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25/05/2022 07:41 RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 958, DE 17 DE MAIO DE 2022 - RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 958, DE 17 DE MAIO DE 2022 - DOU - Imprensa Nacional

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO


Publicado em: 25/05/2022
| Edição: 98
| Seção: 1
| Página: 440
Órgão: Ministério da Infraestrutura/Conselho Nacional de Trânsito

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 958, DE 17 DE MAIO DE 2022

Dispõe sobre os limites de emissões de gases e partículas pelo


escapamento de veículos automotores, sua fiscalização pelos
agentes de trânsito, requisitos de controle de gases do cárter e
sons produzidos por equipamentos utilizados em veículos.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o


inciso I do art. 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB), e com base no que consta nos autos do processo administrativo nº 50000.033607/2021-87,
resolve:

CAPÍTULO I

DOS LIMITES DE EMISSÕES DA EMISSÃO DE GASES

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os limites de emissões de gases e partículas pelo
escapamento de veículos automotores, sua fiscalização pelos agentes de trânsito, requisitos de controle
de gases do cárter e sons produzidos por equipamentos utilizados em veículos.

Art. 2º Os limites de emissões de gases, partículas e os procedimentos de fiscalização a serem


praticados pelos órgãos de trânsito, estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) nº 418, de 25 de novembro de 2009, e suas sucedâneas, deverão observar o disposto
neste capítulo.

Art. 3º Para os veículos com motor do ciclo Otto, os limites máximos de emissão de
escapamento de CO  corrigido e HC  corrigido , de diluição e da velocidade angular do motor são os definidos
nas Tabelas 1 e 2:

Tabela 1 - Limites máximos de emissão de CO  corrigido  , em marcha lenta e a 2500 rpm para
veículos automotores com motor do ciclo Otto.

Ano de fabricação Limites de CO  corrigido  (%)


Gasolina Álcool Flex Gás Natural
Todos até 1979 6,0 6,0 - 6,0
1980 - 1988 5,0 5,0 - 5,0
1989 4,0 4,0 - 4,0
1990 e 1991 3,5 3,5 - 3,5
1992 - 1996 3,0 3,0 - 3,0
1997 - 2002 1,0 1,0 - 1,0
2003 - 2005 0,5 0,5 0,5 1,0
2006 em diante 0,3 0,5 0,3 1,0

Tabela 2 - Limites máximos de emissão de HC  corrigido  , em marcha lenta e a 2500 rpm para
veículos com motor do ciclo Otto.

Ano de fabricação Limites de HC  corrigido  (ppm de hexano)


Gasolina Álcool Flex Gás
Ate 1979 700 1100 - 700
1980 - 1988 700 1100 - 700
1989 700 1100 - 700
1990 e 1991 700 1100 - 700

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1992 - 1996 700 700 - 700


1997 - 2002 700 700 - 700
2003 - 2005 200 250 200 500
2006 em diante 100 250 100 500

§ 1º Para os casos de veículos que utilizam combustíveis líquido e gasoso, serão considerados
os limites de cada combustível.

§ 2º A velocidade angular de marcha lenta deverá estar na faixa de 600 a 1200 rpm e ser
estável dentro de ± 100 rpm.

§ 3º A velocidade angular em regime acelerado de 2500 rpm deve ter tolerância de ± 200 rpm.

§ 4º O fator de diluição dos gases de escapamento deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do
fator de diluição ser inferior a 1,0, este devera ser considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos valores
corrigidos de CO e HC.

Art. 4º Para os motociclos e similares, com motor do ciclo Otto, os limites máximos de emissão
de escapamento de CO corrigido e HC corrigido , são os definidos nas Tabelas 3 e 4.

Tabela 3 - Limites máximos de emissão de CO corrigido , HC corrigido em marcha lenta e de fator de


diluição(1) para motociclos e veículos similares com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2)

Ano de fabricação Cilindrada COcorr (%) HCcorr(ppm)


Até 2002 Todas 7,0 3500
2003 a 2009  < 250cc 6,0 2000
≥ 250cc 4,5 2000
A partir de 2010  < 250cc 2,5 600
≥ 250cc 2,0 400

(1) O fator de diluição deve ser no Máximo de 2,5.

(2)Os limites de emissão de gases se aplicam somente aos motociclos e veículos similares
equipados com motor do ciclo Otto de quatro tempos.

cc: Capacidade volumétrica do motor em cilindrada ou cm 3 .

Tabela 4 - Limites máximos de emissão de CO corrigido , HC corrigido em marcha lenta e de fator de


diluição(1) para motociclos e veículos similares com motor do ciclo Otto de 4 tempos(2), cujos fabricantes
comprovarem a homologação com valores superiores aos estipulados na Tabela 3

Ano de fabricação Cilindrada COcorr (%) HCcorr(ppm)


2009 a 2013 Todas 3,5 2000

§ 1º O fator de diluição dos gases de escapamento deve ser igual ou inferior a 2,5. No caso do
fator de diluição ser inferior a 1,0, este devera ser considerado como igual a 1,0, para o cálculo dos valores
corrigidos de CO e HC.

§ 2º A velocidade angular de marcha lenta devera ser estável dentro de uma faixa de 300 rpm e
não exceder os limites mínimo de 700 rpm e máximo de 1400 rpm.

Art. 5º Para os veículos automotores do ciclo Diesel, os limites máximos de opacidade em


aceleração livre são os valores certificados e divulgados pelo fabricante. Para veículos automotores do
ciclo Diesel que não tiverem seus limites máximos de opacidade em aceleração livre divulgados pelo
fabricante, são os estabelecidos nas Tabelas 5 e 6.

Tabela 5 - Limites máximos de opacidade em aceleração livre de veículos não abrangidos pela
Resolução CONAMA 16/95 (anteriores a ano-modelo 1996)

Tipo de Motor
Naturalmente Aspirado ou Turboalimentado com LDA (1) Turboalimentado
2,5 m -1  2,8 m -1 

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(1) LDA é o dispositivo de controle da bomba injetora de combustível para adequação do seu
debito a pressão do turboalimentador.

Tabela 6 - Limites de opacidade em aceleração livre de veículos a diesel posteriores a vigência


da Resolução CONAMA 16/95 (ano-modelo 1996 em diante)

Ano - Modelo Opacidade (m -1 )


1996 - 1999 2,8
2000 e posteriores 2,3

Art. 6º Os requisitos técnicos que regulamentam os procedimentos para a fiscalização de


veículos do ciclo Diesel e do ciclo Otto, motociclos e assemelhados do ciclo Otto são os constantes dos
Anexos I, II, III e IV.

CAPÍTULO II

DA FISCALIZAÇÃO DA EMISSÃO DE GASES

Art. 7º Para fins de fiscalização, aplicação de penalidades e medidas administrativas, quanto aos
níveis de gases, partículas poluentes e ruídos dos veículos em circulação, serão observados os índices
estabelecidos pelo CONAMA.

Parágrafo único. Os órgãos de trânsito e seus agentes devem observar os limites de emissões
de gases, partículas e os procedimentos de fiscalização constantes da Instrução Normativa do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) nº 6/2010 e suas alterações e
sucedâneas, nos termos desta Resolução.

Seção I

Dos Equipamentos de Fiscalização e Preenchimento do Auto de Infração de Trânsito

Art. 8º Sem prejuízo de outras exigências estabelecidas pelo CONAMA e pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), os equipamentos utilizados para fiscalização
metrológica de que trata esta Resolução devem obedecer, no mínimo, aos seguintes requisitos:

I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; e

II - ser aprovado na verificação metrológica inicial, eventual, em serviço e periódica, realizadas


de acordo com a regulamentação metrológica vigente.

§ 1º A verificação metrológica periódica deverá ser realizada com a seguinte periodicidade


máxima:

a) seis meses, no caso de equipamento para medição de poluentes em motores do ciclo Otto; e

b) doze meses, no caso de equipamento para medição de poluentes em motores do ciclo


Diesel.

§ 2º Caso configurem infração, os resultados obtidos na medição devem ser impressos e


juntados ou transcritos para o Auto de Infração de Trânsito (AIT).

§ 3º A fiscalização da concentração de ureia do Agente Redutor Líquido NOx Automotivo na


concentração de 32,5% (Arla 32) em uso nos reservatórios dos veículos, com utilização de equipamento
metrológico, pode ser realizada pelos agentes de fiscalização de trânsito.

Art. 9º O AIT, além das demais exigências contidas em normas específicas, deve ser preenchido,
no mínimo, com as seguintes informações:

I - medição realizada: resultado obtido pelo equipamento de medição no momento da


fiscalização;

II - valor considerado: valor considerado para infração, obtido subtraindo-se o erro máximo
admissível da medição realizada;

III - limite regulamentado: limite máximo permitido de acordo com as normas do CONAMA;

IV - nome, marca, modelo e número de série do equipamento utilizado na fiscalização; e

V - data da última verificação metrológica.


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§ 1º O erro máximo admissível é o limite de erro aceitável pela regulamentação metrológica na


verificação metrológica dos equipamentos de medição.

§ 2º No caso de fiscalização da concentração de ureia do Arla 32, o valor considerado será


qualquer valor situado fora do intervalo de 30 % a 35 % de concentração de ureia medido através de
refratômetro digital, quando aplicável.

Seção II

Da Fiscalização de Veículos Diesel com PBT acima de 3.856 kg, produzidos a partir de 2012

Art. 10. A fiscalização do sistema destinado ao controle de emissão de gases poluentes, para os
veículos pesados com motorização ciclo Diesel, produzidos a partir de 2012, será realizada de acordo com
as disposições desta seção, usando as seguintes definições:

I - Sistema destinado ao controle de emissão de gases poluentes: sistema destinado a atender


os limites de emissões definidos pela fase P7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores (PROCONVE) e suas fases sucedâneas, utilizando atualmente a tecnologia SCR (Selective
Catalytic Reduction) ou catalisador de redução seletiva ou EGR (Exhaust Gas Recirculation) ou recirculação
de gases de escapamento;

II - Redução Catalítica Seletiva - SCR : sistema composto por software de funcionamento, OBD,
LIM, sensores, sondas, reservatório de Arla 32, unidade de injeção do Arla 32, unidade de controle de
dosagem, catalisador, sistema de escapamento entre outros;

III - EGR: sistema composto por software de funcionamento, OBD, LIM, sensores, filtros de
partículas, catalisador, sistema de escapamento entre outros;

IV - Arla 32: é a abreviação para Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo, solução aquosa
composta por água desmineralizada e ureia em grau industrial, com características e especificações
definidas na Instrução Normativa do IBAMA nº 23, de 11 de julho de 2009, com concentração de 32,5%
ureia técnica de alta pureza em água desmineralizada, podendo conter traços de biureto e presença
limitada de aldeídos e outras substâncias, reagente, usado para o controle da emissão de óxidos de
nitrogênio (NOx) no gás de escapamento dos veículos e motores diesel equipados com os sistemas de
SCR;

V - Lâmpada indicadora de mau funcionamento (LIM): é o meio visível que informa ao condutor
do veículo e ao agente de trânsito um mau funcionamento do sistema de controle de emissões;

VI - Sistema OBD: Sistema de Autodiagnose de Bordo utilizado no controle de emissões com a


capacidade de detectar a ocorrência de falhas e de identificar sua localização provável por meio de
códigos de falha armazenados na memória do sistema eletrônico do gerenciamento do motor e transferi-
los a um equipamento computadorizado;

VII - Veículo pesado: veículo automotor para o transporte de passageiros e/ou carga, com
massa total máxima autorizada maior que 3.856 kg (três mil oitocentos e cinquenta e seis quilogramas) ou
massa do veículo em ordem de marcha maior que 2.720 kg (dois mil setecentos e vinte quilogramas),
projetado para o transporte de passageiros e/ou carga;

VIII - Negro de Eriocromo T: reagente indicador de complexação, o qual indica com


fidedignidade a utilização de água comum, com presença de minerais, água não desmineralizada, situação
em que a reação apresenta a cor entre o rosa e o violeta, e a cor azul quando utilizada água
desmineralizada, isenta de minerais.

Art. 11. A fiscalização do sistema destinado ao controle de emissão de gases poluentes, pode ser
realizada mediante inspeção visual, utilização de leitor de OBD, ou da LIM no painel do veículo.

Parágrafo único. A fiscalização descrita no caput não restringe ou impede a fiscalização dos
limites de emissões por meio de outros equipamentos para medição de emissões poluentes,
regulamentados nesta Resolução ou outro dispositivo legal que venha a complementá-la.

Art. 12. Os agentes de fiscalização de trânsito podem realizar coleta do líquido do reservatório
de Arla 32 do veículo para posterior análise pericial.

Art. 13. A verificação do líquido em uso no reservatório de Arla 32 do veículo pode também ser
realizada por meio do uso de teste colorimétrico utilizando o reagente Negro de Eriocromo T.
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Art. 14. É proibida a alteração do reservatório original e do sistema de injeção de Arla 32.

Parágrafo único. A viabilidade de instalação de reservatório adicional de Arla 32 deverá ser


objeto de estudo no âmbito da Câmara Temática de Assuntos Veiculares, Ambientais e Transporte
Rodoviário (CTVAT).

CAPÍTULO III

DOS REQUISITOS DE CONTROLE DE EMISSÃO DE GASES DO CÁRTER DE MOTORES


VEICULARES

Art. 15. Os veículos automotores produzidos ou importados de quatro ou mais rodas, com peso
superior a 400 kg e velocidade máxima superior a 50 km/h, movidos a gasolina, devem ser dotados de
sistema de controle de emissão dos gases do cárter do motor que atenda às exigências estabelecidas no
Anexo V.

Art. 16. A conformidade de modelo do veículo com as exigências constantes do Anexo V será
comprovada por atestado emitido próprio fabricante, importador ou por instituto especializado, por meio
de ensaios realizados em seus laboratórios.

CAPÍTULO IV

DA FISCALIZAÇÃO DE SONS PRODUZIDOS POR EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM VEÍCULOS

Art. 17. Fica proibida a utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que
produza som audível pelo lado externo, independentemente do volume ou frequência, que perturbe o
sossego público, nas vias terrestres abertas à circulação.

Parágrafo único. O agente de trânsito deve registrar, no campo de observações do AIT, a forma
de constatação do fato gerador da infração.

Art. 18. Excetuam-se do disposto no art. 16 os ruídos produzidos por:

I - buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha a ré, sirenes, pelo motor e demais componentes
obrigatórios do próprio veículo;

lI - veículos prestadores de serviço com emissão sonora de publicidade, divulgação,


entretenimento e comunicação, desde que estejam portando autorização emitida pelo órgão ou entidade
local competente; e

III - veículos de competição e os de entretenimento público, somente nos locais de competição


ou de apresentação devidamente estabelecidos e permitidos pelas autoridades competentes.

CAPÍTULO V

DAS SANÇÕES

Art. 19. O descumprimento do disposto nesta Resolução implicará, conforme o caso, na


aplicação ao infrator das penalidades e medidas administrativas previstas no CTB:

I - art. 228: veículo utilizando equipamento com som em volume ou frequência em desacordo
com o permitido nesta Resolução;

II - art. 229: veículo utilizando aparelho de alarme ou que produza sons e ruído que perturbem o
sossego público, em desacordo com o permitido nesta Resolução;

III - art. 230, inciso IX:

a) identificação, por meio de leitor de OBD, de emissão de NOx superior a 3,5 g/kWh por mais
de 48 h de operação do motor;

b) identificação de falhas no sistema de controle de emissões de gases registradas e


identificadas por meio de leitor de OBD ou computador de bordo por mais de 48 h;

c) falta de fusível ou fusível danificado do sistema de controle de emissões de gases;

d) catalisador ausente ou danificado;

e) reservatório sem Arla 32, ou abastecido com água ou outro líquido;

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f) reservatório com Arla 32 adulterado ou irregular, verificado com refratômetro ou reagente


negro de Eriocromo T;

g) utilização de emulador ou chip que altera o funcionamento do sistema;

h) qualquer outro componente do sistema de controle de emissões de gases desconectado,


obstruído, danificado ou suprimido que impeça seu correto funcionamento; e

i) utilização de combustível com especificação técnica diferente do especificado pela legislação


vigente ou PROCONVE;

IV - art. 230, inciso XII: veículo com alteração no reservatório original de Arla 32 ou no sistema
de injeção; e

V - art. 231, inciso III: produzindo gases ou partículas em níveis superiores aos estabelecidos
pelo CONAMA.

§ 1º Deve constar no campo de observações do AIT a situação verificada que configurou a


infração.

§ 2º Os tipos infracionais e as situações descritas nos incisos e alíneas deste artigo não afastam
a possibilidade de aplicação de outras infrações, penalidades e medidas administrativas previstas no CTB.

Art. 20. Não configura infração a substituição parcial ou total do sistema de escapamento
original por outro similar, desde que respeitados os limites de emissões de gases e poluentes e seja
certificado pelo INMETRO.

Art. 21. Os atos administrativos decorrentes da presente Resolução não elidem as punições
originárias de ilícitos penais, conforme disposições de Lei.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 22. Os Anexos desta Resolução encontram-se disponíveis no sítio eletrônico do órgão
máximo executivo de trânsito da União.

Art. 23. Fica revogada a observação 9 do anexo V da Resolução CONTRAN nº 916, de 28 de


março de 2022, e as Resoluções CONTRAN:

I - nº 507, de 30 de setembro de 1976;

II - nº 451, de 28 de agosto de 2013;

III - nº 452, de 26 de setembro de 2013;

IV - nº 624, de 19 de outubro de 2016; e

V - nº 666, de 18 de março de 2017.

Art. 24. Esta Resolução entra em vigor em 1º de junho de 2022.

BRUNO EUSTÁQUIO FERREIRA CASTRO DE


CARVALHO
Presidente do ConselhoEm exercício

MARCELO LOPES DA PONTE


p/ Ministério da Educação

ANDRÉ LARANJA SÁ CORRÊA


p/ Ministério da Defesa

SILVINEI VASQUES
p/ Ministério da Justiça e Segurança Pública

PAULINO FRANCO DE CARVALHO NETO


p/ Ministério das Relações Exteriores

DANIELLA MARQUES CONSENTINO


p/ Ministério da Economia

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

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ANEXO I

DEFINIÇÕES

CO: monóxido de carbono contido nos gases de escapamento, medido em % em volume.


COcorrigido: é o valor medido de monóxido de carbono e corrigido quanto a diluição dos gases amostrados,
conforme a expressão:
15
COcorrigido = ---------------------------- x COmedido
(CO + CO2)medido

HCcorrigido: e o valor medido de HC e corrigido quanto a diluição dos gases amostrados, conforme a expressão:
15
HCcorrigido = ---------------------------- x HCmedido
(CO + CO2)medido

Fator de diluição dos gases de escapamento: e a razão volumétrica de diluição da amostra de gases de
escapamento devida a entrada de ar no sistema, dada pela expressão:
15
HCcorrigido =
(CO + CO2)medido

Marcha Lenta: regime de trabalho em que a velocidade angular do motor especificada pelo fabricante deve ser
mantida durante a operação do motor sem carga e com os controles do sistema de alimentação de combustivel, acelerador e
afogador, na posição de repouso.
Motor do ciclo Diesel: motor que funciona segundo o principio de ignição por compressão.
Motor do ciclo Otto: motor que possui ignição por centelha.
Opacidade: medida de absorção de luz sofrida por um feixe luminoso ao atravessar uma coluna de gás de
escapamento, expressa em m-1, entre os fluxos de luz emergente e incidente.
Veículo bi-combustivel: Veiculo com dois tanques distintos para combustiveis diferentes, excluindo-se o
reservatório auxiliar de partida.
Veículo flex: Veiculo que pode funcionar com gasolina ou álcool etilico hidratado combustivel ou qualquer
mistura desses dois combustiveis num mesmo tanque.

ANEXO II

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DE VEÍCULOS DO CICLO DIESEL

1. As medições devem ser realizadas com opacímetro que atenda à Norma NBR 12897 - Emprego do
Opacímetro para Medição do Teor de Fuligem de Motor Diesel - Método de Absorção de Luz, desde que seja correlacionável
com um opacímetro de amostragem com 0,43m de comprimento efetivo da trajetória da luz através do gás e certificado pelo
INMETRO.
2. Para a execução das medições da opacidade da fumaça, o agente de fiscalização seguirá a sequência abaixo
descrita, que deverá ser orientada pelo software de gerenciamento da inspeção instalado no computador do equipamento.
2.1 Instalar o medidor de velocidade angular
2.2 Informar ao software de gerenciamento da inspeção as velocidades angulares de marcha lenta e de
máxima livre (corte). A fim de preservar a integridade mecânica do veículo acelerar lentamente o motor e observar os valores
de velocidade angular atingidos, certificando- se de sua conformidade com as especificações dos fabricantes.
2.3 Para a verificação, o motor deverá funcionar sem carga para a medição e registro do valor da RPM marcha
lenta , por até 10 segundos e, em seguida, deve ser acelerado lentamente desde a rotação de marcha lenta até atingir a
RPMmáx.livre , certificando-se de suas estabilizações nas faixas recomendadas pelo fabricante, com a tolerância adicional de
+100 RPM e –200 RPM na RPMmáx. livre e de +/- 100 RPM, para a rotação de marcha lenta;
2.4 Se o valor de velocidade angular de máxima livre registrado não atender ao valor especificado, o veículo
será considerado “REPROVADO”;
2.5 Se o valor encontrado para a marcha lenta estiver fora da faixa especificada, o veículo será considerado
REPROVADO, mas deverá ser submetido à medição da opacidade;
2.6 Se as velocidades angulares de marcha lenta e de máxima livre não forem conhecidas, o software de
gerenciamento da inspeção poderá fazer a sua determinação de forma a constatar que o limitador de RPM está operando
adequadamente, de acordo com as características do motor. Os valores assim determinados serão a base para definição das
faixas aceitáveis de medição da velocidade angular com a tolerância adicional de +100 RPM e –200 RPM na RPMmáx. livre e de
+/-100 RPM, para a rotação de marcha lenta;
2.7 Se ocorrer alguma anormalidade durante a aceleração do motor, o agente de fiscalização deverá
desacelerar imediatamente o veículo, que também será considerado “REJEITADO”, por funcionamento irregular do motor;
2.8 Após a comprovação de que as rotações de marcha lenta e de corte estão conformes, o veículo estará apto
a ser inspecionado com relação à opacidade da fumaça;
2.9 Posicionar a sonda do opacímetro introduzindo pelo menos 300 mm no escapamento do veículo, com o
motor em RPMmarcha lenta;
2.10 Se o agente de fiscalização tiver observado que o motor apresenta emissão excessiva de fumaça preta,
antes de iniciar o procedimento completo de medição deve acelerar o motor por duas vezes até a RPM máx. livre , inserir a
sonda no tubo de escapamento e acelerar até cerca de 75% da rotação de corte, por até 5s, e verificar o valor máximo de
opacidade registrado.
Se esse valor for superior a 7,0m-1, o procedimento de medição será interrompido e o veículo será considerado
“REPROVADO”;
2.11 Para a realização do procedimento completo da medição da opacidade, o acelerador deverá ser acionado
de modo continuo e rapidamente (no máximo em 1s), sem golpes, até atingir o final de seu curso. Deverão ser registrados os
tempos de aceleração entre o limite superior da faixa de rotação de marcha lenta e o limite inferior da faixa de
rotação demáxima livre;
2.12 Manter a posição do acelerador descrita no item 2.11 até que o motor estabilize na faixa de rotação
máxima, permanecendo nesta condição por um tempo máximo de 5 segundos. Desacionar o acelerador e aguardar que o
motor estabilize na RPMmarcha lenta e que o opacímetro retorne ao valor original obtido nessa mesma condição. O valor
máximo da opacidade atingido durante esta seqüência de operações deve ser registrado como a opacidade medida,
juntamente com o valor da rotação máxima atingida;
2.13 Para a próxima leitura, repetir o procedimento descrito nos itens 2.11 e 2.12 reacelerando, no máximo,
em 5 segundos após a última estabilização em marcha lenta;
2.14 Se em determinada aceleração, a rotação máxima atingida estiver abaixo da faixa de rotação de corte
especificada com as respectivas tolerâncias, o valor máximo de opacidade verificado não será registrado e a operação será
desprezada devendo ser repetida;
2.15 Se ocorrer, em três acelerações consecutivas que a rotação máxima atingida esteja abaixo da faixa de
rotação de corte especificada com as respectivas tolerâncias, o veículo é “REPROVADO;
2.16 Em cada aceleração, se o tempo de elevação da rotação desde o limite superior da faixa de rotação de
marcha lenta até o limite inferior da faixa de rotação de máxima livre registrado ultrapassar 4,5s, a aceleração será
desconsiderada e uma nova aceleração será realizada em seu lugar. Se essa mesma condição ocorrer pela terceira vez
durante o teste de aceleração livre, o teste será interrompido e o veículo será “REJEITADO”, por funcionamento irregular do
motor (representado na Figura 1);
Figura 1 - Procedimento de Aceleração Livre – Tempos de Medição

NML : Rotação de Marcha Lenta


NMLmin :Rotação de Marcha Lenta Mínima NMLmax : Rotação de Marcha Lenta Máxima NRC : Rotação de
Máxima Livre (Corte)
NRCmin : Rotação de Máxima Livre (Corte) Mínima NRCmax :Rotação de Máxima Livre (Corte) Máxima tA :
Tempo de aceleração registrado
tB : Tempo de aceleração (o aumento da aceleração deve ser linear)
tx : Tempo de medição depois de atingida a rotação de máxima livre (conforme especificação do fabricante do
motor ou 0,5 s ≤ tx ≤ 5,0 s)
tM : Tempo de medição = tB + tX
tH : Tempo de acelerador acionado = tM + mínimo 1 s.
tL: Tempo entre acelerações = máximo 5 s após estabilização do valor de opacidade no regime de marcha lenta.

2.17 O procedimento de medição descrito em 2.11 a 2.16 deve ser realizado de 4 a 10 vezes e o cálculo dos
resultados deve ser efetuado conforme segue;

a) Desprezando-se a primeira aceleração para eliminação de resíduos acumulados no escapamento, os valores


de opacidade obtidos em três medições consecutivas a partir da segunda medição inclusive, devem ser analisados e só
podem ser considerados válidos quando a diferença entre o valor máximo e o mínimo neste intervalo não for superior a
0,5m-1;
b) O primeiro grupo de três valores consecutivos que atenda às condições de variação determinadas no
subitem acima, é considerado como o grupo de medições válidas, encerrando-se o ensaio;
c) O resultado do ensaio é a média aritmética dos três valores consecutivos válidos, assim selecionados.

3. Em caso de atendimento aos limites de emissão e de velocidades angulares previstos para a marca/modelo
do motor, e de o veículo ter sido aprovado na inspeção visual, o mesmo será considerado APROVADO e será emitido o
Certificado de Aprovação do Veículo. Em caso contrário, o veículo será considerado REPROVADO e será emitido o Relatório de
Inspeção do Veículo.
4. Além do Certificado de Aprovação do Veículo, os veículos aprovados poderão receber, a critério do órgão
responsável, um selo de aprovação da inspeção.
5. O Certificado de Aprovação do Veículo deverá informar os limites e os valores obtidos nas medições de
rotações e opacidade.
6. O Relatório de Inspeção do Veículo deverá informar os limites e, quando medidos, os valores obtidos nas
medições, bem como os itens de reprovação na inspeção visual, quando se tratar de REPROVAÇÃO e os itens não atendidos
na pré-inspeção visual, quando se tratar de REJEIÇÃO.
7. Ao término do ensaio, com a sonda desconectada do sistema de escapamento, deve ser verificado o zero do
opacímetro conforme prescrição do seu fabricante.
8. O opacímetro nunca deve, em qualquer condição de uso, estar posicionado na direção da fumaça do
escapamento, inclusive quando da realização do zero da escala.

ANEXO III

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DE VEÍCULOS DO CICLO OTTO, EXCETO MOTOCICLOS E ASSEMELHADOS

1. Para a execução das medições de emissões de gases, o agente de fiscalização deverá seguir a sequência
abaixo descrita (Figura 1):
a) Posicionar a sonda no escapamento do veículo, introduzindo pelo menos 300 mm. Para assegurar o
correto posicionamento da sonda, o analisador de gases deve interromper a medição se o valor medido de
CO2 for inferior a 3%
b) Previamente à medição dos gases de escapamento, deverá ser realizada a descontaminação do óleo do
cárter mediante a aceleração em velocidade angular constante, de 2500 ± 200 RPM, sem carga e sem uso do
afogador, quando existente, durante um período mínimo de 30 segundos.
c) Após a descontaminação de 30 segundos, o equipamento analisador de gases deve iniciar,
automaticamente, a medição dos níveis de concentração de CO, HC e CO2 a 2500 RPM ± 200 RPM, sem
carga, e enviar os resultados ao computador de gerenciamento da inspeção que os registrará e calculará o
fator de diluição dos gases de escapamento do veículo.
d) Se o fator de diluição resultar superior a 2,5 o posicionamento da sonda de amostragem deve ser
verificado e o ensaio reiniciado. Caso persista o valor elevado para a diluição, o veículo deve ser reprovado.
e) Para efeito da correção dos valores medidos de CO e HC, quando o fator de diluição resultar em valor
inferior à unidade, o mesmo deverá ser arredondado para 1,0.
f) Se os valores medidos atenderem aos limites estabelecidos, o motor deverá ser desacelerado e novas
medições deverão ser realizadas sob o regime de marcha lenta. Em caso de atendimento aos limites de
emissão nos dois regimes de funcionamento e o veículo tiver sido aprovado na inspeção visual e na
verificação da rotação de marcha lenta, este será APROVADO, sendo emitido o certificado de Aprovação do
Veículo. Havendo reprovação na inspeção visual e/ou na verificação da rotação de marcha lenta, o
ensaio é encerrado, e o veículo será REPROVADO, sendo emitido o Relatório de Inspeção do
Veículo
g) Se os valores de CO e/ou HC medidos em regime de 2500 ± 200 RPM após a descontaminação de 30
segundos, não atenderem aos limites estabelecidos, o veículo tiver sido aprovado na inspeção visual e na
verificação da rotação de marcha lenta e a emissão de HC for inferior a 2000ppm, o motor deve ser mantido
nesta faixa de rotação por um período total de até 180 segundos.
h) Durante esse tempo o equipamento deverá efetuar medições sucessivas dos níveis de concentração de
CO, HC e diluição dos gases de escapamento.
i) Tão logo o equipamento obtenha resultado que possibilite a aprovação do veículo durante o limite de
180 segundos, o motor deverá ser desacelerado e novas medições deverão ser realizadas sob o regime de
marcha lenta.
j) Em caso de atendimento aos limites de emissão e todos os demais itens inspecionados estiverem
aprovados, o veículo está APROVADO e é emitido o certificado de Aprovação do Veículo. Em caso contrário,
o veículo está REPROVADO e é emitido o Relatório de Inspeção do Veículo.
a) Se, depois de decorrido o tempo de 180 segundos, os resultados das medições ainda estiverem acima
dos limites, o motor deverá ser desacelerado, devendo, entretanto, ser feita a medição no regime de
marcha lenta e o veículo será REPROVADO e emitido o Relatório de Inspeção do Veículo.
b) Se os valores de CO e HC medidos em regime de 2500 ± 200 RPM após a descontaminação de 30
segundos, não atenderem aos limites estabelecidos, ou o veículo não tiver sido aprovado na inspeção visual
ou na verificação da rotação de marcha lenta ou no fator de diluição, ele é REPROVADO, devendo,
entretanto, ser feita a medição no regime de marcha lenta.
c) Em qualquer etapa das medições, se a emissão de HC for superior a 2000ppm o ensaio será interrompido
para não danificar os analisadores e o veículo está REPROVADO.
Figura 1 – Ilustração gráfica da sequência de medições de gases

2. O Certificado de Aprovação do Veículo deverá informar os limites e os valores obtidos nas medições.
3 . O Relatório de Inspeção do Veículo deverá informar os limites e os valores obtidos nas medições, bem como
os itens de reprovação na inspeção visual, quando se tratar de REPROVAÇÃO e os itens não atendidos na pré-inspeção visual,
quando se tratar de REJEIÇÃO.
4. Além do Certificado de Aprovação do Veículo, os veículos aprovados poderão receber, a critério do órgão
responsável, um selo de aprovação da inspeção.
5. Antes da medição o analisador de gases deve garantir concentrações residuais de HC inferiores a 20 PPM.

ANEXO IV

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO DE MOTOCICLOS E ASSEMELHADOS DO CICLO OTTO

1. Para a execução das medições de emissões de gases, o agente de fiscalização deverá seguir a
sequência descrita a seguir:
a) Instalar um dispositivo de adaptação aos escapamentos dos veículos que permitam que a tomada de ar da
amostra não seja afetada pela entrada de ar externo ou pelos pulsos da exaustão dos gases do motor, conforme os modelos
constantes das Figuras I e III.

Figura I – Adaptador externo com coifa flexível

O tubo extensor reto deve possuir, pelo menos, 400 mm de comprimento e diâmetro máximo de 60 mm, onde
deve ser posicionada a sonda de amostragem, seja pela extremidade de saída ou incorporada no tubo extensor. O extensor
deve ser ajustado à ponteira do tubo de escapamento por meio de acoplamento flexível (Figura II), que amorteça as
vibrações do escapamento e as pulsações dos gases e seja estanque à entrada de ar externo.

Figura II – Exemplo de extensão com sonda móvel e coifa flexível


Figura III - Adaptador interno

Outras configurações podem ser usadas, desde que possibilitem tomadas de amostra representativa e
resultados equivalentes aos obtidos com a configuração recomendada.
b) O veículo deve estar posicionado de maneira perpendicular ao plano do solo, com suas rodas apoiadas no
solo, e com o motor em marcha lenta.
c) Antes da realização da medição de gases o agente de fiscalização deve se certificar de que o veículo esteja
com o acelerador na posição de repouso.
d) Posicionada a sonda no dispositivo de captação dos gases descrito acima, o equipamento analisador de
gases deve efetuar medição de CO, CO2 e HC em regime de marcha lenta enquanto registra o valor médio dessa rotação e
enviar os resultados ao computador de gerenciamento da inspeção que os registrará e calculará o fator de diluição dos gases
de escapamento do veículo. Para assegurar o correto posicionamento da sonda, o analisador de gases deve interromper a
medição se o valor medido de CO2 for inferior a 3%.
e) Se o valor encontrado para a rotação de marcha lenta estiver fora da faixa especificada o veículo será
REPROVADO.
f) Se o fator de diluição resultar superior a 2,5 o posicionamento da sonda de amostragem deve ser verificado e
o ensaio reiniciado. Caso persista o valor elevado para a diluição, na segunda tentativa, o veículo deve ser REPROVADO,
exceto nos casos especialmente autorizados em razão de dificuldades na adaptação da sonda ao tubo de escapamento. Para
efeito da correção dos valores medidos de CO e HC, quando o fator de diluição resultar em valor inferior à unidade, o mesmo
deverá ser arredondado para 1,0.
g) Em qualquer etapa das medições, se a emissão de HC for superior a 5000 ppm o ensaio deve ser
interrompido para não contaminar os analisadores e o veículo será REPROVADO.
h) Se os valores corrigidos de CO e HC não atenderem aos padrões de emissão estabelecidos, o motor deve ser
acelerado rapidamente por três vezes consecutivas, retornar para o regime de marcha lenta e nova medição deve ser
realizada. Na eventualidade de os novos valores corrigidos de CO e HC também não atenderem aos limites estabelecidos, o
veículo será REPROVADO.
i) Em caso de atendimento aos limites de emissão e do veículo ter sido aprovado na inspeção visual e na
verificação da rotação de marcha lenta, este será APROVADO e sendo emitido o certificado de Aprovação do Veículo. Em caso
contrário, o veículo será REPROVADO e sendo emitido o Relatório de Inspeção do Veículo.
j) Os veículos derivados de motociclos poderão ter a emissão dos gases de exaustão medida de forma similar à
estabelecida para os veículos dos quais derivam.

2. O Certificado de Aprovação do Veículo deverá informar os limites e os valores obtidos nas medições.
3. O Relatório de Inspeção do Veículo deverá informar os limites e os valores obtidos nas medições e os itens
não atendidos na inspeção visual, quando se tratar de REPROVAÇÃO, ou os itens não atendidos na pré-inspeção visual,
quando se tratar de REJEIÇÃO.
4. Os veículos aprovados deverão receber um Certificado de Aprovação do Veículo.
5. Antes da medição o analisador de gases deve garantir concentrações residuais de HC inferiores a 20 ppm.

ANEXO V
REQUISITOS DE CONTROLE DE EMISSÃO DE GASES DO CÁRTER

1. PADRÃO ADMISSÍVEL:
A massa de hidrocarbonetos contidos nos gases do caráter não respirados pelo motor deve ser inferior a 0.15%
da massa de combustivel consumido pelo motor.

2. GENERALIDADE:
2.1. CAMPO DE APLICAÇÃO:
Este documento se aplica aos motores de combustão interna movidos a gasolina, exceto os de duas ou três
rodas cujo peso máximo é inferior a 400 Kg e/ou cuja velocidade máxima de projeto não atinge 50 km/h.
2.2. DEFINIÇÕES:
Para o efeito deste documento considera-se como:
2.2.1. CÁRTER:
Todos recipientes ou dutos do motor, internos ou externos a este que tenham conexão com seus depósitos de
óleo de lubrificação, seja por passagens internas ou externas através das quais podem escapar gases e vapores.
2.2.2. PESO MÁXIMO:
O maior peso de veículo, tecnicamente admissível conforme declarado pelo seu fabricante.
2.2.3. VELOCIDADE MÁXIMA DE PROJETO:
A maior velocidade que o veículo poderá atingir no plano horizontal com seu motor não excedendo a rotação
máxima especificada pelo fabricante.
2.2.4. PESO DE REFERÊNCIA:
Por peso de referência de veículo em ordem de marcha mais um peso adicional de 120 Kg. O peso de veículo
em ordem de marcha é o peso correspondente ao peso total em vazio, com os reservatórios cheios ( exceto o tanque de
combustivel, abastecido até 50% de sua capacidade), ferramentas e a roda sobressalente.

3. CONDIÇÕES DE ENSAIO:
3.1. A marcha lenta será regulada segundo as recomendações do fabricante. Na falta destas, a regulagem se
fará de maneira que a depressão no coletor apresente o valor máximo. O motor deverá ter sido submetido a um período de
amaciamento equivalente a 3.000 Km no mínimo.
3.2. As medições serão feitas nas três condições de funcionamento do motor a seguir indicadas:

VELOCIDADE DO VEÍCULO DEPRESSÃO NO COLETOR


Nº FATOR DE AVALIAÇÃO
(km/h) (mm de Hg)

1 marcha lenta 0,25

2 50 ± 2 400 ± 8 0,25

3 50 ± 2 250 ± 8 0,50

3.3. Quando o motor puder funcionar com uma depressão de 400 mm de Hg, a depressão será regulada de
modo a ser equivalente a depressão constatada no veículo em estrada plana de 50 Km/h, estando o veículo com o peso de
referência. A depressão neste caso, para a condição 3 será o valor obtido na condição acima descrita, multiplicada pelo fator
250/400 = 0,625.
3.4. O número de rotação do motor para os pontos de medição nºs 2 e 3 estabelecidos no item 3.2 supra será
escolhido, em função das relações da transmissão, como o número mais baixo de rotações do motor que permite ao veículo
rodar a uma velocidade de 50 km/h em condições normais de funcionamento.

4. MÉTODO DE ENSAIO:
4.1. Para cada uma das condições de medição nºs 1, 2 e 3 definidos no item 3.2 acima, executar-se-ão as
seguintes medições:
4.1.1. Do volume Qn não reaspirado pelo dispositivo durante unidade de tempo.
4.1.2. Do consumo Cn de combustivel em gramas durante a mesma unidade de tempo.
4 . 2. Os volumes Qn, medidos segundo o item 5.6 em cada um dos pontos de medição, serão recalculados
para as condições normais ( pressão de 760 mm de Hg e temperatura de 0º C ) , conforme a fórmula seguinte:

Qn = Qn H x 273/ 760 T

Sendo: H = pressão em mm de Hg
T = temperatura em graus Kelvin
4.3 O teor t em volume de hidrocarbonetos deve ser medido segundo o item 5.4 abaixo. A análise dos gases do
caráter poderá ser omitida, sendo que neste caso se lhe atribuirá um teor de hidrocarbonetos de 15.000 ppm.
4. 4 Atribuir-se-á aos hidrocarbonetos uma massa volumétrica de 3,84 g/1. Para cada ponto de medição o peso
de hidrocarbonetos será determinado pela fórmula:

Pn = Qn x t x 3,84

Sendo que Qn = volume recalculado


4.5 O peso médio P dos hidrocarbonetos e o consumo C de combustivel serão calculados a partir dos valores
obtidos para cada um dos pontos de medição utilizando os fatores de avaliação indicados no item 3.2 supra. Estes valores
serão expressos nas mesmas unidades.
4.6 Interpretação dos resultados das medições. Considerar-se-á que o veículo atende às prescrições se:

P < = 0,15 x / 100

5. Método de medição de Qn ( quantidade de gases emitidos pelo caráter e não reaspirados pelo dispositivo ).
5.1 Precauções antes do ensaio - Antes do ensaio deve-se fechar todos os orifícios que não sejam necessários à
reaspiração dos gases.
5.2 Princípio de método
5.2.1 No circuito de reaspiração do dispositivo, diretamente na saída do motor, instala-se um desvio
apropriado, o qual não possa provocar nenhuma perda adicional de pressão.
5.2.2 Na saída do referido desvio liga-se uma bolsa mole, de um material que não absorva os hidrocarbonetos.
A bolsa destina-se a coletar os gases não reaspirados pelo motor (ver figura). A bolsa é esvaziada após cada medição.
5.3 Método de Medição
Antes de cada medição a bolsa é fechada. Durante um determinado período de tempo a bolsa é ligada ao
desvio, sendo depois esvaziada através de um integrador volumétrico adequado. Durante a operação de esvaziamento
medem-se a pressão H ( em mm de Hg ) e a temperatura N (em ºC), a fim de recalcular o volume segundo o item 4.2.
5.4 Medições dos teores de hidrocarbonetos.
5.4.1 Se for o caso, durante a operação, de esvaziamento, se fará a medição do teor de hidrocarboneto
mediante um analisador infra-vermelho não dispersivo e sensibilizado a n - hexano. O valor obtido será multiplicado pelo
coeficiente 1,24 para levar em conta a concentração absoluta de hidrocarbonetos dos gases do cárter.
5.4.2 Os analisadores e os gases-padrão devem atender as seguintes especificações:
5.4.2.1 Os analisadores deverão ter um campo de medição que permite medir com precisão requerida de ± 3%
os teores dos diversos constituintes, sem considerar a exatidão dos gases-padrão. A resposta global do circuito de análise
deverá ser inferior a 1 minuto.
5.4.2.2 O teor de gás de ensaio não pode variar mais do que ± 2% em relação ao valor de referência de cada
um dos gases. O suporte diluente será o nitrogênio.
5.5 Medição do consumo de combustivel.
Determinar-se-á o peso do combustivel consumido durante cada uma das condições de funcionamento
definidas no item 3.2. Este peso deve ser posto em referência com a unidade de tempo.
5.6 Expressão dos resultados das medições.
Os valores Q'n - referindo-se " n " a cada uma das condições de funcionamento indicadas no item 3.2- , bem
como os valores Cn serão referidos à mesma unidade de tempo, para efeito de aplicação dos coeficientes de avaliação e dos
cálculos relativos à determinação do peso avaliado de hidrocarbonetos e do consumo avaliado de combustivel.
5.7 Exatidão das medições.
5.7.1 A pressão reinante na bolsa coletora durante as medições de volume ser medida com exatidão de ± 1
mm de Hg.
5.7.2 A depressão de tubo de admissão ser medida com exatidão de ± 8 mm de Hg.
5.7.3 A velocidade de veículo ser aferida nos rolos sendo medida com exatidão de ± 2 km/h.
5.7.4 A quantidade de gases emitidos será medida com precisão de ± 5%.
5.7.5 A temperatura dos gases na medição do volume será medida com precisão de ± 2ºC.
5.7.7 O consumo de combustivel será medido com exatidão de ± 4 % .

6. ENSAIO OPCIONAL:
6.1 O veículo deve ser considerado como atendendo ao padrão admissível se em cada condição definida no
item 3.2 acima for feita uma verificação para se assegurar de que o sistema de ventilação ou de recirculação dos gases do
cárter é capaz de recircular a totalidade dos gases que poderiam ser emitidos para a atmosfera.
6.2 Os requisitos dos parágrafos 3 e 5.7 se aplicam a este método de ensaio.
6.3 Regras práticas de ensaio.
6.3.1 Método Geral.
6.3.1.1 As aberturas do motor devem ser deixadas inalteradas.
6.3.1.2 A pressão do cárter deve ser medida no furo de montagem da vareta de medição do nível do óleo.
Deverá ser medida com um manômetro de tubo de água inclinado.
6.3.1.3 O veículo deve ser considerado como atendendo ao padrão admissível se em cada condição de
medição definida no item 3.2 acima a pressão medida no cárter não exceder a pressão atmosférica constatada na hora da
leitura das pressões.
6.3.1.4 Se uma das condições de medição definida no item 3.2 a pressão medida no cárter exceder a pressão
atmosférica um ensaio adicional, conforme o item 6.3.2, poderá ser executado.
6.3.1.5 Para o ensaio descrito no item 6.3.1, a pressão no cárter deve ser medida dentro de ± 1 mm de coluna
de água.
6.3.2 Método de ensaio adicional.
6.3.2.1 As aberturas do motor devem ser deixadas inalteradas.
6.3.2.2 Uma bolsa flexível, impermeável aos gases do cárter e tendo uma capacidade de aproximadamente 5
litros deve ser ligada ao furo da vereta medidora do nível de óleo. A bolsa deverá estar vazia antes de cada ensaio.
6.3.2.3 A bolsa deverá ser fechada antes de cada medição. Ela deverá ser aberta aos gases do cárter durante 5
minutos para cada uma das condições de medição prevista no item 3.2 acima.
6.3.2.4 O veículo deve ser considerado como atendendo ao padrão admissível se em cada condição de
medição definida no item 3.2 acima não ocorrer enchimento visível da bolsa.
6.3.3 Observação:
6.3.3.1 Se a configuração do motor for tal que não permita a realização dos ensaios de acordo com os métodos
descritos nos itens 6.3.1 e 6.3.2 acima, as medições deverão ser efetuadas de acordo com o método descrito no item 6.3.2
modificado como segue:
6.3.3.2 Todas as aberturas do motor, exceto aquelas necessárias à coleta dos gases que se deseja fazer, deverão
ser fechadas.
6.3.3.3 A bolsa deve ser ligada a uma saída conveniente, que não introduza nenhuma perda de pressão
adicional, deve ser instalada no circuito de recirculação dos gases no dispositivo diretamente ligado à conexão de saída do
motor.

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