Você está na página 1de 355

CURSO ESPECIAL DE

HABILITAÇÃO PARA
PROMOÇÃO A SUBOFICIAL

C-Esp-HABSO

ORGANIZAÇÃO DA MB E
PRINCIPAIS PROJETOS
UNIDADES DE ENSINO (UE)

1.0 – Organização da Marinha do Brasil

2.0 – O Ministério da Defesa

3.0 – Operações Navais

4.0 – Amazônia Azul


AO FUTURO SUBOFICIAL

Parabéns por ter chegado até aqui, em sua


carreira naval. Na nossa disciplina de
Organização da Marinha do Brasil e Principais
Projetos, desenvolveremos conhecimentos
básicos acerca da organização, tarefas
operações, convenções e programas em
andamento na Marinha do Brasil, no atual
contexto organizacional do Ministério da
Defesa. Contamos com seu estudo e
dedicação!
UNIDADES DE ENSINO (UE)

1.0 – Organização da Marinha do Brasil

2.0 – O Ministério da Defesa

3.0 – Operações Navais

4.0 – Amazônia Azul


1.0 - ORGANIZAÇÃO DA
MARINHA DO BRASIL (MB)

Nesta unidade de ensino abordaremos os seguintes


itens:
1.1 - Estrutura organizacional da MB;
1.2 - Classificação das OM da MB;
1.3 - Atribuições dos principais órgãos da estrutura
organizacional da MB;
1.4 - Organização básica dos Distritos Navais, da Esquadra e
da Força de Fuzileiros da Esquadra; e
1.5 - Organização básica de um Estado-Maior.
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ESTRUTURA GERAL

A Marinha do Brasil tem sua organização estabelecida na Estrutura Regimental


do COMANDO DA MARINHA, prevista no Decreto nº 5417, de 13 de abril de
2005, e compõe-se de:
ORGÃO DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA
ORGÃOS COLEGIADOS ORGÃO DE DIREÇÃO GERAL

ENTIDADES VINCULADAS ORGÃO DE DIREÇÃO SETORIAL

ORGÃO AUTÔNOMO ORGANIZAÇÕES MILITARES


1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ORGÃO DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR

ALMIRANTADO
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA

- Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM);


- Centro de Inteligência da Marinha (CIM);
- Gabinete do Comandante da Marinha (GCM);
- Centro de Controle Interno da Marinha (CCIMAR);
- Procuradoria Especial da Marinha (PEM); e
- Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM).
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB
ORGÃOS COLEGIADOS

- Conselho de Almirantes (CAL);


- Comissão para Estudos dos Uniformes da Marinha (CEUM);
- Conselho Financeiro e Administrativo da Marinha (COFAMAR);
- Comissão de Promoções de Oficiais (CPO).
- Conselho de Ciência e Tecnologia da Marinha (CONCITEM);
- Conselho do Plano Diretor (COPLAN);
- Conselho do Planejamento de Pessoal (COPLAPE);
- Conselho de Tecnologia da Informação da Marinha (COTIM); e
- Conselho de Compensação da MB.
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ENTIDADES VINCULADAS

- Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON); e


- Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (AMAZUL).
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ORGÃO AUTÔNOMO

TRIBUNAL
MARÍTIMO
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ORGÃO DE DIREÇÃO GERAL (ODG)

ESTADO-MAIOR DA ARMADA (EMA)


1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB
ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

- Comando de Operações Navais (ComOpNav);


- Secretaria-Geral da Marinha (SGM).
- Diretoria-Geral do Material da Marinha (DGMM);
- Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha (DGPM);
- Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM);
- Diretoria-Geral de Navegação (DGN); e
- Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN).
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ORGANIZAÇÕES MILITARES

TODAS AS DEMAIS ORGANIZAÇÕES


MILITARES DA MB
1.1 – ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA MB

ORGANOGRAMA REDUZIDO DA MB:


1.2 – CLASSIFICAÇÃO DAS
OM DA MB

Além dos Órgãos e Entidades vinculados à MB


identificados no organograma simplificado da página
anterior, as demais OM podem ser classificadas, de uma
maneira geral, em:

Organizações Organizações
Administrativas e/ou de Operativas – (emprego
Apoio do Poder Naval – do Poder Naval).
(preparo)
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR

Almirantado
Compete assessorar o Comandante da Marinha nas suas atribuições de
direção e gestão da Força, cabendo fazê-lo também na seleção dos
militares que comporão a Lista de Escolha para promoção aos postos de
oficiais-generais.
O Almirantado, convocado e presidido pelo Comandante da Marinha, é
constituído pelos Almirantes-de-Esquadra, da ativa, quando no exercício
dos Cargos de ODG e ODS.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA
Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM)
Tem o objetivo de contribuir para a divulgação das atividades
desenvolvidas pela Marinha, estimulando uma visibilidade favorável na
sociedade.
O CCSM atua na produção de peças publicitárias, no apoio e na orientação
às OM, na busca de um perfeito relacionamento com a imprensa e na
prestação de assessoria ao Comandante da Marinha, quanto aos assuntos
relacionados à Comunicação Social.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA
Centro de Inteligência da Marinha (CIM)
Trata, em seu mais alto nível, da produção e salvaguarda de conhecimentos de
interesse da Marinha, relacionados ao País.
O CIM funciona como uma assessoria política e social para o Comandante da
Marinha. Na área social, coleta informações, faz análises e produz balanços sobre o
comportamento do seu pessoal e as repassa às esferas pertinentes.
Questões como narcotráfico, contrabando e condições sociais são os principais
problemas.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA
Gabinete do Comandante da Marinha (GCM)
Assessora o Comandante da Marinha no estudo dos assuntos submetidos à sua
apreciação e no preparo dos documentos relativos às suas decisões, o assiste em
sua representação funcional e pessoal, especialmente no preparo e no despacho
do seu expediente pessoal, acompanha o andamento dos projetos de interesse do
Comando da Marinha em tramitação no Congresso Nacional e providencia o
atendimento às consultas e aos requerimentos formulados pelo Congresso
Nacional.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA

Centro de Controle Interno da Marinha (CCIMAR)

Compete assessorar o Comandante da Marinha nas atividades relativas à


fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da MB, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA

Procuradoria Especial da Marinha (PEM);

Compete zelar, perante o Tribunal Marítimo, pela fiel observância da


Constituição, das leis e dos atos emanados dos poderes públicos,
referentes às atividades marítimas, fluviais e lacustres.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE ASSITÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA


MARINHA

Secretaria da Comissão Interministerial para os


Recursos do Mar (SECIRM).
Tem por finalidade assessorar o Coordenador da CIRM na execução das atividades
técnicas e administrativas da Comissão. A CIRM, por sua vez, é uma comissão que
tem o propósito de coordenar os assuntos relativos à consecução da Política
Setorial para os Recursos do Mar (PSRM) e gerenciar o Programa Antártico
Brasileiro (PROANTAR), entre outros. A Coordenação da CIRM é exercida pelo
Comandante da Marinha.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Conselho de Almirantes (CAL)


Compete assessorar o Comandante da Marinha na avaliação de assuntos
de interesse relevante para a Marinha, apresentados por membros do
Almirantado.
O Conselho de Almirantes, constituído pelos Almirantes em serviço ativo
com função em unidades organizacionais da Marinha, é presidido pelo
Comandante da Marinha e convocado por sua iniciativa.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Comissão para Estudos dos Uniformes da


Marinha (CEUM)
A CEUM tem por finalidade coletar, analisar e propor alterações ao Regulamento
de Uniformes da Marinha do Brasil (RUMB), submetendo-as à aprovação do CM
para o Volume I do RUMB e à aprovação do SGM para os assuntos relativos aos
Volumes II e III da publicação.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Conselho Financeiro e Administrativo da


Marinha (COFAMAR)

Compete assessorar o CM nos assuntos administrativo-financeiros da MB,


exercendo o mais elevado nível de controle da execução do Plano Diretor.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Comissão de Promoções de Oficiais (CPO)

Assessora o CM nos diversos processos de seleção de Oficiais, atuando


como órgão de processamento das promoções por antiguidade, por
merecimento e, numa primeira fase, para as promoções por Escolha
(Almirantes), bem como na elaboração das escalas de Comando/Direção,
na seleção de oficiais para cursos,
nas mudanças de quadros, na decisão de permanência definitiva no
serviço ativo etc.
A CPO é diretamente subordinada ao CM e tem caráter permanente.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Conselho de Ciência e Tecnologia da Marinha


(CONCITEM)

Compete formular o Plano de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da


Marinha, supervisionar a sua execução, propor ao Comandante da
Marinha suas alterações e atualizações e apreciar e enviar o relatório
anual de acompanhamento do plano.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Conselho do Plano Diretor (COPLAN)

Compete assessorar o Comandante da Marinha no trato dos assuntos


relacionados com o planejamento da gestão orçamentária e financeira
(Plano Diretor).
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Conselho do Planejamento de Pessoal


(COPLAPE)
Compete assessorar o CM no trato dos assuntos de alto nível, relacionados
com o planejamento de pessoal da Marinha.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Conselho de Tecnologia da Informação da


Marinha (COTIM)
O COTIM é um órgão consultivo, deliberativo, de caráter permanente, com as
seguintes atribuições:
I - assessorar o Comandante da Marinha no trato dos assuntos relacionados à
Governança de Tecnologia da Informação (TI) na MB;
II - deliberar sobre as medidas necessárias e coordenar a implantação das
atividades de Governança de TI na Marinha;
III - aprovar diretrizes e normas doutrinárias sobre Governança de TI na MB;
IV - aprovar a Doutrina de TI da Marinha; e
V - priorizar os projetos de TI na MB.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS COLEGIADOS

Conselho de Compensação da MB
O CCMB é um órgão consultivo, deliberativo, com as seguintes atribuições
principais:
I - assessorar o EMA na coordenação das atividades relacionadas à Compensação
Comercial, Industrial e Tecnológica;
II - Apreciar os resultados da implementação das Diretrizes de Compensação
Comercial, Industrial e Tecnológica da MB e apresentar à SGM relatório contendo
parecer prévio;
III - Assessorar na estratégia de negociação dos Acordos de Compensação (AC);
IV - Propor a utilização dos créditos excedentes dos AC;
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB
ORGÃOS COLEGIADOS
Conselho de Compensação da MB
V - Acompanhar a transferência de tecnologia a ser formalizada em objeto de acordo
específico contendo o tipo de compensação e a modalidade, entre outros, em conformidade
com o objeto de importação específico a ser negociado e contratado no âmbito dos ODS;
VI - Propor, sempre que possível, compensações que estabeleçam “joint ventures” dos
fornecedores estrangeiros com empresas nacionais;
VII - Avaliar a possibilidade de inclusão, nos AC, da transferência ou compartilhamento de
tecnologias buscadas por projetos em curso no PROCITEM;
VIII - Manter, a partir de informações providas pelos ODS, o Banco de Crédito de
Compensação, assessorando o EMA na eventual distribuição dos créditos excedentes de
compensação;
IX - Propor a criação de Grupos de Fiscalização específicos, com o objetivo de acompanhar os
processos de transferência de tecnologia gerados no âmbito dos AC; e
X - Contribuir, via SGM, para a atualização das normas referentes aos AC.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃO AUTÔNOMO

Tribunal Marítimo (TM)

É o órgão autônomo vinculado ao Comandante da MB, ao qual compete


julgar os acidentes e fatos da navegação marítima, fluvial e lacustre e as
questões relacionadas com tal atividade.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ENTIDADES VINCULADAS

Empresa Gerencial de Projetos Navais


(EMGEPRON)
A EMGEPRON tem como finalidades principais:
- promover a Indústria Militar Naval Brasileira;
- gerenciar projetos integrantes de programas aprovados pelo Comando da
Marinha; e
- promover e executar atividades vinculadas à obtenção e à manutenção
de material militar naval.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ENTIDADES VINCULADAS

Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (AMAZUL)

A missão primordial da empresa é viabilizar o desenvolvimento do


submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País
exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras. Para
executar seus projetos e oferecer serviços tecnológicos, a AMAZUL retém,
atrai e capacita recursos humanos de alto nível.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO GERAL (ODG)

Estado-Maior da Armada (EMA)


Compete elaborar estudos e consolidar e opinar sobre aqueles
encaminhados pelos Órgãos de Direção Setorial (ODS), visando assessorar
o Comandante da Marinha nos assuntos pertinentes ao planejamento de
alto nível da Marinha. É o grande órgão de Planejamento da Marinha, por
meio do qual são realizadas as ligações administrativas com os outros
órgãos da Administração Pública.

O Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) é o substituto eventual do


Comandante da Marinha.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

Comando de Operações Navais (ComOpNav)

Compete aprestar as Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais para


o adequado emprego do Poder Naval.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

Secretaria-Geral da Marinha (SGM)

Compete contribuir para o preparo e o emprego do Poder Naval, no


tocante às atividades relacionadas com: Orçamento (Planejamento,
Programação, Execução e Avaliação); Economia e Finanças; Logística
(Abastecimento); Administração Geral e Documentação.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

Diretoria-Geral do Material da Marinha (DGMM)

Compete contribuir para o preparo e o emprego do Poder Naval, no


tocante aos Projetos, Construção, Aquisição e Manutenção dos meios
navais e aeronavais.

A Diretoria de Sistemas de Armas, a Diretoria de Engenharia Naval, a


Diretoria de Aeronáutica da Marinha, entre outros, estão subordinados a
ela.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha (DGPM)

Compete contribuir para o preparo e o emprego do Poder Naval no


tocante à Política, Formação, Assistência e Controle da Distribuição do
Pessoal.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e


Tecnológico da Marinha (DGDNTM)
Contribuir para o preparo e o emprego do Poder Naval no tocante ao
planejamento, à orientação, à coordenação e ao controle das atividades
científicas, tecnológicas e de inovação da Marinha.

A Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino


com Propulsão Nuclear (COGESN), o Centro Tecnológico da Marinha no Rio
de Janeiro (CTMRJ) e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo
(CTMSP) estão subordinados a ela.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

Diretoria-Geral de Navegação (DGN)

Compete contribuir para o preparo e o emprego do Poder Naval e do


Poder Marítimo, no tocante aos assuntos marítimos, segurança da
navegação, hidrografia, oceanografia e meteorologia. Supervisiona as
atividades desenvolvidas pela Marinha Mercante e de pesquisas
hidrográficas.

Possui subordinadas a Diretoria de Portos e Costas (DPC) e a Diretoria de


Hidrografia e Navegação (DHN), responsáveis por grande parte das
atividades subsidiárias da Marinha.
1.3 – ATRIBUIÇÕES DOS
PRINCIPAIS ÓRGÃOS DA
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DA MB

ORGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS)

Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais


(CGCFN)

Compete contribuir para o preparo e o emprego do Poder Naval, no


tocante à Doutrina, Emprego, Aquisição e Manutenção de meios de FN e
ao Preparo e Controle do pessoal FN. Cumpre ressaltar que as OM
operativas dos Fuzileiros Navais estão subordinadas ao ComOpNav.
1.4 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DOS
DISTRITOS NAVAIS, DA ESQUADRA E
DA FORÇA DE FUZILEIROS DA
ESQUADRA

Distritos Navais (DN)

Os nove Comandos de Distritos Navais (ComDN), subordinados ao


ComOpNav, têm, como propósito, contribuir para o cumprimento das
tarefas de responsabilidade da Marinha, nas suas respectivas áreas de
jurisdição
1.4 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DOS
DISTRITOS NAVAIS, DA ESQUADRA E
DA FORÇA DE FUZILEIROS DA
ESQUADRA

Distritos Navais (DN)


1.4 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DOS
DISTRITOS NAVAIS, DA ESQUADRA E
DA FORÇA DE FUZILEIROS DA
ESQUADRA
Esquadra

PHM Atlântico
1.4 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DOS
DISTRITOS NAVAIS, DA ESQUADRA E
DA FORÇA DE FUZILEIROS DA
ESQUADRA

Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE)


1.5 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DE UM
ESTADO-MAIOR

A MB possui estados-maiores nos seus Comandos Operativos,


nos Comandos de Distritos Navais e nas Unidades Operativas
de Fuzileiros Navais.

Um estado-maior normalmente é composto por um Chefe de


Estado-Maior e, pelo menos, quatro Seções:

Seção de Organização (1a Seção) Seção de Operações (3a Seção)

Seção de Inteligência (2a Seção) Seção de Logística (4a Seção)


1.5 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DE UM
ESTADO-MAIOR

Seção de Organização (1a Seção)

A Seção de Organização (1a Seção) tem por função principal a organização


dos meios disponíveis e a solução dos problemas de organização de
pessoal não pertinentes à Seção de Logística, a quem cabe a função
logística Recursos Humanos, e atua nas áreas de justiça, legislação e
inspeções administrativas.
1.5 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DE UM
ESTADO-MAIOR

Seção de Inteligência (2a Seção)

É basicamente a responsável pelo assessoramento ao Comandante/Diretor no que


concerne à área de assuntos relacionados a inteligência e busca de informações,
tanto em tempo de paz, como em situação de crise. Esta seção busca, coleta,
armazena e processa dados dos adversários e das características da área de
operações necessários para auxiliar a tomada de decisão do Comando e para a
condução das operações.
1.5 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DE UM
ESTADO-MAIOR

Seção de Operações (3a Seção)

A Seção de Operações (ou 3a Seção) do EM de um Comando de Força é


basicamente responsável pelo assessoramento ao Comandante/Diretor em
todos os aspectos referentes às operações em que esta possa tomar parte,
auxiliando-o diretamente no seu planejamento e no Controle da Ação
Planejada (condução das operações).
1.5 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DE UM
ESTADO-MAIOR

Seção de Logística (4a Seção)

A Seção de Logística é a Seção do EM responsável pelo planejamento e


controle das ações que assegurem aos Comandantes/Diretores todo o
apoio logístico necessário, de modo a possibilitar o cumprimento de suas
Missões, fornecendo o aporte dos recursos financeiros e humanos para as
unidades subordinadas.
CURSO ESPECIAL DE
HABILITAÇÃO PARA
PROMOÇÃO A SUBOFICIAL

C-Esp-HABSO

ORGANIZAÇÃO DA MB E
PRINCIPAIS PROJETOS
UNIDADES DE ENSINO (UE)

1.0 – Organização da Marinha do Brasil

2.0 – O Ministério da Defesa

3.0 – Operações Navais

4.0 – Amazônia Azul


2.0 – O MINISTÉRIO DA
DEFESA (MD)

Nesta unidade de ensino abordaremos os seguintes


itens:
2.1 - A natureza, a estrutura organizacional e a competência
do Ministério da Defesa;
2.2 - As Forças Armadas;
2.3 - Normas gerais para o preparo e o emprego das Forças
Armadas; e
2.4 - O Comando da Marinha no contexto do Ministério da
Defesa.
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

NATUREZA

O Ministério da Defesa, órgão da administração


direta, tem a seu cargo a direção superior das Forças
Armadas.
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O Ministério da Defesa está estruturado conforme o


seguinte Organograma Simplificado, mostrado no
próximo slide:
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Dentro da estrutura do Ministério da Defesa, destaca-


se o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas
(EMCFA), cujo organograma será mostrado no
próximo slide:
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

ECMFA
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas é um oficial-


general do último posto (4 estrelas) da ativa ou da reserva. Se for da
ativa, irá automaticamente para a reserva após a nomeação, a
exemplo do que ocorre com os Comandantes de Força. É indicado
pelo Ministro da Defesa e nomeado pelo Presidente da República e
tem o mesmo nível hierárquico dos Comandantes de Força. Tem
ascendência sobre todos os oficiais-generais de qualquer Força,
exceto sobre os Comandantes das mesmas.

Os Comandantes de Força são responsáveis pelo adestramento das


tropas. O emprego conjunto dessas tropas é responsabilidade do
Chefe do EMCFA.
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

COMPETÊNCIA

O Ministério da Defesa tem, na sua área de competência, os


seguintes assuntos:

a) Política nacional de defesa;


b) Política e estratégia militares;
c) Doutrina e planejamento de emprego das Forças Armadas;
d) Projetos especiais de interesse da Defesa Nacional;
e) Inteligência estratégica e operacional no interesse da
Defesa;
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

COMPETÊNCIA

f) Operações militares das Forças Armadas;


g) Relacionamento internacional das Forças Armadas;
h) Orçamento de Defesa;
i) Legislação militar;
j) Política de mobilização nacional;
k) Política de material de defesa;
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

COMPETÊNCIA

l) Política de ciência e tecnologia das Forças Armadas;


m) Política de comunicação social das Forças Armadas;
n) Política de remuneração dos militares e pensionistas;
o) Fomento às atividades de pesquisa e desenvolvimento e de
produção exportação em áreas de interesse da defesa;
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

COMPETÊNCIA

p) Atuação das Forças Armadas na preservação da ordem


pública, no combate a delitos transfronteiriços ou ambientais,
na defesa civil e no desenvolvimento nacional;
q) Logística militar;
r) Serviço militar;
s) Assistência à saúde, social e religiosa das Forças Armadas;
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

COMPETÊNCIA
t) Constituição, organização, efetivos, adestramento e
aprestamento das forças navais, terrestres e aéreas;
u) Política marítima nacional;
v) Segurança do tráfego aquaviário e salvaguarda da vida
humana no mar; e
w) Política aeronáutica nacional e política nacional de
desenvolvimento das atividades aeroespaciais.
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

COMPETÊNCIA
Além das competências citadas anteriormente,
compete ao MD a elaboração do Livro Branco,
documento de caráter público, que deverá conter
dados estratégicos, orçamentários, institucionais e
materiais detalhados sobre as Forças Armadas,
abordando os seguintes tópicos:

I – cenário estratégico para o século XXI;


II – política nacional de defesa;
2.1 – A NATUREZA, A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL E A COMPETÊNCIA
DO MINISTÉRIO DA DEFESA

COMPETÊNCIA

III – estratégia nacional de defesa;


IV – modernização das forças armadas;
V – racionalização e adaptação das estruturas de defesa;
VI – suporte econômico da defesa nacional;
VII – as Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica;
VIII – operações de paz e ajuda humanitária.
2.2 – AS FORÇAS ARMADAS

DESTINAÇÃO CONSTITUCIONAL
De acordo com a Constituição Federal (CRFB), as Forças Armadas,
constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições
nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e
na disciplina, sob autoridade suprema do Presidente da República e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e,
por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
As Forças Armadas dispõem de estruturas e organizações próprias,
definidas em legislação específica.
2.2 – AS FORÇAS ARMADAS

O COMANDO

a) O Presidente da República é o Comandante Supremo das Forças


Armadas, sendo assessorado pelo Ministro de Estado da Defesa no
que concerne aos assuntos pertinentes à área militar;

b) O Ministro de Estado da Defesa exerce a direção superior das


Forças Armadas, assessorado pelo Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas, pelas Secretarias específicas e pelos demais
órgãos do Ministério da Defesa, conforme definido em lei;
2.2 – AS FORÇAS ARMADAS

O COMANDO

c) Cada Força Armada dispõe, singularmente, de um Comandante,


nomeado pelo Presidente da República, indicado pelo Ministro da
Defesa. O Comandante de Força exercerá a direção e a estão da
respectiva Força; e

d) Os cargos de Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas,


Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são privativos
de oficiais-generais do último posto da respectiva Força.
2.2 – AS FORÇAS ARMADAS

DISPOSIÇÕES COMUNS ÀS FORÇAS

Aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nos


termos da legislação em vigor e consoante as diretrizes do Ministro
da Defesa, compete:

a) exercer o Comando da respectiva Força;


b) executar o planejamento, a orientação, a coordenação e o controle
operacional e administrativo das atividades próprias da Força;
2.2 – AS FORÇAS ARMADAS

DISPOSIÇÕES COMUNS ÀS FORÇAS

c) realizar a avaliação das organizações integrantes da Força;


d) zelar pela aptidão da Força ao cumprimento de sua missão
constitucional e de suas atribuições subsidiárias;
e) exercer as atribuições que lhe forem expressamente delegadas,
admitida a subdelegação; e
f) formular a legislação específica e aprovar as normas próprias da
respectiva Força.
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O PREPARO

a) Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças


Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio,
obedecidas as políticas estabelecidas pelo Ministro da Defesa;
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O PREPARO

b) O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes


de planejamento, organização e articulação, instrução e
adestramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas específicas,
inteligência e estruturação das Forças Armadas, de sua logística e
mobilização; e
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O PREPARO

c) O planejamento e a execução dos exercícios operacionais poderão


ser realizados com a cooperação dos órgãos de segurança pública e
de órgãos públicos com interesses afins; ex: Polícia Federal, Polícias
Militares e Civis, IBAMA etc.
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O EMPREGO

a) Compete ao Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas elaborar o


planejamento do emprego conjunto das Forças Armadas e assessorar
o Ministro da Defesa na condução dos exercícios conjuntos e quanto à
atuação de forças brasileiras em operações de paz, além de outras
atribuições que lhe forem estabelecidas pelo Ministro de Estado da
Defesa;
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O EMPREGO

b) O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia


dos poderes constituídos, da lei e da ordem e na participação em
operações de paz é de responsabilidade do Presidente da República,
que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação dos
órgãos operacionais das Forças Armadas, para fim de adestramento,
emprego em operações conjuntas ou em operações de paz;
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O EMPREGO

c) Uma vez determinado o emprego das Forças Armadas na garantia


da lei e da ordem, caberá à autoridade competente, mediante ato
formal, transferir o controle operacional (poder para atribuir e
coordenar missões e tarefas específicas) dos órgãos envolvidos
(inclusive os não militares) para a autoridade a ser encarregada das
operações;
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O EMPREGO

d) A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por


iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de
acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República,
depois de esgotados os instrumentos destinados à preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
relacionados na Constituição Federal; e
2.3 – NORMAS GERAIS PARA O
PREPARO E O EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS

O EMPREGO

e) Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das


Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido
manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por
intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado
Federal ou da Câmara dos Deputados.
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA

A Marinha do Brasil é um órgão da


Administração Federal, subordinado ao
Ministério da Defesa. O Comandante da
Marinha administra os assuntos da MB e a
prepara para o cumprimento de sua
destinação constitucional.
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA
A figura abaixo mostra como o Comando da Marinha está situado
dentro do organograma do Ministério da Defesa.
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA

COMPETÊNCIAS DA MARINHA DO BRASIL

De acordo com a estrutura regimental do


Ministério da Defesa, compete ao Comando da
Marinha:
a) formular a política naval e a doutrina militar
naval;
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA

COMPETÊNCIAS DA MARINHA DO BRASIL

b) propor a constituição, a organização e os


efetivos, bem como executar o aprestamento
das forças navais;
c) formular o planejamento estratégico e
executar o emprego das Forças Navais na
defesa do País;
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA

COMPETÊNCIAS DA MARINHA DO BRASIL

d) orientar e realizar estudos e pesquisas de


seu interesse;
e) produzir material bélico de seu interesse; e
f) realizar o adestramento militar e a
supervisão do adestramento civil no interesse
da segurança da navegação nacional.
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA
ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS DA
MARINHA DO BRASIL

De acordo com a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de


1999, sem o comprometimento de sua destinação
constitucional, as Forças Armadas têm como atribuição
subsidiária, de caráter geral, cooperar com o desenvolvimento
nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo
Presidente da República. Ex.: apoio às populações nas
calamidades públicas, apoio nas eleições gerais etc.
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA
ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS DA
MARINHA DO BRASIL

As atribuições subsidiárias específicas da Marinha


são:
a) orientar e controlar a Marinha Mercante e suas
atividades correlatas, no que interessa à defesa
nacional;
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA
ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS DA
MARINHA DO BRASIL

b) prover a segurança da navegação aquaviária;

c) contribuir para a formulação e condução de


políticas nacionais que digam respeito ao mar;
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA
ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS DA
MARINHA DO BRASIL

d) implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e


regulamentos, no mar e nas águas interiores, em
coordenação com outros órgãos do Poder Executivo,
federal ou estadual, quando se fizer necessária, em
razão de competências específicas; e
2.4 – O COMANDO DA MARINHA NO
CONTEXTO DO MINISTÉRIO DA
DEFESA
ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS DA
MARINHA DO BRASIL

e) cooperar com os órgãos federais, quando se fizer


necessário, na repressão aos delitos de repercussão
nacional ou internacional, quanto ao uso do mar,
águas interiores e de áreas portuárias, na forma de
apoio logístico, de inteligência, de comunicações e
de instrução.
CURSO ESPECIAL DE
HABILITAÇÃO PARA
PROMOÇÃO A SUBOFICIAL

C-Esp-HABSO

ORGANIZAÇÃO DA MB E
PRINCIPAIS PROJETOS
UNIDADES DE ENSINO (UE)

1.0 – Organização da Marinha do Brasil

2.0 – O Ministério da Defesa

3.0 – Operações Navais

4.0 – Amazônia Azul


3.0 – OPERAÇÕES NAVAIS

Nesta unidade de ensino abordaremos os seguintes


itens:
3.1 - O Poder Marítimo;
3.2 - O Poder Naval;
3.3 - As tarefas básicas do Poder Naval;
3.4 - As operações e as ações de guerra naval; e
3.5 - O Poder Naval nas atividades de emprego limitado da
força; e
3.6 - O Poder Naval nas atividades benignas.
3.1 – O PODER MARÍTIMO

DEFINIÇÃO

O Poder Marítimo é a capacidade resultante da integração dos


recursos de que dispõe a Nação para a utilização do mar e das
águas interiores, quer como instrumento de ação política e
militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e
social.
3.1 – O PODER MARÍTIMO

MARINHA MERCANTE INFRAESTRUTURA INDÚSTRIA NAVAL


HIDROVIÁRIA
INDÚSTRIA BÉLICA DE
APRESTAMENTO
NAVAL

PODER NAVAL
ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO
INDÚSTRIA DE PESCA

PESSOAL QUE ORGANIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO E


DESEMPENHA MEIOS DE MEIOS DE PESQUISA
ATIVIDADES EXPLORAÇÃO
RELACIONADAS AO
MAR
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

a) a Marinha Mercante, as facilidades, os serviços e


as organizações relacionados com os transportes
marítimo e fluvial;
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

b) a infraestrutura hidroviária: portos, terminais,


meios e instalações de apoio e de controle;
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

c) a indústria naval: estaleiros de construção e de


reparos;
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

d) a indústria bélica de interesse do aprestamento


naval;
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

e) a indústria de pesca: embarcações, terminais e


indústrias de processamento de pescado;
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

f) as organizações e os meios de pesquisa e de


desenvolvimento tecnológico de interesse para o uso
do mar, das águas interiores e de seus recursos;
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

g) as organizações e os meios de exploração ou de


explotação dos recursos do mar, de seu leito e de seu
subsolo;
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

h) pessoal que desempenha atividades relacionadas


com o mar ou com as águas interiores e os
estabelecimentos destinados à sua formação e ao
seu treinamento; e
3.1 – O PODER MARÍTIMO

ELEMENTOS DO PODER
MARÍTIMO

i) o Poder Naval.
3.2 – O PODER NAVAL

DEFINIÇÃO

O Poder Naval é o componente militar do Poder Marítimo,


capaz de atuar no mar e nas águas interiores, visando
contribuir para a conquista e a manutenção dos objetivos
identificados na Política de Defesa Nacional (PDN).

No Brasil, o Poder Naval é exercido pela


Marinha do Brasil.
3.2 – O PODER NAVAL

COMPOSIÇÃO DO PODER
NAVAL

O Poder Naval compreende os meios navais, aeronavais e de


fuzileiros navais; as bases e as posições de apoio; as estruturas de
comando e controle, de logística e administrativa. As forças e os
meios de apoio não-orgânicos da Marinha do Brasil (MB), quando
vinculados ao cumprimento da missão da Marinha e submetidos a
algum tipo de orientação, comando ou controle de autoridade
naval, serão considerados integrantes do Poder Naval.
3.2 – O PODER NAVAL

MOBILIDADE

FLEXIBILIDADE
CARACTERÍSTICAS DO VERSATILIDADE
PODER NAVAL

PERMANÊNCIA
3.2 – O PODER NAVAL

CARACTERÍSTICAS DO
PODER NAVAL

O Poder Naval efetivo precisa ser capaz de atuar em


áreas extensas, por um período de tempo ponderável, e
nelas adotar atitudes tanto defensivas quanto ofensivas,
explorando suas características de mobilidade,
permanência, versatilidade e flexibilidade.
3.2 – O PODER NAVAL

CARACTERÍSTICAS DO
PODER NAVAL

a) A mobilidade representa a capacidade de deslocar-se


prontamente e a grandes distâncias, mantendo elevado
nível de prontidão, ou seja, em condições de emprego
imediato.
3.2 – O PODER NAVAL

CARACTERÍSTICAS DO
PODER NAVAL

b) A permanência indica a possibilidade de operar,


continuamente, com independência e por longos
períodos, em áreas distantes e de grandes dimensões.
3.2 – O PODER NAVAL

CARACTERÍSTICAS DO
PODER NAVAL

c) A versatilidade permite regular o poder de destruição


e alterar a postura militar, mantendo a aptidão para
executar uma ampla gama de tarefas.
3.2 – O PODER NAVAL

CARACTERÍSTICAS DO
PODER NAVAL

d) A flexibilidade significa a capacidade de organizar


grupamentos operativos de diferentes valores, em
função da missão.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL

CONTROLE DE ÁREA
MARÍTIMA

PROJEÇÃO DE
TAREFAS BÁSICAS DO NEGAÇÃO DO USO
PODER NAVAL DO MAR AO
PODER SOBRE
INIMIGO
TERRA

CONTRIBUIR PARA A
DISSUASÃO
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL

CONCEITO

Num país que dependa do mar e que seja vulnerável a agressões


dele oriundas, como no caso brasileiro, o controle de áreas de
interesse para as comunicações marítimas essenciais à defesa do
território, bem como para a preservação do patrimônio e das
atividades relacionadas à Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e à
plataforma continental, merecem atenção constante e prioritária.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL
CONCEITO

A conquista ou a manutenção dos objetivos nacionais, a despeito


de pressões adversas, confere ao Poder Naval quatro amplas
tarefas básicas: o Controle de Área Marítima, a Negação do Uso do
Mar ao Inimigo, a Projeção do Poder sobre Terra e a Contribuição
para a Dissuasão. A precedência dessas tarefas varia com a situação
e decorre do planejamento estratégico. Elas são aplicadas no
contexto amplo da campanha naval e cada uma se desenvolve por
meio de diversos tipos de Operações e Ações de Guerra Naval.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL
CONTROLE DE ÁREA MARÍTIMA
Conceitua-se controle de área marítima como um certo grau de garantia
de utilização, ainda que temporária, de áreas marítimas limitadas,
estacionárias ou móveis, exercido na intensidade adequada à execução de
atividades específicas.
Esse conceito é seletivo, porque o controle é exercido somente onde e
quando necessário, incluindo, também, o controle do espaço aéreo
sobrejacente, da superfície e da massa líquida subjacente. Como o mar
não admite frentes de combate precisas, o controle dificilmente será
absoluto, embora possa se aproximar dessa condição em área limitada e
por tempo restrito. A razão de ser desta tarefa está ligada,
principalmente, à necessidade de se manter, em determinada região, a
exploração dos recursos do mar e das linhas de comunicações, a despeito
dos esforços contrários para interromper tais atividades.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL
NEGAÇÃO DO USO DO MAR AO
INIMIGO
A negação do uso do mar ao inimigo consiste em dificultar o estabelecimento
do controle de área marítima pelo inimigo ou a exploração de tal controle.
Trata-se de uma tarefa geralmente desempenhada por um Poder Naval que
não tem condições de estabelecer o controle de área marítima ou quando
não há interesse em mantê-lo. Sob o ponto de vista da defesa contra a
projeção de poder sobre terra, negar o uso do mar ao inimigo constitui uma
segurança inferior ao controle efetivo da área marítima fronteira ao território
que se deseja proteger. Para a consecução dessa tarefa, deve-se visar à
destruição ou neutralização das forças navais inimigas e o ataque às linhas de
comunicações marítimas e aos pontos de apoio.

O submarino, pela sua ocultação, é o meio capital para o cumprimento desta


tarefa.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL
PROJEÇÃO DO PODER SOBRE
TERRA
A projeção de poder sobre terra abrange um amplo espectro de
atividades, que podem incluir: o bombardeio naval; o bombardeio
aeronaval; e as operações anfíbias. Nesta tarefa, também, estão
enquadrados os ataques à terra com mísseis, a partir de unidades
navais e aeronavais.
A projeção de poder sobre terra pode ter um ou mais dos seguintes
propósitos: reduzir o poder inimigo, pela destruição ou neutralização
de objetivos importantes; conquistar área estratégica para a conduta
da guerra naval ou aérea, ou para
propiciar o início de uma campanha terrestre; negar ao inimigo o uso
de uma área capturada; apoiar operações em terra; e salvaguardar a
vida humana ou resgatar pessoas e materiais de interesse.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL
CONTRIBUIÇÃO PARA A DISSUASÃO
A dissuasão realizada com o emprego de meios convencionais é
concretizada, principalmente, pela existência de um Poder Naval
adequado, aprestado e balanceado, que inspire credibilidade quanto
ao seu emprego e a evidencie, por atos de presença ou demonstrações
de força, quando e onde for oportuno. Portanto, esta tarefa básica
representa o corolário da efetiva capacidade de concretizar as três
anteriores.
A disponibilidade de submarinos dotados de propulsão nuclear amplia,
sensivelmente, o potencial de dissuasão.
Esta tarefa é executada desde o tempo de paz e desenvolvida nas
variadas situações de conflito. Assim, a existência de um Poder Naval
convenientemente aprestado favorece a dissuasão e contribui para a
rapidez na resposta às situações de conflito.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL
CONCEITOS PRELIMINARES
A guerra naval comporta diferentes tipos de operações
navais. A classificação das operações de guerra naval reflete
o caráter geral de seus propósitos que devem concorrer de
alguma forma para a execução das Tarefas Básicas do Poder
Naval.
Para a execução das operações, os meios alocados ao Teatro
de Operações (TO) são agrupados por tarefas, de acordo com
o processo de planejamento militar da Marinha. A
composição e a organização dos meios dependem da missão
a ser cumprida, da situação e das tarefas atribuídas aos
vários componentes.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL
CONCEITOS PRELIMINARES

Uma operação pode implicar a execução de operações


componentes, conduzidas por parcela da força principal,
com propósitos que contribuam para o cumprimento da
missão. Além disso, há casos em que uma operação é
apoiada ou complementada por outras operações. Quando
essas operações são conduzidas por forças não integrantes
daquela que executa a operação principal, elas são
denominadas operações de apoio.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL
CONCEITOS PRELIMINARES

As Operações e as Ações de Guerra Naval são descritas em


conformidade com a Doutrina Militar-Naval(DMN).
A Guerra Naval é realizada através de campanhas navais
constituídas, normalmente, por um conjunto
interrelacionado de operações.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL
CONCEITOS PRELIMINARES

As OPERAÇÕES de Guerra Naval são: de ataque,


antissubmarino, anfíbia, de minagem e de contramedidas de
minagem, de esclarecimento, de bloqueio, de apoio logístico
móvel, especiais, de defesa de porto ou de área marítima
restrita, de controle do tráfego marítimo, de informação, de
interdição marítima, psicológica, de resgate em combate ou
de combate-SAR, ribeirinha, terrestre de caráter naval, civil-
militar e de inteligência.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL
CONCEITOS PRELIMINARES

Essas operações são, normalmente, complexas e incluem


AÇÕES de diversos tipos, tais como: de defesa aeroespacial,
de guerra eletrônica, de guerra acústica, de defesa nuclear,
biológica e química, radiológica e artefatos explosivos, de
guerra cibernética, de superfície, aéreas, aeronavais e de
submarinos, despistamento e terrestres.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL

RESGATE EM MINAGEM E INTERDIÇÃO


COMBATE OU CONTRAMEDIDAS MARÍTIMA
COMBATE-SAR DE MINAGEM ESCLARECIMENTO
BLOQUEIO
ATAQUE
PSICOLÓGICA
ANTISSUBMARINO OPERAÇÕES DE GUERRA
INFORMAÇÃO NAVAL ESPECIAIS

ANFÍBIA INTELIGÊNCIA

RIBEIRINHA CIVIL-MILITAR

TERRESTRE CONTROLE DO DEFESA DE PORTO OU APOIO


DE CARÁTER TRÁFEGO MARÍTIMO ÁREA MARÍTIMA LOGÍSITICO
NAVAL RESTRITA MÓVEL
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE ATAQUE

É a realizada por meios navais, aeronavais ou de fuzileiros navais, em


conjunto ou isoladamente, para a execução de uma ou mais das
seguintes tarefas:

I. destruir ou neutralizar forças navais, aéreas ou terrestres e meios


empregados nas comunicações marítimas do inimigo;
II. interditar comunicações terrestres;
III. reduzir a resistência em área terrestre; e
IV. destruir ou danificar objetivos em terra.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO ANTISSUBMARINO

É a operação que busca negar ao inimigo o uso eficaz desses


meios. O ataque às bases de submarinos e às instalações de
comando e controle constitui operação típica de ataque,
tratada no slide anterior.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO ANFÍBIA

É uma operação militar lançada do mar, normalmente por


uma Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), sobre litoral hostil ou
potencialmente hostil com o efeito desejado de introduzir
uma Força de Desembarque (ForDbq) em terra para cumprir
missões designadas.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL
OPERAÇÃO DE MINAGEM E
CONTRAMEDIDAS DE MINAGEM

A Minagem consiste no lançamento de minas em áreas


selecionadas, para destruir navios inimigos ou para conter,
limitar ou retardar o seu trânsito. É tradicionalmente
associada ao conceito de desgaste, ou seja, ao
enfraquecimento das forças inimigas.

As Operações de Contramedidas de Minagem consistem na


execução de contramedidas ativas e passivas que visem a
reduzir ou a controlar a ameaça constituída pelas minas
lançadas pelo inimigo.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE ESCLARECIMENTO

É aquela que visa à obtenção de informações necessárias para orientar o


planejamento e o emprego de forças. Esta operação comporta quatro modalidades:

I. Busca - localizar e informar a presença ou confirmar a ausência do inimigo em certa


área;
II. Patrulha - evitar que um alvo cruze determinada linha de barragem sem ser
detectado;
III. Acompanhamento - acompanhar o movimento e a composição do inimigo, após
ter sido detectado e localizado; e
IV. Reconhecimento - obter informações sobre atividades e recursos do inimigo e
coletar dados meteorológicos, hidro-oceanográficos, geográficos, eletromagnéticos e
outros, numa determinada área.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE BLOQUEIO

Na sua acepção tradicional, o bloqueio significa o exercício


de um certo grau de controle sobre determinada área, com o
propósito de impedir o trânsito ou o movimento de navios.
Tem-se tornado corrente o estabelecimento de Zonas de
Exclusão, delimitando uma zona marítima ou espaço aéreo,
onde se estabelece uma restrição unilateral ao direito de
trânsito.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE APOIO LOGÍSTICO-


MÓVEL

É a realizada para prover necessidades logísticas às forças em


operação no mar.
Qualquer meio naval ou aéreo pode ser utilizado nesse tipo
de operação, mas o emprego de unidades especializadas,
sobretudo para reabastecimento, transporte, manutenção,
salvamento e saúde, maximiza a efetividade.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÕES ESPECIAIS

São aquelas realizadas por forças navais ou de fuzileiros


navais, especialmente organizadas, intensamente adestradas
e equipadas, empregando métodos e ações não
convencionais, com propósitos vinculados a objetivos dos
níveis político, estratégico, operacional e tático.
Normalmente, são operações de duração limitada.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE DEFESA DE PORTO


OU ÁREA MARÍTIMA RESTRITA

É a operação que tem como efeito desejado o impedimento


ou a neutralização de ataques contra um porto ou
fundeadouro, seus acessos, ou áreas litorâneas ou fluviais de
dimensões limitadas que contenham instalações de
interesse. Terminais marítimos ou fluviais, usinas nucleares e
instalações industriais situadas na região litorânea são
exemplos de instalações que poderão ser objetivos terrestres
a serem defendidos por meio dessas operações.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE CONTROLE DO
TRÁFEGO MARÍTIMO

O Controle do Tráfego Marítimo é realizado desde o tempo


de paz, por meio do Acompanhamento e da Direção do
Tráfego Marítimo. Em situação de conflito, exige o emprego
de duas amplas estruturas, operando coordenadamente,
uma civil e outra militar. A proteção do tráfego marítimo
impõe a adoção de medidas defensivas e ofensivas, que têm
por finalidade impedir a ação do inimigo contra os navios
mercantes. Essas medidas caracterizam a operação de defesa
do tráfego marítimo.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO

É aquela conduzida contra a infraestrutura de Comando e


Controle (C²) e o processo de tomada de decisão do
oponente, e que visa à negação da informação, influência,
exploração, degradação ou destruição das capacidades de C²
do adversário, enquanto protege as da própria força e das
forças amigas.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE INTERDIÇÃO
MARÍTIMA

A Operação de Interdição Marítima (OIM) (Maritime


Interdiction Operation - MIO) consiste na interceptação do
movimento de certos tipos de itens originados ou destinados
às nações ou áreas específicas. As OIM estão normalmente
restritas à interceptação e, se necessário, à abordagem de
navios para verificar, redirecionar, apreender suas cargas ou
apresar o navio em apoio à imposição de sanções
econômicas e militares.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO PSICOLÓGICA

Operação Psicológica compreende as atividades políticas,


militares, econômicas e psicossociais planejadas e
conduzidas para criar em grupos (inimigos, hostis, neutros
ou amigos) emoções, atitudes ou comportamentos
favoráveis à consecução dos objetivos nacionais.
Contribuem com as Operações Psicológicas, as Operações
Civis-Militares e as Ações Cívico-Sociais (ACISO), pois ambas
influenciam comportamentos favoráveis da população civil.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE RESGATE EM
COMBATE OU COMBATE-SAR (C-SAR)

Consiste na busca, localização, identificação e resgate de


pessoal que esteja realizando sobrevivência ou evasão, que
possua o treinamento e equipamento necessários para
receber o apoio de tal tipo de missão e que esteja em
ambiente hostil ou potencialmente hostil, no TO.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO RIBEIRINHA

A Operação Ribeirinha (OpRib) é aquela realizada com o


propósito de obter e manter o controle de parte ou de toda
uma Área Ribeirinha (ARib), ou para negá-la ao inimigo.
Entende-se por Área Ribeirinha (ARib) a área interior
compreendendo hidrovia fluvial ou lacustre e terreno,
caracterizada por linhas de comunicações terrestres
limitadas e pela existência de extensa superfície hídrica ou
rede de hidrovias interiores.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO TERRESTRE DE CARÁTER


NAVAL
Operação desenvolvida em terra pelo Poder Naval no curso da
campanha.
Sua importância, no cenário atual, decorre principalmente da estreita
interrelação entre o ambiente marítimo e as áreas litorâneas
adjacentes e suas influências mútuas.

Tais operações poderão ser defensivas ou ofensivas. As defensivas


normalmente terão como efeito desejado a garantia da integridade de
instalações navais ou outras áreas de interesse. As ofensivas visarão à
conquista ou ocupação de área necessária ao prosseguimento da
campanha.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO CÍVIL-MILITAR

Busca estabelecer, manter influência ou capitalizar as


interações e as relações de cooperação e coordenação entre
as forças militares, a população civil e as autoridades e
organizações governamentais ou não-governamentais, tendo
como propósito facilitar a condução de outras operações e
ações, bem como a conquista de objetivos militares. Ela
diferencia-se das Ações Cívico-Sociais (ACISO) por ter sempre
um propósito militar imediato e não ser meramente
assistencialista.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

OPERAÇÃO DE INTELIGÊNCIA

Compreende um conjunto de ações de busca que empregam técnicas


operacionais e meios especializados, tendo como efeito desejado a
obtenção de dados de
interesse militar cujo conhecimento nos são negados. Sua execução
requer planejamento detalhado e centralizado, assim como pessoal
qualificado e adestrado para esse tipo de atividade. Além do homem, a
tecnologia é bastante explorada na obtenção dos dados negados.
Sensoriamento remoto, medidas de apoio à guerra eletrônica e Ações
de Guerra Cibernética são alguns exemplos de seu emprego nas
Operações de Inteligência.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL

SUPERFÍCIE AERONAVAIS SUBMARINOS GUERRA ELETRÔNICA

DESPISTAMENTO AÇÕES DE GUERRA NAVAL GUERRA ACÚSTICA

DEFESA NUCLEAR,
DEFESA GUERRA BIOLÓGICA, QUÍMICA,
AEROESPACIAL CIBERNÉTICA RADIOLÓGICA E
ARTEFATOS EXPLOSIVOS
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES DE SUPERFÍCIE

As Ações de Superfície (ASup) são aquelas realizadas por


unidades de superfície com o emprego de aeronaves
orgânicas, artilharia, mísseis ou torpedos, explorando as
características de flexibilidade e versatilidade do Poder
Naval.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES AERONAVAIS

As Ações Aeronavais são aquelas realizadas por aeronaves do


Poder Naval, quando operando desdobradas em terra ou, no
caso de ataque por aeronaves orgânicas contra objetivos em
terra.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES DE SUBMARINO
As Ações de Submarinos são aquelas realizadas por submarino em que
se exploram suas características intrínsecas de ocultação, relativa
independência de condições ambientais da superfície, mobilidade
tridimensional e grande autonomia, capacidade de detecção passiva e
poder de destruição. Os submarinos devem ser, prioritariamente,
empregados em ações de caráter ofensivo, em áreas marítimas sob
disputa ou controle do inimigo. O efeito desejado primordial de uma
ação de submarinos é a destruição dos navios inimigos e compreende
medidas contra o tráfego marítimo, contra unidades navais de
superfície e submarinos. Elas podem ser atribuídas a qualquer
submarino de ataque, nuclear ou convencional, armado com torpedos
ou mísseis táticos.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES DE DEFESA AEROESPACIAL

São aquelas adotadas para se opor à ameaça aeroespacial, reduzir ou


anular a sua eficácia. Em outros termos, a defesa aeroespacial implica
no desenvolvimento de ações necessárias para manter as perdas ou
danos causados por ataque de aeronaves e mísseis inimigos em nível
aceitável. A defesa aeroespacial é realizada contra os vetores
aeroespaciais inimigos em voo. É composta pela:

I. defesa aérea, conjunto de ações desencadeadas por aeronaves; e


II. defesa antiaérea, desencadeada a partir da superfície, contra os
vetores hostis.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES DE GUERRA ELETRÔNICA

O emprego militar da eletrônica diz respeito às ações que


envolvem o uso de energia eletromagnética para determinar,
explorar, impedir, reduzir ou prevenir o uso efetivo pelo
inimigo do espectro eletromagnético e para assegurar o uso
deste espectro pelas próprias forças. A guerra eletrônica
engloba todo o espectro eletromagnético.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES DE GUERRA ACÚSTICA

São aquelas que envolvem o emprego da energia acústica


para determinar, explorar, reduzir ou prevenir o uso do
espectro acústico pelo inimigo, e para assegurar seu uso
pelas próprias forças.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL
AÇÕES DE DEFESA NUCLEAR, BIOLÓGICA,
QUÍMICA, RADIOLÓGICA E ARTEFATOS
EXPLOSIVOS

As Ações de Defesa Nuclear, Biológica, Química, Radiológica


e Artefatos Explosivos (NBQRe) compreendem o conjunto de
medidas adotadas por uma força naval ou de fuzileiros
navais com a finalidade de se opor a ataques realizados com
o emprego de agentes NBQRe, visando à preservação da
capacidade de combate, evitando, reduzindo ou eliminando
os efeitos produzidos por estes tipos de agentes. Tais
medidas deverão, portanto, ser observadas antes, durante e
após um ataque NBQRe.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES DE GUERRA CIBERNÉTICA

As Ações de Guerra Cibernética (GC), que envolvem ferramentas


disponíveis nos campos da Tecnologia da Informação e Comunicações
(TIC), também conhecidas como “ciberguerra”, relacionam-se à
modalidade de guerra onde o conflito não ocorre em terra, no mar ou
no ar ou no espaço, mas sim no espaço cibernético (ECiber). São ações
de defesa, exploração e ataque a informações e sistemas de
informação, empreendidas de forma ofensiva e defensiva para negar,
explorar, corromper ou destruir valores do adversário baseados em
informações, sistemas de informação e redes de computadores.
3.4 – AS OPERAÇÕES E AÇÕES DE
GUERRA NAVAL

AÇÕES DE DESPISTAMENTO

As Ações de Despistamento são aquelas que visam a


modificar a compreensão ou o entendimento da realidade
pelo inimigo.
As informações manipuladas pelo despistamento levam o
oponente a decisões equivocadas. Esse conceito não deve
ser confundido com o empregado nas
de GE. Assim, o lançamento de chaff para o desvio de míssil
lançado contra o nosso navio é uma Ação de GE classificada
como despistamento mecânico.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

CONCEITOS PRELIMINARES
As Atividades de Emprego Limitado da Força são aquelas em que a MB
exercerá o poder de polícia para impor a lei ou um mandato
internacional. A força só é admitida nas situações de legítima defesa ou
no nível mínimo necessário ao desempenho da função. A aplicação de
força não deve se constituir no principal expediente para se atingir o
objetivo. Pelo contrário, deve haver relutância nesse sentido. No
entanto, o pessoal empregado nessas atividades deve estar apto e
preparado para, se a situação exigir, agir em legítima defesa própria ou
de terceiros e na intensidade apenas necessária.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

CONCEITOS PRELIMINARES

Decorrem da previsão constitucional do emprego das FA em


favor da garantia dos poderes constitucionais e da lei e da
ordem. Podem conter elementos das Operações e Ações de
Guerra Naval. Mas o principal aspecto que as distingue
destas é o limitado uso da força e os efeitos desejados, que
são distintos daqueles obtidos pela interação com inimigos.
3.3 – AS TAREFAS BÁSICAS DO
PODER NAVAL

OPERAÇÕES DE OPERAÇÕES DE AÇÕES CONTRA PATRULHA


GARANTIA DOS GARANTIA DA LEI E DELITOS NAVAL
PODERES DA ORDEM TRANSFRONTEIRIÇOS
CONSTITUCIONAIS E AMBIENTAIS INSPEÇÃO
NAVAL
SEGURANÇA DAS
REPRESENTAÇÕE ATIVIDADES DE EMPREGO COOPERAÇÃO COM
ÓRGÃOS FEDERAIS
S DIPLOMÁTICAS LIMITADO DA FORÇA
OPERAÇÕES
OPERAÇÃO DE SEGURANÇA DAS DE
EVACUAÇÃO DE NÃO INSTALAÇÕES RETOMADA E
COMBATENTES OPERAÇÕES DE PAZ NAVAIS RESGATE
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

OPERAÇÕES DE GARANTIA DOS PODERES


CONSTITUCIONAIS

Esta tarefa, atribuída pela Constituição Federal às FA,


consiste nas ações necessárias para garantir o
funcionamento e a integridade dos componentes dos três
Poderes, incluindo o Presidente da República, os Presidentes
do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal
Federal, além das instalações a eles associadas. O preparo da
MB para cumprir essa tarefa será idêntico ao da garantia da
lei e da ordem (GLO).
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA


ORDEM

Tipo de operação na qual o emprego esporádico e limitado do Poder Naval, após


esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, dar-se-á tanto no planejamento como na
execução. A segurança pública é ameaçada não só por atos humanos, atribuição
primária das polícias, como por desastres naturais, demandando atividades de defesa
civil por parte dos corpos de bombeiros militares. Assim, o emprego das FA na defesa
civil, esgotados os meios do corpo de bombeiros, também pode ser considerada uma
Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), quando determinada pelo Presidente
da República, normalmente, após desastres de grandes proporções, ocasiões que
demandam o provimento de elevados recursos de forma tempestiva.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

AÇÕES CONTRA DELITOS


TRANSFRONTEIRIÇOS E AMBIENTAIS

Cabe à MB, preservadas as competências exclusivas das polícias judiciárias, atuar, por
meio de ações preventivas e repressivas, na faixa de fronteira terrestre, no mar e nas
águas interiores, contra delitos transfronteiriços e ambientais, isoladamente ou em
coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, executando, dentre outras, as
ações de patrulhamento, revista de pessoas, de veículos terrestres, de embarcações
e de aeronaves e prisões em flagrante delito.
Sendo classificada pelo MD como uma atribuição subsidiária geral das FA, o emprego
não deve ser rotineiro, mas eventual, estimulado por solicitação de algum órgão
federal ao MD. Quando empregada com fulcro nessa atribuição, a MB pode usar
qualquer meio, sem as restrições impostas pelo decreto que regulamenta a Patrulha
Naval (PATNAV).
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

PATRULHA NAVAL

Operação conduzida por meios navais, aí inclusas as


embarcações e aeronaves orgânicas, conceituada de acordo
com legislação específica, que tem como efeitos desejados a
garantia da soberania nacional e a implementação e a
fiscalização do cumprimento de leis e regulamentos, em AJB
e no alto-mar, respeitados os tratados, convenções e atos
internacionais ratificados pelo Brasil.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

INSPEÇÃO NAVAL

Consiste na fiscalização da segurança do tráfego aquaviário,


das normas e regulamentos dela decorrentes e dos atos e
resoluções internacionais ratificados pelo Brasil, no que se
refere exclusivamente à salvaguarda da vida humana e à
segurança da navegação, no mar aberto e em hidrovias
interiores, e à prevenção da poluição ambiental por parte de
embarcações, plataformas fixas ou suas instalações de apoio.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

COOPERAÇÃO COM ÓRGÃOS FEDERAIS

A MB, quando solicitada, pode cooperar com os órgãos


federais envolvidos no combate aos delitos de repercussão
nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, águas
interiores e de áreas portuárias, na forma de apoio logístico,
de inteligência, de comunicações e de instrução.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA
OPERAÇÕES DE RETOMADA E RESGATE
São aquelas que têm por efeito desejado a retomada de navios,
instalações e/ou o resgate de pessoal de interesse da MB mantidos,
respectivamente, sob controle e/ou como reféns por grupos adversos.
Onde o esforço principal for desenvolvido em meio aquático (navios e
plataformas no mar) empregar-se-á o Grupo Especial de Retomada e
Resgate dos Mergulhadores de Combate (GERR/MeC). Se for em terra,
empregar-se-á o Grupo Especial de Retomada e Resgate de Operações
Especiais (GERR/OpEsp).
A retomada de navios atracados ou fundeados na área do porto
organizado ou instalação portuária é da competência da Polícia
Federal. Nesse caso, a MB só será empregada se for solicitado e com
autorização do Presidente da República.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA
SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES NAVAIS

O Poder Naval é responsável, desde o tempo de paz, por


prover a Segurança das Instalações Navais, podendo,
eventualmente, prover a segurança de outras instalações de
interesse. Essa atividade caracteriza-se por um conjunto de
medidas passivas destinadas a prevenir e a obstruir ações
adversas de qualquer natureza, inclusive criminosa, de modo
a preservar e salvaguardar o pessoal, a documentação, o
material, as comunicações, a informática, as áreas e
instalações.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA
OPERAÇÕES DE PAZ

A Operação de Paz é a principal forma de emprego do Poder Naval em


ações sob a égide de organismos internacionais. Essas operações usam
meios diplomáticos, civis e militares, de modo imparcial, e são
desenvolvidas, normalmente, visando ao cumprimento de resoluções
ou de acordos e são definidas por conceitos básicos e essenciais
estabelecidos nas legislações específicas dos organismos
internacionais.
O Poder Naval, devido principalmente às suas características de
mobilidade, permanência, versatilidade e flexibilidade está apto a
participar da execução de Operação de Paz, tanto de caráter naval
como terrestre.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA
OPERAÇÃO DE EVACUAÇÃO DE NÃO
COMBATENTES (OpENC)

É uma operação que tem como efeito desejado a evacuação de cidadãos brasileiros e
de outras nacionalidades indicadas pelo Governo, impossibilitados de prover sua
autodefesa que, por qualquer motivo, encontrem-se em região de risco.
Envolve a entrada de uma força militar no país anfitrião, com o objetivo de garantir
condições de segurança para a realização de uma retirada planejada de não
combatentes. As OpENC, normalmente, são decorrentes de situações de crise no país
anfitrião que podem ter consequências nas áreas humanitárias, militares ou políticas
como por exemplo: conflitos regionais, instabilidade interna, catástrofes causadas
por fenômenos naturais ou acidentes de grandes proporções ambientais.
3.5 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES DE EMPREGO
LIMITADO DA FORÇA

SEGURANÇA DE REPRESENTAÇÕES
DIPLOMÁTICAS

Visa a prover a segurança pessoal do chefe da representação


diplomática, dos demais funcionários diplomáticos e
administrativos, da residência oficial e da chancelaria das
Embaixadas do Brasil e, se for o caso, proteger os nacionais
não combatentes em regresso ao Brasil.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

CONCEITOS PRELIMINARES

As Atividades Benignas são aquelas, desenvolvidas no país ou no


exterior, em que o Poder Naval, com suas estruturas organizadas e
autossustentáveis e com capacidades e conhecimentos especializados,
atua com o propósito de contribuir com a ordem social, não sendo
admitido o emprego da força.
Pode-se enquadrá-las na atividade de GLO, pelo fato de contribuírem
com a ordem pública, dentre elas a social, grupo às quais pertencem a
maioria das atividades de que trata este Item.
Dependendo da situação, podem ser determinadas pelo Presidente da
República, pelo Ministro da Defesa ou por iniciativa do Comandante da
Marinha.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

APOIO À POLÍTICA OPERAÇÃO AÇÕES CÍVICO- OPERAÇÃO DE


EXTERNA HUMANITÁRIA SOCIAIS SOCORRO

CONTRIBUIÇÃO OPERAÇÃO
PARA A DE
FORMULAÇÃO E ATIVIDADES BENIGNAS SALVAMENTO
CONDUÇÃO DE
POLÍTICAS
NACIONAIS QUE ORIENTAÇÃO E DESATIVAÇÃO DE
DIPLOMACIA
DIGAM RESPEITO CONTROLE DA ARTEFATOS
PREVENTIVA
AO MAR MARINHA EXPLOSIVOS
MERCANTE E DE
PROVIMENTO DA SUAS ATIVIDADES COOPERAÇÃO COOPERAÇÃO COM
SEGURANÇA DA CORRELATAS, NO COM AS O
NAVEGAÇÃO QUE INTERESSA À ATIVIDADES DE DESENVOLVIMENTO
AQUAVIÁRIA DEFESA NACIONAL DEFESA CIVIL NACIONAL
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

APOIO À POLÍTICA EXTERNA


Desde o tempo de paz, ressalta-se o íntimo relacionamento existente entre os
assuntos de Defesa e de Relações Exteriores do País. Neste contexto, o Poder Naval
constitui um eficaz instrumento da Política Externa do Estado. Quando
convenientemente empregado, é capaz de influenciar a opinião pública e as elites
dirigentes do país-alvo, reforçar laços de amizade, garantir acordos e alianças e
demonstrar intenções em áreas de interesse, contribuindo para a adoção de ações
favoráveis e dissuadindo as desfavoráveis.
Dentre as formas de emprego do Poder Naval em apoio à Política Externa,
sobressaem:
- as visitas a portos estrangeiros, selecionados sob critérios decorrentes dos
interesses nacionais;
- a presença de força naval em áreas de interesse;
- as operações executadas em razão de compromissos internacionais;
- a cooperação na formação de marinhas amigas; e
- os exercícios com marinhas amigas.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

OPERAÇÕES HUMANITÁRIAS

São operações realizadas em outros países para reduzir os


efeitos de desastres naturais ou
acidentes provocados pelo homem, que representem séria
ameaça à vida ou resultem em extenso dano ou perda de
propriedade, e para prestar assistência.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

AÇÕES CÍVICO-SOCIAIS

As Ações Cívico-Sociais (ACISO) representam um conjunto de atividades


de caráter temporário, episódico ou programado de assistência e
auxílio às comunidades, promovendo o espírito cívico e comunitário
dos cidadãos,
desenvolvidas pelas organizações militares das FA, nos diversos níveis
de comando, com o aproveitamento dos recursos, com o pessoal,
material e técnicas disponíveis, para resolver problemas imediatos e
prementes. Inclui-se nessa atividade a Assistência Hospitalar (ASSHOP),
realizada rotineiramente pela MB, com os navios distritais, nas regiões
Amazônica e do Pantanal.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

OPERAÇÃO DE SOCORRO

A Operação de Socorro é aquela que emprega os recursos disponíveis


na prestação de auxílio a pessoas em perigo no mar, nos portos e nas
hidrovias interiores. No que se refere à salvaguarda da vida humana no
mar, o Brasil é signatário da Convenção Internacional para a
Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS) e da Convenção
Internacional sobre Busca e Salvamento Marítimo (Convenção SAR),
que o torna responsável por uma grande área marítima de socorro
(SAR) no Atlântico, ultrapassando em muito os limites das AJB. A
execução desta tarefa se aplica não só às embarcações de bandeira
brasileira, mas a todas que estiverem navegando no interior da região
SAR atribuída ao Brasil.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

OPERAÇÃO DE SOCORRO
A Operação de Socorro não requer navio especializado, salvo quando
se tratar de caso de saúde que possa exigir navio com equipamento e
pessoal específicos, ou para a situação particular de socorro de
tripulação de submarino imerso, a qual exige navio especialmente
equipado.
Estruturado pelo Comando de Operações Navais, o Serviço de Busca e
Salvamento da Marinha (SALVAMAR) coordena ou realiza as atividades
de busca, resgate e salvamento marítimo.
Os Comandantes dos Distritos Navais são os responsáveis pelo socorro,
cabendo-lhes, inclusive, o acionamento e a coordenação da
colaboração da Força Aérea e de outras organizações governamentais
ou privadas.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

OPERAÇÃO DE SALVAMENTO

A Operação de Salvamento é aquela que contribui para restituir as


condições operativas aos navios, aeronaves e instalações diversas,
quando avariados ou sinistrados no mar. Especificamente, o
salvamento envolve atividades de reboque, desencalhe e reflutuação.
Exige navios especializados, sendo o rebocador o mais comum entre
eles. Essa operação não é um encargo compulsório para a MB, salvo
quando se tratar de seus próprios meios.
Os Comandantes dos Distritos Navais, sob a supervisão do Comandante
de Operações Navais, são os responsáveis pelo salvamento, cabendo-
lhes, inclusive, o acionamento e a coordenação de outras organizações
governamentais ou privadas.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

DESATIVAÇÃO DE ARTEFATOS
EXPLOSIVOS

A MB dispõe de militares habilitados a desativar ou destruir


artefatos explosivos, ainda ativos e que porventura sejam
encontrados. Esses militares compõem o Grupo de
Destruição de Artefatos Explosivos (GDAE), especializado em
localizar a ameaça, identificar, avaliar os riscos e destruí-la no
local onde foi encontrado.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

COOPERAÇÃO COM O
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
A MB cooperará com o desenvolvimento nacional da seguinte forma:
- implementando projetos e incentivando a construção de meios navais
em estaleiros nacionais, de forma a contribuir para o fortalecimento da
infraestrutura de construção naval brasileira e do aumento da oferta de
empregos no setor;
- executando tarefas relacionadas à Diretoria de Hidrografia e
Navegação (DHN), especificamente aquelas que contribuem para a
navegação segura, como a cartografia, a sinalização náutica e a
meteorologia, possibilitando o acesso de embarcações a portos e
terminais, em cujas localidades são intensificadas as atividades
econômicas de comércio, transporte e turismo;
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

COOPERAÇÃO COM O
DESENVOLVIMENTO NACIONAL

- desenvolvendo atividades de pesquisa no ambiente


marinho e prestando apoio aos programas científicos
brasileiros relacionados com o mar; e
- conduzindo pesquisa científica e de desenvolvimento
tecnológico, a fim de possibilitar a nacionalização de
equipamentos, armas e sistemas.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

COOPERAÇÃO COM O
DESENVOLVIMENTO NACIONAL

Deve, ainda, participar de projetos de outros órgãos públicos que


visem à melhoria de infraestrutura portuária e gestão da construção de
portos. Aqui se incluem a supervisão ou a execução de sinalização
náutica e batimetria em portos e hidrovias e a elaboração de projetos
(e/ou gestão) de dragagem/derrocagem de portos e hidrovias.
Integra, ainda, o conceito desta atividade benigna a participação em
campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse social.
Neste contexto, estão incluídas as ACISO (ASSHOP e outras), que
devem ser incentivadas, principalmente em regiões onde a presença
do Estado é baixa, como aquelas onde residem populações ribeirinhas.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

COOPERAÇÃO COM A DEFESA CIVIL

O emprego da MB dar-se-á em coordenação com os demais órgãos


competentes dos governos federal, estaduais e municipais e das
demais FA, conforme regulamentação que dispõe sobre o Sistema
Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).
A emissão de previsões meteorológicas para áreas costeiras, a
capacidade de pronto emprego, a flexibilidade dos seus meios e a
presença em todas as regiões do País fazem da MB uma organização
capaz de contribuir preventivamente na assistência às calamidades
públicas.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS
ORIENTAÇÃO E CONTROLE DA MARINHA
MERCANTE E DE SUAS ATIVIDADES CORRELATAS,
NO QUE INTERESSA À DEFESA NACIONAL

As ações da MB junto à Marinha Mercante e suas atividades correlatas,


no que interessa à Defesa Nacional, terão os seguintes efeitos
desejados:
- aprimoramento dos procedimentos previstos de Controle Naval do
Tráfego Marítimo (CNTM) quanto à cooperação e orientação ao tráfego
de embarcações, estabelecendo canais de comunicações permanentes
com as companhias de navegação e com os navios no mar;
- coordenação, em conjunto com os órgãos competentes do governo
federal, dos assuntos relacionados com o emprego de navios
mercantes em contribuição ao Poder Naval, bem como dos aspectos
administrativos e operacionais que envolvam a organização de
comboios como medida adotada para a proteção das LCM;
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS
ORIENTAÇÃO E CONTROLE DA MARINHA
MERCANTE E DE SUAS ATIVIDADES CORRELATAS,
NO QUE INTERESSA À DEFESA NACIONAL

- qualificação dos profissionais aquaviários, por meio do Ensino


Profissional Marítimo (EPM); esta atividade é atribuição da MB em Lei,
a qual define responsabilidades específicas;
- controle da entrada e saída das embarcações de portos, atracadouros,
fundeadouros e marinas, além do acompanhamento do tráfego e
permanência das embarcações nas AJB;
- controle da inscrição das embarcações e fiscalização do Registro de
Propriedade;
- regulamentação do serviço de praticagem e o estabelecimento das
zonas em que a utilização deste serviço seja obrigatória, além de
especificação das embarcações dispensadas;
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS
ORIENTAÇÃO E CONTROLE DA MARINHA
MERCANTE E DE SUAS ATIVIDADES CORRELATAS,
NO QUE INTERESSA À DEFESA NACIONAL

- condução de inquéritos administrativos para apuração e


esclarecimentos dos acidentes e fatos da navegação; e
- determinação dos equipamentos que devem ser
homologados pelos navios e plataformas, estabelecendo os
requisitos necessários.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS
PROVIMENTO DA SEGURANÇA DA
NAVEGAÇÃO AQUAVIÁRIA

As responsabilidades inerentes a esta atribuição subsidiária encontram-se


detalhadas na Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário LESTA, a qual especifica
que cabe à Autoridade Marítima (AM) promover a sua implementação e a sua
execução, com o propósito de assegurar a salvaguarda da vida humana e a
segurança da navegação, no mar aberto e hidrovias interiores, e a prevenção
da poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas ou suas
instalações de apoio.
O Comandante de Operações Navais e o Diretor-Geral de Navegação são os
representantes da AM responsáveis por atuar nos assuntos contidos neste
inciso e devem orientar os comandos subordinados a montar suas respectivas
estruturas, para o cumprimento com eficácia das atribuições da AM.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS
CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMULAÇÃO E
A CONDUÇÃO DE POLÍTICAS NACIONAIS
QUE DIGAM RESPEITO AO MAR

A contribuição da MB para a formulação e a condução de


políticas nacionais que digam respeito ao mar é um trabalho
amplo, onde se apresentam algumas situações imprevisíveis,
em virtude do desenvolvimento de novos projetos
conduzidos por órgãos federais e que exigem participações
tempestivas da MB.
3.6 – O PODER NAVAL NAS
ATIVIDADES BENIGNAS

DIPLOMACIA PREVENTIVA

Ações sob a égide de organismos internacionais que compreendem as


atividades destinadas a prevenir o surgimento de disputas entre as
partes, a evitar que as disputas existentes degenerem em conflitos
armados e a impedir que estes, uma vez eclodidos, se alastrem.
Contempla as diferentes modalidades de atuação mencionadas no
Capítulo VI da Carta das Nações Unidas (Solução Pacífica de
Controvérsias) e outras que venham a ser acordadas entre as partes.
Diferencia-se do emprego preventivo de tropas por se constituir em
ação consentida, sem uso da força.
CURSO ESPECIAL DE
HABILITAÇÃO PARA
PROMOÇÃO A SUBOFICIAL

C-Esp-HABSO

ORGANIZAÇÃO DA MB E
PRINCIPAIS PROJETOS
UNIDADES DE ENSINO (UE)

1.0 – Organização da Marinha do Brasil

2.0 – O Ministério da Defesa

3.0 – Operações Navais

4.0 – Amazônia Azul


4.0 – AMAZÔNIA AZUL

Nesta unidade de ensino abordaremos os seguintes


itens:
4.1 – Convenção da Jamaica; e
4.2 – Principais Programas da CIRM.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

HISTÓRICO

Historicamente, os Estados costeiros sempre aceitaram a


existência do denominado mar territorial com 3 milhas
marítimas1 de largura a contar da linha da costa. Essa
distância correspondia ao alcance dos canhões que, à época,
existiam nas fortificações erguidas no litoral.

No final da década de 50 do Século passado, a Organização


das Nações Unidas (ONU) passou a discutir a elaboração do
que viria a ser, anos mais tarde, a Convenção das Nações
Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM), também conhecida
como Convenção da Jamaica.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

HISTÓRICO

A necessidade dessa Convenção tornou-se evidente, a partir


do instante em que os países passaram a ter consciência de
que precisavam de um novo ordenamento jurídico sobre o
mar, pois a cada dia aumentavam suas informações sobre o
potencial das riquezas nele existentes e as necessidades de
explorá-las em proveito próprio, o que poderia gerar crises.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

HISTÓRICO

Uma dessas crises foi vivenciada


pelo Brasil, em fevereiro de 1963,
em torno da disputa pelos
direitos de pesca em nossas
águas, onde atuavam pesqueiros
franceses, episódio que ficou
conhecido como a “Guerra da
Lagosta”.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

HISTÓRICO

Ainda na fase inicial das discussões dos termos da Convenção,


o Brasil, à semelhança de vários outros países, estabeleceu,
por meio de legislação interna, baixada no início da década de
70, o seu Mar Territorial com 200 milhas marítimas de largura.

Nosso País participou ativamente das discussões na


Convenção, por meio de delegações formadas, basicamente,
por oficiais da Marinha e por diplomatas.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

HISTÓRICO

A CNUDM, concluída em 10 de dezembro de 1982, em


Montego Bay, Jamaica, foi o resultado de um contínuo esforço
de negociação da comunidade internacional com o propósito
de equacionar, sob um espírito de compreensão e cooperação
mútuas, as questões relativas ao Direito do Mar. Em 16 de
novembro de 1994, cumprida a condição mínima de
ratificação pelo sexagésimo Estado, a Convenção entrou em
vigor. Atualmente, já foi ratificada por 162 países.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

HISTÓRICO
A CNUDM estabelece, dentre outros, os seguintes conceitos:

- linhas de base;
- águas interiores;
- mar territorial (até 12 milhas náuticas);
- zona contígua (até 24 milhas náuticas);
- zona econômica exclusiva (até 200 milhas náuticas);
- o limite exterior da plataforma continental, além das 200
milhas, bem como os critérios para o delineamento desse
limite; e
- alto-mar.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
CONCEITOS BÁSICOS
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

LINHAS DE BASE

São as linhas a partir das quais os espaços marítimos são


definidos. A Convenção estabelece dois tipos de Linha de
Base: a Normal e a Reta. A primeira segue a linha de baixa-
mar, ao longo da costa, definida nas cartas náuticas; A
segunda aplica-se a locais onde a linha de costa é recortada ou
irregular, como entrada de baías, locais com recifes ou franjas
de ilhas entre outros.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
ÁGUAS INTERIORES

São as águas localizadas entre a costa e as linhas de base do


mar territorial. A expressão abrange também as águas doces
dos rios, lagos e poços existentes no território do país, bem
como os ancoradouros, portos, golfos, baías e águas marinhas
situadas entre a costa e o marco de início do mar territorial.
Nas águas interiores, o Estado exerce soberania plena e
inexiste o direito de passagem inocente, exceto nos casos dos
rios Amazonas/Solimões e Paraguai, que, por força de
tratados, são abertos à navegação internacional.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

MAR TERRITORIAL (MT)


É uma faixa de 12 milhas de largura a partir da Linha de Base.
Nessa faixa, a soberania do Estado costeiro estende-se além
do seu território, ou seja, o Estado tem soberania plena nessa
Zona, estendendo-se essa soberania também ao seu espaço
aéreo sobrejacente, ao seu solo e ao seu subsolo.
Os navios de qualquer Estado terão o direito de passagem
inocente pelo mar territorial. A passagem é considerada
inocente quando não é prejudicial à paz, à boa ordem ou à
segurança do Estado costeiro.
A partir dos limites do Mar Territorial, o Estado costeiro não
mais exerce soberania, mas apenas jurisdição sobre diversos
espaços marítimos, nos termos definidos na Convenção.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

ZONA CONTÍGUA (ZC)

É uma faixa de 12 milhas de largura que se estende


do limite do mar territorial até 24 milhas da linha de
base.
A jurisdição do Estado costeiro neste espaço é
limitada a evitar e reprimir agressões aos seus
regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou
sanitários.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

ZONA ECONÔMICA
EXCLUSIVA (ZEE)

É uma faixa de até 188 milhas de largura, contadas a


partir dos limites do Mar Territorial. Nesta Zona está
contida também a Zona Contígua.
Os direitos, jurisdição e deveres do Estado costeiro
neste espaço marítimo estão expressos no §1o, do
Art.56, da CNUDM, conforme o descrito a seguir:
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
ZONA ECONÔMICA
EXCLUSIVA (ZEE)
1. Na zona econômica exclusiva, o Estado costeiro tem:

a) direitos de soberania para fins de exploração e


aproveitamento, conservação e gestão dos recursos
naturais, vivos ou não vivos das águas sobrejacentes ao
leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se
refere a outras atividades com vista à exploração e
aproveitamento da zona para fins econômicos, como a
produção de energia a partir da água, das correntes e
dos ventos;
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
ZONA ECONÔMICA
EXCLUSIVA (ZEE)
b) jurisdição, de conformidade com as disposições pertinentes da
Convenção, no que se refere a:
i) colocação e utilização de ilhas artificiais, instalações e
estruturas;
ii) investigação científica marinha;
iii) proteção e preservação do meio marinho;
c) outros direitos e deveres previstos na presente Convenção
(ONU, 1982, p.67).

Cumpre ressaltar que todos os Estados gozam das liberdades de


navegação e sobrevoo e de colocação de cabos e dutos
submarinos nas Zonas Econômicas Exclusivas de outros Estados.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

PLATAFORMA CONTINENTAL

A plataforma continental de um Estado costeiro


compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas
que se estendem além do seu mar territorial, em
toda a extensão do prolongamento natural do seu
território terrestre, até ao bordo exterior da margem
continental, ou até uma distância de 200 milhas
marítimas das linhas de base a partir das quais se
mede a largura do mar territorial, nos casos em que o
bordo exterior da margem continental não atinja
essa distância. (ONU, 1982, p.81)
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

PLATAFORMA CONTINENTAL

Na Plataforma Continental, o Estado costeiro exerce


direitos de soberania no que diz respeito ao
aproveitamento e exploração dos recursos naturais
do solo e subsolo marinho. Tais recursos são os
minerais e outros não-vivos do solo e do subsolo e,
também, dos organismos vivos pertencentes a
espécies sedentárias que têm sua mobilidade
relacionada ao fundo.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
PLATAFORMA CONTINENTAL

Em seu artigo 76, a CNUDM estabelece: “A plataforma continental


de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas
submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda
a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre,
até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma
distância de 200 milhas marítimas das linhas de base, a partir das
quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o
bordo exterior da margem continental não atinja essa distância”.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
PLATAFORMA CONTINENTAL

Na Convenção foi estabelecido que os Estados costeiros


poderiam apresentar propostas, mediante estudo
circunstanciado, para o estabelecimento do limite
exterior da margem continental, até um limite máximo
de 350 milhas náuticas (648 km) da linha de base, até 13
de maio de 2009, à Comissão de Limites da Plataforma
Continental (CLPC) da ONU.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
PLATAFORMA CONTINENTAL

Além disso, como fato relevante para o Brasil, a CNUDM


estabeleceu critérios para que fosse reconhecido o mar
territorial e a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) para as
ilhas oceânicas dos Estados costeiros. Destaca-se como
o critério mais significativo para o reconhecimento, a
exigência de que as ilhas sejam permanentemente
habitadas.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
PLATAFORMA CONTINENTAL

Quanto ao estabelecimento dos limites laterais, o Brasil


possui fronteiras marítimas bem definidas em tratados
internacionais, ao Norte, com a França (Guiana
Francesa) e ao Sul, com o Uruguai. Quanto aos limites
exteriores, em direção ao meio do Oceano Atlântico,
também não foram vislumbrados problemas, pois não
existe nenhum Estado costeiro a menos de 400 milhas
náuticas de distância, no caso dos
limites da ZEE, ou mesmo a menos de 700 milhas
náuticas, no caso de limites de plataformas continentais
jurídicas.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA
PLATAFORMA CONTINENTAL

A proposta brasileira para o estabelecimento do limite exterior da


margem continental e de reconhecimento da ZEE das ilhas
oceânicas foi apresentada ao Secretário da Organização das
Nações Unidas em maio de 2004, e aprovada pela CLPC em abril
de 2007, com ressalvas, conforme será apresentado no item 7.3.
Assim, os limites das águas jurisdicionais brasileiras, consagrados
em tratados multilaterais, garantem direitos econômicos, porém
com a contrapartida dos deveres e das responsabilidades de
natureza política, ambiental e de segurança pública sobre uma
área de cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, que
equivalem à metade da superfície do território nacional em terra
firme.
4.1 – CONVENÇÃO DA JAMAICA

ALTO-MAR

O alto-mar compreende todas as partes do mar não incluídas


na zona econômica exclusiva, no mar territorial ou nas águas
interiores de um Estado.
O alto-mar está aberto a todos os Estados e deve ser utilizado
para fins pacíficos. Nenhum Estado pode, legitimamente, ter a
pretensão de submeter qualquer parte do alto-mar à sua
soberania.

O Mar Territorial, a Zona Econômica Exclusiva e a Plataforma


Continental, além, é claro, das águas interiores, constituem as
Águas Jurisdicionais Brasileiras - AJB.
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS

CONTEXTO

Para se adequar às exigências da Convenção e para


ter fundamentos para as reivindicações que poderia
apresentar à Comissão de Limites das Nações Unidas,
o Brasil estabeleceu Programas, supervisionados pela
Comissão Interministerial para os Recursos do Mar –
CIRM2, sendo os mais importantes o LEPLAC e o
PROARQUIPÉLAGO, descritos a seguir:
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS

PLANO DE LEVANTAMENTO DA
PLATAFORMA CONTINENTAL
(LEPLAC)

O LEPLAC é um programa do Governo brasileiro que tem por


finalidade a determinação da área oceânica compreendida além
da Zona Econômica Exclusiva, na qual o Brasil exercerá os direitos
exclusivos de soberania para a exploração e o aproveitamento dos
recursos naturais do leito e do subsolo de sua plataforma
continental, conforme estabelecido na CNUDM.
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS

PLANO DE LEVANTAMENTO DA
PLATAFORMA CONTINENTAL
(LEPLAC)

O estabelecimento dos limites exteriores da plataforma


continental brasileira, além das 200 milhas, demandou esforço
científico e logístico de coleta e processamento de dados
batimétricos, geológicos e geofísicos, por um período de 18 anos.
Os objetivos visavam integrar o mar territorial, a plataforma
continental e a ZEE ao espaço geográfico brasileiro.
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS

PLANO DE LEVANTAMENTO DA
PLATAFORMA CONTINENTAL
(LEPLAC)

Em 2004, foi entregue à CLPC toda a documentação técnica necessária para definição
desses limites, em cumprimento ao art. 76 da CNUDM. Após 3 anos de análise, a
Comissão formalizou a sua decisão, sob forma de recomendação, aceitando, com
restrições, o pleito brasileiro. Dos 960 mil km² pretendidos além da ZEE, cerca de 15%
sofreram restrições daquela Comissão. Entretanto, o Brasil poderá apresentar nova
proposta para inclusão desta área para atingir o total de 4,5 milhões de km², a chamada
Amazônia Azul, cujo tamanho é equivalente ao da área da Amazônia Verde. Em 2009
foram iniciados os trabalhos de levantamentos adicionais necessários a contestar as
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS

PLANO DE LEVANTAMENTO DA
PLATAFORMA CONTINENTAL
(LEPLAC)

O LEPLAC revestiu-se de particular importância para a política


exterior brasileira em relação ao Atlântico Sul. Além dos benefícios
advindos dos conhecimentos obtidos, também contribuiu para
despertar a consciência de outros Estados costeiros em relação à
necessidade e conveniência de se definir os limites exteriores de
suas margens continentais.
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS
PLANO DE LEVANTAMENTO DA
PLATAFORMA CONTINENTAL (LEPLAC)
Atualmente há uma proposta de aumento da Plataforma Continental Brasileira, na
Região Sul, que foi encaminhada à ONU em abril de 2015 e apresentada à Comissão
de Limites em 25 de agosto de 2015. Em março de 2019, a CLPC aprovou na sua
totalidade o Limite Exterior proposto pelo Brasil relativo à essa Submissão,
incorporando à nossa Plataforma Continental uma área de cerca de 170.000 km².

A proposta da margem Oriental/Meridional com a inclusão da elevação de Rio


Grande (ERG) foi encaminhada à ONU em 7 de dezembro de 2018, possivelmente
será analisada à partir de 2023. Com a inclusão da ERG nessa submissão, a nossa
Amazônia Azul passará a ter uma área de cerca de 5,7 milhões de km².
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS

PLANO DE LEVANTAMENTO DA
PLATAFORMA CONTINENTAL
(LEPLAC)
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS
PROGRAMA ARQUIPÉLAGO
(PROARQUIPÉLAGO)

Tem como objetivo garantir a habitabilidade humana


permanente no arquipélago de São Pedro e São
Paulo, e realizar pesquisas que visem à exploração,
ao aproveitamento, à conservação e à gestão dos
recursos naturais lá existentes.

O arquipélago é formado por um grupo de pequenas


ilhas rochosas, situadas a cerca de 530 milhas
náuticas (982 km) da costa do Estado do Rio Grande
do Norte.
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS
PROGRAMA ARQUIPÉLAGO
(PROARQUIPÉLAGO)
Localiza-se numa região privilegiada, com abundantes
recursos marinhos e na rota de peixes migratórios e de alto
valor comercial. Desde 1998, uma estação científica, montada
no arquipélago, abriga quatro pesquisadores brasileiros, que
se revezam a cada 15 dias. Sua ocupação veio somar-se aos
aspectos econômicos, ecológicos, sociais e científicos da Ilha
da Trindade (ocupada por militares da Marinha) e do
arquipélago de Fernando de Noronha (com população
regular). A CLPC aceitou sem restrições as ZEE dessas três
regiões e permitiu a incorporação ao país de cerca de 450.000
km2 de ZEE.
4.2 – PRINCIPAIS PROGRAMAS
PROGRAMA ARQUIPÉLAGO
(PROARQUIPÉLAGO)

Arquipélago de São Pedro e São Paulo


Tecnologia da Informação
Reflexão
“O degrau da escada não foi inventado para repouso, mas, apenas
para sustentar o pé, durante o tempo necessário para que o homem
coloque o outro pé um pouco mais alto”

Aldous Huxley
Tecnologia da Informação (TI)
Olá, Aluno(a)!
O curso foi elaborado com finalidade de apresentar a estrutura de Tecnologia da Informação (TI) da Marinha do Brasil(MB) e as principais ferramentas disponíveis para os
usuários. Neste primeiro capítulo iremos amplia e/ou detalha as atribuições de órgãos da estrutura organizacional da MB para a condução das atividades de TI, em complemento à
Doutrina de TI da MB (EMA-416). Vamos lá!?
Tecnologia da Informação

Objetivos
Conceituar as Atribuições dos Órgãos de TI
Estrutura de TI da MB
Segue abaixo uma parte da estrutura de TI
Estrutura de T.I da MB

Direção Especializada – Diretoria de Comunicações e Tecnologia da


Informação da Marinha (DCTIM)
Como Coordenador Diretor da TI (nível estratégico), tem as seguintes funções além daquelas já descritas na Doutrina de TI.
a) controlar e supervisionar tecnicamente, com apoio do Centro de Tecnologia da Informação da Marinha, toda a
infraestrutura de redes da MB (Rede Comunicações Integrada da Marinha - RECIM);
b) estabelecer normas de utilização e de padronização de sistemas para emprego na RECIM;
c) estabelecer doutrinas e normas referentes às atividades de Segurança da Informação e Comunicações (SIC) e à Defesa Cibernética
(DC);
d) executar os processos de verificação de conformidade de sistemas de informação, definindo a melhor arquitetura,
autorizando (ou não) seu uso na RECIM e recomendando (ou não) a hospedagem em Centro de Dados;
Estrutura de T.I da MB

Direção Especializada – DCTIM

e) apoiar os processos de homologação de sistemas de TI, definindo a melhor arquitetura, autorizando (ou não) seu uso na RECIM e
recomendando (ou não) a hospedagem no Centro de Dados;
f) avaliar e dimensionar a capacidade da RECIM, em termos de equipamentos (hardware e software), de atendimento aos
requisitos de sistema e de cumprimento dos acordos de níveis de serviço para todos os serviços ofertados (dados, voz e vídeo);
g) coordenar, executar e analisar todos os projetos que impliquem em alterações e ampliações da RECIM, bem omo na oferta de serviços
e TI que a utilizem;
h) coordenar, executar e analisar todos os projetos que impliquem atividades de Segurança da Informação e Comunicações (SIC) e de
Defesa Cibernética (DC);
Estrutura de T.I da MB

Direção Especializada – DCTIM

i) realizar visitas técnicas para levantamento de necessidades e de subsídios para projetos de TI;
j) coordenar as ações do CTIM quanto à implantação de novas tecnologias;
k) elaborar projetos relativos ao Centro de Dados da MB (CD-MB), bem como gerenciar a utilização e os acordos de níveis de serviço
estabelecidos com as OM responsáveis pelos sistemas hospedados;
l) gerenciar a capacitação dos profissionais de TI de toda a MB nas tecnologias utilizadas na RECIM;
m) coordenar as atividades e o cumprimento das melhores práticas de governança de TI na MB;
n) elaborar estudos e pareceres técnicos sobre assuntos relacionados à TI, sempre que solicitados;
o) gerenciar os planos e programas da MB referentes à TI; e
Estrutura de T.I da MB

Direção Especializada – DCTIM

p) estabelecer instruções para o funcionamento da Autoridade Certificadora Reserva do Ministério da Defesa, sob competência da
Marinha do Brasil.
Estrutura de T.I da MB

Órgão Operacional – Centro de Tecnologia da Informação da Marinha


(CTIM)

Como executor Coordenador da TI (nível operacional), tem as seguintes funções além daquelas já descritas na Doutrina de TI.

a) apoiar a DCTIM no controle e na supervisão técnica da RECIM;


b) controlar os recursos de TI (hardware e software) em uso na RECIM;
c) subsidiar a DCTIM quanto às informações de gerenciamento necessárias às avaliações de capacidade e de segurança
das diversas redes e serviços componentes da RECIM;
Estrutura de T.I da MB

Órgão Operacional - CTIM

d) monitorar, gerenciar, prestar suporte e emitir relatórios de desempenho, utilização e disponibilidade dos principais recursos de
TI da RECIM (enlaces; sistemas hospedados no CD-MB) e do SISCOMIS, sob a responsabilidade da MB;
e) apoiar e supervisionar os CLTI no suporte aos serviços de TI e nas suas atividades de gerenciamento;
f) operacionalizar uma Central de Suporte aos usuários, a fim de controlar o registro de incidentes e prestar o respectivo
suporte aos serviços de TI disponibilizados na RECIM;
Estrutura de T.I da MB

Órgão Operacional - CTIM

g) gerenciar e executar, sob a supervisão da DCTIM, as atividades de implantação de serviços de TI na MB, incluindo
novas tecnologias, implantação de novos sistemas de conectividade e novos sistemas de segurança da informação
e comunicações (detecção, proteção e controle de acesso aos recursos da RECIM);
h) gerenciar e executar, sob a supervisão da DCTIM, as atividades de Defesa Cibernética e de Segurança da Informação e
Comunicações (SIC), tais como: manutenção de registros de acesso aos recursos de TI da MB e de incidentes de segurança;
realização de auditoria de SIC; análise de vulnerabilidades de sistemas de TI; avaliação técnica dos recursos de SIC (antivírus,
firewalls, proteção contra intrusos etc.); gerenciamento e manutenção dos recursos criptográficos;
Estrutura de T.I da MB

Órgão Operacional - CTIM

i) posicionar, manter e monitorar os sensores, dispositivos de alertas e concentradores de logs, mantendo seus
registros e análises, de forma a possibilitar estudos e respostas aos incidentes identificados pela Central de Tratamento de
Incidentes em Redes de Computadores da Marinha do Brasil (CTIR.mar);
j) executar as atividades de suporte, manutenção e gerenciamento operacional referente à estrutura e aos serviços de TI
hospedados no Centro de Dados da MB (CD-MB);
k) emitir instruções para a otimização dos contratos de manutenção;
Estrutura de T.I da MB

Órgão Operacional - CTIM

l) realizar visitas técnicas, para fins de gerência operacional das diversas redes componentes da RECIM, bem como para
atividades específicas de suporte ou para implementação de projetos de TI originados na DCTIM;
m) definir, para a finalidade de gerenciamento, os elementos críticos a serem monitorados pelos Centro Local de Tecnologia da
Informação e Administradores de redes locais, bem como a periodicidade de tal controle;
n) gerenciar e manter atualizado o catálogo de serviços de TI disponibilizado à MB; e
o) executar as atividades de suporte, manutenção e gerenciamento operacional referente à estrutura e aos serviços de TI
prestados pela AC Reserva.
Estrutura de T.I da MB

Elemento Organizacional de Apoio – Centro Local de Tecnologia da


Informação (CLTI)
Como elemento organizacional de apoio (nível operacional regional e ou local), tem as seguintes funções além daquelas já
descritas na Doutrina de Tecnologia da Informação.

a) apoiar o CTIM na resolução de todo e qualquer tipo de incidente relativo às redes, e/ou aos sistemas de TI, nos locais sob sua
área de jurisdição que afetemo bom funcionamento da RECIM e consequentemente o nível de satisfação dos usuários locais em
relação aos serviços prestados;
b) efetuar o controle operacional e administrativo das redes de dados de sua área de jurisdição, apoiando, por solicitação da OM,
ou caso considere necessário, na resolução de incidentes, de forma a garantir a operação adequada da RECIM e seus serviços;
Estrutura de T.I da MB

Elemento Organizacional de Apoio - CLTI

c) fiscalizar o cumprimento dos procedimentos operacionais na utilização da rede no âmbito de sua área de jurisdição;
d) estabelecer contatos operacionais com as prestadoras de serviço de telecomunicações em sua área de jurisdição,
mantendo a DCTIM e o CTIM informados;
e) acrescentar, caso considere necessário, novos elementos críticos a serem monitorados pelas OM de sua área de
responsabilidade, bem como alterar a periodicidade das monitorações;
f) manter o nível de adestramento dos administradores das redes locais das OM e da RETELMA, em sua área de
responsabilidade, mediante a realização de cursos e palestras;
Estrutura de T.I da MB

Elemento Organizacional de Apoio - CLTI

g) realizar visitas periódicas às OM sob sua responsabilidade, a fim de verificar o funcionamento adequado de suas redes locais,
bem como o cumprimento da doutrina e das normas vigentes;
h) manter um inventário atualizado dos recursos de TI das OM em sua área de jurisdição;
i) avaliar o dimensionamento da RECIM em sua área, informando respectivamente à DCTIM e ao CTIM as
necessidades de futuras expansões/alterações e as necessidades operacionais de suporte/manutenção;
j) fiscalizar o cumprimento dos requisitos de manutenção e de funcionamento dos equipamentos de conectividade e seus
acessórios existentes nas OM de sua área de atuação;
Estrutura de T.I da MB

Elemento Organizacional de Apoio - CLTI

k) guardar, operar e manter os ativos de TI que não estiverem sob responsabilidade direta das OM subordinadas;
l) apoiar, dentro de sua área de atuação, a manutenção de 2° escalão e, quando necessário, a manutenção de 1° escalão de
Sistemas Digitais (SD) nas OM sob sua responsabilidade direta; e
m) concentrar os serviços comuns às OM sob a sua responsabilidade, quando possível, tais como, correio, SIGDEM, servidor de
domínio e servidor de arquivos provendo estrutura de backup para estes serviços.
Estrutura de T.I da MB

Órgão de Execução

Todas as OM da MB que utilizam serviços de TI. O Administrador da Rede Local como elemento organizacional de apoio (nível
operacional local), tem as seguintes funções:

a) operar e manter os ativos de TI existentes na sua rede local, em conformidade com as normas vigentes;
Estrutura de T.I da MB

Órgão de Execução

b) resguardar a integridade física dos equipamentos de conectividade da RECIM, porventura instalados no âmbito de
sua OM, comunicando ao CLTI, com informação ao CTIM, qualquer avaria detectada ou a impossibilidade de manter os
referidos equipamentos em um ambiente adequado ao seu funcionamento; e

c) manter o CLTI informado sobre a atualização (aquisição/baixa) dos ativos de TI da OM.


Tecnologia da Informação

Recado Final:
Neste capítulo aprendemos um pouco mais sobre as atribuições dos órgãos de Tecnologia da Informação da
Marinha do Brasil.
No próximo capítulo já começaremos a ver definições e estruturas da RECIM, e também o uso da Internet.
Dito isto...
Até a próxima aula!
Tecnologia da Informação
RECIM E INTERNET

Olá, Aluno(a)!
Iniciamos na última aula a nossa disciplina de Tecnologia da Informação. Neste capítulo abordaremos
a definição e estrutura da RECIM e o uso da Internet.
Vamos lá!?
RECIM E INTERNET

Objetivos
Conceituar as definições e estruturas da RECIM
Conceituar o uso da Internet
RECIM E INTERNET
O que significa RECIM?

Rede de Comunicações Integradas da Marinha (RECIM).


Principais Enlaces de Dados da RECIM
RECIM E INTERNET
RECIM

Qual é o seu propósito?

Descrever a Rede de Comunicações Integradas da Marinha (RECIM), a fim de evidenciar as suas


fundamentais características técnicas e administrativas, sua importância na oferta de serviços e
recursos de TI para todos usuários da MB, e a necessidade de estruturas e sistemas de
coordenação/gerenciamento adequados, em função de sua dimensão, complexidade e constantes
processos de evolução.
RECIM
Definições e estruturas da RECIM

A RECIM é o conjunto de elementos computacionais, organizados em rede, que compõem a infraestrutura responsável pelo tráfego de
informações (digitais e analógicas) no âmbito da MB. A integração das comunicações consiste na possibilidade de tráfego combinado de
dados, voz (áudio e telefonia) e vídeo, nas seguintes formas: com ou sem compressão; com ou sem criptografia e encapsulado ou não
em pacotes que obedeçam a protocolos padronizados de comunicação (Ex.: TCP/IP). A RECIM abrange a rede de telefonia (RETELMA)
e utiliza o conceito de Intranet para prover aos seus usuários o acesso a recursos e serviços de TI no âmbito da MB. Adicionalmente, a
RECIM possui dispositivos de conexão e barreiras de segurança que permitem sua interligação segura à Internet e a outras redes de
interesse da MB (redes de outras Forças/MD, governo federal, empresas conveniadas etc.), viabilizando o acesso controlado de seus
usuários internos aos serviços de TI disponibilizados nas redes externas, bem como a oferta, igualmente controlada, de serviços de TI a
usuários externos à RECIM.
RECIM

Estruturas da RECIM – Rede Local

É uma rede que conecta dispositivos eletrônicos através de meios físicos (fios metálicos, cabos, microondas e fibras ópticas),
desempenhando serviços independentes e mantendo a comunicação entre esses dispositivos. Seu limite geográfico alcança,
aproximadamente, um raio de 10 km (normalmente limitado por um prédio, uma fábrica, uma OM ou Complexos compostos por OM
vizinhas). Normalmente, as redes locais, conhecidas como LAN (local area network) são interligadas por radioenlaces digitais, enlaces de
fibra óptica ou enlaces contratados junto aos provedores de serviços de telecomunicações, possuem altas taxas de transmissão e baixo
custo. Estão associadas às redes internas das OM e aos Complexos de OM (Ex.: Complexo Naval de Mocanguê, Complexo Naval de
Abastecimento da Av. Brasil).
RECIM

Estruturas da RECIM – Rede Metropolitana

É uma rede que pode conectar várias redes locais (LAN), com ou sem a utilização de prestadoras de serviço de telecomunicações locais.
A área metropolitana alcança um raio de aproximadamente 100 km e, devido ao seu pequeno raio de ação, ela pode proporcionar altas
taxas de velocidade de transmissão. As redes metropolitanas, conhecidas como MAN (metropolitan area network) estão associadas
às redes dos Distritos Navais, compostas individualmente por um conjunto de redes locais interligadas e localizadas na mesma
área geográfica. Ex.: Rede do Comando 7ºDN)
RECIM

Estruturas da RECIM – Rede de Grande Área

É uma rede caracterizada pela comunicação a longa distância (superior a 100km). Normalmente, são utilizados enlaces de fibra
óptica e enlaces satélite para cobrir grandes distâncias. Uma rede de grande área, conhecida por WAN (wide area network) pode
ser composta por várias MAN ou LAN interligadas, empregando os citados meios físicos de transmissão. Normalmente, devido à
cobertura de grandes distâncias, esses enlaces são contratados junto aos provedores de serviços de comunicações.
RECIM

Estruturas da RECIM – Aplicativos de Rede

São os aplicativos executados em um ambiente de rede de computadores, constituindo serviços disponibilizados na RECIM,
como um todo ou em parte. Como exemplo, podemos citar o SINGRA, o SISPAG, os serviços de correio eletrônico, os acessos a
bancos de dados da DPMM, os serviços baseados em aplicações web, etc.
RECIM

Estruturas da RECIM – RETELMA (Rede Telefônica da Marinha)

Abrange todas as centrais telefônicas da MB, seus acessórios e suportes de interligação. As centrais estão distribuídas pela RECIM
organizadas de acordo com o nível de tráfego, abrangência de ramais e áreas de responsabilidade, podendo ser digitais, analógicas ou
híbridas. A interligação entre as diversas centrais digitais e híbridas é realizada por meio de links de dados e as analógicas por meio de
linhas de junção (tie-lines) que podem ser constituídas por: cabos telefônicos, cabos ópticos, radio enlaces digitais; e linhas privadas
contratadas junto a provedores de telecomunicações comerciais ou troncos de dados (troncos IP). As ligações no âmbito interno da
RETELMA não sofrem tarifação. As centrais componentes da RETELMA possuem interfaces de conexão com a Rede Pública de
Telefonia (fixo e celular), permitindo ligações de/para ramais pertencentes a esta rede. As chamadas destinadas à rede pública sofrem
tarifação, de acordo com o contrato estabelecido junto à provedora comercial de telecomunicações.
RECIM

Estruturas da RECIM – SISCOMIS

O Sistema de Comunicações Militares por Satélite tem por finalidade atender à Estrutura Militar de Defesa (EMiD). É constituído
por Estações Terrenas (ETN) distribuídas estrategicamente em todo território nacional que, por meio de cabos de fibras óticas,
radioenlaces digitais e, principalmente, enlaces satélite, formam uma grande rede de comunicações de dados e voz com diversas
estações fixas e móveis, terrestres e navais, das Forças e do Ministério da Defesa (MD). A RECIM se interliga, em dados, com a
rede do SISCOMIS por meio de interconexão com a rede do MD.
INTERNET

Propósito

Neste capítulo, iremos elucidar os procedimentos a serem cumpridos pelas OM's da MB, para divulgar informações e obter
acesso à Internet. A DCTIM é responsável pelos projetos e contratos associados à interligação da RECIM à Internet. O CTIM é
responsável pela gerência operacional da conexão das OM à Internet. Atualmente, todas as OM da MB possuem o direito de
acesso à Internet. Para permitir tal acesso, a DCTIM e os Comandos de Distritos Navais, periodicamente, realizam contratos ou
convênios, respectivamente, junto às empresas prestadoras de serviços de telecomunicações ou órgãos públicos, para
interligação da RECIM à Internet
INTERNET

Definição

A Internet é uma grande rede de computadores em escala mundial que permite o acesso às informações e às variadas formas de
transferência de dados. Alguns dos serviços disponíveis na Internet são os acessos a páginas web, o acesso remoto a outras
máquinas, transferência de arquivos, correio e boletins eletrônicos.
INTERNET

Uso da Internet

O acesso à Internet pelo pessoal da MB por meio da RECIM tem como regra geral o bom senso. Isto porque não é viável estabelecer
normas rígidas quanto aos sítios que se pode ou não ter acesso, considerando a diversidade de informações sob várias nomenclaturas e
a evolução do interesse da MB em informações disponibilizadas na Internet. Alguns procedimentos, evidentemente, não são válidos,
inclusive do ponto de vista técnico, pois trazem prejuízo ao tráfego das informações de maior utilidade e prioridade. Assim sendo, é
expressamente proibido acessar sítios contendo matéria atinente a relacionamentos não profissionais, utilizar-se de quaisquer tipos de
“mecanismos que permitam a troca de mensagens em tempo real com usuários externos à RECIM” (CHAT), aplicações P2P (peer-to-
peer), bem como acessar páginas de conteúdo considerado impróprio. A DCTIM e o CTIM têm capacidade de monitorar tais acessos e,
ao realizar auditoria, se os detectar, dará conhecimento às OM para as medidas disciplinares cabíveis.
INTERNET
Uso da Internet

Em caso de acesso involuntário, o usuário deverá, de imediato, registrar o fato em sua OM, participando-o aos seus superiores. Também
estão instalados mecanismos que restringem alguns tipos de acesso indevido: abrangendo restrições a alguns tipos de arquivos com
determinadas extensões, a alguns sítios específicos e/ou sítios pertencentes a uma dada categoria (ex: pornográficos), e definindo
períodos do dia para determinados acessos. Esses mecanismos, ditos analisadores de conteúdo, procuram restringir a ocupação de
recursos, normalmente caros, com tráfego de informações não relacionadas com as atividades da Marinha. Caso alguma OM identifique
a necessidade de acesso que esteja restrita por esses mecanismos, deve submeter à Central de Suportes sua necessidade, devidamente
justificada. Em casos conflitantes, a DCTIM avaliará a concessão do acesso. Os critérios básicos de bloqueio/liberação do acesso estão
definidos em publicação pertinente da DCTIM.
INTERNET

Uso da Internet

No que diz respeito ao correio eletrônico, não será permitida a utilização de assinatura de listas de discussão de assuntos que não sejam
atinentes ao interesse da MB. O CTIM poderá implantar mecanismos para evitar que mensagens provenientes de servidores de listas de
discussão sejam recebidas pelos servidores de correio da MB.
Reflexão
“Reunir-se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e
trabalhar juntos é sucesso.” Henry Ford

Recado Final: Neste capítulo aprendemos mais um pouco sobre a estrutura da RECIM e o uso da
Internet.
Na próxima aula abordaremos a Segurança da Informação e Comunicações.
Até a próxima aula!!!
Tecnologia da Informação
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Olá, Aluno(a)!
Até presente momento abordamos as atribuições dos órgãos de TI, definições e estruturas da RECIM,
e também o uso da Internet. Neste capítulo abordaremos a Segurança da Informação e Comunicações
(SIC).
Vamos lá!?
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Objetivos
 Conceituar definições básicas de SIC
 Conceituar as responsabilidades do usuário
 Conceituar o que é mentalidade de segurança
 Conceituar a Segurança em dispositivos móveis inteligentes e celulares
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Qual é a definição básica de SIC?

A Segurança da Informação e Comunicações (SIC) prevê ações que objetivam viabilizar e assegurar a
disponibilidade, integridade e confidencialidade de dados e informações de forma a minimizar os incidentes de
segurança da informação. Adicionalmente, outras propriedades, tais como autenticidade, responsabilidade, não-
repúdio e confiabilidade, podem também estar envolvidas.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Qual é a definição básica de SIC?

A SIC é a proteção resultante de todas as medidas postas em execução visando negar, impedir ou minimizar a
possibilidade de obtenção do conhecimento de dados que trafeguem ou sejam armazenados digitalmente nos
sistemas de redes locais, compreendendo, segundo definição estabelecida pelo Governo Federal, ações voltadas
às Seguranças física, lógica, de tráfego e criptológica das Informações Digitais. Portanto, a SIC corresponde não
só ao conjunto de procedimentos, como também aos recursos (programas e equipamentos específicos de
segurança) e às normas aplicáveis que irão garantir os seus requisitos básicos.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Quais são os Requisitos Básicos de SIC?

a) Disponibilidade - capacidade da informação digital estar disponível para alguém autorizado a acessá-la no
momento próprio.
b) Integridade - capacidade da informação digital somente ser modificada por alguém autorizado;
c) Confidencialidade - capacidade da informação digital somente ser acessada por alguém autorizado;
d) Autenticidade - capacidade da origem da informação digital ser aquela identificada.
Pilares da Segurança da Informação
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Qual é o propósito da SIC?

Estabelecer a Política de Segurança da Informação e Comunicações da MB, definindo procedimentos e instruções


a fim de reger as atividades relacionadas à SIC da MB, complementando as instruções contidas em outras
publicações correlatas em uso, devendo ser de conhecimento de todo o pessoal credenciado e autorizado a operar
e manusear equipamentos conectados à RECIM.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Cibernética, o que é?
a) Ativos de Informação - meios de armazenamento, transmissão e processamento de dados e informação, os equipamentos
necessários a isso (computadores, equipamentos de comunicações e de interconexão), os sistemas utilizados para tal, os
sistemas de informação de um modo geral, os locais onde se encontram esses meios e as pessoas que a eles têm acesso.
b) Cibernética - termo que se refere à comunicação e controle relacionados aos Ativos de Informação, como uso de
computadores, sistemas computacionais, redes de computadores e de comunicações e sua interação.
c) Espaço Cibernético - espaço virtual, composto por dispositivos computacionais conectados em redes ou não, onde as
informações digitais transitam, são processadas e/ou armazenadas.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Cibernética, o que é?
d) Espaço Cibernético de Interesse da Marinha (ECiber-MB) - Espaço Cibernético composto pelos Ativos de Informação da MB.
e) Ameaça Cibernética - causa potencial de um incidente indesejado, que pode resultar em dano ao Espaço Cibernético de
interesse.
f) Artefato Cibernético - equipamento ou sistema empregado no espaço cibernético para execução de ações de proteção,
exploração ou ataque cibernéticos.
g) Segurança Cibernética - garantia da confidencialidade, integridade e da disponibilidade de um Espaço Cibernético.
Adicionalmente, outras propriedades, tais como autenticidade, responsabilidade, não-repúdio e confiabilidade, podem também
estar envolvidas.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Cibernética, o que é?

h) Defesa Cibernética - conjunto de ações ofensivas, defensivas e exploratórias, realizadas no Espaço Cibernético,
no contexto de um planejamento de nível estratégico, com as finalidades de proteger os interesse da Marinha e
comprometer os sistemas de informação do oponente.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

Responsabilidade do usuário

Neste item, iremos detalhar apenas a responsabilidade do usuário, as demais atribuições de órgãos e integrantes
da estrutura organizacional da MB para a condução das atividades de SIC, será vista no Curso de Assessoria em
Estado Maior para Suboficiais
Responsabilidade do Usuário

DO USUÁRIO – INSERIR O VÍDEO SOBRE ESTE ASSUNTO - NOME DO ARQUIVO:


Institucional_DCTIM_video_3

O usuário de serviços e equipamentos interligados pela rede local da OM, seja militar, servidor civil ou prestador de serviço, deverá estar
ciente das suas responsabilidades sobre SIC. Para garantir o atendimento desse requisito, ele estará apto a receber uma estação de
trabalho somente após a assinatura do Termo de Recebimento de Estação de Trabalho (TRE), constante no apêndice II, do anexo A, da
DGMM-0540 2ª Revisão, ficando autorizado a acessar o sistema da OM após tomar ciência das normas de SIC e assinar o Termo de
Responsabilidade Individual (TRI), constante no apêndice I, do anexo A, da DGMM-0540 2ª Revisão. São consideradas basilares as
seguintes normas:
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
a) tratar a informação digital como patrimônio da MB e como um recurso que deva ter seu sigilo preservado;
b) utilizar as informações digitais disponibilizadas e os sistemas e produtos computacionais de propriedade ou direito de uso da MB
exclusivamente para o interesse do serviço;
c) preservar o conteúdo das informações sigilosas a que tiver acesso, sem divulgá-las para pessoas não autorizadas e/ou que não
tenham necessidade de conhecê-las;
d) não tentar obter acesso à informação cujo grau de sigilo não seja compatível com a sua Credencial de Segurança (CREDSEG) ou cujo
teor não tenha autorização ou necessidade de conhecer;
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
e) não se fazer passar por outro usuário usando a identificação de acesso (login) e senha de terceiros;
f) não alterar o endereço de rede ou qualquer outro dado de identificação de sua estação de trabalho;
g) utilizar em sua estação de trabalho somente programas homologados para uso na MB;
h) no caso de exoneração, demissão, licenciamento, término de prestação de serviço ou qualquer tipo de afastamento, preservar o sigilo
das informações e documentos sigilosos a que teve acesso;
i) não compartilhar, transferir, divulgar ou permitir o conhecimento das suas autenticações de acesso (senhas) utilizadas no ambiente
computacional da OM, por terceiros;
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
e) não se fazer passar por outro usuário usando a identificação de acesso (login) e senha de terceiros;
f) não alterar o endereço de rede ou qualquer outro dado de identificação de sua estação de trabalho;
g) utilizar em sua estação de trabalho somente programas homologados para uso na MB;
h) no caso de exoneração, demissão, licenciamento, término de prestação de serviço ou qualquer tipo de afastamento, preservar o sigilo
das informações e documentos sigilosos a que teve acesso;
i) não compartilhar, transferir, divulgar ou permitir o conhecimento das suas autenticações de acesso (senhas) utilizadas no ambiente
computacional da OM, por terceiros;
Responsabilidades do usuário e atribuições

Do Usuário
j) seguir as regras básicas para o uso de senhas, conforme especificado no Capítulo 8 desta norma;
k) seguir as orientações da área de informática da OM relativas ao uso adequado dos equipamentos, dos sistemas e dos programas do
ambiente computacional;
l) comunicar imediatamente ao seu superior hierárquico e ao OSIC da OM a ocorrência de qualquer evento que implique ameaça ou
impedimento de cumprir os procedimentos de SIC estabelecidos;
m) responder, perante a MB, as auditorias e o OSIC da OM, por acessos, tentativas de acessos ou uso indevidos da informação digital,
realizados com a sua identificação ou autenticação;
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
n) não praticar quaisquer atos que possam afetar o sigilo ou a integridade da informação;
o) não transmitir, copiar ou reter arquivos contendo textos, fotos, filmes ou quaisquer outros registros que contrariem a moral, os bons
costumes e a legislação vigente;
p) não realizar nenhum tipo de acesso a redes “P2P” e redes sociais sem a devida autorização e obedecer a instruções próprias para os
casos autorizados;
q) não transferir qualquer tipo de arquivo que pertença à MB para outro local, seja por meio magnético ou não, exceto no interesse do
serviço e mediante autorização da autoridade competente;
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
r) adotar política de mesa e tela limpa a fim de reduzir os riscos de acessos não autorizados, perda e dano da informação durante e fora
do horário normal de trabalho.

A política de mesa e tela limpa deve levar em consideração que:

1 - informações sensíveis ou críticas, por exemplo, em papel ou mídia de armazenamento eletrônico, sejam guardadas em lugar seguro
(idealmente em cofre, armário ou outras formas de mobília de segurança) quando não em uso, especialmente quando a sala está
desocupada;
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
v) caso seja usuário do Portal de serviços da MB, assinar o Termo de Responsabilidade de acesso ao Portal. As assinaturas e o
conhecimento do Termo de Responsabilidade Individual (Apêndice I, do Anexo A, da DGMM-0540 2ªRev.) e do Termo de Recebimento de
Estação de Trabalho (Apêndice II, do Anexo A, da DGMM-0540 2ªRev.) servem de registro oficial da ciência, pelo usuário, do pleno
conhecimento das normas.
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário

2 - computadores e terminais sejam mantidos desligados ou protegidos com mecanismos de travamento de tela, com senha, ou
mecanismos de autenticação similar quando sem monitoração ou não usados; e

3 - documentos que contém informação sensível ou classificada sejam removidos de impressoras imediatamente.
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
s) estar ciente de que o processamento, o trâmite e o armazenamento de arquivos que não sejam de interesse do serviço são
expressamente proibidos no ambiente computacional da OM;
t) estar ciente de que toda informação digital armazenada, processada e transmitida no ambiente computacional da OM pode ser
auditada;
u) estar ciente de que o correio eletrônico é de uso exclusivo para o interesse do serviço e que qualquer correspondência eletrônica
originada, recebida ou retransmitida no ambiente computacional da OM deve obedecer a este preceito; e
Responsabilidades do Usuário

Do Usuário
v) caso seja usuário do Portal de serviços da MB, assinar o Termo de Responsabilidade de acesso ao Portal. As assinaturas e o
conhecimento do Termo de Responsabilidade Individual e do Termo de Recebimento de Estação de Trabalho servem de registro oficial da
ciência, pelo usuário, do pleno conhecimento das normas.
Mentalidade de Segurança

É o esforço para as atividades de SIC deve ser de todos e não somente do pessoal diretamente envolvido com o setor de
informática da OM. O fator mais importante para a SIC é a existência de uma mentalidade de segurança incutida em todo o
pessoal. Pouco adiantará o estabelecimento de rigorosas medidas de segurança se o pessoal responsável pela sua aplicação
não tiver delas perfeita consciência. As OM devem, portanto, envidar esforços para desenvolver e manter um alto nível de
conscientização do pessoal quanto à SIC. Isto pode ser feito, por exemplo, por meio de notas em Plano do Dia e de palestras,
adestramentos, exercícios internos e outras atividades cabíveis, englobando publicações, normas e procedimentos afetos ao
assunto. Além disso, dentro do Programa de Adestramento de cada OM, devem ser formalmente estabelecidos e continuamente
cumpridos adestramentos que abordem todos os aspectos de SIC.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Propósito

Disciplinar a utilização de dispositivos móveis pessoais e funcionais do tipo “smartphone”, “tablets” e celulares, bem como as
facilidades provenientes de suas plataformas de operação pelos servidores civis e militares da Marinha do Brasil (MB).
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Fundamentação Legal
Conforme disposto nas diretrizes e orientações básicas da Norma Complementar nº 12/IN01/DSIC/GSIPR e na conclusão da Nota
Técnica nº 10/2014 da DCTIM, entende-se que a utilização de dispositivos móveis deva ser controlada em todas as Organizações
Militares (OM) da MB. Este controle visa a garantir a SIC de todos os ativos de informação da Marinha.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Políticas de Uso de Dispositivos Móveis na OM


O uso de dispositivos móveis no dia a dia das OM vem se tornando cada vez mais frequente, sendo considerado, atualmente, um dos
principais problemas de SIC enfrentado pelas organizações em todo o mundo: BYOD (“Bring Your Own Device”). Variações de políticas
de uso são comuns, dependendo do tipo de instituição e da sensibilidade de alguns setores dentro das organizações.

Apesar de tais dispositivos possibilitarem uma maior flexibilidade e mobilidade, otimizando as tarefas diárias, os riscos relacionados às
ameaças e vulnerabilidades expostas no item anterior não podem ser desprezados. Portanto, torna-se necessária a criação de
procedimentos que visem evitar o vazamento de informações sigilosas e dificultar a análise dos metadados dos usuários.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Políticas de Uso de Dispositivos Móveis na OM


Os seguintes critérios devem ser adotados na restrição de uso dos dispositivos móveis:

a) grau de sigilo das interlocuções (Ostensivo ou Sigiloso);


b) compartimento onde tais dispositivos serão utilizados (Permitido ou Não Permitido);
c) propriedade do dispositivo (Pessoal ou Funcional); e
d) missão operativa.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Tipos de Dados nos Dispositivos Móveis


Os dispositivos móveis permitem processar, armazenar, enviar e receber diversos tipos de dados, tais como: lista de contatos pessoais,
mensagens de texto, fotos, vídeos, áudio(gravações), e-mails, documentos, senhas do dispositivo e dos serviços acessados por meio
dele, e posicionamento geográfico e trajetos de deslocamentos.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Classificação da Propriedade dos Dispositivos Móveis


Os dispositivos móveis podem ser classificados como pessoais ou funcionais. Os dispositivos pessoais são aqueles de
propriedade do usuário. Os dispositivos funcionais são aqueles de propriedade da MB.

Independente da propriedade, o usuário deverá ser alertado de que o Termo de Responsabilidade Individual (TRI) assinado por
ele engloba não somente as estações de trabalho, microcomputadores, ambientes computacionais e equipamentos listados
naquele termo ou outros ativos de informação não mencionados, mas também os dispositivos móveis a que tiver acesso.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Dispositivos Móveis Funcionais


Todo dispositivo móvel funcional deverá ser cadastrado e controlado pela OM, garantindo sua identificação única, bem como a do usuário
responsável pelo seu uso. Estes dispositivos deverão ser usados única e exclusivamente pelo usuário que assumiu a responsabilidade
pelo seu uso. É necessária a implementação de mecanismos de autenticação, autorização e registro de acesso do usuário, bem como do
dispositivo às conexões de rede e recursos disponíveis.
Não deverão ser armazenados dados sigilosos nos dispositivos móveis. Deverá ser gerado um Termo de Recebimento de Estação de
Trabalho (TRE) específico para cada dispositivo móvel funcional.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Dispositivos Móveis Funcionais


Os militares e servidores civis da MB devem ser orientados a respeito dos procedimentos de segurança acerca dos dispositivos
que lhes forem disponibilizados, mediante a assinatura de Termo de Responsabilidade Individual (TRI) da OM a que pertencem,
não sendo admitida a alegação de seu desconhecimento nos casos de uso indevido.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares

Perda, Roubo ou Furto de Dispositivos Funcionais


Na ocorrência desses eventos com dispositivos funcionais, o usuário deverá comunicar
tempestivamente à sua OM para a tomada de ações de mitigação de danos, como por exemplo o
bloqueio do cartão SIM, apagamento remoto do dispositivo e/ou localização do mesmo por softwares
de geolocalização.
Não devem ser armazenadas no aparelho informações sigilosas em claro.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Missão Operativa
A permissão de uso para dispositivos móveis pessoais ou funcionais durante uma missão operativa deverá constar da respectiva
Diretiva, ressaltando que o seu uso pode indicar o posicionamento geográfico do meio naval ou registro de dados não
autorizados.

Recomenda-se o constante adestramento das tripulações sobre tais implicações.


Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Utilização de Dispositivos Móveis por Pessoal Extra-MB


Para pessoal não vinculado à MB fica vedado o uso de dispositivos móveis nas dependências das OM, exceto em locais
autorizados para tal ou em situações especiais como cerimônias militares e simpósios. Tais procedimentos devem estar previstos
em Ordem Interna. Recomenda-se o constante adestramento das tripulações sobre tais implicações.

Para funcionários terceirizados, prestadores de serviço de empresas contratadas, serão considerados os procedimentos
preconizados no item que trata de Dispositivos móveis pessoais. Sugere-se que as OM disponibilizem local para a guarda de tais
dispositivos.
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e Celulares.

Utilização de Dispositivos Móveis por Pessoal Extra-MB

O desafio de se estabelecer normas e procedimentos sobre um tema em constante evolução visa a garantir os requisitos:
Confiança, Rapidez, Segurança e Flexibilidade das Comunicações Navais, fator de força fundamental no cumprimento das
missões.

Os titulares de OM deverão baixar normas complementares atendendo às especificidades da própria OM.


Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e
Celulares
As seguintes recomendações de segurança devem ser observadas para os dispositivos móveis
funcionais e pessoais que utilizem serviço de acesso a sistemas corporativos, tais como correio
eletrônico e Portal da MB:
a) não armazenar dados, agenda, notas e contatos de pessoal da Marinha em nuvem privada
(exemplos: iCloud, Dropbox, Google Drive etc.);
b) desabilitar o serviço de localização para todos os aplicativos;
c) não instalar qualquer aplicativo que não seja disponibilizado pela loja proprietária do fabricante do
sistema operacional;
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e
Celulares
d) não realizar o “jailbreak” (ou “rooting”) - procedimento com ferramentas não
homologadas que permitam ao usuário ter o controle de administração do aparelho;
e) desabilitar a possibilidade do dispositivo móvel se conectar a redes sem fio
Automaticamente;
f) desabilitar o uso de “bluetooth”;
g) desabilitar a função de compartilhamento de ponto de acesso a rede;
h) habilitar a senha de proteção do dispositivo e, sempre que a tecnologia do dispositivo
permitir, utilizar senhas mais complexas que 4 dígitos numéricos;
Segurança em Dispositivos Móveis Inteligentes e
Celulares
i) habilitar a proteção de tela;
j) habilitar o PIN (“Personal Identification Number”) do cartão SIM;
k) instalar antivírus homologado, quando houver disponibilidade para o sistema operacional;
l) manter o sistema operacional e as aplicações atualizados; e
m) solicitar o apagamento seguro das informações em caso de perda, roubo ou extravio do
dispositivo móvel funcional.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES

RECADO FINAL:

Neste capítulo ampliamos um pouco nosso conhecimento em SIC.


No próximo capítulo começaremos a ver alguns ferramentas padronizadas disponíveis para uso pelos militares.
Dito isto...
Até a próxima aula!
Reflexão
“Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue
em frente de qualquer jeito”. Martin Luther King Jr.
Tecnologia da Informação
Governança de TI

Olá, Aluno(a)!
Neste último capítulo do nosso curso abordaremos a Governança
de TI, mostrando ferramentas padronizadas disponíveis para uso
dos militares.
Vamos lá!?
Governança de T.I
Objetivos
 Conceituar Compartilhamento de Arquivos
 Conceituar Rede Marinha
 Conceituar Webex
 Conceituar Portal de Serviços
 Conceituar Ferramentas de Criptografia na MB (Chamaleon e Orion)
Compartilhamento de Arquivos
Qual é o seu propósito?
Disponibilizar um repositório para o compartilhamento de arquivos entre usuários da RECIM.
Compartilhamento de Arquivos
Característica do Serviço
O compartilhamento de arquivos é um repositório Web, que permite aos
usuários da RECIM enviar e receber arquivos com tamanho superior a 20MB (vinte
Megabytes), limitado a 1GB de forma eficiente e rápida, cujo o envio não seja possível via
correio eletrônico, durante o expediente.
Para arquivos maiores que 1GB, será necessário realizar o particionamento do arquivo.
Compartilhamento de Arquivos
Característica do Serviço
Utiliza o sistema de autenticação vigente na MB para acesso à Internet, permitindo o
controle de acesso e o acompanhamento do tempo de expiração dos arquivos no ambiente.
Caso o usuário não tenha acesso à Internet, este deverá solicitar o cadastro ao
administrador da rede local da sua OM.
Compartilhamento de Arquivos
Como acessar?
Todos os militares e servidores civis da MB podem fazer o uso do compartilhamento de
arquivos, desde que tenham cadastro no sistema de autenticação de acesso à
Internet (Internet Web), sendo possível usar o compartilhamento de arquivos fora da RECIM,
de qualquer local com acesso à Internet, bastando acessar o endereço:
www.compartilhamentodearquivos.mar.mil.br e preencher as informações de login e senha,
que serão solicitadas pelo sistema.
Compartilhamento de Arquivos
O que pode ser compartilhado?
Quaisquer arquivos relacionados ao serviço da MB podem ser compartilhados, sendo,
obrigatório, que os arquivos sigilosos estejam devidamente criptografados por recurso
criptológico homologado pela DCTIM.
Cópias não autorizadas de softwares originais e arquivos não relacionados com o serviço da
MB não deverão ser compartilhados.
Compartilhamento de Arquivos
Veja abaixo a tela de login do serviço de Compartilhamento de Arquivos da MB
Compartilhamento de Arquivos
Responsabilidade
Cada postagem é associada aos dados de acesso do usuário que a realizou e o sistema
mantém um registro de todos aqueles que baixaram o arquivo correspondente.
A responsabilidade pela segurança e legalidade dos arquivos publicados e baixados no site
de compartilhamento é dos usuários da ferramenta. Nesse sentido, relembra-se
que, de acordo com o Termo de Responsabilidade Individual (TRI), constante no
Apêndice I, Anexo A, da DGMM-0540 2ªRevisão, toda informação processada, armazenada
ou em trâmite no ambiente computacional da OM pode ser auditada.
Compartilhamento de Arquivos
Veja abaixo a tela de entrada do serviço de Compartilhamento de Arquivos da MB
Rede Marinha
O que é Rede Marinha?

A Rede Marinha é uma plataforma colaborativa para gestão do conhecimento disponível na


Intranet da MB, que integra os benefícios do compartilhamento de informações e a
colaboração, aliados aos efeitos de identidade e personalização das redes sociais
corporativas. Na qual encontra-se disponível para todos os militares e civis da MB.
Rede Marinha
Dentre as principais funcionalidades da Rede Marinha estão:

- disponibilizar um ambiente colaborativo para compartilhamento de informações, experiências


e treinamento em prol do interesse do serviço;
- conectar especialistas de diversas áreas de conhecimento;
- possibilitar a condução e coordenação de trabalhos em grupo;
- integrar grupos geograficamente dispersos para desempenho de trabalho colaborativo; e
- aplicar tecnologias colaborativas na Intranet.
Rede Marinha
Conduta no ambiente
É importante ressaltar que o comportamento no ambiente colaborativo Rede Marinha deve
ser compatível com o esperado no ambiente de trabalho, valorizando a atividade militar e as
tradições marinheiras, a hierarquia e a disciplina.
Como em qualquer outra forma de comunicação, todas as Normas e Regulamentos de
conduta e comportamento permanecem válidas neste ambiente.
Rede Marinha
Conduta no ambiente
O conteúdo das publicações devem estar relacionado, exclusivamente, ao
interesse do serviço. As informações de caráter pessoal deverão ser limitadas a
experiências profissionais, acadêmicas e de conveniência para o serviço. E, para facilitar a
identificação pelos demais usuários, é permitida a inclusão de fotografias associadas ao perfil
individual de acesso. Os militares deverão utilizar fotos em que se apresentem uniformizados
e os servidores civis trajes compatíveis com o ambiente de trabalho. Recomenda-se
o uso das mesmas disponibilizadas nos Sistemas de Pessoal e Identificação da MB.
Rede Marinha
Segurança da Informação e Comunicações
Todas as informações ou documentos sigilosos, para serem armazenados no ambiente
Rede Marinha, deverão ser, obrigatoriamente, criptografados, utilizando-se os recursos em
vigor da MB e observando-se as normas e procedimentos previstos pela DGMM, conforme
determina o item 3.6 do EMA-414 que dispõe sobre a salvaguarda de materiais controlados,
informações,documentos e materiais sigilosos na Marinha do Brasil.
Rede Marinha

Controle de Acesso
O administrador de rede da OM deverá cadastrar o usuário no sistema de
autenticação vigente na MB, habilitando a opção “Rede Marinha”.
Após o cadastro realizado pelo administrador da rede, o usuário acessará o link e entrará
com seu NIP e a senha utilizada no acesso à Internet. A tela de login será apresentada na
próxima página:
Rede Marinha
Ao logar-se, a seguinte tela será apresentada ao usuário:
Portal de Serviços da MB
O Portal de Serviços da MB, doravante denominado apenas de Portal, é uma aplicação que
permite aos militares e civis da MB, quando ausente de sua OM ou cumprindo missão fora da
MB, o acesso a alguns recursos de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC)
disponíveis na RECIM, como, por exemplo, sítios das OM na Intranet, correio eletrônico e
SiGDEM. O acesso é oferecido por intermédio de um sítio seguro (portal.marinha.mil.br),
mediante o emprego de login e senha específicos. As regras de concessão, utilização e
solicitação de acesso ao portal estão definidas em DCTIMARINST.
Portal de Serviço da MB
Veja abaixo a tela de login do serviço de Portal da MB
Portal de Serviço da MB
Veja abaixo a tela de entrada do serviço de Portal da MB
O que é plataforma Webex ?
 O Cisco Webex Meeting Center foi a ferramenta selecionada pela MB para colaboração
entre OM da Marinha e/ou entidades externas à MB.
 Permite acesso remoto às estações de trabalho da RECIM, por empresas externas para
realização de suporte técnico remoto.
 Possibilita adestramentos/cursos à distância, cujo assunto seja OSTENSIVO.

Colaboração
Compartilhamento
segura reunindo Conjunto de
de Documentos, Convites simples
pessoas para em integração com
aplicativo e para reuniões
qualquer lugar, a área de
de tela
usando voz, vídeo trabalho
Solicitando Reunião Virtual Webex
Responsável da OM
pela solicitação de OM solicita agendamento Suporte CTIM
Reunião Virtual por mensagem ao CTIM

O CTIM agenda a sala e


envia,por e-mail, o link da
reunião para o responsável
Responsável da OM
Solicitando Reunião Virtual Webex
pela solicitação de
Reunião Virtual

Responsável envia o link


recebido para demais
participantes da Reunião
Virtual

Usuários Externos
Recebem
o link

Usuários
(RECIM)
Recebem o link
Solicitando Reunião Virtual Webex

Usuários
(RECIM)
Usuários se conectam
Recebem o link
a plataforma Webex
utilizando o link recebido

Usuários Externos
Recebem
o link
Webex
Realizado por meio de Reunião Virtual.
Os usuários deverão seguir as orientações contidas no item
9.5.4 da DGMM-0540 2ª Revisão.
O ADMIN deverá registrar o acesso Webex no Histórico da
Rede Local.
Toda a ação do participante extra-MB deverá ser
acompanhada pelo participante da MB, sendo este
responsável por qualquer acesso não autorizado.
Funcionalidades do Webex
Compartilhamento de Aplicativos
Compartilhamento de Tela
Chat (interação com os participantes)
Quadro de Comunicação
Exibição de Video de todos os participantes
Reprodução de Áudio de todos os participantes
Moderação da Reunião (Apresentador)
Segurança Criptológica da Informação e
Comunicações

A segurança criptológica consiste no emprego de processos de codificação


ou cifração para alterar o conteúdo original da informação, de modo que sem o
uso dos mesmos códigos ou cifras a informação ficará incompreensível. As
informações digitais sigilosas devem trafegar e ser armazenadas cifradas,
utilizando os recursos criptográficos em vigor na MB.
Neste curso será falado apenas sobre o Orion e do Chamaeleon.
ORION
O Orion é aplicado na proteção de documentos sigilosos que
precisam ser enviados, bem como na assinatura de documentos, a
fim de garantir a sua autenticidade.
ORION
Funcionalidades
ORION
Operações Principais
ORION
Estrutura dos Arquivos

.QQ significa qualquer extensão, por exemplo: .ods, .pdf, .odt, etc.
ORION
Chaves e Certificados Orion
CHAMAELEON
Ferramenta utilizada para armazenamento de arquivos sigiloso de forma criptografada na estação de
trabalho.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Uso exclusivo da MB.

Criação de Unidades Virtuais Cifradas.

Software Homologado pela DCTIM.

Compatível com Sistemas Windows e LINUX.



Utilização de Algoritmo Criptográfico exclusivo da MB.
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Criação do Volume Cifrado
CHAMAELEON
Funcionamento do Software
CHAMAELEON
Funcionamento do Software
CHAMAELEON
Funcionamento do Software
CHAMAELEON
Funcionamento do Software
CHAMAELEON
Funcionamento do Software
Mensagem Final
Prezados Sargentos!
Em clima de despedida, gostaria de registrar nossa gratidão em poder compartilhar com os/as
senhores/senhoras acerca da estrutura de TI e principais ferramentas utilizadas na MB.
Parabenizo à todos, pois apesar das demandas do cotidiano, permaneceram até o final!
BRAVO ZULU!!!

“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la.” Cicero

Você também pode gostar