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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

THIAGO SPINELLI SOARES DOS SANTOS

TRABALHO INDIVIDUAL AVALIATIVO


ENGENHARIA DO TRABALHO

AVALIAÇÃO A2

RIO DE JANEIRO
2020
1. Estabelecer quais seriam os equipamentos de proteção individuais (EPI)
que cada tipo de profissional deveria utilizar, quais seriam estes locais e
por qual razão, assim como elaborar plano de implantação disso.
Descrever em detalhes as obrigações a serem cumpridas e como implantá-
las. (2,0)

Com os casos do COVID-19 ainda acontecendo, é importante que todos os


funcionários, independente do setor, utilizem máscaras faciais (que são a
principal recomendação da OMS para o combate ao coronavírus).

E como todos os trabalhadores dessa empresa estão suscetíveis ao risco


ocupacional físico de ruídos, faz-se necessário a utilização de protetores
auriculares por todos os funcionários.

Além dessas máscaras faciais e protetores auriculares, cada trabalhador deve


utilizar os EPI’s adequados para o seu setor, que são:

- Analista de estoque:

EPI’s destinados aos analistas que utilizem a câmara fria (por causa do risco
ocupacional físico relacionado ao frio):
• capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
• luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
• calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
• meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas;
• perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
• calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
• casaco ou macacão para proteção do corpo contra agentes térmicos.

EPI’s destinados aos analistas de estoque em geral (risco ocupacional químico


relacionado a poeira minerais):
• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
• protetor auditivo para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
• peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas;
• luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
• calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos;
• perneira para proteção da perna contra agentes químicos;
• calça para proteção das pernas contra agentes químicos.

- Operador de empilhadeira:

• capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio


(quando a empilhadeira estiver em uso);
• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
• protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos
n.º 1 e 2 (aumentar a atenção, eliminando ruídos);
• luvas para proteção das mãos contra vibrações;
• calça para proteção das pernas contra agentes químicos;
Estes EPI’s para os operadores de empilhadeira são necessários para minimizar
os riscos ocupacionais físico e químico e o risco de explosão e inflamáveis.

- Faxineiros:

• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;


• peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas (máscara);
• luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
• calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de
operações com uso de água;
• perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de
operações com uso de água.
• calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações
com uso de água.
Os faxineiros estão propensos aos riscos ocupacionais biológicos.

- Eletricista e ajudante:

• capacete para proteção contra choques elétricos;


• óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
• protetor auditivo para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
• peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas (máscara);
• luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
• calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia
elétrica;
• cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário
contra riscos de queda em trabalhos em altura.
Os EPI’s para os eletricistas são devido ao risco de alta tensão.

- Supervisor de galpão:

• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;


• protetor auditivo para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
• peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas;
• luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
• calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos;
• perneira para proteção da perna contra agentes químicos;
• calça para proteção das pernas contra agentes químicos.
Estes EPI’s para os supervisores se aplicam para o risco ocupacional químico e
devem ser utilizados sempre que entrarem no galpão.

- Gerente geral:

• capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;


• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
• protetor auditivo para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
Estes EPI’s devem ser utilizados pelo gerente no momento em que ele for
supervisionar os funcionários.

- Administrativos:

• máscara de proteção pessoal


• protetor facial “face shield” (escolha opcional por funcionário).
Como o setor administrativo não apresenta riscos eminentes, os funcionários
devem usar esses EPI’s por recomendação da OMS para conter o coronavírus.
- Mecânicos:

• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;


• protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa (caso
necessário);
• protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos
n.º 1 e 2;
• peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas (caso necessário);
• luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes e
contra vibrações;
• calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
• perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
• calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
Os EPI’s utilizados pelos mecânicos são para tentar amenizar os riscos
ocupacionais físicos e químicos que eles podem enfrentar.

- Instrutores:

• máscara de proteção pessoal


• protetor facial “face shield” (escolha opcional por funcionário).
Como o setor dos instrutores não apresenta riscos eminentes, os funcionários
devem usar esses EPI’s por recomendação da OMS para conter o coronavírus.

- Técnico de segurança do trabalho:

Quando não estiver verificando as condições da empresa, deve utilizar:


• máscara de proteção pessoal
• protetor facial “face shield” (escolha opcional por funcionário).
Quando estiver verificando as condições de empresa, deve utilizar:
• capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
• protetor auditivo para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
- Operadores da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE):

• capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio (de


preferência com jugular);
• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
• peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias
contra poeiras, névoas e fumos;
• luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
• calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de
operações com uso de água;
• perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de
operações com uso de água.
• calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações
com uso de água.
• cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do
usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou
horizontal.
Os funcionários que trabalham no setor de ETE devem utilizar estes EPI’s para
tentar evitar contaminações através dos riscos biológicos.

- Vigilantes:

• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;


• protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos
n.º 1 e 2;
• luvas para proteção das mãos;
• calçado para proteção dos pés;
Os vigilantes possuem o risco ocupacional de vigilância, o que requer que o
funcionário possua bastante atenção ao trabalho. Com isso, por estarem em um
ambiente de empresa devem usar estes EPI’s.

- Frentista:

• óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;


• protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos
n.º 1 e 2;
• luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
• calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
• perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
• calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
Os frentistas devem utilizar esses EPI’s pois podem estar suscetíveis ao risco
ocupacional de inflamáveis.

- Operadores de call center/telemarketing:

• máscara de proteção pessoal


• protetor facial “face shield” (escolha opcional por funcionário).
Como o setor de operadores de call center/telemarketing não apresenta riscos
eminentes, os funcionários devem usar esses EPI’s por recomendação da OMS
para conter o coronavírus.

- Entregadores de moto:

• capacete específico para moto;


• colete reflexivo
Esses são os principais EPI’s que o entregador deve utilizar quando sair de moto,
pois eles estão expostos aos mesmos riscos que todos os motociclistas.

- Bombeiros civis (BPC):

• capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.


• capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
• protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;
• equipamento de proteção respiratória (EPR);
• luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
• calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
• perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
• calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
• cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário
contra riscos de queda em trabalhos em altura;
Os bombeiros civis estão suscetíveis ao risco ocupacional de inflamáveis, e por
isso alguns EPI’s mais focados em incêndios devem ser utilizados por eles.
Para poder implementar os EPI’s na empresa, devemos seguir as etapas do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) que são:
- Antecipação e reconhecimentos dos riscos;
- Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
- Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
- Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
- Monitoramento da exposição aos riscos;
- Registro e divulgação dos dados.

Dessa maneira devemos fazer:


Uma seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está
exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o
controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do
trabalhador usuário;
Programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e
orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
Estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o
uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do
EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas;
Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva
identificação dos EPI utilizados para os riscos ambientais.

Para que essa implementação possa se manter, tanto os funcionários quanto o


patrão, devem seguir algumas obrigações. São elas:

- Patrão:
adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
exigir seu uso;
fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas
ou sistema eletrônico.

- Empregados:
Quanto ao EPI, eles devem:
usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se pela guarda e conservação;
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Se todos esses passos forem seguidos, a implementação dos EPI se torna


segura e eficiente.

2. Verificar e resolver a questão de adicionais de


insalubridade/periculosidade, passando relatório mencionando que
profissionais devem ou não receber adicionais, quais seriam estes
adicionais, com respectivos enquadramentos legais e como proteger a
rede de supermercados de ações na justiça do trabalho. (1,0)

Sabendo que não foi encontrado nenhum laudo de insalubridade/periculosidade


e que nenhum funcionário recebia adicional até março de 2020, faz-se
necessário resolver essa questão de maneira legal perante a justiça.
Mas, primeiro é necessário saber o que é insalubridade/periculosidade
exatamente.
- Insalubridade são atividades ou ambientes prejudiciais a saúde humana. Eles
podem ser:
• Ruídos;
• Calor ou frio;
• Agentes químicos;
• Agentes biológicos;
• Vibrações.
- Periculosidade são atividades ou ambientes que representam risco de morte
ao trabalhador. Eles podem ser:
• Explosivos;
• Inflamáveis;
• Roubos ou violência física;
• Motocicletas;
• Energia elétrica.

Sabendo exatamente o que insalubridade e periculosidade são, junto com a


tabela de riscos existentes encontrada pelo PPRA que está válida até 2021
(tabela 2), podemos dizer que:
Os funcionários que tem direito a receber adicionais de insalubridade e os
motivos pelos quais tem esse direito, são respectivamente:
- Operadores de empilhadeira → Risco físico (ruído e vibração) e químico
(benzeno);
- Mecânicos → Risco físico (vibração) e químico (benzeno);
- Analistas de estoque → Risco físico (frio – uso da câmara fria) e químico (poeira
minerais);
- Supervisor de galpão → Risco químico (poeira minerais);
- ETE → Risco biológico;
- Faxineiros→ Risco biológico.
Segundo o art.192, “O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a
percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%
(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo”.

Os funcionários que tem direito a receber adicionais de periculosidade e os


motivos pelos quais tem esse direito, são respectivamente:
- Operadores de empilhadeira → Explosão e inflamáveis;
- Frentistas → Inflamáveis;
- Bombeiros civis (BPC) → Inflamáveis;
- Eletricistas → Alta tensão (energia elétrica);
- Vigilantes → Vigilância (Roubo ou violência física);
- Entregadores de moto → Motociclistas.
Segundo o art.193, “O trabalho em condições de periculosidade assegura ao
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa”.
Para os funcionários que tem direito a mais de um adicional de insalubridade, é
levado em conta o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo
vedada a percepção cumulativa.
Definidos os funcionários que tem direito de receber adicionais e seus motivos,
para evitar possíveis ações contra a empresa, é necessário pagar a esses
funcionários o valor adicional que eles merecem.
Ainda visando evitar possíveis ações contra a empresa, é preciso conhecer as
leis e manter-se atualizado em relação a suas mudanças e atualizações. Quando
há atenção para essas medidas, é muito mais fácil garantir que a equipe como
um todo e cada colaborador receberá os direitos exigidos por lei.
Dessa maneira podemos manter a empresa dentro da lei, minimizando o risco
de receber ações trabalhistas referentes a insalubridade/periculosidade.

3. Seria possível deixar de pagar insalubridade ou periculosidade em


alguns casos? Como você poderia fazer isso de forma legítima, seguindo
os ditames legais? (1,0)

Sim, é possível deixar de pagar insalubridade ou periculosidade em alguns


casos.
Seguindo os parâmetros legais, podemos nos basear no art.191 e art.194, que
diz:
Art.191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
I - Com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
II - Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de
periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade
física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Com isso, se seguirmos essas leis, se torna possível (e de forma legal) deixar
de pagar adicional de insalubridade ou periculosidade
4. Baseado na tabela 3 e na lei 8213/91, quais foram os auxílios pagos pelo
INSS e de que forma eles podem contribuir para piora do quadro contábil
da empresa no ano de 2020. (1,0)

Os auxílios pagos pelo INSS foram:


• Auxílio acidente;
• Auxílio doença;
• Pensão por invalidez;
• Pensão por morte;
• Salário maternidade.

Eles contribuem para a piora do quadro contábil da empresa, pois eles


aumentam a taxa de frequência e gravidade da empresa, o que mostra a
quantidade de trabalhadores que ficaram ausentes por causa de acidentes ou
doenças do trabalho. Além de fazer com que a empresa tenha que desembolsar
mais dinheiro para pagar aos afastados o seu devido auxílio.

5. Determinar as taxas anuais de frequência e de gravidade da empresa e


enviá-la ao ENIT e proposição de melhorias para 2020, visando diminuir
esses indicadores, elaborando plano de ação para tal. (1,0)

1.000.000∗(𝑛º 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠)
Taxa de Frequência = 𝐻𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜
1.000.000∗(𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠+𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑏𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠)
Taxa de Gravidade = 𝐻𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜

Como homens hora risco é igual para ambas as equações, irei calcular ela
primeiro.
Homens hora risco = nº de funcionário * hora de trabalho (nesse caso por ano)
Homens hora risco = 150*(220*12) → Homens hora risco = 396.000

Calculando a taxa de frequência:


Como já temos a homens hora risco, para calcular a taxa de frequência falta o
nº de acidentados, que será:
- Durante o ano tivemos 12 pessoas afastadas, porém o nº de acidentados é 10
pois a apendicite e o nascimento de criança não entram como acidentados.
Assim teremos:
1.000.000∗(𝑛º 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠)
Taxa de Frequência = 𝐻𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜
1.000.000∗(10) 10.000.000
Taxa de Frequência = → T F= → T F = 25,2525 → T F = 25
396.000 396.000

Calculando a taxa de gravidade:


1.000.000∗(𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠+𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑏𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠)
Taxa de Gravidade = 𝐻𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜

1.000.000∗[(50+30+100+50+50)+(500+2.000+6.000+1.000+500)]
Taxa de Gravidade = 396.000

1.000.000∗(280+10.000)
Taxa de Gravidade = →
396.000
1.000.000∗10.280 10.280.000.000
Taxa de Gravidade = →TG= → T G = 25.959,59
396.000 396.000

Visando diminuir esses indicadores, faz-se necessário a enfatização e a


colaboração dos trabalhadores em utilizar adequadamente os EPI. O uso correto
destes é o primeiro passo para melhorar os riscos e num futuro tentar eliminá-lo.
Para que isso possa ocorrer, a empresa deve gerenciar os riscos e seguir a
hierarquia de controle e tratamento dos riscos (PPRA), que segue o passo a
passo:
- Proteger o trabalhador com EPI;
- Mudar o método de trabalho;
- Isolar as pessoas dos riscos;
- Substituir o risco;
- Eliminar os riscos;
Como podemos observar na imagem abaixo:
6. Comente o que poderia ser feito com relação ao PPRA e PCMSO para
auxiliá-lo no plano de ação do item 5. (1,0)

Sabemos que o PCMSO e PPRA andam combinados, como podemos ver na


imagem abaixo:

Com isso, podemos dizer que:


Com relação ao PPRA, poderiam ter sido seguidas as medidas para diminuir
riscos que são:
- Identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde;
- Constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde;
- Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na
ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela
American Conference of Governmental Industrial Higyenists (ACGIH), ou
aqueles que venham a ser estabelecidos em 4 negociações coletivas de
trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais
estabelecidos;
- Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo
causal entre danos observados na saúde os trabalhadores e a situação de
trabalho a que eles ficam expostos.
Com relação ao PCMSO, poderiam ter sido seguidas as diretrizes para diminuir
riscos que são:
- Rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao
trabalho;
- Detectar possíveis exposições excessivas a agentes nocivos ocupacionais;
- Definir a aptidão de cada empregado para exercer suas funções ou tarefas
determinadas;
- Subsidiar a implantação e o monitoramento da eficácia das medidas de
prevenção adotadas na organização;
- Subsidiar análises epidemiológicas e estatísticas sobre os agravos à saúde e
sua relação com os riscos ocupacionais;
- Subsidiar decisões sobre o afastamento de empregados de situações de
trabalho que possam comprometer sua saúde;
- Subsidiar a emissão de notificações de agravos relacionados ao trabalho, de
acordo com a regulamentação pertinente;
- Subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social;
- Acompanhar de forma diferenciada o empregado cujo estado de saúde possa
ser especialmente afetado pelos riscos ocupacionais;
- Subsidiar a Previdência Social nas ações de reabilitação profissional;
- Subsidiar ações de readaptação profissional;
- Controlar da imunização ativa dos empregados, relacionada a riscos
ocupacionais, sempre que houver recomendação do Min.da Saúde.

7. Distingua dias perdidos de dias debitados do cálculo de taxa de


gravidade. A taxa de frequência e de gravidade setorial é respectivamente
100 e 2.500, explique como isso afeta a moral dos funcionários e o que você
pode propor para melhorar esses índices (1,0)

Dias perdidos: são os dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de


lesão pessoal, excetuados o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho.
Dias debitados: são os dias que se debitam, por incapacidade permanente ou
morte, para o cálculo do tempo computado.

Com a TF = 100 e TG = 2.500, a moral dos funcionários é afetada pois eles


sabem que quanto maiores as taxas, maiores são os riscos deles sofrerem algum
acidente dentro da empresa e também demonstra que quanto maiores as taxas,
mais acidentes dentro da empresa estão acontecendo (que podem ter ocorrido
por descuido de algum funcionário, afetando assim sua moral).

Para melhorar os índices, a empresa deve enfatizar o uso dos EPI aos
funcionários, gerenciar os possíveis riscos e seguir as indicações propostas pela
PPRA e PCMSO.

8. Descreva sucintamente que dispositivos de incêndio (PORTÁTEIS e


FIXOS) seriam necessários para adequar o local perante o CBMERJ, tipos
e quantidades de extintores, quais classes de incêndio existem no local,
risco médio e que treinamentos seriam necessários utilizando croquis
expresso na figura 1. (2,0)

Ao todo existem 5 classes diferentes de extintores, que são:


I - Classe “A” – Fogo em materiais comuns de fácil combustão (madeira, pano,
lixo e similares);
II – Classe “B” – Fogo em líquidos inflamáveis, óleos, graxas, vernizes e
similares;
III – Classe “C” – Fogo em equipamentos elétricos energizados (motores,
aparelhos de ar condicionado, televisores, rádios e similares);
IV – Classe “D” – Fogo em metais piróforos e suas ligas (magnésio, potássio,
alumínio e outros).
V – Classe “K” – Fogo em óleo ou gordura.

As características das classes são:


Os tipos de extintores ideal para cada classe são:

Esses extintores devem ser posicionados dependendo do tipo de risco que a


empresa é vulnerável. O posicionamento em relação ao risco se baseia na tabela
a seguir:

Ressaltando que a localização dos extintores deve obedecer aos seguintes


princípios:
I – A probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso deve ser a mínima possível;
II – Boa visibilidade, para que os possíveis operadores fiquem familiarizados com
a sua localização;
III – Os extintores portáteis deverão ser fixados de maneira que nenhuma de
suas partes fique acima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) do piso;

Para a empresa tabajara, as classes de extintores que serão utilizadas no local


são: “A”, “B”, “C”, “D”.
Sabendo que a empresa possui risco médio, ou seja, a área máxima a ser
protegida pelo extintor é de 150𝑚2 . Os locais que esses extintores devem ser
dimensionados são:
- Subestação e gerador:
Deve ser instalado extintores de tipo “C”
Área da subestação é de: 36m*30m = 1.080𝑚2
Logo devem ser instalados no mínimo 7 extintores de gás carbônico.

- Tanques de diesel (cálculo feito para 1 tanque, como são 2 considerar 2*o
resultado):
Deve ser instalados extintores de tipo “B”
Área de cada tanque de diesel é de: 30m*18m = 540𝑚2
Logo devem ser instalados no mínimo 3 extintores de pó químico seco ou
pressurizado.

- ETE:
Deve ser instalado extintores do tipo “B” e “D”, pois os efluentes
industriais podem conter óleos e metais pesados.
Área da ETE é de: 60m*24m = 1.440𝑚2
Logo devem ser instalados no mínimo 9 extintores de pó químico seco ou
pressurizado.

- Pátio das empilhadeiras:


Deve ser instalados extintores do tipo “C”
Área do pátio das empilhadeiras é de 12m*80m = 960𝑚2
Logo devem ser instalados no mínimo 6 extintores de gás carbônico.

- Prédio administrativos:
Deve ser instalados extintores do tipo “A” e “C”
Área do prédio administrativo é de 132m*30m = 3.960𝑚2
Logo devem ser instalados no mínimo 26 extintores, sendo eles de água (classe
“A”) e gás carbônico (classe “C”).
- Mecânica:
Deve ser instalados extintores do tipo “C”
Área do prédio administrativo é de 30m*110m =3.300𝑚2
Logo devem ser instalados 22 extintores de gás carbônico.

- Galpão principal:
Deve ser instalados extintores do tipo “A” e “C”
Área do galpão principal é de: 132m*120m = 15.840𝑚2
Logo deveriam ser instalados no mínimo 105 extintores, sendo eles de água
(classe “A”) e gás carbônico (classe “C”). Porém, como a área é muito grande,
para minimizar a quantidade de extintores podem ser instaladas mangueiras de
incêndio (devidamente protegidas dentro do abrigo para mangueiras) que
possuem um alcance de área muito maior que os extintores.

Além dos extintores, também devem ser instaladas sinalizações de emergência


para que, em caso de incêndio, as pessoas possam se guiar para um local
seguro.
Para isso, faz-se necessário o treinamento de todos os funcionários contra
incêndio, para que todos saibam se comportar e como agir em um possível
incêndio na empresa. Para que dessa forma possa se evitar eventuais acidentes
e fatalidades causados por incêndio.
Segue abaixo a imagem do lay out da empresa tabajara com a indicação do tipo
de extintor usado em cada região:

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