mrnutoc;, • leve: 50 g de roux;
para que o sabor da • médio: 80 g de roux:
farrnh.i oua desap,u"E:Çd. • pesado: 100 g de roux.

400g

rend1111ento· 1 litro
(1)
<ti
o.
o
(1)
INGREDIENTES
Q)
100 g de roux branco (ver p. 72) rr
(1)
o
.r. 1 litro de leite Aqueça uma panela e faça
o um roux branco.
E cebola piquée feita com 1 /2 cebola.
junte ao poucos o leite,
2 cravos-da-índia e 1 folha de louro
mexendo constantemente para
(ver p. 59)
o. evitar a formação de grumos.
<ti noz-moscada ralada na hora
LI
Ferva e adicione a cebola piquée.
sal e pimenta-do-reino Cozinhe por pelo menos
moída na hora 30 a 40 minutos, escumando* a

superfície durante todo o preparo


e mexendo ocasionalmente.

Coe, tempere com noz-moscada,

sal e pimenta e guarde sob

refrigeração para uso posterior:


roux amarelo + fundo claro

101
Este molho é feito tc1· color;ição ma1-
,j L>ase de fundo fim. ser bnlh,111te
claro e 1oux ama1·elo. e encorpado e te1
Tem textura e consistência de
aspec.to avelud;ido nappé leve.
(daí, seu nome) e O molho velouté
deve seguir alguns possibilita 1numeras
p;idrões de qualidade. de1·ivações e é
Um bom velouté também muito
deve reílet11 o sabo1 utilizado como
do fundo utilizado, base pai �opds.

400g

rendimento. 1 litro
cn
"'

Cl.
o
cn

INGREDIENTES Aqueça uma panela e faça um Ql


cn
80 g de roux amarelo roux amarelo. Junte aos poucos o
..e

(ver p. 72) o fundo gelado, mexendo para o


E
litro de fundo claro de evitar a formação de grumos.

ave gelado (ver p. 62) Quando ferver; acrescente a

cebola piquée. Cozinhe por


cebola piquée feita com 1 /2 cebola, co
pelo menos de 30 a 40 minutos, <..>
2 cravos-da-índia e 1 folha
escumando* a superfície durante
de louro (ver p. 59)
todo o preparo e mexendo
sal e pimenta-do-reino
ocasionalmente.
moída na hora
Coe, tempere com sal e pimenta

e guarde sob refrigeração para

uso posterior.
... • li _,

roux escuro + fundo escuro + mirepoix


+ purê de tomate

[ ) <llh p,1
H1 o , p r > C.f �1 )lf . dPffil 1,l
102
o o rnol u { ten1 ln 1c 1..J1 1c
r curo t 1 ICC>". er t1c1 um �dl N
N10 'f'I VIC'O,.. en�º' p1 o f" 1nte·1 l'
U 1 1 UI' lnli t V eo d rh l

1m rir "1cio e e > i m11ep >1 e


l f" p.ir oli >
d r1 ide.<

MO HO E
rendimento 1 i t r os

400g

INGREDIENTES Faça um roux escuro e reserve.


"' 120 g de roux escuro (ver p. 72) Numa panela, aqueça o óleo e
"'
e.
o 40 mi de óleo caramelize·:i> o mirepoix, cortado
"'
Q) em cubos médios.
250 g de mirepoix (ver p. 58)
"'
o Adicione o extrato de tomate
50 g de extrato de tomate
o e faça o pinçage*.
E 3 litros de fundo escuro bovino (ver p. 65) Junte o fundo escuro e ferva.
1 sachet d'épices (ver p. 59) Acrescente o roux, misturando

sal e pimenta-do-reino bem para evitar a formação de


a.
"'
u moída na hora grumos. Junte o sachet d'épices
e cozinhe em fogo muito baixo
(quase sem borbulhar) por pelo
menos 40 minutos, escumando*
a superfície durante todo
o preparo.
Coe, tempere com moderação
com sal e pimenta e guarde sob
refrigeração para uso posterior.
l\11 .i se p1 oduz11 urn bom molho de tomate.
df'VP·SE''
• p,11t11 dt> tomates madu1 o� (Je prefc
1ênci;i cio tipo Débrn a ou 1l<1lr,mo ) :
Molho de tomate
• ut1l1z.1r paneldS nao re,1gentcs
(pai a que o 111olho 11.lo oxide).
De todos os molhos rust1ca do que os
As 1ndic.id. 1s s.10 .is de 111ox
mãe, é o L'u11co que nao outros molhos m;ie,
e feno es1naltildo:
obedece a "fó1mulas" e quando cozido apr o­
• coz1nhd1 ern fogo lt�nto.
e q uantidildes pré­ p1 1adamente a p1 esenta pots os açLÍCill es contidos 103
estabelec1di1s , exis1indo. colo1 ação vermelha no tomate podem
assim, wirias formas intensa e um leve que1111a1 e de1xc11 traços
de produzi lo. brilho. Ap1·esenta sabo1· de amargrn no molho;
Em algumas versoes, fo ite de tomate, sem • lOz111ha1 du1 anle o tempo '"
utiliza-se o c1zeile de cllidez excessiva suficiente pata exltair o )

oliva como gordura e pode ser ac1escido sabor do tomate e clirnrna1


(cozinha italiana do Sul), de outros ing1edientes o excesso de liquido. Reduz11
em outras, banha de paia que haja uma d polp<t de torn;ile em fogo alto
porco (cozinha clássica complementação de s1111plc>mente pilra que o líquido
francesa) . Sua textura é sabor, d,indo sempre ev.1porc nilo resull;i1 éÍ num 1nolho
menos aveludada e mais ênfase ao tomdte. com a co1nplexidade de sabor
que o molho de lomJte deve lei-
1"1<1s, cuidado:" cocçào exLessivc1 concentra
o sabor do tom,ltc, o que de1x.i seu molho 400g
c.om go<>to de exl1 ato.

(/)
"'
o.
MOLHO DE TOMATE o
(/)
rendimento. 1 litro w
(/)
o

l li AP( o
E
INGREDIENTES Doure a cebola no azeite.
300 g de cebola em brunoise (ver- p. 55) Acrescente o alho e doure

50 mi de azeite de oliva extravirgem mais um pouco.


"'
Acrescente os tomates, u

1 colher (chá) de alho picado


o bouquet garni, sal,
1,5 kg de tomate maduro concassé
pimenta e o açúca1�
1 bouquet garn i (ver p. 59) Cozinhe em fogo baixo

1 colher (sopa) de açúcar durante 1 hora aproxima­

sal e pimen ta- do - reino damente, ou até obter a

moída na hora consistência desejada -

a maior parte da água deve

ter evaporado, e o molho

deve estar espesso, aromático

e com um leve brilho.


vinagre + gemas + manteiga

104

." ()

rendimento 700 mi

400g

INGREDIENTES Quebre os grãos de pimenta-do­


V>
ca
Cl. 5 pimentas-do-reino pretas reino, coloque-os numa sauteuse
o
V> em grão (ver p. 27) com o vinagre e
Q)
V> reduza* até quase secar.
60 mi de vinagre de
o Para preparar a
Deglaceie* a sauteuse com a
vinho branco
o sauce béar naise,
E água e coe o líquido para uma
proced.i como na 80 mi de água quente
tigela de inox.
1eccta da S<Jucc
6 gemas
holl 'darse. cJpenas Acrescente as gemas e bata
a. t....>que o vrnag.e de 350 g de manteiga clarificada* com um fouet*, em banho-maria·:t<,
ca
u
cJnco pelo de
vr:'lho br suco de limão até triplicar de volume.
estr.igão.1unte l /2
Adicione aos poucos a manteiga
sal e pimenta-de-caiena
colher de sop,1 de
clarificada aquecida, batendo sem
cst1·,1g5o seco e os
parar; até que o molho fique com a
gr,\o� de pimenta e
1eduza . l\lo final. consistência de uma maionese mole.

quando o molho Ílci\r Tempere com gotas de limão, sal


com ,1 cons1slenc1a de e pimenta-de-caiena.
rnJ1011ese. .ici-cscente
Coe e sirva imediatamente ou man­
l /2 colhe• de �op,' de
tenha em banho-maria, sem deixar
est ra�ào seco e
ferver; por no máximo 2 horas,
1 LOlher de sopa de
Sek,1 prcddJ. mexendo de vez em quando.
São aqueles que de1-ivam dos
U') U')
oº molhos-mãe, por exemplo, o
Cl t:;
<(o demi-glace, produzido a partir
> a...
do espagnol, e do qual se faz:
ã:�
Wo
Clu
(/)
o
:e
....1 105
o
:E
1 1

demi-glace + vinho Madeira

fli li ,.., 1
demi-glace + vinho branco +

cebola + mostarda + manteiga

Molho feito com partes iguais 400g


de molho espagnol e fundo escuro,
reduzido à metade. É o mais utiliza­
V>
do dos derivados do espagnol e l'O
e.
o
tem como características aroma V>

"assado/defumado", cor marrom­ Q)

Redução* do fundo escuro. V>


escura intensa e textura encorpada. o
..r:::
Pode-se dizer que é o molho O fundo é reduzido por muito
o
roti, conhecido no meio profissional tempo até se chegar à consistên­ L
<d'
brasileiro, embora este varie cia gelatinosa e de xarope, com
o
enormemente de restaurante sabor concentrado e rico. ::o
...,

para restaurante. Utilizado como base para CL


cc
molhos encorpados e de sabor '-'

intenso. Observe que, diferente­


mente do demi-glace, esse é um

DEMl-GLACE derivado direto do fundo escuro.

rendimento. 1 litro

INGREDIENTES
2 litros de molho

espagnol (ver p. 102) Junte os ingredientes e reduza-os*

2 litros de fundo a 1 litro, em fogo muito baixo

escuro bovino (ver p. 65) (quase sem borbulhar).


(1) (/) É um termo elástico, pois esses • são específicos para algumas prepara­
co
::z: LJ.J molhos não per tencem a nenhuma ções e requerem técnicas únicas;
....iz
e <<l'. categoria específica (não são nem • podem ser espessados e finalizados
:E cc
o molhos-mãe nem derivados destes). usando-se emulsões*, amidos ou
CL
A função dos molhos contemporâ­ reduções'* (o roux é pouco usado);

LJ.J neos, entretanto, é a mesma: agregar • nem sempre permitem derivações;
1-
z mais sabor; dar textura diferente, além • existe uma grande variedade
106 o
u de mais umidade e cor às preparações. de técnicas e ingredientes
Distinguem-se dos molhos-mãe para produzi-los.

nos seguintes aspectos: Veja alguns exemplos:

o f r'clu 1 l'rllllldc
p '>ide
1 lm i d
Tun • ,li em 11 1 •n 1 1t Vinagrete
( d l<l C]Ul , ( <J L1rnrl•io t ·11111u1 dl ld Uo'
400g ic ido e oleo. 01 1g1n,1111111c< k
:ii ' 1 r'f' ) lllll l iJ 11 C'p.11 dr!, com v r,�·E'. 'c·1•C',
(/) (,L..S eU(U d<J , ,!dO ), ['I OriUlll 00 1111l 1 J llll s<1I e p1menl.i. l)odem-<;e
"'
e.
o
1d li 1 J Olllf)il ifc (' )l ,lt<l C'I l1' r• ( ll. p1odt1z11 1111'1111e1 dS v;mecl,ide�
(1)
AI ilr 1 .e o n 1· ,1 1 np 1 clr v1:i,1gretc depe1'de11do do
Q)
(1) p :o 1 ( Ire pc1 CI ( e p1 it1r > trpo de 1ng1edrente 1d1c10:-lddo
o
r ll'VP C[I l' > f< IT'I f; re <l co111pos1ç.ao 11w1r1I (ervc1 ,
o
l1111do, v111dgres 11omatrzido<;)
E
VINAC

rendimento. 135 mi

PR[ PARO
e.
"'
LI

INGREDIENTES Numa tigela pequena,


30 mi de vinagre de vinho junte sal e pimenta.
(branco ou tinto) Adicione o vinagre e a água e

IS mi de água misture bem para dissolver o sal

(o sal não dissolve no azeite).


90 mi de azeite de oliva
Junte o azeite em fio, batendo
extravirgem
sempre com um fouet* até
sal e pimenta-do-reino
que o molho esteja cremoso
moída na hora
e emulsionado·:!<.

Sirva com saladas de folhas,

temperadas com o molho

momentos antes de servir.

_I
Algumas va1-iações:
fi3
\111 1q1 1 1 11n·1mi1 E 111cl

Acrescente à receita-base

Cb,
colhei- de chá de mel e .

colher de sopa de mostarda .

'�'L,;,i
Vv
de Dijon. 107
. �-

V111aqrele de erva� e alho ..


Acrescente à receita-base

dente de alho picado fino

e colher de chá de ervas

picadas (ciboulette, tomilho


e manjericão).

Vinagrete lie limao ou


c1t1 onette
Na receita-base, substitua

o vinagre por suco de limão Molho


produzido a
recém-espremido e, se desejai� 400g
partir do purê
raspa de limão-siciliano.
de legumes ou
(/)
de frutas, cozidos "'
a.
ou crus. o
(/)

Q)

(/)
o
..e:
rendimento· 1 litro o

PREPARO
INGREDIENTES Numa panela, aqueça o azeite e sue*
a.

30 mi de azeite de oliva a cebola e o pimentão. "'


u

extravirgem Deglaceie*· com o vinho branco e reduza.

30 g de cebola Adicione o fundo e cozinhe em fogo baixo

até que o pimentão esteja macio.


700 g de pimentão vermelho.
Tempere com sal e pimenta, processe
sem semente, picado

120 mi de vinho branco seco


e coe o molho.

250 mi de fundo claro
Ajuste os temperos e a consistência e

sirva quente ou em temperatura ambiente.


�-
/?.. ,#
. . • •

L.,,
de ave (ver p. 62) Sirva quente ou frio com filé de peixe,

sal e pimenta-do-reino frango assado ou suflê de queijo.

moída na hora
108

Molho de
origem mexicana, é
produzido a partir de
legumes, ervas e até frutas cruas
e picadas ou em purê, apenas
temperadas, mantendo assim
as características de sabor
e textura dos
Sl\LSI\
ingredientes
rendimento 4 porções
utilizados.
400g
INGREDIENTES

"'
6 tomates maduros e firmes, r !\RO
m
e. em cubos pequenos Misture todos os
o
"'
1 dente de alho picado muito fino ingredientes e deixe
QJ

repousar de 1 a 2 horas
1 pimentão vermelho, sem pele e
"'
o

sob refrigeração antes


o sem semente, em cubos pequenos
E de servir.
'<t' 1 /2 pimenta-dedo-de-moça,
Sirva como aperitivo
o
sem semente, picada muito fino
sobre chips de milho
e. 1 /2 cebola-roxa em brunoise ou com comida
m
'-'
(ver p. 55) mexicana em geral
1 abacate pequeno e finme, (tacos); com grelhados,
em cubos pequenos guarnição de sanduíches

suco de 2 limões (hambúrgueres) ou


como salada.
4 colheres (sopa) de folhas de

coentro em chiffonade (ver p. 55)

sal e pimenta-do-reino
moída na hora
Chutney

109

U N V
1endimento · 6 porções

INGREDIENTES
kg de ameixa fresca sem caroço r H

250 g de maçã em fatias Numa tigela, misture as

frutas, a cebola, a cenoura


125 g de uva passa branca
e o açúcar.
250 g de cebola em fatias 400g
Numa panela grande,
100 g de cenoura em julienne coloque o sal, as especiarias
(ver p. 55) e o vinagre e leve ao fogo
(/)
"'
a.

250 g de açúcar mascavo baixo até levantar fervura.


o
(/)

1 colher (sopa) de sal Nesse ponto, junte a mistura Q)

(/)

de frutas e legumes. o

1 colher (chá) de
Quando voltar a ferver. o

cravo-da-índia em pó E
reduza a chama e cozinhe
1 colher (chá) de gengibre em pó
em fogo baixo por aproxi­
1 colhei- (chá) de pimenta-da-jamaica madamente 1 hora e
"'
em pó 30 minutos, mexendo u

pimenta vermelha, sem semente, ocasionalmente, até ficar

picada bem apurado e consistente.

600 mi de vinagre Retire do fogo, resfrie e

de vinho branco guarde sob refrigeração.

O sabor fica mais acentuado


após alguns dias.

Sirva com pratos indianos,

acompanhamento para
assados (roast-beef, pernil

de cordeiro), sanduíches.
Relish
lvJql tc, ...... ·�, " , .u 01
coz1rln. ;1r·1 Ir ente r,rP•Jdl' k,
110 d pdl [li CJI' IC�UITIP .•, 'E'' 1 1p1 f'
rn.mtenrl1J ccm10 c,11 c1rle1íst1c1
tl
p111(1p,1I o', r'1to" cindo

1endimen10: 6 porções

INGREDIENTES
50 mi de azeite de oliva extravirgem ·' p --
400g
Numa panela de fundo largo,
6 pimentões vermelhos, sem pele e
em fogo alto, aqueça o azeite
(/)
sem semente, em brunoise
"' e frite o pimentão e, se quiser,
e (ver p. 55)
o
(/) a pimenta-dedo-de-moça por
1 pimenta-dedo-de-moça, sem
Q)
aproximadamente 2 minutos.
(/) semente, picada fino (opcional)
o
.e
Junte a cebola e o alho e frite
300 g de cebola em brunoise
o
por mais 2 minutos.
E
q- 3 dentes de alho picados fino Misture o vinagre com o açúcar

::>
70 mi vinagre de maçã e adicione à panela. Acrescente
-
e. a mostarda em grão, sal e
"' 45 g de açúcar
u
pimenta e cozinhe em fogo
1 colher (chá) de mostarda em grão
baixo, mexendo ocasionalmente,
sal e pimenta-do-reino
até o líquido evaporar:
moída na hora
Retire do fogo. resfrie* e refrigere.

Sirva em temperatura ambiente

para acompanhar frios (peito

de peru, roast-beef) ou em

sanduíches frios e hambúrgueres.


Molho à base de échalote*,
Óleos vinho branco e manteiga, o beurre
infusos blanc nasceu para contemplar um exce­

Óleos aromatizados lente vinho da região de Nantes, na França,

com ervas, onde ainda pode ser chamado de beurre

especia1·ias ou purê nantais. Feito a partir de redução* de vinho

de vegetais e échalote e montado* com manteiga 111

(ver p. 344). gelada, tem textura suave e aveludada,


com sabor de manteiga fresca.
Ideal para acompanhar pratos
e produções pouco Beurre
gordurosas. rouge
É um molho
preparado da mesma
forma, mas com vinho
tinto em vez de
vinho branco.

rendimento porções

400g
INGREDIENTES Observações:
35 g de échalote* ou cebola-roxa PREPARO
V)
em brunoise (ver p. 55) Coloque a échalote, o vinagre "'
o.
o
35 mi de vinagre de vinho branco e o vinho (se for o caso) V)
"'
de boa qualidade numa sauteuse (ver p. 27)
V)
e reduza* até obter o equivalente o
35 mi de vinho branco seco ..r::

a 2 colheres de sopa de líquido o


(opcional) E
concentrado.
200 g de manteiga sem
Abaixe o fogo e acrescente a
sal gelada, em cubos
manteiga aos poucos, mexendo o_

sal e pimenta-de-caiena ro

sempre com um fouet*. '-'

Tempere com sal e pimenta, coe,


se desejar, e sirva imediatamente.

Este molho é servido tradicional­

mente com peixes de carne

branca escalfados.

p1ato� 1 t1 rnenlP
iquec do•. 1 1 rtn

nu1 t. po1 um p1 to
fc1 vEndo' v<11 icele1 i1
o p1oce.,_o de \1e�and1"
do beu11e

1
·-
112

Manteiga composta
Ideal para grelhados e finalização
de pratos, a manteiga composta pode
ser aromatizada com uma série de
ingredientes, como ervas, raspa da
casca de frutas cítricas, alho, échalote*,
gengibre e vegetais. Pode ser
preparada com muita antecedência
e armazenada sob refrigeração
ou congelada por até 3 meses.

400g

(1)
"'
Cl.
o
(1)
rendimento 100 g
Q)
(1)
o
INGREDIENTES
o
E 100 g de manteiga sem sal

en pommade* Misture bem todos os

1 colher (chá) de raspa de limão ingredientes, se possível,


Cl.
"' no processador, até formar
u 3 colheres (sopa) de folhas de
uma pasta homogênea.
salsa picadas
Enrole em filme
3 colheres (sopa) de mostarda
plástico, formando um
de Dijon
tubo, e leve para gelar.
1 colher (sopa) de cebolinha ou Sirva sobre grelhados
ciboulette picada ainda quentes para que

1 colher (chá) de suco de limão derreta, ou como molho

sal e pimenta-do-reino para macarrão ou

moída na hora finalização de risotos.

--
Alguns pontos a serem pouco líquido pedem
considerados na escolha do molhos ricos em manteiga.
molho adequado: O líquido de cozimento 113
curto e de sabor concentrado
• O molho deve ser compatíve l pode se tornar parte
com a forma de serviço. integrante do molho, em
Em qualquer- situação em vez de ser descartado.
que m ui tos pratos devem ser
servidos com rapidez e sem • O sabor do molho deve
perda de sabor; é preferível combinar com o sabor
confiar em molhos que não do alimento ao qual sei-virá
tenham finalização de último de acompanhamento.
minuto e pouca durabilidade, É importante ter certeza
como emulsões · (beurre de que o sabor do molho
blanc , hollandaise), por não irá sobr-epor-se ao dos
exemplo. ingr-edientes principais e
Nesse caso. escolha molhos vice- versa. Embora um molho 400g

derivados. como o Madeira ou cremoso e delicado seia um


Robert. e contemp orâneos, complemento perfeito pa ra "'
ro
como chutney e relish. um filé de linguado, ele se o.
o
Uma cozinha de pequeno perderia totalmente se (1)

"'
porte e com serviço à la acompanhasse uma posta
(1)
carte, mais exclusivo. é onde de atum grelhada. o
.r:.
esses molhos mais delicados Da mesma forma , um molho o

têm l ugar. aromatizado com alecrim


<:t
anularia o sabor delicado de o

• O molho deve ser adequado um peixe, mas é o com ple- :;;>


-

à técnica de cozimento do mento adequado para a a.


"'
ingrediente principal. Técn1Cas carne de cordeiro.
u

de cozimento como assar


e sa ltear. que produzem • O molho certo no prato cer
"raspas" (caramelização* to: para isso o cozinheiro tem
que se forma quando do de entender o "conceito" do
preparo de uma peça de prato, julgar e avaliar os sabo-
carne ou frango. por res, texturas e cores dos
exemplo) podem ser ingredientes usados. Enfim, a
combinadas com um harmonia (e os contrastes!)
molho que as aproveite. tem de ser muito bem pensa-
Alimentos escalfados em dos, provados e aprovados.
íquidos aromatizados servidos como entrada, como prato

principal ou mesmo como parte de um serviço de

coquetel servidos em pequenas xícaras e cumbucas

ou tigelas - um uso mais descontraído e moderno.

As sopas dividem-se em duas principais

categorias: claras e espessas.


SOPAS CLARAS
Não contém espessantes e são feitas a partir de fundo ou caldo.

A esses líquidos são adicionados ingredientes - legumes em pedaços uniformes, folhas, carnes,

embutidos, macarrão, grãos - que definirão o sabor da sopa.

Consorrnné

115

N
o
<.>

rendimento 6 porções

P rAhll
INGREDIENTES Numa vasilha, misture as claras, o mirepoix
400g
2 claras ligeiramente batidas e a carne e reserve.

250 g de mirepoix (ver p. 58) Numa panela, leve ao fogo o fundo.


"'
co

picado bem pequeno Quando começar a ferver; reduza a chama. o.


o
Corrija o sal e acrescente a cebola brOlée. "'

50 g de carne moída Q)

Junte a mistura de claras ao fundo "'


litro de fundo escuro bovino ou o
e mexa lentamente até começar a formar .r:

outro de sua preferência (ver p. 65) o


uma crosta na superfície. E
cebola brOlée feita Pare de mexer e aguarde até que a crosta
...

com l /2 cebola espetada e se complete. ::>


-

1 cravo-da-índia (ver p. 59) Com uma colher, faça um pequeno buraco ci


ro
'-'

sal num dos cantos da crosta (como uma

espécie de chaminé) para que o vapor saia.

Cozinhe em fogo baixo por cerca de 45

minutos e, então, retire a panela do fogo.

Com uma concha, retire o caldo delicada­


mente pela "chaminé" (se necessário,

aumente o buraco com cuidado) e

passe-o por peneira fina, coberta com

um pano limpo.
O resultado deve ser um caldo dourado,

absolutamente límpido.
Vegetais sopa cuja base é um caldo.
Os ingredientes adicionais são cozidos total ou
parcialmente no líquido escolhido. Para um resultado
mais substancioso, além de vegetais. pedaços de carne,
grãos e massas são complementos 1dea1s. É importante
considerar o tempo de cozimento de cada
ingrediente para adicioná lo no momento
certo, pois assim ele não passará
116 do ponto.

SOUPE
1end1mcnto· 6 porções

INGREDIENTES
�OPA PREPARO
250 g de feijão-branco posto OPA
de molho na véspera Numa panela, cozinhe o feijão

em água até ficar macio.


2 litros de fundo de vegetais (ver p. 61)
Em outra panela, ferva o fundo.
2 batatas em cubos
400g Junte a batata, o salsão, o alho­
2 talos de salsão picados
poró, o nabo, cenoura, o alho

CI)
2 alhos-porós (parte branca) em cubos e o azeite.
"'
o. de 1 cm Quando estiverem quase macios,
o
CI)
2 nabos redondos pequenos em cubos junte o feijão, a abobrinha, o
CI>
CI) tomate e, por último, a vagem.
o 3 cenouras em cubos
Cozinhe até todos os ingre­
o 2 dentes de alho picados
E dientes ficarem macios.
30 mi de azeite de oliva extravirgem
Tempere com sal e pimenta.
3 abobrinhas italianas em cubos
o.
"'
u
2 tomates bem maduros concassés* PISTOU
No pilão ou no processador;
350 g de vagem fina fresca ou
amasse o alho, junte o manjericão
congelada em cubos
e processe até obter uma pasta.
sal e pimenta-do-reino moída na hora
Transfira para uma tigela e, com

um garfo, incorpore o queijo.


PISTOU
Junte o azeite, acerte o tempero
3 dentes de alho
com sal e pimenta e sirva o
folhas de 1 maço de manjericão
pistou misturado à sopa ou
50 g de queijo parmesão ralado em molheira à parte.

60 mi de azeite de oliva extravirgem

sal e pimenta-do-reino moída na hora


OPA E PE P :>
Tem como base o béchamel. o velouté ou um fundo, mas sempre apresentam
textura mais espessa, cremosa e "ligada". Muitas vezes, o próprio ingrediente principal age
como espessante, caso contrário, é fundamental fazer o uso de um.

sopa de consistência
cremosa e aveludada, feita à base de molho
béchamel e um ingrediente pnnc1pal,
finalizada com creme de le1le
117
ou liason. A sopa ffeme
de brócol1s é um bom
exemplo.

rend1mento. 6 porções

INGREDIENTES Ferva o leite e acrescente o roux


400g
1 litro de leite aos poucos, até que engrosse.
Adicione o brócolis e o bouquet
100 g de roux branco (ver p. 72) U)
garni, reduza o fogo e cozinhe ('O

500 g de brócolis japonês limpo Cl.

lentamente até que o brócolis o


"'
e branqueado*
esteja macio. Q)

"'
1 bouquet garni (ver p. 59) Tempere com sal e pimenta. o
e:

200 mi de creme de leite fresco Transfira todos os ingredientes o

E
sal e pimenta-do-reino (menos o bouquet garni) para

moída na hora o liquidificador e bata até


ficar homogêneo. Cl.
('O

Aqueça o creme de leite '-'

e adicione no final.

Acerte o tempero e sirva.


lspess,1da com roux e
f1n,1liz<1d,1 com lid50n ou
creme de le1!E. Vllouté
ele vold1lle é urn,i
118
del<1s.

VELOUTÉ DE
1endimenlo 6 porções

INGREDIENTES Limpe o agrião e reserve algumas


folhas de 1 maço de agrião folhas pequenas para a decoração.
Numa panela, sue* a cebola na
400 g de cebola em fatias
manteiga. Junte o agrião, a batata, a
30 g de manteiga sem sal
farinha e o fundo, mexendo sempre.
400g 112 kg de batata em pedaços
Cozinhe em fogo baixo até que
30 g de farinha de trigo a batata esteja macia, aproximada­
(/)
"' 3 litros de fundo claro de ave ou mente 45 minutos.
o.
o
(/) peixe (ver p. 62 e 64) Enquanto isso, cozinhe o camarão
"'
em água fervente com sal por
(/) 400 g camarão médio limpo
o
.s=
alguns minutos ou até mudar de cor.
l /2 litro de creme de leite fresco
o Escorra e deixe esfriar.
E
sal e pimenta-do-reino
Corte em dois no sentido do
moída na hora
comprimento e novamente em dois.
O procedimento de
o. preparo dessas duas Quando a sopa estiver cozida, deixe
"'
u
sopas e bastante amornar e bata no liquidificador.
p;ireodo: os 1ngred1entes
Despeje novamente na panela,
r1 1nrip.315 ge1 ,1i111Pnte S<lO
passando por uma peneira.
c ozidos no velouté ou
no béchamel ale fie.irem Adicione o creme de leite, acerte o
macios. Depois de tempero e aqueça até quase ferver.
cozidos. os sólidos são
Sirva em pratos de sopa e decore
co:idos, se necessário,
prncessJdos e com o camarão e as folhas de
nov,1m enl<' ,1dicion.idos j agrião. Ou misture os camarões
sop.1, que sei ,í fin.iliz,ida
e as folhas de agrião reservadas
da m.inei 1·a adcciu,1da ao
à sopa e sirva numa sopeira.
obiellvo que se quer
at1ng11 (mais avelud.1da
ou cremosa).
s0p,1 íe1t, 1 p, t11 do
1n.!; t'd10nte p1 111c1pdl coz1C10 en íundo
e posteno1 mentP processcdo de manr-•1rc1
q e o liq111do e "'�PP<;,,,do P"'l0 p1óp1 10
vegelnl (1 1co err ;;im1d0, JU 1 o "'CO

O líquido base pode ,c1 um fund0. 119

caldo ou agu, Tem uma PAU1 - ,-. ais


i.Llt _l I::' nll::'ílO, dVPludad.1 quF:
a �opo c1em� e o velou e

COM CREME AZEDO


rendimento: 6 porções

INGREDIENTES
50 g de manteiga sem sal REPARO
cebola pequena em cubos Numa panela grande, aqueça
400g
a manteiga e sue* a cebola.
kg de abóbora japonesa
Adicione a abóbora, salteie
em cubos "'
(ver p. 47) um pouco, cubra "'
Cl.
l /2 litro de fundo claro de ave o
com o fundo de ave e ferva. "'
(ver p. 62)
Adicione o sachet d'épices, "'
(/)
1 sachet d'épices (ver p. 59) reduza o fogo e cozinhe em o
..e

creme azedo (ver p. 341) fogo baixo até que a abóbora o


E
sal e pimenta-do-reino esteja macia.

moída na hora Tempere com sal e pimenta,

coe os sólidos e reserve o Cl.


"'
líquido do cozimento. u

Bata os sólidos no liquidificador;

juntando o líquido aos poucos,

até obter a consistência de

nappé* leve.

Ajuste o tempero e mantenha

a sopa aquecida.

Transfira a sopa para o prato de

serviço e finalize com uma porção

de creme azedo.
Há uma enorme variedade de sopas com características próprias, geralmente estabelecidas por
1·egionalismos ou hábitos alimentares, que não se encaixam em nenhuma das classificações
resumidas aqui. Veja os exemplos a seguir:

120
aqui, o ingrediente principal é um crustáceo
(camarão, lagosta, siri). Possui as características da sopa-creme,
tendo como base líquida um fundo ou fumet de peixe ou
de crustáceos, além de vegetais aromáticos, ílambados com
conhaque, dando sabor e aroma característicos. O agente
espessante é o arroz, creme de arroz ou roux.
Bisque de lagosta, bisque de lagostim, bisque
de camarões, todas essas entram
na categoria.

400g

rendimento 6 porções
(/)

"'
e.
o
(/)
'1J INGREDIENTES Numa frigideira, salteie (ver p. 47)
(/)
o 400 g de casca de camarão, as cascas dos crustáceos na
o lagosta e lagostim manteiga clarificada.
E
100 g de manteiga clarificada* Adicione o mirepoix e

o alho e salteie.
400 g de mirepoix (ver p. 58)
e.
Faça um pinçage* com o
"' 4 dentes de alho picados
'-' extrato de tomate e a páprica.
60 g de extrato de tomate Junte o conhaque e ílambe.

1/2 colher (chá) de páprica doce Acrescente o velouté e cozinhe

200 mi de conhaque por 45 minutos, em fogo baixo.

Adicione o creme de leite e


1,4 litro de velouté de peixe (ver receita de
reduza* até obter a consistência
velouté de ave na p. 1O1, substituindo o
de sopa cremosa.
fundo de ave pelo de peixe da p. 64)
Coe e ajuste o tempero.
400 mi de creme de leite fresco

sal e pimenta-do-reino moída na hora


r
São aqwelas que podem ser cozidas ou cruas, mas que sempre são servidas frias ou geladas.
A vichyssoise, a sopa de melão cantaloupe, o bortsch (de origem polonesa,
também servido quente) e tantas outras.

121
servida fria, criada nos
Estados Unidos por um chef francês de Vichy.
daí o nome. É feita à base de alho-poró
e batata (que serve de espessante)
e finalizada com creme
de leite.

VICHY��c· E
1end1mento 6 porções

400g
INGREDIENTES
40 g de manteiga sem sal
"'

250 g de alho-poró Numa panela grande, aqueça "'


a.

(parte branca) picado a manteiga e sue* o alho-poró o


"'

até murchar. w

250 g de batata em cubos "'

Junte a batata e o fundo e ferva. o


.s::
1,5 litro de fundo claro
Adicione o sachet d'épices o

de ave (ver p. 62) E


e cozinhe em fogo baixo,
1 sachet d'épices (ver p. 59) até todos os vegetais estarem

180 mi de creme de leite fresco bem macios. a.


"'

cebolinha picada Coe os sólidos e reserve u

o líquido do cozimento.
sal e pimenta-do-reino
Bata os sólidos no liquidificador
moída na hora
juntando o líquido aos poucos

até obter a consistência

de nappé* leve.

Aqueça o creme de leite

e adicione no final.

Acerte o tempero, salpique

com a cebolinha e sirva.


Gazpacho 01 1g1ná11a de
Andaluzia, na Esp,lnhci, é uma sopa de
1ng1·edientes crus (tomate. pepino,
pimentão. <ilho etc.) batidos no
ilqu1dific;ido1.
122

GAl ,. 1

rendimento. 6 porções
400g

INGREDIENTES
Vl
"'
e. 300 g de pepino sem casca PREPARO
o
Vl e sem semente Corte o pepino, os pimentões,
Q)
(1) a cebola e o pão em pedaços
50 g de pimentão verde sem pele
o
.e grandes, misture com o vinagre,
e sem semente
o
o tomate e o azeite e leve à
E 50 g de pimentão vermelho
geladeira por no mínimo 6 horas
sem pele e sem semente
e no máximo 24.
1 00 g de cebola
e. Tempere com sal e pimenta.
"'
u
1 00 g de pão de fôrma branco Bata tudo no liquidificador,
sem casca acrescentando aos poucos

60 mi de vinagre de vinho tinto a água gelada, até adquirir

a consistência desejada.
800 g de tomate concasse
Acerte o tempero e, se
90 mi de azeite de oliva extravirgem
necessário, corrija a acidez
200 mi de água gelada
com uma pitada de açúcar.
(aproximadamente)

açúcar

sal e pimenta-do-reino
moída na hora
123

'1 'H 11 l p sopa de farinha <O


típica da cidade da Basiléia, no norte da Suíça,
e:
servida no inverno, na época do carnaval, depois da N
o
noite de folia para restaurar as forças do foliões.

Q)

rendimento: 10 porções

PREPARO
400g
INGREDIENTES Faça um roux negro (ver p. 72) com

100 g de manteiga 80 g de manteiga e 200 g de farinha.


"'
<O
200 g de farinha de trigo Deixe esfriar. a.
o
Numa frigideira, derreta a manteiga "'
40 g de cebola fatiada em meia-lua Q)
restante e salteie (ver p. 47) a cebola "'
240 mi de vinho tinto o
até que fique dourada. .s;;;

2,7 litros de caldo de carne (ver p. 70) Acrescente o vinho tinto e reduza*
o
E
sal e pimenta-do-reino à metade.

moída na hora Acrescente o caldo de carne, sal e

100 g de queijo Sbrinz ou parmesão pimenta e ferva. D.


<O
u
ralado para acompanhar Acrescente o roux esfarelado,

batendo constantemente com um

fouet*, até encorpar.

Abaixe o fogo e cozinhe por 1 hora,

mexendo de vez em quando para que

não grude no fundo da panela.

Retire do fogo, deixe amornar um pouco

e bata aos poucos no liquidificador até

que fique bem homogêneo.

Volte à panela, aqueça e corrija o tempero.

Sirva com o queijo.


-

eralmente, os pratos são


compostos por dois elementos: a pro­
teína e o acompanhamento (normal­
mente, um carboidrato e um vegetal).

126

A definição de acompanhamento
é difícil, pois engloba diversos tipos
N
o
de produção, como massas, grãos Essas pro­
QJ
(leguminosas e cereais), hortaliças, duções podem
raízes e até mesmo algumas frutas. ser tanto meros
coadjuvantes
como a parte
essencial de
um prato, mas
nunca devem

400g ser colocadas


de lado.

.
e

\
,_
L

Hoje, risotos preparados


Foi-se o tempo
com perfeição muitas vezes
em que "carne
são a grande estrela de um
com batata" era
prato, e a proteína que o
a.
o carro-chefe
co
'-'
acompanha pode ser prepa­
dos restaurantes.
rada de maneira mais simples.
127

400g
MODO DE FAZER

O termo-chave deste capítulo é Seguem alguns pontos a serem


"ponto de cocção". Para encontrar lembrados sempre que formos
o ponto de cocção ideal de cada ingre­ preparar acompanhamentos:
diente é preciso aprender a identificar

a melhor maneira de usá-lo, assim como • O uso apropriado dos cortes


os cortes, os métodos de cocção e a está diretamente ligado ao
finalização que cada tipo de acompa­ ponto de cocção, pois se
ro

nhamento ou produto possibilita.


'-'
houver padronização de corte,

haverá também uniformidade


O cozimento de um ingrediente deve de cozimento.
ser apropriado, de forma a preservar

suas características. • A escolha do método de cocção

mais adequado contribui para


O termo "ai dente'', tão comumente o sucesso do preparo, pois, ao
utilizado, significa "sentir no dente", escolher o método, leva-se em
ou seja, cada �limento possui uma consideração as características
textur·a e esta deve ser preservada daquele produto, visando ao
(e até mesmo ressaltada). melhor resultado possível.

L
128

COCÇÃO
Dois fatores são extremamente Todos os vegetais são ricos em

importantes quando pensamos em fibras, que lhe dão estrutura e firmeza,

cozinhar vegetais: e o processo de cocção amolece


essas fibras.

O que acontece durante

o processo de cocção? A quantidade de fibras varia de um

Que mudanças sofrem os vegetais vegetal para outro, ou de acordo com

quando são cozidos? sua fase de maturação (cenouras velhas

• Como controlar essas mudanças? são mais fibrosas que cenouras novas),
400g ou ainda segundo as várias partes do

A cocção altera a textura, o sabor, vegetal (a ponta do aspargo contém

a cor e o aspecto nutricional dos menos fibra que seu caule, é mais

alimentos. macia e cozinha mais 1·apidamente).

Compreendendo bem o funciona­ As fibras se tornam mais firmes

mento dos processos de cocção, você (duras) na presença de ácidos, fazendo

pode controlar essas mudanças e trans­ aumentar o tempo de cocção, e de

formar os alimentos de forma favorável, açúcares, que fortalecem a celulose,

alcançando, assim, o objetivo pretendido. deixando-a mais firme.


Cl.
"'
u

A alteração da textura é o principal As fibras se tornam mais tenras

motivo pelo qual cozinhamos os vegetais. (moles) na presença de calor e de

A cocção transforma fibras e amidos, produtos alcalinos (bicarbonato de

componentes determinantes da textura, sódio), no entanto, o contato com

amaciando-os e tornando-os mais produtos alcalinos faz com que os

dige1·íveis. vegetais percam valor nutritivo.


129

Um vegetal estará cozido quando


Atingindo
estiver " mac io ao toque do garfo" -

o ponto ou, em inglês, "fork tender" -, que

significa que o vegetal pode ser cortado


de cacção
utilizando-se a lateral de um garfo. Esse

ideal estágio varia de um vegetal para outro.

O importante é que sejam mantidas

suas características de textura.

400g
Durante o processo de preparo dos

vegetais, alguns cuidados devem ser

tomados para que o ponto adequado

de cocção seja atingido. Cozinhe


sempre os vegetais separadamente

(cada um tem seu próprio tempo


de cocção), o mais próximo possível

do momento do serviço. Caso sejam

para uso posterior, resfrie* os vegetais

depois de cozidos, para evitar que o


"'

calor residual continue cozinhando-os. '-'


130

"'
.e
e:

N
o
o

Cl
c:
Abóbora usos
"' Cozida em água ou no
u

e:
vapor (inclusive para uso
<.>

..,, em purê), assada, refogada,


Rica em amido e açúcar; salteada ou guisada (famoso
tem sabor acentuado e pode quibebe).Também pode ser
400g ser usada no preparo de usada em preparações mais
doces e salgados. complexas (como sopas
A maioria dos acom­
C/)
(.) e recheios para massas).
....
panhamentos tem como
No Brasil, há diversas
c:
QJ

t ingrediente principal
"' variedades de abóbora, as COMPRA
r os vegetais, então, vale
e.
"' conhecer os mais mais comuns são a japonesa Escolha as mais pesadas,
Ci.

E comuns, seus usos e (cabochã), a moranga, a sem machucados ou partes


o
cortes e a melhor de pescoço e a caipira. murchas.
maneira de prepará-los.

As sementes devem ser PREPARO


a.
"' retiradas, mas podem ser Corte ao meio e retire
(,)

utilizadas (secas e torradas as sementes e filamentos


sem casca) separadamente. fibrosos de seu interior.
O broto, conhecido no Brasil Cozinhe em água ou no
como cambuquira, também vapor; ou asse com ou sem
pode ser consumido como casca. Se for retirar a casca
um tipo de verdura, geral­ da abóbora crua, corte-a
mente frito ou refogado. em pedaços e então retire
a casca, que é bem dura e
difícil de remover.
131

re11rf1mento 8 porções

INGREDIENTES
kg de abóbora japonesa,
com casca e sem semente, Coloque as abóboras numa
em pedaços pequenos assadeira untada com manteiga, 400g

500 g de abóbora de pescoço, polvilhe com sal e as folhas de

com casca e sem semente, louro rasgadas em pedaços grandes.

em pedaços grandes Leve ao forno preaquecido a 220ºC e.

coberta com papel-alumínio e asse


2 folhas de louro
por aproximadamente 1 hora
80 g de manteiga sem sal
ou até que estejam bem macias
folhas de salsa picadas (opcional) (use um garfo para testar o ponto

sal e pimenta-do-reino preta de cozimento).

moída na hora Deixe esfriar um pouco e, ainda

quente, separe a polpa da casca.


o..

manteiga sem sal para untar ro


u

Se desejar um purê mais fino,

passe por uma peneira ou um

passa-verdura, ou leve diretamente

à panela, se quiser um purê

mais rústico.

Leve ao fogo, acrescente a pimenta

e a manteiga, corrija o sal e, se

desejai� finalize com a salsa.


Sirva ainda quente.
132

Abobrinha usos
Por ter sabor suave e textura

delicada, aceita quase todos os

tipos de cacção, podendo ser


Carnuda,
salteada, assada, frita, cozida em
crocante por fora e
água ou no vapor ou grelhada.
macia e cheia de semente
É um dos vegetais mais
por dentro (miolo). Pode ser
versáteis, e está presente em
consumida inteira ou em partes,
muitas preparações clássicas
dependendo do resultado desejado.
como a ratatouille. Sua ílor pode
Atualmente, encontramos no mercado
400g ser frita em massa mole - uma
a brasileira, a italiana e a italiana
das apresentações mais comuns -,
de casca amarela. Sua ílor
mas também aparece em
é também comestível
risotos, assada ou recheada.
e deliciosa.

COMPRA
Procure as firmes, de casca

brilhante e íntegra, de cor verde

nem muito claro (passada) nem

muito escuro (não-madura).


a.
ro
(.)

PREPARO
Lave bem e corte de acordo

com a receita, com ou sem

semente e casca. É muito

perecível, deve ser armazenada

em saco plástico na parte

menos fria da geladeira.


133

rendimento 8 porções

INGREDIENTES
6 abobrinhas italianas All 1
em rodelas longitudinais Aqueça muito bem uma

azeite de oliva extravirgem grelha e disponha a abobrinha.

Grelhe até que esteja bem


sal e pimenta-do-reino
cozida dos dois lados, retire
moída na hora
da grelha e tempere com sal,

pimenta e azeite. 400g

"'
o
...,

a.
"'
u
134

Alcachofra usos
Deve ser necessariamente
N
CJ cozida, em água ou vapor, e pode
'-'
receber diferentes finalizações.

Embora Pode-se retirar o fundo dela

seja considerada um ainda crua e então submetê-la a

legume, é na verdade uma diferentes tipos de preparo, como

inflorescência, o broto comestível risotos, flans, suflês e sopas.

de uma flor imatura composta de A minialcachofra pode ser

uma base e folhas carnudas. cozida inteira e fica ótima em


400g Muito delicada e de sabor suave. conserva ácida.

Há dois tipos, a comum


(/)
o (grande) e a mini. COMPRA

t'"
"' Por se tratar de um broto,
E-
º escolha as de folhas fechadas
.L
t'"
(agrupadas), de cor verde intenso,
f" levemente aveludadas e firmes.
'

Mantenha refrigerada por no

máximo 3 dias.

Passe limão nas


PREPARO
mãos, nas facas
e na própria Lave e apare a ponta das

alcachofi-a antes folhas. Retire o talo e as folhas


de cortá-la. pois próximas à base (amargas e
ela oxida com
fibrosas demais) e cozinhe.
facilidade.
Para retirar o fundo dela ainda

crua, apare as folhas, descasque-a

retirando toda a extremidade

verde-escura e, com uma colher,

retire o centro (ou barba).


135

trlt.l"IJnrn r -�•- ra
L..

rendimento: 6 porções e..

...
,
o
u
INGREDIENTES
Q)

450 g de fundo de alcachofra cru PREPARO u

(aproximadamente 8 unidades) Corte os fundos de alcachofra <O


'-'

30 g de manteiga sem sal em fatias de aproximadamente e


u
0,5 cm e reserve. üJ
1 /2 cebola em fatias finas
Numa sauteuse (ver p. 27)
100 mi de vinho branco seco
grande, aqueça a manteiga
300 mi de fundo claro de ave (ver p. 62) e sue·* a cebola. Junte o fundo 400g

folhas de 1 ramo de tomilho de alcachofra e cozinhe com


"'

sal e pimenta-do-reino moída na hora a cebola por alguns minutos. o

e..
Deglace ie * com o vinho branco J

e deixe secar completamente.

Junte o fundo claro, tomilho,

sal e pimenta, tampe e cozinhe


o

até que a alcachofra esteja macia

e as folhas, quando puxadas,

soltem com facilidade.


. . . . . . . . . . ........ . ..
............ .. . ... ... . ..

o..
co
u

j
136

"'
L

C> Alho-porá l os
Como base aromática, cozido

em vapor; assado gratinado, grelha­

do, salteado e cru em saladas. É


Parecido componente do mirepoix branco.

com uma cebolinha

grande, o alho-poró é um corv1F 11A


bulbo da família da cebola e do Folhas verde-escuras com uma
400g alho. Mais suave que os "primos", fina película brilhante recobrindo

pode ser usado como ingrediente, a parte branca revelam um alho­

aromatizante ou complemento poró bem fresco. Evite os de

de sabor na composição folhas manchadas ou verde-claras,

de pratos. moles e com muitos machucados.

PREPARO
Cl

Corte-o ao meio e lave muito

bem, separando com delicadeza


Todo o all"oo poro
é con'e�ível, mas as folhas, evitando destacá-las do
Cl.
"'
u
a pilrte branca é miolo inferior: Apare as pontas
a mais aprec1Jda das folhas verdes e corte
por ser menos
conforme desejado.
fib1 o"il e te1·
sabo1 m�1s suave'
Reserve, eritio,
J p<1rle verdc­
escu1 a p;wa usar
no prep.110 de
rundos. caldos
e sopa'>.
137

rendimento· 6 porções

INGREDIENTES
30 mi de vinagre de vinho branco - i:-ARO

90 mi de azeite de oliva extravirgem Faça o vinagrete dissolvendo

o sal e a pimenta-do-reino no
3 alhos-porós (parte branca) limpos
vinagre e acrescentando o azeite
sal e pimenta-do-1-eino
em fio, batendo com um fouet* 400g
preta moída na hora
para emulsionar*.

Corte o alho-poró ao meio

no sentido do comprimento.

Cozinhe no vapor até que fique

tenro, coloque ainda quente

no vinagrete e deixe esfriai'.

Sirva em temperatura ambiente,

como aperitivo ou entrada.

Pode ser armazenado por até

5 dias na geladeira, mas não rn


(..)

sirva gelado.
138

,
.

Aspargo usos
.
N
)
Quando fresco, deve ser
tJ
branqueado* e consumido dessa
Q)
u forma, grelhado ou salteado.
É
Aspargos frescos ficam excelentes
um broto comestível
apenas com limão ou manteiga,
muito delicado. Pode ser
Q)
e a preparação clássica é servi-lo
verde, branco ou roxo.
com sauce hollandaise. Aspargos
No Brasil, é comum encontrar
em conserva já estão prontos
atualmente o tipo verde fresco e o
400g para uso.
branco apenas em conserva (na
maioria, proveniente da China);
(/)
o
COMPRA

o roxo é encontrado apenas
e..
Escolha o de talo bem firme e
na Europa.
ponta bem fechada. Evite aquele
e..
'
que tiver a base murcha. Deve
a
ser armazenado sob refrigeração.

PREPARO
Corte e descarte a parte
esbranquiçada e fibrosa da base
(aproximadamente 3 cm). Com

Como a base
um descascador de legumes,
é mais dura e retire a casca de pelo menos 1 /3
fibrosa que as do caule do aspargo ou mais, de
pontas, cozinhe-os
acordo com a preparação.
em pé. amarrados
em feixes.
139

rendimento: 6 porções
u

INGREDIENTES

140 g de manteiga sem sal en pommade"' PREPARO


Prepare uma manteiga composta
raspa e suco de 1 limão Taiti
(ver p. 1 12) misturando a man­
'-'

<lJ

raspa de 1 limão-siciliano
teiga ao suco e à raspa de limão,
1 S a 18 aspargos crus sal e pimenta-do-reino e leve

azeite de oliva extravirgem à geladeira. 400g

sal e pimenta-do-reino branca Limpe os aspargos retirando

moída na hora a base fibrosa e descascando "'


o
....

o caule. C"
Q)

E
Corte-os ao meio no sentido

do comprimento e unte cada C"


"'
a
parte com azeite. E.
o
Disponha-os em chapa estriada J

preaquecida até que estejam

com marcas bem acentuadas


a.
e já ligeiramente macios. ro
(..)
Sirva bem quente com fatias de

manteiga composta, para que ela

derreta com o calor do aspargo.


Batata

Originário

das Américas, esse CARACTERÍSTICA


VARIEDADE
tubérculo é um dos
140
ingredientes mais usados Bintje Forma alongada e polpa amarela-clara
como acompanhamento e Atlant1c 1Ol JJ),1 , , dC>ll<L1' p11lp.1 b1 111(
merece ser tratado aqui Monalisa Forma oval, alongada e polpa amarela-clara
" de maneira especial. \r1ucária 1( 1 11. lfl 1(l 11 l 11.11 1.
e
u
Mondial Forma alongada e polpa amarela-clara

Asten. 1 u11n1 ovJI. 1 l o11p.1d1 e polp<1 <1111.1cL1


1 cl<trcl

Elvira Forma alongada e polpa amarela

B:11a� h li º' 1 >I,), dlE' -Cldld


usos
A batata pode ser preparada

utilizando-se quase todos os

métodos de cocção, assumindo As de casca e polpa branca


400g
também papel de espessante, são mais indicadas para purês.

cn base para preparações mais As de casca rosada e polpa


C>
elaboradas ou como acompanha­ creme ou as de casca e polpa

e

mento. Para utilizá-la de maneira roxas, para assar e serem servidas

eficaz, é preciso conhecer cozidas. Estas últimas também são

suas características. muito usadas para fazer doces.

Em geral, tem casca marrom

ou ligeiramente amarelada. COMPRA


O tamanho varia entre 3 cm a Independente do tipo de

15 cm de diâmetro. As caracterís­ batata escolhido para o preparo,

ticas mais significativas estão em prefira a de casca lisa e brilhante,

sua casca e polpa. As de polpa rija sem machucados ou manchas

branca, chamadas de farinhosas, escuras e esverdeadas (que em

contém menos umidade, são grande quantidade são tóxicas).

ricas em amido e adquirem cor A batata deve ser armazenada


1 kg de batata rende
dourada ao serem fritas. As de em temperatura ambiente, ao
aproximilddmcnte
polpa amarelada contém mais abrigo de luz, umidade e calor • 2 kg dr� purê, 1, 1 i'g
umidade e respondem muito excessivo, para que não brote. de batata cozida.
750 g de batata
bem ao serem cozidas ou
assdd.1, '\00 g de:
assadas. Os tipos mais comuns As receitas clássicas de batata bal<1la í11t.1 corladd
encontrados no Brasil são: para acompanhamento são: , em palito.
rendimento. 6 porções
141

t• r
INGREDIENTES Fure a casca das batatas com
6 batatas cemsas grandes, um garfo e embrulhe-as em
com casca, bem lavadas papel-alumínio com um pouco

30 mi de azeite de de sal grosso.

oliva extravirgem Asse em forno pr-eaquecido a

l 80ºC até ficarem macias.


1 dente de alho
Ao desembrulhá-la, se necessário,
sal gmsso
leve ao forno por mais alguns

minutos para que a casca seque.

Com um pano enrolado na mão,


400g
esmurre ligeiramente as batatas.

Numa panela, aqueça o azeite

com o dente de alho e frite as

batatas até dourarem.

rendimento: 6 porções

INGREDIENTES
1 kg de batata bolinha REPARO
com casca cozida Corte a batata ao meio no

30 mi de óleo sentido do comprimento.

Numa frigideira, aqueça partes


30 g de manteiga

~
iguais de óleo e manteiga,
sem sal
coloque a batata com a parte
1 colher (sopa) de folhas
sem casca virada para baixo.


de salsa crespa picadas
Tempere com sal e pimenta
sal e pimenta-do-reino
e vire quando estiver dourada.
moída na hora
Deixe dourar um pouco mais, �aLáÁ/�
retire do fogo e salpique a salsa.
rendimento· porções

INGREDIENTES Lave e seque bem a batata.


1 kg de batata farinhosa Numa panela, aqueça o óleo
142
em bastonetes (ver p. 55) a 1 65 ºC e frite as batatas

sal por dois minutos.


Escorra bem e coloque em
e óleo para frrtar
N assadeiras forradas com papel

o absorvente.
Aqueça o óleo a l 90ºC
e frite as batatas até que
fiquem bem douradas.
Escorra bem e tempere
com sal.

400g
rendimento: 6 porções

•J)

PREPARO
INGREDIENTES Preaqueça o forno a l 50ºC.
1,250 kg de batata farinhosa em Numa panela grande, junte a batata,
:o
u. rodelas finas o alho, 250 mi de creme do leite,

1 dente de alho ligeiramente esmagado o leite, o sal, uma prtada de


noz-moscada e pimenta e
300 mi de creme de leite fresco
cozinhe até ferver.
300 mi de leite
o. Abaixe o fogo e cozinhe, mexendo
CD
u
1 colher (chá) de sal de vez em quando, até que as
50 g de queijo Gruyere batatas estejam ai dente.

noz-moscada ralada na hora Numa tigela, misture o creme de


lerte restante e o queijo Gruyere
pimenta-do-reino branca
e reserve.
moída na hora
Descarte o alho, transfira a batata
manteiga sem sal para untar
escorrida para uma travessa untada
com manteiga, cubra com a mistura
de queijo e creme de lerte e leve ao
forno preaquecido a l 80ºC até que
a superfície esteja dourada.
143

rn

N
o
u

"'
m
"

1endimenlo: 6 porções
"
l)

PREPARO

INGREDIENTES Numa panela, coloque a batata,

água fria e sal e cozinhe até 400g


6 batatas farinhosas médias
que esteja macia por fora, mas
com casca
V>
bem firme por dentro quando o
...,
60 mi de manteiga clarificada* e
espetada com um garfo. CI>

e
sal e pimenta-do-reino Escorra e deixe esfriar um pouco. <ti
r
e:..
moída na hora Descasque a batata, rale no ralo m
a.

grosso e tempere com sal e E"


o

pimenta-do-reino.

Numa frigideira antiaderente,

aqueça parte da manteiga e

coloque metade da batata, dando

a forma de uma panqueca grossa.

Doure bem antes de virar

(com a ajuda de um prato de

sobremesa), juntando mais um

pouco de manteiga se necessário.

Mantenha as primeiras batatas

rosti aquecidas em forno baixo

enquanto prepara o restante.

Sirva imediatamente.
144

renuirnento 6 porções

INGREDIENTES
l /2 kg de batata em pedaços

grandes e regulares Cozinhe a batata em água com

sal até que fique bem tenra.


180 mi de leite
Escorra imediatamente depois
1 00 g de manteiga sem sal gelada
de cozida e passe pelo
sal
espremedor ainda quente,
pimenta-do-reino moída direto numa panela grande.
400g
na hora (opcional) Leve ao fogo baixo para que

seque bem, deixando evaporar


(/)
<>
• Para o bter um pu1 ê algum eventual excesso de água
delic;ido e liso. csp1·ema que a batata tenha absorvido
ilº batatas d1nda que1tes. durante o cozimento.
• Adi c ione o sal no nic10
Aqueça o leite e adicione-o aos
do cozimento para evitar
forriaçao de grâm poucos. batendo vigorosamente.
d .. los
no purê. Use 1 colher de Acrescente a manteiga aos
sopa de sal pdra 1 lrtro
poucos e bata muito bem até
de água Caso �eJíl
que cada porção de manteiga
Cl. necessa�10 dd1c1onar m' >
"'
u
sdl. disso1va-o no lete seja encorporada.
antes de e"'lprcg�r. Tempere com pimenta-do-reino
• Cuidado COM o ponto
(opcional).
d:i batata. Ela deve estar
bem macia. po1 ém !.em O purê deve ficar leve e cremoso.

se desfazei· ria .igud . O ideal é prepará-lo o mais


Para uri purê mais
próximo possível do momento

cremoso, pode-se usar


de servir:
Cl'eme de IE.'rte fresco em
vez de 1e1tc e a...mentar a
qtiant1dadc de rriante1ga.
1 P. n d i 111 en 1o . p o rç õ e s

INGREDIENTES Cozinhe a batata em água salgada


500 g de batata em pedaços até estar macia.
145
2 gemas Escorra e esprema ainda quente,

misture as gemas, a manteiga, uma


50 g de manteiga sem sal
pitada de noz-moscada e ajuste o sal.
noz-moscada ralada na hora
Transfira essa massa para um saco de
sal e pimenta-do-reino confeitar com um bico tipo pitanga e
moída na hora faça montinhos de aproximadamente

1 gema e 1 colher (sopa) de 3 cm ou 4 cm de altura e 2 cm

de diâmetro numa assadeira.

Pincele levemente com a gema

misturada ao leite e leve ao forno

preaquecido a l 80ºC, até que

estejam com a superfície dourada 400g


e firme.

rendimento 6 porções

INGREDIENTES Numa frigideira antiaderente,

50 g de manteiga clarificada* coloque a manteiga.

1 /2 kg de batata em rodelas Com ajuda de um aro, forme círculos

bem finas de rodelas de batatas em camadas, a.


ro
u
salpicando cada camada com sal
sal e pimenta-do-reino
e pimenta.
moída na hora
Aperte com uma escumadeira
manteiga sem sal para untar
e doure em fogo baixo (aproximada­

mente 15 minutos).

Com uma espátula, retire as galettes

e transfira para uma assadeira


ligeiramente untada, deixando

o lado dourado para cima.

Termine o cozimento no forno

a 220ºC.
146

<ti
e..
e.;
Berinjela usos
Crua, com ou sem casca, a
N

berinjela pode ser grelhada,


salteada, assada ou frita. Nunca
Fruto
"'
é comida crua. Também entra
u
carnudo e levemente na produção de pastas (como
picante. Existem algumas babaganush) e recheios.
variedades desse fruto, que se
diferenciam pelas cores. A mais COMPRA
400g comum é a vennelha-escura ou Escolha a de casca bem
roxa, mas há também a branca, brilhante, sem machucados
"' bem mais rara. Encontra-se ainda ou furos, bem firme e lustrosa.
o

os tipos longo Uaponesa),


..
e..
"'

r mini e lilás.
<ti PREPARO
..<
e
<ti
Caso se deseje remover o
e�

E excesso de amargor. deve-se


()

cortar a berinjela, colocar em


uma peneira e polvilhar com sal.
Deixe-a ali descansando por

<ti 30 minutos e depois enxágüe e
u

seque bem. Do nosso ponto de


vista, isso não é necessário, pois
o amargor é uma característica
positiva e marcante da berinjela.
147

renct1men10 8 porções N
C>
<.>

INGREDIENTES
60 mi de azeite de oliva extravirgem

150 g de cebola em brunoise (ver p. 55) Aqueça o azeite e salteie


(ver p. 47) a cebola e o alho.
1 dente de alho picado
Adicione os pimentões e a
90 g de pimentão vermelho,
berinjela e salteie até que estejam
sem semente, em brunoise
macios, aproximadamente 400g
90 g de pimentão verde, 10 minutos.
sem semente, em brunoise Junte o tomate e aqueça para
180 g de berinjela em brunoise que fique com sabor fresco.

300 g de tomate concassé* Acrescente o manjericão e

o tomilho e tempere com sal


1 colher (sopa) de folhas de manjericão
e pimenta.
1 colher (chá) de folhas de tomilho

sal e pimenta-do-reino LO
o
moída na hora ::::>
...,
e.
ro
u
148

Beterraba usos
Crua, cozida em água ou no

vapor; ou assada. Por sua cor

muito intensa, deve ser utilizada

com cuidado, pois acaba tingindo


Raiz
as preparações. As folhas mais
comestível
tenras podem ser usadas em
encontrada no Brasil
saladas ou refogadas com couve.
apenas na variedade

400g vermelha. Na Europa,


COMPRA
a do tipo branca é usada
Procure as firmes e sem
para a produção de
manchas. As menores são mais

saborosas.

PREPARO
Lave bem com o auxilio de

uma escova. Caso a receita peça

a beterraba já cozida, cozinhe-a

ou asse-a com casca.


a_
ro
u
149

rendimento: 6 porções

PPE'lAPíl
INGREDIENTES SALADA
SALADA Preaqueça o forno a 250ºC.
3 beterrabas (aproximadamente 500 g) Embrulhe as beterrabas em papel­

1 00 mi de azeite de oliva extravirgem alumínio e asse até ficarem tenras,

aproximadamente 1 hora e 30 minutos.


80 g de amêndoa sem pele em lâminas
Retire o papel-alumínio e deixe esfriar.
pêra chinesa grande em julienne (ver p. 55)
Enquanto isso, aqueça o azeite, junte
1 maço de minirrúcula
a amêndoa e toste em fogo baixo
400g
sal até ficar ligeiramente dourada.

Retire do fogo e deixe esfriar no


MOLHO próprio azeite.
20 g de échalote'* ou cebola-roxa Com uma escumadeira, transfira a
em brunoise (ver p. 55) amêndoa para uma tigela pequena e

20 mi de suco de limão salpique com sal.

Reserve a amêndoa e o azeite.


40 mi de vinagre de vinho tinto

colher (chá) de açúcar


MOLHO
sal Misture a échalote, o suco de limão, o

vinagre, o açúcar, o azeite da amêndoa

e sal e reserve.
Retire a casca das beterrabas apertando

com os dedos e corte em julienne.

Junte ao molho e misture com delicadeza.

Disponha a beterraba no prato de serviço

e regue com o molho que eventualmente

tenha sobrado.

Cubra com a minirrúcula, depois com a

pêra e, em seguida, espalhe a amêndoa.


usos
Brócolis
Depois de branqueado* ou

cozido em água ou vapor, pode

ser salteado, assado, grelhado.

Suas folhas podem ser aproveitadas


150
em sopas, recheios e ensopados.

l1J
Éum
r

e
tipo de flor de caule COMPRA
fibroso e pontas (floretes) Procure os bem verdes,
o

<.)
macias e delicadas. No Brasil evite talos moles, folhas caídas
há dois tipos: o comum e e machucadas, assim como os
o japonês (ninja). floretes amarelados, que indicam
ro
u
que o brócolis está passado.
u
Dura pouco, mas o branquea­
QJ

mento* aumenta sua durabilidade.

400g PREPARO
Separe os floretes do caule,
(1) descarte as folhas ou utilize-as
C>

para uma sopa. No caso do ninja,

faça pequenos cortes na base

dos floretes para um cozimento


mais homogêneo.

a. rendimento: 8 porções
ro
u

INGREDIENTES
6 colheres (sopa) de azeite de PREPARO
oliva extravirgem Pouco antes de servir, aqueça

8 dentes de alho picados ou amassados o azeite e doure o alho numa

panela grande.
1 maço de brócolis comum
Adicione o brócolis e refogue,
previamente branqueado·:;o
mexendo bem por aproximada­
sal e pimenta do-reino
mente 5 minutos.
-

moída na hora
Tempere com sal e pimenta
e sirva.
usos
Cozido em água ou no vapor
Cará
(inclusive para uso em purê).
151

COMPRA
Escolha os de tamanho médio

com a casca íntegra. N

()

(.)
Como a
(l)

mandioca e PREPARO

o inhame, Para eliminar a substância


ro

o cará é um viscosa (baba), descasque sob

tubérculo de água corrente. Guarde em '


w

sabor suave e recipiente com água fria para

textura macia. não escurecer.

400g

m
rendimento: porções '

PREPARO
INGREDIENTES Aqueça o óleo a 1 65ºC.
1 /2 kg de cará em frite o cará até que fique Cl.
ro
u
fatias muito finas tenro e escorra bem.

sal e pimenta-do-reino Aqueça o óleo a l 90ºC

moída na hora e frite novamente as fatias

de cará até que fiquem


óleo para fritar
bem douradas e crocantes.

Escorra bem e tempere

com sal e pimenta-do-reino.


152

Cebola u. o
Como base aromática.

grelhada, frita, braseada, assada,

crua ou curada. Também é


Um
componente do mirepoix.
dos elementos mais

usados na cozinha, é
R
considerada mais que um
Escolha as firmes de casca
ingrediente, é um complemento
brilhante, sem manchas e íntegr-as.
aromático.Tem casca fina e interior
Não compre as que apresenta­
suculento, fibroso e firme. No Brasil,
rem brotos verdes. Conserva-se
400g encontram-se as variedades
por muito tempo se armazenada
pérola, pêra (comum), roxa,
em local seco e ventilado.
branca e a argentina.

PREPARO
Retire a casca fina, corte ao

meio e pique a cebola de acordo

com o uso.

Cl.
"'
(.,)
rendimento 6 porções

INGREDIENTES
3 cebolas grandes em fatias 1 {.

400 mi de leite Deixe as fatias de cebola imersas


no leite por pelo menos 30 minutos.
500 g de farinha de trigo
Escorra, tempere com sal e pimenta
sal e pimenta-do-reino moída na hora
e empane* na farinha de trigo.
óleo para fritar Numa frigideira, aqueça o óleo

e frite a cebola.
153
usos
Crua ou cozida, no preparo de

saladas e sopas. Pode ser também

grelhada, salteada, assada ou com­

por o mi1-epoix.

COMPRA
Procure as raízes firmes, de

cor laranja bem vivo. As menores

são mais tenras e saborosas.

Guarde sob refrigeração.

Raiz comestível, muito utilizada 400g

e versátil. Pode ser consumida crua PREPARO


ou cozida, e seu sabor adocicado é Lave bem e descasque as
i1teressante em diversos preparas. cenouras. Corte conforme o uso.

rond1mento: 6 porções

f Rf P ílO a_
ro
u
INGREDIENTES Numa frigideira, aqueça 40 g

1 00 g de manteiga sem sal de manteiga e salteie (ver p. 47)

800 g de cenoura em oblique* a cenoura.

Tempere com sal e pimenta.


2 colheres (sopa) de mel
Reduza o fogo ao mínimo,
1 colher (sopa) de açúcar
adicione o mel e o açúcar e
170 mi de água cubra tudo com água.

sal e pimenta-do-reino Junte a manteiga restante distribuída


moída na hora em pequenos pedaços e tampe.

Cozinhe em fogo baixo até a

cenoura ficar macia e brilhante.


Chuchu usos
Cozido em água ou no vapor,
frito, guisado, gratinado, assado
154 ou refogado.

Tem sabor delicado COMPRA


e é muito rico em água. Escolha os sem machucados
N
o
No Brasil, encontram-se o e com a ponta estreita firme e
<.>

chuchu-branco (pequeno, sem bem fechada, que não e stej am

espinhos), o verde (médio e brotando.

espinhoso) e, atualmente, em

alguns supermercados, PREPARO


o
Q)
o minichuchu. Para eliminar o visgo (baba),

descasque sob água corrente.

Corte e cozinhe de acordo


400g
com o uso.

(1)
()
....
C"
w

F
(,
L.

rendimento. 6 porções

Cl. INGREDIENTES
ro
o
50 mi de óleo PREPARO

1 dente de alho pequeno picado Numa panela, aqueça o óleo


e sue* o alho e a cebola.
50 g de cebola em brunoise (ver p. 55)
Junte o chuchu, salteie (ver p. 47)
4 chuchus em cubos
por alguns minutos.
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas Adicione água quente, tempere

sal e pimenta-do-reino com sal e pimenta e cozinhe

moída na hora tampado por alguns minutos

ou até que esteja ai dente.

Salpique salsa picada antes


de servir:
usos
Crua em saladas, salteada com

alho e azeite ou no preparo de

sopas (caldo verde), cozidos e 155

ensopados. A preparação básica


Couve
é refogada com alho e azeite,

cariada em chiffonade fina.


N
A couve rende pouco quando o
<>
refogada: para quatro pessoas

é necessário usar dois maços.

COMPRA
As folhas devem estar firmes,

bem verdes e sem marcas de

insetos. Evite as amareladas e


400g
murchas que estão velhas e

Introduzida no Brasil pelos impróprias para consumo.

portugueses, a couve tem folhas

grandes, lisas, de cor verde bri­ PREPARO


lhante e cerosas. É ingrediente Refre o talo central mais grosso

clássico da cozinha mineira. e corte conforme o uso.

rendimento: 6 porções Q_
ro
'-'

PREPARO
INGREDIENTES Coloque numa tigela de inox a

2 maços de couve em chiffonade couve com a cebola e tempere


fina (ver p. 55) com o vinagre , sal e pimenta.

1 /2 cebola em fatias finas Numa panela pequena, aqueça o

azeite, sem deixar queimar, e imediata­


20 mi de vinagre de vinho branco
mente regue a couve temperada.
50 mi de azeite de oliva extravirgem
Misture muito bem e sirva morno.
sal e pimenta-do-reino A couve vai mu rchar levemente,
moída na hora mas manterá sua crocância.
LISOS
Couve-flor
Deve sempre ser cozida

em água ou no vapor, posterior­

mente; pode ser frita por


156
imersão, salteada, assada

Da (com molho, crosta etc.).

familia das

couves, a couve-flor COMPRA


tem talo firme e As folhas devem ser brilhantes

crocante e flores e bem fechadas. A flor deve

delicadas. ser clara (branca ou creme),

bem arredondada.

PREPARO
Retire as folhas e solte os

400g floretes. Para conseguir um

cozimento uniforme, deve-se

fazer um corte em cruz na base

do talo, para que este cozinhe

em tempo similar ao dos floretes.

CO V flOR
rendimento. 6 porções

C1.
ro
(.J
INGREDIENTES Numa panela, cozinhe a couve­
1 couve-flor grande flor em água com sal até que

100 g de manteiga sem sal esteja ai dente.

Numa frigideira grande, aqueça a


250 g de farinha de rosca
manteiga, doure a farinha de rosca
sal e pimenta-do-reino
com um pouco de sal e reserve.
moída na hora
Na hora de servir, reaqueça a

farinha, junte a couve-flor e salteie

(ver p. 47) para que fique com


aparência de empanado.

Tempere com pimenta.


usos
Pode ser consumida cru a o u

cozida. S e cozida, fica mais suave.

Pode também ser grelhada, 157


assada, salteada, braseada ou
Erva-doce (funcho)
simplesmente cozida no vapor.

e:

COMPRA N
o
(.)
Escolha as bem brancas e de
Q)
bulbos bem arredondados.

Bulbo carnudo, de sabor refres­ PREPARO


cante e adocicado, muito rico em Lave bem, solte as folhas
fibras. Suas folhas delicadas são (pétalas) e corte de acordo
utilizadas como erva, no preparo com o uso.
de peixes e cremes. 400g

o
-

rendimento: 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Num sautoir (ver· p. 27) grande,
30 g de manteiga sem sal derreta a manteiga e sue* a cebola.

1 /2 cebola em brunoise (ver· p. 55) Acrescente a erva-doce cortada a o a.


ro
'-'
meio na horizontal e frite lentamente.
2 bulbos de erva-doce
Adicione o vinho branco, reduza* e
50 mi de vinho branco seco
junte o fundo de ave.
litro de fundo claro de ave (ver p. 62) Quando estiver fervendo, adicione o
1 sachet d'épices (ver p. 59) sachet d'épices, sal e pimenta e cozinhe

sal e pimenta-do-reino em fogo baixo, tampado, até que a erva­

moída na hora doce esteja cozida mas ainda firme .

Retire a erva-doce, reduza o

líquido do cozimento, produzindo

um molho, acerte o tempero e

coe para servir sobre a erva-doce.


Ervilha u os
Cozida em água ou no

vapor (inclusive para uso em


purê), refogada ou apenas

branqueada*.
Leguminosa

que pode ser consumida COMPRA


158
fresca ou seca. É muito sensível Os grãos devem estar bem
e perde as características verdes, com uma película
ro
..e rapidamente. Por esse motivo transparente e brilhante .
e;

N é comumente encontrada Cer tifique-se de que não


o
u congelada ou enlatada (em estejam secas ou maduras
conserva). É rica em demais (começando a ficar
"' murchas e com a pele
ro
u
muito dura).

PREPARO
Lave e use conforme

400g a receita.

cn
()
..
e
FRITADA DF
<l>
E rendimento: porções
m

ro
CL PREPARO
E
() INGREDIENTES Corte a vagem e a ervilha-torta na

80 g de vagem fina branqueada* diagonal em pedaços de aproximada­

80 g de ervilha-torta branqueada mente 1 cm.

a. Numa sauteuse (ver p. 27) grande,


ro
'-'
50 mi de azeite de oliva extravirgem
aqueça o azeite e sue* o alho.
3 dentes de alho
Adicione a vagem, a ervilha-torta e
100 g de ervilha fresca branqueada a ervilha fresca e salteie (ver p. 47).

4 ovos batidos Tempere com sal e pimenta, jogue


os ovos por cima, misture bem
1 colher (chá) de folhas de tomilho
e cozinhe um pouco.
50 g de queijo parmesão ralado
Polvilhe o tomilho e o parmesão e leve
sal e pimenta-do-reino
a fritada ao forno a l 80ºC ou à sala­
moída na hora
mandra* para cozinhar a superfície.

Retire do forno, sem deixar dourar

demais para que não resseque, e sirva.


Ervilha-torta 159
usos
Cozida no vapor, branqueada*,
"'
salteada ou refogada.
e.

COMPRA u

Escolha as ervilhas-tortas Q)

Leguminosa
mais firmes, verde-claras e sem
da qual se consome
manchas e pedaços quebradiços. u

a fava (vagem)

com os grãos.
PREPARO
Lave bem e retire as fibras

longas das laterais, puxando


400g
com firmeza de uma ponta

para a outra.
()

"'

rendimento· 6 porções

ro

INGREDIENTES u

50 g de bacon em brunoise (ver p. 55) PREPARO

1 cebola-roxa em brunoise Numa sauteuse (ver p. 27) grande,

coloque o bacon e cozinhe em fogo


300 g de ervilha-torta
baixo para soltar toda a gordura.
sal e pimenta-do-reino
Quando estiver cozido
moída na hora
(não frito demais), adicione a

cebola e deixe dourar bem.

Junte a ervilha-torta, salteie (ver p. 47)

rapidamente e tempere com sal


e pimenta.
160

Espinafre
)
t:
usos
Cru, branqueado*, salteado,

cozido no vapor ou como

corante para massas, pães etc.

Muito
COMPRA
400g versátil, o espinafre As folhas devem estar íntegras,
aparece em diversas
verde-escuras, brilhantes e
preparações.
carnudas e os talos firmes.
Suas folhas são

aveludadas e
PR PARO
carnudas. Separe as folhas, lave-as bem

e empregue-as. Como é muito

rico em água, a melhor maneira


LO
de cozinhá-lo é colocá-lo numa

::>
panela seca e fria e levar ao
.!::'.
Cl.
ro fogo para que cozinhe, soltando
u

e evaporando sua água.

l_
161
rendimento porções

INGREDIENTES Bata o espinafre no processador até obter


folhas de 2 maços de espinafre cozidas um purê ou pique bem fino.

e muito bem espremidas Unte um ramequim* de 16 cm de diâmetro

2 colheres (sopa) de manteiga sem sal e leve à geladeira durante alguns minutos.

Unte novamente e polvilhe com farinha


1 cebola pequena bem picada
de trigo.
114 de xícara de farinha de trigo
Mantenha na geladeira até o momento
xícara de leite de usar.

2 gemas Numa panela, de1Teta a manteiga, sue*


400g
3 colheres (sopa) de creme de leite fresco a cebola até quase dourar; acrescente

a farinha e mexa bem em fogo baixo


3 claras
durante 5 minutos.
queijo parmesão ralado (opcional)
Acrescente aos poucos o leite, mexendo
noz-moscada ralada na hora sempre, e cozinhe por mais 5 minutos.

sal e pimenta-do-reino moída na hora Tempere com noz-moscada, sal e

manteiga sem sal para untar pimenta-do-reino.

Retire do fogo e junte as gemas uma


farinha de trigo para polvilhar
a uma, misturando muito bem.

Adicione o purê de espinarre e o O"eme


ro
'-'
de leite e reserve.

Bata as claras em ponto de neve macia

e incorpore um pouco à mistura da panela,

para deixá-la mais leve.

Acrescente aos poucos e delicadamente

o restante das claras e, se desejar;

salpique queijo parmesão ralado por cima.


Coloque a mistura de espinafre no ramequim.

Asse em banho-maria em rorno preaquecido

a 1 80ºC por 25 minutos ou até crescer

e ficar firme. Sirva imediatamente.


lnhame usos
Cozido em água ou no vapor;

assado ou frito, ou para uso

162 em purês.

(\J
Raiz COMPRA
.L:
C"
comestível Deve ser firme, com raízes
N
o pequena, de casca escura pequenas e ralas em sua
u
e cheia de filamentos. superfície, sem manchas.
Q)
"O
Rico em amido, é um
.,,

(\J excelente substituto PREPARO


<>

e
da batata. Depois de bem lavado pode
<>
<1> ser cozido, com ou sem casca,
e depois empregado.

400g

rendimento: porções

PREPARO
INGREDIENTES Cozinhe o inhame em água salgada

500 g de inhame até que esteja macio.

l /2 maço de cebolinha (partes branca e Enquanto isso, numa panela, salteie

a.
verde separadas) bem picada (ver p. 47) a parte branca da cebolinha
(\J
'-'
em 30 g da manteiga e reserve.
1 00 g de manteiga sem sal
Passe o inhame pelo espremedor de
1 00 mi de creme de leite fresco
batata e transfira para uma panela.
sal e pimenta-do-reino Leve ao fogo, mexendo constantemente
moída na hora para secar o purê.

Aqueça o creme de leite e junte ao

inhame aos poucos, mexendo sempre.

Acrescente a manteiga restante fria,

batendo com uma colher de pau.

Acerte o tempero, decore com a

parte verde da cebolinha e sirva.


Jiló usos
Frito em imersão ou em
frigid eira , refogado, grelhado

Pequeno, ou cozido. 163

de cor verde­
amarelada, o jiló é parente COMPRA
da berinjela e possui algumas Deve estar liso, brilhante, firme
características bem similares. Sua
e sem machucados. Os mais verdes
polpa é macia, esponjosa e cheia
costumam estar menos amargos.
de sementes brancas, e seu sabor
levemente amargo e picante.
Esse vegetal carrega o estigma PREPARO
de ser amargo demais, mas Lave bem, retire o cabo
quando bem preparado e cor te conforme o uso.
tem sabor e textura
interessantes. ------=--·-·

As,11n corno
400g

COIn a b lfljelI,
,1lg;.m1d p
COo Ul"l md r r
o jilO de TIOlho

<> LAD em gi.. <.om s 1


prn 30 mrnulo_
rendimento: 6 porções
para suav1za1
o 1mdrgo1.
INGREDIENTES
1 O a 12 jilós cortados ao meio

60 mi de vinagre de vinho branco Cozinhe os jilós em água com sal


a.
ro
e 30 mi de vinagre por alguns minutos, u
100 mi de azeite de oliva extravirgem
escorra e deixe esfriar:
30 g de azeitona preta em brunoise (ver p. 55)
N uma tigela , faça um vinagrete com o
30 g de azeitona verde em brunoise vinagre restante, o azeite, sal e pimenta.

l /2 cebola-roxa em b runoise Junte as azeitonas, a cebola, a salsa e a

1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas cebolinha.

Acrescente o jiló já frio e misture tudo.


1 colher (sopa) de cebolinha picada
Mantenha na gelad eira por pelo menos
sal e pimenta-do-reino
2 dias antes de servir:
moída na hora
usos
Mandioca (aipim, macaxeira)
A mandioca in natura pode
164
ser cozida em água ou no vapor
(inclusive para uso em purês),
Um frita ou assada.
dos elementos
principais da alimentação
COMPRA
sul-americana (chamada de yuca
Sua casca escura e cheia
fora do Brasil) - mesmo antes da
colonização. A mandioca é muito de pequenas raízes deve estar

consumida in natura ou na forma de intacta, sem manchas e machu­

um de seus inúmeros subprodutos: cados, e soltando-se com facili­


farinha d'água, tapioca, tucupi, dade. Sua polpa deve ter cor
polvilho doce e azedo, puba, uniforme (branca ou amarelada,
carimã etc.
de acordo com a variedade)
400g
ainda um pouco úmida.

PREPARO
Descasque e empregue da
maneira desejada.

e.
co
u
rendimento 6 porções

INGREDIENTES Cozinhe a mandioca em água até


kg de mandioca em que esteja macia, mas sem estar
bastonetes (ver p. 55) se desmanchando.

sal Escorra bem.


Aqueça o óleo a l 90ºC e frite a
óleo para fritar
mandioca até ficar bem dourada.
Seque em papel absorvente e
tempere com sal.
Mandioquinha usos
Cozida em água ou no vapor

(inclusive para uso em purês), 165

assada ou frita em chips.

COMPRA
Escolha as bem firmes, de cor

amarelo brilhante, sem manchas


Raiz ou amassados. É muito comum
comestível encontrar mandioquinhas com
também conhecida pedaços esbranquiçados
por batata-baroa. (semelhante a mofo), viscosas
Tem sabor adocicado. e com cheiro azedo. Evite-as.

400g
PREPARO
Lave bem, raspe ou descasque e

cozinhe. A mandioquinha cozinha

muito rápido, preste atenção!

rend1me1110 4 porções

INGREDIENTES
co

1 /2 kg de mandioquinha em pedaços regulares u

1 colher (chá) de folhas de manje1-icão Cozinhe a mandioq uinha no

grosseiramente picadas vapor até que esteja ai dente.

No momento de servir; tempere


1 colher (chá) de folhas de salsa
com sal e pimenta, acrescente
grosseiramente picadas
as ervas e regue com um fio
1 colher (chá) de cebolinha
de azeite.
grosseiramente picada

azeite de oliva extravirgem

sal e pimenta-do-reino

moída na hora
Maxixe o
É consumido tradicionalmente
refogado, cozido ou ensopado
(acrescente os maxixes no final,
166
para evitar cozimento excessivo).

De
COMPRA
formato ovalado,
Evite os murchas e amarelados,
com casca espinhosa ou
que por serem mais velhos
lisa, é originário da África e
tornam-se fibrosos, com sabor
bastante comum na culinária
ruim e sementes duras.
brasileira. Possui casca fina
e delicada.
PREPARO
O maxixe cru pode ainda ser
usado na forma de salada em

400g substituição ao pepino; nesse caso,


escolha os mais verdes que ainda
não formaram sementes.

rendimento: 8 porções

INGREDIENTES
1 dente de alho picado rr LP/ Fí
a.
ro
'-'
1 cebola média em brunoise (ver p. 55) Numa frigideira, aqueça o azeite
e doure o alho. Junte a cebola
1 /2 pimenta-dedo-de-moça,
e sue* por alguns minutos.
sem semente, picada
Acrescente a pimenta-dedo-de-moça
500 g de maxixe limpo (raspe com uma
e tempere com sal e pimenta.
faca os espinhos) em rodelas finas
Junte o maxixe e refogue bem.
12 folhas de manjericão em Por último, adicione o manjericão
chiffonade (ver p. 55) e sirva com arroz branco e feijão.

sal e pimenta-do-reino moída na hora

azeite de oliva extravirgem


Palmito usos
ln natura, cozido em água ou no vapor;

assado ou grelhado.

COMPRA
Parte
Comumente comercializado em conserva,
comestível de uma
desfiado, em pedaços, ou rodelas finas (para
palmeira, o palmito é o
carpaccio) - em alguns fornecedores (prin­ 167
miolo de seu tronco.
cipalmente o pupunha) também pode ser
Atualmente no Brasil só é
encontrado cru.
permitido o consumo da

espécie pupunha, que '"


PREPARO o
é replantável. o
Se estiver inteiro, com a casca escura e
•U

dura por fora, corte ao meio no sentido '

do comprimento, tempere com sal e asse.


Ao utilizar palmito em conserva, para

evitar risco de contaminação por botulismo,

é importante ferver por pelo menos

10 minutos.
400g

rendimento: 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Preaqueça o forno a l 80ºC.

1 palmito pupunha (aproximadamente Tempere o palmito com sal e um fio de azeite,

40 cm) cortado ao meio envolva-o em papel-alumínio e leve ao forno

numa assadeira. Cl.


100 mi de azeite de oliva extravirgem co
(_)
Asse até que, espetando com um garfo,
raspa e suco de 1 limão-cravo
esteja macio.
1 colher (sopa) de folhas de tomilho picadas Enquanto isso, prepare um molho misturando

sal e pimenta-do-reino moída na hora o suco e a raspa de limão, tomilho, sal e

pimenta e misture bem.


Adicione o azeite em fio, emulsionando*.

Retire o palmito do forno, transfira para uma

travessa e sirva com o molho à parte.

A parte tenra do palmito deve ser retirada se


servida quente ou em temperatura ambiente.

O molho não pode ser aquecido.


Pepino

Basicamente cru em saladas


168
e preparações frias.

Da
mesma familia da C Ol'v' p�

abóbora e da abobrinha, O pepino deve estar firme,


tem a parte externa firme e sem as pontas murchas, com a
crocante e o miolo macio, aguado, casca lustrosa e pesado - o que
refrescante e cheio de sementes.
indica que está suculento.
No Brasil, encontramos o japonês
(mais fino e escuro), o caipira
(mais claro, aguado e grosso) PRFPARO
e o comum (de casca verde- Lave bem, retire a casca, se
escura e mais grosso que desejar, e corte de acordo
o japonês).
com o uso.
400g

p
rendimento 6 porções

INGREDIENTES
e. 3 pepinos japoneses em rodelas finas
"'

Polvilhe o pepino com sal e


u

1 colher (sopa) de sal


deixe descansar numa peneira
1 colher (sopa) de açúcar
para que desidrate.
100 mi de vinagre de vinho branco
Quando estiver levemente
200 mi de azeite de oliva extravirgem desidratado, enxágüe e
1 colher (sopa) de folhas de dill picadas esprema bem.

pimenta-do-reino moída na hora Prepare um vinagrete com


o restante dos ingredientes
e junte o pepino.
Pimentão
··so2
Cru. assado, grelhado ou frito.
169
Da
família das pimentas,
OMPRA
o pimentão tem muitas Escolha os firmes e lustrosos.

variedades e cores. No Brasil. sem pedaços murchos e com


os mais comuns são o verde, o o cabo bem verde.
vermelho e o amarelo, mas já
podemos encontrar o roxo em alguns
"REPARO
fornecedores. Por ter sabor ma1-cante.
Lave e corte o pimentão de
o pimentão pode ser considerado um
complemento aromático, uma vez acordo com o uso. Retire as

que em poucas preparações sementes e a membrana branca


apa1·ece como ingrediente de seu interior.
principal.
400g

Paia rel1 1 ar d

pe le de mu1los
p1me11lôes . unte-os
com oleo e coloque
no ramo .-1cima de
rendimento 8 porções
300''C por alguns
m111utos. ou ilté
fie.nem com .l casca
que1madi1. Retwe do
INGREDIENTES Numa panela grande. aqueça
forno e abafe-os
1 /2 xícara de azeite de oliva extravirgem o azeite e frite os legumes
.i111d.1 quentes em
pimentão vermelho. sem semente, em cubos por ordem de firmeza. sdco pli1st1co. Espere o.
<O
Comece adicionando os ;m1ornar e sob .:ígua u
1 pimentão verde. sem semente, em cubos coJTente 1·etire a
pimentões. depois a cebola e.
pimentão amarelo, sem semente, em cubos pele com as costas
por último. a berinjela. de uma faca. Se
2 cebolas grandes em cubos Quando os primeiros ingredientes for tw;w a pele

2 berinjelas em cubos de apenas 1 ou 2


estivei-em ai dente, junte a uva
pimentões. faça-o
100 g de uva passa branca passa. o vinagre, o sal e pimenta,
na boca do fogão.
tampe e cozinhe em fogo Espe te o pim então
l /2 xícara de vinagre de vinho branco
baixo por 15 minutos. num ga1fo e q ueim e
1 colhei· (chá) de sal bem a pele. Abafe
Deixe esfriar e, na hora
em saco plástico e
100 g de castanha de caju de servir; junte a castanha.
1·etwe a pele como
pimenta-do-reino moída na hora descrito acima.
Ouiabo usos
Frito, cozido ou grelhado, é

ingrediente principal do caruru e

170 muito utilizado na culinária baiana.

Para evitar que o visgo (baba) se

solte, pretira métodos de cocção


Fruta
secos ou utilize elementos ácidos
de origem africana
durante a cocção (limão, vinagre
que acredita-se ter chegado
ou mesmo tomate).
ao Brasil com os escravos.
É alongado e tem textura
COMPRA
aveludada.
Deve estar firme. Se fresco, a

ponta deve quebrar com facilidade.

Conserva-se bem em geladeira

se não for lavado previamente.

400g

PREPARO
Lave e corte o cabo e a ponta.

nl"'ll' ll"'T - -·11,

rendimento: 6 porções

PREPAIW
Cl.
ro INGREDIENTES Bata os ovos até ficarem bem
u
2 ovos espumosos, adicione o leite

160 mi de leite e o azeite e misture bem.

Peneire a farinha de trigo com o sal


15 mi de azeite de oliva
e acrescente à mistura, mexendo
extravirgem
apenas até estar bem misturado.
150 g de farinha de trigo
Mergulhe cada quiabo na massa
1 /2 colher (chá) de sal e coloque-o diretamente em óleo

400 g de quiabo lavado e quente abundante para fritar.

cortado ao meio

óleo para fritar


Repolho usos
Cru ou cozido em água ou

no vapor, salteado e recheado.

Suas folhas são comumente 171


usadas como invólucro para

charutinhos, peixes etc.


Redondo

e compacto,
COMPRA
o repolho tem folhas
Ao escolher, prefira os bem
carnudas. Os tipos mais
fechados, pesados e sem machu-
comuns são o branco
cados e manchas. O talo deve
e o roxo.
ser claro e firme.

PREPARO
Caso vá utilizar as folhas

inteiras, solte-as e lave-as. 400g


Descarte o miolo (talo), que é

fibroso. Se for usar o repolho em

tiras, corte ao meio, pique e lave.

rendimento porções

INGREDIENTES
suco de 1 limão 1 RFPARO o.
ro
(.,)

50 g de maionese (ver p. 340) Numa tigela, misture o suco

de limão, a maionese, o creme


50 g de creme de leite fresco
de leite, a mostarda, a salsa, sal
1 O g de mostarda
e pimenta e reserve.
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas Junte o repolho, a cebola, a

1 /2 repolho-branco em julienne (ver p. 55) cenoura e a maçã ao molho e

cebola-roxa pequena em julienne deixe marinar por pelo menos

6 horas antes de servir:


3 cenouras em julienne

2 maçãs vermelhas em julienne

sal e pimenta-do-reino moída na hora


172

usos
Salsão
Cru, cozido no vapor ou

braseado. É uma importante


base aromática.

Também COMPRA
conhecido como Deve ser pesado, de cor
400g aipo, o salsão é verde-clara, sem manchas e

ingrediente fundamental machucados; os talos devem

na cozinha e também um estar firmes e as folhas sem

dos componentes sinais de ressecamento.

do mirepoix.
PREPARO
Separe os talos fazendo um

corte na base para soltá-los

e lave bem. Caso se pretenda

utilizá-lo em pedaços grandes,


o..
ro convém retirar o excesso de
u

fibras puxando-as com uma faca


no sentido do comprimento .
173

rend1menlo: 6 porções

.EF'/ C
INGREDIENTES Coloque a mostarda, a maionese,
30 g de mostarda o creme de leite, o azeite, a água,

30 g de maionese (ver p. 340) o suco de limão, sal e pimenta

no liquidificador e bata até 400g


30 g de creme de leite fresco
ficar homogêneo.
30 mi de azeite de oliva
Se o molho ficar muito espesso,
extravirgem
ajuste a consistência com um
20 mi de água pouco mais de água.
suco de l /2 limão Misture o molho ao salsão

12 talos de salsão tenros e sirva gelado.

em julienne, com as folhas

em chiffonade (ver p. 55)

sal e pimenta-do-reino a.
co

moída na hora (_)


usos
Tomate
Cru, assado ou grelhado é muito

usado em molhos, preparações, e

para conferir acidez a alguns

pratos (pinçage·'*).

Fruto

carnudo e muitíssimo COMPRA


174 usado, o tomate pode ser Escolha os bem firmes e brilhan­

consumido verde ou maduro. tes, sem manchas amarelas, machu­

Os tipos mais comuns são o cados e pedacinhos embolorados.

Carmem, o caqui, o pêra (ou

italiano), o Débora (tomate PREPARO


Lave e corte de acordo com

o uso. Para retirar a pele, aqueça

uma panela com bastante água,

corte a base dos tomates em cruz

e coloque-os um a um em água

fervente por 15 segundos.

Retire da água quente e coloque


400g num recipiente com água gelada

para interromper o cozimento.


V>
) A pele sairá facilmente.

( TOMATE CONFIT
m
r o 11 d i m o 11 t o : 6 po rçõ e s

PREPARO
INGREDIENTES Misture o sal e o açúcar.

= 150 g de sal Disponha o tomate numa grelha ou outra


"'
u superfície vazada e polvilhe a mistura de
150 g de açúcar
sal e açúcar sobre ele, formando uma
1 O tomates bem maduros, densa camada. Cubra, deixe descansar na
sem pele, cortados em 4 partes geladeira por pelo menos 24 horas para

1 colher (chá) de folhas de tomilho que desidrate. Depois, lave-o muito bem,
escorra e seque. Coloque os tomates
azeite de oliva extravirgem
numa assadeira, regue com o azeite,
pimenta-do-reino
junte o tomilho e leve ao forno preaque­
moída na hora cido a 1 30ºC por 5 a 6 horas ou até
que esteja seco e bem assado. Use em
saladas, na finalização de risotos e massas
ou como aperitivo.
Vagem usos
No vapor; branqueada·:r,

ou refogada.

É
175
o invólucro de COMPRA

sementes leguminosas que, Devem estar firmes, de um

em alguns casos, são comestíveis. verde uniforme e intenso.

As mais comuns são a vagem

macarrão (ou comum), a vagem


PREPARO

manteiga, a vagem de melro Lave e retire a fibra longa

e a holandesa. As vagens mais que há na lateral, puxando com

tenras são as colhidas firmeza de uma ponta para a

precocemente. outra. Corte conforme o uso.

400g

VAGEM AO uA np COM Ml\NT IGA f AMÊNDOA


rendimento· 6 porções

rH PARO
INGREDIENTES Numa sauteuse (ver p. 27) Cl.
ro

100 g de manteiga sem sal


u
pequena, derreta a manteiga e

120 g de amêndoa sem pele em lâminas deixe no fogo até que tome uma

coloração levemente acastanhada.


400 g de vagem
Adicione a amêndoa e toste
(do tipo de sua preferência),
ligeiramente.
cortada ao meio e cozida no vapor
Retire do fogo e despeje
sal e pimenta-do-reino
sobre as vagens.
moída na hora
Tempere com sal e pimenta.
Cru, em saladas; salteado,

refogado, assado ou grelhado.

Os secos, que devem ser reidra­

tados, podem ser utilizados em

sopas, risotos e purês.

176
Coaumelos
Os cogumelos cultivados são

comprovadamente comestíveis.

Na natureza, existem milhares de

tipos de cogumelo, mas apenas

Pertencem a uma categoria alguns tipos são comestíveis.

diferente de produtos. Não são É necessário consultar um

vegetais, são fungos e se repro­ especialista, pois alguns são

duzem por meio de esporos. venenosos e até letais.

Entretanto, na cozinha eles são Escolha os de cúpula bem

preparados e servidos como fechada e íntegra, polpudos e

vegetais. sem manchas ou viscosidade.


40Dg
Existem muitos tipos de

cogumelos cultivados. No Brasil,

os mais comuns são o cogume­ Limpe os cogumelos com uma

lo-de-paris, o shiitake, o shimeji, escova macia ou pincel duro para

o portobello, o pleurotus. tirar o excesso de terra (método

Podem ser desidratados e, ideal). Também podem ser lavados,

assim, ganhar maior durabilidade mas, como absorvem muita água,

e intensidade de sabor. Os mais podem encharcar: Se lavá-los

encontrados são: funghi porcini, seque-os muito bem.

a. shiitake seco e os chilenos. Corte e empregue conforme


ro
u
indicado. Dependendo da varie­

dade, o cabo pode ser muito

fibroso. Nesse caso, descarte-os

ou guarde para usar em caldos,

molhos ou sopas. Para preservar

a cor clara dos cogumelos, borrife

suco de limão ou vinho branco,


ou branqueie-os*.

Os secos devem ficar imersos

em água de 30 minutos a 4 horas

antes de serem utilizados.


177

400g

rendimento 6 porções

INGREDIENTES
1 50 g de cogumelo-de-paris

100 g de shiitake Limpe bem e corte os cogumelos em

pedaços unifo1-mes.
100 g de shimeji
Numa sauteuse (ver p. 27) grande,
L(')
50 g de pleurntus
aqueça a manteiga e sue* a cebola. o

:::>

100 g de manteiga sem sal Adicione os cogumelos e salteie (ver p. 47).


o.
ro

1/2 cebola-roxa em brnnoise (ver p. 55) Cozinhe em fogo alto até que toda u

suco de 1/2 limão a água dos cogumelos se solte e eles

sequem (sempre liberam muita água


100 mi de vinho branco seco
durante o cozimento).
200 mi de creme de leite fresco
Adicione o suco de limão e o vinho
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas branco e reduza* até quase secar.

sal e pimenta-do-reino Junte o creme de leite e sal e reduza

moída na hora novamente até obter uma consistência

cremosa. Polvilhe com a salsa.

Use como molho para grelhados ou

massas, ou como aperitivo com torradas.


178

Arro1
Assim como a batata, o Arroz ba5mati
Por sua característica
arroz é um alimento bastante Grão longo e perfumado
neutra e por seus
e.
versátil. Seu sabor suave pos­ (cresce nos arrozais aos pés
subprodutos, os grãos
sibilita a criação de uma varie­ do Himalaia), que fica bem
são muito importantes

quando falamos de
dade de pratos, podendo ser solto depois de cozido. É mui­
ingrediente principal, acom­ to usado na culinária indiana.
acompanhamentos.
panhamento ou até compo­
Vejamos cada tipo
e

nente de outras preparações. Arroz branco (arroz


de grão, seus subpro­

dutos e usos mais


De maneira geral, pode-se polido)
classificar o arroz em duas Passa por um processo que
importantes.
400g
variedades: grão longo e grão remove a casca, o germe e,

curto. Dessa maneira, conhe­ conseqüentemente, muitos


"'
()
.. cendo a reação desses grãos de seus nutrientes. O poli­
e
QJ
à cocção, podemos sempre mento muda a aparência,
f..
m
avaliar a maneira mais ade­ suaviza o sabor e amacia
ro
quada de preparar o arroz, os grãos. Esse arroz também

visando ao resultado desejado. recebe a adição de ferro

O arroz de grão longo, quan­ e vitaminas durante o

do cozido, fica leve, macio e processo de polimento.

solto, e o de grão curto fica


m
<..> úmido e ligado. Os grãos tam­ Arroz integral
bém se diferenciam segundo É o grão descascado não­

o tipo de processamento polido, que preserva os nu­

recebido. Assim, tem-se: trientes. Tem sabor amendoa­

do e textura fibrosa e requer

uma cocção mais longa.


179

A11nz italiano gei-me penet1·em e se fixem

Grãos curtos, ricos em em seu interio1'. O grão é

amido e muito utilizados na então descascado. Esse

produção de risotos. Entre processo altera a estrntura

eles estão as variedades arbo­ do amido contido no grão,

rio, carnaroli e vialone nano. confei-indo uma textura

mais compacta.

Arroz japonês
De grão curto, é usado A1ro1 -:;elvagc 111
para a produção de sushis e Não é uma variedade de

pratos orientais que 1·equei­ arroz, mas sim uma gramínea

ram arroz de consistência cujo formato e modo de 400g

ligada e pegajosa. cacção são semelhantes aos

do arroz. Tem cor marrom­

Arroz jélsminP escura, sabor foi-te e acas­

Grão longo. cristalino e tanhado e requer um tempo

muito aromático, cultivado de cacção prolongado.

nos planaltos da Tailândia, é

muito utilizado na culinária PREPARO


do Sudeste Asiático. Existem diferentes técnicas

de preparo do arroz, mas

Arroz parboilizado ele pode ser simplesmente rn


'-'

(pí.lrhoilecl cozimento cozido em água ou líquidos

pa1 r.ial) aromatizados (fundos).

Grãos unifcrmes que, ainda como o macarrão.

com casca, são submetidos O importante é cozinhá-lo

a um processo de pré-cozi­ apenas até que seu grão

mento em água e posterior esteja tenro. mas ainda

pressão de vapor a altas 1·esistente à mordida

temperaturas para que as (ai dente), do contrário, a

vitaminas e sais minerais produção terá uma textura

contidos em sua casca e de papa, nada agradável.


Técnica originária da Pérsia
e da Turquia, consiste na cocção
dos grãos a fim de deixá-los
180
tenros, soltos e leves.
Por tratar-se de uma técnica
(e não de uma receita), pode
ser aplicada a outros tipos de
o..
grãos, como lentilha e milho,
bastando apenas atentar para
a quantidade de líquido a
ser utilizada para cada grão.
Pode ser condimentado com
ervas e espeoanas.

400g
1\ ')
rend1111ento: 6 porções
+

Cl>
F AEPARO
INGREDIENTES Numa panela de tamanho
50 g de manteiga sem sal adequado, aqueça a manteiga

1 cebola em brunoise (ver p. 55) e sue* a cebola.


Adicione o arroz e frite um
300 g de arroz basmati (ou branco
pouco. Junte o fundo e o louro.
de grão longo) muito bem lavado
a. Quando começar a ferver; tampe,
"'
u 700 mi de fundo claro
leve ao forno preaquecido a
de ave (ver p. 62)
l 80ºC e cozinhe por 15 a 20
1 folha de louro m inutos, ou até que o líquido

sal e pi m enta-do-rei no preta tenha sido absorvido.


moída na hora Retire do forno e deixe
repousar um pouco.
Destampe e solte o arroz
cuidadosamente com uma
P.11 J fazei o
espátula ou garfo para
.uToz br.is1le1rn
veia rece1t,1 na liberar o vapor:
p. 183. Tempere com sal e pimenta.
Risota Para se produzir um bom manteiga e queijo, se

risoto, é necessário: indicado, depois da


Prato que explora as começar com um pouco chama apagada;
propriedades do arroz de gordura; servir o risoto
italiano, cujos grãos são tostar adequadamente imediatamente após
envoltos ::>or um amido os grãos; o preparo.

macio, conhecido como mexer constantemente Cada região (e até mesmo


amilopectina. Durante para que o amido se solte; família) da Itália prepara o
181
a cocção, o amido se usar panela de fundo risoto de maneira diferente.
dissolve, dando ao prato espesso para que haja calor Existem basicamente dois
a característica cremosa retido suficiente para estilos, que diferem quanto

peculiar dessa preparação. cozinhar o arroz em chama à consistência. Um deles é


Como complemento alta sem grudar no fundo; o estilo mais grudado (usado
aromático, o risoto leva • adicionar o líquido aos no Piemonte e na Emilia
sempre cebola e manteiga, poucos, evitando assim o Romana), e o outro, mais
mas qualquer ingrediente excesso de líquido no final solto (com abundância

poderá ser agregado a ele, do preparo; de líquido) ou all'onda,

complementando assim finalizar o risoto muito comum na região


o seu aroma. montando-o* com doVêneto.

400g

renu1mento: 6 porções O nsolo deve


ser ser v1do
1mcdiatamcnle
apó< o prep.110,
INGREDIENTES Numa panela de fundo largo,
e as sob1 as
1 20 g de manteiga sem sal gelada derreta 20 g de manteiga e sue'' podem sei
utilizadds 110
15 g de cebola em brunoise (ver p. 55) ligeiramente a cebola.
p1·eparn do
Acrescente o ar-roz e toste até que
350 g de arroz arborio nso ;11 5<111.o e
os grãos fiquem bem envoltos na dos c11c11K1111.
100 mi de vinho branco seco
manteiga e bem quentes.
1,250 litro de fundo claro de ave Acrescente o vinho branco e deixe
(ou mais, se necessário) (ver p. 62) secar completamente.

50 g de queijo parmesão ralado na hora Acrescente uma concha de fundo,

mexendo sempre. Quando secar,

acrescente mais uma concha e assim

sucessivamente, sem parar de mexer,

até que o ar-roz esteja ai dente.

Retire a panela do fogo e acrescente

a manteiga restante e o queijo

parmesão, mexendo até incorporar'.

Sirva imediatamente.
Variações

182

QUEIJO BRIE CO - _..,,' ....... ""U


"'
e rendimento 6 porções
e-

INGREDIENTES
1 receita básica de risota (ver p. 181) [ o

"' 300 g de presunto cru em lascas Incorpore ao risota pronto


"'
o queijo Brie e apenas 30 g
300 g de queijo Brie picado
e

<>
de parmesão.
<!.>
Sirva com as lascas de
presunto cru.

400g

Vl
Cl
�·

TOMATE, MANJERICAr c-5ARfLA


rendimento 6 porções

INGREDIENTES
Cl. 1 receita básica de risota
"'
u
(ver p. 181) No meio do cozimento

6 tomates concassés* da receita básica


acrescente 2 tomates
200 g de mussarela de
concassés e, no final, os
búfala picada
ingredientes restantes.
50 g de pinoli tostados

folhas de manjericão
FUNGHI
rendimento. 6 porções

INGREDIENTES
50 g de shimeji Salteie (ver p. 47) os cogumelos
183
50 g de shiitake na manteiga com o alho.

Tempere com sal e pimenta.


50 g de cogumelo-de-paris "'

Acrescente a salsa e reserve.


5 g de funghi secchi, bem lavado,
Faça o risoto conforme a
de molho em água morna por 1 hora o
receita básica e acrescente o u

20 g de manteiga sem sal salteado nos últimos 5 minutos.

dente de alho picado bem fino Finalize normalmente com

1 colher (sopa) de folhas de a manteiga e o parmesão.

salsa picadas

receita básica de risoto

(ver p. 181)

sal e pimenta-do-reino 400g

moída na hora

rendimento 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Divida o risoto em quatro Cl.
ro

600 g de sobras de risoto porções, faça bolinhas e '-'

100 g de manteiga sem sal achate-as como panquecas.

Coloque, uma a uma, numa

frigideira pequena e antiaderente

com 25 g de manteiga.

Achate sem apertar muito, deixe

dourar bem de um lado, depois

vire para dourar do outro.

Frite as outras bolinhas na

manteiga restante.
ARROl CINll
rendiment 6 porções

INGREDIENTES Misture 1 ovo ao risoto frio.


3 ovos Pegue 1 colher de sopa cheia do
184 300 g de receita básica de risoto risoto pronto, coloque na mão,

fria ou sobras (ver p. 181) faça uma cavidade e coloque o


recheio escolhido.
cubos de queijo de sua preferência
Bata os dois ovos restantes,
ou ragu alia bolognese (ver p. 200)
banhe os bolinhos.
farinha de rosca para empanar
Passe em seguida pela farinha de
óleo ou gordura vegetal rosca e leve à geladeira por 1 hora.
para fritar Frite por imersão (ver p. 45).
Em tamanho maior, pode ser
servido com salada de folhas verdes
variadas, ou, em tamanho menor,
como aperitivo.
400g

0)
C)
..
ARROl
rendimento porções

INGREDIENTES
50 mi de óleo

1 cebola em brunoise (ver p. 55) Numa panela de pressão, aqueça


o óleo e sue* a cebola com o sal.
300 g de arroz cateto integral
Cl.
Adicione o arroz e a água e
"'
u lavado e escorrido
cozinhe por 1 O minutos contados
1,2 litro de água
a partir do início da pressão.
O arroz 1nLegral sal
Abra a panela, verifique o
pode sei cozido em
p,mcla conve11c1onal: cozimento e sirva.

nesse caso, cozinhe Caso seja necessário, finalize


por mais tempo o cozimento com a panela
e aumente a
destampada e um pouco mais
qu,111t1d..ide de ;igua.
de água fer vente.
JAS
r !! 1 rr e 1 6 porções

INGREDIENTES Numa panela grande, coloque


300 g de arroz jasmine o arroz, a água e sal.
muito bem lavado Leve ao fogo e deixe levantar fe1-vura. 185
(6 a 7 vezes, até a água Cozinhe sem tampa. em fogo baixo,
sair transparente) e escorrido por 15 minutos.

2 litros de água Escorra rapidamente a água e coloque

o arroz novamente na panela.


sal
Cozinhe em fogo muito baixo até

que os grãos fiquem secos e macios

(aproximadamente 15 minutos).

Se preferir; cozinhe o arroz jasmine

como macarrão.

4DDg

rencl1mento. 6 porções

INGREDIENTES Numa panela, coloque o arroz


300 g de arroz selvagem selvagem. o fundo e sal e cozinhe

900 mi de fundo claro de ave (ver p. 62) em fogo baixo até que esteja

cozido, mas ainda firme.


60 g de manteiga sem sal
Escorra o líquido que sobrar:
l /2 maço de cebolinha
Numa frigideira. aqueça a
(parte branca) picada
manteiga e doure a parte branca
1 00 g de castanha-do-pará picada da cebolinha e a castanha-do-pará.
l /2 maço de cebolinha Acrescente o arroz. corrija o sal
(parte verde) picada e tempere com pimenta.

sal e pimenta-do-reino Retire do fogo e acrescente a

moída na hora parte verde da cebolinha.


186

<O
.e.
e Aveia
o
o

w
"C'l

<
"'
Pertence à famflia do trigo
e é murt:o rica em substâncias
nutritivas. A aveia é encontrada
inteira, em ílocos, moída fina ou
grossa. É usada no preparo de
400g mingaus, granolas, sopas, bolos
e biscoitos, ou como espessante .
.,,
o
....

m
GRANOLf r- '�
e.:
"' 1endi111ento. 8 porções
Cl.

E
()

PRFPAPO
INGREDIENTES Misture todos os ingredientes.
100 g de ílocos de milho Coloque numa assadeira a asse
Cl.
"'
<..> industrializados (sem açúcar) em forno preaquecido a 180ºC

30 g de semente de linhaça por 45 minutos ou até tostar


ligeiramente.
50 g de semente de gergelim
Deixe esfriar e guarde em potes
branco torrado
hermeticamente fechados.
20 g de semente de gergelim preto
Sirva com salada verde.
60 g de semente de girassol

50 g de aveia em flocos

1O g de sal grosso

50 mi de azeite de oliva

extravirgem
Couscous marroquino

Presente em grande parte Esse é o couscous cru que


da região mediten-ânea e feito ainda deverá ser cozido no
a partir da semolina, pode ser vapor. No processo industrial,
produzido por processos o couscous marroquino 187
ar tesanal e industrial. No arte- encontrado no comércio
sanai, a semolina é umedecida e vendido geralmente
com água e sal ao mesmo em caixinhas, as pequenas
tempo em que é trabalhada bolinhas de massa são
com as mãos em movimen- produzidas através de
tos circulares, formando prensagem, depois pré-
pequenos grânulos que são cozidas e secas. Basta
depois secos e peneirados. reidr·atar e empregar.

COUSCOUS MARROQUINO
400g
rendimento· 6 porções

INGREDIENTES Aqueça a manteiga e


100 g de manteiga sem sal salteie (ver p. 47) a cebola.

70 g de cebola ralada Junte as frutas secas e

salteie até ficarem macias.


70 g de damasco azedo em tiras
Adicione o vinho, deixe "'
40 g de uva passa branca
reduzir* até secar e reserve. ."'.
::J

40 g de uva passa preta


Coloque o couscous a.
ro

250 mi de vinho branco seco numa tigela.


'-'

300 g de couscous marroquino Numa panela, ferva a água

e despeje sobre o couscous.


300 mi de água
Tampe, deixe descansar por
sal e pimenta-do-reino
5 minutos e depois afofe
moída na hora
com um garfo.

Adicione as frutas secas

salteadas, misture bem

e ajuste o tempero.
Fe1iao

188
Muito rico em proteína, é As variedades mais
o ingrediente principal de um facilmente encontradas
dos pratos mais consumidos no Brasil são o carioca,
em nosso país, para o qual é o preto, o roxinho, o
cozido, com caldo e temperos. fradinho, o feijão-de-corda,
a;

O feijão cozido pode entrar o mulatinho, o branco,

m
na preparação de saladas, o jalo, o rosinha, o rajado
acompanhamentos, purês ou (feijão-verde) e o canário.
como ingrediente em sopas
e cozidos.

400g

1
tJJ
,
+•
,. FEIJÕES p•rA IT�l" rr ... MNGA
a.>
F rendimento: 6 porções
cu
.L
e.
m
e�

f
INGREDIENTES
1 00 g de feijão-branco cozido
C')
PREPARO
Lt')
100 g de feijão-rajado cozido Misture os feijões com a pimenta

a cebola-roxa e tempere
1 00 g de feijão-preto cozido
=> e
-
a.
com sal, suco de limão e azeite.
100 g de feijão-carioca cozido
m
(_)

Deixe descansar por pelo


1 pimenta-dedo-de-moça, menos 3 horas antes de servir.
sem semente, bem picada Na hora de servir, acrescente a
1 cebola-roxa em brunoise (ver p. 55) manga e o coentro picado. Ideal

40 mi de suco de limão para acompanhar peixes


grelhados ou empanados.
100 mi de azeite de oliva extravirgem

300 g de manga em cubos


2 colheres (sopa) de folhas de

coentro picadas

sal
rendimento. 6 porções

R p_rr
189
INGREDIENTES Escorra o feijão da água em que esteve
400 g de feijão-branco deixado de molho e reserve numa tigela.
de molho na véspera Numa panela grande. sue* no azeite o alho,

50 mi de azeite de oliva extravirgem a cebola, o louro e a erva-doce em fogo alto,


até a cebola murchar.
3 dentes de alho p icados
Acrescente as carnes e a lin güiça e refogue .

200 g de cebola pic ada


mexendo de vez em quando, por 15 minutos.
3 folhas de louro Junte o tomate, o vinho e 6 xícaras de água,
1 colher (chá) de semente de erva-doce tampe e cozinhe em fogo baixo até as carnes

400 g de lombo de porco ficarem macias. cerca de 1 hora, adicionando


mais água semp1·e que secar.
SOO g de costela de porco defumada
Numa tigela. misture a salsa, o bacon, o alho
400g
2 coxas com sobrecoxa de frango.
e a farinha de rosca e reserve.
sem pele e com osso, ou confit de pato sem
Com uma escumadeira, retire as carnes
gordura (ver p. 29 1)
e a lingüiça e reserve numa ti gela.
300 g de lingüiça tipo calabresa em Misture o feijão ao caldo que ficou na panela,
rodelas de 3 cm ad icione metade da água restante, tampe e
500 g de tomate concassé·*· cozinhe em fogo médio, mexendo de vez em

200 mi de vinho branco seco quando. por cerca de 1 hora e 15 min utos ,

ou até o feijã o ficar macio.


18 xícaras de água quente (aproximadamente)
Se necessário, acrescente mais água à medida
folhas de l /3 de maço de salsa picadas
que for secando. Acrescente as carnes e a lingüiça Cl.
ro

S g de bacon bem picado reservadas à panela. Verifique o tempero. O feijão


u

dente de alho amassado deve ficar com uma quantidade de caldo razoável.

1 50 g de farinha rosca T1-ansfira tudo para uma travessa de barro e

polvilhe com u m a camada fina da mistura de salsa.


sal
Leve ao forno preaquecido a 1 80ºC, quando
começar a gratinar, revolva a mistura de salsa para

den tro do feijão (isso ajuda a espessar o caldo

do feij ão) e po lvilhe com mais um pouco.

Repita a operação mais 2 vezes, na última vez

deixe gratinar bem. Sirva bem quente .


Grão-de-bico

190

ro
.e:
Legu m inosa de grãos arredonda­
e:
dos, é rica em amido e proteínas.
N
(.) Encontrada apenas seca, deve ser
u

Q)
colocada de molho por algumas
o
horas e cozida por tempo suficiente

para que fique macia. É um ingre­

diente importante na cozinha árabe.

400g

rendimento: 6 porções
V>
()
...
e
QJ
E:
PREPARO
cu
.s:.. INGREDIENTES Deixe o grão- de-bico de molho por
e
"' 500 g de grão-de-bico pelo menos 12 horas.
"'
r
n 3 litros de água Escorra, coloque numa panela com

água fria, leve ao fogo para ferver.


70 mi de suco de limão
Retire a espuma que for se formando
3 dentes de alho amassados
na superfície.
a.
ro
'-' 80 g de tahine (pasta de gergelim) Reduza o fogo, tampe a panela e
100 mi de azeite de oliva extravirgem cozinhe por- cerca de 2 horas, ou

sal até que os grãos estejam bem macios.

Pa1·a facilitar il retwada da : Escorra e reserve o líquido.

pele do grão-de-bico, : Retire a pele do grão-de-bico.


depois de cozido, mas ! Coloque o grão-de-bico, o suco de
c11nda firme, espalhe-o
limão, o alho e o tahine no proces sador.
sobre a metade de um
pilno de prato seco e Bata até ficar bem liso, adicionando o
dobre a outra metade azeite e parte do líquido do cozimento.
por cim;i. Esf regue os
Acerte o sal se necessário.
grãos. Isso vai facilitar a
remoção da pele. :
Leguminosa
de sabor marcante, rica
ctl em amido, a lentilha pode
..r::::.
ser consumida em
+-'
e
Q)
sopas, cozidos, saladas 191
.....J
ou caldos, como
acompanhamento e no
preparo de purês.
N

rendimento: 6 porções

l
"'
PPEPARO
INGREDIENTES Escorra a lentilha e cozinhe com
150 g de lentilha deixada de molho por 1 hora 3 xícaras de água por 25 minutos. 400g
1 cebola pequena picada Escorra novamente e cozinhe com
mais um pouco de água até que
2 colheres (sopa) de azeite
esteja macia, mas sem se desfazer.
de oliva extravirgem Cl>
Enquanto isso, sue* a cebola em
dente de alho amassado
metade do azeite até dourar.
m
1 talo de salsão em brunoise (ver p. 55) Junte o alho e 1 minuto depois o
()
4 cebolinhas (partes verde salsão e a parte branca da cebolinha u

e branca separadas) picadas e refogue rapidamente.

1 colher (chá) de folhas de tomilho picadas Tempere com sal e pimenta e reserve.
Quando a lentilha estiver quase cozida,
1 O pontas de aspargo branqueadas*
junte os ingredientes refogados e
1 O tomates-cereja cortados ao meio
termine o cozimento com o fogo
suco de l /2 limão-siciliano desligado (só no "bafo").
1 colher (sopa) de xarope de romã Escorra a lentilha e misture com

1 /2 colher (chá) de cominho em pó o aspargo, o tomate-cereja, a parte


verde da cebolinha e o azeite restante.
1 colher (chá) de coentro em pó
Sirva quente como acompanhamento.
sal e pimenta-do-reino
Para servir como salada, misture o
moída na hora
suco de limão-siciliano, o xarope de
romã, o cominho e o coentro quando
a lentilha estiver quase fria.
Mllt o

Grão

que pode ser

consumido fresco, seco ou


192
na forma de seus muitos

derivados: farinha de milho,

fubá, farinha flocada,

quirela, canjiquinha

etc.
ru

ro

rendimento· 6 porções

1
400g
INGREDIENTES Lave a quirera, coloque numa tigela,


150 g de quirera (milho partido) cubra com água fi·ia e deixe de molho
()

50 mi de azeite de oliva extravirgem até o dia seguinte.


Ql

l Numa panela, aqueça o azeite em


m 2 dentes de alho amassados
fogo alto. junte o alho e salteie
cebola média em brunoise (ver p. 55)
(ver p. 47), mexendo sempre, até
() 2 tomates grandes maduros, dourar ligeiramente.
sem semente, picados Acrescente a cebola e sue* mais

150 mi de água (aproximadamente) um pouco, mexendo até ficai- macia.

Cl.
folhas de salsa e cebolinha picadas Esco1-ra bem a quire1·a, coloque na
ro
u
panela e refogue, mexendo sempre,
sal e pimenta-do-reino
por cerca de 3 minutos.
moída na hora
Acrescente o tomate e a água,

tempere com sal e pimenta e ferva.

Reduza o fogo e cozinhe até que a

quirera esteja bem macia e quase

sem caldo.
Tire do fogo, coloque numa travessa,

salpique salsa e cebolinha e leve

à mesa.
193

1P.11di111 � n I u 6 porções

INGREDIENTES
400g
1,8 litro de água

1 colhei· (sopa) de sal Numa panela grande , ferva

a água, o sal e a manteiga.


2 1 /2 colheres (sopa) de
Assim que a água começar
manteiga sem sal
a ferver. abaixe o fogo e
400 g de fubá mimoso
junte o fubá aos poucos,
queijo parmesão ralado para polvilhar mexendo sem parar até

o final do cozimento pa1·a

que não empelote.

Para um perfeito cozimento, Cl.


"'
é importante que a polenta
(_)

cozinhe por 30 minutos em

fogo baixo.

Despeje num refratário e

salpique com parmesão.

O fubá pode ser substituído

por farinha de trigo, trigo ­

sarraceno, farinha de

castanha, farinha de milho

branco ou farinha de

milho amarelo .
194

m
.L
Quinoa
C"

"'
()
<>

QJ
�)
Considerada um pseudocereal,
possui valor protéico comparável
ao da caseína do leite e não contém
glúten. Pode ser encontrada em
grãos, ílocos e farinhas.

400g

IJ)
o
�·
e:
SJ\I l\nl\ ,.. r • 1n
C1>
E: 1enrl1mento 6 porções
m
.L.
['"
ru
e. r-
E'"
o INGREDIENTES Coloque a quinoa de molho
250 g de quinoa em água fria por 1 hora.

150 g de aspargo verde branqueado* Enquanto isso, corte o aspargo,

Cl. a couve-flor e o salsão em


m 150 g de couve-flor branqueada
u
cubos uniformes.
3 talos de salsão branqueados
Numa panela, cozinhe a quinoa
40 mi de suco de limão no dobro do volume de água

120 mi de azeite de oliva extravirgem até ela crescer e ficar macia.

pimenta-dedo-de-moça, Deixe esfriar.

sem semente, picada Prepare um vinagrete com


o limão, o azeite, a pime nta
sal
e o sal.
Quatro horas antes de servir;
misture as hor taliças c om
a quinoa e o vinagrete.
195

Assim como o trigo, a soja

produz muitos derivados, seu N

consumo é mais disseminado que


o do grão inteiro. Muito presente

na cozinha vegetariana, os principais

subprodutos da soja são o leite,


o óleo, a proteína texturizada

(ou carne de soja), a farinha, o

queijo (tofu) e o molho de soja.

400g

SOJA
rendimento: 6 porções

INGREDIENTES

xícara de PTS (proteína texturizada de soja) PREPARO

deixada de molho por 4 horas Esprema bem a PTS e o trigo.

Misture todos os ingredientes,


1 xícara de trigo para quibe
exceto a manteiga e os pinoli
deixado de molho por 4 horas e.
co
e amasse até formar uma CJ

xícara de ricota passada pela peneira


massa homogênea.
30 mi de molho de soja Coloque a massa numa fôrma
1 /2 cebola em brunoise (ver p. 55) refratária de 20 cm x 30 cm,

1 /4 de xícara de folhas de hortelã picadas cubra com pequenos pedaços

de manteiga e polvilhe os pinoli.


1 /4 de xícara de folhas de salsa picadas
Asse até secar e dourar
1 ovo
levemente, em forno
1 xícara de farinha de rosca (aproximadamente)
preaquecido a l 80ºC.
3 colheres (sopa) de manteiga sem sal

3 colheres (sopa) de pinoli


Trigo

O trigo é muito utilizado na cozinha na forma de farinha, no preparo de


pães e massas. O trigo integral aparece cozido em saladas, granolas e mingaus.
Seus principais subprodutos são:
196

PRODU��ESCRIÇÃO __ J PRINCIPAIS USOS


cozido, em saladas; como
acompanhamento para carnes

- n1 L r> e�,rJI queb1 ldv Plll p C' 1 mde ' em cozidos


GRAO QUEBRA � ' ,on+1 e• r vt1 u€ m,11< 1111)5_0 ou l,no
_L__
1 u0 cf_ tri ,o poltdO F f•tne11 JdO, sem O (1 ffiE
kibe, saladas, cozido
SEMOLINA e is 1; P encc..rJddo Fm d1f e'lt �rdr>uldǕ>E:'

f elo do perme, Pm ílc..co massas, couscous, polentas


GERME

r10 , f11o tr"1 lor 1,i,l'.'! em f< 1nhd em pães, cereais matinais, sopas
FARINHA INTEGRAL pe>r ffiôd6.m e como suplemento de fibras
400g ������

gr-io· polid�<;, ordc<; fin.11rr nt pães e massas


"'
FARINHA BRANCA
()
>J
e
<1>
f'
"'

e..
"'
u
rendimcnlo 6 porções
E
(1

INGREDIENTES
200 g de trigo para quibe CF �RO
e_
"' folhas de 2 maços de salsa picadas Lave o trigo, deixe de molho em
u

água fria por 15 minutos e escorra.


folhas de 1 maço de hortelã picadas
Esprema bem com as mãos
l /2 maço de cebolinha picada
para retirar toda a água.
1 cebola em brunoise (ver p. 55) Misture o trigo aos demais

4 tomates maduros concassés* ingredientes secos.

120 mi de suco de limão Tempere com o limão, azeite

e sal e sirva acompanhado


azeite de oliva extravirgem
de folhas de alface ou de folhas
sal
tenras de parreira.
folhas de alface ou de

parreira para acompanhar


197
A massa de macarrão é feita de o consumo ocorre em larga escala,

farinha de trigo misturada a algum muitas variações foram criadas através

elemento líquido. que pode ser água do incremento de outros ingredientes.

ou ovos. A massa de melhor qualidade tais como a farinha de semolina, o trigo

é aquela feita a partir da farinha do trigo de grano duro, o trigo-sarraceno.

de grão duro.

Há duas categorias de massas: as As massas italianas podem ser

industrializadas e as feitas à mão. divididas em quatro grupos:

A massa industrializada é feita com Longas (tiras): fettuccine, spaghetti,

a farinha de trigo duro ou semolina e capellini, lasagna, tagliatelle etc.

água, ou trigo comum e ovos. Também Curtas (tubos): rigatoni, manicotti,

poaem ser coloridas com puré de ziti, penne, spira etc. 400g

vegetais (espinafre, tomate etc.). • Formas: conchiglie, farfalle, fusilli,

Ambas são comercializadas secas, rotelle, orzo etc.

em diferentes formatos. Recheadas: ravioli. cappelletti,

A massa feita à mão (conhecida cannelloni etc.

como fresca) é sempre feita com

farinha e ovos e pode também ser A escolha do tipo de molho é

colorida ou conter um pouco fundamental para o sucesso da

de óleo ou azeite. massa. Prefira sempre um molho que

Em geral, usa-se 1 00 g de farinha complemente o sabor da massa


Q_

para cada ovo inteiro. É possível escolhida, evitando grandes contrastes ro


u

também substituir o ovo inteiro por ou molhos que roubem o seu sabor.

50 mi de água ou 2 gemas, diminuindo Massas longas pedem molhos de

progressivamente até chegar a 1 kg textura leve, pois este adere melhor

de farinha para 7 ovos. à massa. Massas e tubos curtos pedem

Prato muito comum em diversos molhos mais ricos e "pedaçudos", que

países, a massa é muito consumida e entram nas cavidades e podem ser

apreciada. Em países como a Itália, onde espetados com o garfo.


198

Para cozinhar a massa deve-se: Caso se pretenda servir a massa

• usar 1 litro de água para cada 100 g imediatamente, deve-se agregar o molho
u de massa a ser cozida; logo após tê-la escorrido, misturando

• salgar a água ( 1 colher de chá de sal tudo ou colocando pequenas porções

por litro de água); de molho sobre a massa regada com


• mergulhar a massa na água apenas um pouco de azeite ou manteiga.

quando esta estiver em ebulição; Em caso de pré-preparo, a massa

• cozinhar durante o tempo necessário, deve ser cozida até pouco antes do

deixando a massa cozida mas ainda ponto desejado, resfriada* e envolta

resistente à mordida (ai dente); em pequena quantidade de óleo


400g
• após cozida, escorrer imediatamente ou azeite para que não grude.

a massa.

e..
Q)

ro

MASSA R BASICAl
ro
rendimento: B porções
E
C>

PREPARO
INGREDIENTES Coloque a farinha numa tigela ou numa

Cl.. kg de farinha de trigo superfície própria para esse fim.


rn

Faça um buraco no centro (formando um


u

7 a 9 ovos
vulcão) e coloque os ovos, o azeite e o sal.
1 O mi de azeite de oliva extravirgem
Sove* a massa até ela ficar homogênea, lisa
5 g de sal
e elástica.
farinha de trigo para polvilhar Deixe a massa descansar envolta em filme

plástico por pelo menos 30 minutos na

geladeira antes de abrir.

Abra a massa sobre uma superfície polvilha­

da com farinha com um rolo de macarrão

ou com a ajuda de uma máquina, corte

conforme desejado e recheie, se quiser.


199

1 receita de massa básica + 1 receita de massa básica +

100 g de folhas de espinafre 8 pacotinhos de açafrão

cozidas e batidas no

liquidificador

1 receita de massa básica +


5 dentes de alho

1 receita de massa básica +

1 00 g de extrato de tomate

400g

rendimento. porções

INGREDIENTES
1 receita básica (ver p. 198)

700 g de folhas de espinafre Faça a receita básica e reserve. Ln

Branqueie* o espinafre. esprema para


o

350 mi de água ::>


....

retirar o excesso de água e bata Cl.

400 g de ricota fresca ro


'-'
no liquidificador.
100 g de creme de leite fresco Passe a ricota pela peneira e misture-a

240 g de queijo parmesão ralado com o creme de leite, o parmesão,

2 ovos o espinafre, noz-moscada, sal e pimenta.

Junte os ovos e misture bem.


noz-moscada ralada na hora
Abra a massa e recheie.
sal e pimenta-do-reino
Feche bem com a ajuda de um garfo.
moída na hora
Leve à geladeira e cozinhe no

mesmo dia.

Sirva passado na manteiga derretida

ou com o molho de sua preferência.


rcndomcnl 6 porções

INGREDIENTES Em pa nela de fundo largo, leve o azeite


15 mi de azeite de oliva extravirgem e a pancetta ao fogo alto até que esta

30 g de pancetta ou toicinho defumado tenha soltado bastante gordura,


200
ain da sem t er dourado.
1 cenoura gra nde b em picada
Reduza o fogo para moderado e junte
2 talos de salsão bem pica dos
a cenoura, o salsão, a cebola, a cebolinha
1/2 cebola média be m picada e o alho e cozinhe até a cebola ficar
20 g de cebolinha (parte branca) transparente. junte a carne e cozinhe,
bem picada mexendo consta ntemente , até que ela

2 den tes de alho amassados perca a coloração vermelha e fique

quase dourada.
600 g de carne magra moída apenas 1 vez
Adicione o vinho. Dilua o extrato de
120 mi de vinho branco seco
tomate no fundo e junte ao molho,
65 g de extrato de tomate acrescentando também o tomate pelado.
lata de tom ate pelado, sem semente , picado Misture bem e abaixe o fogo.
400g
200 mi de fundo claro bovino ou Cozinhe com a panela parcialmente

,, de ave (ver p. 62)


coberta, j un t an do em inter valos,
2 colheres de sopa de leite de cada vez,
350 mi de leite
a té terminar o leite e o cozimento.
sal e pimenta-do-reino moída na hora
Sirva com fusili.

MO
rendimento 200 mi
e.
"'
(_)

INGREDIENTES Bata todos os ingre die ntes no

100 g de folhas de manjericão liquidificador ou, se preferir.

picadas use o método tradicional: amasse

1 dente de alho num pilão o m anje ricão, o alho,

o parmesão, os pinoli e o sal .


30 g de queijo parmesão ralado
Adicione o azeite aos poucos
1 5 g de pinoli tostados
e misture.
5 g de sal Sirva com penne ou spaghetti.
1 00 mi de azeite de
oliva extravirgem
201

1end1me11tn 6 porções

INGREDIENTES Numa panela, derreta a manteiga


100 g de manteiga sem sal e acrescente o creme de leite.

500 mi de creme de leite fresco Deixe reduzir* até engrossar

ligeiramente.
200 g de queijo parmesão ralado
Retire do fogo, acrescente o
sal e pimenta-do-reino moída na hora
queijo parmesão, sal e pimenta.

Sirva com fettuccine.


400g

rendimento. 500 mi

INGREDIENTES Numa panela. aqueça a manteiga e sue';'

50 g de manteiga sem sal a cebola, adicionando sal para que perca a.


co
u

2 cebolas fatiadas a umidade, até quase dourar.

Retire a cebola e reserve.


raspa de 1 limão-siciliano
Na mesma panela, coloque a raspa
raspa de 1 limão Taiti
e o suco de limão e cozinhe por mais
suco de 1/2 limão Taiti 1 minuto.

50 mi de vinho branco seco Adicione o vinho branco e reduza'*.

500 mi de creme de leite fresco Junte o creme de leite e cozinhe até

a consistência de nappé* leve.


sal e pimenta-do-reino
Ajuste o tempero e sirva com a massa,
moída na hora
com a cebola por cima.
Sirva com spaghetti.
o
6.

o
njustiçados

pela célebre frase:

"Não sei nem fritar um ovo!",

os ovos necessitam de técnica e cuidado ao

serem preparados. Cozidos, fritos, escalfados,

moles, mexidos, estrelados; em omeletes,

fritadas, suflês; agentes estruturais na confeitaria,

espessantes de molhos e cremes,

liga de massas de tortas e biscoitos.

E a lista continua, provando que estamos

diante de um dos ingredientes

mais versáteis da

cozinha.
A gema se solidifica em temperaturas 205
Neste capítulo falaremos das técnicas

de preparo dos ovos em si e também entre 75ºC e 80ºC, e sua cor pode

de produções que o levam em grande variar de acordo com a alimentação da

quantidade. galinha (que às vezes contém corante).

O ovo é um dos ingredientes A presença de uma pequena mancha

indispensáveis na cozinha. Sem ele, vermelha na gema não significa que o

muitas receitas seriam inviáveis, pois ovo esteja impróprio para o consumo,
sua capacidade de engrossar, aerar mas sim de que este foi fecundado

e emulsificar é fundamental. (é também chamado ovo galado).

A casca, composta de carbonato A clara constitui dois terços do ovo


400g
de cálcio, previne a entrada de e contém água e albumina. Esta é a

microorganismos e o escape da proteína responsável pela retenção

umidade, além de proteger o ovo de ar em cápsulas quando as claras

durante o manuseio e o transporte. são batidas. A albumina se coagula,

A cor pode variar de branca a marram, tornando-se firme e opaca em

isso, no entanto, não influi na qualidade, temperaturas entre 65ºC e 70ºC.


o
no sabor ou 10 valor nutricional do
ovo, apenas indica a raça da galinha. O cordão do ovo, composto de fibras
o..
de albumina, mantém a gema presa à rn
u
A gema, porção amarela do ovo, clara e é tão comestível quanto à clara

constitui apenas um terço deste, mas e a gema. Quanto mais saliente for o

contém três quartos de suas calorias, cordão, mais fresco será o ovo.

a maior parte dos minerais e vitaminas,

além de toda a gordura. Também

contém lecitina, complexo responsável

pela emulsificação* em produções

como a sauce hollandaise e a maionese.


COMPRA
206
Teste da flutuação Para fazermos ovos Para a doçaria portuguesa,
<O Leva em conta a cozidos é melhor não usar por exemplo, que utiliza mui-
.e
e: capacidade do ovo boiar. ovos extremamente frescos, tas gemas, é mais conveniente
N
o O ovo fresco está preen- pois seu conteúdo está tão comprá-las em separado.
u
chido por clara, gema e uma aderido à membrana que No mercado brasileiro
Q)
-o
pequena camada de ar. Com será difícil descascá-los. encontramos basicamente
"'
"' o passar do tempo, ocorre a Um ovo com aproximada- estes tamanhos de ovo:
u

evaporação de parte do líqui- mente uma semana é ideal


e:
Tamanho Peso
u

•Q)
do do ovo, formando assim para esse preparo. Já para
jumbo acima de 65 g
uma bolsa de ar. Quanto fazermos um ovo escalfado,
extra de 60 g a 65 g
maior o tempo, maior a a consistência espessa de um
400g evaporação e maior a bolsa ovo recém-posto é perfeita. grande de 55 g a 59 g

de ar; portanto, maior a Ovos mais velhos (com duas médio de 50 g a 54 g


ílutuação. Por isso, se o ovo a três semanas), são menos
pequeno de 49 g a 45 g
estiver estragado ele bóia. viscosos e ficam perfeitos em
massas, bolos e suflês. Ovos abaixo de 45 g são
Teste da disperção Dependendo do uso que destinados à indústria.
e.o

o Leva em conta a mudança daremos ao ovo, convém Apesar dessa classificação,


::>
na consistência do ovo. Com comprar ovos pasteurizados. existe grande variação no
e. o passar do tempo, o conteú- A pasteurização é um pro- peso dos ovos encontrados
"'
u
do do ovo vai se tornando cesso que elimina as bactérias no mercado. Por isso, quando
menos viscoso. patogênicas através do aque- houver necessidade de
cimento a altas temperaturas precisão (como em receitas
O mais importante ao em curto espaço de tempo de confeitaria, por exemplo),
verificar o frescor de um e do posterior resfriamento. pese os ovos sem a casca.
ovo é cer tificar-se de que ele Comercialmente, é bastante Caso seja preciso adequar
está adequado ao consumo. interessante, não só pela o peso do ovo à receita que
Contudo, quando se tem ovos questão da segurança alimen- irá utilizar; lembre-se sempre
mais velhos e mais novos tar; mas também porque se de bater os ovos ligeiramente
disponíveis, pode-se escolher pode escolher entre comprar primeiro (para misturar a
aquele que mais se adapta ovos inteiros, apenas claras clara com a gema) e então
ao que se pretende fazer. ou apenas gemas. dividi-lo.
207

ARMAZENAGEM
Os ovos podem ficar na •
geladeira por até 15 dias •

desde que guardados com •
a ponta para baixo (para que MODO DE FAZER
a gema fique centralizada)
• Formados por duas partes
e longe dos alimentos de bem diferentes - clara e
cheiro forte. gema -, os ovos precisam
Ovos inteiros abertos de muita atenção durante
duram 2 dias em geladeira, o preparo, pois cada uma
assim como as gemas. Já as dessas partes tem um ponto 400g
claras podem se guardadas de solidificação diferente.
por até uma semana. Ovos Essa diferença, se bem usada,
cozidos com casca duram 4 permite que se faça, por
dias em geladeira; sem casca, exemplo, um ovo estrelado
2 dias. Claras e gemas tam­ com a gema mole. Mas, se
bém podem ser congeladas não for tomado o devido o

separadamente. Ovos cozidos cuidado, o resultado pode

• não podem ser congelados. ser um ovo com a gema o..

ro

firme e a clara borrachuda. (..)

A seguir, veremos os vários


• preparas com ovos e suas
.... . .... . - particularidades.
º�º
208 [$ HH l J\00

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l 1

400g

ovo
rendimento· porção
o

a.
"' INGREDIENTES Aqueça levemente uma frigideira
u
5 g de manteiga clarificada* antiaderente, adicione a manteiga e

1 ovo tempere com sal (o sal não deve ser

colocado diretamente sobre a gema,


sal
pois isso a deixará manchada).

Quebre o ovo cuidadosamente

na frigideira.

Tampe e cozinhe em fogo baixo

até que a clara esteja cozida, mas

ainda macia, e a gema ainda crua.

Tome cuidado para não deixar

partes da clara crua.


209

\O HllT

400g
��li a modelar
o ovo ft ·to.
b.1sta queb1 a­
lo dcnt10 de
Jlll COI tadu1
1Pdondo.
rendimento porção

INGREDIENTES Numa fri gideira, aqueça o a.

ro

50 mi de óleo óleo em fogo alto.

ovo Abaixe o fogo e quebre

o ovo cuidadosamente.
sal
Com uma colher; coloque

parte da clara sobre

a gema. para protegê-la.

Frite po1· aproximadamente

1 min uto ou até que a clara

esteja dourada.

Escorra sobre papel ab sorvente,

polvilhe com sal e sirva.


OVO ME.XIOO

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o

rendimento: 1 porção
e

•QJ

PREPARO
INGREDIENTES EM BANHO-MARIA
400g
2 OVOS Leve uma panela com água ao fogo para ferver.

30 mi de creme de Numa tigela, queb re os ovos, tempere com

sal e pimenta e adicione o creme de leite.


leite fresco
Em outra tigela, de tamanho adequado para
1 O g de manteiga sem sal
colocar sobre o banho-maria*, leve a manteiga
sal e pimenta-do-reino
para aquecer. Adicione os ovos batidos e cozinhe,
o moída na hora
raspando o fundo da tigela com uma espátula,

retirando os grumos cozidos do ovo, sem


Cl.
"' quebrá-los demais. Retire do fogo quando
u

ainda estiverem úmidos e macios.

SOBRE FOGO DIRETO


Numa frigideira antiaderente, aqueça a manteiga.

Numa tigela, quebre os ovos, tempere com sal


e pimenta e adicione o creme de leite.

Despeje a mistura na frigideira com a manteiga


Ao fazer ovos

mexidos, tome aquecida e cozinhe, raspando o fundo da frigi­


cuidado para deira com uma espátula, retirando os grumos
não m exer
cozidos do ovo, sem quebrá-los demais.
demais e
Retire do fogo quando ainda estiverem úmidos
transformá-los
num creme. e macios.
211

Pode-se cozinhar

um ovo por muito ou pouco tempo,

mas procure sempre iniciar o processo

com o ovo em temperatura ambiente

ou em água fria (caso o ovo esteja gelado).

Coloque o ovo numa panela com água

fervente levemente salgada, e comece a contar


o tempo quando a água ferver: Escorra e mer­

gulhe os ovos em água fria para interromper a 400g


cocção e para que a casca se solte com mais

facilidade ao descascá-lo. Para ovos moles,

cozinhe de 3 a 4 minutos a partir da fervura;


e para ovos duros, cozinhe de 8 a 1O

minutos a partir da fervura. O ideal


co
é utilizá-los em seguida, mas se o

não for possível, mantenha-os

mergulhados em água fria a.


co
até o momento (,,)

do uso.

l
) .. t ••• • • �' 1'

212

N
o
u

"'
<>

r�ndimento· 1 porção
400g

r
INGREDIENTES Leve uma panela com a água

SOO mi de água ou fundo para aquecer, adicione o vinagre

de sua prefêrencia e mantenha a temperatura

15 mi de vinagre em 85ºC (fervura branda*).


o

Abaixe bem o fogo.


1 ovo
Quebre o ovo numa xícara.
e.

"'
Se um pedaço de casca cair no

ovo, tire-a.

Se a gema quebrar, use o ovo


para outra finalidade.

Com cuidado, coloque o ovo

na água fervendo e cozinhe

por 3 a 5 minutos.
Retire o ovo da panela com

uma escumadeira e coloque-o

numa tigela com água fria para


interromper o cozimento.

Apare as bordas com uma faca e

sirva ou use na receita desejada.


-(
-"'. :_


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213

(���
(
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400g

a.

rn
u

rendimento· 1 porção

INGREDIENTES Prepare a sauce hollandaise


sauce hollandaise (ver p. 104) e mantenha-a aquecida.

1 fatia de pão de fôrma Corte o pão em uma rodela

do formato do ovo e toste.


1 fatia de lombo canadense
Disponha sobre o pão a fatia
1 ovo escalfado (ver p. 212)
de lombo canadense e o ovo

escalfado (poché) e cubra com

a sauce hollandaise.
ovo
ASSADO
214
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r't)' ,
400g

OVOS cocr.nTi: rn "T'l 1"Tf F HIVAS


rendimento· 1 porção

PREPARO
e. INGREDIENTES Tempere o tomate com sal e
m
u 1 tomate concassé* pimenta, o azeite e as ervas.

15 mi de azeite de oliva extravirgem Unte um ramequim* e disponha


no fundo o tomate temperado.
l /2 colher (chá) de folhas de manjericão
Quebre os ovos por cima e cubra
e tomilho picadas
com papel-alumínio.
2 OVOS
Leve ao forno preaquecido a l 80ºC.
sal e pimenta-do-reino em banho-maria*, e cozinhe de
moída na hora 15 a 20 minutos até que estejam

manteiga sem sal para untar com as claras cozidas e as gemas


ainda ligeiramente cruas.
OMELETE

215

<O

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Cl
u

r e e1

lVl1 pi tl úU Ll1
ob1 m 1 ( 111J o fP u1
u
1 11 elele- 1 , 0111.t Zid <!)

400g

C.I L L n

rendimento: 1 porção

PREPARO
co
INGREDIENTES Aqueça uma sauteuse (ver p. 27)
o
15 mi de manteiga clarificada* e coloque a manteiga clarificada.
3 ovos Bata os ovos numa tigela pequena,
Cl.
tempere com sal e pimenta. <O
sal e pimenta-do-reino moída
Despeje os ovos na sauteuse e
na hora
cozinhe por cerca de 1 O segundos
ou até eles começarem a solidificar-se.
Com uma colher. coloque o recheio
escolhido sobre a parte central
dos ovos e cozinhe por mais Sugestões de
recheio para a
20 a 30 segundos. omelete: queijo
Quando estiver cozida, leve os prato picado,
lados da omelete em direção presunto cozido
picado ou cogume­
ao centro, como se fosse
lo-de-paris fatiado
dobrar ao meio. salteado (ver p. 47)
Sirva imediatamente. na mante iga.
216

"'
-<-
e_

N
C>
(.)

"'
o

rendimento: 1 porção

INGREDIENTES Aqueça uma sauteuse (ver p. 27)


15 mi de manteiga clarificada* e coloque a manteiga clarificada.
400g
3 ovos Bata os ovos numa tigela pequena,
tempere com sal e pimenta.
sal e pimenta-do-reino
Despeje os ovos na sauteuse e
moída na hora
cozinhe por cerca de 1 O segundos.
Vá soltando e empurrando as bordas
já cozidas para o centro, cozinhe
o
por mais 20 a 30 segundos.
Quando estiver cozida, dobre
Cl.
«> a omelete em três e transfira
cuidadosamente para o prato
de serviço.
Caso deseje rechear a omelete,
faça um corte longitudinal central
e introduza o recheio.
217

rend1menlo. 2 porções

INGREDIENTES Numa chapa, doure as rodelas de


200 g de abobrinha em rodelas abobrinha até que fiquem macias.
400g
15 mi de azeite de oliva extravirgem Numa sauteuse (ver p. 27), aqueça

o azeite e salteie (ver p. 47) a cebola.


100 g de cebola em rodelas
Numa tigela, junte os ovos, a abobrinha,
3 ovos
o Gruyere e a cebola, tempere com
50 g de queijo Gruyere ralado sal e pimenta e misture bem.
15 mi de manteiga clarificada* Numa sauteuse, aqueça a manteiga
"'

sal e pimenta-do-reino clarificada e despeje a mistura de ovos.

moída na hora Cozinhe lentamente até os ovos ficarem


Cl.

sólidos e, com cuidado, vá desgrudando "'


u

os ovos da borda da sauteuse, conti­

nuando a cozinhar até que estejam

mais sólidos ou quase prontos.

Coloque a sauteuse no forno quente,

numa salamandra* ou numa grelha para

terminar a cacção, até que a superfície

esteja dourada.

Deslize a fritada pronta para um prato

e sirva imediatamente.
218

t'O

e:

ro
u

e::
u
'Q)

VARIAÇÕES CLÁSSICAS Ornei 1tte Agnes SorPI


DE OMELETES Recheie a omelete (ver p. 215) com

400g 30 g de cogumelo em fatias salteado

(ver p. 47) na manteiga e com 1 colher

de sopa de frango cozido e desfiado.

Coloque 8 rodelinhas de língua de

boi vermelha sobre a omelete.

o
OmelettG Arch1dut
Recheie a omelete (ver p. 215) com

Q_
2 fígados de frango fatiados e salteados
ro
(ver p. 47) na manteiga com um pouco
de demi-glace (ver p. 105). Coloque

8 fatias de trufa sobre a omelete e

um fio de demi-glace em volta.

Omelette à la bouchêre
Recheie a omelete (ver p. 215) com

30 g de tutano em cubos, escalfados

em muito líquido (ver p. 48) e com um

pouco de glace (ver p. 105). Coloque

4 fatias de tutano escalfadas cobertas

com glace de carne sobre a omelete.


219

Recheie a omelete (ver p. 215) com Prepare a omelete como de costume,


ovas de cavala salteadas (ver p. 47) Junte 1 colher de chá de estragão 400g
em manteiga e um pedacinho de picado aos ovos (ver p. 215) e decore
manteiga composta de mostarda o centro com folhas de estragão.
e salsa (ver p. 1 12) em volta.

Recheie a omelete (ver p. 215) com


Bata os ovos (ver p. 215) e JUnte 1 /2 40 g de castanha cozida num pouco de
o

colher de chá de cebola em tirinhas e fundo de vegetais (ver p. 61) cortada


1 /2 colher de chá de alho-poró refoga­ em pedaços grandes e um pouco de
e.

"'
dos na manteiga, e mais 1 /2 colher glace (ver p. 105). Coloque um fio u

de chá de cogumelo fatiado também de velouté de ave (ver p. 1O1) e purê


passado na manteiga. Prepare a de cebola cozida em volta.
omelete como de costume.

Junte aos ovos (ver p. 215) 40 g de


Recheie a omelete (ver p. 215) cogumelo em fatias salteado (ver p. 47)
com 50 g de endívia em chiffonade na manteiga e coloque 6 fatias de
(ver p. 55) braseada (ver p. 44) e creme cogumelo sobre a omelete pronta.
de leite fresco. Coloque um fio desse

molho ao redor:
Suflê

É uma massa salgada ou doce, ligada a fôrma ao forno em banho-maria*.


e muito espessa, à qual se incorporam Para evitar que o suflê fique dourado
claras de ovo batidas em neve. Uma vez rápido demais (antes de estar cozido),
220
enformados e colocados no forno, os coloque uma folha de papel-alumínio
suflês se transformam, crescem e inflam. levemente untada com manteiga sobre
O desafio culinário é obter essa o suflê e reduza ligeiramente a tempe­
mousse quente, estável e leve sem ratura do forno.
"'
o
que seja preciso adicionar fermento. Em todo o caso, o preparo de base
u

(IJ
E a "cereja no topo do bolo", ou a deve ser sólido. Considere a quantidade
"U
glória, é quando o suflê em questão de massa em função do volume útil
"'
m não murcha ao sair do forno! (por exemplo, 2 colheres de sopa
u

e::
O segredo está na firmeza da massa por ramequim*).
u
QJ
de base e na quantidade de claras
batidas. O calor e o vapor utl d< ' l1 d,
produzem dilatação, expansão. A finali­ Para compreender a técnica do suflê:

400g dade é oferecer uma entrada ou uma sob efeito do calor, o ar acumulado
sobremesa aerada, aromática e, sobretu­ nas claras se dilata e faz o volume da
do, bonita na forma. Uma mousse que preparação expandir-se. Apesar de
se transforma a olhos vistos como por aparentemente leve, o suflê é muito
mágica e que não espera para nutritivo. Servido com uma salada
ser degustada! verde, torna-se o prato principal.
Para fazer suflês com êxito, pense
o em envolver a fôrma com uma tira de e:: ufl<' dr bd doei
papel-manteiga untado, dessa maneira Unte os ramequins e polvilhe-os
C2. a massa cresce no caminho certo, sem com uma fina camada de açúcar cristal.
ro
u transbordar ou tombar, como a torre Encha até a borda com a massa. Com
de Pisa. Unte generosamente o interior uma espátula, nivele e alise a superfície
dos recipientes e polvilhe com farinha dos suflês.
(para os salgados) e açúcar cristal (para Em seguida, passe o dedo em toda
os doces). Elimine o excedente, espalhe a borda de cada uma das fôrmas, a fim
pequenas porções de manteiga em de facilitar a subida do suflê durante
temperatura ambiente na borda das a cocção.
fôrmas e leve para gelar até o momento Polvilhe a superfície dos suflês com
de enchê-las. Atenção: o forno deve um pouco de açúcar impalpável antes
ser preaquecido. Se optar por um de levá-los ao forno. Sirva bem quente,
só suflê grande, aconselhamos levar assim que tirar do forno.
Gist.,ma Integrado de
Bibliotecac:;/UFES

221

1 e 11 d 1111e11 1 o 6 porções

INGREDIENTES Numa panela, faça um béchamel,

2 colheres (sopa) de manteiga sem sal den·etendo a manteiga, juntando

4 colheres (sopa) de farinha de trigo a farinha e cozinhando por 1 minuto.

Acrescente, aos poucos, cerca de


1 litro de leite
1 xíca1-a do leite, mexendo sempre,
l /2 kg de haddock defumado
até obter uma mistura homogênea,
l /2 litro de água de consistência quase fit·me.

1 alho-poró (parte branca) picado Meça 3/4 de xícara dessa mistura 400g

cenoura pequena picada e reserve.


Cozinhe o haddock no restante do
2 ramos de salsa
leite misturado à água, ao alho-poró,
4 gemas
à cenoura e à salsa por 20 minutos.
6 claras Retire o peixe. limpe, retirando a

noz-moscada ralada na hora pele e as espinhas, e esfarele a carne o

com um garfo.
sal e pimenta-do-reino
Misture-a vigorosamente ao béchamel. a_
moída na hora ro

Junte em seguida as gemas, tempere


manteiga sem sal para untar
com noz-moscada e pimenta
e acerte o sal.

Preaqueça o forno a 1 80ºC.

Unte um ramequim*.
Bata as cla1·as em neve e misture

delicadamente ao haddock.

Leve ao forno por 35 a 40 minutos,

ou até que esteja bem alto e dourado.

Sirva imediatamente.
SUFLE O
222
rendimento: porções

"'

e
PREPARO
N INGREDIENTES
o

u lt Unte um ramequim* grande


4 gemas ou 6 individuais com a manteiga
V>
J. colheres (sopa) de leite e polvilhe com o açúca1'.
"'
u
Na batedeira, bata as gemas com
2 colheres (sopa) de suco de limão
o leite, o suco e raspa de limão,
raspa de 1 limão
a raspa do interior da fava
l /2 fava de baunilha de baunilha e 75 g do açúcar;

400g l 00 g de açúcar até que essa mistura esteja

4 claras bem espumosa.


À parte, bata as claras em neve
100 g de semente de papoula
com a pitada de sal e o restante
(moída no processador ou
do açúcar.
liquidificador com 20 g de açúcar)
Preaqueça o forno a 180ºC.
"' sal
Misture a semente de papoula
o
20 g de manteiga sem sal para untar à mistura de gemas e, delicada­

2 colheres (sopa) de açúcar impalpável mente, incorpore as claras,


Cl.
"'
u
(ver p. 488) para polvilhar "suspendendo" a massa e
girando a vasilha.
( .11), Despeje a mistura no(s) rame­
500 g de morango limpo quim(s) e asse por 35 minutos

50 g de açúcar na parte inferior do forno.

2 colheres (sopa) de eau-de-vie de


L[
framboesa (opcional)
Bata o morango no liquidificador,
passe por peneira e misture
o açúcar e a eau-de-vie.
Sirva acompanhando o suflê.
Df CHOCOLATE E AVELÃ
223
rendimento: 6 a 8 porções

PREPARO
INGREDIENTES Preaqueça o forno a l 80ºC.
250 g de chocolate meio amargo picado Unte um ramequim* com a manteiga;

75 g de manteiga sem sal polvilhe com açúcar e reserve. Q)

Derreta o chocolate e a manteiga no


l /2 colher (chá) de essência
banho-maria*.
de baunilha
Quando começar a derreter, desligue o
1 colher (sopa) de licor
fogo, junte uma pitada de sal, a baunilha
de chocolate
e o licor, misture bem e reserve.
6 gemas Na batedeira, bata as gemas com o açúcar
400g
113 de xícara de açúcar até ficarem espessas e claras (mais ou

50 g de avelã tostada e moída menos 3 minutos). junte cuidadosamente

essa mistura ao chocolate.


8 claras
Em seguida, adicione delicadamente
114 de colher (chá) de
a avelã.
cremar de tártaro
Bata as claras até espumarem.
sal junte o cremar de tártaro e continue
o

1 colher (sopa) de manteiga batendo em alta velocidade até ficarem


a.

sem sal para untar em ponto de neve não muito firme. ro

1 colher (sopa) de açúcar impalpável Misture vigorosamente 1 /4 das claras

(ver p. 488) para polvilhar em neve à mistura de chocolate.

Misture o restante delicadamente, em

duas vezes, até que nenhum traço branco

de clara possa ser visto.

Transfira a mistura para o ramequim e

leve ao forno em banho-maria para assar

por 25 minutos.

Diminua um pouco a temperatura do

forno e asse por mais 1 O a 15 minutos,

até que esteja bem crescido e firme.

Sirva imediatamente.
7�eixes �
226

C"

Q.l

!'O
<...>

e
u
<l>
á peixes e peixes, e entre eles

enormes diferenças de sabor, aroma e textura.

400g
Antes de decidir como preparar um peixe, é impor­

tante conhecermos muito bem suas características.

O mesmo acontece quando se tem uma boa receita

na mão ou até uma boa idéia na cabeça e é preciso

ir atrás do peixe que melhor se adapte a ela.

É fundamental não se deixar restringir aos peixes


o. mais conhecidos. Esse é um universo muito vasto para
"'

ficarmos limitados ao linguado, ao salmão e à pescada

nossos de cada dia.

L
Os peixes, bem como outros animais, CHE.IRO 227
que vivem em água doce ou salgada O peixe realmente fresco não tem
e que sejam usados na alimentação, praticamente cheiro algum. Cheiro
são classificados pelo termo genérico forte, acre e desagradável é um indício
"pescados". de que o produto já está deteriorado

e impróprio para consumo.


Os peixes têm carne muito delicada

e extremamente perecível, por isso, TEXTURA


o ideal seria comprarmos diretamente Deve ser firme, elástica, escorregadia
do barco de pesca e prepará-los em e úmida. Se o peixe estiver inteiro,
seguida. Como isso nem sempre é a carne deverá estar bem aderida à
possível, principalmente quando se espinha, e as escamas brilhantes e
tem uma demanda regular, é preciso bem aderidas à pele. No caso de 400g

conhecer os melhores fornecedores estarmos comprando um peixe já


e, mais importante, saber avaliar porcionado, além da elasticidade da
o estado geral de um peixe. carne, será preciso observar se esta

está ligeiramente úmida, mas sem


O primeiro passo é avaliar o nenhum muco.
fornecedor, saber se ele transporta,
o

manuseia e refrigera o peixe de VENTRE


maneira correta e se é capaz de Em seu formato natural, sem estar
a.

responder a qualquer pergunta sobre afinado, flácido ou escurecido. m

a origem e as características do peixe.

Lembre-se de que o pescado OLllOS


transportado de grande distância é Vivos, grandes, brilhantes, salientes,
,
normalmente congelado ou acondi­ ocupando todo o espaço da órbita.
cionado em gelo.

GUELRAS
Depois de ter encontrado um bom De um rosa-avermelhado, sem
fornecedor, é preciso saber reconhecer muco ou cheiro forte.
os sinais que indicam se o peixe está
em perfeito estado:
Para alguns estabelecimentos, comprar

peixe já limpo e dividido em porções

representa grande economia de tempo


228
e espaço. Porém, se houver espaço e

pessoal suficientes para fazer a tarefa

na própria cozinha, pode ser mais

interessante comprar o produto inteiro

e manipulá-lo no local. De qualquer


maneira, todo cozinheiro deve saber

como limpar e porcionar corretamente

um peixe.

Ví.:;ceras
Devem ser retiradas o mais rápido

400g possível, de preferência ainda no barco,

pois se deterioram rapidamente logo

após a pesca. Se o peixe ainda estiver

com as vísceras, retire-as logo após a

compra. Para isso, faça um corte ao

longo do ventre.

Nacladeiras
o

Faça um corte de cada lado ao longo


e.

"' de cada nadadeira. Segure-a e puxe com


(.,)

um movimento rápido em direção à


cabeça. Lave o peixe muito bem em

água fria.

Cabeça e cauda
Caso deseje retirá-los, coloque o peixe

sobre uma tábua e corte-os com um

golpe seco de cutelo.

O pescado estará pronto para ser

armazenado, inteiro ou cortado em

postas ou filés.
ARMAZENAGEM
A maneira ideal de armazenar o
pescado fresco é mantendo - o inteiro,

eviscerado e envolto em filme plástico.


229
Se for guardado em geladeira, o pescado

deverá ser consumido em no máximo


24 horas. Se armazenado em gelo

dentro da geladeira (como explicamos

abaixo), o pescado se manterá fresco

por aproxirradamente 48 horas.


���
��c.9�
Para a armazenagem de postas e filés,

deve-se antes embalar os pedaços bem

secos em sacos plásticos atóxicos ou em

recipientes plásticos fechados. Deve-se


���

/(�
sempre lembrar que filés e postas são 400g
mais pere cíveis do que o peixe i nteiro .

Armazenagem em gelo
Coloque o peixe , envolto em filme

plástico, sobre gelo picado ou moído

num recipiente com furos, para que a


o
ág ua possa escorrer; e cubra com

mais gelo picado. Depois, coloque o


Cl.

recipiente cem furos dentro de outro co

recipiente. O peixe não deve entrar em Por isso, não se deve optar por peixes
contato com a água, já que esta acelera congelados quando a textura for o
o processo de deteriora ção. ponto forte da receita (como pratos que

envolvem peixes crus ou marinados).


Congelamento Já nas receitas em que a carne do
Muitas vezes, o congelamento é a p eixe passe por um processo de cocção
única a l te rn ativa para ter um estoque ou, ainda melhor; que vá ser servida com
regular de p ei xes e frutos do mar. algum tipo de molho, embora a textura
Entretanto, t e mos de levar em conta não seja a mesma do pescado fresco,
que o congelamento altera a textura o resultado não ficará comprometido
do peixe. demais.
230

ro

e...

N
o
o

OJ
u


o

400g Cuidados ao usar peixes


congelados
O descongelamento deve ser feito

Se forem congelados a temperaturas em geladeira. Peixes empanados*

muito baixas, será possível manter uma podem ser fritos ainda congelados.

textura próxima da do peixe fresco.

Contudo, não é possível fazer isso em Como todo alimento, uma vez
o

casa, uma vez que os freezers domésti­ descongelado, o peixe não poderá

cos não alcançam temperaturas tão ser congelado novamente.


o_

ro

u
baixas. Por isso, o ideal é comprar o

peixe já congelado. Peixes congelados de forma correta

imediatamente após a pesca duram até

Ao fazer isso, é importante observar 1 ano no freezer. Já os congelados em

se há sinais de derretimen to o u reconge­ peixarias, restaurantes ou freezers casei­

lamento e se a embalagem está intacta, ros têm durabilidade de até 6 meses.

o que indica bom armazenamento.

Caso seja necessário congelar um peixe A maneira de porcionar um peixe

fresco, seque-o e embale-o muito bem também é muito impo1·tante. O formato

em filme plástico e depois em sacos e o tamanho influenciarão no tempo de

de congelamento. cozimento e no visual final da receita.


Y-<.&
�®��
��;:?? 231

N
e

QJ

PRINCIPAIS FORMAS DE 400g

PORCIONAR E SERVIR UM PEIXE

Inteiro Goujon (isca)


Peixe inteiro e eviscerado. Faz-se tiras em diagonal a partir

de um filé, com 6 cm a 7 cm de
Filé comprimento. É um corte usado para
o

A carne é retirada por inteiro ao lon­ peixes que serão empanados* e fritos.
go da espinha, com ou sem a pele. Dos
a.

peixes redondos retiram-se dois filés, e Paupiette m


'-'

dos peixes achatados (linguado), quatro. Filé fino e enrolado, geralmente

recheado.
Filé em forma de borboleta
Os dois filés são deixados presos à Tranche
pele pelo dorso, e a espinha é retirada. Porções cortadas de filés grossos
Geralmente usado para peixes pequenos. na diagonal.
232

MODO DE FAZER

Todas as variedades de peixe possuem Outro ponto fundamental, embora

alto valor protéico e são de fácil digestão. muitas vezes esquecido, é o sabor

O teor de gordura varia bastante, entre delicado de certos tipos de pescado.

2% e 20%, dependendo da espécie de É muito comum ver peixes de qualquer

peixe e da estação do ano (pela mudan­ espécies serem temperados sem distin­

ça de alimentação). ção com sal e limão, e, às vezes, alho.

Esse tempero forte, pode combinar

As gorduras presentes nos peixes são bem com alguns peixes, principalmente

em sua maioria do tipo poliinsaturada os de sabor mais forte, como a tainha,


400g por exemplo, mas se aplicado a um
(com destaque para o ômega 3, que

traz grandes benefícios à saúde). linguado, certamente iria mascarar o

sabor delicado de sua carne. Por isso

Um fator muito importante no é interessante não estabelecer regras,

preparo é seu exato ponto de mas sim, considerar a melhor combi­

cozimento. Após o cozimento por nação para cada receita, segundo o

completo, sua carne, de textura delicada, resultado que se quer atingir. Muitas
o

começa a ressecar e perder sabor. vezes veremos que os condimentos

O peixe também pode ser servido cru mais apropriados para um peixe fresco
Q_

ro

u ou dourado por fora e cru por dentro são o sal e a pimenta-do-reino.

(técnica muito utilizada em preparo

de salmão e atum, por exemplo). O mais importante, antes de mais

nada, é conhecer as características do

produto antes de escolher a forma

de preparo.
233

Quanto ,1 ongem (o que 1nflt111 J Quanto ao forn1.1to (o que 1ntlu11 l


no sabo1 ) : na lirnpn,1 e no puruonarne1'1ti)
• de água doce; peixes redondos: têm espinha ao
• de água salgada. longo da extremidade superior; dois

filés (um de cada lado), além de um


Quanto ao teor de go1·dura (o que olho de cada lado da cabeça
1níluirá na te"<tu1 a e no sabo1 maior (truta, badejo, salmão);
tco1- de gordura, sabo1 rna1s intenso): peixes achatados: têm espinha no
• magros: até 2% de gordura; centro e quatro filés (dois em cima
• meio-gordos: de 2% a 5% de gordura; e dois embaixo), os olhos ficam no 400g
• gordos: mais de 5% de gordura. mesmo lado da cabeça (vários tipos

de linguado).
Quanto à coloração da carne
(o que iníluirá no sabor):

• carne clara: menor irrigação

sanguínea, sabor mais suave; As Vd1·1antcs sào mu1t.is.


e é p reciso scmpr e o
• carne escura: maior irrigação
,1ncllisa-las cm con1unto.
sanguínea, sabor mais pronunciado. Um peixe de carne cla1-;i
a.
e pouca gordur,1 (por ro
u
exemplo, pescad,1) tem
Quanto à 1·igidez da carne:
sabo1 mais �u<1ve ciue
• ca rn e firme: maior resistência ao
outro tambe rn
cozimento, ideal para ensopados de c&ne cl,11·a. mas com
(cação); ma101 1nd1ce de go1·dura
(po1 exemplo. mec,1.
• carne macia: meno1- resistência
também conhecido
ao cozimento, desmancha-se com como ,1tum branco).
facilidade, ideal para métodos de Ou se1a. não basta

cozimento rápido (badejo, linguado). cons1de1·ar apenas


um f.iL01� e p1-ectso
analisJr o con1unto
deles.
Como já citamos anteriormente, o
234
ideal é ir à peixaria e então lá decidir
que peixe levar, de acordo com o que
ro
s: há de melhor disponível no dia.

N
o
u Quando já temos uma receita
em mente, uma vez de ir atrás de
determinado peixe, podemos analisar
as características do peixe pedido
na receita e, então, caso não o
encontremos, levar um similar. Por
exemplo, quando for preparar a receita
de pargo no sal e não achar pargo,
400g
procure um peixe com características
semelhantes: carne clara, macia, magra e
de filés finos. Converse com o peixeiro
e então você verá que pode levar um
lindo vermelho ou até uma tilápia
fresquíssima (peixe de água doce
o mas de sabor extremamente suave)
e ambos ficarão ótimos na sua receita.
a.

"'

u
A seguir, explicamos através de uma

tabela como os peixes são classificados

e o que os diferencia, assim como suas


principais características.
PEIXE QUANTO À QUANTO AO TEOR QUANTO À QUANTO À
ORIGEM DE GORDURA COR DA CARNE MACIEZ DA CARNE

BADEJO água salgada magro clara macia

CHERNE água salgada gordo clara macia

CONGRIO ROSA água salgada magro clara macia 235

CAÇÃO água salgada gordo clara firme


ro

NAMORADO água salgada magro clara macia e..

PARGO água salgada magro clara macia

ROBALO água salgada magro clara macia

GAROUPA água salgada magro clara macia

VERMELHO água salgada magro clara macia

LINGUADO água salgada magro clara macia

ATUM água salgada gordo escura macia


400g
SALMÃO água salgada gordo escura macia

TAINHA água salgada gordo escura macia

SARDINHA água salgada gordo escura macia

ANCHOVA água salgada gordo escura macia


......

MANJUBA água salgada gordo escura macia o

:::J

CORVINA água salgada magro clara macia


a.

ro
PESCADA água salgada magro clara macia u

TRILHA água salgada magro clara macia

MERLUZA água salgada gordo clara macia

DOURADO água doce magro clara firme

PINTADO água doce magro clara firme

TILÁPIA (Saint Peter) água doce magro clara macia

TRUTA água doce magro escura macia

PEIXE-SAPO (Lotte) água salgada magro clara firme


Por terem características tão diferentes, pode-se preparar peixes das mais variadas maneiras.

Rll

Recurso
muito usado na culinária japonesa.
236 Muitos peixes ficam ótimos se servidos crus,
em sashimis, sushis e tartares, por exemplo.
Nesse caso, é ainda mais importante que o peixe
seja fresco e pouquíssimo manipulado antes
de ser servido.

TARTARE or NAMORADO
rendimento. 6 porções

INGREDIENTES MOLHO

400g MOLHO Misture a gema com a


1 gema mostarda, o suco de limão,

1 colher (chá) de mostarda uma pitada de açúcar,

de Dijon sal e pimenta.


Aos poucos, incorpore
1 /2 colher (sopa) de suco de limão
o azeite, batendo
60 mi de azeite de oliva extravirgem
vigorosamente para
o
açúcar emulsionar*, e reserve.
sal e pimenta-do-reino
a.

"' moída na hora TARTARE


u

Corte os filés e a maçã


TARTARE em cubos pequenos.
600 g de filé de namorado Junte o molho e a erva-doce
sem pele e misture com delicadeza.

maçã gala (aproximadamente Acrescente as ovas e

150 g), sem casca misture mais um pouco.


Verifique o tempero.
1 a 2 colheres (chá) de

erva-doce picada

50 g de ova de salmão

sal e pimenta-do-reino
moída na hora
237
Método pelo qual o peixe é mergulhado em suco

cítrico (por exemplo: limão). Sem uso de calor: o peixe

"cozinha" devido à acidez. mudando até de cor: Essa acidez


previne o crescimento de microorganismos e amacia as fibras do

peixe. Outros elementos podem contribuir com o sabor da

receita. Por exemplo. ervas e especiarias. É um clássico

das cozinhas do Peru e do Equa d or:

rencl1mento 6 porções

400g
INGREDIENTES Misture o linguado
700 g de filé de linguado com os sucos de limão
com 2 cm de altura, em cubos e laranja, cubra com filme

suco de 6 limões grandes plástico e leve à geladeira

por 6 horas.
suco de 2 laranjas-pêra
Retire o peixe da marinada
100 mi a 120 mi de azeite de o
e misture com os demais
oliva extravirgem
ingredientes, adicionando
Cl.
abacate em cubos a ciboulette apenas no <tl
(.)
1/2 colher (chá) de gengibre ralado momento de servir: • Pode-se sub>t1tu11
o linguc1do po1 oul1 o
2 colheres (sopa) de ciboulette picada peixe de carne b1 .:in01

sal e pimenta-do-reino e 'll<lCl<l, como 1ob.ilo


ou n<1mo1ado.
moída na hora
• Não confundir com
J rn,mn;ida usaclJ p,11 .1

o Lempem de Cdl 11es


e ,1ve' princ1 pa lme11 le
. .

A usada para peixes


contém clemcnlus
dodos, ent1 e ou Lrns.
mas em meno1
quantidade. apenc1s
p,wa ag1·ega1 sabo1
A cura é uma técnica usada tanto para prese1-var
238 como para alterar o sabor dos alimentos e se adapta muito

bem a variados tipos de peixe. Alguns processos de cura


"'

envolvem também a defumação. O peixe pode ser curado

no sal grosso (como é o caso do gravlax - cura seca)


N

o
ou também em misturas de sal e cítricos
'-'

(cura úmida).

rendimento: porções

PREPARO
400g
INGREDIENTES Misture o sal, o açúcar e a pimenta branca
120 g de sal grosso e passe por toda a superfície do filé.

50 g de açúcar Salpique com a vodca.

Espalhe metade do dill sobre um pedaço


l /2 colher (sopa) de
grande de filme plástico ou no fundo de
pimenta-do-reino
um recipiente (não deve ser de alumínio)
branca em grão quebrada
o e coloque o filé, apertando para aderir.
1 filé de salmão
Cubra o outro lado com o restante do
(aproximadamente 1 kg sem pele)
a. dill. Enrole no filme plástico, pressionando
"'

3 colheres (sopa) de vodca bem e leve à geladeira por 36 a 48 horas.


1 maço de dill picado Retire o filé do recipiente e remova

pimenta-do-reino em o excesso da marinada.

grão quebrada, fatias Lave o peixe em água corrente e seque

de pão preto e bem com papel-toalha.

manteiga sem sal Se for servir; corte-o em fatias bem finas.

para acompanhar Sirva com pimenta-do-reino em grão

quebrada, fatias de pão preto e manteiga.

Se for guardar; envolva o filé em filme

plástico e conserve em geladeira por


até 8 dias.
Por ser um método ideal para

alimentos naturalmente tenros, a maioria

dos peixes fica bem se preparado desse modo.

Há duas maneiras de fazê-lo:

em muito líquido e

1 � )1 1 li
239

Em muito líquido:
• o Jeixe deve ser totalmente submerso ou uma hollandaise, ou num molho

em líquido aromatizado (o mais usado extremamente suave, como um

é o court bouillon) para compensar a vinagrete de laranja;

perda de sabor do peixe; • se o peixe for servido frio, mantenha-o OJ

• deve ser cozido entre 70ºC e 82ºC no líquido até o momento de servir.

(não deve ferver); para um maior Nesse caso, apague o fogo pouco

controle, pode-se realizar a cocção antes do peixe atingir o ponto ideal,

no forno; pois ele continuará o cozimento

pode ser servido com pequena lentamente enquanto o líquido

quantidade de molho de sabor· estiver quente.


400g
intenso, como manteigas compostas

SALMÃ" "� .... �

rendimento: porções

PREPARO o

INGREDIENTES Tempere o creme de leite com

300 mi de creme de leite fresco sal e pimenta e bata ligeiramente Cl.


"'

4 colheres (sopa) de raiz-forte ralada para que comece a engrossar. u

em conserva Acrescente a raiz-forte e, se

necessário, adicione algumas


1,5 litro de court bouillon (ver p. 69)
gotas de vinagre para aumentar
6 filés de salmão
a acidez do molho.
(aproximadamente 250 g cada)
Aqueça o court bouillon.
vinagre de vinho branco Quando ferver, abaixe bem o fogo

sal e pimenta-do-reino e acrescente os filés de salmão.

moída na hora Cozinhe por aproximadamente 1 O

minutos, retire e sirva com o molho.


o líquido de cocção normalmente faz

indicado para filés finos ou pedaços parte do molho, portanto, deve ser

pequenos de carne macia; condizente com o sabor final;

o alimento é cozido numa combi­ use uma sauteuse ou um sautoir;

nação de vapor e imersão em líquido faça apenas uma camada;

aromático e um elemento ácido (que a temperatura de cocção deve ficar

agrega sabor e facilita a emulsificação* entre 70ºC e 82ºC (não deve ferver);

do molho); para um maior controle, pode-se


240 finalizar a cocção no forno.

IN U A
rendimento 6 porções

INGREDIENTES Unte uma sauteuse (ver p. 27)


90 g de échalote* ou cebola-roxa picada grande com manteiga.
junte a échalote, o vinho
90 mi de vinho branco seco
e o fumet e aqueça.
150 mi de fumet de peixe (ver p. 68)
Acrescente os filés temperados
6 filés de linguado com sal e pimenta, dispostos
400g
180 mi de creme de leite fresco numa só camada no fundo

60 g de manteiga sem sal da sauteuse.


Estabeleça uma fervura branda·*'
sal e pimenta-do-reino moída na hora
(até 75ºC), cubra com papel­
1 colher (sopa) de manteiga sem
manteiga e cozinhe até que
sal para untar
o peixe esteja firme, no fogão
,.....

o
ou em forno preaquecido
a 160°C.
Cl. Retire os filés com cuidado
"'

(..) e transfira para uma travessa


e cubra-os com papel-alumínio
para mantê-los aquecidos.
Reduza* o líquido da cocção
à metade.

Acrescente o creme de leite


e reduza mais um pouco.
Finalize encorpando o molho
com a manteiga (monter
au beurre*) e ajuste o tempero.
Sirva sobre os filés.
GRF• 1.iirnn 011 r.HJlPFJlOQ

Método ideal para peixes,

pois a alta temperatura da grelha ou da chapa de1Tete bem

a gordura, fazendo com que o peixe fique extremamente macio

por dentro, sem ficar ressecado. Peixes de filés finos e carne mais delicada

podem ser passados antes por farinha de trigo para ficarem mais protegidos.

Esse método altera significativamente o sabor· do peixe, deixando-o mais

intenso, portanto, deve ser acompanhado por molhos contrastantes

(ácidos, por exemplo). Ao grelhar ou chapear um peixe, este fica 241


levemente crocante. Para preparar peixes com pele, gr·elhar ou

chapear· são métodos ideais.

ASSADO
Talvez seja o método mais versátil

utilizado no preparo de peixes. Pode-se usar

para peixes inteiros, recheados ou não, postas,

tranches, filés, paupiettes e filés tipo

borboleta.

Assado 1nce1ro gordos ficam bem se feitos dessa


400g
Ótimo para todos os peixes de forma. Os filés ou postas de peixes
carne macia. Quando assados recheados, magros devem ser sempre protegidos
conservam mais a umidade e ainda com camadas de legumes ou cobertos
ganham sabor. Peixes magros inteiros com papel-alumínio, para que não se
ficam melhor se recheados por resse­ ressequem. Já os mais gordos podem ser
carem menos). Um bom exemplo é feitos cobertos ou descobertos (quando
a tainha assada recheada. se quer que fiquem dourados). Um bom
exemplo é um salmão em postas assado
Assado 1nretro em crosta de ai o

com ervas e vinho branco.


Método pelo qual o peixe é envolvido
em sal grosso antes de ser levado ao Assados em filés com crosti
Cl.

ro

forno. O sal forma uma capa protetora, Método muito adequado para filés de
e o peixe cozinha no vapor de seu carne macia e magra. A crosta forma
próprio líquido, ficando extremamente uma camada protetora que previne o
úmido e macio. Ótimo para peixes ressecamento e agrega textura e sabor.
médios (pargo e vermelho). Como, por exemplo, um mero em

Assado em fllés recheados crosta de pão fresco e ervas.

Por serem recheados e enrolados


rempo aproximado de cocçào
(paupiettes), ficam mais protegidos
em forno (peixe de 1 5 kg)
e assam muito bem, principalmente
Inteiro, sem recheio: de 30 a
se forem regados com algum líquido
35 minutos.
ou protegidos com papel-alumínio.
Inteiro, recheado: de 45 a 55 minutos.
Ideal para linguado.
Postas e filés grossos: de 12 a
Assado em postas ou filés 15 minutos.
Tanto os peixes magros como os Filés finos: de 1 O a 12 minutos.
rendimento: 6 porções

INGREDIENTES
RECHEIO PREPARO
100 g de cebola picada RECI ICIO

15 mi de azeite de oliva extravirgem Salteie (ver p. 47) a cebola picada em azeite.

Bata no processador a pescada com o pão.


200 g de filé de pescada
242 Acrescente o leite, o espinafre, a sálvia, a
3 fatias de pão de forma
cebolinha, a cebola, sal e pimenta e misture.
l /2 xícara de leite
lAINHA
113 de xícara de folhas de espinafre cozidas
Tempere a tainha com sal, pimenta, vinho
o 1 colher (chá) de folhas de sálvia picadas branco e azeite.
u

1 colher (sopa) de cebolinha picada Cubra e leve à geladeira por 30 minutos.


o

sal e pimenta-do-reino moída na hora Recheie-a, feche-a com palitos, costure

com barbante fazendo uma trança entre


TAINHA
os palitos e regue com azeite.
1 tainha (aproximadamente
Asse em forno preaquecido a l 80ºC
1,3 kg), aberta pelas costas
durante aproximadamente 1 hora.
vinho branco seco Antes de servir, retire os palitos
400g
azeite de oliva extravirgern e o barbante.

sal e pimenta-do-reino moída na hora

rendimento: 4 porções

o
PREPARO
INGREDIENTES Tempere o peixe com sal e pimenta

C2. 1 pargo (aproximadamente 1,3 kg) por dentro e por fora.


ro
'-' eviscerado Numa vasilha, misture as claras

3 a 5 claras ( 1 clara para ao sal grosso.

cada kg de sal) Faça um leito com a mistura de sal

e claras de 2 cm de altura e coloque


3 a S kg de sal grosso
o peixe por cima.
(a quantidade depende do tamanho
Cubra completamente o peixe com
do recipiente e do peixe)
o restante da mistura (deve haver uma
sal e pimenta-do-reino
camada de 2 cm de sal em volta de
moída na hora
todo o peixe).

Leve ao forno preaquecido a 200ºC e

asse por aproximadamente 45 minutos.

Quebre a crosta, limpe todo o sal grosso

e retire as porções para servir.


rendimento· 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES RECI IDO
RECHHO Tempere a carne de siri com limão,
400 g de carne de si1·i sal e pime nta.
243
suco de 1 /2 limão Numa panela, doure ligeiramente
a cebola e a cebolinha (parte branca)
150 g de cebola pic ada
no azeite.
1 /4 de xícara de cebolinha
Acrescente o siri e o tomate e cozinhe
(parte b ranca) picada
até secar.
30 mi de azeite de oliva extravirgem Retire do fogo e acrescente a cebolinha
2 tomates concassés<i: (parte verde). o coentro, a salsa, as

1/4 de xícara de cebolinha gemas e o creme de l eite.

(parte verde) picada Corrija o tempero e deixe esfriar.

1 /2 colher (so pa) de folhas de coentro picadas


LINGUADO
1 colrer (sopa) de folhas de salsa picadas
Tempere os filés com sal e pimenta 400g
2 gemas e recheie, enrolando-os.
180 mi de creme de leite fresco Coloque em assadeira untada, cubra

sal e pimenta-do-reino moída na hora com papel-alumínio e asse em forno


p reaquec ido a 1 BOºC por 15 minutos
LJNGUADO ou até mudar de cor'.
12 filés de linguado pequenos
o
(aproxirradamente 90 g cada) ou 6 grandes MOLHO

(aproximadamente 160 g cada) Doure levemente a cebola em 15 mi


a.
de azeite. "'
sal e pim en ta- do- re ino moída na hora <..>

Acrescente o fumet. o azeite restante,


o vinagre, o tomate, sal e pimenta
MOLHO
e deixe apenas aquecer; sem ferver.
100 g de cebola-roxa em brunoise (ver p. 55)
Acrescente o coentro e a salsa.
90 mi de azeite de oliva extrav irg em
Sirva com o peixe.
300 mi de fumet (ver p. 68)
15 mi de vinagre de vinho b ranco
600 g de tomate concassé·*
1 colher (sopa) de folhas de coentro picadas

1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas

sal e piment a-do- re ino moída na hora


244

400g

PESCADA E:M
r e 11clim1! 11 to porções

INGREDIENTES
80 g de farinha de rosca fresca

raspa de 1 limão Taiti Prepare uma farofa misturando


o
a farinha d<> rosca, as raspas
raspa de l /2 de limão-siciliano
dos limões e o queijo
e.
80 g de queijo parmesão ralado
"'

o
parmesão.
6 filés de pescada Passe os filés pela manteiga

100 g de manteiga sem sal derretida e empane* com a farofa.

sal e pimenta-do-reino Asse em forno preaquecido

moída na hora a l 80ºC por 5 m inutos em

assadeira (de preferênc ia


manteiga sem sal para untar
antiaderente) bem untada.

Sirva imediatamente.
Método pelo qual o peixe é cozido

diretamente no vapor. Peixes de carne delicada ficam

perfeitos se prepa1ados por esse método. Esse processo

conserva muito bem o sabo1- do peixe sem o risco de resse­

cá-lo, porém não amacia a carne. Indicados para cozimento no


245
vapor são linguado, congrio rosa, badejo, namorado, meca,

cherne, garoupa, tilápia, pargo, vermelho,

pescada-cambucu.

NAMORADO COM RAGU


rendimento porções

INGREDIENTES
1 xícara de lentilha

1 folha de louro Cozinhe a lentilha em água com a folha de

louro por aproximadamente 15 minutos


1 /4 de xíca-a de bacon em brunoise (ver p. 55) 400g
(deve ficar ainda um pouco crua).
20 mi de azeite de oliva extravirgem
Numa panela de fundo largo, frite o
1 /2 xícara de cebola-roxa em brunoise bacon em fogo baixo, até que solte bem
1 /2 xícara de alho-poró em brnnoise a gordura e fique ligeiramente crocante.

1/2 xícara de salsão em brunoise Retire o bacon da panela, mas deixe

a gordura que sobrou.


3/4 de xícara de cenoura em brunoise
Adicione azeite e salteie (ver p. 47) o

150 a 200 mi de fumet (ver p. 68)


a cebola-roxa.
200 mi de creme de leite fresco Acrescente o alho-poró, o salsão,
Cl.

co

6 filés de namorado a cenoura e salteie mais um pouco.

(aproximadamente 200 g cada) Junte a lentilha pré-cozida, sal e

sal e pimenta-do-reino moída pimenta, o fumet e o creme de leite.

na hora Tampe, abaixe o fogo e cozinhe

até que a lentilha fique pronta.


ciboulette para decorar
Se necessário, acrescente mais fumet.

Retire do fogo.

Tempere os filés com sal e pimenta e

cozinhe no vapor por aproximadamente

1 O minutos ou até que estejam cozidos.

Sirva os filés de peixe sobre o ragu

e decore com ciboulette.


O peixe é embrulhado em papel-
alumínio ou papel-manteiga, com um pouco de líquido
aromático para que haja formação suficiente de vapor.
Os papillotes podem conter também outros elementos (desde
que se tenha o cuidado de escolher ingredientes que fiquem prontos
246 ao mesmo tempo que o peixe). O papillote deve ser aberto,
de preferência, à mesa, para que todos possam sentir
os aromas desprendidos.

ro

rendimento. 6 porções

A J
INGREDIENTES Recorte 6 pedaços de papel­
400g
6 filés de peixe sem pele manteiga e pincele-os com
(namorado, linguado, badejo etc.) manteiga.

150 g de shiitake em fatias Em cada um disponha 1 filé

de peixe temperado com sal


100 g de brócolis branqueado*
e pimenta no centro do papel.
100 g de cenoura em julienne (ver p. 55)
Sobre o peixe, coloque um
o l /4 de xícara de alho-poró em rodelas pouco de shiitake, brócolis.
1 colher (chá) de gengibre ralado cenoura, alho-poró e gengibre.
a..

ro 3 colheres (sopa) de vinho branco seco Tempere com sal e pimenta.


u
Regue cada papillote com
1/2 xícara de cebolinha (parte verde) picada
l /2 colher de sopa de vinho,
sal e pimenta-do-reino moída na hora
salpique com a cebolinha e
manteiga sem sal coloque uma bolinha de
manteiga no centro.
Feche bem o papel e leve ao
forno preaquecido a l BOºC
por 1 O a 15 minutos.
O tempo varia de acordo
com o tamanho do filé.
Se tiver dúvida, abra
um para verificar.
247

Método muito usado, ideal para filés finos


(inteiros ou cortados em iscas) e peixes pequenos.

Deve-se proteger a carne do peixe com algum tipo de


400g
empanamento*. O sabor do empanamento e do óleo usado

na fritura mascaram um pouco o sabor do

peixe. Os peixes mais indicados são:

manjuba, pescada e cação.

MANJUBA FRITA o

rendimento: 6 porções
o..

INGREDIENTES
u

750 g de manjuba PREPARO

4 colheres (sopa) de fubá Lave a manjuba num


escorredor e seque-a
sal
bem com um pano.
óleo para fritar
Tempere com sal.

Coloque o fubá numa

travessa e vá empanando*»

Frite aos poucos em óleo

quente, de preferência,

numa cesta, até que

fique dourada.
1r.nrl1mr.n10 porções

INGREDIENTES Numa tigela, misture 1 1/4 de xícara de

280 g de farinha de trigo farinha e sal. Abra uma cova no meio e


248
1 ovo acrescente o ovo. Adicione o leite aos

poucos, misturando bem, até obter uma


300 mi de leite
mistura cremosa e lisa. Tempere a farinha
1 kg de filé de pescada sem pele
restante com sal e pimenta, passe os filés
sal e pimenta-do-reino moída na hora por ela e, em seguida, mergulhe-os na

óleo para fritar massa. Frite em óleo quente.

r e 11 u 1 111 e 11 t u 6 porções

rrr ,r
INGREDIENTES Tempere os goujons
400g
6 filés de pescada, limpos, com sal e pimenta, empane

em goujon (ver p. 231) em farinha de trigo.

200 g de farinha de trigo Frite-os em imersão

(ver p. 45) até


sal e pimenta-do-reino moída na hora
ficarem dourados.
óleo para fritar
Sirva com o limão.

o
limão com casca em gomos
para acompanhar

C2.

C1J

rendimento · 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Tempere os ovos com as ervas de
2 ovos ligeiramente batidos Provence. Tempere os filés com sal e

1 colher (chá) de ervas de Provence pimenta, passe-os pela farinha de trigo,

em seguida pelos ovos batidos e então


6 filés de pescada
pelo fubá. Pressione ligeiramente
100 g de farinha de trigo
para que a crosta fique bem aderida.
200 g de fubá Frite-os por imersão (ver p. 45)
sal e pimenta-do-reino moída na hora até ficarem ligeiramente dourados.

óleo para fritar


ENSOPADO 249

Método adequado para peixes de carne

mais firme, como o cação. Peixes mais delicados

podem ser usados, mas tenha em mente que eles vão se

desfazer em lascas. De qualquer forma, mesmo os peixes de

carne mais firmes não devem ser cozidos por muito tempo,

para não ficarem com a carne endurecida e ressecada.

É o método usado no preparo da moqueca,

caldeirada, entre outros.

SOPA r ,.

rencl1men10 6 porções
400g

INGREDIENTES Corte os peixes em pedaços grandes.


2 kg de peixes variados, limpos Se forem filés finos, mantenha a pele
(vermelho, pargo etc.) para que não se desmanchem.

1 cebola grande picada Doure a cebola no azeite e acres­

cente o alho. o
20 mi de azeite de oliva extravirgem
Doure um pouco mais e adicione
2 dentes de alho picados
os tomates. a.

ro

4 tomates concassés* Acrescente o vinho e deixe secar.


u

1 /2 xícara de vinho branco seco Junte o bouquet garni e o fumet.

1 bouquet garni (ver p. 59) Acrescente os peixes de acordo

com a textura de cada um (mais


1,5 litro de fumet (ver p. 68)
firmes primeiro, mais macios

por último).

Cozinhe apenas pelo tempo

necessário e sirva imediatamente.


Método de conservação que muda o sabor

e a textura do peixe. O peixe salgado e seco mais conheci-

do no Brasil é o bacalhau. É um método de preparo usado para alguns

tipos de peixe, pelo qual estes são salgados e secos. A espécie mais adequada

para a produção do bacalhau é o gadus morhua, mas há ainda outras quatro.


250 Como cada espécie tem características próprias, é importante saber reconhecê-las

para fazer o uso mais adequado e também pagar um preço justo. O ideal para

isso é ver o peixe inteiro ou pelo menos o filé com a cauda, diferente em

cada espécie. Caso isso não seja possível, a compra deve ser feita
N
o num fornecedor de confiança, pois é difícil identificar a espécie
(J

apenas pelo tamanho e coloração


"'
''
das postas.
"'
rn

cc
u
ru
Gadus morhua Ling
Também conhecido como bacalhau Possui carne clara e postas mais

do Porto, é pescado no Atlântico Norte estreitas, pode ser usado para ensopados
400g
e considerado o mais nobre. Possui e grelhados, mas não é macio como

postas largas e coloração amarelo palha o gadus morhua. Tem cauda mais fina

uniforme quando seco e salgado e se e ligeiramente arredondada. É o mais

desfaz em lascas claras e tenras quando comum no Brasil.

cozido. Tem a cauda quase reta.

Zarbo
o Gadus macrocephalus É o menor de todos e pode ser

Também conhecido como bacalhau reconhecido pela sua barbatana dorsal


Cl.
do Pacífico, possui carne mais clara que contínua. Fica melhor desfiado. Tem
ro
u
a do gadus morhua porém mais fibrosa, cauda ligeiramente arredondada e

não se desfazendo em lascas. Ótimo pa­ menos estreita que a do ling.

ra ser desfiado. A cauda do macrocepha­


lus é semelhante ao do gadus morhua, Além da diferença entre as espécies,

reta, porém possui um bordado branco. temos que ficar atentos à classificação

qualitativa do peixe salgado e seco, que

Saithe é feita de acordo com a qualidade do

Possui a carne mais escura e de sabor processo de secagem e salga e engloba

mais forte, que fica macia e desfia facil­ três categorias:

mente depois de cozida. É perfeito para

bolinhos. Sua cauda tem duas pontas.


251

Imperial Como se pôde ver, de acordo com

Peixes bem lavados e escovados, a espécie e a classificação qualitativa,

uniformemente salgados, sem rasgos o bacalhau mais nobre é o Porto


400g
ou manchas. imperial, mas, dependendo do uso

que se fará, tem-se várias alternativas


Universal com ótima relação custo-benefício.

Essa categoria pode conter pequenas Há mais uma classificação, quanto ao

manchas, cortes inadequados, alguns tamanho ou calibre. Como o bacalhau

rasgos e pequenos pedaços da espinha é acondicionado em caixas de 25 kg ou

dorsal. Mas esses são defeitos que 50 kg, sabendo-se seu calibre, podemos o

comprometem a aparência e não o calcular o peso aproximado de cada

sabor ou a textura. peça. Por exemplo, para uma caixa de a.


ro

25 kg, se o calibre for 04/06, quer dizer


u

Popular que há de 4 a 6 peças por caixa, • Para ve1-íficar se


o bacalhau está bcrn -
Peixes que não preenchem os requisi­ portanto, o peso mínimo de cada
seco. segure-o pela
tos da classificação universal, porém peça será de aproximadamente 4 kg. cauda. O fi lé deve
ainda estão adequados ao consumo permanecei· reto

humano. Não podem estar com a carne ou curvar-se apenas


ltgewamente.
mole ou com excesso de rachaduras.
• Calcule de 180 g
a 250 g de bacalhau
po1 pessoa.
• Retire a pele do
bacalhau a nt es da
dessa lga , puxando-a
fiimcmente.
Cuidados no preparo TP1np1) d"' de >alo 1

do bacalhau postas bem altas: 48 a 60 ho1·as;

postas altas: 40 a 48 horas;.

Des alga postas médias: 36 horas;

Tão importante quanto comprar postas finas: 24 horas;

o bacalhau adequado à receita é fazer bacalhau desfiado: 6 a 8 horas.

a dessalga corretamente. A dessalga Caso haja murt:a pressa para a dessal­

252 começa lavando-se bem o bacalhau, ga, faça-a sob um fio de água contínuo

depois ele deve ser colocado num por aproximadamente 12 horas (para

recipiente grande com bastante água fria postas altas). Não é um método muito

e mantido na geladeira. O ideal é que o ecológico, mas pode ser usado numa

peixe fiqu e sobre uma grade, para que o emergência.

sal que for saindo se deposite no fundo


Uim dessalga bem feiL, n,io
do recipiente e não fique em contato
s1gn1fic.i L11 ,11 todo o �
..11 do peixe
co com a carne. Caso a pele não seja pois er1t:io Lererno; um prnduto
retirada antes da dessalga, deve ficar fin,11 in sosso. Portanto. c;1so 1s,o
aronte<,<1. niio he'>1te ern
virada para baixo. Deve-se trocar a água
acrescentar ,,11 io re1xc· p;11 a
freqüentemente, pelo menos a cada qu e fiq11E· 'Jbornso novamenle.
4 horas, mas o ideal seria fazê-lo a
400g
cada 2 horas. É bom sempre provar um Cozimento
pedaço do peixe para verificar o grau Não se deve cozinhar o bacalhau,
de dessalga, que varia de acordo com e sim escalfá-lo, a fervura alta resseca
o tamanho dos pedaços, quantidade o peixe. O tempo de cozimento varia
de água no recipiente e a freqüência segundo o tamanho das postas, mas fica
da troca de água. Cuidado para não entre 5 e 1 O minutos, apenas até que
dessalgar demais. o peixe fique macio. Deve-se escalfar
o

o bacalhau mesmo quando se pretende


Qu.1ndo estiver
Q_ grelhá-lo ou assá-lo. A menos que
co desscilgando post;is
ele vá ser preparado ao forno com
muito altas. 1nswa um.1
faca ;ité o centro de ingredientes bem úmidos que liberem
uma posta e 1·etwe líquido durante o cozimento. Nesse
um pcdJco de lá
caso, o bacalhau pode ir direto da
pilra rrova1 F comum.
nesses casos. o peixe
dessalga para o forno.

estar pc1fe1 tamente


dessalgado por fo1·a Congelamento
e muito salgado ainda
O bacalhau pode ser congelado
po1 dentro.
depois de dessalgado por até 6 meses.

O descongelamento deve ser feito

em geladeira.
253

rondímento: 6 porções

INGREDIENTES Cozinhe o bacalhau na água em fervura

1 kg de bacalhau (de preferência, lombo) branda* por 1 O minutos.


dessalgado (ver p. 252) Retire a pele e as espinhas e reserve.

800 g de batata em rodelas grossas Afervente as batatas em água com sal

e a folha de louro até que comecem


1 folha de louro
a cozinhar� retire e reserve.
55 mi de azeite de oliva extravirgem
Salteie (ver p. 47) o pimentão e a cebola
1 pimentão vermelho, sem semente, 400g
em 40 mi de azeite.
em rodelas Acrescente o vinho branco e reduza*.

1 cebola grande em rodelas Acrescente a azeitona, tempere com

1 /2 xícara de vinho branco seco sal e pimenta e retire do fogo.

Num refratário, coloque a batata,


3 colheres (sopa) de azeitona
o bacalhau e, por cima, o pimentão
preta em lascas
e a cebola salteados e asse a l 80ºC o

3 dentes de alho fatiados


por 20 minutos.
4 ovos cozidos cortados em 4 Enquanto isso, frite as fatias de alho Q

cu

4 tomates concassés* no azeite restante até que fiquem u

2 colheres (sopa) de folhas de bem douradas.

salsa picadas Retire o bacalhau do forno. coloque

por cima os ovos cozidos, o tomate


1 colher (sopa) de cebolinha picada
com as ervas e o alho frito.
folhas de manjericão
Leve ao forno por mais 1 minuto,
sal e pimenta-do-reino moída na hora apenas para aquecer.
Regue com o azeite e distribua as

ervas por cima.


254

ro
L

"
o
u

"'
m

u
Q;

........ ••1n r .... -·- ... ..

400g rendimento: 4 porções

PREPARO
INGREDIENTES Cozinhe o bacalhau na água em
500 g de bacalhau, sem pele e fervura branda* até que fique
sem espinhas, dessalgado (ver p. 252) macio. Desfie-o dentro de um pano.

350 g de batata Cozinhe a batata inteira em água


o
salgada até ficar macia.
1 00 g de cebola em
Escorra e esprema-a ainda quente.
brunoise (ver p. 55)
e.
ro
Misture com o bacalhau.
u 1 dente de alho bem picado
Salteie (ver p. 47) a cebola e o alho
1 colher (sopa) de azeite de em azeite. Acrescente o vinho do
oliva extravirgem Porto e reduza*.
50 mi de vinho do Porto Acrescente esse salteado à

3 ovos mistura de batata e bacalhau.

Adicione as gemas, a salsa, sal


1 colher (sopa) de folhas de
e pimenta. Bata as claras em neve
salsa picadas
e acrescente à massa delicadamente.
sal e pimenta-do-reino
Leve a massa ao freezer por 1 O
moída na hora
minutos.

Forme quenelles* e frite os

bolinhos por imersão (ver p. 45).


Fica com sabor acentuado e consistência bem

diferente do peixe fresco. Em lascas ou fatias finas, pode ser 255

usado em sanduíches, saladas e canapés (salmão ou haddock); se marinado

em azeite ou óleo com especiarias e ervas, pode ser usado em

saladas e antepastos (arenque e truta); além disso pode ser cozido no leite

ou grelhado e preparado num molho cremoso (haddock), a fim de suavizar

o sabor. Nesse caso, deve ser servido com acompanhamentos <li

bem neutros, como batatas cozidas,

por exemplo.

HADDOCK r iO PORO
re11dimen10: porções 400g

PREPARO
INGREDIENTES Doure ligeiramente na manteiga o
70 g de manteiga sem sal alho-poró com o açúcar, sal e pimenta.

8 alhos-porós médios (parte branca) fatiados Reduza bem o fogo, tampe e cozinhe

até que o alho-poró fique bem macio.


2 l /2 colheres (chá) de açúcar
Aumente o fogo e acrescente o jerez,
o

80 mi de jerez
o tomilho e o creme de leite.
1 colher (chá) de folhas de tomilho Reduza um pouco e corrija o sal.
a.

"'
u

170 mi de creme de leite fresco Numa panela, cozinhe o haddock com

1 filé de haddock defumado cortado o leite e a água por aproximadamente

em 6 pedaços de 200 g cada 1 O minutos ou até que esteja macio.

Escorra e sirva sobre o creme de


1 l /2 litro de leite
alho-poró.
l /2 litro de água

sal e pimenta-do-reino

moída na hora
o
ªfrutos �
do mar �

258
pesar de chamados genericamente

de frutos do mar; os moluscos e crustáceos pos-

suem características tão peculiares que merecem ser


L

tratados de forma individual.

Por terem a carne muito delicada, exigem cuidados

especiais no preparo. O cozimento no tempo correto

400g é importantíssimo, pois em poucos segundos passam

"'
de uma consistência macia para outra dura e, muitas
E
o
"O vezes, "borrachuda''. Os sabores são normalmente
(/)
o
intensos e muito característicos, o que requer mais

cuidado na escolha de molhos e acompanhamentos

e do método de cacção a ser utilizado. Ao falar em

frutos do mar, não se pode esquecer a simplicidade:

ela valoriza o ingrediente.


CRUSTÁCEOS
( 11.1< tel lldl 11 ',t;> [><>I

P" ',1111 ·rn e 11 1p.1� 1 ( /rn 1

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c1nt<'t1.1' C' du1, fl•llE' dr 111.i x1L IS. 259

O, PXetnplo· 111<11'> ccml 1c·1 ido·,

.Jo: ld"O,[cl, Ccll 1l.ll .-t<> r> ld"<p, l 1111.

MOLUSCOS Ao comprar frutos cio mar


C_11,1Clenz,un �e-· po1 possuitcm São os que possuem é preciso antes de mais nada
1Jt11.1 r or1111.1, a� vezes ciu.is. que apenas uma concha, como, senti!- seu cheirn, que deve
lhes protege o c.ni pu. com po1- exemplo, o abalone, o ser neutro e agradável. Se
cxce�.io .1penc1s do polvo e· ouriço-do-mar e os escargots. forem comprados congelados,
d.i l1Jl.1, que possuem tf'nt.irnlo�. sua embalagem deve estar
U1v1dc111 �P P111 11111v,dve;, em perfeitas condições e eles
bivalves t rdalópoclcs. São os que possuem duas devem estar armazenados à

conchas, ligadas por uma temperatura de - l 8ºC ou 400g

articulação, como, por mais frio.

exemplo, o marisco, o "'


E
mexilhão, a ostra e a vieira.
o
Como já foi dito -o
"'
anteriormente, a textura o
.....
::i
São os que possuem os dos alimentos tem papel ...
-
"pés na cabeça". ou seja. tão importante numa receita 00

o
têm os tentáculos ou braços quanto o sabor: Quando

ligados diretamente à cabeça. se trata de frutos do mar.


ro
A lula e o polvo são exemplos isso é ainda mais importante. u

de cefalópodes. Portanto, seja qual for a

receita escolhida, sempre

calcule muito bem o

momento de acrescentar

o fruto do mar ao preparo.

A seguir há algumas indica­


ções básicas, mas são as

receitas que ilust1-am melhor


o procedimento correto

de cozimento.
260

POLVO
Além do cheiro, é preciso observar a P1 p, 1

textura da carne, que deve estar firme Pode ser cozido, grelhado ou salteado.

e úmida, mas não viscosa. Os polvos O tempo de cozimento depende muito


400g
meno1·es, de até 1 kg, são mais macios. do tamanho dos pedaços, mas em geral

Deve ser armazenado embalado em deve ser de até 5 minutos ou então


"'
recipientes plásticos e então colocado passar dos 25 minutos, quando a carne
E
o entre camadas de gelo e refrigerado. voh:a a ficar macia (entre 5 e 25 minutos,

cn
a carne se torna extremamente dura).
o
.... L11npen A escolha do tempo de cozimento
:::J

depende muito do tipo de receita.



..... Retire a cabeça fazendo um corte
00
logo acima dos olhos. Abra-a e 1·etire Por exemplo, um polvo grelhado ou

as vísceras. Reserve. Com a ponta de usado numa salada, ficará melhor se


Q_ uma faca, corte em volta dos olhos e feito de maneira rápida. No caso de ser
rn

usado num molho ou ensopado, pode


u
retire-os. Vire os tentáculos ao contrário

e esprema uma cartilagem dura que ser mais interessante cozinhar o polvo

se encontra no seu centro. Lave os por mais tempo par·a que absorva

tentáculos cuidadosamente para remo­ melhor o sabor do preparo e transfira

ver eventuais sujeiras das ventosas. seu sabor para o molho. A cabeça do

Se desejar, retire a pele, puxando-a polvo é comestível, porém, por sua

firmemente. carne ser mais fina que a do corpo


e dos tentáculos, o ideal é usá-la

separadamente numa receita.


rendimento · 6 porções 261

PREPARO
INGREDIENTES POLVO
POLVO Cozinhe o polvo em água fervente
po1vo inteiro (aproximadamente 2 kg), com o louro e o tomilho por
limpo (ver p. 260) aproximadamente 6 minutos, ou

1 folha de louro até que esteja macio.

Escorra, deixe esfriar e corte


ramo de tomilho fresco
em pedacinhos.
15 mi de azeite de oliva extravirgem
Aqueça o azeite e acrescente
cebola-roxa grande picada a cebola.
1 alho-poró em fatias Deixe murchar um pouco e 400g

1 /2 xícara de grão-de-bico cozido, junte o alho-poró.

sem pele Quando murchar, acrescente m

E
os pedaços de polvo.
2 colheres (sopa) de azeitona preta o

Salteie (ver p. 47) ligeiramente,


em lascas
retire do fogo, passe para uma
2 colheres (sopa) de azeitona verde
tigela e deixe esfriar.
em lascas
00

3 ovos cozidos picados MOLHO


o

1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas Dissolva o sal e a pimenta a.

m
no suco de limão. u

l"IOIHO Acrescente o azeite em fio, batendo


30 mi de suco de limão com fouet* até que fique homogêneo.

90 mi de azeite de oliva extravirgem Junte ao polvo o grão-de-bico, as

azeitonas, os ovos, a salsa e o molho.


sal e pimenta-do-reino moída na hora
Misture delicadamente e sirva.

Se for servir posteriormente, conserve

a salada na geladei1-a e retire com

30 minutos de antecedência, para


não servi-la gelada.
262 POLVO
r fl 11 d 1 111 e ri 1 o 6 p o r çõe s

INGREDIENTES Corte o polvo em pedaços de

750 g de polvo limpo (ver p. 260) aproximadamente 3 cm e tempere

(corpo e tentáculos) com sal e pimenta.

90 mi de azeite de oliva extravirgem Aqueça o azeite e, em fogo alto,


salteie (ver p. 47) o polvo até
200 g de cebola em brunoise (ver p. 55)
que fique bem rosado.
2 alhos-porós em rodelas
Acrescente a cebola e salteie
pacote de pistilos de açafrão até que fique transparente.
400g 3 dentes de alho picados Junte o alho-poró, o açafrão

3 tomates maduros e o alho.

<O Salteie até que fiquem


1 saché d'épices (ver p. 59)
E
ligeiramente dourados.
o
300 g de arroz cozido
-o Acrescente o tomate e deixe secar:
(/)
o sal e pimenta-do-reino Adicione água suficiente para cobrir
....
::l
.... moída na hora o polvo (cerca de 1 cm acima),
-

00 coloque o sachet d'épices e tampe.


o
Cozinhe em fogo baixo por

o_
25 minutos até que o polvo
cu
u esteja bem macio.

Caso seja necessário adicionar


mais líquido, utilize água quente.

Quando o polvo estiver cozido,

prove o molho. Se for necessário,

reduza* um pouco.

Retire o sachet d'épices e

acrescente o arroz.

Deixe o arroz absorver o molho

e ajuste o tempero.
LULA 263
Além do odor; observe a pele, que

não pode estar viscosa. A lula deve

ser- armazenada em recipiente plástico

e então colocada entre camadas de

gelo e refrigerada.

1)

Lave a lula e, se desejar; retire a

pele, puxando-a com firmeza.

Separe cuidadosamente os tentáculos

do corpo - o olho, a bolsa de tinta e os

intestinos virão junto com os tentáculos. 400g

Lave e retire a pena interna (cartilagem

transparente). Para utilizar os tentáculos, "'

E
faça um corte bem acima do olho
o

e esprema uma pequena cartilagem "O

CI)
arredondada que se encontra em o

sua base. Para utilizar a bolsa de tinta,

passe-a por uma peneira no momento

do uso.
a

ro
P•
Pode ser grelhada, empanada ou

frita; assada com ou sem recheio;

cozida em líquido ou no vapor:

O tempo de ::ozimento deve ser

curtíssimo ou por mais de 25 minutos,

quando ela volta a se tornar macia.


, "' !\ G

rendimento. 8 porções

rrEr 1
INGREDIENTES Leve os anéis de lula para marinar

12 lulas cortadas em anéis no azeite extravirgem e no suco

1 50 mi de azeite de oliva extravirgem de limão por 30 minutos sob refrigeração.

Tire os anéis da marinada, seque e tem­


50 mi de suco de limão
pere com sal, pimenta e o orégano.
250 g de farinha de rosca
Empane* na farinha de rosca e
folhas de 1 ramo de orégano picadas grelhe em grelha bem quente, untada

sal e pimenta-do-reino moída na hora com um pouco de azeite.

azeite de oliva extravirgem

para untar

400g
rendimento: 6 porções

"'

E PREPARO
o
INGREDIENTES Limpe a lula (ver p. 263), reservando

2 kg de lula os saquinhos de tinta, e corte-a em anéis

80 g de amêndoa picada e pequenos pedaços.

Num pilão, amasse a amêndoa com


00 S dentes de alho amassados
o o alho e a salsa.
1 colher (sopa) de folhas de salsa
Acrescente o pão e misture bem.
crespa picadas
Amasse os saquinhos de tinta
a.

ro

3 fatias de pão mergulhadas


'-'

reservados e passe por uma peneira.


em água e escorridas Numa panela, doure a cebolinha

1 xícara de cebolinha (parte branca) picada (parte branca) no azeite e acrescente

20 mi de azeite de oliva de extravirgem a pasta de pão.

Doure por 2 a 3 minutos e adicione a


SOO mi de vinho branco seco
lula, o vinho, a água, a tinta reservada
300 mi de água
e os dois pacotinhos de tinta adicionais.
2 pacotinhos de tinta de lula Tempere com sal e pimenta.

2 colheres (sopa) de cebolinha Cozinhe por aproximadamente 40 minutos

(parte verde) picada em fogo baixo ou até que estejam macias.

sal e pimenta-do-reino moída na hora Retire do fogo e acrescente a cebolinha.


CARANGUEJO
Por ser extremamente perecível,
265
deve ser comprado vivo e mantido

assim até o momento do preparo.

A alternativa é comprar apenas sua

carne congelada. Não é difícil de

limpar uma vez que todas as suas


partes tenham sido identificadas.

Com uma pinça de cozinha, pegue o

caranguejo vivo, coloque-o numa panela

com água fervente e sal e cozinhe por

5 minutos. Escorra e lave-o em água


400g
corrente. Caso deseje utilizá-lo inteiro,

retire os eventuais pêlos da carapaça


"'
raspando com um� faca. Caso deseje E
usar apenas a carne, retire as patas e o

quebre-as para remover a carne com VI


o
.....
mais facilidade. Com uma faca, abra o ::J
.....
corpo em duas partes, como se fosse

uma concha. Ali, irá encontrar um pouco o


;;:>
de carne e as vísceras do caranguejo; .....

retire com uma colherinha a carne CL

"'
u

branca e jurte à que foi retirada das

patas; despreze as vísceras.

rpp,11 o

Pode ser cozido e servido inteiro, ou

pode-se retirar a carne cozida e utilizá-la

numa receita de recheio, sopa, suflê


ou salada, por exemplo. Nesse caso,

pode-se usá-la diretamente ou ainda

saltear a carne com temperos para

agregar sabor à receita.


SALADA DE� C AO
rendimento: 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Numa tigela média, misture

400 g de carne de caranguejo (ou centolla), delicadamente a carne de


266
catada, sem casca ou cartilagem caranguejo, o salsão, a ciboulette

1 talo de salsão (parte verde mais clara) e o estragão.

em brunoise (ver p. 55) À parte, misture o limão com sal


e pimenta, e em seguida junte
1 colher (sopa) de ciboulette picada fino
a maionese, o creme azedo e
1 /2 colher (chá) de estragão seco
a; a mostarda de Dijon.
n
suco de 1 /2 limão Regue a mistura de caranguejo
ro
u 40 g de maionese (ver p. 340) com um pouco desse molho,

u 30 g de creme azedo (ver na p. 341) só até que a carne esteja


1'
temperada, e reserve o restante
1 /2 colher (chá) de mostarda de Dijon
para temperar as folhas de alface.
sal e pimenta-do-reino preta moída na hora
Sirva em seguida com folhas de
400g
folhas de alface e fatias de pão grelhado alface temperadas com o molho
para acompanhar reservado e fatias de pão grelhado
"'
ou reserve em geladeira.
E
o

(/)
o
+"
::i
.....
SIRI
00
o
Por ser extremamente perecível, deve Retire a carne puxando-a com cuidado.
ser comprado vivo e mantido assim até Puxando firmemente, arranque a
ro
u
o momento do preparo. Também se carcaça e retire as vísceras sob água
pode encontrar sua carne congelada. corrente. Quebre o siri e retire a carne.

r !
Com uma pinça, pegue o siri vivo Assim como o caranguejo, sua
e coloque-o numa panela com água carne é muito usada para o preparo
fervente e sal. Cozinhe até que a de recheios (como na casquinha
carcaça mude de cor (de azul para de siri), sopas, saladas e suflês.
vermelho). Escorra e lave-o sob água A carne é empregada diretamente
corrente. Separe as pinças maiores e numa receita ou salteada com
quebre-as ligeiramente com um martelo. temperos.
267

rendimento: porções
C>
u
PREPARO
INGREDIENTES Numa panela, derreta 30 g de manteiga,

70 g de manteiga sem sal junte a cebola e sue*.

1 cebola picada fino Acrescente a farinha e adicione aos

poucos o leite frio, mexendo sempre,


30 g de farinha de trigo
até formar um creme liso.
500 mi de leite
Junte as gemas, uma pitada de páp rica,
4 OVOS
uma pitada de noz-moscada, a mostarda, 400g

2 colheres (chá ) de mostarda o vinho branco e a carne de siri.

30 mi de vinho branco seco Mexa bem em fogo baixo, tempere com "'
E
sal, pimenta-do-reino e algumas gotas
kg de carne de siri descongelada o
de Tabasco, junte a salsa e reserve.
l /2 xícara de folhas de salsa picadas V)
Preaqueça o forno a l 80ºC. o
....
l /2 xícara de farinha de rosca Forre uma assadeira pequena com
::::>
.....
-
2 claras papel-alumínio muito bem untado 00
o
50 g de queijo parmesão ralado com manteiga e polvilhe com parte

da farinha de rosca. o.
páprica picante ro
Bata as claras em neve, junte delicada­ u
noz-moscada ralada na hora
mente à mistura de siri e passe para
Tabasco ou outro molho de pimenta a assadeira.

sal e pimenta-do-re ino moída na hora Misture o queijo parmesão com a

manteiga sem sal para untar farinha de rosca restante e polvilhe

sobre a mistura.

Divida a manteiga restante em

pedacinhos e espalhe sobre a mistura.


Asse até que esteja corado e quando

enfiar um palito, este saia limpo.


268

LAGOSTA, CAVAQUINHA E
LAGOSTIM
O ideal é comprá-los vivos. Devem Se for grelhá-los, corte-os ao meio,

ser mantidos refrigerados, em caixas pelas costas, no sentido longitudinal


com gelo por no máximo 1 dia. com uma faca pesada de chef.
400g
Pode-se comprar também esses Nesse ponto, retire os intestinos.

crustáceos congelados, normalmente Se for usar a cauda separada da cabeça,


"'
E só as caudas. Nesse caso, lembre-se segure a cabeça e puxe firmemente a
o de que o processo ideal de cauda para fora. Com uma tesoura,

"' descongelamento é em geladeira, corte a parte debaixo da cauda pelas


o
....
::::l por 24 horas. No caso de lagostas laterais. Retire a carne puxando de

-
e cavaquinhas, compre animais de uma vez só. Na maior parte das vezes,
00
o tamanho médio (entre 500 g e 1 kg), o intestino se mantém preso à carapaça.
::::l
cuja carne é mais macia e de sabor Caso isso não ocorra, tente puxá-lo
a.
"' mais delicado. ou faça um corte para retirá-lo.
u

Para utilizar as cabeças em caldos, lave

1 1 bem a parte interna em água corrente


É mais fácil tirar sua carne quando e, com um martelo de cozinha,
parcialmente cozidos. A lagosta e a quebre-as em pedaços menores.
cavaquinha cozinham entre 6 a 15
minutos, dependendo do tamanho. P1 'lh 1 o
No caso do lagostim, cozinhe-o por; Podem ser cozidos ou grelhados
no máximo, 3 minutos. Use em panela com a casca, servidos com manteiga
grande, com água fervente salgada clarificada ou composta, ou usados
em abundância ou no vapor. Resfrie em risotos, sopas, massas e saladas
sob água corrente. ou salteados com temperos.
SALADA MORNA DE LAGOSTA GRELHADA, FIT E VAGEM HOLANDESA
rendimento · porções

PRl=Pi\RO
INGREDIENTES CONFIT DE TOM/\l [

CONFIT DE TOMATE Preaqueça o forno a 1 60ºC.

kg de tomate italiano maduro, Corte o tomate ao meio, retire a ponta

de tamanho médio que o prendia ao talo e parte das sementes.

Disponha-o numa assadeira ligeiramente 269


5 g de sal
untada com azeite e polvilhe o sal, o açúcar
1O g de açúcar
e uma pitada de páprica picante.
páprica picante Regue com um fio de azeite e asse po1- no mínimo
azeite de oliva extravirgem 1 hora ou até que esteja semi-desidratado.

LAGOSTA LAGOSTA

2 a 3 litros de fundo de peixe Num caldeirão, em fogo médio, misture o fundo

ou crustáceo (ver p. 64) de crustáceos, a água e 2 limões.


Quando começai- a ferver; junte as lagostas com
2 litros de água
um palito de churrasco atravessado ao longo
3 limões-sicilianos cortados ao meio
do corpo para que não entortem tanto ao cozinhar.
400g
3 lagostas de 350 g a 450 g cada Cozinhe por apenas 4 minutos. Retire do fogo e deixe

75 mi de azeite de oliva extravirgem esfriar. Aqueça uma grelha ou chapa.


"'
400 g de vagem holandesa branqueada* Com uma faca de chef afiada, corte a lagosta E

em água com sal ao meio no sentido do comprimento.


Tempere com 3 colheres de sopa de azeite, sal e pimenta.
15 g de échaloté ou cebola-roxa
Com a parte da carne para baixo. doure as metades
em brunoise (ver p. 55)
das lagostas por 3 a 4 minutos.
00
1O g de ciboulette picada rino
Vire e deixe aquecer por 2 a 3 minutos do lado da casca. o

azeite de oliva trufado (opcional) Numa sauteuse (ver p. 27) grande, em fogo médio,
::;>
-
o.
sal e pimenta-do-reino coloque o azeite restante, junte a vagem e tempere ro
u
preta moída na hora com sal e pimenta.

Acrescente a échalote, salteie (ver p. 47) até

que esteja ligeiramente dourada. Junte o tomate.

Prove o tempero e reserve.

Quando amornar; adicione o suco de 1 /2 limão

(ou mais, se desejar).

Arrume num prato a guarnição de vagem e tomate,

tempere com gotas do azeite trufado, se desejar;


e a ciboulette.

Corte a lagosta em rodelas de 1 cm e distribua por cima.

Pode ser servida morna ou em temperatura ambiente.


270

<O

.r

e
CAMARÃO
,..,

o É comercialmente classificado por


ú

tamanho ou por unidades/kg, por exem­ Deve-se retirar a casca e depois


UI
n
plo: 8/ 1 O significa 8 a 1 O camarões em o cordão escuro que corre ao longo das

n1 1 kg, ou seja, são camarões grandes. costas do camarão, antes ou depois da


l)

Os mais comuns no Brasil são os cocção. Caso se queira manter a casca,

º' camarões rosa e cinza. Além disso, o cordão escuro pode ser retirado

deve ter cheiro suave, sem nenhum com um palito ou agulha de crochê.

traço de amoníaco (odor comum Outra solução possível é fazer uma


400g incisão superficial com uma faca
quando o produto não está fresco).
A cabeça deve estar bem presa ao afiada diretamente na casca, apenas

corpo. Deve ser armazenado em reci­ o suficiente para retirar o cordão.


"'

E
piente plástico, colocado entre camadas
o

de gelo e então refrigerado. pi 1

Pode ser cozido (em água ou num

molho), salteado, grelhado (com

00 ou sem a casca) ou feito "no bafo"


o
(cozidos em seu próprio vapor;
::>

em panela tampada). O tempo
a.
ro
u
de cozimento é muito curto, entre

1 e 4 minutos, dependendo do tamanho


do camarão. Caso se deseje um sabor

mais acentuado, as cascas e a cabeça


podem ser usadas para fazer um

caldo ou como parte do molho

de uma receita.
rendimento: 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Numa panela, afervente as cascas e
36 camarões médios limpos cabeças de camarão duas vezes,
(reservando a casca e a cabeça) desprezando o líquido.

120 mi de azeite de oliva extravirgem Numa frigideira de inox, aqueça 45 mi

de azeite e frite as cascas e cabeças de 271


200 g de cebola em brunoise (ver p. 55)
camarão, até que estejam bem douradas.
1 pimentão vermelho, sem semente,
junte a cebola, o pimentão, a pimenta­ ro

em brunoise .L.

dedo-de-moça e metade da cebolinha


rodela de pimenta-dedo-de-moça e sue*. Deglaceie·* com o vinho branco
N
o

sem semente
e deixe secar. Adicione a água e cozinhe
1 /2 maço de cebolinha em fatias finas por aproximadamente 20 minutos.

200 mi de vinho branco seco Coe e reserve esse caldo. Em outra

frigideira, aqueça o azeite restante com


1,2 litro de água
o alho e salteie (ver p. 47) os camarões
4 dentes de alho em brunoise
limpos. Retire os camarões e, na mesma
• 1 alho-poró em brunoise frigideira, coloque o alho-poró e a
400 mi de creme de leite fresco cebolinha restante. Cozinhe por alguns 400g

sal e pimenta-do-reino moída na hora minutos (apenas até amolecerem).



Deglaceie a frigideira com o caldo prepara­ "'

E
do anteriormente e reduza à metade.
o

Adicione o creme de leite fresco e -o

(/)
tempere com sal e pimenta. o
....
::i
Aqueça os camarões nesse molho '-
-

para servir. co

::i
....

CA r 1 1 ro

rendimento: 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Faça um corte no dorso de cada
24 camarões inteiros camarão, da cabeça à cauda, sem retirar
grandes ( 12/ 14) a casca e retire a veia. Lave-os bem

azeite de oliva extravirgem e seque com papel absorvente.

Numa tigela, coloque os camarões


sal e pimenta-do-reino
limpos, tempere com sal e pimenta
moída na hora
e regue com azeite, misturando bem.

Grelhe em chapa bem quente, até que

fiquem bem vermelhos e crocantes.


MEXILHÃO E VÔNGOLE
Quando forem comprados frescos,
272
as conchas devem estar bem fechadas

ou, caso estejam ligeiramente abertas,

devem fechar-se imediatamente ao

serem tocadas, mostrando que estão

vivas e próprias par-a o consumo.

Devem ser conservados na própria

embalagem e consumidos em até

24 horas.

fT

Deve-se esfregar as conchas com

uma escova sob água corrente antes


400g
de abri-las com a ponta de uma faca e

retirar as barbas, caso haja. Se a concha


ro

E estiver- especialmente pesada ou leve,


o deve ser verificada, pois ocasionalmente

Vl podem-se encontrar conchas vazias ou


o
-
::i
cheias de barro ou areia. Outra maneira
L

de abrir as conchas é cozinhá-los em


co

o
pouca água, no vapor- ou diretamente

no molho com o qual serão servidos.


o_
(1)
Eles se abrem sob efeito do calor�
'-'
Descarte os que não se abrirem com

o cozimento, pois significa que não

estão frescos.

J- r �p r o

Podem ser usados crus, cozidos

(como explicado acima, para que

se abram sozinhos) ou ainda cozidos

"no bafo" (em panela tampada, com

o vapor do próprio líquido) ou também

com vinho e temperos aromáticos.


273

rendimento 4 porções

INGREDIENTES Limpe os mexilhões (ver p. 272).


40 mexilhões Coloque-os numa panela com

100 g de manteiga sem sal gelada metade da manteiga, a cebola, a


400g
salsa, o vinho e o suco de limão.
1 cebola em brunoise (ver p. 55)
Tampe e cozinhe por alguns
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas
minutos, mexendo ocasionalmente,
"'

E
200 mi de vinho branco seco até que se abram. o

suco de 1 limão Retire os mexilhões e reserve

sal e pimenta-do-reino moída na ho1·a em local aquecido.

Coe o molho e leve para reduzir*.


pão francês em fatias para acompanhar 00
Finalize (monter au beurre*)
o

o molho encorpando-o com :;;,


+-'

a manteiga restante e tempere a.

"'
u
com sal e pimenta.

Sirva sobre os mexilhões,

acompanhado de pão francês.


274

J
OSTRA
Deve estar com a concha bem

fechada. A carne tem que estar


e
firme, úmida e bem brilhante. Deve

permanecer viva até o momento

do preparo, conservada em gelo

ou refrigerada e consumida em
<­ até 24 horas.
<
w

As conchas devem ser bem escovadas


400g
e então abertas com a ponta de uma

faca de lâmina dura e curta ou com


"'
uma faca para ostras. Tenha o cuidado
E
o
de não deixar que a água escorra.
-o

Vl
o
.... L
:;,
.....
- Crua com gotas de limão e

pimenta ou em pratos quentes


o

:;, como, por exemplo, ostras empanadas


....

o.. e fritas ou gratinadas. Por ter sabor


"'
u
intenso, não é indicada para preparos

muito elaborados.
275

OSTRA GRATINADA COM


1 r. d 1 rn e 11 1 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES "'ABAGLIONE

ZABAGLION[ Misture todos os ingredientes

6 gemas e leve ao fogo em banho-maria*,

45 mi de azeite de oliva batendo com um fouet* até

extravi rgem ficar espumoso e b1-ilhante

e aumentar de volume.
90 mi de fumet de peixe (ver p. 68)

135 mi de champagne seco 400g


t)\P o
sal e pimenta- do -reino Retire a carne das ostras,
moída na hora lave as cascas e reserve-as. "'
E
Numa sauteuse (ver p. 27),
o
( 5Tf' salteie (ver p. 47) o alho "'O

V>
24 ostras limpas e abertas (ver p. 274) na manteiga e no azeite. o
...,
:J
2 dentes de alho picados Adicione as ostras e salteie �

60 mi de manteiga clarificada* muito rapidamente. co


o
Tempe1-e com sal e pimenta.
60 mi de azeite de :J
...,
Coloque cada ostra numa casca.
oliva extravirgem CL

ro
regue com zabaglione e gratine u

sal e pimenta-do-reino
na salamandra*.
moída na hora
276

VIEIRA
Deve estar com as conchas bem

fechadas. A carne é clara, transparente e

tem odor suave e adocicado. Se estiver

com a casca deve ser armazenada na

embalagem em que for comprada.

Vieira sem casca deve ser embalada

em recipiente plástico e colocada entre


camadas de gelo e então refrigerada.

OURIÇO
40Dg
Se for comprado inteiro, deve ter os Escove as conchas com delicadeza
espinhos firmes e revoltos. Deve ser e abra com a ponta de uma faca.
"' armazenado em geladeira e consumido
E
em até 24 hor·as.
o
Pode ser servida crua, cozida, grelhada
(/)
o l li< l ou feita no vapor. De qualquer forma,
....
::1

-
....
Usando luvas para proteger as mãos, deve ser cozida muito rapidamente,
00
segure o ouriço e corte o topo da o suficiente para que fique quente
o

concha com uma tesoura. Se não for e firme ao toque.

servi-lo dentro da própria concha,


"'
u
retire a carne com uma colher.
277

rend1men10· 6 porções

·r
INGREDIENTES Numa wok (ver p. 27) ou
45 mi de óleo frigideira, aqueça o óleo e salteie

4 fatias de gengibre (ver p. 47) o gengib1-e,

a cebola, a pimenta e o capim­


cebola-roxa pequena em fatias
limão até ficarem macios, mais
1 pimenta-dedo-de-moça,
ou menos 5 minutos.
sem semente, em fatias
junte o shiitake e salteie
400g
1 talo de capim-limão (parte branca), por 3 minutos.
em fatias grossas diagonais Tempere e deglaceie*
"'
1 xícara de shiitake em fatias com o molho de peixe.
E
60 mi de nam pia (molho de peixe) Reduza* à metade, junte

o fundo de ave e deixe


900 mi de fundo claro de ave (ver p. 62)
evaporar mais um pouco.
suco de 1 limão
Acrescente o suco de limão
1 /4 de xícara de folhas grandes de manjericão e tempere com sal.
co

1 /4 de xícara de cebolinha picada Acrescente algumas folhas

36 vieiras grandes de manjericão e a cebolinha. ro


u
As vieiras podem ser douradas
sal e pimenta-do-reino
na chapa, temperadas apenas
branca moída na hora
com sal e pimenta, e adicionadas

ao caldo na última hora, ou


escalfadas (ver p. 48) num
pouco de nage* à parte e

adicionadas ao prato final

(a nage com todos os

legumes e temperos).

Decore com as folhas

de manjericão restantes.
aves

..... - .... / ...._


.. _....,.
...
,. 1. _ ___
_ _ _... ---:;....
------:::::>--..-...
280

uando se fala em ave. pensa-se

logo em frango: no entanto, hoje em dia a

variedade de aves disponível é muito grande.

Codorna, perdiz, pato, galinha-d'angola são

400g facilmente encontrados. O aumento da de-

manda incentivou os produtores a criarem


"'

essas aves originariamente selvagens. Como


Q)

o
cada ave tem sua par ticularidade, é impor-

o.
tante descobrir o sabor e a textura de cada
"'

uma delas.
Aves são todos os animais de pena A manipulação de aves requer 281
usados na alimentação. Os mais usados cuidado redobrado, já que há o
na gastronomia são frango, galinha, peru, risco constante de contaminação
galinha-d'angola, pato, marreco, codorna, por bactérias do gênero Salmone/la
perdiz, faisão e avestruz. Podem ser (ver p. 568).
encontrados resfriados (abatidos,

resfriados e vendidos para consumo

em no máximo 5 dias) ou congelados

(submetidos à ação do frio até alcançar • Verifique a procedência do

a temperatura interna de - l 8ºCJ animal no momento da compra

e recebimento (só compre aves

A limpeza das várias espécies de ave criadas em avícolas certificadas

é muito semelhante, diferenciando-se e confira a temperatura do produto 400g

basicamente pelo tamanho. Portanto, no momento da entrega);


tendo aprendido a limpar, trinchar* e Armazene sob refrigeração ou
desossar unr frango, com algum treino congele imediatamente após
e cuidado você será capaz de fazer o recebimento;
isso com qualquer outra ave. Retire da geladeira apenas no

momento de iniciar a manipulação o

É possível comprar aves inteiras ou e apenas a porção a ser usada;


porcionadas. No entanto, é necessário Tome medidas para impedir a Cl.

ro

avaliar antes se todas as partes serão contaminação cruzada: assegure-se


mesmo utilizadas. Do contrário, a da limpeza de todos os utensflios

compra de partes da ave pode ser e superfícies utilizados para a


mais interessante. manipulação de aves (facas, tábuas,

bancadas etc.), não coloque aves


A compra do animal inteiro será cruas sobre alimentos já prontos
mais compensadora se, por exemplo, ou que não serão cozidos (saladas,

usarmos os ossos e pés para um fundo; por exemplo), e higienize muito


o peito, as coxas e sobrecoxas em bem as mãos imediatamente após
pratos; as asas grelhadas para um a manipulação de aves cruas.
aperitivo; as rebarbas da limpeza;

e os miúdos para recheios.


o
FRANGO cozimento. Carne adequada para

282
Éa mais comum das aves utilizadas guisados e sopas.

na culinária. Contudo, o que chamamos

genericamente de frango pode ser re

classificado em cinco categorias, É o frango criado solto, com alimen­


N
conforme o tamanho e a idade tação natural ou mista, muito saboroso
o
u
do animal. e com forte apelo mercadológico. Sua

carne, no entanto, é mais rija; e a pele,

p além de mais corada, não desmancha

Ave de até 3 meses de idade, pesando no cozimento, prestando-se mais a


>
entre 400 g e 800 g. Tem carne macia, ensopados, guisados, assados no forno
"

com cartilagens e ossos moles, pouca ou espeto.

gordura e sabor suave; cozinha com

400g bastante rapidez. As melhores formas

de prepará-lo são grelhar. fritar ou assar. O costume de capar frango data

da Grécia Antiga e é ainda hoje muito


.-rango comum difundido no Nordeste brasileiro. A ave
li)
CI>
Geralmente animais machos, entre 3 castrada é saborosa e possui uma cama­

e 7 meses, pesando entre 1 kg a 1,5 kg. da de gordura que derrete durante o


"'

o
Possui carne mais suculenta, cartilagens cozimento. É melhor para assados.

firmes e ossos mais resistentes. Presta-se

a.
a praticamente todos os modos de
"'
u preparo. As fêmeas normalmente são Assegure-se de que o produto tenha:

destinadas à postura de ovos e só • cheiro suave;

costumam ser abatidas em idade adulta. • pele macia e seca (se estiver úmida,

é sinal de que o animal já esteve

l i nhc.. ou �10 congelado);

Aves adultas com mais de 7 meses, • pele de cor clara, entre o amarelo

pesando de 1,5 kg a 4 kg. Podem ser e o branco, sem manchas escuras;

preparadas de diversas maneiras. • carne com consistência elástica,

A carne é bem saborosa, variando nem dura nem mole demais, deve

de acordo com a raça e o tipo de ceder ao toque e voltar à forma

alimentação. O galo tem a carne mais quando interrompida a pressão;

firme e menos gordurosa do que a da • bico e pés flexíveis quando apertados,

galinha e precisa de mais tempo de assim como o osso do peito.


/�
o -

Patos e outras aves encontrados


283
no comércio brasileiro são sempre
Carne branca e macia, muito boa advindos de criação em cativeiro.
para grelhar; fritar e saltear. Essas são espécies trazidas de fora

e aclimatadas aqui.

Há também uma pequena atividade

Corte do peito que conserva a de caça a algumas dessas aves em nosso


coxa da asa limpa. território. Os animais mais populares
para caça por aqui são os nativos,

como a pomba-rola.

Carne mais escura e muito saborosa.

Pode ser assada, grelhada (depois de

desossada), guisada ou frita. Escura e de sabor mais intenso que 400g


a do frango, a carne de pato pode

apresentar diferentes sabores e texturas,

Carne mui�o saborosa. Pode ser de acordo com a raça, alimentação e


guisada, grelhada, frita ou assada. preparo. Pode ser assado, braseado,

guisado, ensopado, confitado* (o confit

de canard). Seu peito (magret) pode


o

Composta de uma pequena coxa ser grelhado como um steak. Um


e da anteasa. É muito macia, boa para importante subproduto do pato é o
Cl.

assar, fritar e grelhar. fígado gordo (foie gras), obtido através ro

da engorda forçada do animal.

Parte saborosa, usada em sopas,

fundos e caldos. Ave de plumagem cinza com

pontinhos pretos, a perdiz tem a

carne escura e tenra (especialmente


O fígado, o coração e a moela são a dos animais novos). A carne da fêmea
ótimos para salteados ou como recheio é mais suculenta e macia que a do
de outros pratos. O pé serve para fazer macho, chamado perdigão. Pode ser
caldos ou sopas. guisada, braseada ou assada.
�� ��

td;;:-- .
. �

.

284 p Pf �PARO
O pombo selvagem tem uso na Cada ave tem sabor e textura

culinária semelhante ao da perdiz. particulares, mas no preparo de todas

É uma espécie específica, caçada em elas há dois aspectos com que se

determinadas regiões (pombos de deve tomar muito cuidado: o possível

igreja não servem). Esse animal ainda ressecamento do peito e a necessidade

não é criado no Brasil. Pode ser de temperar com antecedência.

guisado ou braseado. Por ser uma carne extremamente

magra (à exceção da de pato), pode-se

lançar mão de alguns recursos a fim de

Uma das mais carnudas aves de caça, torná-la mais suculenta:

pode ser assada ou braseada. Quando assá-la com osso e pele, mesmo
400g
criada em cativeiro, tem sabor menos que estes sejam removidos depois;

pronunciado que o do faisão selvagem. empanar·"' a carne para protegê-la;

A carne da fêmea do faisão é inferior em bardeá-la* com bacon para que a

qualidade. O faisão é um animal que não gordura deste lhe confira umidade;

se adaptou bem à criação no Brasil e • utilizar métodos de cozimento que

sua carne é seca e de qualidade inferior. envolvam líquido (braseado, guisado,


o
ensopado).

A necessidade de temperar com an­


a.

ro
Espécie da família das perdizes, mas tecedência se deve ao formato irregular
u
um pouco menor. Pode ser guisada, e ao tamanho de certas aves (por

braseada, assada ou salteada. exemplo, o peru). Há também aquelas

cujo sabor da carne é muito suave.

Para resolver essa questão, pode-se:

Originário das Américas, entre as aves temperar as aves com ingredientes

comestíveis é uma das maiores. Tem secos com antecedência proporcional

carne delicada e de sabor suave. Seu ao tamanho da ave (quanto maior,

peso varia de 4 kg a 1O kg. A carne da mais tempo);

fêmea é mais saborosa que a do macho. • marinar as aves com antecedência

A forma ideal de prepará-lo é assado. para agregar sabor:


A SADO

285

rendimento · 6 porções

..,L
INGREDIENTES Preaqueça o forno a 1 80ºC.
20 g de manteiga sem sal Faça uma pasta com a manteiga,

20 mi de azeite de oliva extravirgem o azeite, as er vas, a raspa de limão,

um pouco do suco, a pimenta-dedo­


1 colher (chá) de folhas de salsa picadas
de-moça, sal e pimenta.
1 colher (chá) de folhas de alecrim
Esfregue essa pasta muito bem
1 colher (chá) de folhas de tomilho 400g
no exterio1· e interior dos frangos
raspa e suco de 2 limões-sicilianos inclusive por baixo da pele

pimenta-dedo-de-moça, (descolando-a da carne com

sem semente, picada cuidado para que não rasgue).

Amarre as extremidades das coxas.


2 frangos de leite (no máximo 1 kg cada),
Coloque numa assadeira e regue
limpos, lavados e secos
cn

com o restante do suco. o

250 mi de fundo claro de ave (ver p. 62)


Asse em forno preaquecido a 220ºC
sal e pimenta-do-reino por 15 minutos ou até dourar. o_

ro

moída na hora Abaixe o forno para l 80ºC, cubra


u

com papel-alumínio e asse por mais

50 minutos.
Regue ocasionalmente com

o fundo de ave.

Retire a ave do forno e sirva inteira

ou trinchada*.

Coe o molho da assadeira

e sirva à parte.
rendimento 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES ,:flU A MAPINADA
PERU E A MARINADA Esfregue o peru por dentro e por fora (com cuidado
1 peru de 4 kg a 5 kg sem os miúdos para não romper a pele) com sal e meio limão, enxágüe
l /2 colher (chá) de sal com água fria uma ou duas vezes e seque bem.
1 limão cortado ao meio Deixe a ave de molho de um dia para o outro numa
286 marinada feita com todos os outros ingredientes.
1 dente de alho cortado ao meio
Vire o peru de vez em quando, deixando a parte
pimenta-dedo-de-moça ou mais forte, do peito permanecer por mais tempo na marinada.
ro

sem semente, picada


RECHEIO
1 cravo-da-índia
No dia seguinte, derreta 150 g da manteiga numa panela.
3 talos de salsão, sem as fibras duras, Adicione a cebola, o salsão e a pimenta. Quando tudo
o
<>

w
em cubinhos estiver quase dourado, junte o pão e o tomilho e tempere
n
400 g de cebola grosseiramente picada com sal. Retire do fogo e junte a salsa e as frutas secas.
Escorra o peru da marinada e seque ligeiramente.
ro 1 alho-poró (parte branca) fatiado
u
Recheie a cavidade com metade do recheio e reserve a
SOO mi de vinho branco
outra metade. Prenda bem a pele da ponta do peito com
60 mi de vinagre balsâmico um palito (ou costure) e amarre as pontas das coxas
com barbante para o recheio não escapar. Tempere o peru
RECHEIO com sal e pincele generosamente com a manteiga restante.
200 g de manteiga sem sal Transfira o peru para uma assadeira grande e despeje a
400g
400 g de cebola em brunoise (ver p. 55) marinada acrescida de 250 mi de água. Asse em forno
preaquecido a l 80ºC por 1 hora ou até dourar bem.
3 talos de salsão, sem as fibras duras,
Depois desse tempo, regue bem com a marinada e cubra
em cubinhos
com papel-alumínio, deixando assar por mais 2 horas ou
"'
pimenta-dedo-de-moça ou mais forte,
até que, espetadas com um garfo, as coxas liberem um
1: Q.l
"' sem semente, picada
líquido transparente (se o líquido for rosado, a ave ainda
350 g de pão branco, sem casca, em cubos estará parcialmente crua). Como o líquido da assadeira
médios, secos no forno sem corar secará durante o processo, vá acrescentando mais água
o

3 colheres (sopa) de folhas de tomilho aos poucos. Ao fim desse tempo, apague o forno, transfira a
ave para outra assadeira e a mantenha no forno desligado.
a.
2 colheres (sopa) de folhas de salsa picadas
30 g de coco seco em lascas MOLHO
ro
u

Passe o caldo da assadeira por uma peneira e reserve


30 g de banana passa em rodelas
1 /2 xícara para a farofa. Reduza* o restante à metade
30 g de abacaxi seco
da quantidade original (ao longo do processo de redução,
50 g de castanha-do-pará vá retirando com uma concha o excesso de gordura que
250 mi de água vier à superfície). Junte as frutas (reservando algumas para
a decoração), amasse bem com um garfo, tempere a gosto
sal
e reduza por mais 30 minutos em fogo baixo.
Passe por peneira novamente, forçando para que o sumo
MOLHO
(e a cor) das frutas seja extraído ao máximo. Se estiver
caldo da assadeira do peru
muito ralo, volte a ferver até engrossar um pouco.
100 g amora
Aqueça a farofa com o caldo reservado (não é uma farofa
100 g de jabuticaba seca), fatie o peito e as coxas do peru (ou deixe para o
1 00 g de acerola chefe da famflia fazê-lo à mesa), arrume no centro de
uma travessa, coloque o restante da farofa em volta e
decore com as frutas reservadas. Sirva o molho à parte.
GUISADO

rendimento: 6 porções
287

PREPARO
INGREDIENTES Trinche* o frango mantendo a pele.
2 frangos Tempere com sal e pimenta.
CJ
60 mi de manteiga clarificada* Aqueça a manteiga e salteie (ver p. 47)

o frango, dourando levemente.


230 g de cebola em cubos médios
Tire o frango da panela e reserve.
2 dentes de alho picados
Na mesma panela, sue* a cebola
30 g de farinha de trigo
e o alho.
120 mi de vinho branco seco Junte a farinha e cozinhe, fazendo

800 mi de fundo claro de ave (ver p. 62) um roux branco (ver p. 72).

Deglaceie* com o vinho branco,


1 folha de louro 400g
acrescente o fundo, o louro
1 colher (chá) de folhas de tomilho
e o tomilho.
120 mi de creme de leite fresco
Ferva e retorne o frango à panela.
200 g de cenoura em fatias, branqueada* Abaixe o fogo e cozinhe lentamente
,,,
Q)
>
1 alho-poró (parte branca) por aproximadamente 40 minutos,

fatiado, branqueado* até o frango ficar macio ao toque

do garfo.
o

sal e pimenta-do-reino
Para finalizar, tire o frango, coe
moída na hora
a_
o molho, retire o excesso de ro

gordura que ficou na superfície

e volte à panela.

Adicione o creme de leite e

cozinhe em fogo lento até fica1-

ligeiramente espesso.

Adicione a cenoura e o alho-poró

e acerte o tempero.

Retorne o frango à panela para

aquecer antes de servir:


BRASEADO

1end1111e110 6 porções

INGREDIENTES Tempere as perdizes com a cebola, o alho,


288
3 perdizes limpas a cenoura, o salsão, o tomilho, o louro,

250 g de cebola bem picada a canela, sal e pimenta.

Junte metade do vinho e deixe marinar


2 dentes de alho pequenos picados
por aproximadamente 4 horas.
1 50 g de cenoura picada
Retire as aves da marinada e escorra
2 talos de salsão bem picados bem os legumes numa peneira.

ramo de tomilho Reserve o líquido da marinada.

1 folha de louro Seque bem as perdizes e aqueça o azeite em

panela grande, que comporte as aves inteiras.


J /4 de colher (chá) de canela em pó
Doure as aves de todos os lados, sem deixar
1 litro de vinho tinto
queimar. Retire-as e reserve.
200 mi de azeite de oliva extravirgem Na mesma panela, com a gordura que
400g
1,5 litro de fundo claro de ave (ver p. 62) sobrou, doure os legumes.

Refogue até ficarem macios e leve a carne


sal e pimenta-do- reino
de volta à panela. Junte o vinho restante,
moída na hora
1:
li)

Q)
o fundo e um pouco mais de sal.
azeitona preta ou ameixa
Quando começar a ferver, reduza o fogo
preta sem caroço para decorar
e cozinhe durante 1 hora e 30 minutos,
o

tomando cuidado para o líquido não secar.

Cl.
Retire as perdizes da panela e deixe amornar.

Bata o conteúdo da panela no liquidificador


ro

e peneire.

Leve o molho de volta à panela e deixe

apurar e engrossar um pouco.

Corte as perdizes em 6 pedaços cada,

removendo, se possível, um pouco dos ossos.

Leve os pedaços de volta ao molho e

corrij a o sal.

Sirva imediatamente, decorado com

azeitona preta ou ameixa preta.


d 6 porções

INGREDIENTES Leve os pedaços de galinha, o bouquet garni e as mini­

2 galinhas-d'angola cebolinhas para marinar no vinho por no mínimo 1 2 hora s.

( 1 kg aproximadamen te), Passado esse período, escorra, seque bem os pedaços


de galinha e reserve as minicebolinhas e o vinho.
cortadas em 4 pedaços cada 289
Num sautoir (ver p. 27), de1Teta 15 g da manteiga
1 bouquet garni ( ver p. 59) e doure o bacon .
225 g de minicebolinha sem pele Relire com escumadeira e escorra em papel absorvente.
Descarte a gordura que sobrou na frigideira.
SOO mi de vinho tinto
Na mesma frigideira, derreta mais 15 g da manteiga
175 g de manteiga sem sal gelada, em e nela doure a minicebolinha durante cinco minutos,
cubinhos. separada em porções de 15 g junte mais 15 g da manteiga. sal e pimenta e o cogumelo.

350 g de bacon, em cubos, fervido Cozinhe até quase todo o líquido ter evaporado.
Leve o bacon de volta à panela, retire do fogo e reserve.
em água e escorrido
Numa panela grande, aqueça o óleo e 15 g da man teiga.
700 g de cogumelo-de-paris
Salpique os pedaços de galinha com farinha de trigo e
15 mi de óleo frite até dourar de todos os lados.
junte o vinho da marinada e, com uma espátula, raspe
120 g de farinha de trigo
o fundo da panela para soltar as partículas que ficaram 400g
kg de castanha portuguesa, sem casca, no fundo.
cozida (opcional) Tempere com sal e pimenta, tampe e cozinhe durante

150 g de écha lote* ou cebola-roxa picada fino 30 minutos.


Retire então as porções de peito, transfira para uma
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas
travessa, cubra com papel-alumínio e reserve.
sal e pim enta do-reino moída na hora
- Deixe as coxas e sobrecoxas cozinharem até fi care m
macias, acrescentando água se necessário. o

No caso de utilizar a castanha, refogue-a em 15 g


de manteiga. a.
"'

Transfir a para uma assadeira. juntando as porções <.>

de p eito, a castanha (se utilizar). e reservando o líquido


do cozimento.
Cubra com papel-alumínio e reserve em forno
preaquecido a 1 60ºC. para os sabores se mesclarem.
Enquanto isso, numa frigideira, derreta mais 15 g de
m ante iga e nela refogue a échalote até ficar macia.
jun te o líquido reservado, ferva e reduza* à metade.
Retire do fogo e, com um fouet*, incorpo1·e 85 g
da manteiga aos poucos e corrija o tempero.
Adicione a mistur a de cogumelo, minicebolinha e bacon.
Transfira os pedaços de galinha da assadeira para uma
travessa, cubra com o molho, salpique com salsa picada
e sirva em seguida.
SALTEADO E ASSADO

290

'"JMHOS
rendimento · 6 porções

N
C) PREPARO
o

QJ
INGREDIENTES Lave as codornas e tempere com sal e
D
12 codornas pimenta, o tomilho, o louro e o vinho tinto.
ro
1 ramo de tomilho Deixe marinar por uma noite na geladeira,
virando as codornas ocasionalmente.
1 folha de louro
Retire as codornas do tempero, seque-as
750 mi de vinho tinto
com papel-toalha e coe o tempero,
70 mi de óleo reservando o líquido.
400g 70 g de manteiga sem sal Numa panela de fundo largo, aqueça

350 g de alho-poró o óleo e a manteiga e salteie (ver p. 47)

(parte branca) em fatias as codornas até que fiquem bem douradas.


"' Transfira para uma assadeira, cubra com
"' 1 /2 xícara de cebolinha
papel-alumínio e leve ao forno preaquecido
1 (parte branca) picada
a 200ºC por 20 minutos.

1
1 o
300 g de shiitake em fatias

300 g de shimeji em fatias


Na mesma panela, sue* o alho-poró
e a cebolinha na gordura que restou
Cl.
200 mi de vinho do Porto (se necessário, acrescente um pouco mais).
ro

750 mi de fundo claro de ave (ver p. 62)


Junte o shiitake e o shimeji e salteie até que
o líquido liberado pelos cogumelos seque.
100 mi de vinagre balsâmico
Acrescente o vinho do Porto, o fundo de
sal e pimenta-do-reino moída na hora
frango e o líquido reservado da marinada.
Reduza* por 1O a 15 minutos e junte
o vinagre balsâmico.
Corrija o tempero.
Quando voltar a ferver, retire do fogo.
Sirva com as codornas assadas.
CONFITADO

1endimento. porções

[ •� 1
291
INGREDIENTES Coloque 1 1 /2 colher de sopa do sal numa
4 colheres (sopa) de sal grosso tigela que possa acomodar os pedaços de

6 dentes de alho amassados grosseiramente pato numa só camada.

Espalhe metade do alho, o tomilho e o louro


8 ramos de tomilho
por cima do sal.
3 folhas de louro
Coloque os pedaços do pato com a pele para
6 coxas com sobrecoxas de pato
cima e cubra com o sal e o alho restantes, a
200 g de cebola em cubos cebola e tempe1-e com a pimenta-do-reino.

2 litros (aproximadamente) Cubra com filme plástico e leve a geladeira

de gordura de pato (ou uma mistura po1- 1 a 2 dias.

de gordura de pato e banha Preaqueça o forno a 1 1 OºC. Retire o excesso

de porco ou manteiga clarificada*) de sal e tempero do pato e descarte.


400g
Coloque os pedaços numa assadeira funda
pimenta-do-reino preta amassada
em uma só camada e despeje a gordura
na hora
do pato (os pedaços devem ser cobertos

pela gordura).

Cubra e leve ao forno por 2 a 3 horas ou

até que a carne comece a se soltar dos ossos.


o

A gordura não pode ferver.


Retire do forno e deixe esfriar.
o..

Se for guardar, coloque em baldes esterilizados m

e cubra com a go1-dura quente.

Deixe esfriar completamente antes de colocar

na geladeira.

O pato pode ser servido simplesmente

esquentando-o novamente no forno ou em

frigideira até ficar bem dourado ou usado

para fazer risoto. molho para massa, salada


Essa 1·ece1ta leva
dois dias pari! sei­ (para estes fins, sem a pele e os ossos), ou
concluída. mas uma em cozidos como o cassoulet.
vez pronta pode
O confit* também pode ser feito em panela,
sei guardada na
geladeira po1 no fogão, sempre com o fogo muito baixo, para
algumas semanas. que a gordura não ferva em nenhum momento.
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'� Li?

292 · .
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<) FRITO POR IMERSÃO

rendimento: porções

400g INGREDIENTES MANTEIGA COMPOSTA

MANTEIGA COMPOSTA Amasse o alho com um pouco de sal,

1 dente de alho j unte a manteiga e as ervas, enrole em

100 g de manteiga sem sal filme plástico, formando um cilindro,


"'
e leve à geladeira até ficar bem firme.
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas

1 colher (chá) de folhas de tomilho picadas


FRANGO
o
sal Corte o filé em borboleta (ver p. 231 ),

lave e enxugue bem.


o..

rn FRANGO Tempere com sal e pimenta , coloque


u

900 g de filé de frango 1 colher de sopa de manteiga composta

3 ovos no meio de cada filé e feche muito bem,

60 mi de leite prendendo com palitos, se necessário.

Misture os ovos com o leite.


500 mi de óleo
Empane* os filés com a farinha de trigo, a
sal e pimenta-do-reino branca moída
mistura de ovo e leite e a farinha de rosca.
farinha de trigo e farinha de Aqueça o óleo e frite por imersão
rosca para empanar (ver p. 45) até dourar.

Caso o frango não tenha cozinhado

completamente (atingindo a temperatura

interna de 70ºC), termine o cozimento

em forno preaquecido a 1 60ºC.


CHAPEADO
293

1end1111e11to 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES MARINADA
MARINADA Misture todos os ingredientes e

300 mi de suco de laranja marine os peitos durante 2 horas.

45 mi de mel
MAGRET
45 mi de molho de soja
Escorra, passe por água corrente,
45 mi de vinagre de vinho tinto 400g
e seque os peitos muito bem.
3 colheres (chá) de gengibre picado
Coe e reserve a marinada.

Com a ponta de uma faca, faça riscos


MAGRET
sobre a gordura (pele) formando
3 peitos de pato
sulcos que não atinjam a carne.
(aproximadamente 200 g cada)
Numa frigideira, coloque os peitos
1,2 litro de fundo escuro de ave (ver p. 66) com o lado da gordura para baixo,
o

1 colher (sopa) de ciboulette tempere com sal e pimenta e leve


o..

ao fogo, deixando dourar bem. <O


sal e pimenta-do-reino preta
Vire e doure mais 5 minutos.
moída na hora
T1-ansfira os peitos para uma travessa,

cubra com papel-alumínio e reserve

em local aquecido (forno aquecido

e desligado, por exemplo).

Descarte a gordura, mas não lave


a frigideira.

Na mesma frigideira, misture o caldo

da marinada e o fundo e reduza·*

até obter consistência de molho.

Corte os peitos em fatias, sirva com

o molho e guarneça com ciboulette.


t). . .

/.· �/ ·�·

J •• . _ • .
296

400g

"'
QJ

e
...

"'
u

=>
-

e_

<O
<..>
297
Cientificamente, denomina-se carne esqueleto do animal. A cartilagem
o conjunto de tecidos de coloração é flexível e macia em animais novos
e consistência específicas - que não e mais dura em animais adultos.
são cartilagem ou couro - que reco­ É dos ossos, da cartilagem, dos
bre o esqueleto dos animais. tendões, do tecido conjuntivo e da pele
Os órgãos internos, denominados que se extrai o colágeno, gelatina natu­
miúdos, também usados na alim entação, ral que dará mais corpo às preparações.
são igualmente considerados carne. A liberação do colágeno ocorre apenas

quando há aquecimento de algumas


COMPOSIÇÃO E VALOR dessas partes.
1T - 1 Dentro dos ossos, encontramos o
A carne é composta, principalmente, 400g
tutano - substância macia, nutri tiva e
de proteína (de 10% a 20%). gordura de cor rosada, apreciada como iguaria.
(de 5% a 30%), substâncias minerais, Um bom exemplo de uso do tutano
"'
vitaminas, enzimas, água e carboidrato. na cozinha é o ossobuco (corte da Q.l
e
canela de boi ou vitela que contém "'
T TUí carne, osso e tutano).
u

C)
O conhecimento da estrutura da
o
carne é importante para enten dermos

porque cozinhamos cada corte de Há variações na intensidade da


a_

maneira diferente. cor; decorrentes da raça, idade, sexo, ro

alimentação, nível de exercício (ou

o rn movimentação) a que o animal

Os ossos de animais adultos são mais normalmente é submetido ou pela

duros, quebradiços e brancos, enquanto combi n ação de todos esses fatores.

os de animais novos são menos que­ O animal de pasto tem carne mais

bradiços e apresentam um tom róseo. escura que a daquele cuja ração inclui

A cartilagem é uma variedade de milho e outros cereais.

tecido conjuntivo, de cor cinzenta A carne de animais novos é mais clara

ou branca, que forra as extremidades que a de an imais velhos; assim, a carne

dos ossos e também certas partes do de vitela é mais clara que a de boi.
298

A TEXTURA DA CARNE
Varia de acordo com:

() • O corte: sua localização no animal • O local: animais confinados apresentam


u
é fator determinante na maciez carne mais macia, animais que se
Q)
-o
da carne. Os músculos do pescoço, exercitam com freqüência têm carne

ro pernas e quarto dianteiro são as mais dura. Por isso, a carne de animais


partes mais exercitadas do animal, criados em planícies é mais macia
u
"'' portanto, produzem carnes menos que a de outros criados em terrenos
tenras e geralmente têm sabor mais acidentados.
pronunciado que os cortes macios.
400g • A quantidade de tecido conjuntivo
• O animal: bovinos, suínos, caprinos que envolve os músculos e forma os
apresentam diferenças significativas tendões e ligamentos, que pode ser
rn
Q) quanto à textura. branco ou amarelo.
e
O branco compõe-se principalmente
ro
u
• A idade: animais mais novos têm da proteína colágeno, que, embora
o
carne de textura mais delicada que endureça a carne, se transforma em
o
animais mais velhos. gelatina quando cozida em calor

úmido, tornando-se macia.


a.
ro • O sexo: a carne das fêmeas é mais O amarelo é formado em grande
u

macia que a carne dos machos. parte de elastina, que não é amaciada

pela cacção e, quando em grande


• A alimentação: a condição geral do quantidade, deve ser removida antes
animal também influi na maciez e do cozimento.
textura da carne. A carne de um No macho, o tecido conjuntivo é
animal bem nutrido é superior àquela mais abundante que na fêmea, mas
de um animal magro. Por exemplo: a remoção dos testículos do animal
animais criados à base de milho novo, processo conhecido como
resultam em carne mais marmorizada castração, elimina essa diferença.
(gordura entremeada).
299

O exercício desenvolve o tecido a de boi. Os porcos engordados com )

conjuntivo, tornando mais duros soja têm a gordura menos sólida que

os músculos de locomoção. a daqueles alimentados com milho.

ro

• A quantidade de gordura: a gordura • A maturação: processo que altera

encontrada na carne está geralmente não apenas a textura, como também

localizada entre as células do tecido o sabor da carne.

conjuntivo. Os principais depósitos As carnes são conservadas por algum

estão situados ao redor dos órgãos tempo em temperatura baixa e com 400g

internos, entre os músculos e em pouca umidade. Essa condição impede

volta destes, diretamente sob a pele. a proliferação de bactérias, enquanto


"'
Em animais bem nutridos de certas as enzimas continuam a atuar normal­ Q)
e:
raças criadas especialmente para mente. A ação das enzimas modifica
ro

corte, parte da gordura se distribui parte do colágeno, transformando-o u

o
em partículas minúsculas pelas fibras em gelatina, tornando a carne mais
o
da carne, dando um aspecto macia, sem necessidade de calor.

marmorizado. Todas as carnes de frigorífico passam


o..

A gordura melhora o sabor; a por esse processo antes de chegarem ro


u

suculência e a maciez da carne cozida, ao consumidor final. A maturação

reduz o tempo de cacção e diminui também pode ser feita a vácuo.

as perdas de sucos por evaporação. A carne fresca, também chamada de

A cor; a quantidade e o ponto de verde, é aquela consumida logo após

fusão da gordura variam de acordo o abate, portanto, sem passar pelo

com o tipo, raça e alimentação do processo de maturação. Ela é dificil­

animal. Por exemplo: a gordura de mente encontrada para venda.

porco é mais mole e mais branca que


300
CARNE BOVINA

4ºC, e as carnes só devem ser retiradas

Comece pela cor da carne, que deve da refrigeração 1 hora antes do prepa­
estar sempre muito vermelha, com veios ro, para readquirir a consistência original.

de gordura brancos ou ligeiramente Carnes embaladas a vácuo têm durabili­

amarelados. Cortes menos irrigados, dade duas a três vezes maior.


como o lagarto, por exemplo, têm a Carnes congeladas (a - l 8ºC) duram

carne mais rosada. até 3 meses e devem ser descongeladas


sob refrigeração. O congelamento

' 1 IL' caseiro é desaconselhado. Por ser lento,


Se a carne for elástica (ceder ao toque causa formação de cristais de gelo
400g
e imediatamente voltar ao normal), entre as fibras da carne, rompendo-as.
estará adequada para o consumo. Isso altera significativamente sua textura

"' quando descongelada. Quando as


Q)

e: 1 1 carnes são congeladas industrialmente,


"'

o
O odor deve ser suave, fresco e o processo se dá mais rapidamente

o agradável. e pouco altera a textura da carne.

o
Para ter carne congelada compre-a

l'.rm r1 vaç ío nesse estado e a mantenha a - l 8ºC.


a. O tempo de conservação depende
ro

do peso e do tipo de carne. A moída, CORTES


por exemplo, deteriora muito mais Depois de abatido no matadouro,

rapidamente que a carne cortada em o animal é dividido ao meio, no sentido


pedaços maiores e deve ser consumida, do comprimento, desde o pescoço até
de preferência, no mesmo dia da compra. a extremidade da car-caça. Essas metades
Peças com até 500 g conservam-se de são então subdivididas em quartos
três a quatro dias na geladeira. As peças (traseiro e dianteiro).
com mais de 750 g conservam-se até No quarto dianteiro ficam as carnes

uma semana, desde que devidamente menos tenr-as do animal, classificadas


embaladas (envoltas em filme plástico) como de segunda categoria.
e refrigeradas. A temperatura de arma­ No quarto traseiro estão os cortes
zenagem deve oscilar entre OºC e mais macios, ou de primeira.
301

,,
400g
.
,

.) '· .:.'
.

"'

QJ
e:

"'
u

cu
u
Com base em tais critérios, temos

a seguinte classificação:

Essa é a divisão do boi feita no Brasil.


Carne.) de prnneira Em outras regiões (notadamente Argen­

Contrafilé, filé-mignon, alcatra, coxão tina, América do Norte e Europa) o boi


mole, coxão duro, lagarto, patinho, é dividido de outra maneira. As princi­
picanha e maminha, fraldinha. pais diferenças são no corte do con­

trafilé (na A1-gentina, bife ancho; nos


Carnes ele sP.gunda Estados Unidos, prime rib; na Europa,
Aba de filé, capa de filé, músculo, côte de boeuf), que muda de nome
paleta, acém, peito, ponta de agulha, conforme a altura e posicionamento
ossobuco, filé de costela. do co1·te e a divisão do quario traseiro.
CARNES DE PRIMEIRA
302

Alcatra Coxão mole


"'
J:.
Corte nobre e grande, tem algumas Carne magra, ideal para bifes finos, à
e
partes mais magras e outras com milanesa, ensopado ou bifes rolê.
...
o maior teor de gordura. Popularmente,
<.>
considera-se alcatra a parte da peça Filé-mignon
que sobra após serem retirados a Corte macio, magro, para cozimento
picanha, a maminha e o miolo. Ideal rápido, medalhões, bifes, escalopes,
para bifes, em pedaços maiores para rosbifes de panela ou de forno, picadi­
churrasco, rosbife de panela, brochetes nho, brochetes. Por ser uma carne de
e picadinho. sabor suave, é ideal que seja servida
com molhos. Cortes clássicos: escalope
400g
Contrafilé (80 g), medalhão (200 g a 220 g),
Peça macia, longa e arredondada, tournedos ( 120 g), chateaubriand
coberta e entremeada de gordura. Fica (350 g a 400 g), emincé (picadinho).
<I)
Q) ao longo da parte externa da coluna
e:
'-
"' vertebral. Ideal para cozimento rápido, Fraldinha
u
em bifes finos, simples ou à milanesa, Corte pequeno e alongado,
o
rosbife de panela ou de forno, picadinho, entremeado com pouca gordura.
o
brochete. Com osso, são as bistecas Ideal para churrascos, bifes e assados.
de boi.
a.
"'
Lagarto
Coxão duro Carne magra, pouco irrigada, para
Carne magra para cozimento cozimento prolongado em caldos,
prolongado em caldos e ensopados. ensopados e preparos de panela.
Também pode ser utilizada para rosbife
malpassado e fatiado fino, ou, crua,
para carpaccio.
t/b�
303

Maminha
ro
Corte da alcatra, para churrascos,
L
rosbifes de panela ou de forno.

Também pode ser utilizada para


u

cozimento em panela. "'

�� ��
M ú scu l o/ peito
Carne magra, rica em tecido e-

conjuntivo e colágeno, ideal para Q)

cozimento prolongado em caldos

e ensopados. Quando cortado


400g
com osso é chamado de ossobuco.

Patinho
Cll

Carne magra, para cozimento Q)


e:

prolongado (bifes de panela ou rolê); ro


u
ótima para moer, para fazer picadinho,
o

bolos de carne, quibe etc.


o

Picanha
Cl.

Corte da alcatra, de formato triangu­ ro


'-'

lar, com capa espessa de gordura que

deve pesar até um quilo. Excelente para

churrascos, bifes altos, rosbifes de panela

ou de forno.
304

Vc P not .: 4;,.e. no B1 cJs1I. J


"cuH:u1 e • • ou h;J1•c. de �e
con'ulT'11 a ca171e u� v1tel.i
n.10 é muito
d1íund1do. po1 1s�o cJ

qualid<de da el ·nE' e"rnn


li .:tda é Vdl '1VC'1
Os .!'l1n',>1s s.!o. na É o bezerro (boi macho) alimentado
n1a101 a cas vezes, pelo leite da mãe até a 14ª semana
400g du<1t1dos muito 1ove-n�. o
de vida, quando então é abatido.
que rcs111tc1 num produto
a1nd,1 niio ",K 1bado", �em Nessa idade, o bezerro chega a

V)
sabor definido e �em pesar 130 quilos, e sua carne é
"' 'per·;on,1lici.1de" lx1ste <1lé
e excepcionalmente macia, magra
uma riencJ pop11l.i1
<ti
(lolJlrnenle 1nfundacl 1, e com alto teor protéico.
u

o obviamente) dC' cue Os cortes mais conhecidos são:


o a111111JI é ret rado da Di'r- lombo, pernil, paleta, carré e costeletas.
o
11ga da n1;1e • ndil em
Escalopes e emincé são retirados
estado retal' E. po1 cont
a..
d1�so. murt:1� pe��o�, çe do pernil.
<ti
u
rC'cv;.1p1 a consurrii1 esse
tipo de carne.
CARNE SUÍNA
Ao contrário do que se pensa, é de

excelente qualidade e muito nutritiva,

mas não pode ser consumida crua ou Com a ameaça sempn':


malpassada. Ela deve ser consumida presente da cist1ccrcose
(doença transm iti da
sempre preparada, seja pe la ação do
através da cai ne de porco
calor ou da salmoura. Quando cozida, nua ou mal cozida). po1
deve sempre atingir a temperatura lei . toda a carne sui11a
interna de 75ºC. no B1 Jsil deve ser
' c01nerc1dlizada congelad,1
e Lei- o selo do SIF
Na cozinha existem dois tipos (Serviço de Inspeção 400g

principais de carne suína: Federal, órgiio do


governo responsável
por esse contro le). U)
nor Q)
Não é recomendado
e:
É o animal adulto. O porco chega à o consumo de carn e
rn
cozinha sempre limpo, sem miúdos ou de po1 co fi·esca sem o (.)

conhecirnenlo da
v lsceras . Normalmente vem em cortes
procedência. a não sei
o
maiores. Os cortes mais conhecidos são
que o arnmal seia cnado
lombo, pernil, paleta, carré e costeletas. em estábulo. com dlimen­
D..
A carne de porco se presta para Lação controlada , acom­ ro
panhamento regulai·
quase todos os tipos de preparação.
de velerin;í1 10 e que o
A técnica de calor úmido (braseado abale tenh,1 sido feito
e guisado) e a técnica de calor seco de maneira correta.

são indicadas .

'eiCc
É o animal em idade de amamentação.
Apresenta-se quase sempre inteiro

e limpo.
306

CARNE OVINA
A carne dos ovinos tem textura lisa.

coloração rosada e pouca gordura e é


º'
o
envolta numa pele fina e transparente.

Ela abrange 3 tipos de animal:

"'
Carneiro
Animal já adulto e castrado. A alimen­
Q)
tação influencia muito no sabor da carne.

O cordeiro ou carneiro pode ser en­

contrado inteiro, em metades ou em


400g
cortes. Os cortes mais conhecidos são
No norte da França, na
região próxima à cosla da lombo, pernil, paleta, carré e costeletas.
Nonndndi,i en co n tra-se o
"'
agneau des p1·és salés,
Q) Cordeiro de leite
e: uma raça de cordeiro que
"' se alimenta em pastos Animal que ainda não desmamou,
u

o
cujo solo tem grande geralmente até 3 meses de idade.
quantidade de sal. Isso faz
o que o alimento que esses
Cordeiro
animais ingerem seja mais
a. saturado de s al o, que os Entre 4 meses e 1 ano de idade.
"'
u
faz reter mais líquido,
deixando assim sua carne
CAÇA
mC!is suculenta. Os cortes
Além das carnes tradicionalmente
desse cmdeiro são
altamente disputados, uma criadas para consumo, existem os
iguana apreciada pelos animais da fauna silvestre que já foram
grandes chefs franceses,
as mais importantes fontes de carne
que colocam em
destaque no cardápio para o homem. Com o desenvolvimento

quando o pralo é das cidades e, conseqüentemente, da


p1·eparado com ele. pecuária, as caças perderam muito da sua
307
importância como base da alimentação , normalmente marinadas para terem
passando a ser consideradas "iguarias". o sabor atenuado e ficarem mais macias.
Atualmente, muitos animais silvestres

são criados em cativeiro, tanto para r - -r


consumo da carne como para uso É muito importante conhecer bem

da pele. No Brasil, essa atividade as características de cada corte de

depende de licença do lbama. carne e o a n imal do qual ela provém.

As carnes de caça se dividem em Sabendo identificá-las, você saberá

dois grupos principais: caças de pluma aplica r o método de cocção mais

e caças de pêlo, que por sua vez se adequado a cada uma delas.

subdividem em grandes e miúdas. Conforme citado anteriormente,

Assim como ocorre com as outras os critérios usados para escolha 400g

carnes, a alimentação e os hábitos de (corte x método de cocção) são:

vida dos a n imais interferem em seu sabor. • Se é gorda ou magra;


"'
A idade também tende a acentuar • Se é mais ou menos irrigada; Q)
e
a cor e o sabor forte das caças, além • Se é mais dura ou mais macia;
"'
de provocar o enrijecimento das • Se tem sabor marcante ou suave. u

fib ras muscul::t1-es.

Antes da cocção, geralmente as caças O objetivo final ao preparar uma o

são maturadas para se tornarem mais peça de carne é sempre obte1- suculên­
a.

macias. O processo tradicional consiste cia (da própria carne ou do líquido agre­ ro

em eviscerá-las o mais rápido possível gado), sabor e maciez.

e pendurá -la s pelas pernas traseiras

(no caso dos animais de pêlo) num Peso médio da porção (quantidade

lugar fresco e escu ro. O couro só é reco111endacla para urna pessoa)

retirado no momento do uso. • Carne sem osso: 125 g a 150 g.

Os cortes de carne e os métodos • Carne com osso: 150 g a 220 g.

culinários sãc os mesmos usados para • Carne c om muito osso: 220 g a 400 g.

as outras carnes, porém , as caças são


308

400g

"'
Q)

e:
'-

"'

:::>

a.
ro
u
íll
Método de cocção em que a fonte de

calor está situada na parte inferior da Escolha um óleo que tenha alta
carne, numa grelha. chapa ou frigideira. 309
resistência à temperatura e sabor
A cccção é feita por condução, quando neutro (milho ou canola).
os sucos da carne tendem a se manter Aqueça bem a grelha. Salgue, unte
no interior da peça. É ideal para cortes a peça a ser grelhada com óleo e a
naturalmente macios, como contrafilé, coloque sobre a grelha. Deixe a carne
filé-mignon e alcatra. Além do método grelhando até que os sucos comecem
de cocção (grelhar), a escolha da receita a aparecer na superfície.
mais adequada também é muito impor­ Vire e cozinhe até atingir o ponto de
tante. Por exemplo: um contrafilé grelha­ cocção desejado.
do apenas com sal e pimenta é muito Para chapea� use frigideira de fundo
saboroso por si só, enquanto um filé­ espesso ou chapa de ferro, aqueça
mignon grelhado, além de sal e pimenta, bem e coloque o óleo. Salgue a peça
400g
requer um molho para agregar sabor. e a coloque na chapa ou frigideira, em

fogo alto. Quando os sucos começarem

a aparecer na superfície, vire a peça e


"'
Q)
prossiga a cocção em fogo alto (para e:

carnes malpassadas) ou abaixe o fogo "'


(.J
(para carnes ao ponto) ou finalize a C)
• Somente segu11dos
antPs de lev,11 c10 fogo cocção colocando a peça em forno
o
tem per t:' <l u1 ne <l sei preaquecido em temperatura alta
g1 cll wla cum Sdl, pois para chegar ao ponto (no caso de Cl.
este ext1 11 pai te do "'
carnes bem-passadas).
�uco rl.1 eirne

• Ndo v11 �· 1 , 11 ne
lllUll<iS vezec, pnro; 15<,n
li 11µ�de qu1c u L<1lu1 'l "
sobre a l<it ne dr
m�ne111 contrnuJ
• Vir e com urn.1 eo;rx1tul.J
ou p1nçd, nuno com uni
gd1 fo. Ao fu1.11 ;i c.i1 ne,
bo.1 p.1 1 !e do seu .uco
se pe1 de e. com elt',
1 su1 ulê11c1'1.
Tf n1po, r flt su O i11 Pll O frigideira, chapa ou panela. A temperatura

A espessura, o ponto desejado e o interna é de SSºC.


poder do fogo são as variantes que

determinam o tempo de cozimento M ilp� , HI)

da carne. Outros fatores importantes: Grelhe os dois lados até ficai-em

A peça deve ser retirada da refrige­ dourados. A carne estará bem macia

ração 1 hora antes ir ao fogo. Um filé quando tocada e o interior manterá

muito gelado não é adequado para a mesma coloração, ou seja, o mesmo


310
fazei- um medalhão malpassado, pois vermelho-escuro indicativo da carne

a carne ficará fria por dentro, já que crua.

não haverá tempo para o calor atingir

o centro. Ao ponto

• A presença de um osso no corte dá Grelhe os dois lados até ficarem

mais sabor. mas aumenta o tempo de dourados, abaixe o fogo e cozinhe por

cocção, pois o calor demora mais para mais alguns minutos. A carne oferecerá

chegar aos pontos próximos ao osso. certa resistência quando pressionada,

• A melhor maneira de testai- o ponto o centro da peça estará rosado, o suco

de cocção é vendo e tocando a carne, também, e surgirão gotas na superfície

mas saber o tempo de cozimento, dourada ao ser virada.

400g com certa margem de erro, também

pode ajudar. À medida que a carne Be1npassado


for cozinhando, esta ficará mais firme, Grelhe os dois lados até ficarem dou­
"'
e a cor do interior passará de um rados. Em seguida, leve ao forno prea­
Q)
e::
vermelho profundo para um rosa quecido a 240ºC e asse até chegar ao
"'
(,,) claro, terminando numa tonalidade ponto desejado (apenas alguns minutos).

rosa-acinzentada, quando bem-passada. A carne perderá a cor rosada e estará


o
A experiência é o melhor indicador firme quando tocada. O cozimento é

e ela só virá com o tempo, por meio terminado no forno para evitar a for­
o.

ro de tentativa e errn. mação de uma casca dura e queimada,

causada pelo cozimento feito somente

Algumas dicas para facilitar a avaliação na fi-igideira.

Ponto bleu
É uma carne quase crua. Ela é pas­ As carnes bovinas e ovinas têm

sada rapidamente por calor seco em 4 pontos de cocção:

SOºC eonto bleu 1 togue muito macio

SSºC a 60ºC malpassada 1 toque macio

60ºC a 65ºC ao ponto 1 toque levemente firme 1

65ºC a 74ºC bem-passada 1 toque firme


311

rendimento 6 porções

PRE:PARO
INGREDIENTES Em p a nela espessa de ferro esmal­

25 mi de óleo tado, aqueça o óleo com a manteiga.

25 g de manteiga clarificada* Tempere a carne generosamente

com sal e pime n ta.


kg de filé-mign o n, parte central,
Doure todos os lados, em fogo alto.
limpo e amarrado com barbante
Retire a panela com a carne do
para manter a forma
fogo e leve ao forno preaquecido
sal e pimenta-d o-reino 400g
a 240ºC.
moída na hora
Cozinhe por mais 1O minutos,

para obter um rosbife malpassado.


(/)
Retire do forno e deixe a carne "'
e
descansar na panela por mais 15
"'
e..>
minutos, envolta em papel-alumínio,
C>
para que os sucos da carne se redis­
o
tribuam (por causa do calor, eles

ficam retidos no centro da peça).


Cl.
Retire o barbante e corte fatias de "'
u

aproximadamente 1 cm de espes­

sura e sirva acompanhado de batata

sautée (ver p. 141).

4�

Técnica que consiste em saltear Como é um processo rápido,

pedaços de carne em pouca gordura, torna-se adequado para cortes

cc a altas temperaturas com movimentos naturalmente macios. As carameliza-


<C
w constantes (o termo vem do francês ções* que se formam na frigideira
� sauter, que significa saltar). O alimento podem ser deglaçadas* para formar
<C
CI) salta na frigideira. um molho.

312
CARNE COM LEGUMES ···, ·--r ·�-IR FRY)
rendimento porções

PREPARO
INGREDIENTES CARNE
CARNE Numa tigela, misture 20 mi de saquê, o molho
40 mi de saquê seco de soja, o amido de milho e o gengibre ralado.

20 mi de molho de soja Acrescente a carne, tempe1·e com sal e pimenta

e misture bem.
1/2 colher (chá) de amido de milho
Deixe marinando em recipiente cober1:o
5 g de gengibre ralado
por 1 hora.
800 g de filé-mignon, limpo, em tiras bem finas
400g
MOLHO
50 mi de óleo
Em outra tigela, misture bem o saquê restante,
cenoura em rodelas finas
o fundo, o amido de milho dissolvido em água
200 g de brócolis
V)

"' e o óleo de gergelim.Tempere com sal. Reserve.


e

"'
80 g de shiitake em tiras Em fogo alto, aqueça muito bem o óleo usando
<..)
1 00 g de broto de bambu fatiado uma wok (ver p. 27) ou frigideira funda.

Quando o óleo estiver bem quente, retire,


a
pimentão vermelho, sem semente,
com auxílio de uma escumadeira, metade
em cubos médios
da carne da marinada e salteie (ver p. 47)
1 colher (sopa) de molho de ostra
por 2 minutos aproximadamente.
( oyster sauce)
Retire da wok. Repita o processo com a carne
sal e pimenta-do-reino moída na hora restante. Retire a carne.

Na mesma wok, sempre em fogo alto, junte os


MOLHO legumes e salteie por mais alguns minutos (eles

150 mi de fundo claro bovino ou devem se manter crocantes) e tempere com sal.

de ave (ver p. 62) Leve a carne de volta à wok e adicione

1 colhei· (chá) de amido de milho o molho reservado.

dissolvido em 20 mi de água fria Acrescente o molho de ostra e, se desejar,

mais pimenta.
1 colher (chá) de óleo de gergelim torrado
Verifique o sal e sirva bem quente.
sal
313

rendimento porções

INGREDIENTES Numa sauteuse (ve1· p. 27) grande, em fogo


30 mi de óleo baixo, aqueça o óleo e a manteiga clarificada.

20 g de manteiga clarificada·" Enquanto isso, tempere os escalopinhos com

sal e pimenta e passe pela farinha de trigo.


20 g de manteiga sem sal
Sacuda para retirar o excesso.
800 g de escalopes de vitela
Aumente o fogo, doure os escalopinhos
100 g de farinha de trigo de um lado, vire e repita o processo,
1 50 mi de fundo claro bovino (ver p. 62) que deverá ser rápido, para não deixar 400g

50 mi de suco de limão-siciliano a carne passar do ponto.

Caso a frigideira não seja suficientemente


raspa de 1 limão-siciliano (/)

grande, faça em 2 ou 3 vezes. Q)

colher (sopa) de folhas de salsa picadas e

Retire os escalopes e transfira-os para


"'

1 /2 limão-siciliano em fatias finas uma travessa, cobertos com papel-alumínio.


'-'

sal e pimenta-do-reino Na mesma frigideira, junte o fundo de


o
moída na hora carne e raspe bem o fundo para soltar

os resíduos da cacção.
a.

junte então o suco e a raspa do limão. ro


'-'

Quando começar a ferver; acrescente

a manteiga comum e a salsa picada,


mexa bem e volte os escalopes à

frigideira para aquecer.

Sirva imediatamente, guarnecido

com as fatias de limão.


r::c @ ®
<C - .. -- 1

CI)
CI)
<C
314

"'

-
--

Método de cocção que emprega Ao assar carnes, devemos ter


calor num ambiente seco controlado o cuidado de:
(o forno). Quando a camada externa • preaquecer o forno, para evitar
400g
do alimento é aquecida, parte de seus a perda de sucos e o cozimento
sucos naturais vira vapor; cozinhando-o inadequado;
por completo. • regular a temperatura do forno
(1)
Q) Os sucos que se caramelizam* no de acordo com o tamanho e as
e:
....
"'
fundo da assadeira podem ser utilizados características do alimento, para
<..>
como base para molhos através evitar que a superfície externa
o

de uma deglaçagem*. queime antes do cozimento;


o
A gordura (se marmorizada na peça) • lardear* ou bardear* alimentos
é muito importante quando se produz que não forem suficientemente
a.
m
<..>
carne assada, pois quando aquecida, ela gordurosos, para enriquecer
derrete deixando a peça mais saborosa. seu sabor e agregar umidade;
Quando há uma capa de gordura, esta • não adicionar líquidos frios
serve para proteger o assado e não aos alimentos durante a cocção,
deixá-lo ressecar. para não interromper o cozimento;
• descansar o assado antes de
cortá-lo, para que os sucos
da cocção (que durante o
cozimento se concentram
pela peça) sejam reabsorvidos.
rend1111ento: 6 a 8 porções

PREPARO
INGREDIENTES De véspera, limpe a carne,
pernil de porco pequeno de 3 kg, ou deixando um pouco da gordura.
um pedaço com peso igual Coloque o pernil numa assadeira e
315
2 cenouras em brunoise (ver p. 55) tempere com a cenoura, a cebola,
o alho, o louro, o suco de limão,
300 g de cebola em brunoise
tomilho, sal e pimenta.
2 dentes de alho picados
Cubra com papel-alumínio e leve
1 folha de louro à geladeira.
suco de 2 limões Preaqueça o forno a 220ºC.
1 colher (chá) de folhas de tomilho Besunte o pernil com a manteiga,
cubra com os temperos e acrescente
45 g de manteiga sem sal en pommade·t
um pouco mais de sal.
250 mi de fundo claro
Leve ao forno, descoberto para assar.
bovino reduzido* (ver p. 62)
Depois de 1 hora, vire o assado e
sal e pimenta-do-reino verifique se não está seco demais. 400g
moída na hora Se necessário, junte água fervente
e raspe os sucos que se formaram
no fundo da assadeira. V)
Q)

Regue com freqüência. e:

"'
Depois de mais 1 hora, cubra com <..>

papel-alumínio e verifique se é o

necessário juntar mais água. o

Asse por mais 1 hora.


Não deixe secar o fundo da assadeira. a.
rn

Ao final das 4 horas, retire o pernil


do forno, transfira para uma travessa
e cubra com papel-alumínio.
Leve a assadeira ao fogo, junte
o fundo e deglaceie·*"
Passe por peneira, apertando bem
para retirar o máximo de molho
possível, e verifique o sal.
Corte fatias do pernil e arrume
numa travessa.
Despeje o molho por cima
e sirva em seguida.
1 e 11 d 1 111 e 11 t o 8 porções

316
INGREDIENTES Tempere o contrafilé com sal.

peça de contrafilé bovino Misture a mostarda, a sálvia, o azeite,

(aproximadamente 1,5 kg) limpa, o alho e pimenta, esfregando a carne


mas com a capa de gordura com essa mistura.

40 g de mostarda de Dijon Pre aqueça o forno a 220ºC.

Coloque a carne numa assadeira


2 colheres (sopa) de folhas de sálvia picadas
sobre uma "cama" de mirepoix
30 mi de azeite de oliva extravirgem
(deixando a capa de gordura
1 dente de alho picado para cima) e asse por 30 minutos.
500 g de mirepoix (ver p. 58) Verifique de vez em quan do

250 mi de fundo escuro bovino (ver p. 65) se a assadeira não está seca e,

400g se necessário, junte um pouco de


50 mi de vinho Madeira
água ou fundo quente.
sal e pimenta-do-reino
Ao final desse tempo, desligue o
moída na hora
<n forno e transfira o contrafilé para
QJ
e:
uma assadeira limpa, cubra com
l'O
u papel-alumínio e volte ao forno
o
que ainda deve gua rdar algum calor.
o Retire o excesso de gordura e
leve a assadeira com o mirepoix
o..
"' e os sucos d o assado ao fogo alto.
u

Caramelize* bem o mirepoix na


assadeira e junte o fundo.
Raspe bem com uma colher

de pau e reduza*.
Passe o molho por peneira fina,

apertando bem para que parte

da polpa dos legumes passe por ela,

engrossando o molho naturalmente.

Transfira esse molho para uma panelinha


e ferva junto com o vinho Madeira.
Fatie a carne e sirva com o molho
à parte.
317

Técnica especialmente apropriada para Os braseados podem ser totalmente


carnes. Usado para cortes g1·andes e feitos no fogão ou iniciados no fogão
mais duros, consiste em dourar a carne e finalizados em forno. Quando o
em gordura quente e, em seguida, cozi­ braseado é feito na boca do fogão, 400g

nhá-la em pouco líquido (água, caldo, é necessário que se acrescente mais


vinho). A quantidade de líquido do líquido aos poucos durante o
(/)
braseado deve ser suficiente para cobrir cozimento, pois o controle de Q)

apenas entre l /3 e metade da peça a ser temperatura é menos eficiente.


"'

cozida, e o cozimento se dá pela fervura Nesse caso, o contato direto da


u

do líquido associada ao vapor criado chama com a panela produz mais


o
por ele, pois cozinha-se com panela calor, secando os líquidos antes
tampada. que a carne esteja macia.
a.

Um dos maiores benefícios desse Os braseados devem ter um sabor ro

método é fazer com que cortes final intenso, resultado de uma cocção
grandes e duros se tornem macios lenta e prolongada, e o molho pode ser
e úrnidos, pois o líquido inserido na coado, batido ou servido como está.
cocção penetra na fibra, amolecendo A receita a seguir ilustra claramente
o tecido. O líquido restante da cocção a técnica de brasear carnes. Utilize-a
se transforma num excelente molho, alterando os ingredientes para produzir
muito rico em sabor. diferentes produções.
318 Mlf" n nr 1"

rendimento 8 porções
ro
L

PRFPARf
"
C) INGREDIENTES Aqueça uma panela de ferro
<>

Q)
50 mi de óleo ou esmaltado, coloque o óleo e doure
manteiga clarificada* bem a carne de todos os lados.
ro
1,2 kg de miolo de alcatra limpo e Quando estiver bem dourada,
• r
amarrado com barbante retire da panela e reserve.
Q)
para dar forma Coloque o mirepoix na panela
e doure ligeiramente.
300 g de mirepoix (ver p. 58)
Adicione a farinha de trigo e
400g 40 g de farinha de trigo
doure levemente.
200 mi de vinho tinto junte o vinho, deglaçando* e
1,5 litro de fundo escuro bovino (ver p. 65) raspando todos sucos caramelizados*
(1)
Q)
1 sachet d'épices (ver p. 59) no fundo da panela, e reduza*
e:

o vinho até quase secar.


sal e pimenta-do-reino
"'
u
Adicione o fundo quente e o
moída na hora
sachet d'épices.
o
Volte a carne para a panela e cozinhe

a.
em fogo alto até o líquido ferver.
ro
u Tampe a panela e leve ao forno
preaquecido a l 70ºC e asse por
1 hora e 30 minutos, até que

a carne esteja bem cozida e macia.


Retire do forno, reserve a carne
e reduz a o molho.
Acerte o tempero, coe e sirva
a carne fatiada com o molho.
LOMBO DE POR 319
rendimento: 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES Tempere o lombo com o alho, o suco
1.2 kg de lombo de porco de limão e pimenta-do-reino com
com um pouco de gordura antecedência mínima de 2 horas.

l dente de alho amassado Numa panela de ferro esmaltado,

aqueça o óleo. Junte uma quantidade


suco de 1 limão
generosa de sal à carne e, em fogo
50 mi de óleo
forte, doure-a de todos os lados.
300 g de cebola em brunoise (ver p. 55)
Quando estiver bem dourada,
120 mi de vinho branco seco retire a carne da panela e reserve. 400g

suco de 4 laranjas Na mesma panela, junte a cebola

e doure ligeiramente.
500 mi de fundo claro de ave (ver p. 62) (/)

Junte o vinho branco, deglaçando* Q)

casca de 2 laranjas, em julienne (ver p. 55), e

e raspando todos os sucos ....


"'
fervida 2 vezes em água u
caramelizados·* no fundo da panela,
o
sal e pimenta-do-reino moída na hora e reduza* até quase secar.
o
Adicione o suco de laranja e o

fundo quente.
CL

Volte o lombo para a panela e cozinhe "'


u

em fogo alto até o líquido ferver.

Reduza então o fogo, tampe a

panela e leve ao forno preaquecido

a l 50ºC e asse por 1 hora e

30 minutos, até que a carne esteja

bem cozida e macia.

Retire do forno, reserve a carne

e reduza o molho.

Acerte o tempero, coe, adicione

as cascas de laranja e sirva o lombo

fatiado com o molho.


320

cc
ct
400g CI) Muito similar ao braseado, também
::::>
� utiliza cortes mais duros, mas a carne

deve estar em pedaços menores.


V> Alguns passos também sofrem
Q)

e:
alterações, como no caso de
"'
'-' produções com frango e vitela que
o
podem sofrer um branqueamento*

o prévio, em vez de serem dourados


::>
em gordura quente antes de serem

guisados. Pelo fato de as carnes


a.
"'
'-'
estarem em pedaços menores.
o tempo de cocção do guisado

é relativamente menor. O molho

formado durante a cocção é

servido juntamente com os pedaços

de carne e os complementos

aromáticos, coados ou não.


rc11rlimcnto · 6 porções

,, ...
INGREDIENTES Preaqueça o forno a l 70ºC.
130 g de farinha de trigo Num recipiente raso, misture a farinha, o tomilho,

1 colher (sopa) de tomilho seco sal e pimenta-do-reino.

Passe os cubos de carne por essa mistu1·a, sacuda 321


1 ,5 kg de coxão mole limpo, em cubos de 2 cm
muito bem o excesso e transfira para outra vasilha.
30 mi de azeite de oliva extravirgem
Numa panela de ferro esmaltado, aqueça o azeite
30 mi de óleo
e o óleo, doure os cubos de carne aos poucos e
250 mi de vinho tinto escorra em papel absorvente (ou peneira) à medida

370 mi de íundo escuro bovino (ver p. 65) que ficarem dourados por igual.
Quando a carne estiver toda dourada, retire
400 g de tomate pelado picado
o excesso de azeite, mas não lave a panela.
1 colher· (chá) de cominho em
Junte o vinho tinto, o fundo de carne, o tomate
semente moído na hora
e leve ao fogo médio.
1 colher (chá) de páprica picante
Deixe levantar fervura e raspe o fundo da panela
1 folha de louro com colher de pau.
400g
12 minicebolinhas Leve a carne de volta à panela e junte o cominho,

a páprica e a folha de louro.


2 dentes de alho amassados ou
Tempere com um pouco mais de sal e pimenta.
muito bem picados (/)

Tampe a panela e leve ao forno, na prateleira Q)

1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas


e

do meio, por 2 ho1·as. <O

100 g de azeitona verde sem caroço Verifique ocasionalmente, controlando para que
u

sal e pimenta-do-reino moída na hora o líquido não seque, acrescentando mais um pouco
o
de água ou fundo de carne quente, se necessário.

Enquanto isso, leve água para ferver em a.


<O
outra panela. u

Faça um x na base das minicebolinhas e mergulhe-as

na água fervendo.

Deixe 1 minuto e depois transfira para uma vasilha

com água fria.

Retire então a pele das minicebolinhas e junte-as à

carne depois de 1 hora e 30 minutos de cozimento.

Quinze minutos antes de servir, leve a panela ao

fogo e junte o alho, a salsa picada e a azeitona.

Deixe a panela destampada, em fervura branda*


até chegar à consistência desejada.
Sirva em seguida.
LANOUE:l

rendimento 6 porções

- i;
INGREDIENTES Numa sauteuse (ver p. 27) aqueça a

70 g de manteiga sem sal manteiga e salteie (ver p. 47) a carne

322 1,2 kg de carne de vitela (pode ser do pernil) aos poucos, sem colocar tudo na

muito bem limpa, em cubos de 4 cm


panela de uma vez só (5 minutos
para cada porção).
1 dente de alho amassado
Retire e transfira para um recipiente.
30 g de farinha de trigo
C>
Tempere com sal e pimenta.
o 300 mi de vinho branco seco Leve toda a carne de volta à panela,

2 folhas de louro aumente o fogo para alto e junte o alho,

ramo de tomilho suando* de 2 a 3 minutos, até liberar


o seu perfume.
300 mi de fundo claro bovino ou
Polvilhe com a farinha de trigo
de ave reduzido* a 250 mi (ver p. 62)
e mexa muito bem para que todos
1 gema
os pedaços fiquem envolvidos.
400g 130 mi de creme de leite Reduza o fogo para muito baixo
UHT (longa vida) e junte metade do vinho branco,

1 colher (sopa) de suco de as folhas de louro e o tomilho.


<n
C1> limão espremido na hora Tampe a frigideira e cozinhe durante
e:
sal e pimenta-do-reino 5 minutos.
"'
o
moída na hora Adicione o vinho restante, tampe e
o
cozinhe em fogo baixo por mais 1 hora.
o Ao final desse tempo, acrescente o
fundo e cozinhe sem tampa por mais
e.
"' 15 minutos.
u

Em recipiente à parte, bata a gema


com o creme de leite e o suco de limão.
Com escumadeira, retire os pedaços
de carne da frigideira.
Despeje um pouco do caldo na mistura
das gemas, fazendo a temperagem*,
leve tudo de volta à frigideira e mexa
até obter uma mistura homogênea
e cremosa, sem deixar ferver.
Leve os pedaços de carne de volta
ao fogo baixíssimo, sem deixar ferver.
Sirva em seguida.
O objetivo da fritura por imersão e o filé-mignon em emincé ou bifes
da fritura rasa é produzir uma camada finos, e nunca se deve rritar cortes
crocante, dourada e saborosa no exterior gordurosos.
do alimento, que também funciona Pode-se finalizar a cocção em forno,
como uma proteção e mantém seus caso não tenha sido possível fazê-la
a:
sucos internos.
t2
a: Somente cortes de carne naturalmente
por completo durante a fritura.
A adição de molhos úmidos não
LI..
tenros devem ser fritos, pois a fritura é aconselhada quando produzimos
por si só não dá maciez e umidade. alimentos por meio de fritura, pois 323
Se ficarem secos é porque roram a umidade do molho irá amolecer
cozidos demais. a camada externa do alimento,
As carnes devem estar corretamente fazendo com que as características
porcionadas para produzir uma boa dessa produção sejam perdidas.
fritura. A vitela deve estar em escalopes, Sirva os molhos à parte.

rendimento porções

INGREDIENTES Apare bem os filés de vitela, bata um


6 costeletas de vitela pouco para nivelar e risque a superfície
400g
(aproximadamente 1,5 cm de espessura) da carne com a ponta de uma faca,

2 ovos batidos com 1 colher (chá) sem cortá-la.

de água Coloque a farinha de trigo num prato (1)


OJ
grande, a de rosca em outro, e o ovo e:
limão em gomos
num prato mais fundo. ro
u
sal e pimenta-do-reino
Tempere muito bem os filés com sal
moída na hora
e pimenta e empane* na farinha de o
farinha de trigo e farinha de rosca
trigo, apertando bem para retirar
para empanar
todo o excesso de umidade. a.
ro
u
manteiga clarificada* para fritar Passe pelo ovo e, finalmente, pela

farinha de rosca, também apertando

bem para aderir:

Numa frigideira grande, aqueça um

b�e� filés pouco de manteiga e frite os filés,


ernpan,idos um de cada vez, dos dois lados,
podem ser
até estarem bem dourados.
tarnbérn
Repita a operação para os demais filés,
fritos pot
imersão adicionando mais manteiga clarificada
em óleo conforme a necessidade e sirva com
ilbund;inte.
os gomos de limão.
a:
f
o
(1)
z
w
324
Técnica que consiste em cozinhar
carnes em fundo sem dourá-las
previamente. Indicado para cortes
mais duros, em pedaços, tendo como
característica um prato de sabor suave.
Ao contrário do que se imagina,
produzir um ensopado requer cuidado.
Cada ingrediente deve entrar na
panela na hora certa, pois eles têm
pontos de cozimento diferentes e o
simples fato de a carne estar cozida
40Dg em meio líquido não garante a sua
suculência - ela pode ficar dura.
Para assegurar que a carne fique
V>

"' macia e úmida, ela deve cozinhar


e:

o tempo necessário.
"'

o
Devemos nos preocupar também
o
com o sabor do líquido resultante da
o
cocção do ensopado. Ele deve ser
extremamente saboroso e substancioso.
a.
"'
Para isso, o ideal é partir de um fundo
o

feito com mais ossos que o convencional


e pensar muito bem na combinação dos
ingredientes (carne, aromáticos, ervas).
renrl1mento 6 porções

325

INGREDIENTES Cozinhe os ossos por 20 minutos

4 pedaços de osso com tutano em água com sal. Escorra e reserve.

amarrados com barbante Numa panela grande, com 3 litros de

600 g de músculo bovino água, cozinhe o músculo, a costela e o

cortado em 4 pedaços coxão duro junto com a cebola, o alho,

o bouquet garni, o sal grosso e pimenta.


600 g de costela de boi
Durante o cozimento. retire a espuma
cortada em 8 pedaços
que se formai· na superfície.
600 g de coxão duro cortado
Se necessário, acrescente um pouco
em 4 pedaços
mais de água.
cebola média com 4 cravos-da-índia Depois de 1 hora e 30 minutos
400g
espetados retire o bouquet garni e acrescente

3 dentes de alho picados grosseiramente a cenoura e o nabo.

1 bouquet garni (ver p. 59) Cozinhe por 1 O minutos e acrescente "'


Q)
a abóbora. e:
2 colheres (sopa) de sal grosso
"'
Cozinhe por 5 minutos e acrescente o
6 cenouras co1·tadas em 8 pedaços
a batata, o alho-poró e o salsão.
1 nabo grande em rodelas Cozinhe por mais 5 minutos e o

500 g de abóbo1·a de pescoço, acrescente a batata-doce e os

com casca. em cubos grandes ossos ao cozido. a.


ro

3 batatas co1·tadas ao meio Retire a panela do fogo assim

que as batatas estiverem cozidas.


4 alhos-porós (parte branca)
Fatie as carnes se desejar e mantenha-as
cortados ao meio
aquecidas com um pouco do caldo.
3 talos de salsão cortados ao meio
Arrume uma travessa grande com
2 batatas-doce de casca roxa todos os "pertences" dispostos

1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas cuidadosamente e regue com

um pouco de caldo quente.


pimenta-do-reino em grão
Polvilhe com salsa picada.
mostarda de Dijon e sal grosso
Sirva acompanhado com mostarda
para acompanhar
de Dijon e sal grosso.
-
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\_____, ··· o
g�arndee �1
11
o
agr

'! �-----�-------�
328

arde manger é a

parte fria da cozinha. Cheia de particularidades,

essa área da cozinha tem como aliadas as cores,

as texturas e a riqueza de ingredientes.

Por ser fria, a comida preparada nesse setor

não tem aroma. Por esse motivo,

400g as produções devem chamar a atenção

pelo visual, o que torna essa cozinha muito


....
"'
Cl
e rica em técnicas e conceitos importantes
ro

E"
CI> de preparo e apresentação.
-o
....
"'

a.
"'
u
O termo garde manger era usado Evite manipular e decorar demais os
originariamente para denominar a pratos. Muitas vezes, a própria comida
despensa; local onde se guardava a já diz tudo.
comida. Como não havia refrigeração Lembre-se de que as cores devem

ali, aplicavam-se técnicas aos alimentos ser suaves, compatíveis e naturais; as


para preservá-los (curas, defumações, porções devem ser pequenas; e a
embutidos) e com o tempo passou decoração tem a finalidade única de 329
a ser uma área da cozinha. Era lá realçar o prato, e não de ser o foco

que se produzia a parte fria dos principal.

banquetes, alimentos ornamentados Apesar de estar se referindo à comida


com grande grau de excentricidade, fria todo o tempo, é importante saber

além dos queijos, conservas que o garde manger também inclui


e charcutaria. produções quentes - como uma salada

l\;a brigada clássica de cozinha, cuja com foie gras ou um sanduíche.

ênfase é sabor e apresentação, o chefe

do garde manger é o responsável por

todas as preparações frias, incluindo Como dito anteriormente, o garde

saladas, charcutaria (frios e embutidos), manger tem como principais aliados os

patés, galantines, hors-d'oeuvres e bons ingredientes e as técnicas aplicadas. 400g


algurnas decorações. Portanto, são imprescindíveis a compra

No serviço contemporâneo, o garde e escolha de ingredientes de qualidade


Q)

manger também é responsável pela para garantir um bom resultado.

preparação de sanduíches frios e

quentes, e em hotéis, pelo serviço

de quarto. Palavra-chave quando falamos de

N:is produções quentes, o aroma comidas frias. As frutas, legumes e ver­

é o grande atrativo do prato; já nas duras são muito usadas. Cada produto

comidas frias, o que conta é a aparência. tem sua época: quando está em melho­
Por tanto, sabor e apresentação mantém res condições para o consumo, mais ro
u

uma relação de cumplicidade. abundante e com preços menores.

Baseado nisso, o garde manger deve Hoje em dia pode-se encontrar os

obedecer a alguns critérios: produtos durante todo o ano, pois as

Ao preparar coquetéis, aperitivos técnicas agrícolas estão avançadas e a

e buffets frios tenha sempre em abertura de mercado facilita a impor­

mente que a primeira impressão tação. Contudo, o ideal é conhecer

é a que conta, ou seja, a boa as sazonalidades e procurar sempre

aparência é fundamental. os vegetais e frutas da estação.


330 COMPRA Saladas podem ser classificadas

Procure bons fornecedores e se como prato frio composto de um

informe sobre suas instalações e modo ou mais ingredientes, ligados ou

de trabalhar. Determine as especifica­ não por um molho.


"'

o ções de cada produto, incluindo peso, A despeito dessa classificação,

tamanho, grau de maturação etc. e podemos agregar um ou mais ele­

acompanhe as entregas, recusando pro­ mentos quentes a uma salada. Além

dutos que não sigam as especificações disso, ingredientes frios não precisam

e.. desejadas (exemplo: tomate tipo Débo­ necessariamente ser servidos crus.

ra, oblongo, maduro para salada em

caixa com 1 O kg). Folhas


Pode-se criar uma enorme varie­
400g dade de produções escolhendo folhas
ARMAZENAGEM
Produtos secos devem ser armaze­ apropriadas e fazendo uma boa

nados em caixas plásticas devidamente combinação com molhos.
"'

Para preparar saladas com sucesso é


Ol
e organizadas em local seco e fresco,
m

E favorecendo assim o uso dos produtos importante conhecer os tipos de folha

mais velhos, com data de validade mais disponíveis, seu sabor e sua textura, bem

próxima (PEPS - primeiro que entra, como a melhor maneira de utilizá-las.

primeiro que sai). Quanto aos produtos Os principais tipos de folha existentes
o
frescos, estes devem ser armazenados no Brasil são alfaces (lisa, crespa, roxa,

sob refrigeração, de acordo com mimosa, americana e romana); chicórias


ro
(.,) suas características. ( endívias, radicchio, escarola, chicória,

chicória frisée); outras (repolho, repolho­

MODO OE FAZER roxo, acelga, mostarda, rúcula, agrião,

azedinha, mâche, espinafre).

SALADAS Há uma classificação das folhas de

Atualmente, a preocupação com a acordo com o sabor e as características

saúde e a aparência fez aumentar o e esta deve ser observada na montagem

consumo de saladas, tornando esses de saladas: folhas suaves (alfaces em

pratos obrigatórios na composição geral); folhas picantes (agrião, mostarda);

dos cardápios. folhas amargas (rúcula, radicchio).


limpeza não combina com truta defumada 331
Separar as folhas e lavá-las uma a com molho de amêndoa como prato

uma sob águ3 corrente; higienizá-las, principal);

deixando-as rnersas em água com cloro Se for o prato principal, deve ser rica,

(seguindo as instruções do produto); servida em porção maior e ter na

secar muito bem as folhas em centrífuga composição. se possível, proteína,

especí fica para esse fim ou com papel carboidrato e vegetais (por exemplo :

absorvente; armazenar as folhas salada com folhas e vegetais, queijo

adequadamente sob refrigeração, grelhado e croOtons);

cobertas com papel úmido; rasgar • Se for servida no final da refeição

as folhas em bocados. (como é muito comum na Itália e na

França), como um digestivo ou para

Usos limpar o paladar antes do q ueijo, deve 400g

As saladas podem ser servidas ser apenas de folhas.

como entrada, acompanhamento ou ,_


a>
Ol
prato principal. Vários fatores devem Como qualquer outro tipo de prato, C"
"'

ser considerados na escolha do tipo uma boa salada deve ter ingredientes E
"'
de salada, como: de qualidade e escolhidos de forma a -o
,_
"'
• Se for acompanhar mais de um prato, obter uma produção equilibrada. Ol

basta uma salada de folhas com um O cuidado na aparência e preparo

molho básico (vinagrete, por exemplo); fará que a salada se torne mais atraente

• Se for complementar u m a produção e apetitosa (uma cenoura mal cortada


e_
rn
como um grelhado ou uma fritura, não produz a mesma sensação que u

deve ag1·egar sabo1; textura e nutrien­ outra cor-tada em finas fatias ou tiras

tes ao prato ( salada de batata com crocantes mais fáceis de mastigar).

gorgonzola acompanhando um frango Na hora de montar (empratar) sua

grelhado, por exemplo); salada, tente visualizar o resultado e

• Se for servir de entrada, deve ser leve, considere os seguintes elementos:

pequena, mas muito saborosa, não • cores (de monocromáticas a

precisa combinar com o prato prin­ supercoloridas) ;

cipal e não deve repetir ingredientes • montagem e formato (simétrica

(exemplo: salada verde com truta ou assimétrica, se tem altura ou

defumada e amêndoa em lâminas se é mais espalhada no prato);


se tem ou não elementos de Quanto à tempe1-atu1-a: quente-frio

decoração, e assim por diante. (salada com molho morno, salada

com queijo grelhado).

O importante é que o produto

final tenha ha1-monia e pareça gostoso, Além das folhas e vegetais, ainda

sem contudo denotar excesso de podemos adicionar às saladas queijos,

manipulação - problema muito grãos e cereais, carnes frias desfiadas,


332
comum em produções frias, quando defumados, embutidos, frutas secas e

a comida parece mexida demais frescas, ílores comestíveis, oleaginosas*,

ou muito a1Tumada. ervas, marinados/conservas (pepino

Não há regras para a composição azedo, palmito), pães, massas, sementes

de saladas, mas alguns pontos devem (gergelim, girassol, abóbo1·a etc.).

ser levados em consideração, como:

• Escolha ingredientes que combinem f'.c'1 ;: o dr m Jihc

entre si - sabores contrastantes são Em primeiro luga1� só tempere

interessantes, sabores conflitantes a salada no momento do serviço:

são um desastre. coloque as folhas limpas e secas numa

• Procure ingredientes de cores, sabores tigela de tamanho apropriado (não a

400g e texturas diferentes; lembre-se de que você irá usai- para servir a salada),

que cada ingrediente pode ser adicione o molho e, usando duas

'-
degustado separadamente, por tanto, colheres (ou as mãos, como preferimos').
<l>
CJl tudo deve ter um sabor bom. envolva todas as folhas no molho uni­
e
"'
• Monte a salada visando à sua formemente. Cada folha deve estar
E'
Q) aparência final. apenas coberta com o molho, cuidando
.,,,
'-
para que não haja excessos.Transfira

Há muitas possibilidades de combi­ a salada já temperada para o prato

nação que podemos usar nas saladas de serviço.

para deixá-las mais interessantes, como:


"'
u
• Quanto ao sabor: salgado-doce f'COlc('l1
(bacon com maçã, melão com Escolha a decoração de acordo com

presunto); ácido-gorduroso (salmão os ingredientes utilizados na salada.

com limão, vinagre com azeite); Tome cuidado, pois muitas vezes a

picante-doce (manga com pimenta, própria salada já é bastante bonita e

chutney); leve-rico (folhas com queijo, dispensa decoração, mas, caso isso seja

amêndoa com vagem). necessário, não exagere nem coloque

• Quanto à textura: crocante-macio elementos excessivamente coloridos ou

(salada com croOtons, batata com enfeitados (flores de tomate, vassouras

bacon), macio-fii-me (parmesão e de nabo etc.). Lembre-se de que tudo

alface-romana). que está no prato deve ser comestível!


333

ren!l1mento: 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES CROUrONS

CROÚTONS Passe a mistura de alho no pão

2 dentes de alho amassados com sal e italiano, corte-o em cubinhos

azeite de oliva extravirgem e coloque numa assadeira. 400g

3 fatias de pão italiano redondo Leve ao forno preaquecido

a 1 60ºC e asse até que esteja


"'

MOLHO bem seco. º'


e

3 dentes de alho picados


MOLHO "'

4 filés de anchova
Amasse o alho com a anchova,
3 gemas semicozidas ))

junte as gemas, sal e pimenta


(cozidas por fora e com o miolo cru)
e misture muito bem.
30 mi de suco de limão Acrescente o suco de limão e
=

60 g de queijo parmesão ralado o parmesão e incorpore tudo. ro


u

150 mi de azeite de oliva extravirgem Junte o azeite em fio, emulsificando*

com um fouet*.
sal e pimenta-do-reino

moída na hora
MONr/\GFM
Lave e segue as folhas de alfaces.
MONTAGEM
Rasgue as folhas, tempere com o
maço de alface-romana
molho e salpique os croOtons
60 g de queijo parmesão em lascas
e as lascas de parmesão.
334

()
<>

SALADA DE
rendimento 6 porções

PRf PARO
INGREDIENTES Cozinhe a batata em água com sal
kg de batata pequena, bem lavada até ficar tenra.

1 colher (chá) de sal Numa tigela grande, misture 50 mi


400g
de vinagre às folhas de alecrim e,
60 mi de vinagre de vinho branco
assim que a batata cozinhar; coloque-a
.... folhas de 1 galho de alecrim
Q) na tigela para esfriar; mexendo.
O'J
e: 1 colher (sopa) de mostarda de Dijon Numa tigela à parte, prepare u m
"'

E 50 mi de azeite de oliva extravirgem vinagrete com o vinagre restante,


Q)
o
.... 150 g de queijo gorgonzola a mostarda, o azeite, sal e uma
pitada de pimenta.
sal e pimenta-do-reino
junte o queijo e use o molho
moída na hora
para temperar a batata.
a. Sirva frio ou em temperatura ambiente.
ro
u
335

SALADA VERDE
rendimento: 6 porções

PREPARO
400g
INGREDIENTES Lave e seque as folhas.
l /2 maço de alface-americana Numa tigela, dissolva o sal

l /2 maço de rúcula e a pimenta no vinagre. (ll


Cl

Adicione a framboesa e amasse


e

l /2 maço de alface-roxa ro

E
bem com um garfo.
l /3 de maço de chicória frisée
junte o azeite e o óleo em fio,
30 mi de vinagre de framboesa emulsificando* com um fouet*
(ou de vinho branco) até ficar homogêneo.

50 g de framboesa fresca ou congelada Prove e acerte o sabor adicionando,

40 mi de azeite de oliva extravirgem se necessário, algumas gotas de


"'
u
suco de limão.
50 mi de óleo
Coloque as folhas rasgadas numa
300 g de confit* de pato em lascas,
tigela grande, regue com o molho
sem pele, em temperatura ambiente
e misture, envolvendo bem as folhas.
(ver p. 291)
Disponha as folhas no prato de
suco de limão serviço e distribua com cuidado

sal e pimenta-do-reino as lascas de confit.

moída na hora
336

/l AOA D
re11d1111e1110 6 porções

INGREDIENTES Cozinhe os grãos separadamente

45 g de arroz selvagem com bastante água, sal e as

30 g de cevada em grão especiarias até que fiquem macios.

Escorra a água e reserve.


30 g de arroz integral
Num sautoir (ver p. 27), coloque
30 g de aveia em grão
metade da manteiga e salteie
45 g de trigo em grão (ver p. 47) a cebola e a abobrinha
400g
114 de colher (chá) de cominho em pó até tomarem cor: Reserve.

1 /4 de colher (chá) de canela em pó Doure a amêndoa na manteiga

<lJ restante.
O> envelope de açafrão (em pó ou pistilo)
Misture os grãos cozidos com os
m

1 100 g de manteiga sem sal


vegetais salteados, o damasco e
"'
u 200 g de cebola em brunoise (ver p. 55) a amêndoa e salpique a hortelã.

300 g de abobrinha italiana Sirva em temperatura ambiente.

em brunoise

100 g de amêndoa em lâminas


a.
"' 150 g de damasco turco (doce) em tiras
u

2 colheres (sopa) de folhas de hortelã rasgadas

sal e pimenta-do-reino

moída na hora
MOI HOS rRIO::
No garde manger. os molhos mais Dentre os ácidos usados no preparo
utilizc:dos são: de molhos frios, o vinagre é o mais
emulsões frias; comum deles. É um subproduto do
molhos à base de laticínios; vinho ou outra bebida fermentada, que
337
salsa (ver p. 108); é fermentado em barris de carvalho
coulis (ver p. 107); usando-se uma bactéria. Esta forma uma
• mo hos de cobertura, entre outros. espécie de filtro, que consome o álcool

existente no vinho e o transforma em


As emulsões frias mais usadas são ácido acético. Existem basicamente
vinagrete e maionese, compostos dois métodos de produção: o Orléans
basicamente de óleo, ácido e ovo e germânico.
(na maionese). O tipo de óleo e de No método Orléans, a fermentação
ácido usado depende do resultado requer mais ou menos três meses e é
final desejado. seguida de uma cuidadosa filtragem.

Depois, o ácido acético é regulado com

a adição de água e/ou vinho, de maneira


400g
O azeite ou óleo de oliva é o mais que fique em torno de 6% no produto
usado, pois seu sabor único pode variar acabado. No método germânico, o

de suave e frutado a intenso e picante, tempo de fermentação é abreviado


Q\
O'>
e...
dependendo da região de origem. para um a três dias. É claro que as ro

[
O azeite extravirgem, extraído da diferenças de sabor são significativas.
primeira prensagem a frio da azeitona, O vinagre balsâmico é um tipo espe­
é o mais forte em sabor e cor e seu cial de vinagre, feito a partir de vinho
teor de acidez é de menos de 1 %. tinto envelhecido em tonel de carvalho.
Por ser mais saboroso e caro que os O verdadeiro vinagre balsâmico passa
demais, é recomendado para uso em por 13 diferentes tonéis de carvalho
Q_
co
u

produções sem cocção - em molhos antes de estar pronto.


para saladas, para finalizar pratos ou Existem vinagres feitos a partir da
como acompanhamento de pães servi­ fermentação de outros produtos.
dos no início da refeição ou sanduíches. Os mais comuns são os de maçã e arroz.
Há também outros óleos usados Nas emulsões frias também são
em saladas e molhos como o de nozes, usados como ácido o suco de limão
amendoim, milho, amêndoa, avelã, ou de frutas ácidas (maracujá, laranja,
gergelim, semente de uva, de papoula, kiwi, framboesa etc.).
de girassol.
338

Emulsões frias O vinagrete pode ser preparada

Emulsão'r, é a combinação mecânica de inúmeras formas para criar um

(batendo com fouet*, liquidificador ou sem-número de variações. Há, contudo,

agitando um pote fechado) de elementos alguns fatores a considerar:


tl
que não se misturam naturalmente, • A proporção pode variar de acordo
QJ

como água e óleo, por exemplo. Dessa com o grau de acidez do ácido

forma, os elementos são quebrados em utilizado.

partículas muito pequenas, que ficam • Óleos muito aromáticos, como o

em suspensão, dando a impressão de azeite extravirgem o óleo de nozes,

que estão misturados. em geral contribuem com boa parte

Existem três tipos de emulsão: do sabor dos vinagretes, portanto, é


400g
temporária (vinagrete), semipermanente preciso cuidado para que o vinagre

(hollandaise), permanente (maionese). utilizado não mascare o sabor desses


.... óleos.
Q)
cn
e Vinagrete/emulsão temporária • Às vezes é necessário mesclar um
"'
E Principal molho frio usado na cozinha óleo mais neutro com um de sabor
"'
-o (pois não aparece apenas no garde mais intenso para que o vinagrete
....
ro
cn manger; mas também em preparações não fique muito forte em determinada

quentes e em finalizações) é a salada. Deve-se pensar sempre no

combinação de ácido e óleo. que se quer atingir:

• Vinagretes são emulsões temporárias,


CL
ro
u Proporção básica: 3 partes de óleo por isso é necessário mexer sempre

pa r a 1 parte de ácido. antes de servir:


• Adicionar um pouco de água aumenta

O que transforma essa mistura num ligeiramente o grau de estabilidade

molho perfeito é a proporção correta da emulsão (a proporção ideal é

e a emulsificação, feita com um fouet, 1 colher de sopa de água para 4 de

ou colocando-se os ingredientes num azeite e 1 de ácido).

recipiente (pote) bem fechado e • É sempre necessário fazer o vinagrete

agitando até que o molho fique com ingredientes em temperatura am­

cremoso e uniforme (ver p. 106). biente, para que se dê a emulsificação.


339
Sempre di;solva o sal no vinagre A maionese e molhos que a
anles de adiciona i- o azeite, pois contém como base podem ser usados
ele não dissolve no azeite. em saladas, como dip para vegetais

e peixes, sanduíches etc.


M i1on 1 Pmul. , o µerr101 n r

Molho feito através da combinação Alguns fatores que devem ser


de gemas, ácido e óleo. Por conter considerados:
gema, rica em lecitina - um agente Para se atingir uma emulsificação
emulsificante -, a maionese não se melhor. os ingredientes devem estar
separa quando pronta, pois é uma em temperatura ambiente.
emulsão* estável. Uma boa maionese deve ser cremosa

e com uma cor amarelo pálido, e 400g


Proporção básica: ao cair da colher deve se espalhar
180 mi a 240 mi de óleo para 1 gema. ligeiramente. .....
<li
CJ)
Deve haver acidez suficiente para
A quantidade de óleo deve variar realçar o sabor, sem, contudo, ser
de acordo com o tamanho das gemas. predominante.
Por tratar-se de um molho de base, o Adicionar um pouco de água às
óleo deve ser preferencialmente neutro, gemas facilita a emulsificação.
salvo quando se queira usar; por exemplo, • A adição do óleo deve ser lenta
azeite para agregar sabor. Fique atento, e gradual, pois se for muito rápida,
ro
pois a quantidade de óleo é grande e, o molho poderá quebrar. <..>

ao substituir por a zeite , o sabor pode Como a maionese é um molho espes­


ficar forte. Vale usar meio a meio! so, raramente é utilizada sozinha
Na produção da maionese pode-se como molho para uma salada. Nesse
usar suco de limão e diferentes tipos caso, a melhor maneira de empregar
de vinag re . O ácido é utilizado para a maionese é diluí-la num vinagrete .
dar sabor e para ajustar a consistência

do molho.
340

rendimento 800 g

INGREDIENTES Coloque no liquidificador


2 gemas as gemas, o vinagre, a água,

45 mi vinagre de vinho branco a mostarda, sal e pimenta.


Bata até que a mistura esteja
45 mi de água
espumosa, adicionando aos
1 colher (chá) de mostarda de Dijon
poucos o óleo em fio, com
400g
450 g de óleo o liquidificador em velocidade

sal e pimenta-do-reino média, até que todo o óleo


moída na hora tenha sido incorporado e a
....
m
suco de limão para acertar maionese esteja densa (deve
e
a acidez ser cremosa e amarelo pálido
e ao cair da colher deverá
se espalhar ligeiramente).
Ajuste os temperos e acerte
a acidez e a textura com o
a.
"'
suco de limão (se necessário).
u
Molhos à bn"e le at d111os

Os molhos à base de laticínios não

seguem regras ou técnicas específicas.

Os mais comumente usados no garde

manger são: creme azedo (sour cream),

molhos à base de queijos (com queijos

cremosos em geral), molhos com

iogurte, molhos enriquecidos com O creme azedo (sour 341

creme de leite fresco, entre outros. cream) é um creme de


n
É necessário cuidado ao usar esses leite fermentado natural­ ..,
CD

molhos, pois têm textura densa e ::l


mente ou através da adição CD
OJ
podem deixar a produção pesada. de bactérias. De textura N
co
Podem ser usados para acompanhar suave e sabor ácido, é mais o..
o

peixes marinados, defumados, espesso que o creme de


embutidos etc. leite fresco.

400g

QJ
O>
e..
ro
E
ª'
rendimento: 300 CJ
Para fazer urn creme �

"'
azedo rápido, bala com ...,

PA 1 um fouel' , 2SO mi de
INGREDIENTES Coloque todos os cre me de leite fresco
com um pouco de ql
2 colheres (sopa) ingredientes no a.
e pimenta. dté espessar ro
de leite desnatado liquidificador e bata ligeiramente.
u

1 colher (sopa) de suco de limão em velocidade média Adioone suco de 1 /2


limão e bata até o
até ficar bem cremoso.
xícara de queijo cottage ponto de ch,mtilfy.
Reserve sob refrigeração.
Prnve e aiuste a acidez.
adioonando mais gotas
de Irmão, se neccssá110.
Reserve sob refi·1ge1ação.
342

MOLHO CREMOSO
rendimento 250 g

400g
INGREDIENTES Coloque o queijo de cabra,

... 90 g de queijo de o suco de limão, sal e pimenta


<U
cn
cabra fresco esmigalhado numa tigela.
e
"'

t suco de 1 limão Acrescente o óleo de nozes


O> e o azeite e misture bem
'"'
...
20 mi de óleo de nozes
com um garfo.
90 mi de azeite de oliva extravirgem
Junte o parmesão, misture
40 g de queijo parmesão ralado e reserve em temperatura
.5=
:::>
- sal e pimenta-do-reino ambiente.
a.
"'
u
moída na hora
Molhos de cobertura

O aspic, nome dado ao consommé É uma combinação de gelatina, creme


gelatinizado, aparece como cobertura e velouté ou béchamel que, empregado
ou finalização de produções frias, dando em temperatura ambiente, serve para
brilho ao produto final. É obtido através formar uma cobertura densa que
da redução de caldo clarificado ou da esconde a produção, geralmente
adição de gelatina industrial. finalizada com decoração feita com
Outro molho de cobertura usado legumes. Não é muito usado no Brasil, 343
em garde manger é o c haud froid. mas pode ser encontrado em buffets
Derivado do aspic, é usado na finalização frios de hotéis tradicionais. É bastante
de produtos de charcutaria (terrines) comum na Europa, onde pode ser
ou de carnes frias (salmão escalfado encontrado em qualquer rotisseria
ou peito de ave cozido, por exemplo). e charcutaria.

rendimento 5oo g

[ L
INGREDIENTES Hidrate* a gelatina polvilhando
40Dg
24 g de gelatina em o pó no fundo frio, misture
pó incolor sem sabor e deixe que ela o absorva.

60 mi de fundo (ver p. 62) Depois de alguns minutos, Cl>


rn
junte a gelatina hidratada ao
400 mi de velouté
velouté aquecido e misture bem.
bem temperado (ver p. 1O1)
Adicione o creme de lert:e fresco
(feito com o fundo da carne utilizada)
e deixe chegar à temperatura
100 mi de creme de leite fresco
ambiente coberto com filme plástico.

Quando estiver na consistência de

nappé*, mas não duro, pegue um e.


ro
u
pouco de molho com uma concha

e cubra a peça escolhida, usando

uma grade para que o molho escorra

sem deixar rebarbas.

Leve à geladeira até firmar e repita

o processo mais uma ou duas vezes

até que a produção esteja bem coberta

e brilhante.

Decore conforme desejado

e sirva gelado.
Oleos e vinagr arom til do

Considerados grandes trunfos nas

mãos de cozinheiros experientes, são

uma combinação de sucos de vegetais,

er vas, raízes e outras especiarias com

óleos, azeites e vinagres. Podem ser

utilizados como molho, para decorar


344
e finalizar produções, ou ainda na

composição de outros molhos.

rendimento 500 mi

INGREDIENTES Separe as folhas de tomilho dos galhos.

2 maços (ou bandejas) de tomilho Pique com uma faca ou bata num

1/2 colher (chá) de pimenta-do-reino miniprocessador. Numa panela, misture

preta levemente amassada o tomilho, a pimenta-do-reino e o azeite


400g
e aqueça levemente. Coloque num vidro
2 xícaras de azeite de oliva extravirgem
limpo e junte as tiras de limão-siciliano
.__ tiras da casca de l /2 limão-siciliano
Q) depois que esfriar. Sacuda bem. Deixe
Cl
C"
"'
em infusão* em temperatura ambiente
E::
por 2 horas. Guarde por no máximo
Q>
-e
... 1 mês, bem tampado, em geladeira.

rendimento 500 mi

a.
ro
u

INGREDIENTES Numa panela, aqueça o vinagre a mais

500 mi de vinagre de vinho branco ou menos SOºC. Coloque o alho,

4 dentes de alho o alecrim e as pimentas no recipiente

escolhido. Adicione o vinagre morno


2 ramos de alecrim
sobre elas. Deixe esfriar e tampe.
1 O pimentas-do-reino em grão
Mantenha na geladeira, use após
1 O pi m en tas rosa em grão 5 ou 6 dias e conserve no vidro

por até 2 meses.


345

r e 11 d1 111 e n t n 45O m1

INGREDIENTES Aqueça o óleo com o extrato

300 mi de óleo de tomate a 80ºC.

150 g de extrato de tomate Misture bem, deixe decantar*, retire

o óleo e coloque num recipiente.

Mantenha na geladeira por até 3 meses.

400g
rcnd1111ento 500 mi

r Q)
O>

INGREDIENTES Branqueie* a ciboulette.


1 maço (ou bandeja) de ciboulette Escorra e seque bem.

1 colher (sopa) de estragão seco Meça a ciboulette e coloque-a

no liquidificador ou processador com


500 mi de azeite de oliva
o estragão, junte a mesma medida de
extravirgem
azeite extravirgem. Bata até virar uma
Cl.
pasta homogênea.Transfira para um "'
u

vidro transparente e junte o dobro da

quantidade de azeite.

Tampe e sacuda para misturar bem e

guarde por um dia. Quando as ervas

decantarem*, filtre o óleo através de

uma gaze ou peneira finíssima, tomando

cuidado para que nenhuma partícula

passe para o vidro (limpo) que se está

usando. Pode ser usado imediatamente

ou guardado por até uma semana


na geladeira.
HORS-D'OEUVRES
346 Frios ou quentes, os hors-d'oeuvres Um pão de sua escolha, ou base de

são pequenas porções de alimento canapé que pode ser pão cortado, bases

servidos antes da refeição para abrir o industrializadas (tartelletes) ou bases


e.. apetite. Dispostos em mesas ou servidos feitas com vegetai s (rodelas de cenoura,
por garçons (serviço de coquetel). batatinhas), frutas secas, blinis, tortillas,

massas (brisée e choux) etc.


Q)

TIPOS DE HORS-D'OEUVRES
Ingrediente cremoso usado para

QJ dar umidade e proteção à base,


São produções do tamanho de um normalmente feita com queijos

bocado. A escolha dos tipos é baseada cremosos, manteiga, maionese ou


400g nos costumes de cada país. No Brasil, creme de l eite (c hant il ly, reduções*).

s ão comuns os salga din hos fritos,


.... empanados e assados, tais como
Q)
O>
e: coxinhas, empadas, bolinhas de queijo, Ingrediente que dá sabor e pode
"'
E pastéis, croquetes etc. ser utilizado isoladamente ou numa
(l)
-e
combinação com outros (frios, vegetais,
....
"' ovas, defumados etc.).
O>

Pode ser ou não parte do recheio,


Cl.
"'
u mas serve basicamente para dar visual
ao canapé montado (ervas picadas,
pimentas, frutas secas etc.).

CANAPf" OVAS DE PEIXE


Dentre as produções de hors-d'oeuvre, As mais encontradas vêm de peixes

o canapé é um clássico bastante utilizado. de tamanho médio como arenque,


Quente ou frio, pode ser composto de carpa, haddock, salmão etc. São

uma infinidade de ingredientes e variações. encontradas frescas, congeladas

Sua composição é base + pasta + ou enlatadas, são muito delicadas

recheio + decoração. e se deterioram facilmente.


Um dos ingredientes mais exclusivos A fórmula básica para mousses frias é
para a composição de hors-d'oeuvres, 900 g de purê-base + 30 g de gelatina
347
é a ova esturjão, peixe originário do + 240 mi de liquido + 500 mi de
mar Cáspio, que possui condições de agente aeradoi:
temperatura e saturação da água ideais

para o crescimento deste peixe. As ovas


C'>

são 1·etiradas do peixe e salgadas ainda o


Legumes e vegetais servidos
no barco. Existem basicamente 3 tipos
crus, cortados uniformemente e
de caviar comercializados atualmente,
acompanhados de molhos (dips)
apesar de haver mais de 400 espécies
espessos à base de maionese ou
de esturjão. Os três tipos mais comuns
queijos cremosos.
são beluga, sevruga e osetra.

Existe ainda um caviar raro, o dourado


Características dos hors-d'oeuvres
alma, antes degustado apenas pelos 400g
Deve ser servido em pequenas
monarcas russos e iranianos. O que
- porções; temperado moderadamente;
diferencia as ovas do caviar é a espécie
ter boa apresentação; ter sabor; textura Q)
de peixe e o processo de salga. C1>
e cor harmoniosos para que nada C"
"'
O caviar é tradicionalmente servido E
sobressaia.
com blinis e creme azedo, é muito Q)
"'O
'-­
perecível, requer cuidados especiais no m

manuseio e serviço. Deve ser servido ANO' 'Í('l-f... "


em recipiente de cristal, sob1·e gelo e O preparo de sanduíches é uma
com colher que não seja de prata. responsabilidade do garde manger.
Cl..
rn
Além dos sanduíches tradicionais, u

MOUSSES FRIAS existem os finger sandwichs, que são


Combinação de três elementos: uma minissanduíches do tamanho de uma
base (purê de vegetais, de carnes defu­ ou duas mordidas, servidos nos famosos
madas e cozidas ou de queijos), uma liga chás ingleses ou mesmo como
(gelatina) e t..m agente aerador (claras hors-d' oeuvres.
em neve e/ou creme de leite fresco Assim como os canapés, os sanduíches
batido). Aparecem na composição de devem apresentar em sua composição:
hors-d'oeuvres como recheio de ta1·tel­ base + pasta + recheio: a decoração é
letes salgadas, vol-au-vents ou na com­ facultativa, variando de acordo com a
posição de canapés. produção e finalidade.
rend1me1110 6 porções

INGREDIENTES Numa frigideira, sue* o

20 fatias de bacon bacon até ficar bem crocante.

18 fatias de pão de forma branco Monte o sanduíche com

348 3 fatias de pão levemente


100 g de maionese (ver p. 340)
Lorrado, intercaladas com maionese,
15 folhas de alface-lisa lavadas
alface, to mat e, peito de peru e bacon.
3 tomates em mdelas

600 g d e p eito de peru em fatias

rendimento 6 porçoes

400g

INGREDIENTES Preaqueça o forno a 1 SOºC e aqueça as


...
Q\ 20 casquinhas para ca n apé individuais casq u in has para ca n apé por 1 O minutos.
Ol
e
1 00 g d e cream cheese Retir-e do forno e espalhe uma porção
m
t pequena de cream cheese em cada
a> 20 g de manteiga sem sal
"O
... uma delas.
20 g de cebola em brunoise (ver p. 55)
Aqueça uma sauteuse (ver p. 27),
100 g de cogumelo-de-paris em br unoise coloque a manteiga e sue* a ce bola.
20 mi de vinho branco seco Junte o cogumelo e salteie (ver p. 47)

o.
80 mi de creme de leite fresco até que seque.
ro

Deglaceie* com o vinho branco


'-'

suco de limão (opcional )


e algumas gotas de suco de limão
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas
e espere secar'.
ciboulette em pedaços Adicione o creme de leite e
de aproximadamente 3 cm
cozinhe até engrossar um pouco.
sal e p imenta - do-reino Tempere com sal e piment a e
moída na hora salpique com a salsa picada.

Recheie as casquinh as torradas

com uma porção de duxelles.

Decore com a ciboulette.

Sirva quente .

...
BLINIS COM OVA';
349
1encJ11nen10 · 6 porções

INGREDIENTES Para preparar os blinis. dissolva

25 g de fermento biológico em pó o fermento em água morna.

20 mi de água morna Numa panela, junte o leite e a manteiga.

leve ao fogo e aqueça sem deixar ferver.


200 mi de leite morno
Deixe esfriai�
20 g de manteiga sem sal
Peneire o sal. o açúcar e a farinha
1 5 g de açúca1· e reserve.

120 g de farinha de trigo Bata a gema até adquirir consistência

1 ovo levemente aerada. 400g


Adicione aos poucos a mistura de
200 g de creme azedo (ver p. 341)
leite à gema.
potinho de ovas de sua preferência D
Junte a farinha e mexa bem. cn
C""
3 colheres (sopa) de ciboulette picada Junte o fermento e descanse po1· 1 ho1·a. "'

sal Bata a cla1·a em ponto de neve "'

e acrescente à mistura.
manteiga clarificada* para fritar
Cubra e deixe crescer por

aproximadamente 40 minutos ou até o

dobrar de volume.
c:i
Frite em manteiga clarificada como co
u

panquecas de aproximadamente 2,5 cm

de diâmetro.

Disponha os blinis numa travessa

e coloque sob cada um deles uma

pequena porção de creme azedo.

Coloque em seguida as ovas e

decore com a ciboulette picada.


CHARCUTARIA
É a produção de embutidos, patês

e terrines, conhecidos como recheios, O tradicional tem temperos fortes


350
além de preparações clássicas como como cebola, alho, pimenta-do-reino

ro
galantines e pâtés en croOte. e louro. É o mais simples de todos, tem
L
textura rústica (pedaços maiores), na
TERRINE maioria das vezes é marinado com
o
A denominação advém da abreviação antecedência e contém miúdos

do nome clássico do prato, pâté en {fg


í ado, moela etc.).

terrine (terrine ou terra-cota é a

matéria-prima da qual se fazia a

fôrma, originariamente a cerâmica). Mais refinado e suave que o de cam­


São recheios assados ou moldados pagne, é o mais versátil deles. Deve ser

em fôrmas de cerâmica ou metal bem temperado, mas o tempero nunca


com tampa e servidos frios. deve predominar ou mascarar o sabor
400g
da carne utilizada. É feito com partes
r _:;,.-
iguais de carne, gordura (geralmente de
....
Q)
O> São recheios assados em diferentes porco) e uma carne dominante, moídas
e:
ro recipientes e apresentados de diversas em moagem progressiva e processadas.
E
Q) formas, frios ou quentes.

Como base para a produção de

patês e terrines, é utilizada uma mistura A carne dominante é parcial ou


que consiste na carne crua moída, tem­ totalmente cozida antes da produção
perada e emulsificada* com gordura. do recheio, que será depois marinado

ro A consistência dessa mistura pode variar e moído.


'-'
de acordo com o produto final. Patês de

campagne costumam ser mais rústicos,

ao passo que mousselines têm textura Deve ser delicada, aerada e de sabor
mais suave e delicada. suave. É comumente feita de peixes

Os quatro preparas básicos de recheios e frutos do mar; mas também pode


para a produção de patês e terrines são: ser feita de carne branca. A gordura
campagne, simples, gratin e mousseline. usada para a mousseline é geralmente
Essas produções podem também o creme de leite. Claras de ovos
ser utilizadas como recheio (codorna também são utilizadas para obter
recheada, por exemplo). a textura aerada.
LIGAS SECUNDÁRIAS
As misturas básicas são geralmente Utilizadas quando a proteína dos
preparadas a partir dos seguintes recheios não é suficiente para dar
351
componentes: textura, estrutura e liga às misturas
básicas. São elas:

Porco, peixe, frutos do mar, caça, Panade


aves, carne bovina, vitela e ainda miúdos Liga à base de amido usada para
como fígado de galinha e de porco. segurar a parte gordurosa da mistura
básica, pois absorve os sucos naturais
durante a cocção. Os tipos mais usados
Componente importante que deve são pão embebido em lert:e, pâte à choux,
ser de sabor neutro. farinha, arroz cozido e batata cozida.

Ovos
400g
O sal tem função vital na produção São usados para suavizar as misturas
das misturas básicas, pois ele drena a básicas, ajudam a ligar, mas devem ser
,_

proteína da carne. usados com parcimônia, pois podem Ql


CJ)
e
Receitas clássicas usam geralmente mudar a textura do recheio. "'

e:
especiarias moídas, como quatre épices. Ql
"O
No entanto, ervas, vegetais aromáticos Leite em pó desnatado ,_

.,..

(como cebola e alho), cogumelos, Enriquece a mistura sem agregar


""

vinhos, conhaques, destilados, vinagres líquido.


etc. são também adicionados.

Decoração a.
"'
u

Diversos tipos podem ser usados


para produção de pâtés e terrines, mas
devem sempre ser compatíveis com o
recheio. Essas decorações possibilitam
a inclusão de sabor, textura e cor à
fórmula básica dos recheios (bacon
e folhas de louro, por exemplo).
MÉTODOS PARA O PREPARO Execute a segunda moagem com a

DAS MISTURAS BÁSICAS metade da carne no moedor médio

352 e gele por 15 minutos.

Método simples Passe a carne moída média pelo

Marine a carne e a gordura cortadas processador com a panade e/ou

em cubos. o ovo até obter uma mistura

Gele a mistura e, se possível, banhe homogênea e lisa.

o moedor com água gelada. Misture as carnes processadas à carne

Execute a primeira moagem no moída grossa reservada.

moedor grosso e gele por 15 minutos. Tempere.

Execute a segunda moagem no Acerte o tempero como no método

moedor médio e gele por 15 minutos. simples.

Passe o recheio no processador por Adicione a decoração e cozinhe em

5 a 1 O segundos até obter uma banho-maria* de forno ou escalfe


400g mistura homogênea e lisa. emmuito líquido até a temperatura

•Tempere. interna máxima de 63ºC.


. Acerte o tempero escalfando em mui­
Ql
O>
e to líquido uma pequena porção envol­ Método gratin
Ili

� ta em filme plástico (para te1- uma • Corte a carne em pedaços grandes,


ID
, noção de como ficará quando pronto). salteie em gordu1-a quente e resfrie*.

Acrescente a decoração. Misture a carne à gordura ou panade e

• Cozinhe em banho-maria* de forno gele. Execute a primeira moagem em

ou escalfe até a temperatura interna moedor grosso e gele por 15 minutos.

máxima de 63ºC. Passe pelo moedor médio e gele por

mais 15 minutos.
Ili
u

Método campagne Passe pelo processador ou liquidificador

Marine a carne e a gordura cortadas por 5 a 1 O segundos ou até obter

em cubos. uma mistura homogênea e lisa.

Gele o recheio e, se possível, banhe Tempere.

o moedor com água gelada. Acerte o tempero e acrescente

Execute a primeira moagem no a decoração.

moedor grosso, gele por 15 minutos • Cozinhe em banho-maria* de forno

e reserve a metade da carne moída ou escalfe em muito líquido até a

grossa para decoração. temperatura interna máxima de 63ºC.


Método mousseline MÉTODO PARA O PREPARO DE PÂTÉ
Tudo deve estar bem gelado, inclusive EN CROÜTE
a faca do processado1'. Prepare o recheio de acordo com a
353
Misture a carne cortada em cubos mistura básica e refrigere até
aos ovos ou claras e sal. o momento de rechear a fôrma.
Processe rapidamente, acrescentando Abra a massa seguindo este processo:
o creme de leite aos poucos até meça o fundo e os lados da fôrma.
obter uma mistura homogênea e lisa. corte a massa com uma sobra de
Passe pela peneira fina. 5 cm nos lados e nas pontas, para que
Tempere. posteriormente seja dobrada; corte
Acerte o tempero e acrescente a a cobertura com uma sobra de
decoração. 5 cm a 6 cm, suficiente para cobrir
Cozinhe em banho-maria* de forno completamente a parte superior
ou escalfe e11 muito líquido até a da fôrma.
temperatura interna máxima de 63ºC. •
As sobras da massa devem ser 400g
reservadas para a decoração final.
• Coloque a massa na fôrma e ...

PÂTÉ EN CROÜTE acomode-a no devido lugar.


Q)
Ol
e...

É o mais elaborado dos pâtés, uma • Pincele o ovo ligeiramente batido "'

E
preparação assada em fôrma forrada para colar. Q)
D

com massa, CUJO interior é composto de • Forre o fundo e as laterais da massa


uma mistura básica de carne e gordura com fatias de bacon, presunto cru,
de porco em quantidades balanceadas. outro tipo de carne ou embutido
Pode-se substituir a carne de porco fatiado.
a..
por outras, mas deve-se manter o • Coloque o recheio na fôrma, apertan­ "'
<..>

princípio básico de proporção entre do para tirar as bolsas de ar com uma


carne e gordura. espátula e alisando a superfície.
Atualmente os pâtés en croute são • Feche o recheio com bacon,
preparados em fôrmas retangulares, presunto cru etc. e cubra com a
apesar de as fôrmas ovais ainda massa. Pincele a superfície da massa
serem uma atraente alternativa para com ovo batido, tomando cuidado
montagens de mesas de buffet. para não escorrer.
354

OJ
(. �\ \
jl
a
400g '
'

.
.

.
Q)
01
e:-
"'

E
Q)
"O
..

o
=>
....
o.
"'
LI
C1.,bra o pâté com papel-alumínio e MAIS ITENS DE CHARCUTARIA
asse em forno preaquecido a l 80ºC
355
até que fique parcialmente cozido l li
(45 minutos). Retire o pâté do forno É feita geralmente com um recheio
e remova o papel-alumínio. de carne de ave, enrolada em sua
Com um cortador circular, faça um ou própria pele. Também pode ser
dois orifícios para que o vapor saia. preparada com carne de peixe, coelho
Retire o disco de massa e recoloque etc. As galantines devem ser escalfadas
o cortador no orifício para mantê-lo em fundo claro de ave, resfriadas* e
aberto durante o cozimento.
servidas.
Com a massa que sobrou, decore a

parte de cima do pâté en croute I"\ 1

com motivos variados, colando-os Feitas de carne de ave (pato ou ganso),


cori ovo batido. 400g
são similares às galantines, porém são
• Termine de assar em forno preaqueci­ assadas (e não escalfadas) e servidas
do a l 70ºC. até atingir a temperatura quentes.
"'
interna de 65ºC para carne e 60ºC Ol
e
para peixes e legumes. �1101tin
• Retire do forno e deixe esfriar. Retire Semelhantes às galantines, mas envol­
os líquidos da cocção, se houver, viran­ tas em plástico ou pano. Normalmente
do a fôrma com cuidado (certifique­ são pocheadas ou cozidas no vapor e
se de que o pâté esteja bem frio). feitas de carnes diversas. Podem ser
• Recheie ainda na fôrma o pâté en servidas quentes ou frias.
Cl.
croOte com aspic, despejando o "'
u

líquido pelo orifício com o auxflio

de um funil. O recheio vai encolher

durante o cozimento deixando assim

um espaço entre ele e a massa, que


deverá ser preenchida com o aspic.

• Refrigere antes de cortar e servir.


356
MOUSSEL' T
rendiment 6 a 8 porçoes

INGREDIENTES Tempere a carne com a páprica,

500 g de carne de frango, limpa, sal e pimenta (ver método mous­

em cubos seline p. 353).

l /2 colher (chá) de páprica doce Junte a carne, as claras e o vinho

branco e bata no processador


2 claras
até obter uma pasta homogênea.
30 mi de vinho branco seco gelado
Retire a mistura e transfira para
250 mi de creme de leite fresco uma tigela.
400g
1 colher (chá) de folhas de tomilho picadas Incorpore, aos poucos, o creme

sal e pimenta-do-reino branca de leite (eventualmente, pode


....
m
t"'l moída na hora não haver necessidade de utilizar
e:
m todo o creme), mexendo bem,
E.
m
até que todo o creme esteja
o

bem envolvido na pasta.

Adicione o tomilho.
CTl

Acerte o tempero e, caso deseje


o

::J
....
uma mousseline bem suave e
o.
ro
delicada, passe a mistura por
'-'
uma peneira.

Sugestão de serviço: faça

quenelles*, escalfe-as em muito

líquido (ver p.
48) em fundo claro
de ave (ver p.62) e sirva com
sauce bérnaise (ver p. 104) ou

enforme a mousseline em terrine

e asse a l BOºC em banho-maria*

por aproximadamente 1 hora.

.......
_
TERRINE DE CHEVRE, PIMENTAO VERM 1 un "í"'�,""LA E PESTO DE SALSA
rcnrl1rnenlo 6 porções

PREPARO
INGREDIENTES PESTO

PESTO Bata todos os ingredientes no liquidificador até


357
l /2 xícara de folhas de salsa obter um molho cremoso de cor verde intensa.

1 dente de alho pequeno Passe por peneira fina, ape1·tando bem para

extrair o máximo de sabor e cor do pesto.


4 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco

2 colheres (sopa) de água


HRPn<E
6 colheres (sopa) de azeite de P1·eaqueça o gratinador (ou broiler) do forno
oliva extravirgem ou, se não tiver; use o forno alto. Pincele a

sal e pimenta-do-reino berinjela com azeite e arrume numa assadeira

moída na hora em uma só camada. Tempere com sal e pimenta­

do-reino. Grelhe a berinjela até dourar; vire e

TERRINE repita o processo. Com uma espátula, transfira

1 berinjela grande, em fatias de 1 cm para outra assadeira forrada com papel-toalha


400g
no sentido do comprimento e escorra o excesso de azeite.

113 de xícara de azeite de oliva extravirgem Forre uma fôrma de terrine de 24 cm x 1 O cm


...__

com filme plástico, deixando sobrar uns 6 cm Q)


114 de xícara de azeitona preta sem caroço, O>
e..
além das bordas da fôrma, para posteriormente '°
batida no processador E
cobrir a superfície.
Ql
2 pimentões vermelhos grandes, "O
Forre o fundo da fôrma com as fatias de �
<O
sem pele e sem semente, em tiras ,..,,
berinjela, acrescente em seguida a pasta de
200 g de queijo de cabra cremoso ou azeitona preta, as fatias de pimentão e o queijo
o

em pasta (tipo Crottin, Buche de Chevre, de cabra. Repita as camadas, terminando com a ::J
-

Montrachet ou de Bellay), em fatias ou berinjela. Cubra com o filme plástico que sobrou a.
rn
(_)
pedaços de 1 cm de espessura nas bordas. Coloque um peso por cima (latas

s al e pimenta-do-reino moída na hora de conserva, um tijolo leve, um pedaço de

mármore ou granito do tamanho da fôrma etc.).

Leve à geladeira por no mínimo 24 horas.

A terrine pode ser feita com até três dias de

antecedência.

Antes de servi1� retire a terrine da fôrma e

depois retire o plástico. Corte fatias de 2 cm,

forre uma travessa com um pouco de pesto de

salsa e, com extremo cuidado, arrume-as sobre

ele. Sirva o restante do pesto à parte.


rendimento 6 a 8 porções

INGREDIENTES Cubra os fígados limpos com leite, junte o estragão


SOO g de fígado de galinha limpo e deixe de molho por 12 horas na geladeira.

500 mi de leite Coe. Num sautoir (ver p. 27) grande, aqueça a


manteiga e salteie (ver p. 47) a cebola. o tomilho
1 /2 colher (chá) de estragão seco
e o fígado (ver método gratin p. 352).
358 80 g de manteiga sem sal
Cozinhe por 5 minutos, ou até que os fígados
SO g de cebola em brunoise (ver p. 55) percam a coloração rosada.

1 /2 colher (chá) de folhas de tomilho Transfira para uma tigela e junte o conhaque,
o creme de leite, os ovos, sal e pimenta.
45 mi de conhaque
Bata no processador até ficar homogêneo.
SO mi de creme de leite fresco
Forre o fundo de uma terrine de 24 cm x 1 O cm
3 ovos
com o bacon e o louro e encha com o patê.
4 fatias de bacon Leve ao forno preaquecido a l 90ºC e asse em

1 folha de louro banho-maria* por 1 hora.


Retire do forno e coloque um peso por cima
sal e pimenta-do-reino
(latas de conserva, um tijolo leve, um pedaço de
moída na hora
mármore ou granito do tamanho da fôrma etc.).
400g
Leve à geladeira por pelo menos 2 dias.
Sirva com compota agridoce de cebola .
....
m
c.n
e.
<ll A 1LA
r:
rendimento· 300 g
m
"O

INGREDIENTES Num sautoir (ver p. 27), derreta a


1 00 g de manteiga sem sal manteiga e murche a cebola, juntamente
e.
com o sal, uma pitada de pimenta-do­
<ti SOO g de cebola em rodelas finas
u
reino e o açúcar em fogo moderado,
1 colher (chá) de sal
mexendo ocasionalmente, durante uns
1 /2 xícara de açúcar
20 minutos ou até a cebola ficar bem
1 /2 xícara de vinho tinto cozida. Junte o vinho e o vinagre, deixe

1 /4 de xícara de vinagre de vinho tinto levantar fervura e cozinhe em fogo


moderado, sem tampar, mexendo de vez
sal e pimenta-do-reino
branca moída na hora em quando, durante mais uns 20 minutos,
até o líquido reduzir um pouco.
Aumente a chama e engrosse rapida­
mente a compota.
Retire e sirva morna ou fria.
rendimento 800 g

359
?REPARO
INGREDIENTES Bata no processador. na opção pulsar,
600 g de farinha de trigo a farinha, o fermento, o leite, o sal e a

1 O g de fermento em pó manteiga até estarem bem misturados.

Adicione 2 ovos e o vinagre e processe


45 g de leite em pó
por mais 5 segundos.
15 g de sal
Coloque toda a massa na batedeira,
180 g de manteiga sem sal en pommade·:i:
acrescente o leite e bata por 3 a 4
3 ovos minutos, em velocidade média, até

15 mi de vinagre de vinho branco que a massa forme uma bola.

Verifique a consistência (se está


180 mi de leite
muito ressecada) e adicione mais 400g
farinha de trigo para polvilhar
leite se necessário.

Retire a massa da batedeira e sove·* ...


Ql
com as mãos, até ficar macia e lisa. CI
e:

Embrulhe em filme plástico e deixe ra

E
descansar por 30 minutos na geladeira. Ql
e

Abra com o rolo sobre uma superfície ra

enfarinhada, até ficar com 0,5 cm


de espessura.

Recorte a massa de forma a preencher

uma fôrma de terrine de 30 cm x ro


'-'

1 O cm (ver p. 353).

Recheie e feche, pincelando com a

clara do ovo restante para colar.

Bata a gema que sobrou e pincele

a massa.

Asse coberta com papel-alumínio em


forno preaquecido a 220ºC por

15 minutos, e depois, descoberta, a

l 70ºC até atingir a temperatura interna

de mais ou menos 70ºC (cerca de


40 minutos).
360

<O

"
()
() RECHEIO DE PAH l:.N CROlllt

INGREDIENTES Separe 250 g do peito do frango


500 g de peito de frango e corte em cubos médios.

120 g de lombo Reserve na geladeira.


Corte o restante do peito, junto
400g 120 g de gordura de porco
com o lombo e a gordura de porco.
50 g de cebola em brunoise (ver p. 55)
Numa sautese (ver p. 27) pequena, sue*

a.>
Ol
2 dentes de alho em brunoise a cebola e o alho no óleo.
e-
"' 30 mi de óleo Adicione a carne e salteie (ver p. 47)
E
a.> 30 mi de vinho do Porto por alguns minutos.
"'O
...
Acrescente os outros ingredientes,
"'
.,,
30 mi de Marsala
exceto o presunto e o peito de
1 00 g de pistache tostado
frango em cubos. Ajuste o tempero.
50 g de uva passa preta Moa a mistura de carne passando
l /2 colher (chá) de folhas de tomilho picadas
a_
"' duas vezes pelo moedor médio
u

114 de colher (chá) de folhas de alecrim picadas e leve à geladeira (ver método
campagne p. 352).
1 00 g de presunto em fatias
Bata essa mistura no processador
sal e pimenta-do-reino moída na hora
por cinco segundos para obter uma
massa lisa e homogênea.
Misture então o peito de frango
em cubos.
Monte o pâté en croute (ver p. 353):
abra a massa, forre uma fôrma de
terrine, distribua o presunto e depois
recheie e asse.
1e11d111
1 1 ntn 1 litro

361

INGREDIENTES Hidrate'� a gelatina em um pouco


30 g de gelatina em pó incolor de água por alguns minutos.
sem sabor Aqueça o consommé e

l1cro de consommé (ver p. 115) acrescente a gelatina.


Deixe esfriar para que engrosse
um pouco e encha o pâté en
croOte (ver p. 355).

400g
1e11!11mento 500 g (aproximadamente!

....

r 1e (lJ
c:n

INGREDIENTES Amasse o alho com sal, as ervas


1 dente de alho e a pimenta calabresa. junte o bacon
Q)

l /2 colher (chá) de folhas de alecrim picadas e a banha e misture bem (ver método
campagne p. 352).
1 colher (sopa) de folhas de salsa picadas
Pique grosseiramente a carne de porco,
l /4 de colher (chá) de pimenta calabresa
acrescente o antioxidante e o vinho,
60 g de bacon em brunoise (ver p. 55) e junte tudo à mistura de bacon. Cl.
ro
u
100 g de banha de porco em brunoise Separe metade da mistura e pique

300 g de pernil de porco muito bem com a ponta da faca.


Passe o restante da mistura no moedor;
l /2 colher (chá) de antioxidante
com o gelo, usando o disco médio.
1S mi de vinho branco
Encha a tripa com a mistura, amarre
100 g de gelo e faça pequenos furos.
tripa hidratada* em água Escalfe em pouco líquido (ver p. 48)
com vinho branco, cravo-da-índia, a lingüiça e frite.
alho e louro por pelo
menos 12 horas

sal
GALANTIN
rcnd1men!o 6 porções

• F !:PARO
362
INGREDIENTES Retire a pele do galeto.
1 galeto inteiro Reserve a pele e desosse o galeto.

100 g de bacon Bata no processador o galeto,

50 g do bacon, o peito de frango, o


1 50 g de peito de frango
tomilho, a salsa, o conhaque e o ovo.
1 colher (chá) de folhas de tomilho
Corte o bacon restante em cubos
1 colher (chá) de folhas de salsa picadas médios e salteie (ver p. 47) até

1 5 mi de conhaque ficar crocante.


<..J
1 ovo Retire a mistura do processador
<ll

e adicione o bacon salteado, o peito


50 g de peito de peru
de peru, o pistache e a azeitona.
defumado em cubos
400g Tempere com sal e as pimentas.
30 g de pistache tostado
Coloque a pele sobre um pedaço
30 g de azeitona verde sem de filme plástico e espalhe o recheio
w
C'l caroço em pedaços na parte central.
e::

3 litros de fundo claro de ave (ver p. 62) Enrole com o auxilio do filme plástico
"'

E
w
pimenta-da-jamaica em pó formando um cilindro bem firme.
"'O

co Enrole no papel-alumínio, escalfe em
sal e pimenta-do-reino moída na hora
muito líquido (ver p. 48) em fundo
claro de ave, até a temperatura interna

atingir 65ºC.
a_
co
u
Retire o filme plástico e leve a uma

sauteuse (ver p. 27) para dourar a


parte externa.

Sirva quente ou gelado, fatiado.


re11cl1mento: 6 a 8 porções

PhL..1-. 1
363
INGREDIENTES Bata no processado1- 5 filés de frango
15 filés de frango com o damasco, a clara, o conhaque,
(aproximadamente 120 g cada) a manteiga, sal e pimenta (ver método

100 g de damasco argentino (azedo) simples p. 352).

hidratado'* em água morna Retire a mistura do processador

durante 20 minutos e junte o creme de leite.

Pincele uma folha de papel-alumínio


1 clara
com a manteiga derretida e polvilhe
1 colher (sopa) de conhaque
com sal e pimenta e a ciboulette.
colher (sopa) de manteiga sem sal Disponha os demais filés sobre a folha,
125 mi de creme de leite fresco fazendo uma manta.

2 colheres (sopa) de ciboulette picada Espalhe o recheio sobre os filés e enrole 400g
cuidadosamente com ajuda do papel­
3 colheres (sopa) de geléia de damasco
alumínio, fechando bem as pontas. �

3 colheres (sopa) vinho branco seco Ql


Coloque o rocambole numa assadeira Cl

375 mi de fundo claro de ave (ver p. 62) e leve ao forno preaquecido a 1 80ºC
1 colher (sopa) de farinha de trigo e asse por 40 minutos até ficar firme Q)
"O

sal e pimenta-do-reino moída na hora e cozido no centro. ro


.,,
Retire do forno, ti1-e o papel-alumínio
2 colheres (sopa) de manteiga
e deixe o líquido da cocção escorrer o
sem sal derretida para pincelar
para a assadeii·a.
a.
Reserve o rocambole, coberto de ro
u

leve com papel-alumínio.

Coloque a assadeira sobre a chama mo­

derada do fogão e caramelize·"' a geléia,

acrescente o vinho branco e o fundo de

ave e deixe apu1-ar por alguns minutos.

Dissolva a farinha de trigo em um


pouco de água, junte ao molho

e mexa até engrossai�

Con-ija o tempero.

Corte o rocambole em fatias e sirva

acompanhado do molho.
364

Esse processo possibilita a defumação

Por defumação entende-se a exposição e adição de cor e sabor ao alimento

direta do alimento à fumaça, seja para sem cozinhá-lo, mantendo-o rico em

conservá-lo, seja para agregar sabor. sucos e com uma textura mais úmida.

O sabor da defumação será correspon­ Antes de ser consumido, todo alimen­

dente ao tipo de fumaça utilizada, isto é, to defumado a frio deve, depois de ter

aos ingredientes e ao tipo de madeira. sido defumado, passar um período entre

Para produzir defumações, o alimento 6 meses e 1 ano em câmara com tem­

é preparado em cura, depois refrigerado peratura controlada (de l 9ºC a 4 8ºC)

e mantido em contato com o ar. Uma para secar.

película protetora se formará e ajudará Esse método é mais indicado para


400g
na defumação e na adição de sabor produtos que sofrerão cocção posterior

ao produto. à defumação, como a lingüiça defumada,


....
Q.l Depois disso, o alimento deverá ser por exemplo.
C)
e..
m
exposto à fonte de fumaça numa grelha,
f em panela ou equipamento apropriado, l
Q)
"O
sempre tampado, sem que haja contato Processo pelo qual o alimento é

direto do alimento com o fogo ou com exposto a uma fonte de fumaça e calor

produto que está sendo queimado. em câmara com temperatura controlada,

A defumação pode ser mais forte ou garantindo segurança para o consumo

mais suave, dependendo do tempo de do alimento e dispensando cocção


ro
u
exposição do alimento à fumaça e do posterior. Exemplo disso é presunto

resultado que se quer obter. Existem dois defumado.

tipos de defumação: a fria e a quente. Esse processo de defumação é feito

em temperaturas entre 80ºC e 90ºC.

í ru111 iç iio ín 1 que possibilitam a cocção completa

A fumaça é produzida por calor. do alimento, mantendo sua umidade

Acima da fumaça é colocada out1-a e sabor. Caso a defumação ocorra a

grelha com gelo. Com isso, a fumaça temperaturas mais altas, o alimento

sobe, resfria-se e entra em contato irá encolher excessivamente, secar

com o alimento quando já está fria. e quebrar.


365
Na marinada, o alimento é mantido

A cura é a desidratação do alimento imerso em solução de ácido, óleo e

através da exposição deste a uma mistu­ temperos por pelo menos 24 horas,

ra seca ou Ú'llida rica em sal, acrescida depois é coberto e refrigerado. A

de elementos doces, ervas e condimen­ durabilidade depende do produto, do

tos. Esse processo tem a finalidade de método aplicado e dos ingredientes da

desidratar o produto, reduzindo a umi­ marinada. O alimento assim preparado

dade e evitando, assim, o crescimento deve ser servido em fatias finas, cortadas

de bactérias. Também realça o sabor e no momento do serviço.

conserva a cor dos alimentos.


CONSERVAÇÃO EM SAL
MARINADA O alimento é temperado, colocado 400g

No garde manger; a marinada é um em contato direto com sal, que o

processo diferente. É usada para obter desidrata e retira o excesso de sangue e

uma cura seca dissolvida em água ou impurezas do alimento, conservando-o.

solução contendo ácido, óleo, sal, açúcar O exemplo clássico de conserva em

e aromas (ervas frescas). sal é o bacalhau.

Nos processos descritos anteriormen­


ro

te, o preparo e o meio de conservação

são diferentes. No caso da cura seca Solução de sal e temperos usada

dissolvida em água. o alimento se para curar grandes quantidades.


ro

conserva porque foi desidratado pelo u

sal, e isso impossibilita o crescimento


de bactérias.
co11nllas �
do bras1I �
por Mara Salles
i
1

!
,
368 Pouco se sabe sobre os ingredientes

e técnicas de preparo das cozinhas do

Brasil. A dimensão quase continental

do país e a dificuldade de circulação

1
" '
de mercadorias, aliadas a uma boa dose

de provincianismo e desconhecimento

'l
• das culturas regionais, fazem que

� essas técnicas e ingredientes sejam


!""' pouco difundidos. Em geral, no meio

i
.

gastronômico, sabe-se mais sobre grano

duro do que sobre a granulação de

nossas farinhas de mandioca e o fim a


400g que cada uma delas se destina - farofas,

pirões, virados, paçocas.


e O jerimum, o dendê, o queijo do

Serro (queijo artesanal produzido desde

o século 18 e considerado patrimônio

imaterial do estado de Minas Gerais),

o charque, a mandioca, o feijão-verde,

o fubá de moinho de pedi-a, o jambu,

o molho pardo, o cuxá, as tapiocas, o

melado, a rapadura, a maniçoba, as frutas

da Amazônia e do cerrado, as pimentas

brasileiras, tudo isso ainda está escondido

nas periferias, na floresta, no sertão e no

interior: São nesses redutos que os

verdadeiros guardiões da nossa cultura

estão preparando o afogado para a festa

do Divino; o barreado para o restauro

após a folia de carnaval, em Morretes

(PR); os bolos de noiva, no Recife; as

canjicas, curaus e pamonhas, nas festas

das colheitas do milho; o pato ao tucupi,


numa das maiores festas católicas do seco e o gengibre temperam pratos 369
mundo (o Círio de Nazaré, em Belém de oferenda, nascidos nos terreiros de
do Pará); o caruru dos meninos, na candomblé. Minas aprendeu a comer
celebração de Cosme e Damião. e acrescentou requinte à comida que
Outro aspecto é a identidade da nossa São Paulo produzia e lhe fornecia quan­
cozinha. Como a maioria dos povos, do a busca frenética do ouro fez com
temos um jeito particular de comer: Um que lá se ignorasse até a cultura de
jeito que reílete o nosso caráter misci­ subsistência. Por isso, o tutu à mineira e
genado por índio, negro e português. o frango com quiabo são tão mineiros
Comemos a mistura: o arroz junto com quanto paulistas.
o feijão, com a farofa, com a carne de É nessa diversidade que está contida
panela. Comef""los de maneira vigorosa a uma cozinha tão rica e complexa
comida farta de um país abundante. quanto jovem, num país que ainda 400g
Hábitos e ingredientes regionais está por ser descoberto.
delineiam um mapa gastronômico que Fala-se hoje que o futuro da gastrono­
difere completamente do mapa político mia mundial passa pelo Brasil, e isso
e revelam cozinhas regionais com tem muito sentido, pois temos todos
características muito particulares. os elementos para construir uma grande
O tucupi, por exemplo, líquido extraído cozinha - uma natureza rica e variada,
da mandioca brava, exótico molho de uma criatividade excepcional expressa
N
herança indígena, é apreciadíssimo pelas na música, na dança e na cultura popular;
o
populações amazônicas, enquanto a e uma grande capacidade de se adaptar z
'Ci
carne-seca e a farinha também seca às novas situações. ro
<.>

são indispensáveis no dia-a-dia árido Um ótimo começo é a valorização


do sertanejo. O goiano aprecia alguns que renomados chefs de cozinha, nacio­
ingredientes amargos como a jurubeba, nais e internacionais, estão dando ao
a guariroba e o perfumado pequi, pois ingrediente brasileiro. Essa pequena
são os frutos que o cerrado lhe oferece. demanda já está provocando investi­
No interior da Bahia, come-se a comida mentos na qualidade dos produtos e sua
seca do sertanejo: já no Recôncavo aparição nos mercados. As cachaças de
Baiano, porta de entrada de africanos, qualidade e o azeite de castanha-do­
o dendê, o leite de coco, o camarão pará são exemplos disso.
ARROZ, FEIJAO, FARINHA
E CARNE-SECA

370 Foram os trope1ros os responsave1s Parte da trad1cão alrmentlr t muito

pela i\málgilma do ar-roz, fe11ão. far rnhêl de aprecrida por grande '1urrlero de > ra

mandioca e Cêlrne-seca, 1ngred1entes que silerros, especialmente do Nordeste, as

são a base da nossa alimentação. Por carnes-secas são enco11t1 ada� no pars

quase três séculos ab1-1ram caminhos rntewo e batizadas com várms nomes.

d1fund1ram hábitos e costumes. levando Trata-se. na verdade. de uma tecnrca

no lombo de seus animais, além daquilo anl1ga de cur·a da carne, atr·aves da salga,

que o Brasil produzia, seu próp1-10 par·a poss1brl1tar estocagem, sem a ne­

alimento que v11 1a a sustentar uma cessidade de 1-efr1ge1·ação. O advento

nação inteira. da gelade11 a não supnmru o habito do

Arroz. feijão. fa1mha e carne seca, consumo das carnes· secas. de vaca. de

além de dai- sustânc1a. não pe1-ec1am cabrito ou de ovelha, que calram no


400P. nas longas Jornadas. De suas mistu1-as gosto popular e se t1-ansformaram em

nasceram o a1Toz carreteiro, o fe11ão ícones da nossa cozinha.

troperro, os vir-ados, o tutu e as É bom lembr-ar que as carnes salgadas

1núme1-as farofas e mexidos. de porco, usadas para a feijoada e outros

São pratos adorados que se multipli­ pi-atos. não são classificadas como carne­
cam até hoje. Impossível não ser- arre seca. mas sim como carnes salgadas.

batado por- um lombo assado escoltado Genérica e popularmente, o nome

pelo rndefectível tutu e uma couve carne-seca tem srdo usado para des1gna1
N
verdinha assustada. São pratos maduros carnes curadas pela ação do sal e pela

que 1-esistiram ao tempo e são cheios exposição ao tempo. As melhor-es


C2.
ro
u de sabedoria. condições para sua produção estão

É a partir do domínio dessas técnicas no sertão nordestino po1-que o clima


antigas e do investimento na mação, quente e seco favo1-ece a cur-a rápida.
que favorece um maior conhecimento min1m1zando a proliferação de bacté1-ias.

de nossas matérias-primas, que a nossa Pai-a facilitar a compreensão, sem. no

gastronomia pode evoluir e trilhar entanto. entrai- em minúcias técnicas,

caminhos próprios. pode-se dizer que elas se d1v1dem


basicamente em dois grupos: o da carne­
,,
de-sol, também conhecida como carne­
Cortes do traseiro, em geral coxão 371
de-vento, carne serenada e carne-do­
mole, coxão duro, patinho e lagarto.
sertão, e o da carne-seca, em que se
incluem a carne-seca, encontrada no
supermercado como jerked beef. o jabá Coxão duro, coxão mole e braço.
(também conhecido como charque ou
carne-do-ceará) e outras denominações
regionais menos conhecidas. Ponta de agulha e outras partes
Trata-se de uma técnica e não de um do dianteiro.
corte.Teoricamente, tanto as carnes­
secas quanto a carne-de-sol podem ser
O princípio seguido em ambos os
preparadas a partir de qualquer parte grupos é o mesmo: a carne fresca é
do animal, no entanto, tornaram-se 400g
salgada e levada para secar (desidratar).
usuais os seguintes cortes:
No entanto, cada grupo tem sua
característica peculiar.

Carne-Seca
Carne-seca
Antes de mais nada é bom que se Diferencia-se da carne-de-sol por ser

saiba que, apesar do nome, a carne-de­ mais seca. mais salgada e por ter tempo

sol nem sempre é seca ao sol. A cura de cura mairn� É produzida em escala

pode também ser feita no sereno, ou industrial, leva conservantes como nitri­

ainda em áreas cobertas e bem venti­ to-nitrato, que lhe dá cor avermelhada e
372
ladas, protegidas por telas, daí os nomes é facilmente encontrada nos mercados

carne serenada e carne-de-vento. sob o rótulo de jerked beef (é engraça­

No método artesanal a peça de carne do imaginar um sertanejo pronunciando

é aberta em mantas de espessura fina essas palavras). É a mais consumida fora

(não mais que 4 cm), esfrega-se sal refi­ do Nordeste, sendo ideal para o preparo

nado em toda superfície e depois leva­ da feijoada, cozidos e também pode

se a secar (ao sol, vento ou sereno) por ser desfiada e utilizada em inúmeros

um período médio de 3 dias. O resulta­ recheios e canapés.

do é uma carne que preserva certa Convencionou-se chamar também de

umidade e maciez, mas que não verte carne-seca o jabá ou charque, muito

sangue ao ser cortada. Sua cor é mar­ embora tenham características diferentes.

rom-acinzentada. podendo apresentar-se O charque ou jabá (como é conhecido


400g
avermelhada no centro, pois a ação do no sertão) é um tipo de carne-seca

sal ocorre de fora para dentro. O sabor mais rústica, muito desidratada. Mantas

e aroma são característicos de cura. mais finas e de cortes menos nobres,

No entanto, o que prepondera hoje é a depois de secas, são empilhadas e o

produção sob refrigeração, tanto no uso peso das pilhas funciona como uma

doméstico quanto nos frigoríficos. Os prensa extraindo ainda mais resíduos

principais produtores estão no norte de líquidos, resultando numa carne rígida


N Minas (Montes Claros), na Paraíba (PicuO. e bem salgada.

no Rio Grande do Norte (Seridó). Em mercados populares. é encontrada


o

�ª
a.
rn
enrolada como se fosse um rocambole.
u
ou ainda em peças muito rígidas. Tem

sabor pronunciado e, por ter cortes

entremeados de gordura, é perfeita no

preparo de guisados. É com ela que se

prepara o arroz carreteiro. O jabá de

tirinhas com colorau que minha mãe

preparava quando eu era criança é

daqueles sabores que nunca se con­

segue apagar da memória. De todas

as carnes curadas é. sem dúvida alguma,

a mais deliciosa.
373

1cnd1111c1110 6 porções

INGREDIENTES Deixe o jabá de molho em água


1 1 �de jabá na geladeira por 24 horas e troque

2 colheres (sopa) de manteiga a água 1 vez.


Numa panela, afervente o jabá em
1 cebola grande ralada
águ a abundante durante 30 m inutos.
colher (chá) de colorau em pó
Escorra e repita a operação em nova
400g
água e cozinhe até ficar bem macio.
Escorra novamente e reserve parte
do líquido do cozimento.
Pique a ca rn e em tirinhas, eliminando
a gordura que não seja entremeada.
Numa panela, derreta a manteiga e

refogue a cebola.
Acrescente o colorau e deixe frigir
por 2 minutos. Junte a carne com
um pouco do líquido do cozimento
para que fique bem úmida.
Cozinhe por mais 3 minutos.

O.
374

.
F'r pre 1MO d r rnL e Outras vantagens desse corte são:

A carne-seca precisa ser demolhada se o objetivo for desfiá-la, o resultado

iA-)
· •

�om 24 �oras de antecedê�cia. A ntes, - final serão fios longos e padronizados;


.
.

e necessano que a carne seja murto ' se o objetivo for transformá-la em

bem lavada em água corrente, para cubinhos, tirinhas ou qualquer outro

que se elimine todo o sal da superfície corte, esse tamanho permitirá todas

(devem ser observados os cortes essas possibilidades.


400g
abaixo), e depois mergulhada em

água gelada na proporção de 2,5 litros F tf: cozirnenio


por quilo de carne. A carne-seca precisa ser pré-cozida

em 2 águas antes do início de qualquer

Co te para demolhél preparação. A água da demolha deve ser

Deve ser cortada em quadrados de desprezada e a quantidade de água para

7 cm. Esse tamanho possibilita a perfeita seu cozimento deve estar sempre na

N atuação da água na retirada do sal, proporção de 2 litros por quilo de

deixando-a no ponto ideal. Se cortada carne.

o. em cubos muito pequenos, a água Após o cozimento por 20 minutos,


ro

extrairá demasiadamente o seu sal,


u
essa primeira água deve ser descartada,

tornando-a insossa. Se cortada em e uma nova água, dessa vez quente, na

pedaços muito grandes, a água não mesma proporção, deve ser utilizada,

penetrará no núcleo desses cortes, até que a carne fique macia ao toque de

deixando-a salgada demais. Lembre-se um garfo. Reserve sempre o líquido do

de que a expectativa que se tem ao segundo cozimento para usá-lo nas

comer uma carne-seca ou um bacalhau preparações dessa carne (em ensopados

é de que o sal não passe despercebido. ou mesmo se desfiada), com a finalidade

de agregar sabor e umidade.


375

GUISADO DE CARNE-SECA
rend1111onto: 6 porções

INGREDIENTES Numa panela, em óleo bem

4 colheres (sopa) de óleo de soja quente, refogue primeiro o

3 dentes de alho picados alho com o colorau, depois

os pimentões e a cebola e,
1 /2 colher (chá) de colorau
por último, o tomate. 400g
l /4 de pimentão verde,
Junte a carne e uma pitada
sem semente, picadinho
de pimenta-do-reino.
l /4 de pimentão vermelho, Refogue por mais 5 minutos.
sem semente, picadinho Adicione 1 50 mi do líquido

1 cebola média picadinha do cozimento e deixe ferver

3 tomates maduros, sem semente, em cubos por mais 5 minutos.

750 g de carne seca pré-cozida (ver p. 374) e


N

posteriormente cortada em cubos de 1,5 cm


E.
.�
pimenta-do-reino moída na hora a.
ro
u
376

()

Na maioria das vezes, a carne-de-sol lavar em água corrente e deixar a peça


não necessita ser demolhada. Deve-se inteira de molho numa mistura de leite
lavá-la em água corrente e abundante e água gelada (meio a meio) na pro­
para retirar o excesso de sal de sua porção de 2 litros dessa mistura para
superfície. Esse procedimento só é cada quilo de carne, em geladeira, por
válido quando se tem controle de no mínimo 6 horas. Ao iniciar o preparo
seu tempo de cura. No caso da carne do prato, não é necessário lavá-la de

400g apresentar certa rigidez e presença novo, também não é necessário o seu
acentuada de sal, é sempre desejável pré-cozimento.

EM MANTEIGA DE GARRAFA
rendimento: 6 porções

N
INGREDIENTES Lave bem a carne em água corrente
k? de carne de sol (caso não tenha sido demolhada).

200 mi de manteiga de Besunte a peça com manteiga de

garrafa derretida garrafa, embrulhe em papel-alumínio,

coloque em assadeira e asse a 160ºC.

Se o forno tiver umidade programe-o

para 50% seco e 50% úmido.

Se não tiver, coloque sob a assadeira


da carne, na grade bem abaixo,

outra assadeira com água.

Ao final de 1 hora, a carne estará

macia e pronta.

O acompanhamento ideal é o
baião-de-dois.
377

I I

O arroz e o feijão andam sempre


juntos e marcam presença no prato Os grãos de feijão são cozidos sem
nosso de cada dia. Casamento perfeito que se desmanchem e, depois de escor­
de dois carboidratos, seus tipos se ridos, são temperados e misturados à
modificam de região para região, mas farinha de mandioca, ovos mexidos e
nunca se separam. lingüiça frita. Lembra uma farofa.
400g
O feijão-carioquinha, ironicamente, é o
preferido do paulista. No Rio de Janeiro, T� mu ír1
o preto é o favorito, assim como no Rio O feijão cozido é processado ou pas­
Grande do Sul. No Norte, há um tipo sado em peneira, e essa pasta recebe
muito particular de feijão, o manteiguinha, temperos como toicinho ou bacon,
de Santarém, no Pará, de grãos minúscu­ alho, cebola e cebolinha, e é levemente
los e clarinhos, que é um dos mais deli­ engrossada com farinha de mandioca
cados e sabo'osos. O feijão-fradinho é a e/ou de milho. O prato se completa N

base do acarajé baiano, patrimônio cul­ com lombo, bisteca ou costelinha de


tural do Brasil. No Nordeste, preferem­ porco, couve, torresmo e ovo frito.
se as favas, de várias cores, tamanhos e
desenhos; os feijões-macassar e o feijão­ o
andu também são muito apreciados. Depois de cozido, misturam-se parte
Em Minas, o feijão adquiriu uma dos grãos inteiros e parte da pasta
importância muito grande no ciclo do processada ou amassada. Essa mistura
ouro com os pratos de origem trapeira. é bem temperada e depois levemente
O tutu, o feijão trapeiro e o virado engrossada com farinha de mandioca
foram refinados para atender à elite e/ou de milho. A composição tem mais
portuguesa, que explorava o ouro. 7 elementos: arroz, couve, torresmos,
Surgiram então, nesse período lingüiça, bistequinha, banana à milanesa
3 clássicos com diferentes texturas: e ovo frito.
O nosso feijão tem uma afinidade
histórica com as carnes de porco. Tanto
que no seu preparo é comum o uso
378
de pelo menos um pedacinho de paio,
bacon, lingüiça ou qualquer outra carne
salgada ou defumada. É claro que você
pode fazer um feijão só com óleo e
temperos convencionais, e ele pode ficar
bom. Entretanto, ele ficará extraordiná­
rio se temperado com banha de porco.

FEIJÃO TR
rendrme to 10 porções

400g

INGREDIENTES Escolha o feijão e coloque-o para

50< de feijão cozinhar em água fria, na panela de


• � 1
de água pressão, junto com a pele do bacon
e o óleo.
fio de óleo de soja
Cozinhe por aproximadamente
pedaço da pele do bacon
30 minutos depois que a panela
(aproximadamente )
N tiver pegado pressão. Abra a panela.
de banha de porco Nesse momento, o feijão deverá

dentes de alho bem picados estar cozido, mas seus grãos estarão
inteiros e o caldo, ralo.
colher (sopa) de sal
Pressione um grão entre os dedos, se
amassar com facilidade estará bom,
se não, cozinhe até atingir esse ponto.
Após o cozimento, retire do fogo.
Numa panela grande, aqueça a banha,
doure o alho e transfira o feijão para
essa panela, para que seja envolvido
no óleo com alho ainda bem quente.
Coloque o sal e mantenha o fogo
ligado até que o caldo engrosse.
rentlrmcnlo 15 a 20 porções

INGREDIENTES De véspera, lave bem as carnes salgadas sem cortá-las e


200 g de orelha de porco salgada a carne-seca (cortada em pedaços de 7 cm) em água

1 pé de porco salgado corrente e coloque-as de molho em aproximadamente


8 litros de água na geladeira, trocando uma vez a água.
700 g de carne-seca
No dia seguinte, coloque o feijão para cozinhar com a
1 rabo de porco salgado
orelha, o pé de porco e o louro em 4 l /2 litros de água. 379
700 g de costelinha de porco salgada Em outra panela, cozinh e a carne-seca, a costelinha, o
2 línguas de porco salgadas rabo e a língua até começarem a amaciar (como cada
ingrediente tem um tempo de cozimento diferente, vá
l /2 kg de feijão-preto
retirando-os à medida que estiverem cozidos).
3 folhas de louro
Reserve a água do cozimento dessas carnes.
4 paios em rodelas
Quando perceber que o grão do feijão se desmancha
·l gomos de lingüiça calabresa ao ser apertado com os dedos, transfira para uma
defumada em rodelas panela maior e junte as carnes cozidas já cortadas,

100 mi de banha de porco ou óleo adicionando um pouco da água do cozimento.


Depois de alguns minutos acrescente o paio e a lingüiça
1 O dentes de alho bem picados
livres da pele e cortados em rodelas.
1 cebola grande em cubinhos
Numa panela grande, aqueça a banha e doure primeiro
1 dose de cachaça 400g
o alho e depois a cebola, até que murche.

laranja-pêra com a casca Coloque pimenta-do-reino e transfira para esse


(cortadas as extremidades) refogado todo o conteúdo da panela do feijão.
Junte a cachaça, a laranja e mais um pouco do caldo
pimenta-do-reino
do cozimento.
moída na hora
Cozinhe por mais alguns minutos até o caldo engrossar'.
Depois de pronta, o ideal é deixá-la descansar por
uma noite ( 12 horas) em geladeira.
Antes, retire e descarte a laranja, que se esquecida
no meio da feijoada a deixará amarga.
Decorridas 12 horas, uma nata de gordura terá se
formado na superfície da panela.
Remova toda essa gordura preservando a camada
TJmuem e comi 1n1
gelatinosa que se forma logo abaixo, aqueça e sirva
guJrneccr d le1Joadc1
com os seguintes acompanhamentos: arroz branco,
com outras c<1rnes de
poi·co co1110 brstcca, farofa clássica ou simplesmente farinha de mandioca;

lo111bo ou l1ngü1ça couve finamente picada (em chiffonade); torresmo;


fi·esca fnta. alérn de caldinho de feijão; molho preparado a partir de um
outros excessos na vinagrete de tomate, cebola e cebolinha bem picados,
cozinha lr<1d1c1onal
acrescido do caldo quente da feijoada; e pimenta­
b1dsil ei ra Se111 eles,
. d

íe11o;ida ceria111cnte
malagueta curtida. É bom observar que se feita com

estara completa e rigor; a feijoada não receberá sal outro que não seja
bem equilibrad<1. o de suas próprias carnes salgadas.
Existem várias formas de se curtir no óleo, acentuando sua pungência

pimentas, o mais importante é saber e facilitando seu uso em conta-gotas


380
a dife rença entre curti-las em óleo e à mesa ou na cozinha.

curti-las em ácidos ou fermentados

como v in ag r e, cachaça, tucupi e até No segundo, os mais límpidos como

mesmo garapa de cana. cachaça e v inagre de álcool, manterão as

pi menta s ínt egras para que elas possam

O primeiro atuará sobre a pimenta ser saboreadas inteiras, mantendo por

definhando sua polpa, extraindo dela um bom tempo o fruto com sua cor.

todas as suas propriedades: cor. picância, picância, aroma e sabor:

aroma e sabor que ficam concentrados

400g
PIME r MA AGUrTA UR

'
.,, PH PI 10
INGREDIENTES S elecione pimentas frescas e sadias:
200 g de pimenta-malagueta fresca quanto mais verdes os cabinhos,

xícara de vinagre de álcool mais frescas serão as pimentas

Retire os cabinhos, esparrame sobre


1 xícara de óleo de soja
N um pano limpo dobrado, bon-ife vinagre
o
de álcool e friccione o pano sobre

'õ.. as pimentas para esterilizá-las.
ro
<.)

Esterilize também o vidro com

sua tampa, fervendo em água limpa.

Deixe secar naturalmente virado

para baixo.

Coloque as pimentas, que devem


Misturar pimentas de
preencher todo o vidro, e despeje
vários tipos, agregar ervas
e outros temperos pode sobre elas o vin agre ou o óleo até
sei· bonito e decorativo, a boca, escorrendo um pouquinho
mas como el as têm
ao ultrapassar a borda.
características singulares,
Mantenha em lugar fresco fora
isso não é o m;i1s
adequado. da geladeira.
SÓ 1::11 01/1 01:: Fl::Rl/100
1::11 <lUI:: O 80Tl::CO êSTIÍ 381
PRATOS PREPARADOS
FECHRDO/ f
COM FEIJAO

Feij rn PI g1µ rno

Espécie de cozido preparado com

feijão-mulatinho, carne fresca, carne-seca,

lingüiça e legumes de toda a ordem:

batata-doce, cará ou inhame, abóbora,

jiló, quiabo, maxixe. O que é interessante

nesse prato é a complexidade de seu

tempero, pois leva cominho, coentro

em grão, pimenta-do-reino em grão,


400g
hortelã, pimenta fresca e colorau.

Fe1jao de leite
Prato da cozinha afro-brasileira,

presente principalmente na semana

santa. Trata-se de um feijão cozido

sem temperos, depois passado por


peneira ou liquidificador e mesclado N

ao leite de coco comum e um leve E


.�
toque de açúcar. a..
"'
u

C aldinho de feijão
Pode ser preparado retirando-se o

caldo do cozimento de qualquer feijão.

Processam-se os grãos para deixá-los

mais espessos e poder tomar de colhei�

O melhor e mais genuíno é o pu1-inho,

retirado do cozimento da feijoada ou do

feijão comum e que se toma com um

toque de malagueta curtida, e uma

branquinha, é claro.
382

O arroz brasileiro é basicamente Preceitos para o preparo de um


um só, o agulhinha. Puro, enriquecido, bom arroz branco:
ou cozido junto com o feijão,

ele se multiplica: Lavá-lo com antecedência de 1 hora

em escorredor:
- PROZ B ANCO ...RAD"'"'' A proporção é de 2 partes de água
Cada um tem um jeitinho particular para 1 de arroz.
de preparar o seu arroz, entretanto, • A panela deve ter capacidade para
alguns preceitos devem ser seguidos cinco vezes o volume do arroz cru,
400g
para que o resultado final seja um arroz pois este triplica de volume à medida
saboroso, soltinho e bem cozido, pois que cozinha. Por exemplo, para se
é assim que a maioria dos brasileiros preparar 1 litro de arroz deve ser
o aprecia. utilizada uma panela com capacidade
Muitos cozinheiros principiantes para 5 litros. É indispensável também
menosprezam os cuidados no preparo que ela tenha tampa.
do arroz, concentrando esforços no • A proporção de óleo é de 100 mi
N
que se costuma chamar de mistura. para cada quilo de arroz.
Esse é um erro que não se pode

admitir: Assim como os japoneses se

esmeram no preparo dos sushis, os

italianos nos pontos de seus risotos, nós

também temos que ter rigor no preparo

de um simples arroz do dia-a-dia.


383

e 11 11 i 111 e 11 1 " p o rç õ e s

INGREDIENTES Lave o arroz e escorra com

250 g de arroz agulhinha 1 hora de antecedência, para


(preferencialmente, o tipo 1, que fique bem sequinho.

que é o mais unifor-me) Numa panela, aqueça o óleo,

30 mi de óleo coloque o arroz, mantenha

em fogo médio, mexendo


1 colher (chá) de sal
para envolver todos os seus
3 dentes de alho picados
grãos com o óleo, po1- aproxi­
400g
SOO mi de água fervente
madamente 5 minutos.

Incorpore o sal e o alho picado.

Adicione a água fervente, tampe


1: "t' J ))lllh
e mantenha em fogo médio.
IE'CCILt. "'a

'll.J dllt lg_H 0 Desloque a tampa para que


ohrC'tlVll UX1l durante o cozimento haja um
qualidc1df'
pequeno respiro.
ma11te11h.1-1
Quando o arroz já tiver N

consumido praticamente toda a E


::>
,":::'.
água, e aparecer na parte central a.
<O
u
da panela pequenos orifícios

de ebu lição, o fogo deve ser


1-eduzido.

Tampe completamente a

panela por mais 5 minutos

até que tenha desaparecido

completamente qualquer

vestígio de líquido.
Desligue o fogo.

O arroz estará pronto depois

de 15 minutos descansando.
1

1
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1
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1
1
1
!
PRATOS PREPARADOS COM
384
ARROZ

Alho, cebola e tomate são refogados

Nome que se dá a um mexidinho com essa crosta. Por último, é introduzido

das sobras de arroz e feijão do almoço, o arroz lavado e bem escorrido para

enriquecido com ovos mexidos e ser cozido em água ou caldo de frango.

torresmo, que é levado na roça, por O uso do milho e do pequi são varia­

volta das 2 horas da tarde, como ções bem comuns no Centro-oeste.

merenda para os camponeses.

Espécie de pudim da cozinha afro­

Prato dos interiores, preparado com brasileira, com pouco ou nenhum sal, que
400g
o espinhaço do porco e arroz. A espinha equilibra de forma muito sábia o caruru,

dorsal do porco cortada pelas vértebras, o bobó de camarão e as moquecas.


com o seu tutano, é bem temperada, Pode ser preparado também de farinha
,,
apurada em panela. Depois disso, adi­ de arroz e milho branco. Há a versão
_,!
ciona-se o arroz, que será refogado e doce, também conhecida como acaçá
cozido. Corte difícil de ser encontrado de leite, este é servido envolto em folha

em açougues comuns. Geralmente de bananeira e feito de milho.


N vende-se como suã o espinhaço com

pouca carne, cortado ao meio no

sentido longitudinal e sem o tutano, Típico do Maranhão, tem a vinagreira


que é indispensável no preparo do como ingrediente indispensável, além

prato. O ideal é encomendar. já que de outros, como o camarão seco, o


tornou-se um corte especial. gergelim e a farinha de mandioca.

Prato único e bem popular. seu pre­ Preparado da mesma forma que o
paro é relativamente simples. A ave é macarrão. Depois de bem cozido é

cortada pelas juntas, bem temperada e escorrido em peneira. Como não leva
refogada em banha de porco até que outro tempero senão um pouco de sal,
a carne fique dourada e no fundo da é ideal para acompanhar a maniçoba
panela tenha se formado uma crosta. e o vatapá do Pará, por exemplo.
385

Nas paradas, o p1·ato, p1·eparado

Clássico goiano, consiste numa rica com o charque, não perecível, oferecia

panelada que leva frango, lingüiça e sustância à tropa. É prepa1-ado com

costelinha defumadas, ervilha, azeitona o charque em cubinhos cozido com

e ovos cozidos. arroz e tempe1·ado só com alho.

Típico do Rio Grande do Sul,

também pode ser preparado com

Seu nome vem da época em que charque de ovelha.

se usavam carretas de boi para fazer

circular a produção brasileira.


400g

rendime11to porções

EPAr

INGREDIENTES Numa panela, coloque o leite para ferver.


litro de leite tipo A Quando levantar fervura, acrescente o

1 /2 xícara de arroz cru lavado arroz, o açúcar; a canela, a casca de laranja


a.
e uma pitada de sal. ro

xícara (não muito cheia) de açúcar u

Para que não derrame, coloque um pires


1 canela em pau
virado para baixo dentro da panela.
casca de l /4 de laranja Mantenha em fogo baixo, mexendo de

sal vez em quando para não grudar no fundo,

até engrossar e o arroz ficar bem macio.

Não deixe ficar muito espesso já que

depois de frio ele tende a engrossar muito.


Éo amido ou fécula da mandioca.

No processo artesanal, é extraído por


386 decantação, quando a mandioca crua,

descascada e ralada, é misturada à água.

Ainda úmido, recebe o nome de goma

ou tapioca molhada. Depois de seco,

transforma-se num pó finíssimo e

branco chamado polvilho, que pode

ser doce ou azedo.

MANDIOCA, O PÃO DO BRASIL

Originária da América do Sul e


É o produto que resulta da goma

fresca levada para secar antes que


confundida inicialmente pelos portu­
fermente, por isso é inodoro e insípido.
gueses com o inhame africano, logo foi
400g
reconhecida como alimento fundamental

do índio, o que prevalece até os dias

de hoje.
Éo produto que resulta da goma
-
fresca levada para secar depois de
_,
Para grande parte da população do
fermentada, por isso tem sabor azedo.
Norte e Nordeste, é uma cultura de

subsistência. Em regiões bem pobres,


Tanto um quanto outro são ingredien­
as populações se alimentam quase
tes usados indistintamente no preparo
exclusivamente da mandioca. Passa-se
o de inúmeras quitandas tipicamente
=> sem o arroz e sem o feijão, mas nunca
:::::
brasileiras - beijus, biscoitos, sequilhos e
Cl.
ro
sem a mandioca. O pão dali não é o
u

francês nem vem de padarias, vem das


tantos outros. É com o polvilho que se

faz o nosso tão particular pão de queijo.


rudimentares casinhas de farinha, em

geral, uma extensão da própria casa -

são essas casas que produzem a maté­

ria-prima para os beijus de tapioca, os

mingaus, bolos de macaxeira, biscoitos

de polvilho e cuscuz.

São inúmeros os subprodutos da

mandioca: goma, polvilho, farinhas de

várias qualidades, beiju, puba ou massa

de mandioca, tapioca, sagu, tucupi.


TAPIOCA quando está quentinho se pode perce­

A definição desse ingrediente se torna ber sua interessante textura ligada.

complicada por causa dos regionalismos.

Brasil afora, chamam-se tapioca a BeiJU de tapioca com goma fresca


goma, o polvilho umedecido, todas as Utilize uma frigideira antiaderente,

va1-iedades de tapiocas granuladas, além uma peneirinha e uma espátula. 387

do beiju, que é preparado a partir da Leve a frigideira ao fogo médio e,

goma ou do polvilho. com uma colher; passe a goma pela

O importante é saber que tudo peneirinha, de forma que a goma

o que se chama de tapioca deriva de umedecida e peneirada cubra completa

fécula de mandioca e qual tipo se aplica e uniformemente o fundo da frigideira.

melhor a cada preparação. A espessura deve ser de aproximada­

mente 0,5 cm. Em pouco tempo, as


Goma partículas da goma se juntam e nesse

É ingrediente perfeito no preparo momento é possível virar o beiju. Mais

do popular beiju, vendido na rua pelas 1 minuto, no máximo, e o beiju pode

tapioqueiras. Há quem faça beiju ume­ ser retirado do fogo com auxilio de
400g
decendo com água o polvilho, com uma espátula. Sirva quente. besuntado

resultado razoável. O beiju deve ser com manteiga ou leite de coco. É deli­

comido assim que sai do fogo pois só cioso com café.

rendimento. 30 unidades

INGREDIENTES Misture o queijo ao polvilho,

500 g de queijo-de-minas adicione a manteiga, os ovos,


meia cura ralado o leite e o sal.

900 mi de polvilho doce ou Sove a massa até ficar homogênea.

azedo Faça bolinhas pouco menores

que uma bola de pingue-pongue


1 colher (sopa) de manteiga
e coloque numa assadeira untada
2 ovos
com óleo em intervalos de
250 mi de leite 3 cm entre elas.

1 colher (chá) de sal Leve ao forno preaquecido a

óleo para untar 200ºC por aproximadamente

12 minutos.
388

Tacacá Tapiocas granuladas


Com a goma diluída em água e As mais comuns são aquelas encon­

engrossada no fogo é feita a base do tradas nos supermercados em pacotes

tacacá (que leva também tucupi, jambu de 500 g e que parecem sal grosso. Há

e camarão seco) servido em cuias também uma que parece fioquinhos de

nas cidades amazônicas por volta das isopor e outras grumosas, que são as

5 horas da tarde. O caldo esfumaçante artesanais e, obviamente, muito superio­

é sorvido aos goles, aquecendo as res, mais freqüentes na região Norte.

entranhas e provocando uma sensação Depois de hidratadas. são usadas no

de fresco1� pois o calor interno, naquele preparo de cuscuz, mingaus e pudins,

momento, é mais forte do que o escal­ sabiamente combinados ao coco ou


400g
dante calor do ambiente da floresta. ao leite de coco.

Poucos sabem, mas a tapioca

granulada pode ser utilizada em várias

preparações em que tradicionalmente

se usa amido de milho ou trigo.

Um bolinho adquirirá textura e leveza

inusitadas se, em vez de farinha de trigo,

for preparado com tapioca hidratada.

Sagu
Pode-se dizer que o sagu é um

tipo de tapioca industrialmente

transformada em bolinhas miúdas

e rígidas. Até bem pouco tempo

era utilizado exclusivamente como

sobremesa, cozido com vinho tinto,

água e açúcar. Hoje, sabe-se que ele

pode ser usado com sucesso misturado

a bases líquidas salgadas ou agridoces.


-

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1
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••

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.-
........ t 6 porções

� Numa panela, ferva a água, coloque


700 mi de água a tapioca e cozinhe por 1 O minutos.

·50 g de tapioca em bolinhas ou sagu Escorra, coloque sob água fria

corrente e repita a mesma operação


100 mi de melado de cana
por mais duas vezes, sempre a partir
Y50 mi de vinagre balsâmico
da mesma quantidade de água

fervente, até as bolinhas adquirirem

transparência. Reserve.

Ferva o melado com o vinagre

balsâmico até formar um caramelo.

Deixe esfriar e derrame sobre


a tapioca.

Misture delicadamente e leve

à geladeira.

Use para finalizar canapés a


N

base de peixes ou de frutas .

• ••


PUBA OU MASSA DE muito bem lavadas em água corrente e
l'v"\N transformadas em massa úmida.
Massa úmida de cheiro e sabor acres Usada em biscoitos, bolos e pudins,
obtida através da fermentação da man­ é o principal ingrediente do tradicional
dioca. As raízes são mergulhadas em bolo Souza Leão, de Pernambuco, que
água por alguns dias até entrarem em ficou famoso desde a época em que
decomposição. Nesse estágio são colo­ a puba era a principal substituta da
cadas em sacos de pano, friccionadas, cara e escassa farinha de trigo.
390

"
J 1endirncnto 8 porções
_,

INGREDIENTES Numa panela, faça uma calda em ponto


120 mi de água fria de fio (ver p. 487) com a água e o

lJ
250 g de açúcar açúcar e adicione a canela, o cravo
e a erva-doce.
1/2 a 1 canela em pau
Tire do fogo, coe e com a calda ainda
400g 6 cravos-da-índia
quente adicione uma prtada de sal
1/2 colher (chá) de semente de erva-doce e a manteiga. Deixe esfriar.
100 g de manteiga Em outro recipiente, misture a massa

250 g de massa puba puba e as gemas uma a uma.


Acrescente aos poucos o leite de
4 gemas
coco e misture até ficar homogênea.
180 mi de leite de coco
Acrescente a calda fria e misture bem
sal (se ficar com grumos, coe).

o
manteiga para untar Preaqueça o forno a 220ºC.
:::J
-� Unte uma fôrma com buraco no meio
Cl.
C1]
(.) de 24 cm de diâmetro, despeje o bolo
e asse em banho-maria coberto com
papel-alumínio por mais ou menos
50 minutos.
Tire o papel-alumínio e asse até que
fique dourado (mais uns 1 O minutos).
-;

) � 391

,,,
11
1
\..

Farin.hCL

A rotina de uma casa de farinha, ponto certo, ou seja, a massa perde


400g
dessas muitas encontradas no Nordeste, toda a umidade e adquire crocância.

começa por descascar as raízes que se Não há farinha de mandioca crua.

amontoam no canto do barracão. A Todas são torradas - umas mais, outras


partir daí, a mandioca é lavada, ralada, menos. Existem farinhas e farinhas.

colocada em tipitis ou outros invólucros Grossas, finas, muito grumosas, farinha­

porosos para que seu líquido seja d'agua, farinha beiju, farinha gamada,

extraído através da prensa. A massa, farinha seca, farinha branca. Vários fato­

depois de espremida, é passada por res contribuem para a boa qualidade N

peneira. É nesse momento, antes de de uma farinha de mandioca.

ir para a torra, que sua granulação Além do cuidado com a higiene e

é definida em função das tramas das com a qualidade da mandioca, a pre­

peneiras utilizadas. A farinha é feita sença do amido e o ponto de torra

sobre uma espécie de forno aberto. são fatores muito importantes. Farinhas

A base do forno é de alvenaria ou industrializadas normalmente tem pou­

barro, e a massa da mandioca é mexida quíssimo amido, por isso não produzem

com rasteias até secar e chegar ao liga no preparo de pirões, por exemplo.
392

No preparo da farofa, que pode ter


infinrtas variações, o que importa é seu
resultado, geralmente seco e crocante,
que é o que a diferencia de um virado,
400g
em ge ral úmido. Para se conseguir esse
resultado deve-se primeiro fazer um

refogado-base e só depois dele frio


mexer a farinha.

rendimento 10 porções
E
-�
a.
"'
LI

INGREDIENTES Aqueça a frigideira com o óleo.


1 colher (sopa) de óleo Acrescente o bacon e frite até dourar.

50 g de bacon em cubinhos Junte o alho picado e doure.


Adicione a cebola e murche.
4 dentes de alho picados
Desligue o fogo e espere esfriar.
1 cebola pequena em cubinhos
Mexa a farinha e acerte o sal.
300 g farinha de mandioca

sal
TU CU PI
É o líquido extraído de um tipo Apreciadíssimo em praticamente toda
específico de mandioca-brava. Ao se a região amazônica, é provavelmente o
prensar a mandioca para a feitura único molho genuinamente brasileiro.

da farinha, obtém-se esse líquido É com ele que se temperam peixes, 393
(considerado venenoso por conter caças, carne de porco e de vaca e

ácido cianídrico), que deve ser fervido curtem-se pimentas. Com ele também

por pelo menos 20 minutos, tempo se prepara o tacacá e o pato ao tucupi,

necessário para o ácido volatilizar-se. ícone da cozinha de Belém do Pará.

rend1111�nto 3 a 4 porções

INGREDIENTES Corte o pato pelas juntas.


1 pato inteiro (aproximadamente 2 l /2 kg) Faça uma vinha-d'alho com a cebola, o sal, o
400g
1 cebola grande picada alho, o azeite, o vinagre, o suco de limão, a
pimenta, a noz-moscada, o louro e a salsa e
1 colher (sopa) rasa de sal
envolva cada pedaço do pato.
1 colher (sopa) rasa de alho amassado
Deixe marinando por pelo menos 12 horas.
xícara de azeite de oliva extravirgem Numa assadeira, arrume os pedaços e
l /2 xícara de vinagre derrame o que sobrou da vinha-d'alho
de vinho branco sobre eles e leve ao forno preaquecido
N
suco de l /2 limão a l 60ºC por aproximadamente 2 horas
ou até que esteja dourado e macio.
1 /2 colher (chá) de pimenta-do-reino
Numa panela grande, ferva o tucupi
em grão
por 20 minutos para que o ácido
1 /2 colher (chá) de noz-moscada em pó
cianídrico evapore.
4 folhas de louro
Depois disso, acrescente o pato (livre
114 de maço de salsa mal picada de gordura e da crosta de tempero.

1 litro de tucupi o jambu e a chicória.


Deixe ferver por mais 1 O minutos.
1 maço de jambu
Sirva com farinha-d'agua (também conhe­
3 folhas de chicória (coentro do Pará)
cida como farinha de areni).
Dica: use uma assadeira do tamanho que
permita que os pedaços de pato fiquem
bem juntinhos.
Glossário creme espesso resultante do cozimento
lfo tec111cas, fa1e cc; e uso do legume. O melhor exemplo de prato

l 1 em que se utiliza essa técnica é a deliciosa


vaca atolada mineira bons nacos de

ABNAl-l costela gorda atolados em mandioca.

É a técnica de prepa1·ar legumes em


394
panela tampada. O alho ou cebola é BATIDINl!O
suado no óleo, os legumes (picadinhos É a técnica para cortar a abobrinha

ou batidinhos) são introduzidos, o sal ou outros legumes e fazer um refogado,


e a pimenta-do-reino são adicionados ou melhor. um abafado (ver obarar).
e misturados muito rapidamente. São golpes dados sobre o legume na

A panela é tampada, o fogo é mantido horizontal, batendo-se rapidamente

em temperatura média e o vegetal com a faca, de forma a gerar pedaços


acaba cozinhando com seu próprio desiguais. E, por incrível que pareça, o
líquido, sem se adicionar água e sem resultado é muito diferente do produzido
mexer. Muito usada para legumes com legumes em cortes regulares.

como abobrinha, chuchu, jiló.


BOBO
400g
APURAR OU APERTAR É o nome de um prato, mas também

Utilizado normalmente para carnes de uma forma de preparo, em que

preparadas em panela que, depois de se faz uma base cremosa a partir do


..:
cozidas, são mantidas em fogo lento cozimento de um tubérculo (nesse caso,
para que fiquem com menos líquido, a mandioca é perfeita, mas também
mais escuras e com sabor levemente o inhame e o cará podem ser usados)
tostado do fundo da panela. e depois se agrega frango, camarão
ou outro tipo de carne ou peixe.
N
ASSUSTAR
Passar rapidamente vegetais em CABIDELA
frigideira bem aquecida com pouco É a forma como é conhecido no
óleo ou azeite para que mantenham Nordeste o frango ao molho pardo

a cor. o sabor e a textura, cozinhando mineiro, ou seja, a ave é preparada num


praticamente apenas no calor residual. molho feito com o seu próprio sangue.

ATOLAR CALDINHOS
Éa técnica de cozinhar uma carne São caldos apurados, que levam
(geralmente com osso) junto com uma diferentes temperos e geralmente

raiz que tenha bastante amido como fazem a introdução na refeição ou


a mandioca, o cará e o inhame, por acompanham uma cachacinha, ou

exemplo. A raiz se desmancha e seu restauram pelo abuso desta. Os mais


amido faz que a carne fique atolada no conhecidos e prestigiados são o caldo
de feijão, caldo de mocotó, caldo de período compatível com o teor
sururu, mocofava (caldo de mocotó de sal do ingrediente e seu volume.
com favas), caldo de peixe, caldo de
camarão. caldo de piranha, caldo fíllGIDEIRA OU rRIIADA
de carne. Caldinhos são de beber. Técnica em que se misturam os
princípios da omelete e do suflê,
395
CARN!: O!: PANfl A mas que não é uma coisa nem outra.
É a técnica de cozinhar uma carne A base pode ser feita com peixes,
de segunda em panela de pressão (ou carnes, legumes ou verduras refogadas
em panela de barro ou de ferro). quase que depois de fria e misturada às claras
sem uso de água, aproveitando apenas em neve, às gemas e levada ao forno
o suco da peça e o líquido dos ingre­ por alguns minutos resulta numa
dientes que fazem parte da preparação, cobertura leve e saborosa. Comum
como o tomate, a cebola, o pimentão. no Nordeste e no Rio de Janeiro, as
Do resíduo que fica na panela, pode-se principais são a frigideira de bacalhau,
fazer um molho escuro, denso e de a de peixe, a de camarão e a de
sabor inigualável que é usado para legumes.
cozinhar o legume que acompanha a
400g
carne (batata mandioca), transferindo­ LATA
lhe um delicioso sabor e uma cor É a técnica de conservação ou
de caramelo. manutenção dos alimentos em banha,
usada antigamente devido à falta de
CATAR refrigeração, mas até hoje largamente
Separar; escolher os melhores utilizada pelo país afora, pois agrega
(espécimes, pedaços, partes) para um gosto particular e diferenciado
o preparo. Siri catado, catar feijão. ao alimento. É o nosso confit. São feitas
N

assim carne suína, lingüiça, almôndega,


E
CURTIR carne bovina de segunda etc. armaze­ .�
o..

Conservar egumes ou pimentas nadas em latas de alumínio.


"'
u

em salmoura ou líquido de variados


conteúdos (vinagre, azeite ou óleo MANTEIGA DE GARRArA
e sal) para serem consumidos depois T ipicamente nordestina. Seu nome
de algum tempo. As pimentas devem está relacionado à forma como ela
ser curtidas com muito cuidado. é vendida, em garrafas. Pelo método
tradicional o creme de leite puro,
DEMOLHAR extraído pela desnatadeira, é levado
Termo usado para se extrair o sal para ferver por algumas horas. até que
de carnes e peixes secos ou salgados, suas partículas sólidas, popularmente
colocando es5es ingredientes de molho chamadas de borra, se precipitem,
em água fria na geladeira por um separando-se da parte gorda (manteiga).
Mexendo-se sem parar, a borra vai se moldando-se bolinhos. É muito comum

decantando e tostando no fundo da também a paçoca doce, principalmente

panela. É essa borra de cor caramelizada a de amendoim torrado misturado

que confere à manteiga um sabor único à farinha de milho.

e pronunciado, bem diferente da


manteiga que usamos habitualmente. PAMONHA
Ao ser aquecida, essa manteiga não Papa feita de milho verde ralado e
396
se queima. leite, envolta na próp1-ia palha do milho
No fim desse processo, a manteiga. e amarrada ou costu1-ada nas pontas.

que adquire uma cor amarela intensa, Pode ser salgada ou doce, dependendo
é filtrada e colocada em garrafas. Em da região prepondera um tipo ou outro.
temperatura ambiente (exceto, é claro, Em alguns lugares, acrescenta-se
ambientes muito quentes como o 1-echeios como queijo, lingüiça etc.
sertão), coagula-se, sendo necessár-io As melhores são as de Goiás, onde
aproximar a garrafa do fogo para que existe milho de alta qualidade e tradição
rapidamente se liquidifique. no preparo da pamonha, sendo as

Métodos domésticos são também pamonharias bastante comuns.


comuns no Nordeste: a partir do leite Também tem muita tradição nos
puro, fresco e fervido, as natas são festejos juninos do Nordeste.
400g
diariamente reservadas e, ao final de
poucos dias, batidas vigorosamente em PANELADA
água fria. A massa de gordura que se Uma das técnicas mais usadas nas
agrupa nesse processo é também um cozinhas simples e gostosas do Brasil.
tipo manteiga de garrafa. Herdeira do cozido português, do
Deliciosa, é fundamental usá-la sobre lamen japonês, do cassoulet francês.
a mandioca cozida e no preparo das Consiste em carnes misturadas a
carnes-de-sol, mas não é o tipo de legumes e verduras cozidas juntas ou
N

manteiga indicada para preparações separadas (dependendo do tempo de


E
'� mais delicadas como bolos e doces. cozimento de cada uma), mas sempre
e.
ro
'-' Em criações deve ser usada com cau­ servidas numa única panela (pelo menos
tela, pois seu sabor é preponderante. essa é a forma tradicional). Algumas
das paneladas brasileiras mais apreciadas
PAÇOCA são a feijoada (seja a baiana ou a cario­
Técnica já pouco usada hoje em dia, ca), a maniçoba (no Norte do país e
mais comum no Nordeste brasileiro. no Recôncavo Baiano), a buchada, o
Num grande pilão são socadas carnes­ cozido e a dobradinha. Algumas dessas
secas com farinha de mandioca ou de paneladas não levam legumes, é o
milho e outros temperos, resultando caso do barreado paranaense e do
num tipo de farofa levemente úmida, afogado do vale do Para1ba, em
que pode ser comida com as mãos São Paulo.
PILAR diversas formas, e de carnes picadas
É a técnica de macerar a farinha de com ou sem osso.
mandioca com outros ingredientes para É por esse método que geralmente é
fazer as paçocas. Os pilões são geral­ iniciada a maioria das preparações dos
mente de madeira e os ingredie n tes pratos brasileims. Aquecendo-se numa
precisam ser socados du1-ante um bom panela uma pequena quantidade de
tempo para dar um resultado homogê­ óleo, azeite, manteiga ou outra substância
397
neo e saboroso. São usados também gordurosa, temperos como alho, cebola
para moer; pisar e descascar alimentos. e outros são suados ou dourados e logo

a seguir o alimento é introduzido e


PINGAUO mantido em fogo médio, mexendo-se
É aquele café servido no copo sem parar até que se incorpore bem
americano com um pouquinho de leite, aos temperos e apure o sabor.
tradição das pada1·ias de São Paulo. No caso de alimentos mais tenros
Diferencia-se da média pela quantidade como abobrinha, chuchu, quiabo e jiló,
de leite, que é maior nesta última, por o refogado inicia e finaliza a preparação
isso média (mais ou menos metade sem necessidade de adição de líquidos.
de café e metade de leite). Já no caso de carnes com osso e tubér­
culos, o refogado necessita receber
400g
PIRÃO líquido, em pequenas quantidades e aos
Geralmente feito com peixe, mas poucos até o ponto ideal de cozimento.
também muito bom com carnes gordas
e aves, acompanhando cozidos. Usa-se SALPICAR
as partes que serão descartadas numa Jogar de forma displicente e aos
moqueca ou numa peixada (a cabeça, o pouquinhos o sal (ou outro tempero
rabo), cozinhando-as bem até obter um em pó) nas preparações. O melhor é
bom caldo e depois agregando farinha fazer com as mãos.
N
de mandioca, formando uma textura
E
própria e com certa transparência. SAPECAR :::J
-
Cl.
É o que se fazia antigamente quando <t>
u

RASPADINllA se limpava uma ave de forma caseira.


É a nossa versão do granité francês. Depois de ter depenado o animal, ele
Picolé feito de água e frutas geralmente era sapecado no fogo para eliminar
raspado e chupado para refrescar. No os resquícios das penas. É o que se faz
Norte do país é chamado de rala-rala. também com alguns alimentos, como
Pode ser usado para fazer a passagem o milho na brasa e a orelha ou pé
entre uma etapa e outra da refeição. de porco salgados antes de serem
acrescidos à feijoada.
REFOGAR OU AFOGAR
Método de cacção utilizado no prepa­ TIRAR O BÊBADO
ro de legumes e verduras, cortados de Fazer com que o álcool usado
na preparação evapore.
)
...

LJ
400

pão é o alimento que resulta do cozimento de farinha com


�/
água e sal, na maioria dos casos. Foi produzido pela primeira vez por volta
1
' do século 11 a.C., na Europa. Na seqüência, os egípcios e hebreus introdu-

1 zi1·am a massa fermentada.


i"'
O pão é uma das bases da alimentação ocidental, com uma importân-

eia que vai além do produto em si; é um símbolo para várias religiões -

Jesus escolheu o pão para celebrar a Eucaristia. Já foi moeda de troca e


400g
fonte de alimento para populações inteiras em épocas de fome.

o
"" A produção industrial, com maquinários, surgiu no ftnal do século 19.
°"
'"

Hoje em dia, o pão é produzido em tão larga escala que a média de


o

e::

consumo por pessoa é de 55 quilos por ano.

o
O padeiro, assim como o chef confeiteiro, deve escolher entre a cozinha

Cl.
e a panificação - o aprendizado dos dois pode ser longo, uma vez que
"'
o

essa atividade, apesar de estar ligada intimamente à cozinha, é produzida

à parte, em outro ambiente, com outros equipamentos e utenst1ios.

As técnicas são muito peculia1·es ao ofício. Aqui veremos a panificação

básica; os conceitos, técnicas e receitas para se produzir os pães mais

emblemáticos da nossa cultura. A partir deles as variações são infinitas.


401
Bastam farinha, água e sal para se Nenhuma outra farinha (centeio, arroz,

produzir uma enormidade de tipos milho, soja) dá ao pão a mesma textura

de pão. Para obter bons e diferentes que a farinha de trigo. Contudo, podem­

resultados é importante conhecer se produzir pães exclusivamente com

cada ingrediente, suas características aquelas farinhas, ou em combinação

e funções no processo de preparação. com a farinha de trigo.

O teor de cinza, elemento encon­

FARINHA DE TRIGO trado nos grãos de trigo que confere

Produto obtido da moagem e refina­ à farinha uma cor acinzentada é outro

mento do grão de trigo, é o ingrediente fator a ser observado na classificação

responsável pela estrutura do pão. das farinhas.

A farinha de trigo deve ser fabricada A moagem é feita em diversos níveis, 400g

a partir de grãos de trigo sãos e limpos, resultando em diferentes tipos de farinha.

isentos de matéria terrosa e em perfeito No Brasil, as farinhas de trigo são o


""

estado de conservação. Não pode estar classificadas em: ..,.


"'
u
úmida, fermentada ou rançosa.
Farinha integral
· -

Um fator determinante na qualidade e:


"'

da farinha é o tipo de grão. Os grãos Em cuja elaboração o grão inteiro é a.

M
de trigo cultivados em países frios moído (parte interna, casca ou farelo
o
são de qualidade superior; portanto, e gérmen). Utilizada no preparo de �
.....
as farinhas de melhor qualidade produzi­ pães integrais, possui alto teor de fibra. a.
"'
das no Brasil têm mistura de grãos u

nacionais e importados. Farinha branca (comum)


A farinha do trigo é a mais rica em Produto obtido a partir do cereal

glúten, proteína responsável pela limpo (sem casca) e desgerminado.

elasticidade da massa, indispensável no Devido ao processo de refinamento,

preparo do pão, pois é ela que ajuda a farinha perde nutrientes e parte

no crescimento deste. A consistência do glúten. A denominada tipo 1

elástica e espo1josa dos bolos também (especial) apresenta menor quanti­

são de responsabilidade do glúten. dade de impurezas.


402

Semolina e sêmola ÁGUA, LEITE OU OUTROS


"'
Resultam da trituração do trigo limpo LÍ UIDO"
e desgerminado. O grão é triturado e Ao entrar em contato com o fermento

passado por peneira. A semolina passa e a farinha desencadeiam o processo de

e
pelas peneiras mais finas, enquanto a fermentação. Quando a massa é assada,
\_
sêmola fica retida nas peneiras mais o vapor produzido pelos líquidos, soma-

grossas. Os termos sêmola e semolina do à ação do fermento, confere volume


1 podem ser usados para outros grãos ao pão. Além disso, alguns líquidos po-

'� de vegetais, devendo portanto ser


acrescidos da denominação do produto,
dem dar sabor ao pão, como o leite,

por exemplo.

isto é, o nome vegetal de origem


400g
(sêmola de milho, por exemplo). FERMENTOS
Quando armazenada por muito tem- Introduzem na massa gás carbônico,
o
""
po, a sêmola e a semolina podem dar responsável pelo volume e a textura
°'

"' origem a certa quantidade de farinha aerada dos pães. Há 3 tipos de fermento:
(.)
devido aos resíduos acumulados. •orgânico;

•químico;
e
"'

Glúten
• a.
físico.
(V)

Proteína presente na farinha de trigo


o

Orgânico
-
=> que quando em contato com a umidade
-

a. e ao ser trabalhada desenvolve "redes" O tipo de fermento mais usado em


rn

que retêm o dióxido de carbono panificação, salvo instruções específicas,


u

produzido pela ação do fermento, é o fermento biológico. É uma levedura

\.... fazendo os pães crescerem. Quanto que se alimenta dos açúcares contidos
mais se trabalha uma massa, redes na massa e libera gás carbônico e álcool.

mais resistentes são formadas e, assim, Quando associada ao vapor fo1·mado

é criada a estrutura do pão. pelos líquidos usados na receita,


403
essa levedu1-a dá tenacidade e volume presente na receita ou, no caso do
à massa. fei-mento químico em pó, já presente

É encontrado fresco em blocos; seco, na sua formulação), em contato com

na forma de grânulos; ou instantâneo, um líquido, faz que o gás carbônico seja


em pó. Também pode ser produzido produzido dentro da massa. Quando
de forma natJral, como explicaremos levamos a massa ao forno, este gás se

poste1·io1·mente. expande e confere uma textura aerada

Quando fresco, tem durabilidade de à produção.

apenas alguns dias; depois disso começa

a perder sua força. Deve ser refrigerado Físico


e pode também ser congelado por até Não é exatamente fermento. A fer­

um mês. Deve ser misturado ao líquido mentação física é um processo que 400g

da receita. resulta no crescimento da massa em

Quando seco em grânulos, tem conseqüência do vapor liberado por um o



no mínimo o dobm da potência do ou mais ingredientes da receita quando <..»
"'
u
fermento fresco em bloco e dura ao aquecidos. Por exemplo, na receita de

menos um ano em recipiente fechado uma broa de milho a massa é batida e:


"'
Cl.
e sob refrigeração. Deve ser misturado com ovos, e são eles que garantem
""
ao líquido da receita. o seu crescimento.
o
O fermento biológico instantâneo É possível também usar uma A quant1dJde de
fct mento Ux1cl.1
em pó deve ser misturado di1·etamente combinação de fermentos orgânico Cl.
lldO dFvc supe1 ar a "'
à farinha de trigo. e físico (por exemplo, num croissant). '-'
seguinte p1 oporção:
Nesse caso, além do crescimento 30 g de fermento
Químico pela ação do fe1-mento 01-gânico, pa1d I, e, 1 5 de
í<111nli..i. Au111e11tar
É o bicarbonato de sódio e o o vapor que fica "preso" enL1-e as
<' �u<111t1d, de de
fermento químico em pó. A mistura camadas de manteiga faz que as íe1 mento 11.io wa

de um produto alcalino (bicarbonato camadas de massa se separem acelerar o processo.

de sódio) com um ácido (geralmente e cresçam um pouco mais. e pode p1·e1u d1c;i1
o resultado fin.1 1.
t'-Jd propo1Çdo co1 rcld,
.i íerrnenta<,..Jo e ma1;
lenta e o p<lo ganha
muito em sc1L>o1:
1

1 'I 404

Embora usados com parcimônia, Podem fazer parte da receita, mas

são essenciais. nem sempre são necessários.

Se usado em grande quantidade ou A gordura usada na proporção corre­

adicionado diretamente ao fermento, ta (por volta de 3% do peso total da

o sal pode inibir o processo de massa) reforça a elasticidade do glúten

fermentação. Seu uso também ao mesmo tempo que envolve sua

inibe o desenvolvimento do glúten. "rede", impedindo-a de ficar muito longa.

Porém, todas as receitas de pão Deixa, assim, a massa mais macia e

levam sal, até mesmo as doces, pois úmida (pães com redes muito longas

este é elemento essencial para dar tendem a ficar duros). Ela também
400g
sabor e evitar a fermentação excessiva impede parte da evaporação do líquido

O açúcar auxilia na coloração fazendo que o pão fique fresco por


o
'"' (caramelização*) e no processo de mais tempo.
'""
"' fermentação, pois alimenta as bactérias Se usada em grande quantidade que­
(J
presentes no fermento biológico. bra e impede a formação das redes
e:
"' de glúten.
• e.
Os ovos, além de ter a função
""
de fermento físico, como foi visto
o

::J
Expernnente dissolver : anteriormente, também acrescentam

o fermento b1olog1 co :
e. sabor e cor e dão maior durabilidade
"' fresco nu111 pouco de '
u

açúcar sem e maciez à massa devido à gordura

ad1cio na1 · âgua. presente nas gemas.


En' apen.1s alguns
'
' minutos a ação
do açúc,1r lorn;i
o fermento li'quido.
Essa dica pode ser
útil q uando n.io se
lem águc1 morna para
dissolver o fermento.
405
OUTROS INGREDIENTES São estes:

Frutas secas, grãos, carnes (principal­ ingredientes usados;

mente as curadas), queijos, ervas etc. proporção dos ingredientes;

podem dar sabor e textura. processos utilizados - manipulação,

temperatura dos ingredientes;

tempo e temperatura da fermentação

e da cocção;

São fatores que muito influenciam umidade da massa e ambiente.

na fermentação e na cacção. A variação

deles pode resultar em produtos muito Aqui, como em todo o livro, as

diferentes, mesmo que os ingredientes receitas são ferramentas fundamentais

utilizados sejê.m os mesmos. Portanto, para que entendamos os conceitos. 400g

além de seguir à risca as quantidades Conhecer o papel de cada ingrediente

dos ingredientes de uma receita, o numa receita é indispensável. o


""

tempo de cacção, a temperatura e Há dois tipos básicos de pão: os '-"'


"'
levedados e os ázimos: '-'
a umidade devem ser respeitadas.
·-

e::
"'

Pao levedado Cl.

M
Na panificação, bem como na É aquele cuja massa foi acrescida
o
confeitaria, a maior parte das receitas de levedura ou fermento e "cozido"
::::>
....
não pode mais ser manipulada a partir em forno, chapa ou vapor; e no qual a Cl.

"'
do momento que se inicia a cacção, ou massa cozida tem espaços preenchidos '-'
seja, uma vez que a massa do pão está com ar.
pronta e é levada ao forno, não se

muda mais a receita. f'ão ázimo


É imperativo usar pesos e medidas Feito sem fermento, é geralmente
exatas, para conseguir sempre um achatado e mais compacto que o
resultado perfeito. levedado, matzá e tortilla, por exemplo.
Há diversos fatores que influenciam Pode ser assado em forno, chapa, ou
no resultado final de uma produção. mesmo frito.
1

1:
i l
1

I•

1 :, 406

i
1 ,
,

1 t
ll ;"�(
1 .. Numa tigela pequena, coloque o
1
fermento fresco, esfarelando-o sobre
1 �
o líquido indicado na receita a 30ºC.

' ' Deixe dissolver por 8 a 1 O minutos

(se usar o liofilizado*, o líquido deverá


Ha 8 mil an os. na 1·eg 1Jo
400g entre o atual lrã. vale estar à 43ºC e irá dissolver-se em
do l\Jilo, lraquc e S111;i, 3 a 5 minutos; a adição de açúcar
o hon 1em j,1 ptcp1rav.1
,
o
ajuda a ativar o fermento) .
"" p3es. Eles e1 am feitos
Coloque a tigela para levedar em
com li igo ou centeio
°"


u
g ro.,;eir,1111enle 11101do luga1- ao abrigo do frio e de correntes
-
.;::
e misturado con 1 aguJ. de ar. Deve-se formar uma boa camada
e:
., PIJcc1s de 11lcl'>xl �ec.1vc11r1
Cl. de espuma na superfície, processo que,
sot,re pedr,1s aque(l(L1s
M
Pdfogueira. l::sse �)JO depen dendo da quantidade e da
o
n.io-levedado, Oli Jllll 10, temperatura ex1erna, demorará de
::J
� é ronsum1do até 'lOJE
1 O a 1 5 minutos aproximadamente.
Cl.
ro
em cenmôn1a� rehg iosc.:�.
u Formada a espuma. essa mistura
A h1slon<1 conlJ que
qliando Mrn�cs P <eu levedada deverá ser imediatamente
povo fu}?.iram CIO rg1lo, adicionada à massa.
nJ pressa. lev.iram pães
Não use mais fermento do que o
a1nd.1 niio-fe1 r1ent.1dos,
indicado pela receita; se usar leite não
seu u111Co .ihmento
clur.111te a trc1vess 1 c1 do pasteurizado ferva-o com antecedência
dese1·10. O pão de hoje. e deixe-o voltar à t e mpe 1-atura desejada
cremdo e fofo, j.í err1
açúcar e gordura (se usados) podem
conhecido en1iio.
Ac omp.m ha .1 C1v1lizdçâo ser derretidos. nesse caso, em tempera­
ha rna1< de 6 mil anm. tura mais alta .
407

A dos pães drt:os convencionais.

Serve de base para muitas variações.


Éa mais simples pois necessita de
pouco "trabalho" com as mãos. Bater
vigorosamente com uma colher de pau
ou com a pá de uma batedeira para O processo tradicional implica em
desenvolver o glúten na farinha de trigo três passos fundamentais:

é suficiente. Quando se soltar das Dissolver o fermento em água morna,


paredes da vasilha de preparo, estará respeitando o período necessário
suficientemente "trabalhada". Os pães para fermentação (que depende da
feitos dessa massa são mais porosos temperatura ambiente, mas, em geral,
e ressecam mais rapidamente do que 15 minutos são suficientes). 400g

os pães com massas mais trabalhadas. Pesar a farinha e o sal, transferindo-os


para uma superfície de trabalho. o
""
<>
Formar um vulcão e despejar o <O
u
Variação da massa mole, porém líquido no centro da cratera,
mais consistente, que ainda deve ser agregando aos poucos o líquido à e:
<O
o.
misturada em vasilha. O resultado é farinha, com a ajuda de um garfo,
M
um pão de textura leve, com "furos" se desejar:
o
médios-grandes. O fermento é Esse é um procedimento básico e ::>
.....
dissolvido em quantidade maior de deve ser feito apenas quando a receita o.
<O
líquido, e uma quantidade da farinha pedir. você verá que em muitas delas u

deve ser adicionada ao fermento desde os ingredientes secos são misturados


o começo do preparo. Essa primeira ao fermento sem observar o período
mistura é deixada para fermentar de f ermen tação.
por uma hora ou mais e se torna Está dada a largada para o processo
"esponjosa" (daí o nome). de fabricação da massa mais simples
Outros ingredientes, tais como e eficaz de todos os tempos. Agora é
manteiga e ovos, serão adicionados o momento de trabalhar a massa para
nesse momento, junto com mais sal que os ingredien tes se misturem de
e açGcar. se pertinentes à recert:a. forma homogênea.
Polvilhe ligeiramente a superfície e as que não resseque. Nessa fase ocorre

mãos de vez em quando, para não a primeira fermentação. Em geral, a

grudar muito no começo (separe uma massa dobra de volume, mas isso pode

quantidade equivalente à 3/4 de xícara variar conforme a receita. Fatores

i,
1 •
da farinha para esse fim); deixe a massa como a temperatura ambiente (o
408
descansar por cerca de 15 minutos ideal é que esteja entre l 8ºC e 26ºC)
antes de começar o trabalho de sovar�. e as correntes de ar (que devem ser
1
• No início, ela poderá parecer muito evitadas) também iníluenciam.

1
·
·

grudenta, mas isso pode ser resolvido Observe se há um crescimento

untando-se ligeiramente os dedos anormal. A massa não deve crescer


1 •

1 com um pouco de óleo; à medida além do indicado na receita, ou o pão

1 • que se sova a massa, está-se também não alcançará o resultado desejado.


1
' desenvolvendo o conteúdo de glúten Após isso, transfere-se a massa para a
1
da farinha, o que a tomará mais elástica superfície de trabalho, retira-se o ar

' ( e menos aderente às superfícies (mãos,

supenície de trabalho). O amassar


dando um golpe seco na massa e

dá-se a ela a forma desejada. Nesse

deve ser firme (mas não violento - o ponto, ocorre a segunda fermentação,
400g
termo sovar é simbólico) - e ritmado, em geral mais curta e já com a massa

assim, a massa ficará cada vez mais lisa, na formato final.


o
'"'
macia e elástica. Mas há o momento • Nesse momento, o forno já estará
°"

......
"'
u certo de parar. sendo aquecido. Então, o pão será
·-

• Trabalhar demais a massa pode fazê-la assado, retirado do forno e testado


e
ro
a.
resultar num produto com fermen­ para ver se foi assado por inteiro.
M tação lenta e textura pesada. Dobre, Desenforme o pão e bata levemente

-
o de vez em quando, a massa em sua embaixo dele com o nó dos dedos,
::>
direção; aplique então pressão com o se ele estiver assado o som deverá
a.
m calcanhar da mão na direção oposta ser oco.
u
ao seu corpo; repita a operação várias
vezes, girando a massa 1 /4 de volta Diferentemente do que ocorre ao

cada vez que dobrar. bolo, caso ainda lhe pareça mal assado,

• O próximo passo é a fermentação, o pão pode voltar ao forno.

que se dará em vasilha levemente Um pão deve esfriar completamente

untada ou em superfície polvilhada antes de ser cortado e servido, de

com farinha. Depois da massa ter sido preferência sobre uma grade para que

devidamente trabalhada, forma-se uma esfrie por igual. Essa é sempre a melhor

bola e coloca-se numa vasilha ou forma de fazê-lo e, para armazenar e

supenície coberta com um pano para congelar; é essencial.


409

400g

o
ICO
'-"
co
u
....... -
..._,,,_ . .
.
�-:'-

...... ...-"'-....:,;
. --....__._ e:
co
Cl.

::l
...,

Cl.
ro
u
São massas que seguem os mesmos
princípios da massa básica, porém com

410 algumas possíveis diferenças: podem ser


enriquecidas com gordura, ovos, frutas
etc. (croissant. pães recheados, pane­
tone); podem conter outras farinhas
1� (de centeio, aveia, milho) 9u purê de
vegetais ricos em amido (batata,
mandioca, entre outros); podem ser
feitas a partir de massa azeda (como
será explicado posteriormente).

400g
TIPOS DE PÃO
o
'"'
H HMlNíAÇAO
<..»

"'
RIOI OGICA
u 11

e:
O pão francês das padarias brasileiras
"'
o.. na verdade pouco tem a ver com aquele feito na França.
M
Até cem anos atrás, o pão no Brasil era bem diferente,
com miolo e casca escuros. Naquele tempo, era comum
em Paris um pão pequeno, de miolo branco e casca
"'
u
dourada - o precursor da baguette. Foi na tentativa de imitar
1c11d1111ento 20 unidades de 50 g

INGREDIENTES Numa tigela funda, junte a farinha, o sal e o açúcar'.


kg de farinha de trigo Dissolva o fer·mento na água morna, acrescente 411

l colheres (chá) de sal o óleo e adicione os ingredientes secos.

Incorpore tudo, amassando bem.


1 colher (chá) de açúcar
Coloque aos poucos a água gelada, amassando a
30 g de fermento biológico fresco
massa para que ela fique bem macia e elástica.
375 mi de água morna Transfira a massa para uma superfície de trabalho
1 colher (sopa) de óleo ligeiramente polvilhada com farinha e sove* por

250 mi de água gelada cerca de 1 O minutos (ver· p. 406).


Se preferir: utilize uma batedeir·a com o gancho
farinha de trigo para polvilhar
para massas. Isso irá facilitar o trabalho.

Coloque a massa novamente na tigela e cubra.

Deixe descansar por 30 minutos.

Divida a massa em aproximadamente 20 por·ções 400g

e dê a elas a forma alongada do pão francês.

Arrume os pães em uma ou duas assadeiras. o


ICO
Cubr·a com um pano e deixe a massa dobrar
<O

de volume, por cerca de 1 hora. (.)

Aqueça o forno a 220ºC. Com um estilete (ou e


<O
um bisturi com lâmina 23, ou mesmo uma faca a.

extremamente afiada!), faça um corte raso em


o
cada pãozinho no sentido do comprimento.

Leve ao forno por aproximadamente 30 minutos.


Q_
ro
Prepare um bon·ifador com água filtr·ada. (.)

Assim que os pães começarem a dourar: abra

rapidamente o forno e borrife um pouco


de água sobre eles.

Feche novamente o forno e asse por mais

15 minutos.
Retire do forno e derxe esfriar sobre uma
grade antes de servir ou embalar:
412

1•
1

400g

o
ICO
°"

co
u

·-

e:
co
e.

a.
co
u
rcndimenlo. 3 unidades de 175 g

INGREDIENTES Numa tigela, dissolva o fermento na água morna e

1 O g de fermento biológico fresco leve para levedar ao abrigo do frio e de correntes

50 mi de água morna de ar por 1 O a 15 minutos, quando se formará


uma boa camada de espuma na superfície.
500 g de farinha de trigo 413
À parte, misture os ingredientes secos e junte
10 g de sal
metade da água gelada e o fermento dissolvido.
5 g de açúcar Quando a farinha estiver úmida, coloque a

200 mi de água gelada manteiga e adicione o restante da água.

25 g de manteiga sem sal en pommade* Misture bem até que toda a água tenha

sido absorvida.
farinha de trigo para polvilhar
Trabalhe a massa para que ela fique bem

macia e elástica.

Transfira a massa para uma superfície de

trabalho ligeiramente polvilhada com farinha

e sove* po1- cerca de 1 O minutos (ver p. 408).

Se preferir� utilize uma batedeira com o gancho


400g
para massas. Isso irá facilitar o trabalho.

Coloque a massa novamente na tigela e cubra.


o

Deixe descansar por 30 minutos. ""


'"-'"'
ro
Divida a massa em aproximadamente 3 porções u

e dê o formato alongado da baguette (até 1 m de


e:

comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de altura). ro


o..

Arrume os pães numa assadeira. (V)

Cubra com um pano e deixe a massa dobrar o

de volume, por cerca de 50 minutos.


=
Aqueça o forno a 220ºC. ro
u

Com a ajuda de um estilete, faça 4 ou

5 cortes transversais em cada pão.

Leve ao forno por aproximadamente 30 minutos.

Prepare um borrifador com água filtrada.

Assim que os pães começarem a dourar, abra

rapidamente o forno e borrife um pouco de

água sobre os pães.

Feche novamente o forno e asse por mais

1 O a 15 minutos.

Retire do forno e deixe esfriar sobre uma

grade antes de servir ou embalar.


414

,..

. Pão branco de origem italiana.


1 o filão é alongado, largo e chato:

1· em italiano, "ciabatta" quer dizer


1: "chinelo". Muito usado como pão

para sanduíches. Deve ter casca


.
bem crocante e miolo poroso.

�1
É um pão leve. Parte de uma massa

bem úmida (proporcionalmente

com mais água que a baguette),


400g
o que lhe confere uma textura

aerada.
o
'"'
u..

"'
(.)


·-

e:

"'
o.

-
o

=>

a.

@i

"'
'-'
rer>dime11!0 3 unidades

INGREDIENTES Dissolva o fermento na água morna e leve para

1 1 O g de fermento biológico fresco levedar ao abrigo do frio e de correntes de ar

50 mi de água morna por 1 O a 15 minutos, quando deve-se formar


415
uma boa camada de espuma na superfície.
500 g de farinha de trigo
Numa tigela, misture todos os ing1·edientes
1 O g de sal
(inclusive o fermento).
320 1111 de água gelada Transfira a massa para uma supe1iície de traba­

óleo pa1·a untar· lho ligeiramente polvilhada com farinha e sove*

farinha de trigo para polvilhar (ver p. 408) a massa para que ela fique bem

macia, elástica e mais "seca", por volta de 1 O

a 15 minutos (a massa desse pão é mole -

portanto, aconselhamos o uso de uma batedei1·a

planetária com um gancho).

Polvilhe mais um pouco de farinha se necessário.

Coloque a massa numa tigela untada com óleo


400g
e cubra.

Deixe descansar· por 50 minutos (ou até dobrar


o

de volume). l<O

'-"'
<O
Divida a massa em 3 porções e dê o formato u

retangular e achatado p1·óprio do ciabatta.


e:

Deixe a massa dob1·ar de volume coberta <O


e.

com um pano levemente umedecido, cerca M

de 50 minutos, ainda na superfície de trabalho.


Ao final desse tempo, polvilhe a superfície com

um pouco de farinha e transfira os pães com <O


u

cuidado para uma assadeira.

Preaqueça o forno a 220ºC e asse por

25 minutos.

Prepare um bo1Tifado1· com água filt1·ada.

Assim que os pães começarem a dourar, abra


rapidamente o forno e borrife um pouco de

água sobre eles.

Feche novamente o forno e asse por mais

15 minutos.

Retire do forno e deixe esfriar sobre uma


grade antes de servir ou embalar.
416

re11d1menlu unidades

' ;-'APO
INGREDIENTES l;Juma tigela grande, dissolva o fermento em
30 g de fermento biológico fresco 1 /4 de xícara de água morna.

320 mi de água morna Junte 40 g da manteiga, o mel, o sal, a farinha

de trigo integral e a água morna restante.


60 g de manteiga sem sal en pommade*
Mexa até obter uma massa lisa.
40 g de mel
Acrescente a farinha de trigo aos poucos,
1 colher (chá) de sal misturando bem.

375 g de fai·inha de trigo integral Transfira a massa para uma superfície ligeiramente
400g
750 g de farinha de trigo polvilhada com farinha e sove* por 5 minutos,

ou até a massa ficar firme e elástica (ver p. 408).


50 g de trigo em grão para polvilhar (opcional)
o
""
Retorne a massa para a tigela e unte a
Ü" farinha de trigo para polvilhar
"' superfície da massa com 1 O g de manteiga.
u
Cubra e deixe descansar por 1 hora, ou até
e
(1J
dobrar de volume.
o.
Com o restante da manteiga, unte e polvilhe
M

com farinha 2 fôrmas de bolo inglês de


o

22 cm x 9 cm x 5 cm.

o. Distribua a massa nas fôrmas, deixe crescer


ro
u
por mais 1 hora. ou até dobrar de volume.

Se desejar; polvilhe trigo em grão sobre o pão.

Preaqueça o forno a l 90ºC du1·ante 20 minutos.

Asse o pão por 45 minutos, ou até ficar dourado.

Retire do forno, desenforme e deixe esfriar

sobre uma grade antes de servir ou embalar�


417
1P11d1ml'11 l 11 l unidade

INGREDIENTES Numa tigela, misture as farinhas e o sal.


280 g de farinha de centeio Faça uma cova no meio e coloque

140 g de farinha de trigo o fermento.

Adicione o açúcar. uma pitada de farinha


140 g de farinha de trigo integral
por cima, a água morna e misture.
20 g de sal
Após 5 minutos, acrescente o mel,
15 b de fermento biológico fresco
o leite, o azeite e misture.
2 colheres (sopa) de açúcar Transfira a massa para uma superfície

ligeiramente polvilhada com farinha. 400g


60 mi de água morna
Sove�' por 1 O a 15 minutos até obter
100 mi de mel
uma massa homogênea, elástica e firme o

350 mi de leite morno ICO

(ver p. 408). °"


"'
30 mi de azeite de oliva extravirgem Coloque em tigela coberta com um
u

manteiga para untar pano e deixe crescer por aproximada­ e


ro

farinha de trigo para polvilhar mente 3 horas. o.

Modele a massa e coloque numa fôrma


azeite para pincelar
de bolo inglês de 25 cm x 1 O cm x 5 cm
untada e polvilhada com farinha, cubra
ro
com pano e deixe crescer por mais u

2 horas.
Pincele com azeite.

Asse em forno preaquecido a 200ºC

por aproximadamente 30 minutos.

Retire do forno, desenforme, envolva

o pão em papel-alumínio ou papel­

manteiga e deixe esfriar sobre

uma grade.

Recomenda-se o consumo após

24 horas.
rendimento 2 unidades pequenas

418
)
INGREDIENTES Numa tigela, misture as farinhas de trigo
r 120 g de farinha de t1·igo integral integral, de centeio e de milho, a aveia,
1: 60 g de farinha de centeio o açúca1� o óleo, o sal e a água fervente.
o
Reserve.
"' 30 g de farinha de milho branca
Dissolva o fermento em água morna.
60 g de aveia em flocos
junte à mistura de farinhas.
30 g de açúcar mascavo Mexa bem e acrescente a farinha de

"'
1 colher (sopa) de óleo trigo aos poucos enquanto sova* a

1 colher (chá) de sal massa por 15 minutos (ver p. 408)


numa superfície ligeiramente polvilhada
250 mi de água fervente
400g com farinha (essa quantidade de farinha
1 O g de fermento biológico em pó
basta também para polvilhar).

o
1/2 xícara de água morna Unte uma tigela com óleo e role a
'"'

200 g de farinha de trigo massa nela, para que toda a superfície


"'
o
50 g de gérmen de trigo fique untada.
·-

e Cubra a tigela e deixe a massa descan­


"' óleo para untar
a. sar por 2 horas até dobrar de volume.
M leite para pincelar
Divida a massa em duas partes e forme
o
duas bengalas.
=>
-
Coloque numa assadeira.
a.
"'
o Pincele com um pouco de leite
e polvilhe com gérmen de trigo.
Deixe crescer outra vez, por 1 hora
(ou mais, se estiver frio), até dobrar
de tamanho.
Leve ao forno preaquecido a 1 80ºC
por aproximadamente 45 minutos ou
até que fique dourado e bem assado.
Desenforme e coloque sobre uma
grade para esfriar antes de servir
ou embalar.
419

1cnd1rncnto: 1 unidade pequena

INGREDIENTES Dissolva o leile em pó e o


15 g de leite em pó integtâl fermento em 30 mi de água.

1 O g de fermento biológico fi·esco Junte a farinha, o açúcar e o sal.

Bata a massa na batedeira, acrescen­


180 mi de água morna
tando a água restante aos poucos,
250 g de farinha de trigo
por aproximadamente 1O minutos
30 g de manteiga sem sal en pommadé
em velocidade alta.
1 O g de açúcar 400g
Coloque sobre uma superfície

5 g de sal untada com óleo, deixe descansar


o
coberta por 15 minutos.
15 g de manteiga clarificada"'- para pincelar lctl
e.><
Unte uma fôrma de bolo inglês ctl
óleo para untai· u
de 22 cm x 9 cm x 5 cm e
manteiga para untar e pincelar coloque a massa. e
ctl
CI.
Deixe crescer por 1 hora
M

até dobrai- de volume.


o
Preaqueça o forno a l 80ºC

e asse por aproximadamente a_


ro

Essa massa 35 minutos, borrifando água


pode SCI no meio do processo.
uqd,1 pai a
Desenforme ainda morno
-

íaze1· t1 anças
· ,

e pincele com manteiga.


piiez1nhos
1nd1v1dua1s e Deixe esfi·iar sobre uma grade
bisnagas. antes de servir ou armazenar.
420

PA[S FEi TOS A PAHrm [lf


PHE FfRMENfO OU COM
Ft.RME:NTAÇAO NATURAL

São levedes encontrados nas cascas P�ovavdmcnte. d des,obcr•d


d fe1 MMtJção nd•u 11
de farinhas naturais - sem tratamento
e deu prn JCJ o. qL'11do
(como trigo integral ou centeio) - ou e ob�e1 vou que. de• Jd.l
em frutas secas. Os microorganismos !) tempo, d IWlS'>d í''OC'UZ
bc>'has. exc1 ..V<I ode 1 er1 <::
geralmente presentes na atmosfera
"

resL.!tc1v1 num pac rn,.,, levt


aderem à casca do cereal ou das
H.í cerc.1 de 4500 anos.
400g
frutas no momento em que secam os cgrpcros notJr\,-n qLe.
e se alimentam de seus açúcares. em vez de esper·ar que e

o fermentJção se dcs·�t�

Pães produzidos com fermento natural
csponlancarnentc, eles
<>-
<O são mais saborosos e aromáticos. pod ram iunlar a massa
u
Também são mais pesados, e sua casca recem-prepcll ada um
· -

e pouco de outra JJ
é mais espessa, dando o aspecto de um
fermenlid.i. ..;pr Esxindo.
pão mais rústico (normalmente depois
M des�e modo. o processo
de assados são salpicados com farinha So 1TIL1 o rn,11s L Je. o
de trigo para ressaltar o aspecto rústico). fe• rnento kesco vrn.i .i

�er produz do de '01 rn


a_ O fermento dura por tempo indeter­
<O h dLI tr��'.
u
minado em geladeira acondicionado em

recipiente plástico. Ele deve ser utilizado

pelo menos uma vez por semana;

deixa-se sempre um pouco dele e se

acrescenta mais farinha e água após

cada utilização.
massa- �
. . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... ......... ........
421

madre "esponja"


levain
masa-madre
biga
sta rter

Deve ser- preparada um bom tempo

antes da massa de pão.

Hidrate* 200 g de uva passa em água

filtrada ou mineral. Deixe em lugar

quente e abafado até que pequenas 400g

bolhas apareçam na superfície (entre

8 e 12 horas). Ao fim desse tempo,


coe sobr-e um pano e aperte bem

para aproveitar- todo o suco. A água

resultante é a parte que será utilizada.

Reserve as passas para outro uso.


M
Com uma colher; misture esse suco
o
da uva passa a 250 g de farinha de trigo.
=>
-
Deixe em lugar quente em recipiente a.
ro
plástico tampado. Espere fermentar até u

triplicar de volume (isso pode demorar

de 1 dia, num verão úmido, até 3 dias,

num inverno seco).

Se o fermento não dobrar de volume,

adicione 1 colher de chá de fermento

biológico em pó; isso vai auxiliar o

processo de fermentação.
422

1 e 11 11 1 111 e n l o 1 u n i d ade g r a n de

PREPARO
INGREDIENTES
A f (f 1 Prepare conforme as instruções

50 g de uva passa da p.421.

200 mi de água Quando a massa-madre estiver

pronta para uso, antes de fazer


250 g de farinha de trigo
o pão de fermento natural, não se

esqueça de reservar 20% da massa


400g
para o preparo do seu próximo
30 mi de água
pão (ver passo-a-passo p. 424).
o 50 g de farinha trigo
'"' Para isso, alimente a massa-madre
'-"'
"'
u
acrescentando 100 g de farinha

e 100 mi de água e siga as


e
100 g de farinha de centeio
"' instruções da p. 421.
e.

M
600 g de farinha de trigo comum

15 g de sal
Com os 80% restantes de massa­
20 g de açúcar ou malte
madre. faça o pão de fermento
e.

"'
u 400 mi a 500 mi de água
natural. Numa tigela, coloque a
(depende da qualidade da farinha
massa, junte 30 mi de água e 50 g
e da umidade do ambiente)
de farinha e misture.
farinha de trigo para polvilhar
Cubra e deixe em temperatura

ambiente por- 12 horas ou até

triplicar de volume.

Se não for fazer o pão imediata­

mente. guarde a massa na geladei1·a

antes de colocar para crescer.

A massa dura quatro dias na

geladeira.
423

(.)

Misture a massa-madre aos ingredientes A massa deve dobrar de volume.


do pão. Preaqueça o fomo a 250ºC.
Sove* a massa por 15 minutos sobre Com um estilete ou faca bem afiada,
uma superfície ligeiramente polvilhada faça cortes de 3 mm na superfície do
400g
com farinha (ver p. 408), ou por 8 pão para liberar um pouco do gás que
minutos, em batedeira apropriada. se formou com a longa fermentação.
o

Uma massa lisa e elástica deverá se for­ Isso também evita que a superfície ""
°"

mar (a massa deve soltar-se das mãos). rache quando assar.


ro

(.)

Transfira para uma vasilha, cubra com Borrife água sobre a massa.
e:

um pano úmido e deixe por uma noite Asse por 15 minutos, borrifando água ro

Cl.

em lugar fresco (no máximo l 8ºC) novamente sobre os pães (outras


para fermentar ou sob refrigeração 5 ou 6 vezes). Isso ajuda na formação o

por cerca de 1 6 horas, no espaço de uma crosta crocante.


Cl.
menos frio da geladeira. Reduza a temperatura para 21OºC ro

No dia seguinte, com golpes secos, e asse por mais 30 minutos.


retire o gás que se formou no interior Baixe então para l 80ºC.
da massa. O pão terminará de assar nessa

Trabalhe-a levemente e dê o formato temperatura em cerca de 30 minutos.


desejado (bola, baguette etc.). Deve ficar- bem dourado e parecer
Disponha com cuidado na assadeira. oco ao bater na casca.
Cubra com um pano seco e em Deixe esfriar completamente
seguida com filme plástico. sobre uma grade.
Essa segunda fermentação é feita em Esse tipo de pão se conserva por
temperatura ambiente e leva cerca de mais tempo do que outros pães.
4 horas.
t

o
1
1

1 •

·1
----

----
Método alternativo (e om �uco de maça)
426

INGREDIENTES Limpe a maçã e rale com a casca


1 maçã e as sementes.

50 g de açúcar cristal ou mascavo Mistur·e com o açúcar e despeje

a mistura num pote de vidro.


200 mi de água
Coloque a tampa, mas não feche.

Deixe descansar po r 5 a 6 dias num

400g armário com temperatura amena


e ao abrigo de correntes de ar.

Ao término do período, adicione


o
""
°' a água e misture bem para soltar
"'
o o máximo de fermento nessa água.

Coe a mistura em pano limpo,


e:
"'
n. espremendo bem no final.

Reserve o líquido coado.


o
::>
-
a.
"'
u

' ..
INGREDIENTES Misture o líquido coado com a farinha
400 g de farinha de trigo de trigo e o sal, forme uma massa de

5 g de sal consistência média e deixe descansar

numa vasilha coberta com pano úmido

por 12 horas em local semelhante ao

descrito acima.
427

INGREDIENTES Separe 200 g da massa-madre


400 g de farinha de trigo preparada no item 2, e alimente

200 rnl de água a massa acrescentando mais 200 mi


400g
de água e 200 g de far inha de trigo.
15 g de sal
Depois siga as instruções de preparo
o
do item 2 na p. 426. tm

Alimentando sempre sua massa-mad1·e 'º


u
(ou fermento natural), ela vai durar

muito tempo.
o..
Para fazer o pão, junte à massa-madre M

que sobrou 400 g de farinha, 200 mi


o

de água e IS g de sal. ::>


-

Deixe descansar coberta em tempera­ a.


ro
u
tura ambiente por 1 O horas.

Faça o pão de s ua escolha.


428

Com mais de 2 mil anos de existência, O fermento se incorpora às misturas

a massa azeda é um fermento natural e, na presença de alimento (açúcar),

que foi deixando de ser utilizado, pois, urpidade e calor. a fermentação produz

além de ser delicada e sensível, o tempo o dióxido de carbono, que fica preso

de fermentação é maior; o dobro do à massa fazendo-a crescer.

necessário ao fermento biológico. É, O fermento é muito sensível à tem­

contudo, um método muito interessante, peratura. O ideal é deixá-lo entre 30ºC

que foi mantido por padarias artesanais; e 35ºC. Em temperaturas abaixo de

o pão italiano tão apreciado hoje em 2ºC ele se torna dormente; e acima

dia é um bom exemplo dessa técnica. de SSºC, morre.


400g
O pão italiano é aquele de crosta O sal é utilizado na confecção desses

grossa e dourada, com massa aerada pães por fortalecer o glúten em ambien­
o
""
e sabor ácido. Redondo ou comprido tes ácidos, tornando a massa mais forte
'-""
ro é usado para fazer sanduíche, bruschet­ e elástica.
u
-
..... ta, salada, recheio e sopa. Além disso, o sal atua no controle do
e
"'
A massa azeda é natural e seu preparo crescimento dos pães. Pouco sal não irá

dá-se a partir da fermentação de uma apenas melhorar a textura, mas, por


M

fruta. atuar no controle da fermentação.

A água representa 70% do peso do também fará que ele cresça de maneira
e. fermento, que é composto por células mais uniforme. Muito sal, porém, destrói
"'
u
microscópicas vivas, os fungos. o fermento. A porção ideal é de 2% de

São encontrados em média cerca sal em relação à de farinha de trigo.

de 1 O bilhões de fungos em 1 grama

de fermento.
2 unidades de 250 g

INGREDIENTES 1.6-�SA �ZED/\


MA SA AZEDA Coloque a farinha de trigo na tigela da batedeira,

kg de farinha de t1"igo vá aCt"escentando aos poucos o caldo de cana e

bata até misturar


500 rnl de caldo de cana pum 429
Transfira pa1·a uma vasilha para fermentar em

temperatura ambiente por 7 dias. coberta com


PÃO
filme plástico.
kg de fat"inha de trigo
Sepa1"e 300 g da massa azeda para fazer
20 g de sal
o pão italiano.
300 g de massa azeda
Alimente a massa restante com 400 g de farinha
1 O g de fermento biológico fresco diluído e 400 mi de água e deixe fermentar coberia
em 550 rnl de água morna em temperatura ambiente por mais 7 dias.

farinha de trigo para polvilhar


PAO

Na tigela da batedei1·a, coloque a farinha de trigo,

adicione o sal e mistu1·e.


400g
Acrescente a massa azeda e. aos poucos,

junte o fermento biológico diluído em água.


o
Bata em velocidade baixa por 1 O minutos. ""

°'

Aumente a velocidade. e bata po1· mais 5 minutos. "'

Se preferir� disponha um pouco de farinha numa


C"
supe1fície de trabalho. faça uma cova no meio e ali ro
.,

junte as 300 g de massa azeda e mais o fei-mento (V)

biológico diluído em água, aos poucos. o

Comece a misturar com as pontas dos dedos e,

quando tudo estiver amalgamado. sove* a massa o.


"'

por 20 minutos. até que solte das mãos e fique

lisa e elástica (ver p. 408).

Cubra e deixe descansar po1· 1 ho1·a.

Após esse pe1·íodo, modele de acordo com sua

preferência: bola. filão, baguette.


Coloque numa assadeira.

Cubra e deixe descansar novamente por cerca de

45 minutos. Leve ao forno preaquecido a 1 80ºC

por 45 minutos, ou até ficar bem dourado e


parecer oco ao bater na casca.

Deixe esfriar completamente sobre uma g1·ade.


rGndrn enl 4 unidades

INGREDIENTES Numa vasilha, misture o fermento

20 g de fermento biológico fresco com a água até dissolvei� cubra

65 mi de água morna e deixe descansar por 5 minutos.


430
Adicione 1 colher de chá do açúca1·
50 g de açúca1·
e deixe descansai· mais 1 O minutos.
375 mi de leite morno
Numa vasilha, misture o leite, o sal

1: 15 g de sal e o açúcar restante e deixe em

1 kg de farinha de trigo temperatura ambiente.

Junte essa mistura à de fermento.


I: 500 g de abóbora cozida e amassada
Adicione 2 1 /2 xícaras da farinha de trigo
50 g de manteiga sem sal detTetida
e bata bem até obter uma massa lisa.
J farinha de trigo para polvilhar
Essa etapa pode ser feita numa

1 óleo para untar batedeira tipo Planetária, usando-se

o gancho de massa.

400g Junte a abóbora e a manteiga derretida

e misture bem.

o Adicione a farinha de trigo restante


""
u. e sove* por 1 O minutos até obte1·
"'
o uma massa firme (ver p. 408).

e Coloque a massa numa superfície ligeira­


"'
a. mente polvilhada com farinha e unte
M
o pão com uma fina camada de óleo.
o
Deixar descansar a massa coberta
:::>
-
durante 1 hora.
a.
"'
'-' Trabalhe novamente (pouco) a massa,

cubra e deixe descansar por mais

45 minutos.

Divida a massa em 4 partes, molde,

coloque na assadeira e deixe descansar

por mais 30 minutos.

Asse em forno preaquecido a 21 OºC

durante 20 minutos.

Depois reduza para 1 80ºC e asse por

mais 25 minutos ou até o pão dourar e

estar cozido por dentro.

Deixe esfriar sobre uma grade.


rend mento 1 unidade

431

INGREDIENTES Numa tigela, desmanche


1 colher (sopa) de fermento o fermento no leite morno
biológico em pó e adicione 50 g de farinha.

250 mi de leite morno Cubra e deixe fe1·mentar

po1· 30 minutos.
50 g de fa1·inha de t1·igo
Adicione a mandioca, as gemas,
500 g de mandioca cozida
a manteiga, o sal e o açúcar.
2 gemas Junte aos poucos farinha de
30 g de manteiga sem sal trigo suficiente para dar o

1 colher (chá) de sal ponto e misture com uma

colher de pau até que a massa 400g


50 g de açúca1·
se solte das paredes da tigela.
farinha de trigo suficiente para dar ponto
Coloque numa superfície o

(cerca de 1 l /2 xícara ou mais, dependendo d a ""

ligeiramente polvilhada com "'


mandioca e d a farinha d e t1·igo) {.)
farinha e sove* por 5 minutos
farinha de trigo para polvilhar (ver p. 408). e
"'

Faça bolinhas, distribua numa a.

C"')

assadeira, cubra e deixa des­

cansar a massa por 30 minutos.

Asse em forno p1·eaquecido a._


"'
a 1 80ºC por 35 a 40 minutos u

aproximadamente ou até que

estejam dourados.
rcndm1c r 2 unidades, usa ndo assadeiras de ZZ cm x 35 cm; 1 unidade. usandn assadeira maior

RO
INGREDIENTES
t-1 Faça um vulcão com a farinha de trigo e

500 SI de farinha de trigo coloque no centro o fermento, o açúca1�

20 g de fermento biológico fresco 100 mi de água e misture bem até o

432 fermento dissolver.


1 O g de açúcar
Mislure bem a massa, adicionando a água
300 mi de água morna
restante aos poucos e o azeite, até obter
70 mi de azeite de oliva extravirgem uma massa lisa e elástica.

10 g de sal Co1·te uma folha de papel-manteiga do

azeite para untar tamanho do pão, unte com azeite, coloque

numa assadeira e sobre ela a massa.


•ALMOUR-

20 mi de água ,f,LM()IJR

Numa tigela, misture a água e o sal até


3 g de sal
dissolver. Acrescente o azerte e emulsione"'.
45 mi de azeite de oliva extravirgem
Pincele a massa, cubra e deixe descansar

por· 40 minutos.
400g
PARA AROMAI IZAH
Fure a focaccia, polvilhe o sal grosso e o
sal grosso para polvilhar
alecrim e leve ao forno preaquecido a
o
ICO folhas de alecrim 220ºC po1- aproximadamente 30 minulos.
Ü"

(.) Assim que a focaccia sai1- do forno, pincele

novamente com a salmoura.



J
e.

•-•• -.l"tt.rt.�ft....A �
o

rendimenlo 2 unidades. usando assadeiras de 22 cm x 35 cm; 1 unidade, usando assadeira maior

e.
ro
(.)
INGREDIENTES
recerta da focaccia tradicional

bola de mussarela de búfala em fatias, Faça a receita de focaccia tradicional.

mussarela comum ou outro queijo Antes de assar monte a cobertura:

use todos os ingredientes ou faça


manjericão, alecrim, orégano,
uma selecão.
manjerona ou outra erva desejada
Os ingredientes devem ser
tomatinhos-pêra bem maduros,
enfiados na massa.
cortados ao meio

pimenta-do-reino moída na hora

azeite para pincelar


433

nmrl1me11to 3a 4 unidades de 25 cm de diâmetro. de espessura média ou a gosto

INGREDIENTES Numa bacia, com um ga1io, quebre


100 g de fermento biológico fresco o fermento em pedacinhos, e, com

250 mi de água as mãos, dissolva-o em 50 mi de

água morna.
kg de farinha de trigo
Vá Juntando a fa1-inha de trigo, o óleo,
100 mi de óleo
a go1-dura vegetal, o açúcar e o sal,
400g
20 g de gordura vegetal hidrogenada mexendo bem.
15 g de açúcar Adicione a água restante até obter
o

20 g de sal uma massa lisa e elástica. ""


'-"'
<O
Cubra com pano úmido bem torcido
farinha de trigo para polvilhar o

e deixe descansar no mínimo 2 horas.


e;;

Divida em porções correspondentes <O


Q_

ao número de pizzas e deixe descansar

mais 1 hora. o

Numa superfície ligeiramente polvilhada


Q_
com farinha, abra a massa na espessura <O

desejada e empregue.
Forme a base, justapondo tijolos

refratários na grade inferior de seu

forno ou use pedras redondas para

esse fim à venda no comércio.

Preaqueça o forno a 230ºC por

no mínimo 20 minutos.

Cubra com molho de tomate básico

para pizza (tomate batido no liquidifi­

cador com um pouco de sal) e queijo

mussarela fresco e asse.


Enriquecidos

O croissant, pão enriquecido e massa semelhante à folhada, é ideal para


popular na França, teve, na verdade, ser servido no café-da-manhã, puro ou
sua origem na Áustria do final do com geléia. Há duas variações populares:
século 17. o croissant com amêndoa e o pain au
434
Foi Maria Antonieta quem introduziu chocolat (em que a mesma massa é
esse pão na França por volta de 1770. recheada com palitos de chocolate
O formato tradicional do croissant é o meio amargo e modelada em forma
de uma lua crescente. Feito com uma de envelope).

rend1menlo. 20 unidades !aproximadamente)

1 rll Sl
INGREDIENTES Numa superfície plana, junte 540 g
700 g de farinha de trigo de farinha de trigo e o sal.

400g 15 g de sal Abra uma cavidade no centro e coloque


o fermento, o açúcar e 2 colheres de
1 O g fermento biológico
sopa de leite.
o fresco esfarelado
""
Com um garfo, misture somente os
ro 40 g de açúcar
u ingredientes do centro até formar um
250 mi de leite morno mingau, cubra e deixe crescer por
e
ro
e. 2 ovos 15 minutos.
M
50 g de manteiga sem sal derretida Em seguida, misture aos poucos a farinha
o que ficou em volta e junte o leite
300 g de manteiga sem sal gelada ou
restante, 1 ovo e a manteiga derretida
e. congelada
ro (reserve 1 colher de sopa).
u

Misture e sove'* por 1 O minutos até


a massa ficar homogênea (ver p. 408).
Se precisar, acrescente a farinha restante
aos poucos (às vezes não é preciso
acrescentar toda a farinha).
Transfira para uma tigela polvilhada com
um pouco da farinha de trigo reservada,
cubra e deixe crescer por mais 1 hora .

Enquanto isso, coloque 300 g de manteiga


gelada numa superfície levemente polvi­
lhada com farinha e abra com um rolo
até formar um quadrado de 15 cm de (aquele sem manteiga) sobre o te1-ço
lado. Volte a manteiga à geladeira por do meio com manteiga; dobre então
50 minutos. o terceiro terço sobre a parte
Coloque a massa numa supe1iície previamente dobrada, que será uma
435
polvilhada com farinha, sove�' por superfície só de massa (ver p. 459).
2 minutos e abra no formato de um A manteiga fica assim "envelopada"
quadrado de 30 cm de lado. entre as camadas de massa.
Coloque a manteiga no meio desse Gire a massa 1 /4 de volta, ou seja,
quadrado formando um losango (deixe com a parte mais longa paralela à
1 cm de borda). dobre as pontas da borda da superfície de trabalho.
massa em direção ao centro, esconden­ Abra novamente um retângulo de
do a manteiga, e cubra com um filme 30 cm x 80 cm (só que dessa vez faça
plástico. Leve à geladeira por 15 minutos. no sentido contrário, após o primeiro
Retire o filme a abra a massa nova­ quarto de volta dado na massa; isso
mente formando um retângulo de serve para espalhar a manteiga de
30 cm x 40 cm. Dobre em quatro, forma mais homogênea entre as
400g
com as pontas em direção ao centro camadas de massa).
(como um guardanapo) no sentido Leve à geladeira por 30 minutos.
o
do comprimento. Repita o processo mais uma vez. '"'
'-"

Leve à geladeira po1- mais 15 minutos. Abra a massa na forma de um "'


u

Retire e repita o processo mais uma retângulo de 40 cm x 60 cm e divida


e

vez, ou seja, 3bra a massa, dobre em em triângulos, dando o melhor "'


a.

quatro e leve à geladeira. aproveitamento possível, pois a massa


Abra a massa no formato de um não poderá ser aberta novamente. o

quadrado de 40 cm de lado e divida Enrole a massa a partir do lado mais


em triângulos, dando o melho1- largo do triângulo e, para finalizar, <O
u

aproveitamento possível pois a massa faça uma leve curvatura (meia-lua).


não poderá ser aberta novamente. Arrume os croissants numa assadeira
Enrole a massa a partir do lado mais untada com a manteiga reservada e
largo do triângulo e. para finalizar, forrada com papel-manteiga untado.
forme uma leve cu1-vatura (meia-lua). Bata o ovo restante e pincele os
Se preferir outro método, abra a massa croissants.
num retângulo de 30 cm x 80 cm e rale Deixe crescer por 35 minutos (mais
a manteiga congelada sobre 2/3 da 15 minutos se o tempo estiver frio).
massa, tomando cuidado para deixar as Asse em forno preaquecido a 200ºC
bordas livres ( 1,5 cm aproximadamente). por 35 minutos ou até dourar:
Dobre inicialmente 1/3 da massa Sirva morno ou frio.
436

1end1mcn•1 2 unidades

400g
INGRfDIENTES
250 mi de leite
o
""

100 g de açúcar
u
30 g de fe1·mento biológico fresco

1,75 kg de farinha de trigo

190 mi de manteiga clarificadat

o
raspa de 1 limão-siciliano e 1 laranja

250 mi de mel
Cl.
"'
u
4 ovos

2 gemas

5 mi de essência de panetone

2,5 g de sal

SOO g de fruta ci-istalizada

(incluindo uva passa)

200 g de amêndoa em lâminas

ligeiramenle tostada

farinha de trigo para polvilhar


437

Numa panela, misture o leite manteiga e mel, sem parar será mais lento, o que melho-
e o açúcar e leve ao fogo até de bater com um fouet'-', os ra o sabor da massa).
40Dg
amornar. Não deixe fervei� ovos, as gemas e a essência Em seguida, abra a massa
Se isso acontecei� deixe arre- de panetone. Rese1-ve. grosseiramente com as mãos
o
fecer até uma temperatura À parte, peneire numa Ligela e espalhe a fruta cristalizada ""
..,,.
tolerável ao contato com a farinha de trigo restante (e um pouco da amêndoa, m
u

a ponta dos dedos. com o sal. se desejar).


Transfira par& uma tigela, Incorpore à massa já crescida Enrole-a como um rocam-
junte o fermento e mexa até ao creme de ovos, alternando bole, divida a massa ao meio M

dissolver. Adicione 1 xícara com a farinha de trigo e e distribua em 2 fôrmas de o

de farinha de trigo e mexa misturando sempre. papel próprias para panetone -


:::>

até ficar hom::>gêneo. Em seguida, transfo- a a massa com capacidade para SOO g
a.
m
u
Cubra a tigela com filme para uma superfície ligeira- cada uma. Coloque a massa
plástico e deixe crescer por mente enfarinhada e sove* até a metade da altura das
30 minutos em temperatura por 15 minutos (ver p. 408), fôrmas e deixe crescer por
ambiente. ou até soltar das mãos. mais 1 hora.
Enquanto isso, coloque numa Coloque a massa numa tigela, Polvilhe com a amêndoa,
panela a manteiga, as raspas cubra com o filme plástico pressionando para poder
de cítricos e o mel e leve e deixe crescer mais 45 aderir bem à massa.
ao fogo até levantar fervu1·a. minutos em temperatura Preaqueça o forno a
Retire e espere amornar ambiente ou de um dia l 70ºC e asse por 1 hora
um pouco. para o outro, em geladeira e 1 5 minutos, ou até os
Junte a essa mistura de (o processo de fermentação panetones dourarem.
Brioche (e v1maçoes)

Lenda ou não, são bem conhecidas

as palavras de Maria Antonieta, mulher

438 de Luís XVI, às vésperas da Revolução

Francesa, quando se perguntava pela


m
razão dos clamores populares. "Eles não

têm pão, alteza", explicaram. Ao que a

() rainha retrucou perplexa: "Por que não


<>
comem brioches?"

O pão chamado brioche apareceu

m pela primeira vez no início dos anos

1400, e a sua origem é controversa.


<>

Q) A versão mais aceita é a de que a

palavra "brioche" vem do verbo francês

"broyer", que significa "moer", "triturar".


400g O brioche pode ser moldado

de várias maneiras, embora a mais


o tradicional seja fazê-lo numa forminha
""

U<
um pouco maior que a de empada, com
"'
u
duas bolas, sendo uma sobreposta à
e outra. Tradicionalmente, o brioche é o
"'
a.
pão que se serve com chá. Pães como
M

o escargot danois (em forma de caracol,


o
recheado com creme de amêndoa e

a.
passa) partem da mesma massa.
m
u Contudo, seu uso na culinária é muito

mais vasto. Com a massa que dá origem


ao brioche nós podemos fazer uma

crosta para um filé, por exemplo.

Podemos tanto usá-la aberta para servir


um salpicão ou outra salada, como

podemos fazer inúmeras sobremesas,

como os babas ao rum e os savarins.


rendimento: 20 unidades individuais ou 2 grandes

h fil
INGREDIENTES Numa panela, aqueça a 32ºC o leite e o
439
60 mi de leite açúcar. Misture bem e adicione o fermento.

1 O g de açúcar junte 1 ovo, 1 1 O g de farinha e o sal e

misture tudo com uma colher de pau


15 g de fermento biológico fresco
(ou na batedeira Planetária) até a mistura
4 ovos
estar macia. u

460 g de farinha de trigo Adicione devagar os ovos e a farinha


15 g de sal restantes e a manteiga.

120 g de manteiga sem sal derretida Bata a massa manualmente até ficar macia
e ligeiramente brilhante.
manteiga sem sal para untar
Coloque a massa para descansar em vasilha
farinha de trigo para polvilhar
untada, coberta, num local quente por
1 gema para pincelar mais ou menos 45 minutos ou até dobrar
400g
de volume.

Abra a massa numa superfície generosa­


o
mente polvilhada com farinha, sovando-a* ICO

rapidamente por 5 minutos (ver p. 408), co


u

cubra com filme plástico e reserve na


<=
geladeira por no mínimo 6 horas, ou por co
e.

toda uma noite até dobrar de volume. M

Ao fim desse tempo. divida a massa e mol­ o

de-a no formato desejado (brioche à tête ::>


....

grande, individual nas respectivas fôrmas:


e.
co
u
brioche em forma de pão; escargot aux

amandes: brioche de Nanterre etc.).

Deixe voltar à temperatura ambiente

e crescer� cerca de 1 hora e 30 minutos,

ou menos, dependendo do clima.


Preaqueça o forno a 200ºC.

Pincele a massa com a gema e asse por

aproximadamente 20 minutos para os indi­

viduais e 45 para os grandes ou até dourar.

Deixe amornar. sirva ou congele


nesse momento.
1 enrlimcnln 12 unidades de 6 c1n de diâmetro ou 8 grandes com 10 cm
440

INGREDIENTES Misture no processado1- a farinha de

150 g de farinha de amêndoa ou amêndoa amêndoa, o açúca1� a manteiga e os

sem pele, moída no processador ovos e leve à geladeira por 20 minutos.

com 1 colher (sopa) de açúcar Com a massa de brioche ainda gelada,

180 g de açúcar abra um retângulo de 25 cm x 40 cm.

Espalhe o recheio de amêndoa chegando


1 00 g de manteiga sem sal
quase até as bordas.
3 ovos
Faça um rocambole no sentido do
300 g de massa de brioche (ver p. 439) comprimento (ele deve ficar longo

400g 1 xícara de água quente e não gordo).

200 g de açúcar cr;stal Leve à geladeira por 1 hora. no mínimo,

coberto com um pano úmido torcido.


o manteiga sem sal para untar
""
,,..
Ao fim desse tempo, corte fatias de 2 cm
m farinha de trigo para polvilhar
u de espessura e disponha em assadeira
1 gema misturada a 1 colher (chá) untada e polvilhada com farinha.
('"
"' de leite pai-a pincelar Cubra com um pano levemente umede­
CJ

cido e deixe as roscas crescerem por

40 minutos.

Preaqueça o forno a 200ºC.


e.
"' Pincele a massa com a mistura de
u

gema e leite e asse por 30 minutos.

Enquanto isso, esquente a água até

quase ferver.

Retire do fogo e jogue por cima


do açúcar cristal.

Quando os pãezinhos (chamados

também de escargots danois) estiverem

assados e dourados, retire do forno

e pincele imediatamente com a calda

de açúca1�

Deixe esfriar e sirva, ou congele.


1 11 111 24 unioadcs (aproximadamente)

INGREDIENTE Misture tudo numa tigela, forme


480 de farinha de trigo os pãezinhos com o auxilio de 441

500 mi de leile duas colhe1-es de sopa sobre

uma assadei1·a untada.


10 g de sal
Asse em forno preaquecido a l 90ºC
50 z de manteiga sem sal
por aproximadamente 20 minutos,
" colhe1·es (sopa) de fermento em pó até que estejam corados (devem ter
manteiga sem sal pai-a untai- uma cor dourada por baixo, mas não

mais escura que isso).

1e11d1111e11w. 24 unidadP.s (aproximadamente)

400g

INGREDIENTES Peneire a farinha, o fermento, a canela,


o
400 g de farinha de trigo a noz-moscada e o açúcar dentro de ""
°'

1 e 1/2 colher (sopa) de fet"mento em pó uma tigela g1-ande. <tJ

Numa panela pequena, derreta a manteiga


2 colheres (chá) de canela em pó
e o mel em fogo baixo, mexendo sempre,
1 colher (chá) de noz-moscada ralada
até obter um líquido homogêneo.
40 g de açúcar Retire do fogo. o

155 g de manteiga sem sal Bata os ovos com o leite.


CL

3 colheres (sopa) de mel Faça uma cova com os ingredientes secos ro

e nela despeje de uma só vez a mistura


2 ovos
de manteiga e mel, a mistura de leite e
170 mi de leite
ovos, e os pedaços de maçã.
3 maçãs verdes sem casca, Mexa apenas até os ingredientes esta1·em
em pedaços pequenos combinados. Não mexa demais - a mistu­

1 colher (chá) de canela em ra deve ficar com grumos.

pó e açúcar para polvilhar Unte as foi-minhas para muffins e encha-as

manteiga sem sal de1Tetida para untar até cerca de três qua1-tos do volume.

Polvilhe com o açúcar mistu1-ado com a

canela e leve ao forno preaquecido a l 80ºC

por 20 a 25 minutos aproximadamente.


ren<limen o 24 unidades (aproximadamente)

INGREDIENTES
250 mi de lert:e

190 mi de óleo ou manteiga clarificada* Ferva o leite, o óleo (ou manteiga)


e a água e escalde* o polvilho.
250 mi de água
Depois de escaldado, misture os ovos, um
600 g de polvilho doce
a um, o queijo e sal até formar uma massa.
442 5 ovos Faça bolinhas e disponha em assadeira untada.
600 g de queijo-de-minas curado ralado Asse em forno preaquecido a 180ºC po1·

sal (conforme teor de sal do queijo) aproximadamente trinta minutos.

manteiga sem sal para untar

rendimento 20 unidades (aproximadamente)

INGREDIENTES Numa batedeira, bata bem os ovos até ficarem


2 ovos bem leves, acrescente o açúcar e continue batendo.

400g 200 g de açúcar junte a manteiga, o leite, as batatas amassadas


e a baunilha.
50 g de manteiga sem sal derretida
Bata até tudo ficar bem incorporado. Reserve.
o
'"'
200 mi de leite
Numa tigela, peneire a farinha de trigo, o sal,
"'
150 g de batata cozida e amassada o fermento e o bicarbonato.
u

·- 2 colheres (chá) de essência de baunilha Junte à mistura reservada e amasse bem.


e.

"'
a. 450 g de farinha de trigo Coloque a massa num saco plástico e leve à
geladeira por 12 horas.
10 g de sal
o Retire da geladeira metade da massa, abra com
=> 2 colheres (chá) de fermento em pó
-
um rolo sobre uma superfície polvilhada com
"'
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio farinha até obter a espessura de 1,5 cm.
u

farinha de trigo para polvilhar Corte com um cortador* ou com um copo

óleo para fritar de 1O cm de diâmetro.


Se quiser; faça o furo no meio cortando um
açúcar de confeiteiro para polvilhar
disco com um copo de licor.
200 g de chocolate meio amargo derretido
Frite em óleo bem quente até que estejam
em banho-maria* para a cober tura
bem dourados.
Polvilhe açúcar de confeiteiro ou cubra com
chocolate derretido.
Abra, corte e frite a massa restante.
Pode-se também rechear com creme pâtissiêre
(ver p. 478).
443

rendimonto 32 unidades

'.\

INGREDIENTES Numa panela, misture a manteiga

200 g de manteiga clarificada'� (reserve 1 colher de sopa), o leite

120 mi a 190 mi de leite (dependendo e a água e leve ao fogo até ferver.

do tamanho dos ovos) Acrescente de uma só vez 1 xícara de

fubá, a farinha de trigo, o açúcar e o sal.


1 xícara de água
Mexa vigorosamente e cozinhe por
220 g de fubá fino mimoso
20 minutos, sem parar de mexer,
150 g de farinha de trigo ou até obter um mingau encorpado. 400g
100 g de açúcar O fubá deve ficar bem cozido como

1 O g de sal se fosse uma polenta.


o

Retire do fogo e deixe esfriar por lCO

6 ovos
co
30 minutos. u

íubá para polvilhar


Preaqueça o forno a l 70ºC.
e:

Em seguida, adicione os ovos, um a um, co


a.

mexendo sempre, até a massa ficar CV)

macia e um pouco mole. o

:::>
Umedeça uma tigela com água e -

a.
polvilhe com fubá. co
u

Coloque na tigela pouco mais que

1 colher de sopa de massa e gire a

tigela para formar a broinha.

Repita isso com o restante da massa.

Disponha as broas em 2 assadeiras

untadas com a manteiga reservada.

Repita a operação até a massa acabar.

Sempre que necessário, umedeça um

pouco a tigela e coloque mais fubá.

Leve ao forno por 45 minutos a 1 hora,

ou até as broas dourarem.


pesar de estar aqui inserida Com farinha, manteiga, açúcar e ovos

como parte da formação de um bom pode-se fazer; por exemplo, uma massa

446 cozinheiro, a confeitaria é uma de torta que desmanchará na boca

"ciência" bem diferente da cozinha ou uma extremamente crocante, um

quente (salgada). Pouco se consegue biscoito amanteigado, um bolo bem

relacionar suas técnicas e prepares com macio e denso ou um pão-de-ló bem

outros pontos já citados neste livro. fofo e sequinho. � a lista continua.

Por isso, costuma-se dizer que um O que vamos mostrar neste capítulo

chef deve escolher entre a cozinha é como agem os ingredientes e como

quente e a confeitaria, pois, se eles se comportam em diferentes

escolhesse os dois, levaria tempo demais proporções, sob diferentes técnicas

para aprender. Pode não ser exatamente e segundo os diferentes métodos

assim, mas isso ilustra a complexidade de cocção.

400g deste capítulo. Aqui falaremos da Pode-se classificar os ingredientes

confeitaria básica e das receitas da confeitaria em: estruturais (esta­

e técnicas que todo cozinheiro bilizadores); amaciadores; edulcorantes;

ru deve conhecer. fermentos (químico, físico e orgânico);


�·

<l>
...
Na confeitaria, uma vez iniciada a espessantes; e aromatizantes. Conhecer
e
cocção, a maior parte das receitas não o papel de cada ingrediente numa

pode mais ser manipulada. Por exemplo, receita é fundamental.

assim que a massa de um bolo está Cabe lembrar que um mesmo

pronta e é levada ao forno, não se pode ingrediente pode ter mais de uma
a.
ro mais mudar a receita. Por isso é muito função numa receita. Num bolo,
u

importante usar pesos e medidas exatas por exemplo, o açúcar age ao

para conseguir um bom resultado. mesmo tempo como edulcorante

Além disso, são diversos fatores que e amaciador (conforme se verá

iníluenciam no resultado final de uma mais adiante).

produção, como os ingredientes, suas

proporções, os processos e a cocção.


INGREDIENTES ESTRUTURAIS 447

( d 1u�)

Como o próprio nome indica são

os ingredientes que dão estrutura,

corpo, à receita. Os mais usados são

os ovos, pelas suas proteínas, que na

presença de calor enrijecem; e as

farinhas, principalmente a de trigo, que

além de conter amido, é rica em glúten,

uma proteína. Na presença de líquido,

o glúten forma redes e, em contato

com o calor. enrijece, formando uma

massa firme. Quanto mais se trabalha a 400g

massa, mais redes de glúten se formam.


O que se faz na confeitaria ao criar

massas, é adicionar a essa mistura

ingredientes que a deixem mais macia,

aerada e saborosa. O tempo de

manipulação é determinante, pois,

quanto mais se trabalha a massa, mais


o

o glúten desta se desenvolve. :o


-

As produções podem ter: a.


rn

• apenas farinha de trigo ou farinha u

mais ovos em pequena quantidade

(biscoitos, massas de tortas);

• farinha em pequena quantidade

mais ovos em grande quantidade

(pão-de-ló);

• farinha e ovos na mesma proporção

(bolos com gordura).


448
- ·- ·--�

Sã.o ingredientes que deixam as líquido para formar as redes de glúten.

massas tenras e úmidas e agem como Havendo menos glúten desenvolvido,

amaciadores: a estrutura fica mais delicada e a massa

mais macia. Além disso, o açúcar também

orei 1 1 capta umidade, por isso as massas que

Manteiga, margarina, óleo. gordura contém açúcar são mais úmidas.

vegetal deixam a massa mais fácil de

trabalhai; tornam o produto final mais li 111 l l

tenro e úmido e agregam sabor (princi­ Quando bem balanceados. os líquidos

palmente a manteiga). A gordura imper­ agem como agentes amaciadores.


400g
meabiliza a farinha, quebrando as longas Deixam o produto mais úmido e.

redes de glúten da massa e deixando-a portanto, mais macio. Porém. se o

mais quebradiça e macia. Além das líquido for usado em quantidade maior

gorduras e óleos normalmente utiliza­ que a necessária, a massa se tornará

dos, queijos cremosos, creme de leile, mais dura. Isso se dá porque o contato

gemas e leite, por conterem quantidade da farinha com o líquido favorecerá o

considerável de gordura, podem exercer desenvolvimento das redes de glúten. o

a mesma função. que deixará a massa muito estruturada

e, conseqüentemente, muito dura.


a.
"'
f ÇllC ll"l
u

Açúcar, mel, caldas, melado deixam o 11

produto final mais tenro. Ao entrar em São os açúcares (açúca1; calda de

contato com a farinha e o líquido de uma açúca1; mel e melado) que dão o sabor

receita, o açúcar se dissolve e "capta" doce às receitas e agem como amacia­

moléculas de água antes da farinha. dores. Além da doçura, cada tipo de

Dessa forma, a farinha fica com menos açúcar tem sabor e cor característicos.
449

Introduzem na massa gás carbónico,

o qual dá uma textura aei-ada às Chamamos de fe1·menlo físico o

produções. Há 3 tipos de fermento: efeito que ocorre pela expansão do

quimico; vapor ao ser liberado no interio1- das

físico; massas quando aquecidas. Por exemplo,

orgânico. numa massa folhada o vapo1- fica "p1·eso"

entre as camadas de manteiga

e conscqüentemente faz com que

São o bicarbonato de sódio e o as camadas de massa se separem

fermenlo quim1co em pó. A mistu1·a e cresçam. Este efeito também ocorre

de um produto alcalino (bica1-bonato quando batemos claras de ovos ou 400g

de sódio) com um ácido (geralmente ovos inteiros, incorporando-lhes a1'.

p1-esente na receita ou, no caso do Ao adicionai-mos essas claras ou ovos

fe1-mento quimico em pó, já presente batidos a uma massa (de pão-de-ló,

na sua fo1·mulação), fazem com que gás por exemplo), o ar contido neles se

carbónico seja produzido dentro da expandirá ao aquecermos a massa

massa (em contato com um líquido). e fará com que a massa cresça.

Quando levamos a massa ao forno, este Muitas vezes combinamos fermentos


o
gás expande preso nas redes de glúten, químicos com fermentos fí.;icos (caso de

fazendo com que a massa cresça e fique alguns bolos com adição de go1-dura). Cl.
m
com uma textura aei-ada.

Ve1- p. 402.
450

ESPESSANTES
São ingre dien tes que dão co1·po e Amido de milho e araruta
textura a cremes, cal das, pudins e fians. Possuem alto po der espessante e
Os mais usados são: ovo, gelatina e am i ­
precisam ser diluídos em líquido frio
dos (farinha de trigo, farinha de a1Toz, anles de serem incorporados à mistura
amido de milho e araruta) . que se deseja espessar'. Dão um efeito
Conhecer as características de cada translúcido à produção e são ótimos
um deles é impor ta nte para que se para espessar líquidos transparentes
possa escolher o espessante mais (à base de sucos ou vinho, por exemplo).
adequado, a quantidade a ser util izada , Também são indicados para o uso em
a manipulação correta e o tipo de fians ou curds (como o creme de limão
400g
cozimento (direto no fogo ou em num recheio de torta), pois, se adici ona ­

banho-maria*). dos ao líquido na proporção correta,

após esfriarem, dão uma textura de


corte. Mas não são muito adeq uado s
para sei-em usados em grande
quantid ad e em p roduções nas quais

se deseja obter um resultado mais

cremoso (como no creme pâtissiere) ,

pois resulta num aspecto "quebradiço".


o.
ro
u
451

F 1nlla riE: t1 iqo Gc l rnna


Deve ser 1nco1·porada colocando-se Proteína animal encontrada nos ossos,
o líquido na farinha aos poucos e a gelatina, dependendo da quantidade
mexendo constantemente, para que usada, pode apenas estabilizar mousses
não se formem grumos. Quando a de frutas ou espumas ou firmar comple­
receita pedir açúcar, este pode ser tamente um creme, deixando-o com
misturado primeiramente à farinha uma textu1·a de corte. A gelatina deve
para facilitar o trabalho. A farinha de ser sempre hidratada'' e d1ssolv1da
tngo possui alto poder espessante e antes do uso.
dá um efeito mais "cremoso" à receita
400g
que o amidc de milho ou a a1·arula.

Porém, deixa a produção opaca.

É po1· isso muito usada para cremes

e pudins à base de leite. Por ter sabor

residual inlenso, quando queremos

um creme muito espesso é mais

interessante combinar essa farinha

com outro espessante, para obter a o

consistência desejada (como o creme


Cl.
pâtissiere, que leva gema e farinha <"O
o
como espessante).

Ovos (111teiros ou apenas gemas)


Possuem um poder espessante menor

que os amidos e as farinhas e mudam


a cor e o sabor das produções com eles

espessadas. Quando usados como único

espessanle da receita, dão a consistência

de nappé*.Também podemos usar os


ovos (ou apenas as gemas) em conjunto

com outros espessantes.


452 Ingredientes que dão aroma e sabo1- às

1-eceitas. Extratos naturais ou a rtificiais,

chocolate , rrulas oleaginosas"'-. especiarias,

sucos e polpas de frutas etc. Em geral.

são usados em 12equena quantidade e

não alte1-am significativamente a receita.

A tabela abaixo mostra que u m ing1-e­

diente pode Ler mais de uma função:

400g A11lf\: 'l/fl� l F llll� AR lJIDI

A11 1t: '

l\d1 l

1 •' l!I l1qu11

l\m1 11 u1111 ft' m


o

gema
a_

ro
u
São feitas normalmente à base de Ao abri-la pode-se ver as "manchas" de

farinha de t1·igo, manteiga e algum manteiga. Esses pedaços de manteiga

elemento liquido para dar liga (água, que não fo1·am incorporados farão que
453
ovos ou leite). Podem ser crocantes se formem camadas de gordura entre

ou arenosas (que desmancham na as camadas de farinha. Ao assai� o vapo1-

boca), doces ou salgadas. A proporção desprendido das camadas de farinha

dos ingredientes na receita e, funda­ ficará "preso" entre as camadas de

mentalmente, a técnica ulilizada para manteiga, formando folhas de massa

incorpo1-á-los definirão se a massa é separadas po1- camadas de a1� exata­

leve e crocante, ou leve com Lextura mente o que dá a textura crocante.

que derrete na boca, ou ainda uma (É importante ler e execular a 1-eceita

massa pesada (du1-a), que fica no meio para entender melhor.)

do caminho sem outro atrativo além

de servir de base para o recheio.


Desmancham na boca. Deve-se usar 400g
manteiga en pommade"'· Assim, ela ficará

bem misturada aos ingredientes secos,

São feitas com a manteiga gelada impermeabilizando-os. Com isso, apenas

(ma1-garina não funciona para esses redes de glúten cu1-tas (e em pouca

casos, pois não dá sabor nem textura), quantidade) se formarão, tornando a

que deve ser inco1-porada aos ingredien­ massa bem quebradiça.

tes secos (farinha. açúcar; sal etc.) de Tanto nas massas arenosas como nas
o
maneira que se distribua em pequenos crocantes é muito imporlante que o
::J
-
pedaços no meio da farinha. A manei1-a ingrediente líquido seja usado apenas
Cl.

"'
mais fácil de fazer isso é juntando peda­ em quantidade suficiente para ligar a <.:>

ços bem gelê.dos de manteiga aos ingre­ massa, liberar vapor e da1--lhe estrutura

dientes secos e apertando (beliscando) depois de assada. Líquido em excesso

a manteiga com as pontas dos dedos, deixará a massa dura.

para dividi-la em pedaços menores, sem Também se deve lembrai- que, dife­

que estes se mistu1-em à farinha (um rentemente do pão, não se quer urna

processador também pode ser utilizado, massa elástica e estruturada, por isso

pois cortará a manteiga em pedaços não se deve nunca trabalhá-la demais.

menores). Dessa forma, na hora de for­ Dessa forma, o glúten não se desen­

mar a massa (acrescentando o elemento volverá em demasia. A manipulação

líquido para dar liga), tem-se pequenos deve ser apenas o suficiente para

pedaços de rianteiga no meio da massa. formar a massa.


1c1 d1 ent•1 1 torta aberta de 23 cm rtc cl1ametro (aproximadamente}

454

IN. r r··-r� Peneire junlo a fa1-inha, o açúcar

250 ó de farinha de lrigo e uma pitada de sal.

l [ r de açúcar AGrescente a manteiga dividida em

pedaços pequenos, incorporando-a


125 g de manteiga sem sal gelada
com a ponta dos dedo s, até formar
1 OVO
uma farofa.
2 colheres (sopa) de água gelada Acrescenle o ovo e a água e amasse

sal com delicadeza apenas até formar

farinha de trigo para polvilhar uma massa.

Embrnlhe em filme plástico e deixe


400g descansar na geladei ra por no

mínimo 30 minutos.

Ab1-a numa supe 1iíci e lígei1-amente


polvilhada com farinha.

rendtm�nto l torta aberta de 23 cm de diâmetro (aproximadamente}


a_
"'
<..>

INf�Frlr ,--� Peneire juntos a farinha. o açúcar

250 g de farinha de lrigo e uma pitada de sal.

125 g de açúcar Acrescente a m anteiga e o ovo


e am as se com delicadeza apenas
125 g de m an teiga sem sal
até formar uma massa.
en pomm ade*
Embrulhe em filme plástico e
ovo
deixe descansar na geladei ra
sal por no mínimo 30 minutos.

fa ri nha de trigo para polvilhar Abra numa superfície ligeiramente

polvilhada com farinha.


renúrmcn111 1 torla aberta de 73 cm de diâmetro (aproximadamente)

455

INGREDIENTES Peneire junto a farinha, uma


220 g de farinha de trigo pitada de sal, o açúca1- e o cacau.

100 g de açúcar de confeiteiro Junte a manteiga, incorporando - a

com a ponta dos dedos alé


25 g de cacau em pó
formar uma farofa.
130 g de manteiga sem sal gelada,
Acrescente o ovo e amasse
em pedaços pequenos
com delicadeza até formar
ovo uma massa.

sal Embrulhe em filme plástico

farinha de trigo e deixe descansar na geladeira

por no mínimo 30 minutos. 400g


para polvilhar
Abra numa superfície ligeira­
mente polvilhada com farinha.

rendimento 1 torta aberta de 23 cm de di5metro laproximadamentcl

::1
INGREDIENTES Misture a manteiga, o açúcar,
Cl.

150 g de manteiga sem sal a farinha de amêndoa e uma ro


u

en pommade* pitada de sal.

90 g de açúcar de confeiteiro Acrescente o ovo e a farinha

de trigo e amasse com


30 g de farinha de amêndoa
delicadeza apenas até
1 ovo
formar uma massa.
250 g de farinha de trigo Embrulhe em filme plástico
sal e leve à geladei1-a para

farinha de trigo para polvilhar descansar po1- no mínimo

1 hora.

Abra numa superfície ligeira­

mente polvilhada com farinha.


456

PATE A CHOLX

Extremamente versátil, é a massa das O forno deve estar bem quente no

bombas, carolinas e profiteroles. À base início do cozimento (220ºC) para que

de água, manteiga, farinha e ovos, resulta se forme o máximo possível de vapor

num produto final aerado e leve. e a massa ganhe muito volume e fique

Quanto mais ovos forem incorporados oca por dentro.

à massa, mais leve ela se tornará, mas

se deve sempre incorporá-los aos Depois disso, é preciso reduzir a

poucos, para ter certeza de que serão temperatura do forno para l 80ºC.

400g absorvidos. O resultado é uma massa para que a pâte à choux seque bem

mole, po1- isso, para se obter o formato po1- dentro.

desejado, o ideal é usar um saco de

confeiteiro. Lembre-se de que uma pâte Ela deve sair do forno completamente

à choux bem feita no mínimo dobra de dura, pois amolece ligeiramente quando

volume no forno. A massa crua deve se1- esfria. Caso fique mole demais, pode

imediatamente modelada e assada ou sei- levada novamente ao forno para

congelada, antes que uma película se terminar de secac


o
forme na supe1fície (a massa não deve

Cl.
ser refrigerada). Se for congelada crua Depois de assada pode ser congelada
ro
<..> e modelada, deve ser assada ainda sem recheio. Depois de recheada,

congelada (nesse caso, o tempo de a patê à choux deve ser servida no

cocção será ligeiramente maior). mesmo dia.


457

8 unírlades grandes

INGR'

-ioo 111 de água

10( de manteiga sem sal

100 de farinha de t1-igo

ovos

400g
Numa panei�. ferva a água com

a manteiga.

Em fogo alto, acrescente a farinha

de uma só vez e mexa vigorosa­

mente, até obter uma massa

que se desprenda da panela.

Retire do fogo e acrescente os


--&
ovos um a u11, mexendo sempre, b�, / o

para obtei- uma massa lisa �º\::) :::: a.

e aveludada.
22t?
ro
... ···
u

Com saco de confeitai� dê à c �

massa o formato desejado,


@-•- �
dispondo-a numa assadeira 1\
sem untai� deixando um espaço

entre as carolinas ou eclairs.

Asse em forno preaquecido a

220ºC até crescerem e reduza

a temperatura em seguida
para 1 80ºC até ficarem secas

e douradas.

Retire e deixe esfriar


458
Aqui, camadas de uma massa base para obter um retângulo uniforme na

(feita a partir de farin ha, manteiga e espessura, aplicando pressão contínua

água) são separadas por camadas de em todo o processo: ao cortar a

gordura, que durante a cocção retêm massa folhada nas laterais, as folhas

o vapor liberado pela massa-base e de massa separadas por manteiga

fazem que a massa cresça e forme devem estar visíveis.

camadas finas. O princípio é o da pâte Depois de dar a forma escolhida à

brisée (efeito crocante), porém, numa massa, sempre corte as bordas com

escala muito maior; pois as camadas de uma faca bem afiada (ou cortador)

gordura são inteiriças e em maior para liberar as folhas de massa.

quantidade. Essa é a massa que pre cisa Se for pincelar a massa, nunca deixe

400g de maior cuidado no preparo e n a que o ovo escorra nas laterais, pois

manipulação. A melhor gordura para isso selará as folhas.

uma massa folhada é a manteiga, pois • Quanto mais gelada a massa estiver

seu sabo1· é único. Além disso, por ao entrar no forno, melhor. Se possí­

derreter a temperaturas mais baixas, vel, após cortá-la. leve à geladeira

não deixa uma textura residual por 20 minutos antes de assar.

gordurosa na boca, como certas A massa folhada deve ser assada em

margarinas, por exemplo. Contudo, forno inicialmente a 220ºC para que

justamente por derreter com maior haja uma rápida formação de vapor

facilidade, a manipulação de uma massa e ela cresça antes que a manteiga


Cl.

derreta e saia da massa.


ro
(..) feita com manteiga é mais delicada.

Deve ser feita rapidamente ou em • As aparas da massa podem ser

locais refrigerados. reaproveitadas colocando-se umas

sobre as outras (sem amassar),

CUIDADOS A SEREM TOMADOS· deixando gelar por 20 minutos e

• Essa massa só vai folhar adequada­ abrindo de novo. Contudo, o efeito

mente se todos os passos do preparn não será o mesmo da massa original.

forem respeitados. Uma vez pronta • A massa folhada pode ser congelada

a massa, os cuidados com a manipu­ crua ou assada (por até 3 meses).

lação são: abrir a massa com um rolo Na geladeira, dura apenas 5 dias.
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r 11 93o g

460 Misture a fai-inha e a manteiga en

50} de fari n ha de trigo pommade. Acrescente o sal e a água

200 - de man teiga sem sal e mistu1·e até formar uma massa

en pommad e<' homogênea.

íorme uma bola. cubra com filme


de sal
plástico e leve à gelade ira por 1 hora.
lflfl de água fria
Coloque a manteiga gelada entre
20 de manteiga sem sal gelada 2 folhas de filme plástico e bala com
um rolo para obter uma camada fina.

Leve à geladeira por no mínimo

30 minutos, até endurecer novamente.


Em superfície polvilhada com farinha,
400g abra a massa em forma de retângulo

com 0.5 cm de espessura (ver passo­


a-passo p. -159).
Retire a ma ntei ga do filme plástic o
e espalhe em 2/3 da massa.

Dobre primeiro o terço se m ma nteiga

e. em seguida, dobre sobre ele o terço

com manteiga.
o
Vire a massa na sua direção pela direita.

Cl. fazendo 1 /4 de volta.


"'
(.) Abra a massa novamente em retângulo ,

dobre 3 vezes, juntando os 2 pontos

no meio e dobrando mais uma vez.

Vire a massa na sua direção, pela

direita, fazendo 1 /4 de volta.

Abra a massa num novo retângulo

e dobre 3 vezes mais uma vez.

Leve à geladeira po1- no mínimo

1 hora e no máximo 48 horas.

Se desejar. faça mais uma dob ra

dupla no momento da utilização.


461

BOLOS

Assim como outras massas, uma

receita de bolo deve ser seguida à risca,


1
pois qualquer alteração na proporção

dos ingredientes acarretará mudança

no sabor e na textura do produto final.

Usando proporções adequadas,

com rarinha, ovos e açúcar é possível 400g


fazer um bolo. A partir dessa massa,

agregando-se outros ingredientes e

alterando-se as quantidades. pode-se

produzir diferentes 1·eceitas.

Podem-se classificar as massas

em pão-de-ló (ou génoise), massa

com oleaginosas* (castanha, nozes

e amêndoa), massa com gordura


CL

e massa 1·ica.
<O
'-'
462

Massa muito elástica à base de ovos,

farinha e açúcac com ou sem manteiga.

Pode ser considerada a massa-base da

confeitaria. Analisando os ingredientes.

tem-se uma visão do resultado final.

As claras são responsáveis pela umidade

e pela textura bem aerada da massa.

As gemas conferem sabor e gordura,


400g
esta última é responsável também pela

maciez. A farinha dá estrutura; e o


açúcar'. sabor e cor'. Os ovos podem ser

usados inteiros ou separados. A massa

mais comum de pão-de-ló leva igual

quantidade de gemas e claras (em

unidade). Aumentando-se a quantidade

o de gemas, e, conseqüentemente,

a de gordura, obtém-se uma massa mais

ro densa. Com mais claras, a massa será


<.>
mais aerada e leve. Quando agregamos

manteiga. obtemos uma massa mais

saborosa, que se conserva por mais

tempo; contudo, ela exige mais cuidado

ao ser manipulada e é mais pesada.


li 1111 2 1111idaues ue 20 cm dr. diâmetro

1�..
11� 1r � r Preaqueça o forno a l 90ºC. 463
1O ovos ( aproximadam enle 60 g cada) Unle 2 fôrmas de 20 cm de diâmetro,
em Lemperatura ambiente cobrindo em seguida o fundo com

300 g de açúcar um disco de papel-manteiga untado

e polvilhado com fai·inha.


100 g de farinha de Lrigo
Bata os ovos com o açúcar na batedci1·a
50 g de manteiga sem sal derretida
até que tripliquem de volume ,
(opcional)
Para Lesla1· o ponto, pegue uma colher
manteiga sem sal para untar de chá e coloque um pouco da mistura:
farinha de trigo para polvilhar ela não deve cair da colhei�
Retire a mistura da batedeira e transfira

para uma tigela. lnco1·pore a farinha,

peneirando-a delicadamente. 400g


Caso utilize manteiga, ela deve sei·

incorpo1·ada morna, aos poucos, no final

do processo, misturando delicadamente,

até que a massa fique homogênea.

Distribua a massa entre as fôrmas .


Leve imediatamenle ao forno por

aproximadamente 30 minutos.

Teste o ponto apertando a massa

com os dedos. Ela deve ceder ao toque a_

ro

do dedo sem ficai· marcada,

O pão-de-ló deve sei· desenformado


i'at a fazer
p;10-dP ló Of' ainda quente, mas cortado somente
chocobte: depois de esfriac
suls
J l1ld..i 70 o
A massa dura apmxi madamente 3 dias
d ÍJI lllh,1 dP
em geladeira envolta em �lme plástico
[, 1go pel.i me�rn.1
qu<1nl1d"dP de e pode ser congelada por até 1 mês,
e 1c n1 em ro. em balada da mesma forma.
464

Massa com oleaginosas

Parte do mesmo princípio do pão­

de-ló, mas no lugar de parte da farinha

de trigo utiliza-se oleaginosas" muito

bem moídas e passadas por peneira.

O resultado é uma massa muito

saborosa. mais densa e úmida devido

ao alto teor de gordura liberado


pelas oleaginosas.
400g
É menos elástica que a massa de

pão-de-ló. No Brasil, é muito comum

o uso de farinha de rosca no lugar

da farinha de trigo. Para a prndução

de bolos recheados. o ideal é assar

a massa em discos baixos, pois. devido

à sua textura mais granulosa e que­

o bradiça, é difícil cortá-los.

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ro
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465

Ir Rf 1 NT Preaqueça o forno a l 90ºC.


P ovos em temperatura ambiente Unte 2 fô1·mas de 23 cm de diâmetro,

2)0 r de açúcar cobrindo em seguida o fundo com

um disco de papel-manteiga untado


220 , de farinha de trigo
e polvilhado com farinha.
1 00 r de farinha de amêndoa
Bata os ovos com o açúcar na batedeira
30 � de manteiga sem sal derretida
até que tripliquem de volume.
(opcional) Para testar o ponto, pegue uma colher
manteiga sem sal para untar de chá e coloque um pouco da mistura.

farinha de trigo para polvilhar Esta não deve cair da colher.

Reti1·c a mistura da batedeira e transfira


400g
para uma tigela .

Em outra tigela, peneire a farinha de trigo

e misture com a farinha de amêndoa.

Incorpore à mistu1·a de ovos aos poucos,

misturando delicadamente .

Caso utilize manteiga, ela deve ser

incorporada morna, aos poucos, no final

do processo, misturando delicadamente

até que a massa fique homogênea.


a.
Distribua a massa entre as fôrmas. m
u

Leve 1mf:diatamente ao forno por

aproxim; damente 30 minutos.

Teste o ponto apertando a massa

com os l�edos: esta deve ceder ao toque


sem ficai· marcada.

A massa deve ser desenformada quente,

mas cortada somente depois de fria.

A massa dura aproximadamente 3 dias

em geladeira envolta em filme plástico


e pode ser congelada por até 1 mês

embalada da mesma forma.


Massa com gordura

É a massa de bolo tradicional. • Adicione os ovos um a um (ou apenas

Nesse caso, a proporção dos quatro as gemas se íor usar as claras em neve);
466
ingredientes básicos é diíerente e pode • Peneire os ingredientes secos, com

variar (mais gordura e menos ovos) e há exceção do fermento;

sempre a adição de fermento químico Incorpore os ingredientes secos e o

.... e um líquido. Também se pode substituir líquido alternadamente na mistura


o
a farinha de trigo por outro tipo de de manteiga:

farinha, como fubá ou íécula de batata. • Caso utilize as claras batidas em neve,

O método utilizado para fazer esses incorpore-as misturando delicadamente;

bolos é o método cremoso: • Incorpore o íermento e apenas

misture;
L
• Em batedeira. bata a manteiga com

o açúcar: • Asse em íorno preaquecido.

400g

rendimento 1 unidade de 20 cm de dtãmetro


ro

Q)
...
INGREDIENTE: Preaqueça o forno a l 90ºC.
e
200 g de manteiga sem sal en pommade"'· Unte e polvilhe com íarinha uma fôrma

250 g de açúcar de 20 cm de diâmetro.

Na batedeira, bata a manteiga com


o
3 ovos
o açúcar. Junte os ovos um a um,
1 colher (chá) de essência de baunilha
a.

ro
batendo bem nos intervalos.
u
175 g de farinha de trigo Acrescente a baunilha.

1 /2 colher (chá) de bicarbonato Peneire a farinha com o bicarbonato,

de sódio o chocolate e uma pitada de sal.

1 1 O g de chocolate em pó Incorpore à mistura de manteiga.

intercalando com o leite.


150 mi de leite
Bata mais um pouco.
2 colheres (chá) de íermento em pó
Acrescente o fermento em pó e misture.
sal Asse por aproximadamente 40 minutos

manteiga sem sal para untar ou até a massa estar seca e firme.

farinha de trigo para polvilhar


Também conhecida como quatre Para fazê-la, é importante considerar
quarts ou pound cake, é uma massa que o ingrediente que será usado. para não
leva farinha. ovo, açúcar e manteiga em desequilibrar a receita. O uso mais
propo1-ções iguais. O 1·esullado é uma comum é o de raspa de cítricos, essên­

massa densa, 1-ica e úmida. Se usada cia de baunilha ou outras essências,

na formu lação básica tem sabor intenso além de bebida destiladas e frutas secas. 467

e adocicado de manteiga. De todas as O uso de frutas oleaginosas"'. que

massas, é a mais comumente aromatizada. contém muita gordura, ou de sucos

de frutas pode arruinar a massa.

1 nd 'lle1 n 1 unidade

I� GFT 1 NTf Preaqueça o forno a l 65ºC

225 g de manteiga sem sal en pommade'� Unte e polvilhe com farinha uma fôrma

225 g de açúcai- de bolo inglês de 25 cm x 1 O cm x 5 cm. 400g


Na batedeira, bata a man teiga com
225 g de ovo
o açúcar até obter uma mistura bem
(aproximadamente 4 unidades) em
cremosa e clara. Junte os ovos um
temperatura ambiente
a um, batendo bem nos intervalos.
l /2 fava de baunilha
Corte a baunilha ao meio, no sentido
225 g de farinha de trigo do comprimento. e raspe as sementes

sal dentro da mistura de ovos.

manteiga sem sal para untar Peneire a farinha com uma pitada

de sal e misture à massa, sem bater:


farinha de trigo para polvilhar "'
Transfira a massa para a fôrma, alise a '-'

superfície e asse por 50 a 60 minutos

ou até que a massa esteja seca e firme.

M o

Segue as regras e características de massas de biscoi to aeradas (língua de

outras, como a pâte suo-ée, po1- exemplo, gato ou biscoito champagne), as cremo­

seca, crocante e amanteigada. Ainda sas (cookies) e as telhas (massas muito

nessa categoria podem-se encontrar as finas usadas para finalização e decoração).


20 u111dades (aproximadamente)

Numa panela, de1-i-eta a manteiga , acrescente

5( de manteiga sem sal o mel, misture e 1·etwe do rogo.

,J � de mel Junte o açúcar e misture.


468 Adicione a farinha , incorpo1·ando
60 !� de açú ca1·
cuidadosamente.
60 de farinha d e trig o
·ri-ansfira para uma vasilha e reserve

na ge ladeira po1· 1 hora.

Preaqueça o íorno a l 80ºC.

[spalhe 6 colheres chá de massa sobre uma

assadeira antiaderente grande, íormando

6 discos.

É importante deixar espaço entre os discos,

pois a massa vai se espalhar um pouco.

Asse por 5 a 6 minutos, ou até dourac

Co ntrole a primeira fornada, pois nenhum


400g
forno é igual a outro.

Retire a assadeira do forno e deixe descansar


<ll por uns 30 segundos.

Com uma es pátula, remova cada disco e

dispo nha com cuidado sobre u ma supe1iície


tubular (rolo de macarrão, gar raía, ou cano

de PVC com diâmetro adequado) para dar


forma semicirculac

Isso deve ser feilo com o disco ainda quente,


o. quando ainda estará m aleável.
"'
u
Se achar muito complicado na primeira ve7,
disponha sobre uma superfície lisa.

Proceda da mesma maneira com o restante

da massa .

Quando as tuiles esfriarem, sirva em se guid a

ou guard e em recipiente hermético, mas sem


aperla1� pa1·a que não se partam!
Outras opções: polvilhe as telhas ainda cruas

com pistache picado ou amêndoa sem pele

em lâminas e asse; misture raspa de laranj a à


mistura inicial.
469

ZOO t1nidades (aproximadamente)

Na batedeira, bata a manteiga


12 t de manteiga sem sal com o açúcar de confeiteiro
en pommade"' e a baunilha até obter uma

20C de açúcar de confert:eiro mistura bem cremosa.

Acrescente a farinha de trigo,


1/ colher (chá) de essência
uma pitada de sal e as claras
de baunilha
e mistu1·e bem.
200 ? de farinha de trigo 400g
Preaqueça o forno a l 90ºC.
r; claras Coloque a massa ri Jm saco
sal de confeitar com bico

manteiga sem sal para untar pequeno e redondo.


Em assadeira untada,

forme tiras de massa de

aproximadamente 7 cm

de comprimento. o

Asse até que comecem


a dourai· nas bordas.
a.
ro
u
Retire da assadeira ainda

quentes e deixe esfriar

sob1-e uma grade.


470

r 'n d 1 111 e 11 1 .i 1 5 11 n i d ades 1 a pro x i 111 ada 111 e n te}

INGREDIENT[(" Peneire a farinha de trigo, o fermento

21 O g de farinha de trigo e uma pitada de sal.

l /2 colher (chá) de fermento em pó Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar

e o açúcar mascavo até obter uma


1 00 g de manteiga sem sal
mistura bem cremosa.
en pommade'·'
Acrescente o ovo, a baunilha e o choco­
150 g de açúcar
late em pó e bata mais um pouco.
1 1 O g de açúcar mascavo Junte à essa mistura os ingredientes
400g (medir apertado na xícara) secos peneirados e misture bem.

1 ovo Adicione o chocolate picado.

1 colher (chá) de essência de baunilha as nozes e a aveia e misture.

Unte uma assadei1·a e distribua


2 colheres (sopa) de chocolate em pó
montinhos de massa com a ajuda
150 g de chocolate meio amargo ou
de uma colher de sopa. deixando
ao leite picado
um espaço entre eles.
30 g de nozes grosseiramente picadas Umedeça um garfo e achate

80 g de aveia em flocos grossos ligeiramente cada um.


a.
sal Asse em forno preaquecido a 1 80ºC
ro
u
por aproximadamente 1 5 minutos ou
manteiga sem sal para untar
até que os cookies estejam levemente

dourados.

Retire do forno, deixe amornar


por um minuto.

Com uma espátula, solte-os do fundo

da assadeira e deixe esfriar sobre


uma g1·ade.
1 nd1me lo 40 a 60 u111úades (aproxrmarlamente)

INGR o·-r T .. � Numa tigela, peneire o açúcar com a


70 g de açúca1 farinha, o fermento e uma pitada de sal
471
200 g de farinha de trigo (e o chocolate, se for usar).
Acrescente a manteiga em pe da ços e
1 colher (chá) de fermento em pó
incorpore-a com a ponta dos dedos
12 , de chocolate em pó peneirado
até formar uma farofa gros sa .
(opcional)
Acrescente o ovo e a baunilha e
1 00 g de manteiga sem sal misture apenas até formar uma massa.
1 ovo Se preferir. misture todos os ingredien­

1 /2 colher (chá) de essência tes no processador

de baunilha Embrulhe em filme plástico ou


papel-alumínio.
sal
Leve para descansar na geladeira por
farinha de trigo e açúcar
no mínimo 40 minutos e no máximo
400g
para polvilhar
24 horas.
Preaqueça o forno a l 90ºC.
Abra a massa sobre uma supe1fície
polvilhada com fa1·inha e corte os
biscoitos com um cortador* ou modele
como desejar.
Distribua numa assadeira sem untar e
asse por aproximadamente 15 minutos
ou até ficarem levemente dourados.
Cl.

Solte-os da assadeira com uma espátula "'


u

(sem relirá-los, apenas para que não


grudem ao esfriar).
Depois de frios, retire da assadeira e,
se desejai� passe pelo açúca1�
Conserve em lala ou congele em
sacos plásticos de fecho hermético
por até 3 meses.
A massa pronta, sem assar. também
pode ser congelada por até 3 meses
no freezer.
Descongele em geladeira.
472

400g

MA�SA Or- �ABA E- SAVARIN

Bolo de massa leve feita com

fermento biológico com ou sem

passas que, depois de assado. é

embebido numa calda de rum e

pincelado com geléia de damasco


a_
"'
u
ou de brilho.

O baba clássico é assado em

forminhas individuais altas e

cilíndricas e sempre leva passas.

Quando essa massa é assada

numa fôrma de buraco no meio.

passa a ter o nome de savarin

e não tem passas.


MASSA PARA 8 !MASSA BÁSICA DE BRIOCHE)
n 20 unidades individuais ou 2 grandes

INGRroirr Tí Numa panela, junte o leite e o açúcar e aqueça


473
60 mi de leite a 32ºC. mistu1·e bem, retire do fogo e adicione

1O g de açúcar o fermento.

Acrescente 1 ovo, 1 1 O g de farinha e o sal e


1 S g de fermento biológico fresco
misture tudo com uma colher de pau (ou bata na
4 OVOS
batedeira munida de batedor em forma de gancho)
460 g de farinha de trigo até a mistura estar macia.
15 g de sal Adicione 3 ovos, um a um, a farinha restante

120 g de manteiga sem e a manteiga.

sal en pommade* Bata a massa manualmente até ficar macia,

ligeiramente brilhante e morna.


100 g de uva passa (para os babas)
Coloque a massa para descansar em vasilha untada,
manteiga sem sal para untar
coberta, em local quente, por aproximadamente
400g
45 minutos ou até dobrar de volume.
Em seguida, dê um soco para retirai· o ar da massa.

Para fazer os babas, misture a uva passa

nesse momenlo.

Abra a massa, sovando-a·* rapidamente, cubra

com um pano úmido e reserve na geladeira

por no mínimo 6 horas ou toda uma noite.

Ao final desse tempo, divida e molde a massa no

formato desejado: para savarins, use fôrma com


a.

buraco no meio untada (1 grande ou 8 pequenas);


(.,)
"'

para babas, forminhas de timbale ou dariole untadas

(como uma forminha de empada, mais alta

e mais estreita).
Retire da geladeira, deixe voltar à temperatura

ambiente e crescei� por volta de 1 hora, depen­

dendo do clima.

Preaqueça o forno a 200ºC e asse por aproximada­

mente 20 minutos os individuais, 45 os grandes,

ou até dourar:

Deixe amornai� congele nesse momento,

ou empregue conforme instruções a seguir:


BA A

474 INGREDIENTES CALDA


C.ALDA Numa panela, junte a água e o açú ca1'.
380 1111 de água Leve ao fogo e fei-va por 5 minulos.

630 g de açúcar Junte o suco de laranja e o rum.

R�t1re do fogo.
SOO rnl de suco de laranja

100 mi de rum
BABAS OU ,N1P.INS INDIVIDUAI�

Deixe amornar ligeiramente a massa


BABAS E SAVARINS
e a calda e mergulhe os babas ou
receita de massa para baba e savarin
savarins na calda, empurrando-os com
(ver p. 473) mais 100 !.' de passa
uma escumadeira para que fiquem
(para os babas)
bem embebidos (de 1O a 15 minutos,
400g
dependendo do Lamanho) .
ACOMPANHAMENTO
Com u ma escumadeira, retire-os da
300 g de morango cortado ao meio
calda e pincele com geléia de bl"ilho
300 g de creme chantilly (ver p. 480) ou de damasco. Sirva os babas.

casca de l /2 laranj a em tiras finas Para o savarin, coloque o mo1·ango

(só a parte amarela) no buraco do centro, sobre uma

folhas de 2 ramos de hortelã camada de chantilly

Enfeite com a casca de larania


o geléia de brilho ou de damasco
e as folhas de hortelã.
Cl.

ro
'-'
SAVARINS GRANDES

Deixe a calda e a massa amornarem

ligeiramente, coloque a massa sobre

uma grade e pincele generosamente

até que fique bem embebida.

Repita a ope1·ação se necessário.

Pincele com geléia de b1·i1ho ou de

damasco e decore como descrito

anteriormente para os savarins

individuais.
475

Pode ser considerado o creme-base (po1- exemplo: um brownie bem denso


da confeitaria. Feito de leite ou creme e com sabor intenso de chocolate se
de leite, açúcar. gemas e baunilha. equilibta bem com o creme inglês).
É muito usado pata acompanhar Além da baunilha, pode-se
sobremesas. pois confere textura aromatizá-lo com café, raspa de
cremosa, umidade e suaviza o sabor cít1-icos, especiarias etc.

A partir da receita-base, podemos obter outros cremes muito usados na confeitaria:

:·----------------·· r ·------------------- - -:------------------- ---:-------- -------------1·---------- ------------:


400g
j CREME j CREME i CRÊME j
CREME j
CREME i
: INGLÊS l BAÜLÉE l Cl\RAMEL : PÂTISSIÊAE ! BÁVARO [
i
r··--------------------- � ----------- -------- � --------------------- � ---------------------- 1i --------------------- � 1
----·-·-----------------

i i leite ou ! ! i !
i i creme
c re me de i leite
j
leite
j
leite
j
i i . i de leite i i i

��" �Ú l .=,;,
i
: · le1Le · · · · ·

i T :: ·::, i
,

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,

l
i1-----------------------1-------------------r---------------------1----------------------1----------------------r··---------------------1
'
l '
i ' 1 ' •
,
i
1
o

Cl.

ro

j j chama do j banho-maria* j banho-maria j chama do j chama do j


' 1 ' ' 1 ' '

l1 (
j j fogão j de forno ! de forno j fogão ! fogão j
� l
r-----------------------1------------------- ..

1 ---------------------1----------------------1---------------------;------------------------i
1 j 1
!
j
ji
fi�A' I r u
j

j
j
ca1·amelização j
do açúcar na
supeiiicie
!
j
acalda de
c ramelo no
fundo da
j
j
j
j creme batido j
j
j
incorporado
ao cre me
!
j
i j fôrma j j pronto, frio e, j
j i j j jposteriormente,j

[ ] J j [
_______________________ __________________ ______________________ ______________________ _____________________ ____ j ��:'�'.�-�'.���----j
CREME INr' r- ..
n11. 250 mi

INGR' Numa panela, ferva o leite com a baunilha

2'i0 mi de leite (corte a fava ao meio e raspe as sementes).


a raspa de limão, o café e metade do açúcar.
476 1 /4 de fava de baunilha
Enquanto isso, bata o açúcar restante com
raspa de l /2 limão-siciliano (opcional)
as gemas até ficar homogêneo.
5 grãos de café quebrados (opcional) Aos poucos, despeje o leite fervido nessa
mistura, mexendo sempre.
75 D de açúcar
Volte a mistura à panela e cozinhe em fogo
3 gemas
baixo, sem ferver. por mais alguns minutos,
ou até a consistência de nappé*.
Desligue o fogo, passe o creme para uma
tigela e coloque num banho-maria* de gelo
para esfriar.

"' rr
111
CREMf
400g
rend:rnGn 6 porções

INGREDIENTI (.' Preaqueça o forno a l 65ºC.

500 mi de creme de leite fresco Numa panela, ferva o creme de leite


com a fava de baunilha e metade do açúcar.
l /2 fava de baunilha
Enquanto isso, bata o açúcar restante
190 g de açúcar com as gemas até ficar homogêneo.
6 gemas Despeje, aos poucos, o creme de leite
fervido nessa mistura, mexendo sempre.
o.
açúcar para polvilhar
ro Volte a mistura à panela e cozinhe em
fogo baixo, sem ferver. por mais alguns
minutos, ou até a consistência de nappé*.
Desligue o fogo e retire a fava.
Distribua o creme em ramequins·::> e asse
em banho-maria* por aproximadamente
45 minutos ou até que fique firme,
mas com o centro ligeiramente mole.
A f.w.i de '
Retire do forno, mas mantenha-os ainda
baun1ll1.i poder1 ,

na água até que esta esfrie.


�e1 1e.iproveilíld.1 ,
colocando il num Retire e refrigere por no mínimo 6 horas.

pote eom dÇLkJ1 Polvilhe com açúcar e queime com


JXll cl clrOllVtllcl lo. maçarico até caramelizar.
477

11 nd1111e1110 6 a 8 porções

PREPARO
INGREDIENTES CAI AMILO
400g
tAI<A1·1110 Numa panela, deffeta o açúca1�

160 g de açúcar Acrescente a água e mexa com cuidado

75 mi de água até que o caramelo derreta novamente.

Distribua o caramelo em ramequins*,

Cf EMF cob1-indo o fundo e as latei-ais.

litro de leite P1-eaqueça o forno a l 65ºC.

fava de baunilha
A fova de CREME o
180 g de açúca1-
ba11111 h.i pode sei Numa panela, ferva o leite com a
CJ..
usacl,1 1ntc11 a ou 6 gemas fava de baunilha e metade do açúca1'. "'

;ipcnas tc1 su,is (_)

4 ovos Bata o açúcar restante com as gemas


ep1cntcs 1asp.1d,1s.
f"'ª' a isso co1 te-a ao e os ovos até ficar- homogêneo.
1'!c10 no sentido Despeje, aos poucos, o leite fervido
long1tudinal. Ao usJ1
nessa mistura, mexendo semp1-e.
" ÍdVd inte11 d VOle

Vill dl 0111JliLc11 O
Refre a fava de baunilha.

p1·cparaclo e ao U><ll Distribua nas foi-minhas caramelizadas


as �,e ne n Les. ,dem e asse em banho-maria':' por aproximada­
ele agi c:;at salJ01, ele
mente 35 minutos ou até que esteja firme.
vai adqu11 li COI . os

pontirh os escurns Retire do forno, deixe esfi-iar e refi-igere


dc1s se111e11Les. pot� no mínimo, 6 horas.

Desenfo1-me e si1-va.
rcnd.mcnt 500 g (aproximadamente)

INGRErr·Nrs Bata as gemas com o açúcar


478
4 gemas e o amido de milho até obler

80 g de açúcar uma mistu1·a cremosa.

Numa panela, ferva o leite


40 g de amido de milho ou
com a fava de baunilha.
farinha de trigo
Retire a fava e incorpore o
SOO mi de leite
leite aos poucos à mistura
l /2 fava de baunilha de gemas, mexen do sempre.

Volte a mistura à panela

e cozinhe em fogo baixo,

mexendo, até engmssar.

Retire da panela, deixe esfriar

400g e empregue ou guarde na

geladeira por até 2 dias.

ru
-
.
ro

rc11cl1�cn e 600 g (aproximadamente)

INGRrDIENT li'
500 g de creme pâtissiere
o

1 00 g de chocolate Misture o chocolate derretido

"' meio amargo picado ao c1·eme ainda quente


u
e deixe esfriar.

'"U< 1.t �( l

,j, .1
r 1111) )li l 1 1111 t 1
(" 1 (J ( Ili f). {
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1 e 11 ri 1 11 e 11 '' 6 O O g (a pro x i ma da mente )

INGREDlfNTEc- Mistu1·e o café ao


479
1 /2 colher (sopa) de creme ainda quente

café solúvel instantâneo e deixe esfriar

500 g de ci-eme pâtissiere (ver p. 478)

• nrl1mrntn 8 porções

INGRrDlíNTFS Numa panela , ferva o leite com a raspa


SOO mi de leite de limão, a fava de baunilha, o café e

1 /2 colher (chá) de raspa de limão metade do açúca1'.


400g
Enquanto isso, bata o açúcar 1·estante
1 /2 fava de baunilha
com as gemas até ficai· homogêneo.
5 grãos de café amassados
Despeje, aos poucos, o leite fervido
180 g de açúcar n essa mistu ra, mexendo sempre.

6 gemas Volte a mistura à panela e cozinhe em

5 folhas de gelatina incolo1· sem sabor fogo baixo, sem fervei'. por mais alguns

minulos, ou alé a consistência de nappé*.


250 mi de água
Desligue o fogo, retire a fava e passe
400 g de ci-eme de leite
o ci-eme para uma tigela.
a.
fresco batido em ponto de chantilly
Hid1-a.té as folhas de gelatina na ro

manteiga sem sal para untar água fria.

Quando amolecerem, retire�as

espremendo o excesso de água e

ac1·escente ao ci-emc ainda quente.

Deixe esfriar em temperatura ambiente.

Acrescente o creme de leite e m isture

delicadamente.

Unte ligeiramente uma fôrma com capa­

cidade de 1,2 litm e despeje o creme.

Leve à geladei1·a até firmar e depois

desenforme.
r

É um derivado do creme pâlissiere.

Tem textura mais leve e aerada devido à

adição de creme chantilly e pode ser

estabilizado com gelatina.

CRf
480
111ndiman111 700 g (aproximadamente)

11

INGREDIENTES Hidrate* a gelatina com a água

1 colher (chá) de gelatina e dissolva em banho-maria*

em pó incolor sem sabor ou no microondas. Incorpore

IS mi de água a gelatina ao creme chantilly

e misture ao creme pâtissiere.


200 g a 2SO g de creme chantilly

SOO g de creme pâtissiere


(ver p. 478)

400g

<ti
Creme chantilly
<ti

Q)
Creme de textura leve e aerada, feito O creme de leite batido apenas,

e
à base de creme de leite fresco batido com ou sem açúcar; mas sem baunilha,

com açúcar e baunilha até ficar bem também chega à textura do chantilly

encorpado. Deve ser feito com creme e pode ser utilizado quando se desejar
o

de leite bem frio (de preferência, colo­ um creme menos doce, como parte

a. que-o alguns minutos no freezer antes de uma receita ou como acompanha­


<ti
'-'
de batê-lo) e conservado sempre sob mento de uma sobremesa.

refrigeração.

CREME CHANTILLY
rend1111 1110 500 g (aproximadamente)

INGREDIENTES Bata o creme com o açúcar e a

SOO mi de creme de leite fresco baunilha até chegar ao ponto

30 g de açúcar do chantilly (espesso e firme).

1 colher (chá) de essência de baunilha


Creme à base de suco de frutas

ácidas. geralmente limão, espessado com

ovo e manteiga (também pode conter

amido). Tem sabor intenso da fruta com

a qual foi feito e textura firme, de corte.

Perfeito pa1·a tortas e recheios de bolos.

481

re11d1mc�1 1 600 g

INGREDIENTES
360 mi de água

200 g de açúcar Numa panela, misture todos os

ingredientes. exceto a manteiga.


65 mi de suco de limão-siciliano
Leve ao fogo baixo, mexendo
60 mi de suco de limão Taiti
sempre até engrossai'.
6 gemas
Retire do fogo. acrescente
50 g de amido de milho a manteiga e misture.

raspa de 2 limões (1 siciliano e 1 Taiti) Empregue quente. 400g

1/4 de colher (chá) de sal

60 g de manteiga sem sal

re, C11me o 750 g

INGREDIENTES Numa panela, junte a polpa de


180 mi de polpa de maracujá maracujá, metade do açúcar e a
<O

batida e coada
(.,)
manteiga e cozinhe até ferver.

170 g de açúcar Numa tigela. misture os ovos

com o açúcar restante e o


150 g de manteiga sem sal
amido de milho.
4 ovos
Despeje, aos poucos. a mistura
1 O g de amido de milho
de maracujá quente sobre a

mistura de ovos (temperar*).

Volte tudo à panela e cozinhe.

mexendo sem parar. até que

fique grosso, sem deixar fervei'.

Deixe esfriar antes de utilizai'.


hti

Em sua forma mais básica, ganache é contiver, mais firme ela será. Por exem­

simplesmente a mistura de partes iguais, plo, aumentando-se a quantidade de

em peso, de chocolate em barra e creme de leite da receita básica (SOO g

c1·eme de leite. Possui muitos usos de creme para 150 g de chocolate)

na confeitaria, como recheios. trufas, obteremos uma calda de chocolate


482
coberturas, decoração, entre outros. que ficará íluida quando fria.

A proporção de chocolate e creme O uso de manteiga é opcional e

é o que determina a textura da ganache confere à ganache mais brilho e uma

depois de fria. Quanto mais chocolate textura mais aveludada.

1•11di111e:1111 1 kg

IN,ren1 .N Numa panela, ferva o creme de leite,

400g SOO g de creme de leite fresco retire do fogo e acrescente o chocolate

(ou de lata) (e a manteiga. caso utilize).

500 g de chocolate meio Misture até o chocolate derreter

amargo picado completamente.

Deixe esfriar e leve à geladeira por


80 g de manteiga sem sal gelada
no mínimo 6 horas.
(opcional)
Caso use o creme de leite de lata.
....
derreta o chocolate em banho-maria::: e
o
- incorpore em seguida o creme de leite.
::>
...,

a.
ro
u

'en1J m1 11 1 800 g

INGRE'DIENTfS Numa panela, ferva o creme de leite.

500 mi de creme de leite fresco Retire do fogo, acrescente o chocolate

300 g de chocolate meio e misture até o chocolate derreter

amargo picado completamente.

Deixe esfriar e leve à geladeira por


no mínimo 12 hrn·as.

Bata em batedeira até que fique aerada,

com consistência de mousse firme.

l
483

Fra11gipnne (creme de amêndoa)

Creme à base de amêndoa, açúcar

e ovo. É o recheio do tradicional

pithiviers e também muito utilizado

para recheio de to1·tas. Deve ser

sempre assado.

400g

1e11d1111�1110 10 porções

INGREDIENTES Bata no processador 50 g


250 g de açúca1· do açúcar com a amêndoa.

240 g de amêndoa sem pele moída Na batedeira, em velocidade alta,

bata a manteiga com o açúcar


240 g de manteiga sem a.

restante até obter um creme.


ro

sal en pommade*
u

Reduza a velocidade e affescente


2 ovos
a amêndoa, batendo apenas até
1 gema misturar bem.
1 O g de farinha de trigo Junte os ovos e a gema e bata

15 mi de rum (opcional) por mais 3 minutos, sempre em

velocidade baixa, até obter uma

mistu1·a leve e ffemosa.

Acrescente a farinha e misture bem.

Esse creme pode sei· conservado

em geladeira durante 1 semana

ou congelado por 1 mês.


484

Creme de manteiga

Muito usado em produções clássicas,

principalmente francesas, é um creme

à base de manteiga, gemas e açúcar

que pode ser aromatizado e entrar em

recheios e coberturas. Deve ter textura

cremosa e ser feito com manteiga

de primeira qualidade . O creme de

manteiga caiu em desuso de uns anos


40Dg
pra cá por ser extremamente calórico

e pesado.

m n 1 kg

INGRr-11:t11TES Numa panela, junte o açúcar e a água


a.

ro 340 6 de açúcar e ferva até o açúcar dissolver.


'-'

120 mi de água Abaixe o fogo e deixe a calda chegar a

1 l SºC ou ponto assoprado (ver p. 487).


6 gemas
Enquanto a calda estiver fervendo, bata
500 g de manteiga sem
as gemas até que fiquem bem aeradas,
sal en pommade*
reduza a velocidade da batedeira e despeje
1 colher (chá) de essência a calda quente em fio, batendo sempre.
de baunilha Aumente a velocidade e bata até que a

mistura fique fria e com textura bem leve.

Reduza a velocidade e incorpore gradual­

mente a manteiga.

Acrescente a baunilha e deixe esfriar.


A proporção básica é de 240 mi
De maneira geral, merengues são uma de claras para 455 g de açúcar.

combinação de claras batidas em neve

e açúcar em diferentes proporções.


485
É cozido em banho-maria*. É mais

A espuma formada pelas claras é estável que o francês, mas menos que

estabilizada e enriquecida com a adição o italiano. Mistura-se as claras cruas ao

do açúcar (caras batidas em neve sem açúcar e cozinha-se em banho-maria,

açúcar tendem a desmontar com certa mexendo apenas até o açúcar dissolver.

rapidez). O açúcar retarda a formação da O merengue é despejado ainda quente

espuma e diminui seu volume e leveza. na batedeira e batido em velocidade alta

até esfriar e pelo menos quadruplicar de

A adição do açúcar deve ser gradual e volume. O preparo deve ser cuidadoso,

iniciada apenas após as claras estarem pois a 65ºC as claras se solidificam e,

batidas e alcançarem 4 vezes seu volume. nesse caso, o merengue irá cozinhar.

A quantidade de açúcar varia de aco1-do A proporção básica é de 240 mi de


400g
com a textura desejada e seu uso. claras para 340 g a 455 g de açúcar.

A adição do sal realça o sabor do

merengue. A melhor escolha quando é necessá­


rio mantê-lo pronto por algum tempo.

A adição de ácido cítrico ou cremor É o mais denso de todos, pois as claras

tártaro não tem efeito sobre o volume são parcialmente cozidas, tornando-o

do merengue, mas ajuda a dar estabili­ mais seguro para o consumo (pois a alta o

dade (pois altera o pH da albumina) e temperatura elimina possíveis bactérias

patogênicas). Faz-se uma calda com


Cl.
diminui as chances de o merengue "'
u

desmontai� Os tipos de merengue mais açúcar e água a 1 l 2ºC (ver p. 487),

usados na confeitaria são: que deve então ser despejada em fio,

aos poucos, sobre as claras já batidas

em neve. Deve ser batido até esfriar

É o merengue cru. É o mais instável e ou estar bem firme. A proporção

leve de todos. As claras devem ser bati­ básica é de 240 mi de claras para

das em neve (ou até quadruplicarem de 505 g de açúcar e 200 mi de água.

volume), então, o açúcar é incorporado

aos poucos. Seu uso mais comum é na

produção de suspiros ou em produções

em que ele é assado.


486

Ccilcla de açücar (receita 1J;1.,ica)


Quando se mistura água com açúcar Numa panela, coloque uma parte

formando uma solução saturada e de água para duas de açúcar.

esta em seguida é levada para aquecer; Antes de começar a cozinhar� dissolva

obtém-se uma calda de açúcar: À medi­ completamente o açúcar na água. Leve

da que cozinha, a calda vai ficando mais para fe rver e não mexa até atingir o

densa e se prestando a diferentes usos. ponto desejado, para não açucarar.

A proporção é de uma parte de A tabela a segu ir fornece os pontos

água para duas de açúcar'. mais comuns das caldas de açúcat� que

Alguns cuidados devem ser tomados servirão tanto para o merengue italiano

ao produzir uma calda: como para outros usos como compotas.


400g
Misture muito bem o açúcar e a caramelo etc.

água, antes de levá-los ao fogo.

• Tenha sempre à mão um pincel resis­

tenle ao calor e um copo de água fria,

para limpar o açúcar que adere às

bordas da panela durante o cozimento.

Tenha sempre à mão um banho

maria* de gelo, onde será colocada a

panela com a cald a para interromper


a. o cozimento no momenlo em que
"'

esta chegar ao ponto desejado.


'-'

O uso de um termômetro especial

para caldas permite um controle

mais preciso do processo.


lAEH LI\ [l Pllll./TD<i 01 C A I D/\

Ao retirar um pouco de calda com uma colher


FONfO DE 10 l V IOlºC ou ga1io. um fio fino se rorma, acompanha os
movimentos da mão e pode até formar desenhos
OU l AL llA RALA
se for derramado sobre uma superffcie lisa.
Base para cremes e docinhos.

A calda escorre da colhei- ou gaiio em fios grossos


que custam a caie Mergulhe os dedos em água com
ONTO a F'O FURT 103ºC gelo e coloque um pouco de calda entre o polegar
e o indicador Quando afastados, deve formai- um
fi o sem grande resistência. Usado em compotas.
487

Mergulhe os dedos em água com gelo e coloque


um pouco de calda entre o polegar e o indicador.
PlJN1O )f CABHO 106ºC Ao abri� um fio mais resistente do que o formado
no ponto de fio se forma. Base para doces em
pasta. geléias e recheios.

Ao reti1-ar um pouco da calda com uma colher dé


pau. forma-se um fio ainda mais resistente do que
PONíO DE PI ROLA OU liOTA 108ºC o do ponto de cabelo. Na extremidade, forma-se
uma bola semelhante a uma pérola ou uma gota.
Usado para ovos moles.

Ao passai- uma colhei· de pau no fundo da panela,


forma-se um sulco (na doça1-ia portuguesa chama-se
PC NTO IJr BAlA MOLE 1 IOºC "ponlo de estrada"). Outra maneira de identificar é
pingar um pouco da calda em água fria, e com os 400g
dedos formar uma bola de pouca resistência ou mole.
Base para balas, rapaduras e doces em pasta.

Retirando um pouco da calda com uma colher o u


escumadeira, formam-se bolas (como bolhas d e sabão)
PONTO DL: VOAR l 12ºC que se desprendem ao assoprai: Utilizada em glacês
de frutas, fondanls e merengues.

A calda forma bolas maio1-es e mais resistentes


ON 1O ASSOPRADO l ISºC do que as do ponto de voai� que ficam p1·esas
o
a uma escumadeira. Usada pa1·a fazer fio de ovos.
::>

Q.

"'

Ponto que se consegue quando a calda escorre de u

PONTO nr i>/\ST/\ ou ESPE-lHO l 17°C um gano em lâminas. Base para fi-utas cristalizadas,
bom-bocado e baba-de-moça.

Ao colocai- um pouco da calda num recipiente com


água fria, esta se solidifica imediatamente e adquire
PONTO DE BAlA DURA 125ºC uma consistência quebradiça. Base para balas de
coco e de ovos e para espelhai- doces.

Nesse ponto. a calda tem uma aparência vítrea. uma


i me característico de
tonalidade dourada e um peiu
PONTO DE CARAM[LO 145ºC cai-ameio. É usada para forrar fô1-mas para pudins e
como base para reírescos. cremes. pavês e p1-alinés.
488

É o açúcar comum. Muito usado para Composto de açúcar refinado

adoçar bebidas, na cozinha quente e e melado seco, tem sabor forte e

na maior parte das produções de característico. Deve ser usado quando

confeitaria e panificação. se quer destacar a cor e o sabor de

um preparado.

Refinado, granulado, com cristais

grandes e transparentes. Também é Similar ao mascavo, mas em cristais

encontrado colorido (com corantes). maiores.

Usado cru serve para decoração.


400g Dissolvido em águ a é o ideal para
,

uso em caldas e geléias. É uma mistura de glicose, frutose e

sacarose em partes iguais. É um xarope,

não cristaliza nunca; é usado em frutas

Refinado. pulverizado e adicionado em calda, sorvetes, balas, caramelos e

de amido de arroz ou de milho ou geléias. Disponível somente para uso

fosfato de cálcio para evitar que fique institucional. Um substituto para uso

empedrado e frio. Seus cristais são caseiro é a glucose de milho.


o

:::> imperceptíveis. É usado para polvilhar


-

Cl. pães e bolos ou preparar glacês e cober­


<O
u
turas. Não suporta bem a umidade. Éo açúcar aromatizado com baunilha.

Obtido a partir da dissolução, purifi­ Não é um açúcar e sim um produto

cação e peneiramento do açúcar cristal. industrializado feito à base de gelatina,

Assim como o impalpável, é usado em amido, açúcar e água. Serve para finalizar

glacês, suspiros e decorações, mas não tortas e doces. Sua textura é gelatinosa

tem o mesmo desempenho, pois, por e, ao ser aquecida, pode ser empregada

mais fino que seja, ainda apresenta para conferir brilho às produções (de­

grânulos na textura do produto final. pois de prontas).


489

1end1menlo porções

INGREDIENTES Misture o açúcar, o amido de milho,


1 00 g de açúcar a raspa de limão e uma pitada de sal.

2 1 /2 colheres (sopa) de amido junte o suco de limão e misture.

de milho Incorpore delicadamente as frutas vermelhas.

Deixe descansar durante 15 minutos.


2 colheres (chá) de raspa de limão
Abra metade da massa sobre uma superfície
2 colheres (sopa) de suco de limão
polvilhada com farinha e forre uma fôrma
400g
500 g de frutas vermelhas congeladas de fundo falso de 23 cm de diâmetro.
(pesadas descongeladas) Misture novamente os ingredientes do
2 receitas de pâte brisée recheio (após o descanso) e distribua
(ver p. 454) sobre a massa aberta.

sal Abra a massa restante, corte um círculo do

tamanho da fôrma e cubra a torta, fechando


farinha de trigo para polvilhar
bem as bordas com um garfo ou com
gema com um pouco
os dedos. o

de leite para pincelar


Com faca ou cortador* de biscoitos, faça um
C2.
ou mais cortes na massa (para o vapor sair). "'
(_)

Cubra com filme plástico e leve à geladeira

por 1 hora.

Se desejai� pincele a massa com a gema.

Asse em forno preaquecido a l 80ºC

durante aproximadamente 45 minutos.


490

rend1rnr.nl" 10 porções

Nr T Preaqueça o forno a 200ºC.


1 recerta de pâte sablée (ver p. 454) Abra a massa sobre uma superfície

400g 1 recerta de lemon curd (ver p. 481) polvilhada com farinha e forre uma

fôrma de fundo falso de 23 cm


1 receita de merengue suíço (ver p. 485)
de diâmetro.
farinha de trigo para polvilhar-
Cubra com uma folha de papel­

manteiga e encha com feijões crus

(eles farão peso para que a massa

não perca a sua forma ao ser


assada).
o
Asse por 15 minutos, retire o papel

com os feijões e deixe a massa


e.
"'
<..>
terminar de assar por mais

20 minutos. aproximadamente.

Retire do forno e deixe esfriar.

Cubra a massa com o lemon


curd ainda quente.

Cubra com o merengue ainda

quente sobre o recheio também

quente e asse a 230ºC por 5 a

1 O minutos ou coloque no broiler


para dourar.
nd 1 m n t 8 porções

INl:JREDI NT
250 g de massa folhada (ver p. 460)

200 g de morango

250 g de creme chantilly (ver p. 480)


491
fa1·inha de trigo e açúcar de confeiteiro

para polvilhar

coulis de morango (ver p. 492)

Sobre uma superlkie polvilhada co m farinha,

abra a massa num retângulo ou quadrado


com 0,5 cm de espessura (conforme o corte
que for fazer posteriormente).

Coloque numa assadeira e faça furos na


massa com um garfo.

Coloq ue uma assadeira vazia em cima para fazer


400g
peso e asse em forno preaquecido a 200ºC
por 15 minutos ou até a massa ganhar volume
( e la não crescerá muito porque foi furada).

Reduza então a temperatura para l 80ºC e

asse por mais 20 a 30 minutos ou até dourar

ef ligeiramente .

Retire a massa do forno e deixe esfriar:


.
.
Corte-a no formato desejado com uma o

faca serrilha da .

Cl.
..........................................
Misture delicadamente parte do morango m
u

rr
com o creme chantilly.
Sobre um retâng ulo de massa já assado e frio,
I

disponha um pouco do creme com morango

e coloque mais alguns morangos por cima.


Cub1·a com outro retângulo de massa e

polvilhe com açúcar de confeiteiro.

Se de sejar, caramelize o açúcar com

um maça rico .

Sirva com coulis de morango ou outra

calda à sua escolha.


1cnd1rron 300 g

492
INGREDIENTES Bata os morangos com
500 g de morango o açúca1· no liquidificador.

1 00 g de açúcar de Se preferi1� passe por

confeiteiro pe n ei r a fina.

r nd1rr n1• 10 porções

INGREDIENTES Divida a massa em duas partes iguais.

400g 600 g de massa folh ada Numa superfície polvilhada com farinha,
(ver p. 460) abra cada uma das partes num círculo de

400 g de frangipane (ver p. 483) aproximadamente 26 cm de diâmetro.


Coloque um dos círculos numa assadeira.
farinha de trigo para po l vilhar
Disponha o creme no meio do cí1·culo de
1 ovo ligeiramente batido
massa e espalhe, deixando 3 cm de borda
para pin celar
livre. Pincele as bordas com ovo batido.
1/2 colher (sopa) de açúcar
sem deixar escorrer pelas laterais.
de confeiteiro para polvilhar
Cubra com o outro círculo de massa,

pression ando levemente as bordas.


C2.

"'
<..> Leve à geladeira por 30 minutos.
Pincele com o ovo batido restante e faça

marcas decorativas na massa usando

uma faca.
Asse em forno preaquecido a 200°C
por 15 minutos ou até a massa ganhar

volume e fo lha r.
Reduza a temperatura para l 80ºC

e asse por mais 30 a 40 minutos.


Nos 15 minutos finais, polvilhe
com o açúcar de confeiteiro.
Sirva morno ou frio.
493

H:í uma imensa gama de sobremesas e Uma versão simplificada de sorbet,


doces que necessitam ser refrigerados ou é uma preparação semicongelada com
congelados para finalizar sua execução. textura granulosa. feita a partir de
As mais famosas, sem dúvida, são os calda de açúcar aromatizada com café,
sorvetes e os sorbets (sorvetes à base licores ou sucos de frutas. A mistura
de água, açúcar e suco de frutas, sem é congelada até uma temperatura
adição de leite ou creme). Embora as específica e depois "quebrada" ou
suas bases - creme inglês para os "raspada" (daí o termo "raspadinha",
sorvetes, calda de açúcar pai-a os conhecido no Brasil); servida em taças
sorbets - sejam simples, para obter-se ou, na Sicília, dentro de um brioche.
um bom produto é necessário utilizar 400g

um maquinário especial. Como poucos

estabelecimentos têm uma máquina Assim chamados na Itália (ou parfaits,


de fazer sorvetes, estes produtos são na França), são como uma mousse
adquiridos de terceiros. sempre de acor­ congelada, com textura mais leve e uma
do com as exigências e padrões do chef. quantidade de creme (ou outra gordura)
Contudo, há outras preparações menor que a dos sorvetes, o que os
interessantes desse tipo, mais viáveis torna um pouco mais instáveis. Podem
o

para uma cozinha doméstica ou ser feitos de vários sabo1-es. sempre


comercial de pequeno porte: respeitando a fórmula básica:
ro

merengue italiano + creme pâtissiêre

+ creme c han tilly + aroma a escolher

(chocolate, purê de frutas. caramelo.


nozes, amêndoa, avelã etc.)
494

•c11d1111e11t1 10 a 12 porções

INGREDIENTES Pincele com água uma fôrma de bolo


250 g de chocolate meio amargo inglês de 25 cm x 1O cm x 5 cm e
(com 70% de cacau) picado forre com filme plástico, esticando
400g
300 g de creme pâtissiêre (ver p. 478) bem para que não fique enrugado.
Reserve no freezer�
400 mi de creme chantilly (ver p. 480)
Misture o chocolate ao creme
125 g de me1·engue italiano
pâtissiêre ainda quente.
º' (ver p. 485)
Deixe esfriar Se preferir, bata a
150 g de praliné de amêndoa mistura com uma colher de pau
(ver p. 495) num banho-maria* de gelo.
o Junte o cr-eme chantilly, o merengue
:J
e 100 g de praliné e·misture
a.
ro delicadamente com uma espátula
u

até ficar homogêneo.

Despeje na fôrma, cubra com filme

plástico e leve ao freezer por no

mínimo 3 horas ou por toda a noite.

Trinta minutos antes de servir, transfira


para a geladeira para facilitar na hora

de desenformar e para dar uma

consistência mais cremosa.

Transfira para a travessa escolhida

para servir e polvilhe o praliné

restante sobre o semifredo.


495

INGREDIENTES Leve o açlicar ao fogo

100 g de açúcar até derreter e ficar da cor

50 g de amêndoa sem de cai-ameio.

pele ligeiramente tostada junte a amêndoa e misture.

Unte uma supe1fície com


óleo para untar
óleo e jogue a amêndoa.

Deixe esfriai- e depois triture. 400g

11•11<11111,.1110 8 porções

INGREDIENTES Numa vasilha, misture o suco e a


250 1111 de suco de limão 1-aspa de limão, o açúca1� o vinho, o

4 colheres (chá) de raspa de limão a água fria e a clara e mexa até


a.
que o açúca1- se dissolva. ro
350 g de açúcar (_)

Leve ao freezer: batendo a mistura


130 mi de vinho branco de sobremesa
6 vezes a intervalos de 1 hora.
(moscatos, de Asti; passitos sicilianos;
Deixe ficar bem fit-me.
Late Harvest chilenos)
No momento de servi1� raspe
3 /5 mi de água fria com uma colher para obter a
clara de ovo batida até espumar granita ou granité.

(neve muito mole) Sirva acompanhado de bolinhas

1 melão prince, 1/2 melão comum e de fruta (dois tipos de melão

1 /8 de melancia em cubinhos ou e melancia) numa tigela funda

bolinhas para acompanhai- de vidro, intercalando as frutas

e as raspas de granita.

l
Trabalhar com
chocolate é mais fácil do que
496
parece. Como qualquer outra técnica,
uma vez conhecidos seus princípios
básicos, é possível produzir as receitas
e criar seus próprios recheios. Segundo
dizem, o fascínio pelo chocolate se deve
ao fato de que é o único alimento que
derrete a temperatura do corpo
humano, tendo assim, uma
textura inigualável.

400g
O cacau é o fruto do cacaueim Para a manufatura do chocolate são
(Theobroma cacao), que cresce em adicionados açúcar; aromatizantes (como
florestas tropicais (África, Caribe, baunilha), algumas vezes leite e lecitina
Havaí, América do Sul). (um emulsificante derivado da soja que
O fruto varia de amarelo-alaranjado a evita que o chocolate em formação se
marram e possui dezenas de sementes separe durante o processo de derreti­
recobertas por uma capa branca. Estes mento). Geralmente, mais manteiga de
grãos são postos para fermentar para cacau é adicionada nesse ponto, princi­
que a casca seja removida. Eles são palmente quando o chocolate é de
a.
ro
u
compostos de água, gordura, amidos, boa qualidade.
celulose, ácido, taninos, açúcar e cafeína. Após todos os ingredientes terem
Após a fermentação, são secos, torrados sido combinados, o chocolate é batido
e quebrados em pedaços menores. constantemente, às vezes durante dias
Desses pedaços são extraídos os seguidos, para minimizar o amargor e
chamados sólidos do cacau - a pura reduzir o tamanho das partículas, dando
essência do chocolate -, além da gor­ ao chocolate uma consistência mais
dura - chamada manteiga de cacau -, homogênea e cremosa.
que é usada tanto na alimentação Após esse processo, o chocolate
quanto na indústria cosmética. é temperado e embalado em pacotes
Retirada a gordura, o que resta pode (barras pequenas ou grandes, dependen­
ser transformado em cacau em pó. do do destino que seguirá).
TIPOS DE CHOCOLATE

l l 11 l

Extraído da massa de cacau depois Contém até 20% de massa de cacau.


497
de removida quase toda a gordura. É a É adicionado de leite em pó ou conden­
maneira mais econômica e fácil de dar sado, açúcar. baunilha e manteiga de
sabor de chocolate a massas, doces, cacau.Tem sabor leve e doce, sendo
cremes e bebidas. Quanto mais escuro o mais popular dos chocolates.

o pó do cacau, mais saboroso e mais

amargo ele será. 1r


Não contém massa de cacau, mas
'"'hocolJIP "IT J l somente manteiga de cacau - que lhe
Contém menos sólidos de cacau, mais dá um leve sabor de chocolate -, além
açúcar e leite em pó, tem sabor mais de açúca1� sólidos do leite e aroma de
leve e doce, é ideal para uso na cozinha baunilha. É mais doce e macio que os
e o preparo de bebidas (exemplos: chocolates com massa de cacau. 400g
brigadeiro e chocolate quente).
( 1! tur 1
hocol i m qo (o pro) É um chocolate com alto percentual
Possui alta porcentagem de massa de manteiga de cacau, o que lhe confere
de cacau (entre 70% e 1 00%) e é um brilho adicional para uso em cober­
adicionado de pouco ou nenhum açúcar: turas e finalizações. É encontrado bran­
Tem sabor rico e intenso e cor escura. co, ao leite ou meio amargo.
o
Deve ser consumido por aqueles que

realmente apreciam chocolate. ur i11 l l


D.

É
co
uma cobertura que se assemelha u

hrLOIJC..J ml Í'J amcrqJ ao chocolate, mas a manteiga de cacau

Contém pelo menos 35% de massa é substituída pela gordura vegetal hidro­

de cacau, manteiga de cacau, açúcar. genada, tornando-se mais resistente


baunilha e, algumas vezes, emulsificantes. ao calor e dispensando a temperagem.
Tem sabor rico, mas um pouco mais É um produto de segunda linha e

adocicado. No Brasil, até poucos não deve ser utilizado no p1-eparo

anos atrás, era a opção mais "nobre" de receitas.

encontrada no mercado.
498

TEMPERAGEM DO CHOCOLATE
A temperagem, ou pré-cristalização, Coloque o chocolate picado em

consiste no resfriamento lento e gradual recipiente adequado (plástico ou vidro)

do chocolate, de tal modo que formam­ e derreta-o usando a potência média.

se cristais de manteiga de cacau unifor­ O tempo de den-etimento irá depende1-

memente. Isso evita que a manteiga de da quantidade de chocolate a ser

cacau se separe da massa de cacau, derretida. O importante é que se

garantindo ao chocolate uma estrutura façam pausas (de 30 em 30 segundos),

final compacta e homogênea. Esse pro­ quando o chocolate deve ser misturado

cesso garante a secagem rápida do cho­ de forma vigorosa, até que derreta. Essa

colate, brilho da superfície, textura macia medida impede que o chocolate queime
400g
e prazo de conservação prolongado. ou que ser formem grânulos de lactose

Três fatores são importantes na pelo superaquecimento, resultando

temperagem do chocolate: o tempo, numa textura a1-enosa indesejável.

a temperatura e o movimento.
,.
O chocolate deve ser derretido até

no máximo 45ºC. Aparelho que simula um banho-maria'

Há, basicamente, três formas de com controle de temperatura e tempo.

derreter o chocolate: Dessa forma, é possível controlar a

temperatura da água que aquece o


o.

ro
u
tambor contendo o chocolate. É uma

O chocolate deve ser cortado em boa opção para quando se precisa

pequenos pedaços e colocado num manter o chocolate derretido po1-

recipiente (tigela de vidro ou metal) um longo espaço de tempo.

sobre uma panela de água quente.

não fervente. O chocolate deve então

ser misturado conforme amolece, até

que adquira uma textura lisa.


499

TEMPERANDO O CHOCOLATE

Coloque 2/3 do chocolate de1Tetido

sob1-e uma superfície de mármore ou

pedi-a não-porosa f1-ia;

Mantenha a massa de chocolate =-


em movimento, com uma espátula,

espalhando- a sem parar;

Proceda dessa forma até que o

chocolate fique espesso ou à


400g
temperatura de 27ºC;

Mistui·e o chocolale espesso ao

chocolate derretido restante e bata

vigorosamente até obter uma textu1-a

homogênea;

• Após a temperagem, caso seja

necessá1-io, aqueça levemente o

chocolate para continuar utilizando-o.

CL

ro
u

Para cada 700 g de chocolate

derretido, acrescente 300 g de


re t ri fac.
chocolate picado em pedaços bem (>u11"lu rJ 0< il1t

pequenos e mexa vigorosamente. ' IV< 1 na 1 r 11/" • 1tur 1


rdF d, r 111 r' ui/ e , r1c111!1
d UIr1 1ll1 J, 1110
nr) ri1oco/, Ir ')F f'll

Apesar de pouco utilizado, consiste 1/>rn i11J.tti<11JlP• IP


em mergulhar a tigela de chocolate 1111n11t > , i t rnp
1 1l u1 1 m1brc>1 il .
de1Tetido ainda quente em recipiente
li1ntrl.111• eLrrf
com água e gelo, mexer vigorosamente
1v1rql1(' e_ 1.1 li 111pe
e empregai� r,do 011 t t.m e1111
500
O que pode dar errado

')ohr r.c1 istaltzaçao Para evitar esse problema basta manter

Quando o chocolate temperado o chocolate o mínimo possível em

engrossa rápido demais resulta num · geladeira e evitar mudanças bruscas

produto acabado de pouco brilho e de temperatura.

estabilização fraca. além de favorável

à retenção de bolhas. Para resolver esse 11 1 1 1� cli d&.:.l r 111

problema, basta aquecer um pouco de Quando há erro na temperagem

chocolate e misturá-lo ao chocolate ou quando o resfriamento se dá em

endurecido ou aquecer um pouco mais, temperatura muito elevada. Para corrigir

gradualmente, o próprio chocolate. o problema, refrigere o produto a


400g
temperaturas mais baixas ou derTeta-o

1 mbloorn e o re, tempere .

É o branqueamento de matérias go1·­

durosas, em outras palavras, a formação /\1111aze11a111e111n e con::.ervacau

de uma fina camada de gordura na O chocolate deve ser a1·mazenado

superfície do chocolate. fenômeno que em local seco e ventilado. a tempera­

faz o chocolate perder seu brilho. Para turas entre l 2ºC e 20ºC. Caso haja

o evitar que o fatbloom aconteça, convém grande variação de temperatura

armazenar o chocolate em temperaturas durante o armazenamento. podem


e.
"' estáveis. mas, caso ocorra, basta derreter ocorrer o fatbloom e o sugarbloom.
(..)

o chocolate e temperá-lo novamente. A exposição excessiva à luminosidade


e ao ar provocam a oxidação do choco­

'ltt\J<ll bloo111 late, deixando-o com cheiro e sabor

É o resultado de um processo de desagradáveis.

condensação. A umidade da geladei1·a O chocolate teme umidade, devendo

se deposita no chocolate e derrete os por isso sei· armazenado e manuseado

açúcares nele contidos. Quando a água em ambientes com no máximo 70%

evapora, estes açúcares afloram à de umidade relativa do ar e sempre

superfície do chocolate, conferindo-lhe bem embalado.

um aspecto rugoso e esbranquiçado

e alterando sua textura e estrutura.


501

rendimento: 80 unidades de 15 g

INGREDIENTES Derreta o chocolate em


500 g de chocolate meio banho-maria*.
amargo picado Aqueça o creme de leite

300 g de creme de leite fresco em banho-maria e junte

ou em caixinha ao chocolate.

Adicione o conhaque e a
75 mi de conhaque
manteiga e misture bem.
30 g de manteiga sem
Leve à geladeira por pelo 400g
sal en pommade*
menos 3 horas.
500 g de chocolate meio amargo Retire da geladeira e faça
para banhar bolinhas de aproximadamente
chocolate em pó para finalizar 20 g ou 25 g.

Refrigere-as por pelo menos

1 hora.

Retire da geladeira e banhe

em chocolate temperado
(ver p. 498). CL
<O
Passe-as imediatamente pelo u

chocolate em pó e arrume
em fôrmas fon-adas com

papel-manteiga pai-a secar.


502

BOMBO "nl' l'AIDl�ll\IPJl"l

1c11rl1111c-i1c1 40 unidades de 15

� -rT i--- Derreta o chocolate branco e a glucose em


200 g de chocolate branco banho-maria*.

30 g de glucose de milho Junte o mel, a cachaça, o suco e a raspa

de limão e misture até ficar homogêneo.


30 g de mel
Reserve. Derreta os chocolates restantes
50 mi de cachaça
em banho-maria.
50 mi de suco de limão Coloque na pedra de mármore e tempere,
400g
raspa de 1/2 limão mexendo bem com uma espátula, até atingi1-

500 g de chocolate ao leite picado a lemperatu1·a de 29ºC (ver p. 498).


Despeje um pouco de chocolate temperado
200 g de chocolate
na fôrma de bombom.
meio ama1·go picado
Vire a fôrma pa1·a ti1·ar o excesso e limpe
muito bem as bordas com uma espátula.

Coloque na geladeira até que o chocolate

o endureça, fazendo assim a primeira camada.


Faça a segunda camada da mesma forma.
o.
"' Quando esta endurecer; recheie o bombom
u

com a mistura de chocolate branco e cubra


com cuidado com o chocolate restante

temperado.

Limpe muito bem as bordas e leve à

geladeira por 15 minutos para endurecer'.

Desenfo1·me os bombons batendo até

que saiam.
Deixe os bombons descansarem por

8 horas antes de embalar.


503

200 mi
400g

INGREDIENr' Numa panela, mistu1·e o


1 00 g de chocolate em pó chocolate, o cacau, o açúcar

50 g de cacau em pó e a água.

Leve ao fogo até ferver


1 00 g de açúcar
e reduza* em fogo baixo
150 mi de água
até obter uma calda em
o
30 g de manteiga sem sal gelada consistência de nappé"' leve.

Reti1·e do fogo e acrescente a.


rn
u
a mante iga gelada.

Empregue quente ou fi·ia.


)< -

-·--

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• • • • • ' � ' Q �� . .. o •• "

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...., y y y'

15.
1 • 506

uito utilizadas na culinária, tanto em

400g
produções de confeitaria como em pratos salgados

frios ou quentes, as frutas apr-esentam enorme

variedade de sabores, texturas, cores e formas.

Não faremos aqui um compêndio de todas as frutas

existentes, mas é muito importante saber as


o

características das espécies mais conhecidas e como


a.
m
LJ podem ser usadas. A partir daí, sempre que você

deparar com uma fruta que não conhece, poder-á

experimentá-la, observá-la e decidir a melhor

maneira de usá-la numa receita.

As frutas, parte comestível das plantas com

ílores, são ricas em fibras, sais miner-ais,

betacaroteno, frutose e vitamina C.


r A c:-c:- 1r11.r .11.n

As frutas são classificadas segundo 507


rruta com em ntE::
alguns critérios: São aquelas que têm poucas sementes

pequenas e menos du1-as, como maçã,


üUA�TO A FAMI IA OU TIPO pêra, melão, melancia, marmelo, figo, uva,

goiaba, tomate, kiwi. laranja.


Não p1-etendemos ent1-ar nessa seara

técnica, mas os exemplos dos cít1·icos - Frutas de grão


todos parentes - e das frutas vermelhas São aquelas que têm uma infinidade
(bagas - bernes, em inglês, e baies, em de sementes minúsculas, como o figo
francês) se encaixam nesse perfil. e o morango.

QUANTO AO CLIMA OU
400g
La1·anja, limão, tangerina, laranjinha ESTAÇAO 00 ANO
kinkan, grapefi·uit etc.

Frutas de clima temperado


Fruta· vermelhas Maçã, pêra etc.
São frutos carnosos, com muitas

sementes, pequenos, doces, suculentos Frutas de inverno


e de cor intensa, como framboesa, Laranja, por exemplo. o
amora, morango, groselha, blueberry,

mo1-ango silvestre.
a.
"'

Lichia, tamarindo, goiaba, abacate, u

QUANTO AO TIPO DE SEMENTE abacaxi, manga, banana, kiwi, feijoa

(embo1·a nativa das Américas, é mais


Frutas com caroço popular na Europa), frnta-pâo, caqui,
São aquelas que têm uma semente carambola, jaca, kiwi, lichia e mangostão,
grande e dura, como damasco (ou não têm necessariamente nada em
abricó), cereja, nectarina, pêssego, comum, mas são naturais dos t1-ópicos
ameixa. nêspera, coco. e, portanto, de foi-a do "berço" das

frutas, que vai do Oriente Médio a

Portugal. A expressão "exótica" é

um legado dos tempos coloniais.


ESCOLHA E COMPRA
Para escolher a melhor fruta para ou prepa1·ação específica ou pa1·a ser
508
cada uso, observe os seguintes critérios: empregadas em sob1·emesas. As frutas

desidratadas e as secas (fruta passa)

FRUTAS SADIAS são destinadas ao armazenamento e

Têm tamanho uniforme e o mesmo consumo no longo prazo, tendo funções

grau de amadurecimento, sem manchas específicas na cozinha; são também

ou defeitos causados por fungos uma opção de aperitivo prática e

ou insetos. nutritiva, uma fonte de ener·gia.

FRUTAS FRESCAS, SECAS E usos


lf'. ---r '"'Ô," O uso das frutas na culinária é
Prefira semp1·e as frutas que estão no enorme e, par-a não repetir esses usos

400g ápice de sua qualidade. Hoje em dia, é em cada verbete, elencamos aqui os
possível cultivar frutas em estufa, usar principais:
refrigeradores especiais para a conser­

vação prolongada (às vezes, por até mais CON�F-1 TAHIA


de um mês), importar e exportar como

certa facilidade. Mesmo assim, as frutas Tortas cobertas de frutas frescas


no seu local de origem e no auge da ou cozidas, mousses, salada de frutas,
o
safra são o que há de melhor. frutas maceradas em licor ou outra
Algumas compotas e outros preparas, bebida destilada, purês, molhos doces
C2.

ro
como a cristalização, por exemplo, muitas e salgados, coulis, recheios para bolos
vezes pedem fruta não totalmente ou pa1·a aves e outrns carnes.
madura ou até verde. Se forem usadas Frutas para mousses devem ter polpa
em pratos salgados, os critérios da bem suculenta e de sabor intenso -
receita devem ser seguidos. O tempo uma mousse de laranja não resulta
de colheita é o momento para escolher interessante, pois é necessário espes­
as frutas de curta duração, para sai� aerar e concentrar seu suco de
consumo imediato, sem cozimento sabor suave.
surc; MACERADAS EM ÁLCOOL
Estes pedem frutas bem suculentas - E OUTRAS BEBIDAS
509
a banana, por exemplo. deve ser batida Além dos sucos, p1·eparam-se destila­
com leite. suco de laranja ou água para dos, vinhos (não só da uva!) e licores a
se obter uma boa consistência. partir de quase todas as frutas. O álcool

(na forma de licores, destilados e vinhos)


rONSrRVAS é um podemso dessecante, tão eficaz
Em lata ou frascos de vidm. frutas em para conservai· quanto o açúcar Um bom
calda, que passam por processo de exemplo é o das cerejas maceradas em
esterilização (o que elimina as bactérias). conhaque, que, naturalmente, absorvem
Para armazenamento prolongado. o sabor deste. Há também outras bebi­

das obtidas através de maceração ou


SECAS AO SOL OU destilação (o kirsch alsaciano. o Guignolet
Vi 1r1"""" IVT'"N L d'Anjou ou o marasquino italiano). 400g
Método de conservação mais eco­

nômico, pois extrai boa parte da água


das frutas. eliminando assim as possibili­ Produtos de consistência pastosa e
dades da fruta estragar-se. Maçã, ameixa, untuosa elaborados com fruta fresca

damasco, figo, tâmara e uva são as mais sem camço ou sementes, ou a partir
comuns e com as quais o método da polpa ou suco concentrado, aos
funciona meho1'. Naturalmente, oco1-re quais se agrega mais fruta fresca. o

concentração (e alteração) de sabrn'. Pode ser usado um ou mais tipos de

fruta. Para o preparo, a proporção é a.

de 45% de fruta e 55% de açúcar Frutas


A água das frutas é substituída em boas, mas impe1feitas para venda como
boa parte por calda de açúcar; o que frescas são ge1·almente usadas para fazei·
ajuda na conservação. Elas podem geléias. Há dois tipos de geléia, as com

sei- glaceadas (mais macias) ou secas, pedaços de frutas e as claras, cujos

(passadas por açúcar cristal). pedaços de fruta foram t1·iturados e

depois filtrados. Estas têm consistência

mais gelatinosa. Em português não há

uma palavra para distingui1· os dois tipos,

mas em inglês, diz-se jam pa1·a a que


contém pedaços, e jelly para a filtrada.
OS TIPOS DE FRUTA

510

São f1·utas ácidas. Vindas do Extremo

Oriente e hoje cultivadas em várias

partes do mundo. são consideradas

frutas de inverno nos países de clima

temperado; são duráveis, se colhidas

logo antes de estarem maduras. A cor

da casca é mais um indicador do clima

em que foram cultivadas do que do

grau de maturidade. Na cozinha. são C1cl1 o


ingrediente essencial de vários preparas. ( I /1•(tr

Pato com laranja. molhos para massas Grande e azeda, com muito mais
400g
e tempero de salada são exemplos casca do que polpa. é muito usada

de seu uso na cozinha salgada. em doces em calda, glaceada (como

Na confeitaria, usa-se tanto o suco, componente das chamadas frutas

como a raspa da casca (zest). onde cristalizadas), no preparo de doces

estão concentrados os óleos essenciais. e compotas e como aromatizante.

No entanto. é p1·eciso ter o cuidado g1·aças a seus óleos essenciais. Também

de remover a parte branca que fica chamada de toranja ou laranja-toranja


o

entre a casca e a polpa. assim como as (pela sua semelhança com a laranja),

CL
sementes e os fiapos, pois são amargos. é o fruto da cid1-eira.

A semente é rica em pectina, substância


ro

que ajuda a dar corpo a geléias. Grupt!fl'Utl


São muitos os seus usos na confeita­ (Cmu. q1 nrli. )
ria: lemon cu1-d, pudim de la1·anja, cascas Resultado do cruzamento da la1·anja
de cítricos cristalizadas e banhadas em com o pomelo. também conhecido
chocolate. geléias. frutas em calda etc. como toranja. é ligeiramente amarga,
É também um acidulante natural: o suco pode ter casca e polpa amarela-clara,
de limão, por exemplo. entra em várias ou casca ala1·anjada e polpa rosada -
preparações que não são, necessaria­ esta um pouco mais doce. Seu consumo
mente, à base de cítricos. como fruta fresca é o mais comum no
511

café-da-manhã. pu1·a. 1-egada com mel baía, de casca mais grossa e polpa ama­
400g
ou gratinada com um pouco de açúcar relo vivo. A casca da lar-anja-baía é ideal

po1- cima, para formar uma casquinha, para ser confeitada. Há uma infinidade
também pode ser servida como entrnda. de tipos de laranja ao redor do mundo,
Pode ser combinada com out1-as frutas como a laranja sanguínea (cuja polpa é
e vegetais em salada. Nos países de de um vermelho profundo). encontrada
língua inglesa, é comum prepará-la em no Sul da Itália: as laranjas de Valência

calda ou geléia. Dela também se pode e as de Sevilha (ideais para geléia de


o

obter um excelenle. e caro, vinagre. la1-anja): a naranja agria, do México.


A casca. 1-ica em pectina, entra na azeda demais para o consumo in natu-
Cl.

elaboração de consei-vas de outras frutas. 1-a, mas bastante usada na cozinha. Há ro

alguns subprodutos das frutas cítricas,


1 ', como os óleos essenciais, usados tanto
(CfltUS .)J/1d11S) para aromatizar· pratos e bebidas. como
Junto com a maçã, a uva e a banana é também em periumar·ia e aromaterapia.
uma das frutas mais populares do mundo. Das ílores de laranjeira se exlrai a

A va1-iedade é grande. No B1-asil conhe­ água de flor- de laranjei1-a, aromatizante


cemos a laranja-pêra. de casca fina comum nos países do MediterTâneo e
amar-ela-esverdeada; a lar-anja-lima, bem Or·iente P1-óximo, usado em doces
pouca ácida: a laranja-seleta e a laranja- e sobremesas.
512

400g

' l'l'j 1 ·''

(Fot tunella japonica) (Citrus aurantifolta)


Fruta bem menor que as laranjas Tem pele e polpa amar-ela, casca
comuns, de casca doce (se comparada fina e aderente, com glândulas de
a outros cítr-icos) e comestível e polpa óleo médias, e não possui seme ntes .

o azeda, o que causa um agradável É a variedade mais representativa das


contraste. Os usos culinários envolvem limeiras-doces. A polpa é de um
principalmente a casca (em calda, amarelo pálido, com textura macia.
cristalizada ou em geléia); no bar. pode No Brasil, se conhece mais pelo seu
substituir a azeitona na guarnição de uso em sucos e drinques (caipirinha).
um martini; fatiada, pode colorir uma

salada; ou ser macerada em vodca. L11r1.11 1 •

Os chineses do Cantão fazem conservas (Citrus latifólia)


da laranjinha com sal - a fruta é curtida É o mais extensamente cultivado,
por meses ou até anos. Todo o suco é mas o limão-cravo, o limão-rosa e limão­
extra ído pela ação do sal deixando a
,
galego (Citrus aurontifolia) também são
fruta passa, enrugada e escura. Usa-se bastante comuns no Brasil. O limão­
então um pouco da fruta e um pouco siciliano (Citrus limon), de casca amarelo
da calda misturados à água fervente vivo, é o limão usado no dia-a-dia na
para fazer chá. maioria dos países de clima temperado,
513

400g

enquanto o Taiti é o mais comum nos 1


trópicos. O siciliano é chamado de (C!trus 1et1rn!Ate)
limão verdadeiro e, nos países de clima No B1-asil, as tangerinas (também

temperado ou frio, é utilizado no luga1- chamadas de mexe1-icas) mais comuns

dos limões verdes, mais ácidos, consi­ são a ponkan, a morgote, do Rio ou

derados exóticos. Na cozinha, tem carioca. Esta é uma fruta com a qual o

g1-ande valor- i:;ela acidez de seu suco, fo1·am feitas inúmeras hibridações, geran­

necessária em muitas p1-eparações, e do muitas qualidades no mundo todo - o.

ro

pela raspa da casca, que agrega o pe1·- exemplos são a mandarina chinesa e a

fume concentrado de limão a pi-atos clementina. Estas experiências visam

doces e salgados (é indispensável na desde a criar sabo1·es diferentes - to1·­

famosa to1-ta de limão, e o ceviche nando-as mais doces e mais pe1fumadas

peruano não seria o mesmo sem ele). e reduzir ou eliminar os caroços até

Além da fruta, as folhas de algumas obter uma casca mais solta, como

espécies (como as do limão Karfi1� da no caso da ponkan, por exemplo. É


Indonésia) são usadas como se usam consumida principalmente crua, mas

folhas de louro. Limões desidratados também são enconlf·ados sucos, refri­

também são usados na cozinha Persa gerantes, geléias e gomos limpos (sem

e na produção do refrigerante Sp1-ite. pele, caroços, fiapos etc.) em calda.


514

11 r11m porções

INGREDIENTES Numa vasilha, fora do fogo,


1 ,5 kg de camarão médio, sem casca. coloque os camarões e cubra
limpo com metade da água fervente.

4 litros de água fervente Deixe por uns 5 minutos,

enquanto prepara o molho.


4 tomates maduros,
Bata no liquidificador o tomate
sem semente, picados
picado até obter um suco
400g suco de 1 laranja
espesso e passe por peneira
suco de 3 limões (não use água).

l /2 colher (chá) de alho amassado Junte os sucos de laranja e

1 cebola-roxa em julienne (ver p. 55). limão, o alho, sal e pimenta, a

passada por água fria cebola e, por último, o azeite


LO e o coentro e misture bem.
1 colher (sopa) de azeite de
Escorra os camarões e cubra
o
oliva extravirgem
mais uma vez com a água fer­
l /4 de xícara de folhas de coentro em
e. vente restante por 3 minutos.
ro chiffonade (ver p. 55)
Escorra novamente, mas não
sal e pimenta-do-reino moída descarte a água.
na hora Junte os camarões ao molho

e 1 /2 xícara da segunda água.

Sirva em cumbucas individuais,

acompanhado de chips

de milho.
515

li,, li porções

INí Illfr Numa vasilha, faça camadas


2 grapefruits, sem casca, em alternadas de grapefruit e laranja.
fatias finas A cada camada, de1Tame um

6 la1·anjas, sem casca, em pouco do mel misturado com

fatias finas suco de limão e água de ílor


de laranjeira.
6 colheres (sopa) de mel
Deixe macerar por pelo menos
suco de 1 /2 limão 400g
1 ho1·a ou, melhor: por uma
2 colheres (sopa) de água de noite inteira.
ílor de laranjeira Na hora de servir: a1Tume as

200 g de amêndoa sem pele falias com cuidado numa vasilha,

tostada, grosseiramente picada de1Tame a calda por cima e

salpique com a amêndoa.

D..

ro
516

-�UTA" VERMfLHAc:i
Mais comuns nas regiões de clima bolos e muffins (favorito nos l:UA).
temperado. são em geral frutas Seu suco era empregado para tingir
delicadas, que não duram muito. vinhos finos .

O açúcar as faz desidratar. drenando


seu suco e deixando-as com a textura Cassis (groselha preta)
esponiosa. São usadas com parcimônia i/1
400g na cozinha salgada, e, fartamente. na Tem sabor marcante e doce. Na
confeitaria, em tortas. sorvetes, geléias, Rússia, faz-se infusão* das cascas do
coulis, mousses e bavamises. cassis com vodca adoçada; as baga s
inteiras também servem para o mesmo
Amora-preta pmpósito. Já na Inglaterra, o suco de
(/{11/J11· /111//1 'OSU') cassis é misturado à cid1·a, resultando
É outra frutinha muito popular no cideer black, popular nos pu bs.
o nas artes culinárias para o preparo de Fora isso, há as indefectíveis geléias,
sobremesas e geléias. Existem também sucos, sorvetes e sorbets, licores e
Cl.

ro
as variedades brasileiras. como a destilados; também é usado na cozinha
amora-do-mato (Rubus sel/owi) ou por seu sabor adstringente, que realça
a amora-verde (Rubus erythclodus). os molhos. purês e pratos com carne.

Na França, é usado para produzir o


Blueberry creme de cassis. A geléia de cass1s é
(�<U'l./11/11111 lfYI /ff/11,) feita com a adição de açúcar: água e
Também conhecido como mirtilo, pectina de fruta. Como fruta, pode ser
ai-ando ou uva-do-monte, pertence à consumida fresca, ao natu1-al ou cm
íamilia da azálea. As plantas são ai-bustos suco ; seca. as passas de vá1·ias qualidades
de pequeno porte que crescem em são usadas em confeitaria e na cozinha
sub-bosques de fiorestas temperadas em geral. De sua semente se extrai um
na Europa. Na culinária pode ser óleo excelente para fritura, por seu alto
utilizada em müsli. geléias, vinhos, grau de fumaça. Além disso, há gelatinas.
517

geléias. vinagre (um derivado do vinho); Groselha vermelha


na Grécia, Turquia e outros países do (l 11l1f , 11v.1 1.11:'/J,1)
Oriente Próximo, as folhas são usadas Bem mais ácida que suas parentes
como envólucros para os dolmades, groselha-negra e groselha-branca e rica
ou charutinros. em pectina, é cultivada principalmente

para a produção de geléias - não é ade­


Framboesa quada para o consumo in natu1·a. Nos 400g
(Huhu.� tr!aeus) países nórdicos, faz-se sopas e sobreme­
Freqüentemente confundida com a sas de verão. Na Alemanha e na Holanda,
amora-vermelha (Rubus rosifolius). seu são usadas como recheio para to1-tas.
sabo1· suave e adocicado é utilizado para As groselhas sempre apar-ecem muito
diversas final dades. Diferentemente da em decoração na confeitaria, em tortas
amora, a framboesa é um fruto oco, seu ou tarteletles, ou em foi-ma de xarope.
cultivo é mais delicado e 1·eque1· manu­ o

seio cuidadoso. Pode ser congelada com Morango


sucesso, o que permrt:e seu uso na (do gênero Ird(/rlllé1} a.

<O

confeitai-ia o ano todo. No auge da esta­ É um pseudofruto, a polpa que conhe­ u

ção pode sei· comida crua, pura, com cemos é uma pa1·te da fior que Cl"esce
creme batido, ou como ingrediente de desproporcionalmente, as sementes são
sobremesas leves (mousses, bavaroises); os verdadeiros frutos. O morango culti­
no resto do ano, em tortas, tartelettes, vado no Brasil ocorre nos meses de
em pâte sablée, fi·amboisiers e charlottes, maio a setembro, ou seja, no inverno; já
além de coulis, xaropes, sorbets etc. nos países da Europa e nos EUA, é uma
Na Borgonha e na Suíça ainda se fruta típica de verão, como as demais
preparam vinhos e vinagres de fram­ frutas vermelhas. Há várias espécies de
boesa. A destilação de framboesas plantas rasteiras do gênero cultivadas
fermentadas ·esulta numa aguardente por seu fruto comestível, as variedades
bastante pe1iumada. cultivadas comercialmente são hrbridas.
1 1 518

Os morangos que conhecemos não híbridas cultivadas pelo tamanho peque­

existiam há 300 anos, são resultado do no e a maciez do fruto. Come-se sem­

cruzamento entre a espécie silvestre e pre ao natural ou, no máximo, com

variedades novas encontradas no Chile creme e açúca1'. Virou fruta gourmet,


400g
e na América do Norte. ln natura ou pelo seu baixo consumo e escassez

com creme, açúca1- ou mel, o morango (só aparece em fim de maio e junho).

é uma fruta muito popular Como as Geléias de morango silvestre se mistu1-am

outras frutas ve1-melhas, os melhores habitualmente com outras frutas, po1-

exempla1-es doces, suculentos e carnu­ causa do sabor intenso (azedo e tânico).

dos - são encontrados no pico da safra.

o
Pode sei- usado em tortas e sorbets, em Uva
pedaços no iogurte ou rapidamente \.lf/': I· 111{ '/
Cl. macerado em vinagre balsâmico (ou Naturalmente uma estrela po1-que a
ro

suco de limão) e um pouco de açúca1'. parti1- de seu suco fementado se faz o

vinho. É a fruta mais cultivada no mundo

Morango silvestre depois da la1-anja. Encont1-ada em cachos,


(1lrllf,/lf1 \it'•;( 1) da ótica botânica é considerada uma

É conhecido e consumido desde a baga com muitas sementes (como as

Pré-histó1-ia, e os gregos e romanos já outras frutas vermelhas). O tamanho

falavam dele em textos. Seu cultivo teve de cada ft-uta vai de pequeno a médio.

início a partir do século 14, conseguin­ As uvas brancas têm na verdade cor

do-se frutos maiores e menos ácidos, esverdeada, amarelada ou um tom

embora sem os incomparáveis perfume dourado; já as escuras, são de um

e sabor da variedade silvestre no fim da vermelho-escuro, rosa ou violeta,

primavera. Distingue-se das variedades quase preto.


519
PATO COM VINAGRE BALSÂMICO F FRllTAS VERMELHAS

r n<l1 ent 4 pessoas

INGREDIENTES Numa frigideira, aqueça o óleo e, com

2 colheres (sopa) de óleo cuidado, coloque os peitos de pato,

2 peitos de pato (magret) com a pele (gordura) para baixo.

Se a frigideira não for muito grande,


2 colhe1·es (sopa)
faça o processo em duas vezes.
de vinagre balsâmico
Vire os peitos quando boa parte
l /2 xícara de frutas vermelhas
da gordura tiver derretido.
(framboesa, blueberry ou morango)
Inclinando a frigideira, retire o máximo 400g
frescas ou congeladas picadas
de gordu1·a possível.
canela em pó Tempere com sal e pimenta, deixe
sal e pimenta-do-reino dourar do outro lado, 1·etire e reserve.
moída na ho1·a Na frigideira, sem lavar. junte primeiro

o vinagre e em seguida as frutas

e uma pitada de canela.


o
Volte os peitos à panela, tampe

e cozinhe por 1 O minutos.


a.
Os peitos ainda devem estar macios m
u
quando pressionados com a ponta

dos dedos.

Ao fim desse tempo, as frutas estarão

"derretidas", fo1·mando um molho delicioso.

Deixe descansar coberto por mais

1 O minutos, fora do fogo.

Corte os peitos em fatias de um dedo

de espessura e den-ame o molho bem

quente sob1·e elas.


rc11d11re11 porções
520
1 '

INGREDlfNTfS Misture todos os ingredientes


50 g de morango bem maduro, numa vasilha e deixe em
limpo e cortado ao meio temperatura ambiente por

pimenta-dedo-de-moça, sem 30 minutos.

semente, bem picada Leve à geladeira por mais

30 minutos.
1 /2 xícara de açúcar cristal
O açúcar vai fazer o morango

"suar", formando uma calda.

Sirva puro ou com sorvete de

nata. em pequenas quantidades.


400g

Ln
A maioria é de origem asiática e seu secos são perfeitos para o processo;
o cultivo data de muitos séculos atrás. esses países produzem os melhores figos
Em certo período, o sopé do Cáucaso, e damascos secos e passas.
a.
a Armênia e o lrã foram considerados O coco, que pouco tem a ver com
ro

u
"pomares da natureza". De lá vêm as outras, também é considerado fruta
o marmelo e as ameixas. A cereja, o com caroço, sendo a parte dura a casca,
pêssego e o damasco são mencionados e o caroço (comestível) a parte branca.
na história da China antiga. Também Com exceção do coco, as demais frutas
pode ser classificada como fruta de têm polpa macia e suculenla e por isso
árvore. Muitas dessas frutas se prestam dão ótimas caldas, geléias, sorvetes e
bem à desidratação - as chamadas fru­ sucos. Também podem ser utilizadas
tas secas. O método foi criado inicial­ em fatias ou inteiras em cozimentos
mente para sua conservação. mas se rápidos (salteadas ou assadas), pois a
Lornou um ingrediente importante de polpa não se desmancha facilmente.
várias cozinhas. Em países como a O caroço se solta (ou se separa)
Turquia e a Síria, o sol forte dos verões facilmente da fruta.
521

(11111171/,) iW/l/111)
Cerejeira é o nome dado a várias

espécies de ár vores, algumas frutíferas,

outras produto1-as de madeira nobre.

Os frutos da cerejeira são conhecidos


400g
como cerejas, alguns são comestíveis.

São parentes das amêndoa, do damasco,

da ameixa e do pêssego. As cerejas são

frutos pequenos e arredondados que

podem apresentar várias cores, sendo


1 a ve1-melha a mais comum entre as LO

(P1unus domest1ca) va1-iedades comestíveis (há também o

Existe grande va1-iedade de ameixas - a amai-ela e a neg1-a). De sabor doce­


maiores ou menores, do amarelo ao acidulado, é uma frula delicada, devendo Cl.

ro
roxo-escuro. Frutas macias e doces, com ser transportada e manuseada com
caroço achatado e pontudo, mais durá­ cuidado. A cereja-doce, de polpa macia
veis que os pêssegos, podem ser a1-maze­ e suculenta, é servida ao natural, como
nadas de 2 a 3 semanas sob refrigeração. sobremesa. A cereja-ácida, de polpa bem
Além do consumo in natura, seu suco é mais firme. é usada na fabricação de
muito saudável; geléias e calda (xarope conse1-vas, compotas e bebidas licorosas,
concent1-ado) são alguns dos subprodu­ como o kirsch, o che1-ry e o marrasquino,
tos; também são usadas no preparo de e sua infusão'" é consumida como chá.
doces em pasta e tortas. A ameixa seca As amarenas são cerejas em calda escu­
tem uso importante na cozinha doce e ra e doce, cont1-astando com o azedinho
salgada, empregada de manei1-a diferente da fruta. O cultivo da cerejei1-a é realiza­
da fruta fresca. do em regiões fi-ias.
522

Coeri
(I'
l' l V 1 (' llp1l li,1 ,)
Fruta de polpa mais firme e fibrosa,
f1 l l liJ 1 I[( c'e <l 1

400g ft ) ' llll é usada ralada ou em lascas, fresca ou


t>rl d 1 'Pr11,1 •il l seca. A polpa fresca estraga com
111, 1 Olll 4L l' ' ll<li11t d
facilidade, po1· isso, se não foi· usada
rolp.1 e ( e�pe p <ul1t'
im ediatamente , deve ser congelada.
eit'S •1 qur nlt (iJlllSt'
1 v 'de) ,h' ,..>b1 O coco verde tem maio1· quantidade
.. 1 lo·
[)e1 , I < pou0dl po1 e, de líquido que o madum e tem polpa
LO 1111 ut...l < l>1t, ludo rio
tenra, gelatinosa (pode ser comida com
111
o colher): e a água de coco é muito
0

(')I apreciada como bebida e no preparo


a.
de cocadas moles. O coco é muito bom
m
o
no preparo de bebidas, pratos doces e

salgados, substituindo com vantagem

nozes e amêndoa nos diferentes tipos


F11 t'•'t' d.1, ,,, a b< n
de receitas. O óleo de coco é utilizado
o r n, p.i1, ., •1 ,,
na elaboração de alguns produtos de
I� 1 J k l

S (' > J:'Odt


J:'I0Ct>d11'1C'.t confeitaria industrial e no preparo de
s 1 1(petdo con· o aperitivos (salgadinhos) - tem custo
r o,,,o. 111.1· v.i1 re•u· ,11
baixo e bons resultados.
nu n k1 e 1nL1 o rr s 11 >.
523

compotas. Um tipo de nêspe1-a em calda

1/1 1 'Ili li' 1 lll li 111/J t é usado na medicina tradicional chinesa

como expectorante. Nêspe1·as podem

Fruta com características semelhantes também ser usadas para fazer licor

às do pêssego, porém mais delicadas. ou vinho.

São muito consumidas como geléia

(uma das mais populares), ou como

recheio de t:irtas, secos ou frescos. (111111111: I 1/1/ S/t 1)


(

Suco, aguardente e licor também são 1 J t. 11


obtidos do damasco. Para o consumo in (!'t Ili1 /, /){'/ 1/{',1 1 ll//'l/11'1 '/( ,/) 400g
natura, deve- se certificar de que estejam Essa espécie se divide ent1·e as varie­
firmes. Se não estiverem maduros ainda, dades cuja polpa se separa facilmente
é aconselhável gua1-dá-los em sacos de do caroço e outras que aderem firme­
papel por dois ou t1-ês dias. Mantenha-os mente a ele. As variedades de polpa
em temperatura ambiente até estarem branca são bem doces e mode1·adamen­
levemente macios. Uma semana no te ácidas; as variedades de polpa amarela
máximo na geladeira. Quando madu1·a, têm um fundo ácido que complementa o

sua cor é amarela-alaranjada. o doce. A pele de ambas as va1·iedades

tem tons do amarelo-claro ao amarelo CL

(1)

1 intenso, com manchas rosadas ou aver­


{/\lt''l/11/u., e1111,111w.1 llil t110/Jot1y.i melhadas. O ideal seria consumi-los
fl/I diretamente do pé, ainda mornos e
É comparada à maçã em muitos maduros. A fruta não amadurece bem
aspectos, entre eles a acidez e o alto fora do pé, não du1·a muito, por isso é
teo1· de açúcar e pectina. É consumida rapidamente transformada em geléia,
in natura e combina bem com out1·as compota, chutney ou conservada em
frutas frescas. Por serem mais fii·mes, as calda. Há pessoas que p1·eferem descas­
nêsperas quase maduras são melhores car os pêssegos. Já a nectarina, que não
para tortas. As frutas também são muito é um híbrido, mas uma espécie própria,
usadas para geléias e ficam deliciosas em é consumida com casca.
r n d 1 111 • 7 kg

INGREDIENH� Lave, descasque e corte em pedaços uniformes


524
3 kg de frutas (marmelo, pêra, (2 cm) todas as frutas, menos o figo.
pêssego seco ou maduro e firme, Divida as frutas (inclusive a cidra) em tr-ês
figo pequeno um pouco verde e panelas de fundo grosso e 1-egue com suco
firme, pedaços de abóbrn-a de de limão.
pescoço e/ou japonesa, melão firme, Em seguida, misturando delicadamente, divida
ou outras frutas firmes que desejar­ entr-e as panelas o açúcar- cristal, a r-aspa de
- cer-eja glaceada, damasco etc.) limão e 1 00 g de mel e cozinhe em fogo

100 g de cidra cristalizada lento por 1 hora.

Repita a operação por mais 2 dias (ou seja,


suco de 2 limões-sicilianos
cozinhe as frutas mais 2 vezes em fogo lento
300 g de açúcar cristal
por 1 hora), virando as frutas delicadamente
orgânico claro
para que cozinhem de maneira uniforme.
400g
raspa de 2 limões-sicilianos No terceiro dia, junte todas as frutas numa
300 g de mel panela maior e leve novamente ao fogo baixo.

250 g de açúcar comum Dessa vez, deve-se obter cubos de fruta mais

"enxutos", ou seja, que tenham absorvido


1 garrafa (750 mi)
toda a calda.
de vinho branco seco
Ln
À parte, leve pai-a ferver o açúcar comum
75 g de mostarda em pó
o e o mel restante junto com o vinho (reserve
3 claras um pouco para dissolver a mostr-ada em pó)
o.. até chegai- a uma calda bastante encor-pada.
ro

Retir-e do fogo. Junte as claras batidas em

neve e a mostarda dissolvida em um pouco

de vinho branco.

Volte ao fogo, mexa, deixe a clar-a coagular

(assim. como uma esponja, ela irá retirar as

impurezas ílutuantes na calda e clarificá-la)

e passe por peneira fina.

Acomode as frutas cozidas num recipiente

esterilizado, derrame a calda ainda quente

sobre elas e tampe.

Deixe esfriar e guarde em geladeira por

até 2 meses.
525

1e11if1 n • 11 1 µorçõcs

INGRi::DIENTE(.' Tempere os camarões com metade


kg de camarão grande limpo do sal e um pouco de cúrcuma.

1 colher (chá) de sal Bata no liquidificador a cebola em

pedaços, o alho, o gengibre e a água.


1 colher (chá) de cúrcuma
Numa frigideira, aqueça 3 colheres
500 g de cebola picada grosseiramente
sopa de manteiga e doure bem a
3 dentes de alho
cebola em meia-lua.
1 pedaço de gengibre de Retit-e com uma escumadeira e
400g
mais ou menos 1 cm reserve numa peneira de metal,

50 mi de água para esco1-rer o excesso de gordura.

Junte à frigideira, sem lavar, o carda­


6 colheres (sopa) de manteiga
momo, o cravo, a canela e o louro.
sem sal derretida
Refogue por alguns minutos e,
200 g de cebola em meia-lua
em seguida, junte a pasta de cebola,
sementes de 6 cardamomos alho e gengibre. o

4 cravos-da-india Sue* até quase secar.

1 canela em pau Junte a cú1-cuma e o sal restantes e a o_

rn

pimenta, misture bem e acrescente o <..>

1 folha de louro
iogu1-te, uma colher de cada vez, incor­
1 colher (chá) de pimenta-dedo-de-moça,
porando bem à pasta de temperos.
sem semente, picada
Junte o leite de coco, abaixe o fogo
2 colheres (sopa) de iogu1-te e cozinhe por mais 5 minutos.
1 /2 xica1-a de leite de coco fresco Logo antes de servi1� em out1-a frigi­
ou de garrafa deira, salteie (ver p. 47) o camarão na

folhas de 1 maço de coentro manteiga restante, junte o molho, co1Ti­

ja o sal se necessário e sirva com um


tiras de coco fresco pai-a deco1-a1-
pilaf de arrnz basmati (ve1- p. 180).

Decore com as cebolas fritas, as Liras

de coco e as folhas de coenti-o.


526

ren 111cr111 6 porções

Numa frigideira antiaderente,

o colheres (sopa) de aqueça 2 colheres de sopa


manteiga sem sal de manteiga e nela doure

J pêssegos firmes, sem casca, lentamente as frutas polvilhadas

cortados em 8 partes com o açúcar cristal.

Enquanto isso, misture o leite,


250 .- de cereja sem caroço
o açúcar comum e os ovos
400g !iO g de açúcar cristal
numa vasilha.
250 mi de leite Em outra frigideira antiaderente,
40 g de açúcar comum aqueça 2 colheres de sopa

3 OVOS de manteiga.

Molhe as fatias de pão na


6 fatias de brioche sem a casca
mistura de leite e ovos, escorra
JOO " de doce de leite cremoso
o
bem e leve à Íl"igideira até dourar�
de boa qualidade
Se necessário, faça em duas vezes.

a. Escorra em papel absorvente.


co
u Sirva as rabanadas com as

frutas por cima e o doce

de leite à parte.
527

1. l 1\ lVlí r\l r
1 f1ÇJO
Maçã, pêra, melão e melancia, marme­ 1(
lo e figo só têm em comum mesmo o Fruto de polpa carnuda e suculenta,
fato de terem sementes pequenas, não de colo1-ação que vai do branco-ama1-e­
são necessa1-iamente parentes. A maçã, lado ao roxo, são comestíveis e alta­
a pêra, o marmelo e o figo também mente energéticos, pois são ricos em
podem ser classificados como fruta de açúcar. A família dos ficus é bem grande
árvore. Melões e melancias, não. Todas - é comum que os figos sejam confundi­
400g
essas frutas têm usos variados. A maçã dos com as infrutescências de outras
e a pêra, por terem polpa fit-me, resis­ árvores (não são intercambiáveis). A
tem muito bem ao cozimento, podendo fruta fresca é superdelicada e requer
ser caramelizadas'". assadas, cozidas e cuidado no ti-ansporte. Quando seco,
salteadas. As maçãs ideais para cozinhar seu teo1- de açúca1- chega a 60%, talvez
são as mais icidas e de textu1-a mais p0t- isso Platão tenha encorajado os
firme, como 3 maçã verde, a Fuji ou atletas gregos a consumi-los dessa ma­ o

a Gala. Melão e melancia funcionam nei1-a. Frescos, devem ser consumidos


melh0t- crus, em pedaços ou em suco, rapidamente ou preparados em com­ o.

ro

como suas polpas são muito ricas em pota (p1-incipalmente os bem verdes), u

água, quando cozidas perdem muito geléias etc. A Tu1-quia, um dos maiores
o sabo1- e a textura. Mesmo assim são produtores de figo do mundo, tem as
usadas em cc;sos específicos: na entrada melhores frutas, alguns podem ser
de melão com presunto de Parma e consumidos verdes. Os figos secos de
em sorbets (sorvetes à base de água). Smirna são mundialmente apreciados.
O figo, apesar de muito delicado, se
estiver firme, pode ser salteado, grelhado MílÇll e maç,1 s1lvesl1 e
ou assado rapidamente. Seu purê pode (f'vJ ,J fl/<; )f]f1)
ser usado para geléias, caldas, sucos Com grande variedade disponível,
e sorvetes. podem sei- assadas (boas para dietas
528

ou como pu1·ê e acompanhamento de usado, entre outras corsas, no recheio

carnes brancas), usadas em tortas (aber­ de alfaiores (como usamos no Brasil o

tas. fechadas, strudels, crumbles, tarle doce de goiaba). O sabor e o aroma

Tatin), cruas ou salteadas previamente, fortes fazem dele um complemento,

em chips, fritas (envoltas em massa mole). em pequena quantidade, para uma

em geléias e sucos (a Sidra é pceparada torta de maçã ou uma geléia, realçando

a partir de maçãs fermentadas). Destila­ o sabor destas.

da, resulta no Calvados, da Normandia,

muito fino e apreciado. Maçãs com mel Melnncia

400g
são consumidas no ano-novo judaico, (C1trullus la11atus si11 C1t111/lus
para simbolizar um ano vindouro doce. 1/q,11 1,)
Muito apreciada por ser· refrescante

Mllrrnelo e rica em água (92%) e sais miner·ais.

((}r/'Jilh o/J/ufll É mais freqüentemente consumida


Fruta de formato semelhante ao da fresca. gelada, em fatias ou cubos, ou

pêra, mas que só se consome cozida. em sucos. É bastante usada em dietas

o
Bem perfumada e versátil, é uma fruta de emagrecimento por conter poucas

muito antiga. com regislro de uso exten­ calorias e par·a dar· sabor· a coquetéis de

o. so na Pérsia. Dele se faz a mar·melada (a verão e smoothies. Pode-se produzir um


ro

u
fruta cozida com açúcar até virar pasta), drinque mais poderoso fazendo um furo

muito popular na Espanha e em Portu­ numa melancia madur·a e despejando

gal, onde o doce acompanha o queijo lentamente ali vodca ou outro destilado.

da serra da Estrela e o vinho do Porlo. Depois de uma noite no refrigerador.

Pode ser- degustado de outras maneiras: a fruta é cortada e consumida como

na Turquia, o marmelo é preparado ao suco "batizado". A casca é usada como

forno, recheado com carne de cordeiro vegetal, picada em cubos e refogada.


moída e especiarias; na Itália, pode N a Rússia e na Roménia faz-se picles

entrar na composição da mostarda di com a casca. As sementes tostadas e sal­

Cremona, compota agridoce que acom­ gadas também são consumidas.

panha carnes cozidas; na Argentina, é


529

o suco de pêra fermentado (perry.

uma sidra de pêra) e o poire, destilado

Frutas he1-báceas anuais, encontradas francês. Para não escurecer depois de

em vários tipos, maiores ou men01·es, de cortada, deve ser respingada com limão.

polpa ve1·de-claro ou alaranjada e doce

contendo g1·ê.nde quantidade de água.

Estas últimas características tomam o ,,

melão uma fruta muito apreciada na É uma espécie de á1·vo1·e do gênero

forma de refrescos. Outra maneira de Pyrus. Também chamada de nashi, pêra­

consumi-lo é fi·esco e cru, quando maçã ou pêra Japonesa, é originária das


400g
madum. Fora isso, serve-se em salada regiões temperadas do Extremo Oriente.

de frutas, acompanhado de presunto Curiosamente, é mais parecida com

cru em entradas, e em compota, feito maçã em alguns aspectos (formato,

quando está ainda verde. Suas sementes, manei1·a de colheita e amadurecimento).

tostadas e salgadas, também podem As frutas são firmes, pouco doces, muito

ser consumidas. suculentas e refrescantes, por isso não

servem para tortas ou geléias. são o

aguadas, boas mesmo quando bem

maduras e ligeiramente geladas. Raras a.


<O
Dife1·entemente de muitas frutas, ama­ vezes são usadas em molhos frios <..)

du1·ecem melhor fo1·a do pé e mudam de (salgados), mas sempre combinadas

cor muito sut lmente quando maduras. com outros ingredientes. O suco só é

Podem ser firmes, como algumas varie­ bom se for consumido imediatamente

dades eumpéias, ou macias, como a após o preparo, quando se obtém

Williams e a D'Anjou. Pode sei- consu­ o sabo1· da fruta fresca.

mida crua, como sob1·emesa ou acom­

panhando queijos depois da refeição;

também como produto de elaboração

de alimentos, compotas e doces de

pêra (inteira ou em pasta), bem como


530

400g

o Ro111ã
(Punica g1anatum) conferir um toque de acidez aos pratos
a. Fruta de casca grossa, cor marrom­ com be1-injela, como o baba ghanouj
ro

avermelhada e formato arredondado, e a lahm b'ajine, um tipo de esfiha.

que, quando madura, tem o interior Na cozinha do Punjab, as sementes

avermelhado e cheio de sementes. secas são usadas como especiaria,

Se conserva muito bem por várias propo1-cionando um sabor agridoce

semanas. Mancha tecidos com facilidade, a pratos vegetarianos. A g1-enadine, um


e as manchas são difíceis de removei'. xarope bem doce e de cor púrpura

Não é uma fruta fácil de comer crua também feito com a romã, é usada

(embora os povos do Oriente próximo para refrescos e d1-inques, além de


a apreciem dessa forma, comendo-a sorbets. Antes de qualquer preparo

grão a grão), por isso se faz um melaço é necessário sempre sepa1-ar a casca

agridoce (rab er'remane), muito usado e as lâminas lenhosas contidas no

na cozinha persa, árabe e libanesa para interior. pois têm sabor bem amargo.
F UA A
1 •1 •I 1 m po rções

INGREDIENTES Preaqueça o forno a 190ºC.


4 mini maçãs (tipo "da Mônica") Espalhe todo o açúcar numa assadeira e role

4 peras pequenas ou miniperas as maçãs e as peras.


531
maduras e firmes Reserve o açúcar.

Transfira-as para outra assadeira, que acomode


400 g de açúcar cristal
as frutas sem sobra.
300 mi de água
Adicione cuidadosamente 1 00 mi de água
4 figos cortados ao meio
no fundo dessa assadeira e leve ao forno.

Polvilhe os figos com o açúca1· reservado e

coloque-os em outra assadeira, com a par te

cortada para cima.


Eles entrarão no forno mais tarde.

Verifique as frutas após 40 minutos espetando


,

com um ga1fo.

Se já estiverem cozidas, retire do forno


400g
e polvilhe com um pouco mais de açúcar.

Aumente a temperatura do forno para 220ºC

e coloque na grade inferior do forno.

Nesse momento, posicione uma segunda


grade bem alto no forno, para assar os figos -

se o forno tiver gratinador, use esse recurso,

mas fique de olho, pois será muito mais 1 ápi do


· . o

Quando tudo estiver dourado (ap roxi madame nte

30 minutos), retire do forno e deixe amornar. a.


ro
u
Reserve as frutas.

No fundo das assadeiras deve ter sobrado


um pouco de cara melo.

Distribua a água 1·estante entre as assadeiras

e leve-as ao fogo (no fogão) até derreter


e reduzir*, para formar uma calda .

Quando ficar mais espessa, despeje sobre as frutas.

Sirva acompanhando carnes defumadas ou como

sobremesa, acompanhadas de creme chantilly

(ver p. 480) ou sorvete de baunilha.


532

r e., jl 1111 e n l 4 a 6 porções

PRE.PARO
INGREDIENTES COBEPTURA

COBERTURA Numa tigela. misture todos os

3/4 de xícara de açúcar mascava ingredientes com a ponta dos

l /2 xícara de farinha de trigo dedos até formar uma farofa.

400g
l /2 xícara de aveia em ílocos
MONTAGEM
3/4 de colher (chá) de canela
Espalhe as maçãs num refratá1-io
em pó
quadrado de 20 cm de lado
3/4 de colher (chá) de untado com manteiga e junte
noz-moscada em pó a polpa de 1 maracujá.

1 /3 de xícara de manteiga sem Polvilhe a fari n ha de trigo .


o
sal em temperatura ambiente misturando com cuidado.

Polvilhe a farofa sobre as fi·utas.


e.
"' MONTAGEM Leve ao forno preaquecido a
u

6 maçãs Fuji, de preferência, l 90ºC por aproximadamente


sem semente, em fatias 45 minutos, ou até as maçãs

1 colhei- (sopa) de farinha ficarem tenras e a cobei-tura

de trigo dourada.

Sirva quente ou morna.


polpa de 1 maracujá azedo
Para acompanhar� bata
(opcional)
ligeiramente o creme de leite
manteiga sem sal para untar
e depois j u nte a polpa de
250 mi de creme de leite fresco maracujá, ou sirva com
+ 2 colheres (sopa) de polpa de sorvete de baunilha.
maracujá ou sorvete de baunilha

para acompanhar
FRUTAS fROPICAIS OU

Lichia, tamarindo, banana ou kiwi só


Aba e a
têm mesmo em comum o fato de não
(Ananas comosus ou ananas sativus)
aparecerem nos pomares da Europa.
Membro da família das bromélias,
Exótica, naturalmente, é uma noção
quando doce é muito refrescante e um
que vem do tempo das colônias, quan­
auxiliar da digestão. Pode ser· preparado
do essas fru:as se tornaram conhecidas.
em calda, glaceado, ou mesmo dourado
É interessante notar que houve grande
num pouco de manteiga para acom­
"intercâmbio" dessas culturas - exem­
panhar o peru de Natal ou o tender,
plos disso são a excelente adaptação
também em saladas, como no
da manga, da banana e do coco nas
indefectível salpicão. Sabe-se quando
Américas; e do cacau e do maracujá,
estão ma-duros pelo aroma, que deve
na Ásia tropical.
ser forte e adocicado; nessa fase, suas

folhas se soltam facilmente. No Oriente,


Abac ite onde foi introduzido posteriormente, é
(Persea americana) usado em comidas salgadas quentes.
Fruta que não se presta ao cozimento,

a não ser- em alguns pratos especiais.


Ab o
Em quase todo o mundo é consumida
(Lucuma caimito)
em p1·atos salgados (saladas, sandulches).
Fruto do abieiro - árvore da família
No Pern, é servido recheado com
sapotáceas , que apresenta coloração
salpi-cão (pata rellena), cama1·ões (palta
amarela e - algumas variedades - est1·ias
rellena con camarones) e sopa (sopa de
verdes que riscam a casca, lisa, no sentido
palta). No México, é usado no preparo
longitudinal. A polpa translúcida, branca
da guacamole (mistura aromática feita
ou ama1·ela é mucilaginosa e doce e
com o abacate, cebola, coentro, limão)
pode contei· de 1 a 4 sementes lisas
e da sopa de aguacate. No Brasil, a pre­
e pretas. É aproveitada quase semp1·e
ferência é pelo abacate como creme
natural. Apesar de todas as suas quali­
ou vitamina, com açúcar; leite ou limão.
dades, o abieiro permanece, no Brasil,
Assim como o kiwi, o abacate amadurece
como árvore frutífera de quintal e de
mais rapidamente se for colocado num
pomares não-comerciais.
saco plástico com uma banana, pêra ou

maçã, que exalam etileno, acelerando


a sua matu1·ação.
534
misturada com água, se transforme num

(111/11r111· ui· 1ani,1} suco grosso também conhecido como

Fruta de cor roxa muito escura e vinho de açaí.

de sabor forte e pouco doce. O açaí é

um alimento muito importante na dieta

dos habitantes da Amazônia, onde seu (fV!a//JJf/111.i t 'llhlltf/IJ, /.1)


consumo remonta aos tempos pré­ Também conhecida como a cereja­

colombianos. Hoje em dia, é cultivado de-barbados, possui alto teor vitamínico.

não só na região amazônica, mas Pura, tem sabor ácido, quase vegetal

também em diversos outros estados (de folha); sua geléia, no entanto, resulta

brasileiros, tendo sido introduzido no deliciosa, com sabor semelhante ao do

resto do mercado nacional durante damasco. A acerola é suculenta e macia


400g
os anos 1980 e 1990. É um alimento e, sem a adição de açúca1� é bem ácida.

energético e bastante calórico. Nos esta­ O suco é comercializado comumente

dos do Norte do Brasil, é consumido na América do Sul, mas virou moda

em forma de pu1-ê, bem gelado e acom­ na Europa e no Japão, por ser consi­

panhado de fa1-inha de mandioca ou em derado saudável.

cuias com tapioca e, às vezes, açúca1�

o O açaí na tigela - a maneira sulista de ' i'

ingeri-lo -, é adicionado a outras frutas (f\1r/1111111 .,1/lh•1.1nun1}


.

Q_ e misturas de cereais, como a granola, e Fruta pequena, arredondada, com se­


ro

consumido po1- freqüentado1-es de aca­ mentes, cuja cor da polpa varia segundo

demias e esportistas. Em outras regiões a espécie, predominando o ala1-anjado e

do país, encontram-se sorbets e sucos; o amarelo-claro. Tem sabor que lembra


além disso, é consumido na forma de o da goiaba, embora um pouco mais

bebidas, doces e geléias. O fruto é colhi­ ácido e mais pe1iumado. É usado no

do subindo-se na palmeira com o auxilio preparo de sorvetes e refrescos e tam­

de um trançado de folha amarrado aos bém de um doce muito parecido com a


pés - a peconha. O açaí deve ser goiabada. Existem vários tipos de araçá,

primeiramente despolpado em máquina sendo os mais comuns o araçá-vermelho,

própria ou amassado manualmente o ar-açá-de-cora, o araçá-de-praia, o ara­

(depois de ter ficado de molho em çá-do-campo, o araçá-do-mato, o araçá­

água), para que a polpa se solte e, pêra, o araçá-rosa e o araçá-p1ranga.


535
O termo "banana" refe1-e-se às frutas
(,, /• 1 ,_ 1 l1 de polpa macia, rica em amido e açúcar;
Palmeira nativa da Amazônia, Mara­ que podem ser consumidas cruas.

nhão e Piauí de cujo coco se extrai óleo Contudo. existem variedades cultiváveis,

saboroso e de boa qualidade usado em de polpa mais rija e casca mais firme

produtos de beleza e de limpeza e se e ve1·de, geralmente designadas por

faz suco. Po1- ser grande fornecedora de plátanos, banana-pão ou plantains,

produtos, é considerada uma árvore de que são consumidas fritas, cozidas ou

subsistência. Aproveitam-se a palha das assadas; são alimento-base de muitas

folhas para telhados de casa e confecção populações de regiões tropicais. Com


de tapetes, t1-ançando as fibras; e os elas se preparam vários tipos de prato:

galhos são usados também, como salada de frutas, bolos, tortas, vitaminas,
400g
"timbers''. sorvetes, mingaus, recheios de aves

e carnes, farofas, mousses e sanduíches.

Existem quatro padrões ou tipos


P/i:t10n1c 1n 1q111 ) principais de variedades de banana:

Também chamado de landirana, a banana-prata; a banana-maçã (de

é utilizado na fabricação de doces, tamanho pequeno e mais arredondada),

so1·vetes e polpa, e seu látex tem uso a Cavendish (também conhecida como o

medicinal. É um fruto imaturo de cor banana-d'água ou caturra) e a banana­

verde, do tipo baga, globoso. da-terra. Além de consumida fresca, a a.

ro
banana é utilizada para dive1·sos fins, u

entre elas o banana split e as bananadas,


(M11,, 1 1rn11•111.•f.1) feitas com banana-anã e banana-prata.

Fruto de muitas variedades do gênero É ingrediente indispensável na salada de

Musa, seu volume de produção faz dela fruta (ainda que oxide facilmente), po­

o quarto produto alimentar mais pro­ dendo, ainda, ser utilizada na confecção

duzido no mundo, depois de arroz, trigo de sangria.

e milho. Entre as frutas, é a mais cultiva­ A banana-pão (como a pacova, muito


da do mundo (a Índia e Brasil são os utilizada no no1·te do B1·asil) é utilizada

principais prcdutores) junto com a uva, para outros fins culinários, como na
a maçã e as cít1·icas, além de ser a fruta confecção de chips - aperitivo feito com

tropical mais consumida do planeta. rodelas de banana desidratada ou frita,


536
ou como acompanhamento de diversos Existem, contudo. sumos fermentados

pratos tradicionais. A anã e a prata são feitos a pa1·tir da polpa. Esta pode ainda

freqüentemente servidas cruas, mistu­ ser utilizada na confecção de diversas

radas com armz e feijão ou outros compotas (especialmente com banana­

acompanhamentos. Em alguns locais do figo e banana-anã).

Brasil, como em Antonina, Marretes e Em determinados países tropicais a

cercanias, a banana-terra cozida acom­ banana verde (não madura) é larga­

panha o ban-eado prato típico da mente utilizada da mesma forma que

região - e é usada pa1·a fazer a bala de a batata em outros países, podendo

banana. No Rio de Janeiro e em Per­ ser frita, cozida, assada, guisada etc.

nambuco, o cozido é composto por De fato, a banana assim utilizada é

carnes, tubérculos e legumes, além semelhante à batata, não apenas no


400g
de banana-da-terra e banana-nanica. sabor e na textu1·a, mas também na

No sul de Minas Gerais é famoso o composição nutricional e caló1·ica.

virado de banana-nanica, que conta Tem elevado valor energético e muito

também com fa1·inha de milho e queijo­ potássio, o que a torna uma das frutas

de-minas. No litoral norte de São Paulo, pe1feridas pelos atletas e fisioculturistas.


Ll"l o p1·ato principal da culinária caiçara Existem cerca de 100 tipos de banana

o chama-se "azul-ma1·inho" e é constituído cultivadas no mundo todo, mas os mais

por postas de peixe cozidas com conhecidos no Brasil são:

a. banana-nanica verde sem casca, acom­


m
u panhadas de um pirão feito com o caldo

do peixe, banana cozida amassada e :1ic11 111t1 L111f1r cl1:_� llr 1 iJd 1c11 ll

farinha de mandioca. Essa comunidade l 1 1 1 ti 1 1- ( l lll \

também produz, tradicionalmente, É a maior banana conhecida, chegando

aguardente de banana. a pesar 500 g e medir 30 cm. É achatada

As bananas não devem ser armaze­ num dos lados, tem casca amarela-escura,

nadas em geladeira, pois ficam pretas. com grandes manchas pretas quando

A melhor maneira é deixá-las amadu­ maduras, e polpa bem consistente, de

recei- é envolvê-las em jornal. Não é cor rosada e textura macia e compacta,

possível obter um verdadeiro sumo de sendo mais rica em amido do que em

banana, ainda que sua polpa possa ser açúcar, o que a torna ideal para cozinhai�

misturada ao sumo de outras frutas. assar ou fritai�


537
bananas, medindo no máximo 1 O cm.

Também chamada banana-curta ou Tem fo1·ma cilíndrica, casca fina de cor

banana-do-paraíso, ocorre em dois tipos, amarelo-ouro e polpa doce, de sabo1-

que se diferenciam apenas na cor da e cheiro ag1·adáveis. É muito usada


casca - roxa ou amarela. São pouco para fazer croquetes.

apreciadas devido à polpa amarela e

ao cheiro muito forte. Recomenda-se

consumi-las cozidas, fritas ou assadas.


Fruto reto, de até 15 cm de compri­

mento, casca amarela-esverdeada, de

De tamanho variado, podendo atingir cinco facetas, polpa menos doce e mais

no máximo 15 cm e pesar 1 60 g. É ligei­ consistente que a da banana-nanica, indi­


400g
ramente curva, tem casca fina, ama1-ela­ cada para fritar�

clara, e polpa branca, bem aromática, de

sabor muito apreciado. Recomendada

como alimento para bebês, fica muito Fruto curto, grosso e anguloso, com
gostosa amassada e mistu1-ada com aveia, casca espessa e dura e polpa pouco
biscoito ralado ou fa1-inhas enriquecidas. delicada, mais usada como alimento

de animais domésticos. o

Conhecida também como banana­ Q_

ro

d'água, bana1a-da-china, banana-anã ou (Tneo/Jtot 1c1 rdla()


banana-chorona, tem casca fina, amarela­ É do cacau que se faz o chocolate
esverdeada (mesmo na fruta madura), e através da moagem das suas amêndoas
polpa doce, macia e de aroma agradável. secas por processo industrial ou caseiro.
Cada cacho tem por volta de duzentas Outros subprodutos do cacau incluem
bananas. É a mais consumida crua, poden­ polpa, suco, geléia, destilados finos e sor­
do ser também preparada à milanesa. vete. Aparece nas regiões próximas à

linha do Equador� com destaque para os

estados do Nordeste brasileiro. A polpa


O mesmo que inajá, banana-dedo­ é consumida localmente, mas as semen­
de-moça, banana-mosquito ou banana­ tes (castanhas) passam por processo de
impe1-ador: é a menor de todas as fermentação, secagem e moagem, o que
538

resulta na pasta de cacau, ingrediente A espécie Coffea arabica, conhecida por

principal para o preparo do chocolate. café-arábico, é considerada a de melhor

O cacau era considerado uma fruta qualidade. O café tem propriedades

dada diretamente pelos deuses aos antioxidantes, que combate os radicais

homens segundo à civilização maia e, de livres: no cérebro, a cafeína aumenta a

tão importante, virou moeda de troca. influência do neurotransmissor dopamina.

Nessa época, na América Latina, não se melhora a memória e, conseqüente­

fazia do cacau o que conhecemos hoje mente, o desempenho escolar.

como chocolate. Atualmente, enquanto


400g
o chocolate movimenta globalmente uma p 1 )
economia de 60 bilhões de dólares/ano, (,')110111/1<1.<.· mombit 1)
os produtores de cacau ficam apenas Fruto da cajazeira, parente do cacau,

com 3,3% da renda gerada. tem pele grossa e uma tina camada de

polpa muito perfumada e de sabor

acidulado e levemente adstringente, que

o pode ser comida fresca ou em sucos.

Fruta do cafeeiro, do qual são consu­ Sua "castanha" pode receber o mesmo

Cl. midas as sementes - o café - torradas, tratamento do cacau, gerando uma


ro
u através da preparação de uma bebida pasta de sabor interessante.

estimulante. É servido tradicionalmente


quente, mas também pode ser consumi­

do gelado, ou como aromatizante de 1/7.I• rÍ li 1 1 1 't I

doces (mousses, bolos) e balas. O café É, na verdade, um pedúnculo hipertro­

é um estimulante por conter cafeína. tiado. A fruta do cajueiro é, de fato, a

O café é largamente cultivado em países castanha, que, depois de descascada e

tropicais, tanto para consumo próprio seca, aparece na forma que conhecemos,

como para exportação para países de em p1·atos salgados e doces. O caju


clima temperado. O Brasil é o maior constitui-se de um pedúnculo de cor

produtor e exportador mundial de amarelo-rosada ou vermelha, geralmente

café, seguido pelo Vietnã e a Colômbia. carnoso, suculento e rico em vitamina C.


539

Dele se preparam sucos, doces, passas ou mousse, ou ainda secos. Para comê­
e cajuína, uma bebida sem álcool. Já a lo cru, basta lavar e tirar a pele. A varie­
castanha de caju (o fruto, pmpriamente dade dura pode ser comida com casca.
dito) é dum e oleaginoso, consumido

assado e ge1-almente salgado. A castanha

também pode sei- usada verde nos pra­ (\11n11/10r11 11 1111/Ju/<1)


tos quentes - é o chamado maturi. Na Considerada uma fruta de quintal, pois
África, se prepa1-a um vinho, o mocoro1-ó, seu cultivo não é feito em g1-ande escala,
que em Moçambique tem a fama de mas apenas em sítios, quintais, granjas e
400g
trazer de vota as lembranças perdidas. pomares de fazenda, a carambola está

sempre presente na mesa do brasileiro,

principalmente no Nordeste. Pode ser


(IJWS/J)llD.' t1/,1) consumida ao natural ou no preparo
Fruta trazida da China e do Japão, de geléias, caldas, sucos e compotas.
onde se chama Hoshigaki e é consumida Cortada em fatias e deixada no fogo Ln

como lanche e sobremesa. Deve-se brando com açúca1� fica quase com a o

evitar o consumo da fruta verde, pois o mesma consistência e sabor do doce


alto teor de tanino torna-a adstrigente de ameixa-preta. Na Índia e na China, o_

ro
(ou seja, amarra na boca). A variedade são bastante consumidas como sobre­
vermelha, quando madura é muito mesa; já as flores e os frutos verdes são
doce e mole e requer muito cuidado utilizados nas saladas. É também muito
no transporte para não amassar. usada para decoração.
A variedade conhecida como caqui­

chocolate tem cor alaranjada e riscas

cor de chocolate no interio1� é mais dura


e resistente e não é tão doce quanto a (FJ1111/1oll!'i1/,1 f'xmls.1)
vermelha. Nos EUA. é encontrado em Além da castanha in natu1-a, muito
forma de pudins e saladas, ou como apreciada e saudável, pode-se extrair
acompanhamento para cereais matinais; dela um óleo fino de características
também pode se fazer suco, sorbet similares às do azeite de oliva (não no
540

sabor: mas na composição) e o leite de Dos produ tos preparados com cupuaçu.
cas tanha, extraído como o leite de coco, um dos preferidos é o "vinho" (na ve1·­
que é usado para fazer doces como a dade. um refresco. sem álcool) ; sorvetes,

canjica de milho. além de bolos e tortas. geléias, compotas e licores também


É um fruto com alto teor calórico e agradam bastante.

protéico, além disso. contém selênio,

elemento que combate os radicais livres; F 1qo-da md'd


muitos estudos o recomendam para a { 11rrire r'Cl :ndtl1)
prevenção do câncer: É altamente con­ Fruto de um cacto da América Central
sumido pela população local in natura, mas mais popular na Sicília, puro ou
torrado ou na forma de farinhas, doces na foi-ma de sucos, gelatinas. geléias e
400g
e sorvetes. Sua casca é muito resistente sorbets. Tem cor rosa muito vivo, como
e 1·equer grande esforço para ser extraí­ nenhuma outra fruta. com espinhos na
da manualmente. casca e alto teor nut1·itivo. Por sua capa­

cidade de se desenvolver mesmo com


Uf lluíl� pouca água. é uma fruta com enorme

(Theo/Jroma qrandif/01um) potencial como produto da agricultura

o É outro parente do cacau muito e alimentação nos países áridos.


apreciado, com o qual se faz sorvetes.

o. doces e recheio de bombons. É muito Fruta do conde lpmha,


m
u apreciado por não ser excessivamente che1 i ,1oya)
doce. O azedo suave do cupuaçu o (.�nona Squamosa)
diferencia de outras frutas, pois não é São as variedades do gênero Annono,
enjoativo. Sua polpa também é usada de carne branca e sementes negras e
na fabricação de outros doces, como abundantes. A fruta-do-conde ou pinha
cremes ou pudins, recheio de tortas e é a mais popular no Brasil. tem pe1fume
também no preparo de uma bebida agradável e, pela grande quantidade de
refres cante , adicionado de leite e açúcar: sementes, é em geral consumida crua,
Outro uso do cupuaçu é na fabricação em sucos e mousses. já a cherimoya,

do cupulate , um sucedâneo do choco­ de origem peruana. tem um formato


late , que está se tornando cada vez semelhante a um coração. por isso é
mais popular: chamada fruta do amor: O sabor dessas
541

frutas poderia ser definido como uma

mislura de abacaxi, manga e morango. (Fstdtwn (jllrl/c7Vcl)


Devem ser consumidas assim que
1
amadurecerem, pois ficam pretas e se ({ t/ Od 'f.Jlow1ana)
estragam rapidamente. A goiaba é uma fruta tropical de

polpa cor de creme ou cor-de-rosa e


ut p o pele bem fina. que pode ser ingerida.
(Artocarpu.� altJ/is) Já a feijoa. conhecida vulgarmente po1-
Nativa da Ásia. é cultivada em várias goiaba-se1-rana ou goiaba-ananás. é
regiões tropicais, por seus múltiplos usos 01-iginária das te1Tas altas do sul do
medicinais, para extração de fibras da Brasil. Uruguai e norte da A1-gentina.
400g
casca. pelo cerne resistente da madeira Desta última se faz vitamina e também
e pelos frutos. Foi trazida pai-a o Brasil um vinho. Fora do Brasil é possível
durante o pen'odo colonial. mas, com encontrar iogurte, sucos processados
a chegada da família real portuguesa, e outros produtos à base de feijoa.
foi banida prn- ordem do imperador Tanto esta como a goiaba pode se1-
e quase dizir1ada completamente. cozida em calda - nesse caso. usa-se
Hoje. sobram poucos pés dessa fruta. a polpa localizada entre a pele e os o

Há duas va1-iedades, uma com sementes caroços do centro -. esse doce é


e outra sem (esta mais conhecida). conhecido como orelha. Na Colômbia, é o._

ro

Árvore que chega a medi1- 15 metros: o usada desidratada, resultando numa fruta
fruto g1·ande redondo, de casca amarela seca com consistência de goma, vendida
com saliências. pode pesar mais de 2 em barras. Goiaba em calda, goiabada
quilos: e a polpa é amarela, aromática e sorbet são clássicos brasileiros.
e doce. Pode ser cozido ou assado e

consumido como substituto do pão. t 11


Da outra variedade com sementes. (Passtflora ed11/1s)
apenas estas são usadas. Em alguns É o parente colombiano do maracujá.
lugares, a polpa cozida é misturada Sua polpa. passada por penei1-a, costu­
com leite de coco e assada em folha mava ser servida aos bebês de famílias
de bananeira. abastadas, pois para obte1- uma quanti­

dade razoável é necessário um grande


542

número de frutas. É uma planta da Além de consumidos in natura, também

familias das passifloráceas, 01-iginária das se faz licor� geléia, caldas e aguardente. É
montanhas andinas, com fruto de casca muito cultivada em pomares domésticos

lisa e cor alaranjada com pintas claras. e íloresce duas vezes por ano. Por sua

A polpa agridoce é a parte comestível semelhança com a uva, muitos produtos,


da fruta. como o vinho (há uma vinícola no Havaí

que vem fazendo experimentos com

ela). suco. geléia, licor e vinagre podem


(·1nnon.1 mut 1c.Jtc1) ser feitos a partir da jabuticaba.
Fruto originá1-io das Antilhas, onde se

encontra em estado silvestre. No Bmsil,


400g
tornou-se subespontânea na Amazônia, ( '\1101 11pu:.. /11 le1opliylluL,)
sendo cultivada principalmente nos É um fruto segmentado, como a fruta­
estados do Nordeste. É parente d a do-conde. Nasce diretamente do tronco
fruta-do-conde. Sua polpa é branca e dos galhos mais grossos da jaqueira e
e cremosa, carnuda, suculenta e chega a pesar 1 O quilos e medir 40 cm
ligei1-amente ácida. Os frutos grandes, de comprimento. A fruta é largamente

o de forma ovalada e cor verde pálido, consumida nas regiões tropicais do


pesam entre 750 gramas a 8 quilos Brasil. e em alguns lugares. como no
Cl. e dão o ano todo. Contém muitas Recôncavo Baiano, por exemplo, consti­
ro
sementes pretas. Não é muito fácil tui alimento básico par-a comunidades
comê-la, pois há partes fibrosas rurais. Geralmente é ingerida in natura,
misturadas a polpa cremosa. É mais mas pode sei- consumida cozida ou
popular na forma de suco, bem tr-ansformada em doces e geléias
como de sorbets, balas e vitaminas. caseiras. Na Índia, a polpa é fermentada

e transfor-mada em aguardente. Depois


J 1 de assadas ou cozidas, as sementes
(Myrua rauliflora) também podem ser ingeridas - seu
Seus frutos pequenos, de casca negra sabor é semelhante ao da castanha
e polpa branca aderida à única semente, européia e são consideradas ligeira­
crescem no tronco e nos ramos, dando mente afrodisíacas. Uma fruta pode ter
uma característica peculiar à árvore. mais de 1 00 bagos, de consistência um
543

pouco endurecida ou totalmente mole,

daí a distinção de duas variedades muito /fl ' Ili ,, )


conhecidas popula1·mente prn· jaca mole A polpa lemb1-a o paladar de maçãs
e jaca du1-a. secas. Com ele se faz um licor muito

popula1'. O jenipapo, o fruto do jenipa­

peiro é uma baga subglobosa geral­


l/(/ 11 d llc./<1 l '/ /'' mente de co1· amarelo-pardacenta, com
Árvo1·es da família das mirtáceas, que polpa aromática, comestível. de que se
inclui também as goiabas, cujos frutos fazem compotas, doces, xaropes, bebida
em forma de pêra, têm casca lisa e refrigerante, bebida vinosa, licor; etc.
cerosa, rosada, esbranquiçada ou Além disso, é posível extrair do fruto 400g
vermelha, polpa branca e consistente, e uma tinta preta, muito usada pelos indí­
uma ou mais sementes mais ou menos genas, há milénios, em pet1·óglifos,
esféricas no interior. Todas as espécies cerâmica, cestaria e tatuagens.
são nativas do continente asiático: o

jambo-vermelho, com frutos vermelhos.

adocicados e levemente ácidos; jambo­ (�( / 7/(i/,7 r t /11 li


branco, com frutos esbranquiçados, de Originária da China, teve sua pro­ o

sabor tênue; o jambo-rosa, com frutos dução melhorada e com maior vulto na
rosados de sabor semelhante ao jambo­ Nova Zelândia. Adaptou-se muito bem a.
ro
vermelho. No Brasil, existem duas a outros países subtropicais e se popu­
u

variedades de jambeiros, o jambeiro­ larizou por sua cor e seu sabor leve­
amarelo (ou jambeiro-rosa) - uma mente ácido. Quando madura, é deli­
árvore ornamental, com profusão de ciosa ci-ua. Cozida, pe1-de grande pa1·te
ílores e longos estames rosados -, de suas qualidades, principalmente a cor.
e o jambeiro-vermelho - de frutos A casca é fina, marrom e peluda; a polpa
de casca avermelhada e polpa branca, macia tem sementes pretas. O seu sabor
de consistência esponjosa e sabor poderia sei- desc1-ito como uma mistura
agradável, semelhante ao da maçã. de morango, banana e abacaxi. Usada
O jambo pode ser consumido ao principalmente como cobertura de
natural ou e11 conserva. tortas, há também geléias, chutneys

e sorbets feitos a partir dela.


544

doce e macia, tem cor laranj a forte.

I' Na cavidade central ficam as sementes

Fruta de 01·igem chinesa consumida negras e rugosas, envolvidas por um

sobretudo fresca ou em calda. Recente­ arilo transparente. São consumidos in

mente, virou ingred1 enle popula1· para o natura ou em saladas. sucos e cremes

preparo de drinques (caipirinha e mari:ini). (o famoso ci-eme de papaia nada mais

Tem polpa esbranquiçada e uma só é do que sua polpa batida com sorvete

semente, é bem perfumada e doce. de creme).

Hoje em dia é cultivada com sucesso

no Brasil.

400g
Primeira fruta a "viajar" bem pelo

,/ 11 mundo. É onipresente nos países tropi ­

Pa1·ente andina do abio, onde é cais e exportada em la1·ga escala para os

consumida em maior escala, cozida países mais frios. Tem sabor que vai do

em tortas, sorbets, vitaminas e pudins. bem doce ao ligeiramente ácido. Podem

Seu consumo fresca é raro, pois tem vir do Brasil, África ou Sudeste AsiáLico.

o um retrogosto particular. Há muitas variedades, com uma delas,

ainda verde (e mais azeda que limão) , se


o.. 11 faz, na Índia, o mango chutney. que leva
"'

u
'( também uma pimenta ardida. Há oulra

Quando maduros, são consumidos versão, uma geléia agridoce, que ficou

in natura e em sucos; ainda verdes, são mundialmente conhecida por iniciativa

usados em doces no Brasil, e em saladas, dos colonizadores ingleses, que se en­

no Vietnã e na Tailândia. Contém papaí­ cantaram com essa versão. Acompanha

na, uma enzima capaz de amaciar carnes. perfeitamente lanto pratos da culinária

Este recurso deve ser usado com parci­ indiana como carnes de porco, cordeiro

mônia, pois a carne deixada em contato e frango assadas e em sanduíche. Na ilha

com a fruta por mais de 15 minutos ten­ Reunião, prepara-se o rougail mangue,

de a se desfazer. O mamão papaia tem um molho apimentado feito também

formato mais arTedondado: sua polpa, com a manga verde.


545

Com sabor mais próximo da fi-uta grande e polpa clara, de sabor inigualável
natural, o sorbet de manga é sempre - uma mistura de uva com mo1ango.
um hit no verão. Em Minas Gerais, Deve ser levemente refrigerada e
cidades como Ponte Nova. são conhe­ cortada somente na ho1-a de comei'.
cidas po1· sua mangada - doce de manga

acondicionado em palha ou lata. Em

outms países da Ásia encontram-se usos (Phstf/01cJ ed11/1s)


os mais variados, como o consumo dela A variedade doce pode e deve ser
seca (com consistência de goma), ou comido pum O azedo tem as mais
preparada quando ainda não totalmente variadas aplicações: mousses, pavês.
madura com sal e pimenta. sorbets, bolos. Ambas as va1·iedades
400g
têm um leve efeito t1·anqüilizante e são
1 consumidas cruas. em batidas. vitaminas,
(Hancom1a speciosa) sucos ou geléias. Ultimamente vem sen­
Fruto comestível, também utilizado do usada na cozinha salgada, no p1·eparo
na fabricação de bebida vinosa, muito de molhos frios ou quentes. Na Austrá­
ap1 eciado pr ncipalmente no Nordeste
- ,
lia. é topping ideal para a sobremesa
do país. onde é comercializado nas feiras Pavlova, um merengue criado quando o

e industrializado na forma de sorvetes da visita da famosa bailarina àquele país.


e doces. A rmngabeira é uma árvore de a.

ro
galhos pequenos que produz flores claras u

e pe1fumadas, parecidas com o jasmim. e (Sclerocanya birrea)


a mangaba. uma baga de cor vermelho­ Fruto da maruleira, uma árvore
amarelada, é consumida também por africana. Se mislurado com creme de
algumas espécies de animais silvestres. leite fresco. resulta num licor cremoso,

estável. rico e macio. com sabor de


lÇj caramelo frutado, chamado Amarula.
(Garcinia mangostana) que pode ser consumido puro. "on­
Fruta ext1-emamente aromática do the-rocks". com gelo moído, para cobrir
Sudeste Asiáko que deve ser consumida sorvetes ou ainda no café. Depois do
crua. Tem pele vermelha-escura, semente Bailey's lrish C1·eam. o Amarula é o
produto mais vendido na categoria lico­ do qual se pode consumir a polpa ao

res cremosos, com especial sucesso natural ou como refresco, geléia e doce.
546
no Brasil. O gosto. semelhante ao do melão, não

impressiona muito, e, apesa1· da aparên­

Phy5ah, (ucl111va) cia exótica, o sabor deixa a desejai'.

(Physalis peruv1ana)
Além de ser uma fruta extremamente P1tdr qd
decorativa, devido à cor amarelo-gema (FuqenH sulcara)
e à pele que a recobre (que se parece Fruta azedinha, agradável, que dá um

com uma renda de palha), é deliciosa sorbet superapreciado no Norte e

crua e excelente para geléias por seu Nordeste do país, além de suco e geléia.

grau de acidez muito equilibrado. Evolui de uma cor verde-clara, quando

Conquistou o mundo, sendo exportada imaturo, até um vermelho quase púrpu­

para quase todos os países. Pode ser ra; em tupi-guarani, pitanga significa
400g
consumida fresca, em saladas - dá um "vermelho". Pode ser comida fresca,

toque agridoce à comida -; em forma inteira ou amassada com açúcar para

de geléia ou com iogurte; é usada moderar o aroma de resina. No Paraguai

pa1·a decorar sobremesas ou para e norte da A1·gentina, adiciona-se mela­

preparar sorbets e conservas (em do e, em seguida, faz-se uma infusão*

calda). Também fica ótima envolta da fruta em aguardente.

o em chocolate meio amargo.


P1tomba-da- ha ía e p1tomba­
a. Pinhao do 1101te
ro

(Araucaria angustipolia) (Eugenia /utescens)


Como a castanha portuguesa, é con­ É um fruto pequeno, arredondado,

sumido cozido. O pinhão era importan­ comestível e muito saboroso, facilmente

te na alimentação indígena e ainda hoje encontrado na Bahia, em Pernambuco,

é uma iguaria que inspira muitas receitas. na Paraíba e no Rio Grande do Norte.

É um aperitivo popular no inverno. A árvore é o pitombeiro, e o fruto

colhido de janeiro a abril. É parente


P1ta1a da pitanga, mas não é usado em prepa­

(Hylocereus ssp) rações culinárias; seu consumo é melhor

Nome dado ao fruto de várias ao natural ou na forma de suco. A pi­

espécies do gênero Cereus, cactos tomba, comercializada nas feiras das

nativos do México e América do Sul, regiões Norte e Nordeste do Brasil,


é amplamente cultivada em pomares
.
1
domésticos por todo o país e muito (Spondias pwp111ea)
547
procurada por pássaros. Tem pele fina Nome de uma árvore da famtlia das
e polpa suCJlenta, de cor amarelo- ouro, anacardiáceas, típica das Américas
muito aromática, levemente ácida, com Central e do Sul e bastante comum
sabo1· residual suave de resina. na região Nordeste do Brasil. O fruto,

de mesmo nome, tem fo1·mato oval e,


Pu11J ' quando maduro, assume cores do ama­
(Bactris gas1j1aes) relo ao laranja-avermelhado. Com um
Fruto da mesma planta da qual se caroço do tamanho de uma azeitona
extrai o palmito. freqüentemente grande, polpa muito doce e suculenta e
consumido depois de cozido em água casca bastante fina. Seu consumo é feito
e sal ou na forma de farinha ou óleo de diversas formas: in natura ou na for­
comestível, mas também pode servir ma de sucos, sorvetes, doces, batidas e 400g
de matéria-prima para a fabricação de caipirinhas. Além de ser da mesma famí­
compotas e geléias. A casca da pupunha lia do cajá, é bastante parecido com este.
pode ser vermelha, amarela ou laranja

quando o fruto está amadurecido, de T ma1illo


acordo com a variedade dessa palmeira, (Cyphomandra betacea)
que é também cultivada para a pro­ Nativo dos Andes. o tamarillo ou
dução de palmito. tomate japonês é uma fruta rica em o

vitamina A e eficaz no controle do


'*' p) � colesterol. A fruta é deliciosa ao natu1·al a_

ro

(Manilkara zapola) e seu sabor agridoce também pode ser


Fruta que lembra um pouco o caqui, bem explorado no preparo de sucos,
tanto no sabor quanto na foi-ma, (menor geléias ou compotas, salada de frutas
e mais escura); com uma polpa marrom e molhos para acompanhar carnes.
translúcida, perfumada e doce. Em geral, Pertence à famtlia das solanáceas e
o sapoti é consumido ao natural, mas é cultivado comercialmente na Nova
também pode ser preparado em forma Zelândia, nos EUA (Califórnia) e em
de compota ou de xarope. O látex de Portugal. No Brasil, a fruta é cultivada
sua árvore. originária da América Central em quintais, mais principalmente na
e do Sul, é conhecido como chiclete, com Bahia. Minas Gerais e São Paulo. Na
o qual se fazia a goma de mascai� hábito Bahia, recebe o nome de tomatão; em
que remonta à cultura pré-colombiana. São Paulo é conhecido como tomate
548

••••

francês; em Porlugal, como tomate 11 1l
brasileiro; e no sul de Minas, Lomale " . '

de árvore. Fresco, é consumido ao natural,

chupado quando maduro ou comido


fdmari 1 I > quando "de vez"; inchado ou verde,

serve para as umbuzadas, pasta concen­


Fruto cuja polpa em volta dos caroços trada e compota. Dele também se pode
400g
tem sabor bem azedo. Com ela se faz fazer refresco, suco, sorvete, ou mislurá­
pasta ou extrato um xarope concen­ lo a bebidas (em balidas) ou leite (cm
trado - para dar sabor ácido a algu ns umbuzadas). Industrializado, o f uto se
r

pratos. Comum no lrã, no subcontinente apresenta na forma de sucos engarra ra ­


indiano e na Indonésia. No Oriente dos, doces etc. Também pode ser seco
Médio e no Brasil, esse exlralo é muilo ao sol. Quando não muito maduro, sua

o
usado diluído em refrescos. Originário leve acidez lembra a laranja; quando ma­
das savanas africanas, seu cultivo e expor­ duro, o umbu (ou imbu) é sumarento.
a. tação são explorados principalmente agndoce, e sua polpa é quase líquida.
ro
'-' pela Índia. No Brasil, a fruta é bastante

consumida no Norte e Nordesle. llv 1.1


Dela se fazem sucos e sobremesas. (f '/
largamente apreciados pelo sabor agri­ Fruta muito delicada, de casca ama­
doce . marcadamente ácido. No Sudeste, rela-alaranjada, que nasce espontanea­
encontram-se principalmente polpas menle na região Sudeste. Com ela se
congeladas, o que Lambém oco1-re com faz uma geléia muito boa, que pode
outras fi-utas essencialmente encontradas substituir a de damasco ou de frutas
nas regiões mais quentes do país. ve1-melhas sem fazer feio. Também se

faz um ótimo vinagre, que tem sabor

especial por contei� além do acético.

os ácidos málico e tartárico.


SOPA DE AGUACATE
X IL , O OM IA V u

6 porções

Retire a casca e o caroço e amasse 549


abacates grandes e maduros os abacates.

suco de limão Passe por peneira e pingue algumas

gotas de suco de limão para


, de iogurte
não escurecer muito.
100 de creme de leite fresco
Bata o iogurte com um fouet"', misture
de fundo claro de ave ao abacate e reserve no fundo de uma
desengordurado (ver p. 62) sopeira aquecida (ou bata tudo
colher (sopa) de folhas de coentro em no liquidificador).
chiffonade (ver p. 55) Aqueça o creme de leite com o

tortillas (ou pão árabe) fundo de ave desengordurado até

em quadradinhos, fritas em ferver e desligue o fogo.

Tempere com sal e pimenta. 400g


óleo ou banha
Derrame sobre o abacate já na
sal e pimenla-do-reino
sopeit·a e misture bem.
moída na hora
Decore com as folhas de coentro

e os quadradinhos de tortilla frita


e sirva em seguida.

No verão, se desejar servir a sopa fria,


o
proceda da mesma maneira.

Tudo pode ser batido no liquidificador;


a.

mas tome especial cuidado com a "'

superfície, que tende a escurecer muito

rapidamente (a versão quente não


padece do mesmo problema).

Mantenha coberta a sopeira (que,

naturalmente, não deverá ser aquecida,

mas sim gelada p1·eviamente) com


filme plástico.

Mexa a sopa antes de servir� a

superfície escura vai se misturar à sopa


sem maiores conseqüências.
550

COMPOTA DE MAR 11

rendimento porções

INGREDIENTES Corte os maracujás a o meio,


6 maracujás firmes retire a polpa e reserve as cascas.
"'

350 g de açúcar Passe a polpa por peneira e reserve.


Guarde algumas sementes para
750 mi de água
decoração.
Com uma faca afiada ou descascador
de legumes, retire a part e superficial
400g
da casca dos maracujás (parte amarela),
deixando toda a parte branca.
Limpe por dentro, tirando qualq uer
resto de bagaço.
Depois de lavadas, cubra as cascas
Ln com água e deixe de molho de um

o
dia para o outro, trocando a água
2 vezes durante esse período.
o. Escorra e coloque numa panela.
"'

u Junte o açúcar; a água, 125 mi da polpa


peneirada de maracujá e, se desejar;
algumas sementes.
Leve ao fogo lento e cozinhe até que
se forme uma calda leve (não muito
grossa) e as cascas estejam macias,
mas não se desfazendo. Deixe esfriar;
transfira para uma com pot ei ra .
Sirva a seguir ou refrigere até o
momento do uso.
551

re11dime1110 40 unidades

INGREDIENTES Bata a manteiga e o açúcar na


xícara de manteiga sem sal batedeira até obter um creme
em temperatura ambiente de cor clara.

1/2 xícara de açúcar granulado Junte a castanha-do-pará, uma

pitada de sal, o amido de milho e


2 1/2 xícaras de castanha-do-pará
a farinha previamente peneirados.
em pedaços
Bata em velocidade baixa até
2 xícaras de amido de milho 400g
misturar ou misture com uma
2 xícaras de farinha de trigo colher de pau.
sal Unte uma assadeira e distribua

manteiga sem sal para untar montinhos de massa com uma

colher de sopa, deixando um

espaço entre eles.

Umedeça um garfo e achate


o

ligeiramente cada um.

Asse em forno preaquecido a.

ro
a l 60°C por 1 O a 15 minutos,
até que os cookies estejam

levemente dourados.

Retire do forno, solte-os do

fundo da assadeira e deixe

esfriar sobre uma grade.


552
FRUTAS USADAS COMO A11gólica
llORIAUÇAS OU VICT VFR'A 1 \, 11/tlf(" , ri!..111 ,·/11. )
O tomate é um vegetal-fi·uta. Além Os caules cristalizados da angélica, de
dele há o pimentão vermelho, as pimen­ cor verde intensa, são come1·cializados
tas ardidas, o abacate (dependendo de para decoração em confeitaria. As raízes
em que país se encontra), a abobrinha, e sementes são usadas para aromatizar
o quiabo. Outros bons exemplos disso o gim e a Chartreuse.
são a banana-da-terra (fruta), o ruibarbo
(hortaliça), o pepino, a abóbora, a berin Azeitona
Jela e o chuchu. (( . J/J.J1'·
O ruibarbo apa1·ece quase sempre em O fruto da olivei1·a surge bem verde,

400g geléias, compotas e tortas, muitas vezes depois adquire tons acinzentados,
acompanhando frutas como maçã ou em seguida fica dourado, castanho,
morango. Isso se deve ao seu sabor arroxeado e, po1· fim, preto, portanto,
azedo e herbáceo, já que não apresenta quanto mais escura for a azeitona,
muitos atributos além destes: diz-se que, mais tempo ela terá ficado no pé.

associado a frutas, ambos se beneficiam Cerca de 20% de sua composição é


- o sabor perfumado das maçãs, por azeite de oliva, que, como todos os
o
exemplo, e o azedinho agradável óleos vegetais, não contém colesterol:
do ruibarbo. além disso é rico em ácidos graxos
a.
co insaturados, que são benéficos para
u
aumentar os níveis do chamado

colesterol bom (HDL), no entanto,

é muito calórico. Depois de curada,

a azeitona é consumida como aperitivo

e usada cm pratos de carnes, massas

e saladas. Antes de estai· próp1·ia

para consumo, a azeitona retii-ada

do pé precisa ser processada.


553
Um dos processos que podem ser utili­ Guamoba
zados é próprio da região de Algarve,

pelo qual o fruto é primeiramente É uma palmeira cujo fruto, dado em


curtido, ou seja, processado para tirar cachos, tem coloração verde-amarelada,
o sa-bor amargo que tem quando com uma amêndoa branca oleaginosa
apanhado da árvore. Uma das formas comestível. Entre seus produlos destaca­
de processar a azeitona é deixá-la de se o palmito ou broto terminal, consi­
molho em água durante vários dias, no derado por muitos como verdura de
Algarve, no entanto, acrescenta-se sal sabor amargo, o que é de fato, se
de cozinha à água da curtimenta. Para comparado aos palmitos doces da mata
a azeitona não ficar salgada, ela é depois Atlântica. O palmito da guariroba é uma
passada por água fervente, novamente iguaria de largo aproveitamento culinário, 400g
posta de molho e finalmente temperada especialmente em algumas regiões de
comervas aromáticas. Outra forma de Minas Gerais e Goiás, no recheio do
consumir o fruto é através do azeite empadão goiano ou como acompanha­
de oliva, resultado de um processo mento perfeito para o colorido arroz
originariamente mediterrâneo no qual com pequi. O recheio do empadão,
o fruto passa por uma prensa a frio alimento substancioso e fortemente
que lhe extrai o sumo. Na gastronomia temperado, além da guariroba, deve o

portuguesa e brasileira, a azeitona é conter pedaços de frango (de prefe­


utilizada principalmente como aperitivo, rência coxas) lingüiça, batata, ovos
a.
"'

mas também como ingrediente de alguns


'-'

cozidos inteiros ou apenas partidos


pratos típicos, tais como o bacalhau à ao meio e tomates maduros.
Gomes de Sá. Um alimento antigo, clás­

sico, mas muito respeitado pela culinária

contemporânea. Éa alma da dieta me­

diterrânea e, nos dias atuais, está pre­

sente em grande parte das cozinhas.

Além dos beneffcios para a saúde, o

azeite adiciona à comida sabor e aroma

pecul ares.
Pequi
(Caryorar bÍÊsí/iense)
No Centro-oeste, a polpa é usada na
554
cozinha salgada, em pratos com frango

e arroz, com peixe, carnes, no leite ou

ainda na forma de um dos mais aprecia­

dos licores de Goiás. Comer pequi, além

de saudável e agradável, é uma ciência,

quase uma arte - sua polpa macia e


() '"'11 í1 11
saborosa deve ser comida com cuidado
l '
Jll 1 l por causa dos espinhos que envolvem a
L castanha, por sua vez. rica em vitamina A

O pequi é uma fruta nativa do cerrado

brasileiro, muito utilizada na cozinha do


l i- t-> l Ht

400g 1u. 1P(t l fr Nordeste, do Centro-oeste e do norte


t Ili lll 1 de Minas Gerais. Dele é extraído um
C" f· ,,� , 11, mt r,11
azeite. O sapor e o aroma dos frutos são
<l' C' pwho· l'V i1 1 1

v·;tr>•. f ff 1 ....·111 ) : muito marcantes e peculiares. Símbolo


'
�j L 1 ( - it •I •I máximo da goianidade, o pequi pode
1 eU- r'ir também ser encontrado em Rondônia,
t J p 1
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
- t t • l 1

o
1 Gerais, Pará,Tocantins, Maranhão, Piauí,
1t ) 1
1
1 t l ' Bahia e também no Distrito Federal.
1
1
a. Pode ser conservado tanto em essência
"'
u
quanto em conserva.
t '' l )(J 11
J, úr , " r lc
111 ' 1v. l Rui barbo
(Rl!eum rhanpontícum)
" e 1 e_ '- (dl
São caules grossos (semelhantes aos
do aipo, mas sem nenhum parentesco)

de cor rosada e extremidades verde

pálido. Não se usam as folhas e reco­

menda-se escolher talos novos e tenros

- os mais velhos, de cor mais intensa,


têm sabor quase amargo e textura

muito fibrosa.
GRANOL
r e nd1 111 e 11 1 o 6 p o rç õ e s
555

INGREDIENTES Coloque o ruibarbo numa panela,


1 /2 kg de ruibarbo polvilhe com açúca1� tampe e cozinhe
(só a pa1·te rosa ou avermelhada) em fogo baixo por 1 O minutos,
em fatias de 2 cm verificando de vez em quando se não

70 g de açúcar 01-gânico está secando muito (se necessário,

(não muito escuro) adicione água aos poucos).

Acrescente os morangos ao ruibarbo,


250 g de morango bem
mexa delicadamente e cozinhe por
maduro picado
mais 5 minutos.
80 g de farinha integral
Preaqueça o forno a l 90ºC.
400g
50 g de manteiga sem sal No processador, bata rapidamente
em pedacinhos (com a tecla pulsar) a farinha de trigo

1 /2 xícara de granola ou integral e a manteiga por 30 segundos

müsl1 ou até que a mistura fique parecendo

colher (sopa) de aveia uma farofa grossa.

em flocos Numa vasilha, coloque a granola (ou

müsli), os flocos de aveia, uma pitada o


canela em pó
de canela, uma pitada de noz-moscada
noz-moscada 1-alada na hora
e uma pitada de pimenta-da-jamaica. Cl.
co
pimenta-da-jamaica em pó Misture e transfira para a vasilha

manteiga sem sal para untar do processador.

Processe rapidamente para misturar.

Unte um refratário de 20 cm x 1 O cm

ou travessa de cerâmica com manteiga e

espalhe o doce de morango e ruibarbo.

Cubra com a mistura de granola e leve

ao forno por aproximadamente 45

minutos, ou até dourar.

Retire, deixe amornar um pouco e

sirva com coalhada, creme chantilly

(ver p. 480) ou sorvete de creme.


PATACONES

l!lld 111 1'11 I µesso�s


556

INGRrTI NI Numa pa n ela ou fi-igideira, aq u eça


1 li1ro de óleo o óleo em fogo baixo.

3 litro de águ a salgada Numa vasil h a. coloqu e a água salgada e

bem gelada mergulhe as bananas por 30 minutos.


Escorra bem e reserve a águ a.
) bananas-da-terra quase verdes
Pré-frite as rodelas de banana até ficarem
em rodelas de J 11
macias, mas sem deixar pegar cor (o óleo não
sal grosso moído
deve estar- muito quente), cerca de 5 minutos.

Retire com uma escumadeira de melai

e deixe esco rre r em papel absorvente.


400g
Cubra as rodelas de banana previamente fritas

com papel-manteiga e pressione-as com a

palma das mãos (ou um martelo de carne,


ou fu ndo de uma pan ela pesada ) , para que,

a c h atadas, fi quem com a espessura de

0,5 cm e com diâmetro bem maio1'.


Na Costa Rica, chamam-se plá tanos a
o

puíietazos, ou seja, "bananas ao murro",

literalmente.
Cl.

"'

<..)
Enquanto isso, aumente a chama e deixe

o óleo esquentar mais.

Mergulhe novamente as bananas na vasilha

com a água salgada bem gelada e escorra bem.

Frite as banan as em seu novo forma to por

1 ou 2 minutos, até que e st ej am douradas


e crocantes.

Esco1-ra n ovament e em papel absorvente,

polvil h e com sal grosso moído e si1 va em


·

seguida como tira-gosto, acom p a nhand o

drinq ues, bebidas geladas e sucos.


557

nd 1 n 75o g

Numa caçarola, junte a berinjela,


1 1 de berinjela em rodelas metade do açúcar e a água

1 k� de açúcar e leve ao fogo.


400g
Quando levantar fervura
litro de água fil1.rada
acrescente o cravo, a canela e ,
2 cravos-da-índia
aos poucos, o açúcar restanle.
2 canelas em pau Abaixe o fogo e cozinhe
mexendo até o doce ficar

num ponto de geléia mole. Ln

Após retirar do fogo, o

coloque numa vasilha, ::>

deixe esfriar, tampe e a.

"'

conserve na geladeira.
Cozinhar num estabelecimento Com relação ao serviço, é muito

comercial é muito diferente de cozinhar importante que no cardápio constem

em casa. Apesar das receitas serem as alguns itens que possam ficar prontos
mesmas, o modo de produção é outro. com certa antecedência, que exijam
559
Num restaurante, a variedade e a métodos de cocção diferentes para
quantidade de pratos servidos ao não sobrecarregar nenhum equipa­
mesmo tempo é quase sempre muito mento e que pe1·mitam ser finalizados
grande, e são necessários vários com rapidez.
profissionais trabalhando de forma Em suma, o cardápio é ferramenta
coordenada para se chegar a um só fundamental para o sucesso de um
objetivo: a satisfação do cliente. negócio. Quando se define um cardápio,

não se pode ter certeza de que todos


os pratos farão sucesso ou de quais
Numa cozinha comercial não basta sairão mais ou menos, mas é preciso
saber executar bem uma receita. Apesar estar certo de que todos os pratos
de este ser um requisito básico, ele é poderão ser executados e que chega­
400g
apenas um dos muitos necessários à rão ao cliente exatamente da forma
produção. Fazer com que o prato que foram planejados.
rn
chegue rapidamente à mesa do cliente _e

dentro do padrão estabelecido -

quente, bem apresentado e ao mesmo A brigada de cozinha é dimensionada


o

tempo que os outros pratos da mesa - a partir do cardápio. O volume de rn

exige grande dose de planejamento. trabalho e a complexidade dos pratos o

e
Tudo começa no cardápio. Para executados é que definirá o tamanho
Q)

o cliente, deve ser um retrato do e a especialidade dos cozinheiros


conceito escolhido para o restaurante - necessários para a operação. Um
>

decoração, localização, serviço, especiali­ estabelecimento que tenha um


dade -, mas, para o estabelecimento, cardápio basicamente de massas
o cardápio é muito mais do que isso. não precisará, por exemplo, de um
É a partir dele que se pode dimensionar especialista em grelhados. Já um
a cozinha, a equipe e o espaço para restaurante de alta gastronomia pode
estocagem de matéria-prima, assim precisar de diferentes profissionais
como os eqJipamentos e utensílios trabalhando em setores diversos dentro
que serão necessários à produção. da cozinha para o bom funcionamento
Um cardápio bem planejado ajuda a da ope1·ação. A seguir· estão relacionados
evitar a perda de ingredientes e a os vários tipos de profissional que po­
compra de produtos fora da estação. dem ser necessários:
CARGO FUNÇÃO

CHfF Principal executivo da cozinha,


o chef (com experiência na função)
é o responsável pela brigada.

SOUS-CHEF Segundo no comando; assistente


e substituto do chef.

560
CHEF DE PARTIE: Responsável por cada praça, ou setor
na cozinha. Podendo ser:

SAUCIER Prepara molhos, salteados e braseados.

ílOllSSEUR Prepara carnes e aves assadas.

GRILLARDIN Prepara grelhados.

POISSONNIER Prepara peixes.

POTAGER Prepara sopas.

400g GARDE MANGER Responsável pela cozinha fria, ou seja,


pelo preparo de patês, terrines, canapés,
saladas e molhos frios.
ro

..e

e BOUCllER É responsável pela limpeza, o desossa-


menta e o corte de carnes e aves.
o
u

ro
lEGUMIER Prepara legumes para a cacção.
"'

e
ENTREMETIER Responsável pelas guarnições, ou seja,
Q)
amidos, ovos e frituras por imersão.

>
TOURNANT Não tem uma praça específica ("tourner"
significar "girar"), trabalha onde for neces-
sário; deve dominar muitas técnicas.

PÂTISSlER Prepara massas e doces.

ABOYEUR Responsável por "cantar" as comandas


para a cozinha (embora possa parecer
uma função menor. dela depende todo o
ritmo do turno muitas vezes, o aboyeur
é o sous-chef ou o próprio chef).
Antes de abrir um estabelecimento Verifique a legislação tributária vigente
consulle as normas da Vigilância de acordo com o tamanho da empresa
Sanitária: procure a portaria vigente que pretende abrir.
iunto à Anv1sa (Agência Nacional de Também são importantes alvará de
Vigilância Sanitá 1-ia) pai-a adequar-se funcionamento, registro no Cadan (para
561
às normas de: colocação de placas e letreiros), registro

de nome, aberlu1-a da empresa (para

obtenção do CNPJ, sem o qual não


Revestimento para piso, paredes, se pode fazer quase nada) e certificação

iluminação. definição de espaços etc. de bombeiro.

Vestiários, banheiros (número e

condições, para funoonários e Cozinhar profissionalmente, seja


clientes), vias de acesso etc . fazendo a produção de sobremesas

a1 lesanais para venda num restaurante,


Normas ce higiene para seja dirigindo seu próprio estabeleci­
manipuladores. mento, exige, além de cuidados com
400g
a técnica e o preparo dos a limentos,

Temperaluras de a1-mazenamento, grande responsabilidade com a segu­


rn
durabilidade de produtos manipulados, rança e a higiene alimentai: Aqui são .i::::.
e
entre outros. mencionados os pontos mais impor ­

o
tantes, enlretanto, o profissional deve u

também buscar as normas vigen les rn

<n
São os documentos necessários, tais adequadas à sua área de atuação. o
e
como comp-ovantes de dedetização e A contaminação dos alimentos pode
Q)
limpeza de caixa d'água, por exemplo. ocorrer pela presença de bactérias, vírus,

fungos e parasitas. Esses microorganismos >

podem ser evitados, eliminados ou


Verifique qual sindicato atende ao deslruídos se os procedimentos de
tipo de eslabelecimento que você higiene e segurança forem colocados
pretende abrir e conheça a convenção em prática.
coleliva atual (tipo de estatuto que A procedência do alimento, as
o regulamenta). instalações pai-a a manipulação e a

armazenagem, assim como os proces­

sos que envolvem a apresentação do


Certifique-se de que o imóvel que alimento ao consumidor final, são
pretende alugar ou comprar tem toda aspectos determinantes no quesito
a documentação em ordem. segurança alimentar.
Armazenagem de lixo: que deve

Escolha fornecedores de confiança e ser colocado em local reservado

que possuam certificados das normas especialmente para este fim, fechado
562
e leis vigentes. e, de preferência, refrigerado até o

No momento do recebimento dos momento de ser retirado (de acordo

alimentos: com os horários estabelecidos para

Certifique-se das boas condições a coleta).

do alimentos (aparência, cor, odor); Vestiários e sanitários para funcionários:

evite a entrada em sua cozinha devem estar situados em área sepa1·a­


de alimentos inadequados para da e próxima à entrada para que
o consumo. todos entrem nas áreas de manipu­

• Verifique a temperatura de alimentos lação limpos e uniformizados.

resfriados e congelados. • Áreas de manipulação: devem ser


• Verifique as condições de higiene separadas por setor; bem iluminadas

durante o transporte e o estado das e bem ventiladas.


400g
embalagens. • Boqueta Uanela ou área de saída de
• Se possível, visite o fornecedor para pratos montados para o salão): deve
ro
conferir que cuidados ele dispensa à ser separada da janela ou á1·ea onde
e::
operação. são devolvidos os pratos depois de
o
• Verifique a integridade da embalagem consumidos.

ro dos produtos secos.


"'
• Verifique a data de validade de todos
o

os produtos. A manipulação inadequada é um


e::

• Convém também verificar o uniforme fator recorrente na contaminação de


e a identificação do entregador. alimentos.Treinamento, conscientização
>

e controle constante são fundamentais


111 L ,t para manutenção dos padrões

No projeto do restaurante ou da área estabelecidos.


de produção, devem ser previstos espa­ Quanto à higiene e saúde pessoal,

ços para: deve observar que:

• Entrada de matéria-prima: área reser­ •Todos os funcionários passem por


vada com espaço para conferência de exames médicos admissionais e

peso e temperatura, pré-higienização periódicos.

e troca de embalagem (por exemplo, • Os funcionários se apresentem


caixas de madeira por engradados diariamente limpos, de barba feita e

plásticos) . unhas aparadas, trajando uniforme

L
c ompl eto e li mp o (in cluindo touca
de cabelo e luvas d escartáveis , estas, O rgan ize seu estoque de alimentos
porém, rão são obrigatórias), livres não-perecíveis de forma a utilizar
563
de pe1iume, maquiagem e adornos sempre os produtos com vencimento
(brincos, anéis etc.). mais próximo (PEPS - p ri mei ro que
• O funcionário que apresentar entra, primeiro que sai). O e stoq ue deve
problemas de saúde ou doenças estar situado em local fresco, ventilado
transmissíveis deve ficar afastado e os produtos não podem estar em
do traba ho du 1-ante o tempo contato com o chão.
determirado pelo médico. A te mperatura de geladeiras e freezers
• Tod os os ma nipuladores de alimento deve ser periodicamente conferida:
devem lavar as mãos antes de inicia1- e as temperaturas de resfriamento
uma atividade, após usar o banheiro, (2ºC a 4ºC ) e conge lamento (abaixo
ap ós as refeições, após fumar e sem­ de -1 ºC), re spe itad a s.
pre que m a ni pul ar outros objetos Nas geladeiras e freezers todos os
400g
(telefone, papel, caneta etc.). alimentos armazenados devem estar
em re ci pien te s limpos, cobertos e
rn
li 11 111 e tique ta dos (com nome do produto, _e
e
As superfícies de trabalho, os data de fabric ação e vencimento) e
o
utensílios e equi pamen tos aos q ua is organ iz ados de manei1-a a evitar u

os alimentos são exp ostos são focos contaminação cruzada. Os alimentos rn

de transferência de mic roor ganis mos. crus nunca devem ficar sobre alimentos o
e
Quando essa transferência se efetiva, cozidos. Se possível tenha geladeiras
Q)
dá-se a con tam in açã o cruzada. Para sepa ra das para os diferentes produtos,
evitá-la, ma1ipule produtos em áreas como carnes separadas de frutas e
>
separadas ou higienize adequ ad amen te legumes, por exe mplo .

os planos de tr abal h o, utensílios, equipa­


mentos (lavando com detergente neu­
tro, enxaguando e desinfetando com A cocção é a maneira pela qual
álcool 70ºGL) e as mãos ao trocar de eliminamos microorganismos através
al imento a ser manipulado. do calor e os tornamos seguros para
A cont am inaç ão cruzada também o consumo.
se dá q uan do acontece o contato de Em geral, a partir de 74ºC as bactérias
alimentos crus contaminados com são destruídas. Para a eliminação de
alimentos já cozidos. alguns microorga nismos podem ser
564

necessárias temperaturas mais elevadas do inter·ior'. É extremamente p er·igoso

e maior tempo de exposição ao calor'. deixar peças semicozidas para finalização


Assegurar-se de que os alim entos posler·ior (de um dia para o outro.

foram cozidos por completo é funda­ pr inci palmente ), pois a temperatura do


mental para o controle de segurança. centro da peça permanecerá durante

Peças grandes de carne e aves inteiras um longo tempo na zona de risco para
ao serem cozidas requerem atenção crescimento e multiplicação de bactérias

especial, pois o exterior cozinha antes (vide quadro abaixo).

400g

ro
Art'�.11 ,k 0 1d1.,, srr
e , ,. nl -t" ''Plpl• e
OºC a 5ºC As bactérias ficam
N
o
O' 1lll11.'!1l I' J 1 1 l I' "adormecidas" e não
u C!Ul� -.,'l) 1 t_,I V ("(
" . LI'
se reproduzem; estão
ro (I L't <IU ''L <,,•ik
inativas mas viva s.
t.11 Ll1 t.\ •11 rn..i pJS_JJc'
o
e '\Jc t P' ' 1 1d.1J1l
Q) (_(lJ') ' .,) 't. (1l (_ ..1 5ºC a 37°C As bactérias voltam à
,1•c1.cb:1ic 111.' i ativ idade ou permanecem
(/)

..�En
-' 1
1nn '"<• L\ .1 ativas, mas se multiplicam
>

r'mr 1!.11.11l J ·V< t lentamente.


1·eJ 10· J1.1 ' Pl e\:'

n.H '-t"' .... l1 \..\.P ll


37ºC a 63ºC Zona de risco!
1J0s<.J'... '-' 1.m,., _ .'' .1v1J.., e
As bactérias estão
u..'nv 1le�'-ente Jev..:n •
ativas e se multiplicam
ev1l 1• ..J "-'-'Jl """lHJ J,,,..., 1
rapidament e.
t po «e 1l111K'nk1.
_e1nl11 e �e d·� quE. "
l\'''l'•'i1:...1[11ird,1u.;> SPlllj)I ;,> 63ºC a 100ºC As bactér·i as par·am de

€' d0 <.C':111hf''l'O \)l dC' se multi plicar e morrem


ê.t ·�1elt,111 enl•'· gradualme nt e .
565

Com base na tabela de temperaturas A presença e o desenvolvimento dos


se pode dizer que a temperatura microorganismos nocivos à saúde nos
ambiente é a ideal para a multiplicação alimentos se devem basicamente a
de bactérias, portanto, o resfriamento': quatro fatores: proteína (presente no
é essencial para evitar essa proliferação. alimento) umidade, tempo e temperatura.
Todo aliMento preparado para As pnnc1pais patogenias geradas por
consumo posterior deve necessaria­ esses microorganismos são:
mente ser resfriado de maneira

adequada. BOTUI ISMO


O resfriamento pode ser feito em
equipamento especial para este fim Clostridium botulinum 400g

(resfriado1·es rápidos) ou at1·avés de

um banho-maria* de gelo imediata­

mente após a cocção. Através da ingestão de produtos e::

enlatados de baixa acidez impropria­ o


u
mente processados - alho em óleo,
O reaquecimento de alimentos é sobras de batatas, cozidos, alimentos
um ponto crítico do processo, uma fermentados, ovas de peixe e palmito.
o
e::

vez que os alimentos podem ter sido Q)

contaminados após a cocção (durante


o resfriamento ou o armazenamento) Náusea, vômito. vertigens, distúrbios >

e, se não forem reaquecidos apropriada­ visuais, inabilidade de deglutir, paralisia


mente, as bactérias ah contidas podem respiratória. É fatal em 35% a 60%
entrar em atividade. dos casos.
Isso se dá porque, na maioria das

vezes, o reaquecimento não é feito

à mesma temperatura da cocção, Evitai· enlatados caseiros; acidiócar os


não eliminando portanto os possíveis alimentos; refrigerar os alimentos; resfriar
microorganismos. rapidamente as sobras.
566

CISTICERCOSE/TENÍASE
Início repentino, dia1Téia com muco,

Taenia solum e Taenia saginata do1-es abdominais, desidratação rápida e

colapso, sede intensa, dores musculares

nas extremidades.

Principalmente pelo consumo de

carne suína ou bovina crua e malpassada.

A cisticercose também é transmitida Boas práticas de higiene pessoal,

através das mãos, da água, ou alimentos usar água de fonte tratada, cozinhar

crus contaminados com ovos e larvas bem os alimentos. resfriar'� rapidamente

da Taenia solum. os alimentos.


400g

ENTERITE por Escherichia co/i

ro Dependendo de onde os cisticercos


e se alojarem, podem ocorrer crises Escherichia coli

o convulsivas, cefaléias, vômitos. alte1-ações


u
de visão, hidrocefalia e até morte.

Através da ingestão de carne moída


o
e crua ou mal cozida, queijos e leite não
Manter boas práticas de higiene pasteurizados.
pessoal, cozinhar as carnes a
>
temperaturas internas mínimas.

Diarréia - às vezes sanguinolenta ,

CÓLERA dores abdominais severas, náuseas, vômi­


to e febre ocasional.

Vibrio cholerae

Cozinhar completamente a carne

Através da ingestão de água, peixes moída; resfriar rapidamente os alimentos;


e fi-utos do mar, pepino, vegetais crus, evitar contaminação fecal por m anipula­

alimentos misturados e úmidos. dor através de boas práticas de higiene

pessoal.
567
FEBRE TIFÓIOE
Náusea, vômito, dia1-réia, espasmos
Salmonella typhi abdominais.

Através de aves. carnes, casca e gema Manter controle cuidadoso de


de ovos alimentos altamente protéicos temperatura, tempo e métodos de
- leite. moluscos. resfriamento* rápido; manter os

alimentos quentes acima de 60ºC;


reaquecer sobras a 74ºC por pelo
Mal-estar; cefaléia, febre alta persistente. menos 15 segundos; usar recipientes
tosse, anorexia, vômito, náusea, abdômen limpos para o armazenamento. 400g

distendido, calafrios, delírio, disenteria

(fezes muco-sanguinolentas). GASTROENTERITE por Clostridium ('()

Perfringens e:

Manter boas práticas de higiene;


u
C/ostridium perfringens
('()

utilizar leite e ovos pasteurizados; "'


"'

cozinhar ou resfriar os alimentos o

e:

corretamente. Através da ingestão de carnes cozidas, w

aves, molho de carne e leguminosas que


GASTROENTERITE por Bacil/us cereus tenham sido resfriados lentamente. >

Bacil/us cereus

Dores abdominais, diarréia e, ocasio­

nalmente, desidratação e prostração.


Através do armz e pratos à base
de arroz, molhos, temperos, mistu1-a 1 li
de alimentos desidratados, especiarias, Manter controle cuidadoso de tempo
pudins, cereais. cremes e pratos à e temperatura no resfriamento e rea­
base de vegetais e sopas. quecimento de carnes, aves cozidas
e pratos e produtos à base de legumi­

nosas a 74ºC por pelo menos 15 segun Náusea, vômito, dia1Téia, desidratação,
568
dos; mante1- os alimentos aquecidos salivação excessiva, sudo1-ese.
acima de 60ºC.

HEPATITE A Manter boas práticas de higiene

pessoal; higienizar o equipamento; afastar


Vírus da hepatite A os manipuladores com afecções de pele;

fazer refrigeração correta e resfriamen

to" rápido dos alimentos preparados;


O vírus é eliminado nas fezes e

transmitido pela ingestão de água, gelo, SALMONELOSE


marisco, leite e derivados contaminados.

400g Bactérias do gênero Sa/monella

Fadiga, náusea, perda do apetite,


ro

..e vômito, dor abdominal e, após alguns Através da ingestão de aves, carnes e
e

dias, icte1-ícia. produtos cárneos, leite, casca e gema de


o
ovo, molhos e cremes à base de ovos e

ro
outros alimentos protéicos.

o Manter boas práticas de higiene


e
pessoal. adquiri1- mariscos de fontes
Q)

aprovadas, pasteurizar leite, evitar Dores abdominais, dor de cabeça,

>
contaminação cruzada e usar água náusea, vômito, febre, diarréia, anorexia
de fontes seguras. e, ocasionalmente, forte desidratação.

INTOXICAÇÃO POR Staphylococcus

Evitar contaminação pelos


Staphylococcus aureus manipulado1-es através de boas práticas

de higiene pessoal; evitar contaminação

ci-uzada; refrigerar alimentos; cozinhar


At1-avés da ingestão de p1-esunto e carnes de aves até a temperatura
carnes em geral, alimentos aquecidos, interna de 74ºC; pasteurizar ovos
derivados de leite, cremes e saladas de e leite.
batata, doces e alimentos proté1cos.
61 Fundo de vegetais
H7 Batata frita e Fundo escuro bovino
JrjO Blinis com ovas e creme azedo 66 fundo escuro de ave
184 Bolinho de arroz arborio (arancini) 94 Garam masala
25'1 Bolinho de bacalhau IOJ Molho de tomate
348 Canapé de duxelles com ciboulette 102 Molho espagnol
151 Chips de cará 94 Ras el hanout

3·'18 Club sandwich 101 Velouté de ave


2•18 Goujon de pescada
238 Gravlax
161 Mandioca frita •186 Calda de açúcar
2:1 Manjuba frita 503 Calda de chocolate
15) Onion rings 492 Coulis de morango
387 Pão de queijo ("Cozinhas do Brasil") •180 Creme chantilly
556 Patacones (tostones, chicharritas, 484 Creme de manteiga

tostoncitos) 47b Creme inglês

·178 Creme pâtissiere


479 Creme pâtissiere com café
290 Codorna assada ao Porto com 478 Creme pâtissiere com chocolate
cogumelos 480 Creme pâtissiere légere
291 Confit de pato ·181 Curd de maracujá
29/ Frango à Kiev 483 Frangipane (creme de amêndoa)
285 Fr·ango de leite assado com limão- 482 Ganache aerada

siciliano, pimenta vermelha e ervas 482 Ganache básica


287 Fricassé de frango ,181 Lemon curd
289 Galinha-d'angola à l'ancienne 465 Massa de amêndoa
293 Magret de pato ao molho de laranja 466 Massa de chocolate
288 Perdiz com molho escuro 460 Massa folhada
286 Peru à brasileira renovado 473 Massa para baba e savarin

(massa básica de brioche)


•+85 Merengue francês
100 Béchamel 485 Merengue italiano
70 Caldo de carne 485 Merengue suíço
69 Court bouillon 1
· 63 Pão-de-ló de chocolate
68 Fumet -163 Pão-de-ló (génoise)
62 Fundo claro bovino 457 Pâte à choux
62 Fundo claro de ave 454 Pâte brisée (crocante)
63 Fundo claro de vitela 451 Pâte sablée (arenosa)
64 Fundo de peixe ou crustáceo 455 Pâte sablée com farinha de amêndoa
4'' Pâte sucrée de chocolate amargo

(crocarte) Aspic
3� 1
49'> Praliné de amêndoa 3l Galantine de frango

361 Lingüiça de pernil de porco


ol t 359 Massa de pâté en croOte
1 1 Biscoito amanteigado 356 Mousseline de frango
<167 Bolo quatro quartos 360 Recheio de pâté en croOte
390 Bolo Souza Leão 36 l Roulade de frango
501 Bombom de caipirinha 1[8 Terrine de fígado
551 Cookie de castanha-do-pará
•LO Cookie de chocolate e nozes
11 Donuts 261 Calamares en su tinta
46° Língua de gato 2. Camarão em seu jus
4•!1 Muffin de maçã 21 1 Camarão grelhado com casca
501 Trufa ') Cebiche de camarón de la sierra
468 Tuiles ecuatoriana

51) Curry de camarão com leite de coco

26/ Gratinado de siri


312 Blanquette de vitela 264 Lula grelhada
312 Carne com legumes à chinesa (sti1- fry) 2d Moules marinieres
371 Carne de panela com molho ferrugem 21') Ostra gratinada com zabaglione de
376 Carne-de-sol assada em manteiga champagne
de garrafa Polvo à la marseillaise
26
310 Contraflé assado com mostarda e sálvia Vieira à la nage thai
2
32J Cotoletta alia milanese
311 Escalopinho de vitela ai limone

9) Filé-mignon de porco em crosta 3b Arroz branco tradicional


de especiarias 18 Arroz integral
ri., Guisadc de carne-seca 180 Arroz pilaf
3 ) Jabá de tirinhas tingido em colorau 1E Arroz selvagem com castanha-do-pará
319 Lombo de porco com laranja e cebolinha
118 Miolo de alcatra braseado 189 Cassoulet
393 Pato ao tucupi 18 Couscous marroquino com
519 Pato com vinagre balsâmico e frutas damasco e passa
vermelhas 391 Farofa tradicional
315 Pernil de porco à la nivernaise 318 Feijão tradicional
3/5 Pot-au-feu 379 Feijoada
311 Roast beef de panela
188 Feijões picantes com coentro e manga
18� Granola salgada l Molho cremoso de queijo de cabra
190 H ummus )0( Molho pesto
18) jasmine 'i2 1 Mostarda di Cremona
19 Lentilha guisada lit Óleo aromatizado com extrato
199 Massa de açafrão de tomate
199 Massa de alho me Pimenta-malagueta curtida
198 Massa fi-esca com ovos (receila básica) 1/ / Ragout de cogumelos
199 Massa verde 20 l Ragu alia bolognese
199 Massa vermelha 11 Relish de pimentão

389 Pérolas de tapioca agridoce 10 Salsa mexicana


193 Polenta 8-, Sal sa ve i de
-

19) Quibe de proteína texturizada de soja 10·1 Sauce béarnaise


192 Quirera ou canjiquinha 10 Sauce hollandaise
199 Ravioli di magro (com espinafre e ricota) 14 Vinagre infuso
183 Riso ai salto 1 Of Vinagrete
181 Risoto (receita básica) 107 Vinag1-ete de ervas e alho
183 Risoto de funghi 10 Vinagrete de limão ou citronette
182 Risota de queijo brie com presunto cru 10 Vinagrete de mostarda e mel
182 Risoto de tomate, manjericão, pinoli e
mussarela
86 Spaghetti com ervas aos punhados 211 Eggs Benedi ct

211 Fritada de abobrinha com Gruyere


215 Omelete dobrada
345 Azeite de ciboulette 216 Omelete estilo francês
344 Azeite de tomilho 218 Omelette Agnes Sorel
111 Beurre blanc 218 Omelette à la bouch ere
111 Beurre rouge l') Omelette à la boulonnaise
343 Chaud froid 219 Omelette à la bruxelóise
109 Chutney de ameixa fresca 219 Omelette à l'eslragon
358 Compota agridoce de cebola 218 Omelette a1-chiduc
107 Coulis de pimentão vermelho 219 Omelette aux champignons
341 Creme azedo (sour cream) 21 Omelette bretonne
341 Creme azedo rápido 219 Omelette châtelaine
105 Demi-glace 211 Ovo cozido
105 Glace 212 Ovo escalfado
340 Maionese 208 Ovo estrelado
112 Manteiga composta de mostarda e salsa 209 Ovo frito
201 Molho Alfredo 210 Ovo mexido
201 Molho cremoso de limão 214 Ovos coccote com tomate e ervas

l
2"11 Pescada em crosta de parmesão

I� Baguette 248 Pescada empanada em fubá

1 Brioche 239 Salmão poché com molho de raiz-forte

Brioche com creme de amêndoa 2.21 Suílê de haddock

(escargot aux amandes) 212 Tainha recheada

4 Broa de fubá 2 fü Tartare de namorado

li Ciabatta

13 T Croissanl
42, 17' Celeri 1·emoulade (salada de salsão)
Fermento natural (com suco de maçã)

<1r Focaccia recheada (ou coberta) 111 Coleslaw

')J') Ensaiada levantina


IJ2 Focaccia tradicional
41 Massa básica para pizza 333 Salada Caesar

\li Massa-madre (fermento natural) 1 �s Salada caipira de couve

331i Salada de batata com gorgonzola


-i<':J Panetone
41ll 119 Salada de beten·aba assada, pêra,
Pão de abóbora

41 Pão de centeio minirrúcula e amêndoa

266 Salada de caranguejo ao estragão


42 Pão de fermento natural

Pão de fôrma branco 33t Salada de grãos com especiarias


11'

1 t Pão de fôrma integ1·al 1n Salada de jiló

131 168 Salada de pepino marinado


Pão de mandioca
141 Pão de minuto 261 Salada de polvo

11t Pão de quatro grãos 191 Salada de quinoa


3t Salada de verdes variados com ervas
1J) Pão de queijo ("Panificação")
26 Salada morna de lagosta grelhada, com
111 Pão francês
Lomate confit e vagem holandesa
12' Pão italiano
169 Salada tipo caponata

3'.>'1 Salada verde com confit de pato

196 Tabule
25) Baolhau ao forno

23 Cebiche de linguado

lh Filé de pescada empanado

Haddock com molho Ct"emoso de 385 Arroz-doce


'))
17'\ Babas e savarins
alho-poró
550 Compota de maracujá e sua casca
2•10 Linguado escalfado com échalote e
179 Creme bávaro
vinho branco
Namorado com ragu de lentilha e bacon cJ76 Creme bn11ée
2 !')
·li Cn:�me caramel (pudim de leite)
2 IL Papillote de peixe

Pargo em crosta de sal '137 Ct·isp de maçã


2 11
Paupieltes de linguado com recheio 55 Doce de berinjela
21\
de siri
5'>) Doce de mo1-ango e ruibarbo com

cobe1-tura de granola 1 3l Abobrinha grelhada


531 Frutas assadas ao forno 13'i Alcachofra b1-aseada
'19'> G1-anita de limão e vinho doce 117 Alho-poró no vapor ao vinagrete
491 Mil-folhas com creme e morango 139 Aspargo grelhado com manteiga e limão
520 Morango com pimenta vermelha l •11 Batata ao murro
e açúcar cristal l1
• 1 Batata bolinha sautée
•192 Pithiviers 1'15 Batata duchesse
526 Rabanada leve com frutas carameladas 1'12 Batata gratinada (dauphinoise)
e doce de leite 14J Batata rõsti
494 Semifredo de cacau e praliné 170 Beignet de quiabo
223 Suílê de chocolate e avelã 150 Brócolis ao alho e azeite
222 Suflê de papoula com calda de morango 153 Cenoura glaçada
490 Torta de limão 154 Chuchu refogado
'189 To1-ta fechada de frutas vermelhas 156 Couve-ílor à la polonaise

157 Erva-doce braseada

159 Ervilha-torta salteada com bacon e


123 Basler mehlsuppe cebola-roxa
120 Bisque 158 Fritada de ervilha e vagem verdes
115 Consommé 1·15 Galette de batata
122 Gazpacho 165 Mandioquinha ao vapor com ervas
11 7 Sopa cremosa de brócolis frescas
549 Sopa de aguacate 166 Maxixe refogado
249 Sopa de peixe 167 Pupunha assado com azeite aromatizado
83 Sopa de pepino e iogurte com azeite de com tomilho e limão-cravo
dill (endro) 131 Purê de abóbora
119 Sopa-purê de abóbora com creme l'l'I Purê de batata (tradicional)
azedo 162 Purê de inhame com cebolinha
116 Soupe au pistou l <17 Ratatouille
118 Velouté de agrião e agrião 161 Suflê de espinafre
121 Vichyssoise 357 Terrine de chevre, pimentão vermelho,

berinjela e pesta de salsa

171 Tomate confit

l /S Vagem ao vapor com manteiga

e amêndoa
Barreto, Ronaldo Lopes Pontes. Passaporte para o sabor: tecnologias para
elaboração de cardápios. São Paulo: Senac, 2000.

Bocuse, Paul & Metz, Ferdinand. The new professional chef: the Culinary
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Wells, Patricia & Robuchon, Joel. Simply French - Patricia Wells presents
the cuisine of Joel Robuchon. New York: William Morrow, 1991.
Aos amigos

Mara Salles, Mcllão, Roberto Cipolla,

Edua1·do Martinoli e Selva Fierro

pelas preciosas contribuições ao livro

Este livro foi produzido, em 2007,


pela Companhia Editora Nacional.
As tipologias empregadas foram Gil! Sans e Univers.
O papel utilizado couché fosco 1 1 5 g.
Impresso em São Paulo p ela IBEP Gráfica.
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IR. NF:73672
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: técnicas de cozinha.

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UFES BA AG

Quatro profissionais para ninguém botar defeito se reuniram

para fazer o primeiro livro brasileiro de técnicas de culinária.

Uma obra inédita no país. E. como ninguém já nasce sabendo,

ele vai facilitar sobremaneira a sua vida, principalmente na hora

em que alguma receita pedir para branquear um espinafre, usar

um tomate concassé ou fazer um fundo de crustáceo.

São mais de 300 receitas entre molhos e sopas, saladas, ovos,

acompanhamentos, carnes, panificação e confeitaria. 400 g une

teoria e prática, e convida o leitor a experimentar os vários

caminhos da cozinha para achar no final a sua própria expressão.


..

4. reimpr. 2

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9 788504 011203
AL-01120

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