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Hipercolesterolemia, Hipertrigliceridemia e

Metabolismo Lipídico

DA FISIOPATOLOGIA À CONDUTA NUTRICIONAL


Metabolismo Lipídico na Prática

Componente essencial de todas as membranas celulares e é o


• COLESTEROL TOTAL precursor da síntese da vitamina D, dos sais biliares e dos
hormônios esteroides

Na circulação sanguínea, normalmente cerca de 2/3 do


colesterol está esterificado - ligado a lipoproteínas (HDL,
LDL, IDL, VLDL), e 1/3 na forma livre

Útil no monitoramento de tratamento de E no risco de doença coronariana a qual,


estados hiperlipidêmicos primários ou habitualmente, níveis elevados se associam
secundários; avaliação da função hepática à maior risco de aterosclerose

Está ↑ na hipercolesterolemia primária e secundária em síndrome


nefrótica, insuficiência renal crônica, hipotireoidismo, diabetes mellitus,
cirrose biliar primária e hipoalbuminúria. 2
Metabolismo Lipídico na Prática

IMPORTANTE!!!

Apesar de os níveis de Colesterol representarem fator de risco independente para


o desenvolvimento de DCC, não são o único fator de risco descritos para a doença:
sexo, idade, tabagismo, história familiar, ↓ HDL-C, obesidade e DM são outros
possíveis fatores de risco associados...

... Mesmo em pessoas sem diabetes, a concentração de glicose no sangue em


jejum e a A1c estão associadas ao risco de doença vascular.

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Metabolismo Lipídico na Prática

• COLESTEROL TOTAL Valores padrões de CT

0 a 2 anos: Não existem valores de referência


Superior a 19 anos com jejum: < a 190 mg/dL
2 a 19 anos com jejum: < a 170 mg/dL
Superior a 19 anos sem jejum: < a 190 mg/dL
2 a 19 anos sem jejum: < a 170 mg/dL

*Jejum de 12-14 h, intervalos maiores ou menores podem interferir nos resultados.


*Evitar exercícios extenuante antes da coleta, consumo de álcool e refeições ricas em
gorduras (não habituais) na véspera do exame.
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Fatores que podem ter impacto no aumento do CT

Hipercolesterolemia idiopática
Hiperlipoproteinemias
Estados obstrutivos biliares
Doença de von Gierke
Hipotireoidismo (fator importante, especialmente em
mulheres de meia idade em diante)
Nefrose
Doença pancreática
Gestação
Uso de medicamentos (esteroides, hormônios,
diuréticos, etc)
Jejum muito prolongado que induz à cetose
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Metabolismo Lipídico na Prática

Indivíduos centenários saudáveis: CT 189 mg/dL ± 36


Parâmetros hematoquímicos de 501 indivíduos
saudáveis (120 centenários >100 anos e 381 Indivíduos idosos saudáveis: CT 216 mg/dL ± 37
indivíduos >65 anos e <85 anos)

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Metabolismo Lipídico na Prática

✓ VLDL - lipoproteína de muito baixa densidade


• Produzida no fígado, principalmente a partir dos carboidratos da dieta.
• Transporta triacilgliceróis e uma pequena parte do colesterol no sangue.

• A lipogênese é um processo estimulado pela


• Portanto, os quilomícrons primeiramente
insulina por meio do qual a glicose é convertida
transportam os lipídeos da dieta, já a VLDL os
em ácidos graxos – triacilgliceróis que são
lipídeos sintetizados endogenamente.
empacotados em VLDL e secretados pelo fígado.

“Distúrbios metabólicos resultantes da falta absoluta de insulina ou


da resistência à ação da insulina podem afetar o metabolismo dos
triglicerídeos da VLDL em qualquer um ou em todos esses pontos
regulatórios”
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• VLDL e Valores de Referência

✓ Até o momento, não há valores de referência definidos.

✓ Entretanto, como ele contém a maior parte dos triglicérides circulantes e como a composição das
diferentes partículas é relativamente constante, é possível estimar a quantidade de VLDL dividindo-se o
valor medido dos triglicérides por um fator determinado.

✓ Se o valor dos triglicérides estiver expresso em mg/dL, a divisão deve ser por 5. Se estiver em mmol/L, a
divisão deve ser por 2,2. Essa estimativa é usada na maioria dos locais.

✓ O cálculo, entretanto, não é válido quando os triglicérides estiverem acima de 400 mg/dL (4,5 mmol/L)
porque geralmente estão presentes outras lipoproteínas.

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Metabolismo Lipídico na Prática

• LDL - lipoproteína de baixa densidade

Produzida no sangue, produto final da VLDL.


Contém altas concentrações de colesterol e ésteres
de colesterol.

A fração beta (ou LDL) do colesterol seria implicada


diretamente no desenvolvimento das lesões
ateroscleróticas.

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Metabolismo Lipídico na Prática

A relação entre doença aterosclerótica coronariana e níveis ↑ de LDL colesterol é significativa e direta

A ↓ do LDL-colesterol em indivíduos sob risco diminui


A aterosclerose é doença multifatorial nas qual as a morbimortalidade relacionada à aterosclerose
dislipidemias são um fator de risco modificável coronariana
LDL circulante não participa diretamente da
aterogênese, por provavelmemte sofrer primeiro uma
modificação estrutural...
... Permitindo-a que se torne oxidada na parede
arterial, desencadeando a formação de células
espumosas

A glicação de LDL pode ser mais suscetível à oxidação


ou, por si só, representar uma modificação aterogênica
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Metabolismo Lipídico na Prática

São formadas a partir de reações de natureza não-


• AGEs enzimática de escurecimento, conhecida com Reação de
Maillard

Afetam a produção de colágeno e se acumulam na


parede dos vasos (micro e macrovasculares)

↑ da expressão de mediadores
Formação de radicais livres
inflamatórios - TNF-α, IL-6, e IL-1α

LDL OXIDADA
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A formação de AGEs nos alimentos é
potencializada por métodos de preparo que
utilizam altas temperaturas e baixa umidade
(fritar, assar ou grelhar), sendo os alimentos
ricos em lipídeos os principais contribuintes
do conteúdo dietético de AGEs

AGEs ENDÓGENO VS. AGEs EXÓGENO!


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Metabolismo Lipídico na Prática

• LDL – lipoproteína de baixa densidade Valores padrões de LDL

Superior a 19 anos
2 a 19 anos LDL < 100 mg/dL - Ótimo
LDL < 100 mg/dL - Desejável LDL 100-129 mg/dL – Desejável
LDL 100-129 mg/dL – Limítrofe LDL 130-159 mg/dL – Limítrofe
LDL ≥ 130 mg/dL – Aumentado LDL 160-189 mg/dL – Alto
LDL ≥ 190 mg/dL – Muito alto
ATENÇÃO: <80
*Jejum de 12 a 14 horas (adultos), 6 horas (crianças de 1 a 5 anos), ou 3 horas (< 1 ano). mg/dL - menor
*Evitar exercícios extenuante antes da coleta, consumo de álcool e refeições ricas em gorduras (não risco de morte por
habituais) na véspera do exame. doença cardíaca
*Só é possível realizar o exame quando os triglicerídeos estiverem abaixo de 400 mg/dL. em diabéticos!
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Fatores que podem ter impacto no aumento da LDL

Risco de doença cardíaca coronariana


Hipercolesterolemia familiar
Obesidade
Sedentarismo
Dietas ricas em carboidratos
Diabetes Mellitus
Tabagismo
Hipotireoidismo
Infecção e inflamação
Síndrome Nefrótica
IRC
Deta Hiperlipídica
Gravidez
Mieloma múltiplo
Porfiria
Anorexia nervosa
Uso de medicamentos (esteróides anabolizantes,
beta-bloqueadores anti-hipertensivos, 14
progestina, carbamazepina, entre outros)
Metabolismo Lipídico na Prática
✓ Em estudos de curto prazo (<3 semanas), dietas ricas em CHOs e
pobres em LIPs ↑ substancialmente o LDL-C.
✓ Os receptores LDL são necessários para que as células absorvam o
colesterol LDL. Na obesidade, há um número reduzido de receptores
de LDL no corpo, o que significa que mais LDL permanece na corrente
sanguínea.

✓ A obesidade também aumenta a produção de


✓ Existem menos receptores de LDL em pessoas
VLDL-C e diminui a velocidade com que é
com hipotireoidismo. Isso significa que o IDL-C e
removido da circulação.
o LDL-C aumentam no sangue. Como resultado,
✓ Pesquisas também sugerem que a falta de
o hipotireoidismo ↑ os níveis de não HDL-C
atividade física aumenta os níveis de LDL.

O LDL-C também foi aumentado em um estudo de 1443 pessoas


com hipotireoidismo leve (subclínico) não diagnosticado.
Esses marcadores lipídicos tendem a normalizar com reposição
hormonal.
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Metabolismo Lipídico na Prática

As CITOCINAS INFLAMATÓRIAS NA INFLAMAÇÃO E NA INFECÇÃO


AUMENTAM A PRODUÇÃO DE VLDL

✓ Meta-análise de 18 estudos e 1940


pessoas demonstrou que a inflamação A infecção por H. pylori está
da gengiva foi associada a níveis ↑ de consistentemente associada a
LDL-C. níveis ↑ LDL-C. Estudos
totalizando em 5.200 pessoas
✓ Vários estudos com um total de 597 descobriram que a eliminação
pessoas descobriram que os níveis de da H. pylori diminui os níveis de
LDL-C eram mais elevados em pessoas não-HDL-C, além disso está
com psoríase. Um estudo em 70 associado à menor risco de
pessoas com psoríase descobriu que doença cardíaca
quase 63% tinham níveis de LDL-C 16
acima da faixa normal.
HDL – LIPOPROTEÍNA DE ALTA DENSIDADE

✓ Produzida no fígado e no intestino.


✓ Troca proteínas e lipídeos com outras lipoproteínas.
✓ Atua no retorno do colesterol dos tecidos periféricos
para o fígado.

✓ Também atua como um antioxidante, ✓ O HDL mostrou sofrer uma perda de função em
neutralizando lipídios oxidados, e como uma vários estados fisiopatológicos - como na
partícula anti-inflamatória, inibindo várias resposta de fase aguda, obesidade e doenças
respostas inflamatórias. inflamatórias crônicas.

Nos músculos
esqueléticos, o HDL O HDL demonstrou atenuar a resposta inflamatória das células
demonstrou ↑ a endoteliais a estímulos como TNF-α e IL-1, como mostrado pela
atividade da diminuição da VCAM-1 (molécula de adesão celular-1), ICAM-1
insulina na forma
de captação de
(molélula de adesão intercelular-1) e E-selectina.
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glicose!
Metabolismo Lipídico na Prática

• HDL – lipoproteína de alta densidade Valores padrões de HDL

2 a 19 anos Superior a 19 anos


Em jejum: > 45 mg/dL Em jejum: > 40 mg/dL
Sem jejum: > 45 mg/dL Sem jejum: > 40 mg/dL

“Um HDL favorável seria no mínimo um terço do CT. Portanto, se a meta deste
último for 150 mg/dL, então o HDL saudável seria de ≥ 50mg/dL”

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Metabolismo Lipídico na Prática

Indivíduos centenários saudáveis: HDL 57 mg/dL ± 12


Parâmetros hematoquímicos de 501 indivíduos
saudáveis (120 centenários >100 anos e 381 Indivíduos idosos saudáveis: HDL 61 mg/dL ± 15
indivíduos >65 anos e <85 anos)

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Metabolismo Lipídico na Prática

RAZÃO LDL/HDL

≤ 2,02 VALOR IDEAL VALORES ÓTIMOS!


Menor risco de doenças
cardiovasculares

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Fatores que podem
ter impacto no VALORES AUMENTADOS VALORES REDUZIDOS
aumento ou Exercícios físicos periódicos Estresse, Obesidade, Sedentarismo,
redução do HDL-C Tabagismo
Uso moderado de vinho e Genética
substâncias contendo antioxidantes)
Insulinoterapia Diabetes Mellitus, Doença hepática,
Dislipidemias, Nefrose, Uremia, Hipo
e hipertireoidismo
Terapia de reposição hormonal em Doenças crônicas e
mulheres mieloproliferativas
Dislipidemias Doença de Tangier homozigota
(hiperalfalipoproteinemia familiar,
hipobetalipoproteinemia familiar)
Uso de certos medicamentos Uso de certos medicamentos
(lovastatina, simvastatina, (esteróides, diuréticos tiazídicos,
pravastatina, atorvastatina e bloqueadores beta-adrenérgicos,
similares) probucol, neomicina, fenotiazinas...)
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Metabolismo Lipídico na Prática

• LDL OXIDADA - ANTICORPOS

Evidências da existência de epítopos específicos de oxidação que


funcionariam como alvos de anticorpos naturais sugerem um papel
importante em termos de resposta imune ao EO

Auxílio à abordagem diagnóstica e terapêutica de situações que


envolvem EO com finalidade de controle da aterogênese

Negativo: Inferior a 20 EU/mL


Indeterminado: 20 a 25 EU/mL
Anticorpos anti OxLDL estão presentes em pacientes com
Positivo: Superior a 25 EU/mL
aterosclerose, endometriose, diabetes e outras situações de stress. A
anti OxLDL está intimamente ligada com o tamanho da placa de
ateroma. 22
Metabolismo Lipídico na Prática

• MDA PLASMÁTICO - MALONDIALDEÍDO

O dialdeído malônico (MDA) é um produto final ESTRESSE


da peroxidação lipídica OXIDATIVO!

Contribui para a reação inflamatória por


ativação de citocinas pró-inflamatórias, como o REFERÊNCIA: 2,3 a 4,0 µmol/L
TNF-ß e a IL-8

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Metabolismo Lipídico na Prática

• TRIGLICERÍDEOS

Os Triglicérides são ésteres de ácidos graxos com Quando provenientes da dieta sofrem digestão
glicerol e representam a maior quantidade de no duodeno e íleo proximal, são hidrolisados a
gordura do organismo (95%) - provenientes da glicerol e ácidos graxos livres pela ação de lipases
dieta e do fígado e ácidos biliares

Após a absorção, são novamente sintetizados nas células


epiteliais intestinais e combinados com colesterol e
apolipoproteínas para formar quilomícrons - aos quais são
transportados via ducto torácico para a circulação

Como são insolúveis no sangue, são transportados sob a forma de quilomícrons


(triglicérides exógenos) ou VLDL (triglicérides endógenos)
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Metabolismo Lipídico na Prática
• TRIGLICERÍDEOS

Substâncias orgânicas encontradas nas células de origem animal, vegetal ou microbiana. Formadas entre a
condensação de um glicerol e três ácidos graxos – Triacilgliceróis

São compostos de carbono, hidrogênio e


oxigênio

Cada molécula de gordura possui 1 glicerol


(álcool) unido com ácidos graxos

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Metabolismo Lipídico na Prática
• TRIGLICERÍDEOS

↑ 2.000mg/dL, predispõe à
Valores altos também são detectados no
pancreatite aguda
hipotireoidismo, obstruções biliares, cirrose, hepatites
virais, RI, DM, síndrome nefrótica e pancreatite

Pode elevar-se em
Quando elevado, concomitante com colesterol, é consequência do uso de
considerada alto fator de risco para doença arterial medicamentos (ex: prednisona)
coronariana

↑ TG pós-prandial é associada à
Um nível de TG em jejum de ≥150 mg/dl é um dos 5 elevação do risco de morbimortalidade
critérios aceitos para definir indivíduos com alto risco cardiovascular - independente de
de doença cardiovascular e diabetes tipo 2 níveis de TG de jejum normais

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Metabolismo Lipídico na Prática

• TRIGLICERÍDEOS Valores padrões de TG

0 a 9 anos 10 a 19 anos
Em jejum: < a 75 mg/dL Em jejum: < a 90 mg/dL
Sem jejum: < a 85 mg/dL Sem jejum: < a 100 mg/dL

Superior a 19 anos
Em jejum: < a 150 mg/dL
Sem jejum: < a 175 mg/dL

*Jejum de 12 a 14h (adulto), 6h (crianças de 1 a 5 anos), ou 3h (abaixo de 1 ano).


*Evitar exercícios extenuante antes da coleta, consumo de álcool e refeições ricas em gorduras (não habituais) na véspera do exame.
*Há grande variação biológica, ~20%, portanto é importante que o raciocínio clínico não se baseiem em dosagens isoladas 27
Metabolismo Lipídico na Prática

Parâmetros hematoquímicos de 501 indivíduos Indivíduos centenários saudáveis: TG 106 mg/dL ± 41


Indivíduos idosos saudáveis: TG 103 mg/dL ± 67
saudáveis (120 centenários >100 anos e 381
indivíduos >65 anos e <85 anos)

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Metabolismo Lipídico na Prática

VALORES ÓTIMOS PARA RAZÃO TRIGLICERÍDEOS/HDL

≤ 2 VALOR IDEAL PONTO DE CORTE ÓTIMO!


Menor risco de doenças
cardiovasculares

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Metabolismo Lipídico na Prática

Fosfolipídeo de superfície pertencente ao α-HDL, é o


• APO A1
principal componente proteico da HDL-C

O HDL é formado a partir de Apo-A1 isento de


lípidos, que é sintetizado de novo pelo fígado ou
liberado de partículas de lipoproteínas ricas em TG

A maturação de Apo-A1 isento de


lípidos a HDL ocorre através de um Apo-A1, que tem um papel importante
processo dependente de ATP, no efluxo de colesterol, é também uma
necessário para a formação de proteína antioxidante essencial
fosfolipídeos ↓ Apo-A1 = fator de
risco para processos
Os resíduos de metionina do Apo-A1 reduzem os peróxidos ateroscleróticos
lipídicos a hidróxidos lipídicos não-reativos, terminando assim
30
a cadeia redox
Metabolismo Lipídico na Prática

• APO-A1 Valores padrões de APO-A1

MULHERES HOMENS
76,0 a 214,0 mg/dL 79,0 a 169,0 mg/dL

NÃO NECESSITA DE JEJUM

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Metabolismo Lipídico na Prática

VALORES ÓTIMOS DE APO-A1

147,43 mg/dL ± 28,26 Menor risco de doenças


119,17 a 175,69 cardiovasculares!

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Metabolismo Lipídico na Prática
• Apolipoproteína B – APO B

Constituinte importante de todas as partículas lipoproteicas com exceção do HDL


(quilomícrons, VLDL e LDL)

Evidências crescentes indicam que a APO B é superior


Independentemente da densidade, a apoB detecta a
ao colesterol LDL como um marcador de doença
presença de partículas aterogênicas, em contraste com
vascular
o colesterol LDL
Níveis plasmáticos de ApoB podem ser particularmente
úteis na avaliação da carga aterosclerótica e do risco
cardiovascular em doenças metabólicas

Pode ser mais útil clinicamente do que o colesterol LDL


na doença cardíaca coronária...

...Porque captura maior informação sobre partículas


aterogênicas e não é influenciada pela heterogeneidade
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do conteúdo da partícula de colesterol
Metabolismo Lipídico na Prática
• Apolipoproteína B - APO B

A medição do colesterol LDL é relativamente insensível ao acúmulo de partículas pequenas e densas de LDL,
que são consideradas altamente aterogênicas.

Isso se reflete na preponderância de evidências de estudos epidemiológicos prospectivos e estudos de


estatinas que favorecem a apoB sobre o colesterol LDL como um preditor de risco cardiovascular, bem
como risco residual na terapia com estatina.

“EM PACIENTES DIABÉTICO TIPO 2, A APO B FOI ASSOCIADA COM CALCIFICAÇÃO DA ARTÉRIA
CORONÁRIA (P=0,016), ENQUANTO O LDL-C NÃO FOI.”

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Metabolismo Lipídico na Prática

• APOLIPOPROTEÍNA B Valores padrões de APO B

MULHERES HOMENS
46-142 mg/dL 40-174 mg/dL

VALORES ÓTIMOS DE APOLIPOPROTEÍNA B

92.99 mg/dL ±26.46 (66,53-119,45)

Associado a menor risco de eventos cardiovasculares!


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Metabolismo Lipídico na Prática

VALORES ÓTIMOS PARA RAZÃO APOB/APOA1

Menor risco de doenças


0.63 ± 0.19 cardiovasculares
0,44-0,82

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Metabolismo Lipídico na Prática
• Lipoproteína A – Lp(a)

Proteína de fase aguda, seus níveis são elevados na


vigência de processos inflamatórios

Associada a ↑ risco de doença aterosclerótica. Aumento


dos seus níveis é comum em portadores de doença Composto por uma apoproteína B 100 e um derivado
arterial coronariana, independente dos níveis de do sistema de coagulação
colesterol e triglicerídeo

VR padrão: Seu nível plasmático pode depender de fatores genéticos. VR padrão:


Até 30 mg/dL Em indivíduos de raça negra, seus níveis pode ser 2x maior sem Até 30 mg/dL
qualquer doença coronariana
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✓ Avaliou-se o balanço lipídico em uma população idosa institucionalizada dividida em
classes de idade em a fim de avaliar as mudanças induzidas pelo envelhecimento.

✓ 80 indivíduos saudáveis (20 homens e 60 mulheres divididos em quatro classes de


idade) da cidade de Catânia.

✓ 35 sujeitos eram viúvas; 15 sujeitos foram negligenciados por familiares; 15 sujeitos


sem filhos ou solteiros; 15 sujeitos sustentados pela prefeitura.

✓ Grupo A: 20 sujeitos entre 70 e 79 anos (Id Méd 76,7 ± 3,16 anos).

✓ Grupo B: 28 sujeitos entre 80 e 89 anos (Id Méd 83,39 ± 1,81 anos).

✓ Grupo C: 12 sujeitos entre 90 e 99 anos (Id Méd 92,25 ± 2,22 anos).

✓ Grupo D: 20 centenários (Id Méd 102,95 ± 2,58 anos).

✓ CT, HDLc, TG, LDLc, APO-A1, APO-B100, razão APOB/APOA, razão CT/HDLc, LP(a)
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foram avaliados.
Conversão mmol/L para mg/dL:
mmol/L = 18,018 mg/dL

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Metabolismo Lipídico na Prática
• FIBRINOGÊNIO

✓ Glicoproteína circulante envolvida na coagulação do


sangue.
✓ É determinado por vários determinantes modificáveis ​e
não modificáveis ​como idade, sexo, tabagismo, índice de
massa corporal (IMC), hipertensão, alcoolismo, controle
glicêmico, perfil lipídico e taxa de excreção de albumina
na urina.

✓ É um forte fator de risco cardiovascular na


✓ Avaliar o status de fibrinogênio é de
população geral.
EXTREMA importância para terapia
✓ Evidências de aumento da tendência
nutricional com o objetivo de ação
trombótica teriam implicações etiológicas,
preventiva e terapêutica
preventivas e terapêuticas

VR padrão: Encontra-se marcadamente elevado durante a fase aguda de VR padrão:


200-400mg/dL processos inflamatórios, sendo um dos componentes que mais 200-400mg/dL
afetam o VHS. 40
Metabolismo Lipídico na Prática
• PROTEÍNA C-REATIVA ultra sensível – PCRus

Glicoproteína produzida pelo fígado durante a inflamação aguda ou destruição dos tecidos.
Marcador sensível de processo inflamatório, possui meia-vida de 5 a 7h

Níveis ↑ estão relacionados a ataques


cardíacos e a derrames cerebrais mesmo em
indivíduos com LDL baixo. Seus níveis se elevam com o
fumo, aumento de peso,
Ao contrário, os que apresentam LDL e com o diabetes, hipertensão
proteína C-reativa elevados possuem risco de arterial e com o passar dos
6 a 9 vezes maior. anos...

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Metabolismo Lipídico na Prática

Concentrações ↑ de PCR precedem em anos,


antecipando o 1° evento coronariano ou cerebral em
indivíduos de alto risco.

A grande maioria dos estudos originais que


examinaram a utilidade clínica para predizer o futuro
enfarto do miocárdio tem usado o PCR ultra-sensível.

Estudos demonstraram que mulheres aparentemente


normais com concentrações de PCR >0,21 mg/dL tem
3x maior probabilidade de infarto do miocárdio e 2x
risco de doença arterial periférica, quando comparadas
com outro grupo com concentrações de PCR.
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Metabolismo Lipídico na Prática

• PCRus Interpretação do Risco Cardiovascular

Baixo risco: < 0,1 mg/dL Alto Risco: > 0,2 mg/dL
Médio Risco: 0,1 a 0,2 mg/dL Muito alto risco: > 1mg/dL

NÃO NECESSITA DE JEJUM

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Metabolismo Lipídico na Prática

GENÉTICA DO LDL-C E HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR

Algumas pessoas reduziram a atividade de genes que


quebram o colesterol.

PCSK9 é um gene que decompõe o receptor de LDL, Essas mutações causam


resultando no acúmulo de LDL no sangue. Variantes de problemas na remoção do
PCSK9 podem causar colesterol elevado ou baixo. LDL do sangue, resultando
em LDL elevado
A hipercolesterolemia familiar é uma doença causada por
mutações em vários genes, incluindo aqueles que atuam
no receptor de LDL (LDLR) e APOB

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Metabolismo Lipídico na Prática
• HOMOCISTEÍNA
✓ Aminoácido não essencial.
✓ Advem do metabolismo da metionina, aminoácido de
origem alimentar.
✓ Defeitos no metabolismo da homocisteína: deficiência
enzimática, distribuição inadequada de alguns co-fatores,
ou a combinação destes fatores resultam em
hiperhomocisteinemia.

✓ A homocisteína está envolvida na gênese


✓ Suas principais causas envolvem mal
da aterosclerose.
hábitos de vida, nutrição inadequada e
✓ Portanto, é considerada um importante e
defeitos enzimáticos comumente
prevalente fator de risco na doença arterial
observados.
periférica.

Referência: 3,70 a 13,90 umol/L


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CONDUTA NUTRICIONAL E ESTILO DE VIDA NO METABOLISMO LIPÍDICO

Gerenciamento do
manejo dietético é
recomendado
como tratamento
de 1ª linha

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Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

✓ Metabolismo lipídico e redução de peso corporal


• Meta-Análise
• 70 estudos analisados
• Objetivo: quantificar os efeitos da perda de peso através da dieta sobre
os lipídios e lipoproteínas

Redução de peso foi associada a ↓ significativas (p Cada Kg de perda de peso foi associado a ↓ em 0,9
0,001) e correlações (p 0,05) para CT, LDL-C, VLDL-C mg/dL de CT (p 0,01), em 0,36 mg/dL de LDL-C(p
e TG. 0,001) e em 0,27 mg/dL de TG (p 0,05).

Para redução de cada kg/peso corpóreo, um


“Redução de peso por meio de dieta - uma
aumento de 0,162 mg/dL (p 0,01) em HDL-C ocorreu
abordagem viável para ajudar a normalizar
para indivíduos com peso reduzido estabilizado e
lipídios e lipoproteínas plasmáticas em indivíduos
uma ↓ de 0,126 mg/dL (p 0,05) para indivíduos que
com sobrepeso.”
estavam perdendo peso ativamente.
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Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

Excesso de síntese de colesterol encontrado na


obesidade é mais provavelmente de origem
hepática ou intestinal, em vez de tecido adiposo

Foi relatada uma taxa estimada de síntese de


colesterol de 20 mg/d para cada quilograma de
gordura corporal

Obesidade é frequentemente associada à


hipertrigliceridemia - considerada como
resultado de um ↑ na taxa de produção de TG Porém, durante restrição energética aguda, as
e/ou remoção prejudicada concentrações teciduais de lipoproteína lipase
diminuíram de 50% a 80%
48
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• LIPÍDIO DIETÉTICO – GORDURAS MONO e POLI-INSATURADA

Castanha do Pará/do Brasil Castanha de caju crua


Nozes Amêndoas
Macadâmias Semente de abóbora
Semente de girassol Semente de gergelim
Semente de chia Farinha de linhaça dourada
Óleo de linhaça Óleo de chia
Azeite de oliva Óleo de gergelim
Óleo de abacate Óleo de coco
Óleo de semente de uva Amendoim e pasta de amendoim
Azeitonas Frutas regionais nativas: buruti, açaí,
indaiá, pequi, coco 49
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• LIPÍDIO DIETÉTICO – GORDURA MONOINSATURADA

Castanha de caju crua Avelã

Abacate Amêndoas

Amendoim in natura Macadâmia

Azeite de oliva Açaí

Possuem efeito anti-inflamatório sobre as células vasculares


vascular cell adhesion molecule-1 (VCAM-1)
50
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• LIPÍDIO DIETÉTICO – GORDURA POLI-INSATURADA

Óleo de prímula Castanhas

Nozes Amêndoas

Açafrão Girassol

Semente de girassol Milho Inibe a expressão de


substâncias inflamatórias
Soja Canola W3 e 6.

Peixes Linhaça

Óleos vegetais (de gergelim, açafrão...) Sementes de gergelim

Óleos vegetais (de gergelim, de chia, de


linhaça, açafrão, canola, girassol, soja...)
51
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• LIPÍDIO DIETÉTICO – GORDURA SATURADA

Carnes gordas Banha de porco

Bacon Bacon

Linguiça Manteiga Até 10% do VET


Arq Bras Cardiol 2013;100
(1Supl.3):1-40
Palma Laticínios

Coco Cacau

Abacate

52
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
A maioria de meta-análises recentes de ensaios
Ácidos graxos saturados presentes na dieta induzem os
randomizados e estudos observacionais demonstraram
Lipopolissacarídeos (LPS) presentes na superfície de
não haver co-relação do consumo de GS sobre doenças
bactérias Gram-negativas a atravessar a barreira intestinal
cardiovasculares e mortalidade geral

Embora as GSs ↑ o LDL-C,


Hiperpemeabilidade Intestinal tal efeito não é devido ao aumento dos níveis
de partículas pequenas e densas de LDL

MAS DE PARTÍCULAS MAIORES DE LDL-C, QUE


INFLAMAÇÃO
ESTÃO POUCO RELACIONADOS COM DCV

COMO
PROCEDER?
53
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

↑ de glicose estimula
↑ de gordura saturada
fatores nucleares como
também pode estimular
ChREBP e SREBP-1C –
SREBP-1 – que leva a
que levam a produção
síntese de ác. graxos no
de ác. graxos, colesterol
fígado
e triglicerídeos

Ácidos graxos de cadeia


insaturada (por exemplo, W3)
inibem ativação de SREBP-1 54
Toxinas
Sedentaris-
Estresse
mo


Inflamação
Nutrientes

↑ CHO
RI Distúrbios
refinado Hormonais

Privação
↑ Gord Sat
Sono

Disbiose Estresse
Intestinal Oxidativo
55
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• E O CONSUMO DE OVOS?

Avaliou os efeitos do consumo de ovos em


Revisão sistemática e meta-análise desfechos cardiovasculares (1600 a 90.735
indivíduos, período de 5,8 a 20 anos)

Entre os pacientes diabéticos, os consumidores frequentes


Consumo de ovos não está associado ao risco de DCV e
de ovos (ou seja, ≥ 1 ovo/ dia) têm 69% mais probabilidade
mortalidade cardíaca na população em geral
de apresentar comorbidade cardiovascular

Presumivelmente, os pacientes diabéticos apresentam alto risco de desenvolver DCV e


podem ser mais sensíveis ao consumo de ovos.

56
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• LIPÍDIO DIETÉTICO – GORDURA TRANS

✓ São isômeros geométricos dos


ácidos graxos insaturados.
✓ A produção ocorre principalmente
por meio da hidrogenação parcial
de óleos vegetais (ácido elaídico).
✓ Tal processo se aplica aos óleos
vegetais líquidos à temperatura
ambiente, com o objetivo de
conferir consistência de semissólida
a sólida a essas gorduras.

57
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• LIPÍDIO DIETÉTICO – GORDURA TRANS

✓ Possuem a finalidade de melhorar a INFLAMAÇÃO


consistência, sabor dos alimentos e
aumentar a vida de prateleira de
alguns produtos.

✓ Aumento da concentração
plasmática de TNF-alfa, IL-6, e PCR

58
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• INGESTÃO DE CARNES

Contém ácido araquidônico (ômega 6) que,


em excesso, aumenta as substâncias pró-
inflamatórias

Ácido araquidônico – ác. graxo w6: derivado


de alimentos de origem animal e decomposto
a partir de óleos vegetais

É um substrato para a síntese de ACENTUADA AÇÃO INFLAMATÓRIA


prostaglandinas e leucotrienos de séries pares
(PGE e LTB4)
59
Quanto mais W3,
as substâncias menos
inflamatórias são
sintetizadas

Ômega 3 (ω3) - ácido EPA e DHA -


(óleo de peixe, óleo de chia e óleo
Recomendação 2: 1 a 4: 1
de linhaça) é um substrato para a
(ω6: ω3)
síntese mediadores químicos das
séries ímpares (PGE3 e LTB5)

60
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

Normalmente não se existe carência de ômega 6 na alimentação pois é


encontrada nas carnes, grãos, sementes, oleaginosas

Consumo atual é muito ↑ de ômega 6 do que 3 - 10: 1, 20: 1 e até 50: 13

INFLAMAÇÃO

61
CONSUMO DE ÔMEGA 3

• IOM, 2005 – Ingestão Adequada Diária


• FONTES ALIMENTARES
Bebês 6 meses*: 0,5 g
Bebês 6 a 12 meses*: 0,5 g Óleo de semente de linhaça (7,26 g/col sopa),
Crianças 1 a 3 anos**: 0,7 g semente de chia, semente de linhaça e peixes
Crianças 4 a 8 anos**: 0,9 g (atum, salmão, cavala, sardinha e arenque).
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos sexo masculino**: 1,2 g
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos sexo feminino**: 1,0 g
Adolescentes 14 a 18 anos sexo masculino**: 1,6 g
Adolescentes 14 a 18 anos sexo feminino**: 1,1 g
PORÉM... LINHAÇA E CHIA SÃO FONTES EM
Homens acima de 19 anos**: 1,6 g
ALA, E NÃO EPA E DHA!
Mulheres acima de 19 anos**: 1,1 g
Gestantes 14-50 anos**: 1,4 g
Lactantes 14-50 anos**: 1,3 g

* Total de ômega 3 ** ALA


62
GARANTIR COFATORES DIETÉTICOS PARA CONVERSÃO DE ALA EM EPA E DHA

B3, B6, Zn, Mg, Vit C

Para garantir conversão de ALA


B6
em EPA/DHA consumir com
alimentos fonte em vit. C, vit B3
B3, Zn, Vit C (feijão, abacate, semente de
girassol...), vit B6 (noz, banana...)
e zinco (girassol) para modular
elongases e desaturases

63
• CONDUTA NUTRICIONAL NA PRÁTICA

✓ Reduzir o consumo EXCESSIVO de carnes.

✓ Intercalar 2 a 3 vezes por semana por peixes e/ou


preparações de origem vegetal.

✓ Para substituição de proteína equivalente à uma


porção de carne bovina ou frango: ±200 gramas de
quinoa cozida ou ±200 gramas de amaranto cozido
ou ±3 conchas médias de feijão cozido ou ±2 conchas
média de grão de bico cozido ou ±2 conchas médias
de lentilha cozida ou 1 dose de proteína vegetal.

64
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

✓ ÔMEGA 3
• Visão geral das terapias com ácidos graxos ômega-3.
• EPA e DHA são recomendados pela American Heart Association (AHA) para
pacientes com doença cardíaca coronária e hipertrigliceridemia.
• Benefícios cardiovasculares potenciais dos ácidos graxos ômega-3.

• As diretrizes dietéticas recomendadas pela AHA


• Morte súbita reduzida
para indivíduos saudáveis ​incluem o consumo de
• ↓ nos níveis não-HDL-C
peixes gordurosos pelo menos 2X POR SEMANA,
• ↓ nos níveis de TG e VLDL-C
junto com ácidos graxos ômega-3 derivados de
• ↓ em quilomícrons
plantas, incluindo ALA de produtos de nozes e
• ↓ em VLDL e de quilomícrons remanescentes
óleo de linhaça.

• ↑ dos níveis de HDL-C • Diminuição da agregação plaquetária


• "Melhoria" (aumento) no tamanho de partícula • A suplementação de W3 através de óleo de peixe
de LDL e HDL reduzem os níveis plasmáticos de TG em 25% a
• Estabilização de placa 34%. 65
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• ÔMEGA 3

✓ O FDA recomenda que a ingestão para os consumidores não exceda 3g/d de EPA mais DHA com no
máximo 2g/d de suplementação dietética.
✓ Pacientes não devem consumir mais do que 3 g/d de suplementos sem a supervisão de um profissional
habilitado..

O óleo de krill, extraído do krill antártico, é uma rica fonte de fosfolipídios. O óleo contém ácidos
graxos poli-insaturados W3 de cadeia longa, bem como vários antioxidantes, incluindo vit. A, vit. E e
astaxantina (carotenóide e antioxidante).

Doses diárias de 1 a 3 g de óleo de krill também podem reduzir os níveis de colesterol total,
LDL-C e TG e aumentar os níveis de HDL-C em maior extensão do que 3g/dia de óleo de peixe.
66
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• ÔMEGA 3

✓Indicação de uso:
Suficiente para obter 2 gramas de EPA e restante de DHA. Livre 1 gr = 2 caps.
150mg EPA e 70 mg de DHA,
de mercúrio e contaminantes. 85 mcg de astaxantina
Para crianças, ver quantidades conforme RDAs.
67
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

✓ Otimizar o consumo de ômega 3 acrescentando sementes como chia e farinha linhaça dourada nos
alimentos
✓ Ingestão ou suplementação adequada de Complexo B, Zn, Mg e vitamina C
✓ Consumo de peixes de água salgada – oriente adicionar coentro na preparação do peixe ou
consumir 1 xícara de chá verde 30 minutos após consumo
✓ Peixes pequenos – menor teor de mercúrio
✓ Suplementação ômega 3 proveniente de peixes, krill ou algas
✓ O óleo de peixe pode ter efeitos antiplaquetários em altas doses, mas a maioria das pesquisas indica
que doses de 3-6 g/dia de óleo de peixe não afetam significativamente o status anticoagulante de
pacientes em uso de varfarina → MONITORAR!

68
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• ABACATE

✓ Meta-analise de 10 estudos incluídos.

✓ O consumo de abacate reduziu significativamente CT, LDL-C e TG em: -18,80 mg/dL (IC 95%, -24,56 a
-13,05; I², 46.9%), -16,50 mg/dL (IC 95%, -22,91 a -10,10; I², 72,5%) e -27,20 mg/dL (IC 95%, -44,41 a
-9,99; I², 91,1%), respectivamente.

✓ Os abacates são ricos em MUFA. Um abacate tradicional cultivado nos Estados Unidos fornece 136 g
da fruta comestível cujo óleo consiste em 71% MUFA, 13% de PUFA e 16% de gorduras saturadas.

✓ Constituintes adicionais da fruta - incluindo fibras, vitaminas B e vitaminas K1 e E, magnésio e


potássio, e fitoquímicos como carotenóides, compostos fenólicos e fitoesteróis, que também podem
contribuir para outros efeitos na saúde.

✓ Propõe-se que os abacates ↓ os níveis de lipídios aumentando a quebra de lipoproteínas ricas em 69


TG e inibindo a secreção de VLDL-C do fígado, resultando em uma diminuição do LDL-C circulante.
CONDUTA NUTRICIONAL NA PRÁTICA!

GREEN SMOOTHIE

Ingredientes:
½ abacate
2 a 3 xícaras (chá) de verduras (espinafre, couve, dente-de-leão)
2 colheres (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de suco de gengibre
1 colher (sopa) de hortelã fresca
2 xícaras (chá) de água de boa procedência
Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador até obter
uma consistência cremosa. Beber imediatamente.

“Abacate é fonte em gorduras mono e poli-insaturadas, que auxiliam na quebra e redução dos
triglicerídeos, do colesterol total e LDL-C”

70
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
✓ DIETA MEDITERRÂNEA
• Ensaio multicêntrico na Espanha, acompanhamento médio de 4,8 anos.
• Um total de 7.447 pessoas foram inscritas (55-80 anos, 57% mulheres).
• Participantes que apresentavam alto risco cardiovascular, mas sem doença
cardiovascular no momento da inscrição.
• Desfecho primário foi a taxa de eventos cardiovasculares maiores (infarto
do miocárdio, AVC ou morte por causas cardiovasculares).
• Os participantes foram distribuídos aleatoriamente à uma das 3 dietas...
I. Dieta mediterrânea suplementada com azeite de oliva
extra virgem (recebido gratuitamente). Para o grupo atribuído a uma dieta mediterrânea com
II. Dieta mediterrânea suplementada com oleaginosas AOEV: 96 eventos cardiovasculares. Grupo designado para
mistas (recebidas gratuitamente). uma dieta mediterrânea com oleaginosas: 83 eventos.
III. Ou uma dieta de controle (conselho para reduzir a Grupo controle: 109 eventos.
gordura dietética)

Dieta Mediterrânea composta por azeite de oliva extra- Entre os indivíduos com alto risco de eventos
virgem: 1 litro/sem de AOEV. cardiovasculares, o azeite de oliva extra-virgem ou nozes
Dieta Mediterrânea composta por oleaginosas mistas: 15 g reduziu o risco de eventos cardiovasculares em
de nozes, 7,5 g de avelãs, e 7,5 g de amêndoas. aproximadamente 30%. 71
PROVÁVEL HIPÓTESE: Sinergia entre os alimentos
ricos em nutrientes incluídos na dieta mediterrânea
que promove mudanças favoráveis ​nas vias
intermediárias de risco cardiometabólico, como os
lipídios do sangue, sensibilidade à insulina,
resistência à oxidação e inflamação.

72
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• DIETA MEDITERRÂNEA

1 porção de oleaginosas por semana e por dia resultou na


diminuição em 4% e 27% do risco de mortalidade por todas as
causas, respectivamente, e diminuição do risco de mortalidade
por DCV.

Consumo de oleaginosas está associado a um menor risco de mortalidade por


todas as causas, incluindo doenças cardiovasculares e câncer.

73
74
CONDUTA NUTRICIONAL NA PRÁTICA!

EXEMPLO DE CAFÉ DA MANHÃ ANTIINFLAMATÓRIO MEDITERRÂNICO

ALIMENTOS QUANTIDADE (G)


1 xícara de chá de chá verde (Camellia 200 ml
sinensis) (folhas) sem açúcar
1 colher de sopa rasa de farelo de aveia 10 gramas
1 col. de sopa cheia de mix de fibras 20 gramas
com ômegas
1 fatia média de mamão formosa 120 gramas
1 fatia média de pão com farinhas 30 gramas
saudáveis (amêndoas, quinoa, aveia,
grão de bibo...)
1 colher de sopa de manteiga de azeite 8 gramas
de oliva 75
CONDUTA NUTRICIONAL NA PRÁTICA!

MIX DE FIBRAS COM ÔMEGAS

Ingredientes:
100 gramas de farinha de linhaça dourada
100 gramas de semente de chia
100 gramas de castanha do Pará/do Brasil
100 gramas de nozes
50 gramas de macadâmias sem sal

Preparo: Bata tudo no processador ou liquidificador.


Armazenar por até uma semana de geladeira. Consumir 1 a
2 colheres de sopa ao dia.

76
CONDUTA NUTRICIONAL NA PRÁTICA!

MANTEIGA DE AZEITE DE OLIVA

Ingredientes:

Azeite de oliva extravirgem


Ramos de alecrim
Ramos de tomilho
Ramos de manjericão

Preparo: Corte bem as ervas e adicione as ervas misturadas em uma


forminha de gelo. Cubra com azeite de oliva e leve ao congelador.
Desenforme e utilize como manteiga normalmente, após uso
retorne ao congelador. Obs: pode-se bater o azeite de oliva no
liquidificador antes de adiciona-lo junto às ervas, liquidificar até
ficar com consistência cremosa.
77
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
Fibras e B-Glucana
“Adicionar ≥3 g de OBG/d à dieta reduz o LDL e o
colesterol total em 0,25 mmol/L (P <0,0001) e 0,30
mmol/L (P <0,0001), respectivamente, sem alterar o
HDL-C ou triglicerídeos. A redução do colesterol LDL foi
significativamente maior com o colesterol LDL basal
mais elevado”

Alegações de saúde relacionadas à associação entre ↓ O β-glucano de aveia (OBG) é a principal fibra solúvel
do colesterol e fibra solúvel de produtos de aveia OBG encontrada na aveia. É visto como o principal
foram aprovadas por agências de padrões alimentares componente ativo responsável pelo seu efeito de
em todo o mundo redução do colesterol

✓ Diretrizes europeias para o gerenciamento de dislipidemias: 5-15


g/d de fibra solúvel derivado da aveia.

✓ Diretrizes dos EUA para a redução do LDL-C: 10-25g/d de fibra


78
solúvel derivado da aveia e outros alimentos
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

CONSUMO DE FIBRAS E B-GLUCANA

OMS – 27 e 40g
FAO – mínimo 25g
Institute of Medicine -
14g para cada 1.000 kcal
ingeridas

Cada porção (1 ½ de sopa) contém 3,3g de beta-


glucana, 6,6g de fibra alimentar e 3g de CHO
79
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• FITOESTERÓIS

As fontes dietéticas de fitoesteróis geralmente vêm de milho,


feijão, óleos de vegetais, nozes, sementes e legumes.

Inibem a absorção intestinal de colesterol

Promovem inibição da formação micelar do colesterol presente


nos sais biliares e a competição com a borda em escova para a
absorção do colesterol... ATENÇÃO: Quantidades
elevadas de fitosterol
... Alterando a solubilização micelar, esterificação intracelular podem exercer influência
e/ou incorporação em quilomicron negativa sobre
sistema reprodutivo
80
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

• Suplementação de Fitoesteróis

DUPLO STAT®
Uso: Consumir 2 a 3 cápsulas ao dia, junto com as principais
refeições.

Cada cápsula contém 750 mg de


fitoesteróis livres e esterificados

81
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

✓ VITAMINA E

Melhora o sistema de defesa Promovendo ↓ significativa de MDA e ↑


Melhora o estresse oxidativo significativo de GSH (p <0,05 p/ambos)
antioxidante

Componentes lipossolúveis da HDL,


como a vit E contribuem para a função
antioxidante da HDL - atuam como Promovendo ↑ da função HDL
agentes redutores dos peróxidos
lipídicos

82
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA E

• RDAs, 2000 - Dosagem Diária • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança

Bebês 0 a 6 meses: 4 mg Lactentes: 800 mg


Bebês 7 a 12 meses: 5 mg 6 meses: não determinado
Crianças de 1 a 3 anos: 6 mg 7 a 11 meses: não determinado
Crianças 4 a 8 anos: 7 mg 1 a 3 anos: 200 mg
Crianças e adolescente 9 a 13 anos: 11 mg 4 a 8 anos: 300 mg
Maiores de 14 anos: 15 mg 9 a 18 anos: 600 mg
Grávidas maiores de 14 anos: 15 mg Adultos: 1.000 mg
Lactantes maiores de 14 anos: 19 mg Gestantes: 800 mg

• FONTES ALIMENTARES
Semente de abóbora, pistache, amêndoas, amendoim, avelã,
castanha do Pará/do Brasil, espinafre, abacate, óleo de oliva,
óleo de amêndoas, óleo de amendoim.
83
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA E NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos alterações no metabolismo lipídico:

Opção 1: Alfa-Tocoferol 100 mg.


Aviar em cápsulas ou gotas lipofílicas.
Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo ser associado com outras vitaminas lipossolúveis.

Opção 2: Tocotrimax® 350 mg.


Aviar em cápsulas lipofílicas.
Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo associado com outras vitaminas lipossolúveis.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

84
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• Niacina – Vitamina B3

A niacina inibe diretamente a síntese de TG, levando à degradação das partículas de apo-B
hepática e diminuição da secreção de colesterol de lipoproteína de densidade muito baixa
(VLDL-C) e partículas de LDL.

Niacina aumenta o colesterol HDL aumentando o efluxo de colesterol, mostrou-se benéfico em


um ensaio clínico randomizado controlado por placebo.
85
SUPLEMENTAÇÃO DE NIACINA (VITAMINA B3)

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária • DRIs (UL), 1998

Bebês até 6 meses: 2 mg Crianças 0-12 meses: não estabelecido


Bebês 7-12 meses: 4 mg Crianças 1-3 anos: 10 mg
Crianças 1-3 anos: 6 mg Crianças e adolescentes 9-13 anos: 20 mg
Crianças 4-8 anos: 8 mg Adolescentes 14-18 anos: 30 mg
Crianças e adolescentes 9-13 anos: 12 mg Homens e mulheres +19 anos: 35 mg
Adolescentes meninos 14-18 anos: 16 mg Gestantes 14-18 anos: 30 mg
Adolescentes meninas 14-18 anos: 14 mg Gestantes +19 anos: 35 mg
Homens +19 anos: 16 mg Lactantes 14-18 anos: 30 mg
Mulheres +19 anos: 14 mg Lactantes +19 anos: 35 mg
Gestantes +14 anos: 18 mg
Lactantes +14 anos: 17 mg

• FONTES ALIMENTARES
Ácido nicotínico predominância em plantas e vegetais, já a
nicotinamida maior predominância em alimentos de origem
animal. Cogumelos, amendoim, ovos, brócolis, tomate, aspargo, 86
cenoura, abacate, frango, carnes magras, atum, fígado.
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

SUPLEMENTAÇÃO DE NIACINA NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos alterações no metabolismo lipídico:

Opção 1: Nicotinamida 15 mg.


Uso: Consumir 1 dose 1 a 2 vezes ao dia, podendo ser associado à outras vitaminas do
complexo B.

Opção 2: NIAGEN® 100 mg.


Uso: Consumir 1 dose 1 a 3 vezes ao dia, podendo associado com outras vitaminas do
complexo B.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

87
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• ÁCIDO FÓLICO, VITAMINAS B6 E B12

O estado nutricional vitamínico deficiente, em especial do


folato, é a principal causa de hiper-homocisteinemia

Diversos estudos realizados em pacientes com doença vascular


periférica mostraram que o folato, isoladamente, pode reduzir
as concentrações de homocisteína

Bem como a concentração de alguns marcadores biológicos do


processo de aterosclerose.

Além disso, piridoxal-5-fosfato, B12 e folato atuam no


metabolismo da homocisteína
88
SUPLEMENTAÇÃO DE VIT B6 NA PRÁTICA

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária • FONTES ALIMENTARES


Bebês 0 a 6 meses: 0,1 mg Banana, semente de girassol, nozes, abacate, batata,
Bebês 7 a 12 meses: 0,3 mg trigo integral, frango, carnes
Crianças 1 a 3 anos: 0,5 mg
Crianças 4 a 8 anos: 0,6 mg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 1,0 mg
Lactentes: 78,68 mg
Adolescentes 14 a 18 anos sexo masculino: 1,3 mg
6 meses: Não Determinado
Adolescentes 14 a 18 anos sexo feminino: 1,2 mg 7 a 11 meses: Não Determinado
Homens e mulheres 19 a 50 anos: 1,3 mg 1 a 3 anos: 29,5 mg
Homens maiores de 51 anos: 1,7 mg 4 a 8 anos: 39,4 mg
Mulheres maiores de 51 anos: 1,5 mg 9 a 18 anos: 58,63 mg

Grávidas 14 a 50 anos: 1,9 mg Adultos: 98,60 mg

Lactantes 14 a 50 anos: 2,0 mg Gestantes: 78,59 mg


89
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B12

• FONTES ALIMENTARES

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária Fígado de boi, mexilhões, ostras cozidas, salmão, carne bovina,
carne suína, frango, ovos, leite e derivados, levedura nutricional
Bebês 0 a 6 meses: 0,4 mcg enriquecida com 100% dos valores diários para vitamina B12.

Bebês 7 a 12 meses: 0,5 mcg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança


Crianças 1 a 3 anos: 0,9 mcg
Lactentes: 10,07 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 1,2 mcg 6 meses: 0,6 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 1,8 mcg 7 a 11 meses: 0,75
Acima de 14 anos: 2,4 mcg 1 a 3 anos: 1,35 mcg
Grávidas acima de 14 anos: 2,6 mcg 4 a 8 anos: 1,8 mcg
Lactantes acima de 14 anos: 2,8 mcg 9 a 18 anos: 9,64 mcg
Adultos: 9,94 mcg
Gestantes: 10,46 mcg 90
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B9 (ÁCIDO FÓLICO)

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária • FONTES ALIMENTARES

Bebês 0 a 6 meses: 65 mcg Abacate, espinafre, feijão cozido, gérmen de trigo, fígado de
galinha cozido, grão-de-bico cozido, aspargos cozidos, ervilhas
Bebês 7 a 12 meses: 80 mcg
verdes cozidas, banana, laranja.
Crianças 1 a 3 anos: 150 mcg
• RDAs (UL), 1998
Crianças 4 a 8 anos: 200 mcg
Bebês 0 a 6 meses: Não Determinado
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 300 mcg
Bebês 7 a 12 meses: Não Determinado
Adolescentes 14 a 18 anos sexo masculino: 400 mcg Crianças 1 a 3 anos: 300 mcg

Adolescentes 14 a 18 anos sexo feminino: 400 mcg Crianças 4 a 8 anos: 400 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 600 mcg
Adultos +19 anos: 400 mcg
Adolescentes 14 a 18 anos: 800 mcg
Grávidas 14 a 18 anos: 600 mcg Adultos +19 anos: 1.000 mcg
Grávidas +19 anos: 600 mcg Grávidas 14 a 18 anos: 800 mcg

Lactantes 14 a 18 anos: 500 mcg Grávidas +19 anos: 1.000 mcg


Lactantes 14 a 18 anos: 800 mcg
Lactantes +19 anos: 500 mg 91
Lactantes +19 anos: 1.000 mcg
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

SMOOTHIE DE ABACATE COM BANANA ENRIQUECIDO


COM LEVEDURA NUTRICIONAL

Ingredientes:
½ abacate cortado em pedaços
180 ml de leite de amêndoas ou de castanhas
1 banana pequena
1 colher de sopa de levedura nutricional
3 pedras de gelo

Preparo: Bater todos os ingredientes no liquidificador.


92
SUGESTÃO DE SUPLEMENTAÇÃO PARA PACIENTES COM HIPER-HOMOCISTEINEMIA!
Exemplo de suplementação para adultos:

L-Metilcobalamina 250 mcg


L-Metilfolato 150 mcg
Piridoxal-5-fosfato 10 mg
Fosfatidilcolina 450 mg
Aviar em cápsulas qsp.
Uso: Consumir 1 dose duas vezes ao dia, podendo ser associado em conjunto à
outras formulações que contenham nutrientes, especialmente as vitaminas do
complexo B. AVALIE
INDIVIDUALIDADE
BIOQUÍMICA!
* Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.
** Interação Medicamentosa: Algumas drogas antiepilépticas aumentam a taxa de catabolismo da
vitamina B6 e B9, resultando em concentrações de vitamina B6 plasmática e folato sérico baixos e hiper-
homocisteinemia. Altos níveis de homocisteína em usuários de drogas antiepilépticas podem aumentar o
93
risco de convulsões epilépticas e eventos vasculares sistêmicos.
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• RESVERATROL

➢ Primeira identificação do resveratrol: dácada de 1940

➢ O RSV (resveratrol), polifenol encontrado na pele escura de uvas e jabuticaba e


Polygonum cuspidatum, está presente nas fórmulas de medicina tradicional chinesa
e Ayurvédica prescritas para infecções fúngicas, doenças cardiovasculares,
distúrbios gastrointestinais, diabetes e inflamação

94
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• RESVERATROL

EFEITOS BENÉFICOS NA FUNÇÃO VASCULAR

RES pode modificar perfil lípídico - por reduzir níveis


plasmáticos de triglicerídeos e LDL-C, e pelo aumento do
HDL-colesterol.

Pode potencializar a ação hipocolesterolemiante da


pravastatina, ao ↓ a regulação da HMG-CoA redutase.

Além disso, as propriedades antioxidantes do RES


resultaram em uma ↓ da oxidação do LDL (aterogênese).

RES atua sobre os principais fatores envolvidos no


95
processo aterosclerótico.
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• RESVERATROL

96
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

✓ Ensaio controlado ranzomizado.


✓ Examinaram os efeitos da suplementação de mirtilo em 48 indivíduos com síndrome metabólica,
peroxidação lipídica e inflamação.
✓ Consumiram bebida com mirtilo liofilizado (50 g de mirtilos liofilizados, aproximadamente 350 g
de mirtilos frescos por dia) por 8 semanas.
✓ As diminuições nas pressões arteriais sistólica e diastólica foram maiores no grupo suplementado
com mirtilo (- 6 e - 4%, respectivamente) do que nos controles (- 1,5 e - 1,2%) (P <0,05).
✓ As reduções nas concentrações plasmáticas de LDL oxidado e malondialdeído foram maiores no
grupo mirtilo (- 28 e - 17%, respectivamente) do que no grupo controle (- 9 e - 9%) (P lt 0,01).
✓ Mirtilo possui efeito cardioprotetor, diminuição da pressão arterial, da LDL oxidada e da
peroxidação lipídica.

97
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

98
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

Quercetina potencializa
a absorção do
resveratrol

Rocha D, 2018 adaptado de Br J Clin Pharmacol. 2011 Jul;72(1):27-38.

Flavonoides presentes
na uva e cacau →
propriedade
cardioprotetoras
99
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

MIX ANTIOXIDANTE DE FIBRAS

Ingredientes:
6 colheres (sopa) de farelo de arroz
3 colheres (sopa) de farinha de linhaça dourada
3 colheres (sopa) de semente de chia
3 colheres (sopa) de cacau em pó
2 colheres (sopa) de farinha de semente de uva

Preparo: Misturar todos os ingredientes, armazenar em


embalagem escura com tampa na geladeira. Usar 2 colheres
de sopa ao dia sobre fruta picada, smoothies ou mingau.

”Fonte em fibras e compostos que combatem processos inflamatórios, reduzem o LDL e


triglicerídeos, além de promover aumento e qualidade do HDL.”

100
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• Sugestão de Suplementação de Resveratrol para Distúrbios do Metabolismo Lipídico

Vinoxin® 250 mg
Excipiente qsp, 1 unidade

Uso: Consumir 1 dose ao dia, longe das refeições. Pool dos polifenóis
com alta quantidade
Obs: Não prescrever para gestantes, lactantes, pacientes em uso de anti e qualidade!
coagulantes.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes


artificiais.

101
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• CONSUMO DE CAFÉ

✓ Revisão sistemática, 1017 indivíduos avaliados, com a ingestão de café entre 2,4 a 8,0 xícaras/dia.

✓ Tomar café por 14 a 79 dias (méd 45 dias) foi associado ao ↑ de 8,1 mg/dl para CT; 5,4 mg/dl para LDL-C e 12,6
mg/dl para TG.

✓ O aumento do CT, LDL-C e TG foi mais pronunciado em estudos com ingestão de ≥ 6 xíc. café/dia.

✓ O aumento do CT foi maior em ensaios que usaram café não filtrado (solúvel).

✓ Os óleos do café como cafestol e kahweol são responsáveis ​pelos efeitos do ↑ dos lipídios pois aumentam a
síntese de colesterol diminuindo excreção de ácidos biliares e esteróis neutros.

✓ A filtragem do café através de um filtro de papel pode remover ao máximo os óleos do café a partir do extrato do
café. Café expresso é o que contem maiores concentrações de cafestol.

✓ Os indivíduos que tinham hiperlipidemia eram mais sensíveis ao efeito de aumentar o colesterol com o consumo 102
do café que em indivíduos normais (28,9 mg/dl vs 5,6 mg/dl).
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS

Nos indivíduos que bebiam álcool


Estudo populacional de mais de Níveis colesterol não-HDL foram
43.000 pessoas mais baixos O feito foi observado especialmente em
mulheres que bebiam menos de uma
cerveja ou um pequeno copo de vinho
por dia (<10 g)

Além disso, o consumo excessivo de


Porém o álcool pode aumentar os
álcool apresentam muitos efeitos
níveis de triglicerídeos e VLDL-C
negativos na saúde

103
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
CHÁ VERDE

• 9 estudos incluindo 259.267 indivíduos.

• Aqueles que não consumiram chá verde tiveram maiores riscos de DCV, hemorragia
intracerebral e infarto cerebral em comparação com <1 xícara de chá verde/dia.

• Aqueles que beberam 1-3 xícaras de chá verde/dia tiveram risco reduzido de infarto do
miocárdio e acidente vascular cerebral em comparação com aqueles quem bebeu <1
Flavonoides do chá
xícara/dia. verde podem
manter a
• Aqueles que beberam ≥4 xícaras/dia tiveram risco reduzido de infarto do miocárdio em estabilidade do
comparação com aqueles que beberam <1 xícara/dia. sistema endotelial
vascular
• Aqueles que consumiram ≥10 xícaras/dia de chá verde também mostraram ter LDL mais
baixo em comparação com o grupo <3 xícaras/dia. 104
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• Infusão de chá verde: 1 col. de chá da folha,


infusão em uma xícara por 5 minutos com
água quente.

• Camellia Sinensis ES 250 mg


Habilitação em
Excipiente qsp, 1 unidade. Fitoterapia!
Uso: Tomar 1 dose pela manhã e a tarde.

Chá verde cuidar: hipotireoidismo, pacientes com ferritina


baixa, pacientes hipertesos e insônia. Não prescrever para
gestantes e lactantes
105
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
• LACTOBACILLUS

“Microrganismos vivos que são benéficos à saúde humana quando consumidos em quantidades adequadas”.
15 estudos, com 976 indivíduos. Todos os estudos incluídos foram ensaios clínicos randomizados e controlados
com desenho duplo-cego.

13 estudos utilizaram
L. plantarum , L. acidophilus , L. fermentum , L. helvetic L. reuteri e G . plantarum diminuíram significativamente
us , L. salivarius , L. reuteri , e L. Ramnosus. os níveis de CT e LDL-C.
L. Reuteri: -0,58mmol (IC 95% -0,81 a -0,35; p<0,001) e
-0,52 mmol (IC 95% -0,65 a -0,40; p<0,001), respectivamente.
2 estudos utilizaram simbióticos contendo L. Plantarum: -0,37 mmol (IC 95% -0,60 a -0,13; p<0,002) e -0,29 mmol
L. sporogenes e inulina (IC 95% -0,43 a -0,16; p<0,001), respectivamente.

Simbiótico (L. esporogenes e inulina) ↓ L . helveticus diminuiu significativamente os níveis


significativamente os níveis séricos de TG e ↑ os níveis séricos de HDL-C.
séricos de HDL-C.
106
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

INULINA

Inulina – Bifidobacterium
4-16g/d

107
1) Formulação Pro e Prebiotica para redução de CT, LDL-C,TG e/ou aumento do HDL-C em adultos

L. Reuteri 1 bi UFC (crianças 50 mi UFC)


L. Plantarum 1 bi UFC (crianças 100 mi UFC)
L. Sporogenes (bacillus coagulans) 1 bi UFC (crianças 100 mi UFC)
Inulina 7 gramas (crianças 2,5 gramas)
Aviar 60 sachês.

Uso: Diluir 1 sachê em água gelada, consumir pela manhã e a noite, por no mínimo 12 semanas.

2) Formulação Pro e Prebiotica para redução de CT, LDL-C,TG e/ou aumento do HDL-C em crianças

L. Reuteri 50 mi UFC
L. Plantarum 100 mi UFC
L. Sporogenes (bacillus coagulans) 100 mi UFC
Inulina 2,5 gramas
Aviar 60 sachês.

Uso: Diluir 1 sachê em água gelada, consumir pela manhã e a noite, por no mínimo 12 semanas. 108
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico
✓ ESTATINAS

As estatinas inibem a síntese de vitamina


K2, cofator da proteína Gla da matriz, que
protege as artérias da calcificação

CoQ10 → Potente antioxidante que


elimina os radicais livres e protege as
células contra a oxidação

109
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• Suplementação de Coenzima Q10

Ubiquinol 150 mg.


Excpiente qsp, 1 unidade.

Uso: Consumir 1 dose uma a duas vezes ao dia.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e


corantes artificiais.

Alimentos fontes em Coenzima Q10: aves, peixes e carnes.


Porém fornecem poucas quantidades, necessitando a
suplementação. Brócolis, espinafre, couve-flor, algas,
semente de gergelim e nozes.
110
Conduta Nutricional no Metabolismo Lipídico

• Suplementação de Vitamina K2

Inibe a calcificação dos vasos


Vitamina K2 MK-7 Menaquingold® 65 mcg. sanguíneos, mantendo suas
Aviar em cápsulas lipofílicas. propriedades funcionais e
estruturais!
Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo associado com
outras vitaminas lipossolúveis.

* Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e


corantes artificiais.
** Contraindicação/Precauções: Pode interferir no tratamento com
antiacoagulantes orais, por induzir a carboxilação de osteocalcina.

111
RECAPTULANDO INTERVENÇÃO DIETÉTICA NO METABOLISMO LIPÍDICO E DISTÚRBIOS ASSOCIADOS!

• Entenda e domine tudo sobre a fisiopatologia e exames laboratoriais no metabolismo lipídico


• Corrigir excesso de gordura corporal (individualidade)
• Corrigir distúrbios metabólicos e possíveis causas da hiperglicemia, hiperinsulinemia e/ou RI
(individualidade)
• Oriente sobre AGEs, bem como método de preparo dos alimentos
• Alimentação de baixo a médio IG e CG
• Evitar consumo de açúcar e alimentos refinados
• Consumo moderado de álcool
• Gordura saturada até 10% do VET
• Dieta com bom suporte adequado em ômega 3 (cálculo razão W6/W3)
• Dieta com bom suporte em fibras (especialmente B-Glucana)
• Dieta com bom suporte em gorduras monoinsaturadas
• Dieta linha mediterrânica
• Inclusão de azeite de oliva extravirgem, oleaginosas, abacate
• Dieta fonte rica em compostos polifenólicos: resveratrol, catequinas, antocianidinas, flavonols,
lignanas (individualidade).
• Dieta fonte em vitaminas do complexo B (suplementação se necessário)
• Pro e Prebióticos adequados
• Ubiquinol
112
• Vitamina K2
O “POUCO” QUE VOCÊ SABE, PODE MUDAR E SALVAR A VIDA
DE UMA PESSOA QUE NÃO SABE O QUE VOCÊ SABE!

Danielle Rocha

113
REFERÊNCIAS
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