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MERCOSUL / SGT Nº 3 / P.

Res Nº 17/99

“REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL SOBRE DETERMINAÇAO DA OPACIDADE DO


GÁS DE ESCAPAMENTO EMITIDO POR MOTORES DIESEL EM ACELERAÇAO LIVRE”.

O Subgrupo de Trabalho Nº 3 “Regulamentos Técnicos e Avaliação da Conformidade”


recomenda o Grupo Mercado Comum aprovar como Resolução o Projeto de Resolução Nº
17/99 “REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL SOBRE DETERMINAÇAO DA OPACIDADE
DO GÁS DE ESCAPAMENTO EMITIDO POR MOTORES DIESEL EM ACELERAÇAO LIVRE”.

__________________________ __________________________
Pela Delegação da Argentina Pela Delegação do Brasil

__________________________ _________________________
Pela Delegação do Paraguai Pela Delegação do Uruguai

XII REUNIÃO ORDINÁRIA SGT Nº3 ATA 1/02, BEUNOS AIRES, 18 A 22/03/02
MERCOSUL/SGT Nº 3/RES. Nº 17/99

“REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL SOBRE DETERMINAÇAO DA OPACIDADE DO


GÁS DE ESCAPAMENTO EMITIDO POR MOTORES DIESEL EM ACELERAÇAO LIVRE”.

TENDO EM VISTA: Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, as Resoluções Nº


91/93, 152/96, 128/96 e 38/98 do Grupo Mercado Comum e o Projeto de Resolução Nº 17/97
do SGT Nº 3 “Regulamentos Técnicos e Avaliação da Conformidade”.

CONSIDERANDO:

Que os veículos automotores devem cumprir uma série de requisitos técnicos em virtude das
legislações nacionais, entre eles, os correspondentes aos LIMITES MÁXIMOS DE EMISSÃO
DE GASES POLUENTES E RUÍDO PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES.

Que estes requisitos diferem de um Estado Parte para outro, o que pode criar barreira técnica
ao intercâmbio comercial e a livre circulação de veículos, podendo assim, ser eliminada
através da adoção dos mesmos requisitos técnicos para todos os Estados Partes, seja como
complemento ou em substituição de suas legislações atuais.

Que se faz necessário harmonizar os métodos de ensaio adotados com relação a


DETERMINAÇÃO DA OPACIDADE DO GÁS DE ESCAPAMENTO EMITIDO POR MOTORES
DIESEL EM ACELERAÇÃO LIVRE.

Que para tanto, é preciso adotar as medidas necessárias destinadas ao estabelecimento


progressivo da integração sem fronteiras, e que seja garantido a livre circulação de bens,
serviços e fatores produtivos com a maior fluidez.

Que para tal fim, os Estados Partes acordaram em adequar suas legislações, de modo a
possibilitar o livre intercâmbio de veículos, suas partes e suas peças.

O GRUPO MERCADO COMUM


RESOLVE:

Art. 1 - Aprovar o “Regulamento Técnico MERCOSUL sobre Determinação da Opacidade do


Gás de Escapamento Emitido por Motores Diesel em Aceleração Livre” que constam nos
Anexos I a III e fazem parte da presente Resolução.

Art. 2 - O presente Regulamento Técnico se aplica no território dos Estados Parte, o comércio
entre eles e as importações extra zona.

Art. 3 - O presente Regulamento Técnico regerá nos Estados Partes para circulacão,
homologacão, certificacão, emplacamentol e licenciamento e registro dos veículos
automotores, não podendo ser aplicados nessas atividades, requisitos técnicos adicionais aos
estabelecidos no mesmo.

Art. 4 - Os motores novos do ciclo Diesel para aplicações em veículos leves ou pesados,
devem ser homologados e certificados quanto ao índice de fumaça (opacidade) em aceleração
livre, através do procedimento descrito nos Anexos desta Resolução.
Art. 5 - Os Estados Parte colocarão em vigência as disposições legislativas, regulamentares e
administrativas necessárias para dar cumprimento à presente Resolução, através dos
seguintes organismos:

Argentina:
Secretaría de Ambiente y Desarrollo Sustentable, Ministerio de Desarrollo Social.

Brasil:
Ministério de Meio Ambiente
Conselho Nacional de Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis

Paraguai:

Pelo Uruguai:
Ministerio de Industria, Energia y Mineria

Art 6 - A presente Resolução entra em vigor na data que disponha a Política Automotiva
Comum do MERCOSUL. (artigo não consensuado)

Art. 6 - Os Estados Partes MERCOSUL deverão incorporar a presente Resolução em seus


ordenamentos jurídicos antes do (artigo não consensuado)
ANEXO I

“REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL SOBRE DETERMINAÇAO DA OPACIDADE DO


GÁS DE ESCAPAMENTO EMITIDO POR MOTORES DIESEL EM ACELERAÇAO LIVRE”.

Art. 1º - O valor corrigido da opacidade do gás emitido pelo escapamento de motores diesel em
aceleração livre, será determinado de acordo com as equações descritas no item 3 do Anexo
IV do Regulamento 24 das Nações Unidas ( Diretiva CEE 72/306), considerando o valor de
opacidade obtido mediante a metodologia constante no Anexo I desta Resolução e os valores
de homologação obtidos nos ensaios de certificação de veículos novos:

Parágrafo único - Os Estados Partes a critério de suas autoridades ambientais, poderão fixar
um limite máximo para o valor corrigido da opacidade.

Art. 2º - Os procedimentos de ensaio para a determinação da opacidade do gás de


escapamento emitido por motores diesel em aceleração livre são os constantes no Anexo I
deste Regulamento Técnico.

Art. 3º - O fator atmosférico fa deve ser calculado pela expressão abaixo, conforme definido no
item 3.3.1, do Anexo III do Regulamento 24, das Nações Unidas (Diretiva CEE/72/306/, da
Comunidade Econômica Européia de 2 de agosto de 1972), incluindo todas as atualizações
posteriores,
0 , 65 0,5
 750   T 
fa =   × 
 H   298 

onde:
H = pressão atmosférica observada (mmHg);
T = temperatura ambiente do teste (K).

Art. 4º - Para atender as condições atmosféricas de referência, o fator atmosférico fa deve estar
no intervalo 0,98 ≤ fa ≤ 1,02.

Art. 5° Os valores corrigidos de opacidade em aceleração livre, obtidos em ensaios de


homologação e certificação de veículos novos, realizados em altitudes superiores a 350 m e
que não atendam às condições estabelecidas, poderão ser corrigidas para as condições
atmosféricas de referência, através da divisão dos valores em m-1 por fatores numéricos
determinados pelo fabricante, desde que estes não ultrapassem 1,50 e 1,35 para os motores
naturalmente aspirados e turboalimentados, respectivamente.

Art. 6º - As medições de opacidade serão feitas com qualquer opacímetro que atenda às
especificações constantes no Anexo II deste Regulamento Técnico, desde que correlacionável
com um opacímetro de amostragem com 0,43 m de comprimento efetivo da trajetória da luz
através do gás.

Art. 7º - O fabricante ou encarroçador final do veículo deve afixar na coluna B da porta dianteira
direita, etiqueta com valor do índice de fumaça, em aceleração livre, sendo de sua
responsabilidade o valor da opacidade declarado, etiqueta esta fornecida pelo fabricante do
chassis. Alternativamente, o valor do índice de fumaça em aceleração livre, poderá ser
declarado em uma plaqueta metálica, especialmente desenhada.

§ 1° A etiqueta, ou plaqueta, com o valor de opacidade a ser utilizado como limite


para a avaliação do estado de manutenção do veículo nos Programas de Inspeção e
Manutenção de Veículo em Uso - I/M, deve exibir o valor da opacidade nas condições
atmosféricas de referência, declarado no processo de homologação e certificação do motor
e/ou veículo, incluída uma tolerância para a dispersão de produção de, no máximo, 0,5 m-1.

§ 2° A etiqueta com o valor da opacidade deve ser adesiva, resistente ao tempo, na


cor amarela, quadrada com dimensão mínima de 15 mm de lado e com dígitos pretos com
altura mínima de 5 mm e duas casas decimais, sem a unidade (m -1). Na plaqueta alternativa,
o valor de opacidade deve ser expresso em dígitos com altura mínima de 5 mm e duas casas
decimais, sem a unidade ( m-1.), sendo que esta informação deverá estar contida em uma área
de 15 mm2.

§ 3° Para efeito deste Regulamento Técnico, entende-se como coluna B do veículo,


o suporte estrutural do teto, nominalmente vertical, contra o qual se fecha a porta dianteira.

Art. 8° Os manuais de proprietário e de serviço do veículo deverão informar a localização da


etiqueta ou plaqueta no veículo e conter o valor do índice de fumaça (opacidade) em
aceleração livre definido para a etiqueta, conforme § 1° do Artigo 2° desta Resolução;
velocidades angulares (rpm) de marcha lenta e máxima livre do motor; fator de correção ou o
valor já corrigido para altitudes superiores a 350 m e os esclarecimentos necessários para a
utilização destas informações para a correta manutenção do veículo.
ANEXO II
GÁS DE ESCAPAMENTO EMITIDO POR MOTORES DIESEL EM ACELERAÇÃO LIVRE -
DETERMINAÇÃO DA OPACIDADE

1. Objetivo

Prescrever o método de determinação da opacidade do gás de escapamento emitido por


veículos equipados com motor Diesel, sob condições de aceleração livre, com emprego do
opacímetro.

Nota: Este método pode ser utilizado como indicativo do estado de regulagem do motor.

2. Definições

2.1. Aceleração livre

Regime de aceleração a que o motor é submetido com o débito máximo de combustível, sendo
a potência desenvolvida somente absorvida pela inércia dos componentes mecânicos do
motor, embreagem e árvore-piloto da caixa de mudanças, estando o veículo estacionado.

Nota: Para ensaio em bancada, o motor deve estar desconectado do dinamômetro.

2.2 Condições estabilizadas e normais de operação

Condições em que as temperaturas do líquido de arrefecimento e do óleo lubrificante do motor


estão em conformidade com as especificações do fabricante para a operação normal do
veículo, conforme o item 2.2.1.

2.2.1 Temperaturas

2.2.1.1 Temperaturas do ar de admissão

A temperatura do ar de admissão, deve ser medida a uma distância menor ou igual a 150 mm
da entrada do filtro de ar. Se não for usado filtro de ar, deve ser medida a uma distância menor
ou igual a 150 mm do ponto de captação do ar. Caso, o local esteja sob influência de irradiação
térmica, deve-se proteger o sensor.

2.2.1.2 Temperatura do fluído de arrefecimento

As temperaturas nos motores arrefecidos a líquido devem ser medidas na entrada e saída do
motor, e mantidas dentro da especificação do fabricante.

As temperaturas nos motores arrefecidos a ar devem ser medidas e controladas, conforme


especificação do fabricante.

2.2.1.3 Temperatura do óleo lubrificante.

Deve ser medida no local especificado pelo fabricante e mantida dentro dos limites
especificados pelo mesmo.

2.2.1.4 Temperatura do combustível


Deve ser medida na saída do dispositivo medidor de vazão de combustível e mantida dentro da
especificação do fabricante.

2.2.1.5 Temperaturas dos gases de escapamento

Deve ser medida conforme especificação do fabricante.

2.3 Pressões

2.3.1 Contra-pressão dos gases de escapamento

Deve ser medida e mantida conforme especificação do fabricante.

2.3.2 Restrição na admissão

Deve ser medida obedecendo as especificações do fabricante.

2.3.3 Pressão de admissão

Para motores super-alimentados e turbo-alimentados, a pressão de admissão deve ser medida


no coletor de admissão após o pós-arrefecedor (se houver), obedecendo as especificações do
fabricante.

3. Aparelhagem

A aparelhagem necessária ao ensaio deve ser conforme Anexo II.

4. Execução do ensaio

4.1. O ensaio pode ser executado em bancada de ensaio ou em veículo.

4.1.1. Se o ensaio em bancada, o motor deve ser aquecido até alcançar as condições
estabilizadas e normais de operação, estando desconectado do dinamômetro.

4.1.2. Se o ensaio for realizado em veículo, o motor somente pode ser avaliado após atingir
condições estabilizadas e normais de operação, utilizando-se, para tal, dinamômetro de rolos
ou trafegando com veículo.

4.1.3. Durante o ensaio, o veículo deve estar estacionado, a alavanca de mudanças na posição
neutra e a embreagem não acionada.

4.2. Verificar o sistema de escapamento quanto à ocorrência de vazamentos de gases e/ou


entrada de ar. Na ocorrência de tais anomalias, saná-las antes da realização do ensaio.

4.3. Após serem alcançadas as condições estabilizadas e normais de operação, manter o


motor em marcha lenta para inicio de ensaio, evitando um período prolongado neste regime,
para que não ocorra esfriamento ou acúmulo de resíduos na câmara de combustão.

4.4. A instalação do opacímetro deve ser conforme Anexo II.


4.5. Antes da execução de cada série de medições, verificar a aparelhagem conforme
instruções do fabricante.

4.6. Com o motor em marcha lenta, o acelerador deve ser acionado rapidamente até o final de
seu curso, de modo a se obter a situação de débito máximo no sistema de injeção de
combustível.

4.6.1. Manter esta posição do acelerador até que o motor atinja, nitidamente, velocidade
angular máxima estabelecida pelo regulador de rotações.

4.6.2. Aliviar o acelerador e aguardar que o motor se estabilize na velocidade angular de


marcha lenta e que o opacímetro retorne ao valor original obtido nessa mesma condição.

4.7. Repetir a seqüência de operações descrita em 4.6. a 4.6.2., dez vezes, tomando-se como
medida o máximo da opacidade apresentada em cada uma das dez seqüências.

4.8. Ao término do ensaio, deve-se verificar o zero do opacímetro com o motor desligado, a fim
de constatar eventuais desvios de calibração.

5. Resultado(1)

5.1. Os valores de opacidade obtidos nas sete últimas medições devem ser analisados e só
podem ser considerados quando, em quatro medições consecutivas, a diferença entre o valor
máximo e o mínimo não for maior que 0,25 m-1 e estes não estiverem em ordem decrescente.

5.2. O resultado do ensaio é a média aritmética dos quatro valores consecutivos, selecionados
conforme o item 5.1.

5.3. A apresentação do resultado deve ser conforme Anexo A, na homologação do motor, ou


conforme Anexo B, para verificação em campo.

(1)-O resultado obtido não é relacionável com qualquer outro método de ensaio
ANEXO A - Ensaio de opacidade - Aceleração livre (Homologação)

Razão social do
fabricante:......................................................................................................................................
Motor tipo: .....................................Nº ................................. (.....................kw a.....................rpm)
Ensaio realizado em: ( ) Bancada de ensaios ( ) Veiculo

Sistema de injeção
Bomba injetora: ..................................Fabricante: ............................ Nº ......................................

Regulagem segundo tabela: .........................................................................................................


Dispositivo compensador da pressão de alimentação: ( ) sim ( ) não

Regulador de rotação modelo: ......................................................................................................

Injetor: ..............................................................Fabricante: ..........................................................

Turboalimentador
Fabricante.........................................................Tipo: ......................................Nº............…….…...

Pós-arrefecedor do ar.
Fabricante: .........................................................Modelo: ....................................Tipo:.................

Condições gerais
Temperatura do ar de admissão:.............ºC Temperatura do óleo lubrificante: ........ ºC
Velocidade angular de marcha lenta:........................rpm
Velocidade angular máxima livre:............................rpm
Opacidade em marcha lenta:...........................................

Combustível
Fornecedor: Nº...............................................Tipo:.......................................................................

Opacímetro
Fabricante: Nº..............................................Modelo: ...................................................................

Medições
1) ................................ 6) ................................
2) ................................ 7) ................................
3) ................................ 8) ................................ Resultado:......................
4) ................................ 9) ................................
5)................................ 10) ................................

Obs.: a) Desprezar as três primeiras medições.


b) Calcular a média aritmética sobre quatro
medições consecutivas, que não variem
mais que 0,25 m-1, e não estejam em
ordem decrescente.
c) Assinalar as quatro medições consideradas.

Local de ensaio
Cidade: ...................................................................Altitude: ................................................................
Responsável: ....................................................................................Data:............../............./..............
ANEXO B - Ensaio de Opacidade - Aceleração livre (Campo)

1) Dados do veículo
Placa:.......................................Cidade:......................................Estado:.....................................
Marca/Modelo do veiculo: ...........................................................................................................
Número do chassi: ......................................................................................................................
Modelo/Numero do motor: ..........................................................................................................
Turboalimentado: ( ) Sim ( ) Não
Pós-arrefecido: ( ) Sim ( ) Não\
Condições do motor no veículo: ( )Original ( ) Retificado ( ) Repotenciado

2) Condições gerais
Vazamento no sistema de escapamento: ( ) Sim ( ) Não
Fumaça visivel: ( ) Sim ( ) Não
Coloração da fumaça: ( ) Preta ( ) Azulada ( ) Branca
Marcha lenta:.................... rpm Máxima livre: .............................rpm
Opacidade em marcha lenta: ......................................................................................................

3) Medições

1) ................................ 6) ................................
2) ................................ 7) ................................
3) ................................ 8) ................................ Resultado:......................
4) ................................ 9) ................................
5)................................ 10) ................................

Obs.: a) Desprezar as três primeiras medições.


b) Calcular a média aritmética sobre quatro
medições consecutivas, que não variem
mais que 0,25 m-1, e não estejam em
ordem decrescente.
c) Assinalar as quatro medições consideradas.

4) Geral

Local de ensaio
Cidade: ..............................................................................Altitude: ...................................................
Responsável: .....................................................................................Data:............../............./............
ANEXO III

EMPREGO DO OPACÍMETRO PARA MEDIÇÃO DO TEOR DE OPACIDADE DO GÁS DE


ESCAPAMENTO EMITIDO POR MOTORES DIESEL - MÉTODO DE ABSORÇÃO DE LUZ

1 Objetivo

Esta Norma fixa as condições exigíveis no emprego do opacímetro de amostragem e de fluxo


total, para medição do material particulado do gás de escapamento de motores Diesel
operando em regime constante e transiente.

2 Definições

2.1 Opacímetro

Equipamento montado no escapamento do veículo ou no banco de provas, para a medição da


fumaça de gás de escapamento através da absorção de luz.

2.2 Fumaça de gás de escapamento de motores Diesel

Partículas, incluindo aerosóis, suspensas no gás de escapamento, as quais obscurecem,


refletem ou refratam a luz.

2.2.1 Fumaça preta

Partículas compostas, em sua grande parte, de carbono e com tamanho normalmente menor
que 1 µm, resultante do processo de combustão do motor.

2.2.2 Fumaça branca(')

Fumaça composta usualmente de vapor d'água condensado e combustível líquido não


queimado.

2.2.3 Fumaça azul(')

Fumaça composta por gotículas resultantes da combustão incompleta de combustível e/ou óleo
lubrificante.

2.3 Fonte de luz

Lâmpada incandescente com uma temperatura de cor na faixa de 2800 K a 3250 K (ver Figura
1).

2.4 Receptor

Célula fotoelétrica com uma curva de resposta espectral similar à curva fotóptica do olho
humano (a resposta máxima na faixa de 550 nm a 570 nm, e menor que 4% daquela resposta
mínima abaixo de 430 nm e acima de 680 nm) (ver Figura 1).

2.5 Câmara de fumaça


Região na qual é realizada a intercepção do facho de luz, enviado da fonte de luz para o
receptor, pelo fluxo de gás de escapamento (ver Figura 1).(3)

2.6 Comprimento efetivo do opacímetro

Distância que vai da proteção da fonte de luz (ar ou lente) até a proteção do receptor (ver
Figura 1).(4)

Nota: Na determinação do comprimento efetivo do opacímetro, deve-se levar em conta a


possível influência dos dispositivos de proteção da fonte de luz. Quando o comprimento
efetivo L de um opacímetro não puder ser avaliado diretamente de sua geometria, o
comprimento L pode ser determinado pela seguinte fórmula:(5)

(t + 273) log (1 - N/100)


L= L0 . .
(t0 + 273) log (1 – N0/100)

Onde:
L0 = comprimento efetivo do opacímetro de referência (m)
N0 = leitura do opacímetro de referência (% de opacidade)
t0 = temperatura da câmara de fumaça do opacímetro de referência (C)
N = leitura do opacímetro do qual se deseja conhecer o comprimento efetivo L (% de
opacidade)
t = temperatura na câmara de fumaça do opacírnetro do qual se deseja conhecer o
comprimento L (ºC)

2.7 Coeficiente de absorção de luz (k)


2.7.1 É calculado pela seguinte fórmula:

k = (1 /L) . ln (I0/I)

Onde:
I0=intensidade luminosa incidente na célula fotoelétrica quando a câmara de medição é
preenchida com ar limpo
I=intensidade luminosa incidente na célula fotoelétrica quando a câmara de medição é
preenchida com gás de escapamento
L=comprimento efetivo da trajetória da luz através do gás (m)

2.7.2 A relação entre a escala de escurecimento ou opacidade (de 0 a 100) e o coeficiente de


absorção de luz é dada pela fórmula de Lambert-Beer:

k = (1/L). ln (1 - N/100)

Onde:
N=opacidade
k=coeficiente de absorção de luz (m-1)

2.8 Indicador

Indicador que mostra as escalas de medição do aparelho. O tempo de resposta deste


indicador, bem como o tipo e a quantidade de escalas variam conforme a utilização do
aparelho. Este indicador deve possuir duas escalas de medição; uma em unidades absolutas
de absorção de luz de 0 m-1 a 5 m-1 e outra em unidades de obscurecimento de 0% a 100% em
relação ao fluxo luminoso que atinge o receptor. As duas escalas devem abranger de 0 (zero),
fluxo luminoso total, até a indicação máxima da escala de escurecimento total.

2.9 Lente de calibração

Filtro com coeficiente de absorção de luz conhecida que, quando posicionada entre a fonte de
luz e o receptor simula um gás.

2.10 Regime constante

Quando o motor opera em rotação e carga constantes

2.11 Regime transiente

Quando o motor opera em rotação e/ou carga variáveis

2.12 Tempo de resposta físico (tf)

Intervalo de tempo necessário para que uma dada de carga de gás “'Q” preencha o volume
“'V” da câmara de fumaça, definido por:

tf = VQ

Onde:
V = volume da câmara de medição
Q = fluxo da descarga de gás de escapamento

2.13 Tempo de resposta elétrico (te)

Tempo decorrente entre o momento em que a fonte de luz é totalmente bloqueada (este
bloqueio deve ser efetuado em menos de 0,01 s) e o momento em que o registrador do sinal
atinge 90% da indicação máxima da escala.

2.14 Opacímetro de amostragem

Opacímetro cuja medição compreende somente uma parte do fluxo total do gás de
escapamento, através da utilização de um tubo de captação como sonda (ver Figura 2).(6)
2.15 Opacímetro de fluxo total

Opacímetro cuja fonte de luz/receptor é montada de tal forma que se obtém uma leitura de todo
o fluxo do gás de escapamento (ver Figura 3).

3 Condições gerais

3.1 Regulagem

O circuito elétrico da célula fotoelétrica e do indicador deve permitir que o aparelho seja levado
a zero, manual ou automaticamente, quando o facho de luz passar através da câmara de
fumaça cheia com ar limpo ou através de uma câmara que possua características idênticas.
Com a lâmpada desligada e o circuito de medição aberto ou em curto-circuito elétrico, a leitura
da escala do coeficiente de absorção deve ser regulada no infinito e permanecer nesta posição
com o religamento elétrico.

3.2 Dados a serem fornecidos pelo fabricante

O fabricante deve fornecer os seguintes dados:

a) comprimento efetivo do opacímetro, sob condições de amostragem, estando o


equipamento nos limites inferiores recomendados de temperatura e pressão do gás de
escapamento, no limite superior da pressão do ar de limpeza (onde for relevante) e sob a
condição ambiental normal do banco de provas;
b) limites da pressão do gás de escapamento na entrada da câmara de fumaça;
c) limites da vazão do ar de limpeza (onde for relevante). Estes devem incluir instruções de
regulagem;
d) limites de temperatura (do ar ambiente, do gás de escapamento e outros), dando a
localização da medição e sua relação com a temperatura média do gás na câmara de
fumaça;
e) limites de vazamento do ar de limpeza no corpo do opacímetro e condições para a medição
(onde for relevante);
f) instruções relativas aos limites dimensionais das conexões que podem ser usadas, dando
os orifícios equivalentes;
g) limites de operação da fonte de luz ou limites de tensão elétrica nos contatos da fonte de
luz e instruções relativas à durabilidade da lâmpada ou limites de leitura com a lente de
calibração;
h) temperatura da superfície da célula fotoelétrica acima da qual suas características de saída
mudam significativamente;
i) características espectrais da célula fotoelétrica e das lentes de calibração;
j) limites da tensão elétrica de alimentação dentro dos quais o opacímetro opere
satisfatoriamente (devem ser dados limites separados para a lâmpada e para o ventilador,
se existir fonte de alimentação separada);
k) descrição técnica do opacímetro, incluindo diagrama do circuito elétrico e desenhos com as
dimensões e tolerâncias da câmara de fumaça e das áreas adjacentes (p. ex.: passagens
para o ar de limpeza e para o gás a ser amostrado);
l) informações sobre manutenção do opacímetro, incluindo os intervalos de limpeza,
precauções de operação especiais ao projeto dado e se o opacímetro foi projetado para
operação contínua ou intermitente. Neste caso, fornecer o tempo no qual a fumaça deve
passar através deste, antes de ser efetuada a leitura;
m) tempo de resposta físico e elétrico do sistema.

3.3 Requisitos de instrumentação do opacímetro

3.3.1 São necessários instrumentos para a medição das seguintes grandezas:

a) pressão do ar de limpeza, se usado;


b) tensão elétrica na lâmpada da fonte de luz, a menos que, um método separado usando
uma lente colorida seja disponível para a verificação da temperatura de cor;
c) sinal de saída do circuito do receptor, para a indicação da opacidade do gás de
escapamento.

3.3.2 São necessários controles que permitam as seguintes regulagens:

a) sensibilidade do circuito da célula fotoelétrica;


b) fluxo do ar de limpeza, se utilizado.

3.3.3 É necessária uma lente de calibração para verificação do receptor e do seu circuito.

4 Condições específicas

4.1 Opacímetro de amostragem para regime constante

4.1.1 Características óticas


A câmara de fumaça deve possuir características óticas tais que o efeito combinado da
difusão e da reflexão não exceda 0,1 m-1 na escala de opacidade, quando a câmara de
fumaça for preenchida com um gás que apresente coeficiente de absorção próximo de 1,7 m-1
.

4.1.2 Medição da opacidade

A opacidade do gás deve ser referida à pressão ambiente a 100ºC. Esta condição não se faz
necessária se:

a) a variação da saída do indicador do opacímetro, durante um período de 10s (medido


através de um registrador gráfico com tempo de resposta de até 1s), com a fumaça à
temperatura constante e densidade de cerca de 1,7m-1, não for maior que 0,075 m-1;
b) sendo a câmara de fumaça dividida, a temperatura média nas diferentes seções não
divergir mais de 7ºC.

4.1.3 Medição da pressão do gás

A pressão do gás de escapamento na câmara de fumaça não deve diferir da pressão


atmosférica por mais de 400 Pa.

4.1.3.1 A variação da pressão do gás de escapamento e do ar de limpeza na câmara de


fumaça não deve fazer com que o coeficiente de absorção varie mais de 0,05 m-1, no caso de
um gás possuir coeficiente de absorção de 1,7 m-1.

4.1.3.2 O opacímetro deve ser equipado com dispositivos apropriados para a medição da
pressão na câmara de fumaça. Estes dispositivos devem tornar possível a leitura desta
pressão com exatidão de medição de 1O Pa.

4.1.3.3 Os limites de variação da pressão de escapamento e do ar de limpeza devem ser


estabelecidos pelo fabricante da aparelhagem.

4.1.4 Medição da temperatura do gás

O opacímetro deve ser equipado com dispositivos apropriados para a medição da


temperatura média do gás na câmara de fumaça e o fabricante deve especificar os limites de
operação.

4.1.4.1 A temperatura média deve ser indicada com tolerancia de medição de ± 5ºC.

4.1.4.2 Em qualquer ponto da câmara de fumaça, a temperatura do gás de escapamento,


no instante de medição da opacidade, não deve ser menor que 60ºC, e a temperatura média
da câmara não deve ser maior que 120ºC.

Notas:
a) Quando a temperatura média de operação for diferente de 100ºC, a leitura do
opacímetro deve ser corrigida pela seguinte fórmula: k corrigido = k observado. (t
câmara + 273)/373 (m-1)
b) Se o gás de escapamento contiver quantidade anormal de constituintes não-sólidos, a
fórmula de correção pode não ser válida, sendo então recomendada uma faixa de
temperatura mais restrita em tomo da condição de referência de 100ºC.
c) Nesta faixa de temperatura, considera-se que toda a água presente na forma de vapor
e todas as outras partículas não-sólidas e não condensadas (isto é, a totalidade de não
condensados, combustível não queimado ou de óleo lubrificante) são insignificantes na
fumaça do gás de escapamento à plena carga.

4.1.5 Detalhes do projeto

4.1.5.1 Qualquer pré-câmara e válvula de alívio existentes antes da câmara de fumaça


não devem afetar as características da opacidade do gás que penetra na câmara de fumaça
em mais que 0,05 m-1, para gases com opacidade de 1,7 m-1.

4.1.5.2 Quando o opacímetro é projetado para operação intermitente, um sensor de


medida da temperatura deve ser instalado a montante da válvula de desvio (by-pass),
controlando a entrada do gás na câmara de fumaça.

Nota: A vazão de desvio deve ser tal que, quando regulada de acordo com a especificação
do fabricante, a variação da temperatura do gás de amostra entre as duas posições do
desvio seja menor que 10ºC.

4.1.6 Dados a serem fornecidos pelo fabricante

O fabricante deve fornecer os seguintes dados:

a) condições gerais, conforme 3.2;


b) fluxo total do gás de escapamento a ser amostrado como função da pressão na entrada
da câmara de fumaça, com as condições de saída de acordo com 3.2-f) e os limites de
pressão do ar de limpeza de acordo com 3.2-c);
c) valor do fluxo da amostra, de acordo com 3.2-b), se a válvula de alívio de pressão for
instalada a montante da câmara de fumaça;
d) diâmetro da sonda em função do diâmetro do tubo de descarga / escapamento.

4.1.7 Requisitos de instrumentação do opacímetro

São necessários instrumentos para a medição das seguintes grandezas:

a) condições gerais, conforme 3.3;


b) pressão do gás de escapamento na entrada da câmara de fumaça;
c) temperatura no ponto especificado pelo fabricante para medir a temperatura da amostra;
d) fluxo do vazamento, quando utilizado ar de lavagem;
e) queda de pressão dos tubos de descarga.

4.1.8 Instalação de opacímetros do amostragem

A instalação de opacímetros de amostragem deve obedecer ao prescrito em 4.1.8.1 a 4.1.8.8.

4.1.8.1 A relação entre a área da seção transversal da sonda e a do tubo de


descarga/escapamento não deve ser menor que 0,05.
4.1.8.2 A inserção da sonda dentro do tubo de descarga/ escapamento não deve afetar o
desempenho do motor. A sonda se constitui de um tubo com uma extremidade aberta voltada
para o fluxo de gás de escapamento e colocada no eixo do tubo de descarga/escapamento ou
no tubo de extensão, se exigido. Deve estar situada em seção onde a distribuição de fumaça
seja aproximadamente uniforme.(7)

4.1.8.3 A pressão no tubo de descarga/escapamento e as características de queda de


pressão na linha de amostragem devem ser tais que a sonda colete uma amostra equivalente
àquela que seria coletada por uma amostra isocinética. Se necessário, um tanque de
expansão compacto, de capacidade suficiente para atenuar as pulsações, pode ser
incorporado à linha de amostragem tão próximo da sonda quanto possível.

4.1.8.4 Para controle da temperatura do gás amostrado, um resfriador também pode ser
montado. Os projetos do tanque de expansão e do resfriador não podem alterar a composição
do gás de escapamento.

4.1.8.5 Uma válvula-borboleta, ou outro dispositivo para aumentar a pressão de


amostragem, pode ser colocada no tubo de descarga/escapamento a uma distância de, pelo
menos, três diâmetros do tubo de descarga/escapamento, após o ponto de tomada de
amostragem, em condições tais que não afete o desempenho do motor (ver Figura 4).

4.1.8.6 Os tubos de conexão entre a sonda, o dispositivo de refrigeração, o tanque de


expansão (se utilizado) e o opacímetro devem ser tão curtos quanto possível. O(s) tubo(s) de
conexão deve(m) ser montado(s) em posição ascendente, do ponto de amostragem para o
opacímetro.

4.1.8.7 Devem ser evitadas curvas agudas onde a fuligem possa se acumular.

4.1.8.8 Se o opacímetro possuir um dreno de água, o tubo de amostragem não debe


elevar-se continuamente para evitar o acúmulo de fuligem e água nas curvas.

4.1.9 Calibração

Deve ser realizada colocando-se, entre a fonte de luz e o receptor, uma lente de calibração que
simule um gás com coeficiente de absorção de luz 'k' conhecido.(8) O coeficiente de absorção
de luz 'k" da lente deve estar entre 1,6 m-1 e 1,8 m-1.

4.2 Opacímetro de amostragem para regime transiente

4.2.1 Requisitos gerais

Conforme 3 e 4.1.3 a 4.1.9.

4.2.2 Detalhes de projeto

Deve ser observado o prescrito a seguir:

a) o dial indicador deve mostrar um coeficiente de absorção de luz a ser lido entre 0 m-1 e
5 m-1, com exatidão da medição de, no mínimo, 0,05 m-1 entre 0 m-1 e 3 m-1;
b) o valor de pico obtido durante o regime transiente deve ser armazenado no dial
indicador, no mínimo, por 5 s e permitir o cancelamento instantâneo deste valor
armazenado. Este valor não pode variar mais que 1 % durante o tempo de
armazenamento. O valor de pico deve ser gravado por um registrador gráfico;
c) a incerteza de medição deve ser menor que 0,2 m-1 para um coeficiente de absorção
de luz entre 0 m-1 e 3 m-1, e menor que 0,5 m-1 para um coeficiente entre 3 m-1 e 5 m-1;
d) o tempo de resposta físico deve ser tf < 0,075 s; o tempo de resposta elétrico, te = (0,1
± 0,01) s.

4.3 Opacímetro de fluxo total

4.3.1 Detalhes de projeto

Por ser montado, geralmente, no próprio tubo de descarga/escapamento, o receptor deve


possuir um sistema antichoque e antivibrações.

Nota: Todas as conexões elétricas devem ser soldadas, e todo o conjunto deve possuir boa
resistência mecânica. Devem ser usadas lâmpadas frias para minimizar o efeito da
vibração sobre o filamento.(9)

4.3.2 Características que o equipamento deva atender

Estas características são prescritas a seguir:

a) exatidão de calibração de ± 1 %;
b) linearidade de resposta de ± 1 % para opacidade de 0% a 50%,
c) variação de 1 % da leitura dentro da faixa de temperatura especificada pelo fabricante;
d) tempo de resposta elétrico de 0,1 s, no máximo;
e) tempo de resposta físico de 0,5 s, no máximo.

4.3.3 Limpeza das lentes

Quando o fabricante optar por limpeza de lentes com ar comprimido, deve fornecer um
regulador próprio para o controle de pressão. O ar utilizado deve ser filtrado e seco.

4.3.4 Dados a serem fornecidos pelo fabricante

Devem ser conforme 3.2.

4.3.5 Requisitos de instrumentação

Devem ser conforme 3.3.

4.3.6 Instalação do opacímetro de fluxo total

4.3.6.1 Opacímetro de fluxo total em linha (ver Figura 5)

Deve obedecer ao prescrito em 4.3.6.1.1 a 4.3.6.1.5.

4.3.6.1.1 A fonte de luz e o receptor devem estar montados no tubo de


descarga/escapamento a (4,5 ± 3) m, do fim do coletor de escapamento.

4.3.6.1.2 A temperatura do gás a ser medido e a do ambiente não devem exceder aquelas
especificadas pelo fabricante.

4.3.6.1.3 O opacímetro deve ser montado em trecho reto de comprimento de, pelo menos,
duas vezes o diâmetro do tubo de descarga/escapamento, a montante e a jusante.
4.3.6.1.4 Se for necessária a montagem de conexões para a correção do diâmetro, estas
devem ser montadas de forma a atender às condições do item anterior.

4.3.6.1.5 Se for necessária a montagem de uma válvula-borboleta, ou de outro sistema


para regulagem de contrapressão, esta deve estar montada após o opacímetro e a uma
distância da fonte de luz/receptor de, pelo menos, três vezes o diâmetro do tubo de
descarga/escapamento.
4.3.6.2 Opacímetro de fluxo total de fim de linha (ver Figura 6)

Deve obedecer ao prescrito em 4.3.6.2.1 a 4.3.6.2.4.

4.3.6.2.1 O tubo de descarga/escapamento deve terminar com uma seção circular, livre de
dobras ou abas com comprimento de pelo menos 610 mm, caso o opacímetro seja fixado
neste.

4.3.6.2.2 O conjunto fonte de luz/receptor deve estar posicionado radialmente ao fluxo de gás
(variação máxima de 3º).

4.3.6.2.3 O conjunto fonte de luz/receptor deve estar posicionado a (127 ± 25) mm no fim do
tubo de descarga/escapamento, caso o manual do fabricante não se pronuncie sobre a
montagem.

4.3.6.2.4 O fluxo de gás de escapamento deve estar centrado entre a fonte de luz e a abertura
do receptor e no eixo do facho de luz.

4.3.7 Calibração
Deve ser realizada colocando-se lentes de calibração entre a fonte de luz e o receptor, no
mínimo três, de valores com 10%, 20% e 40% de opacidade.(10)
(1) A cor resultante depende do líquido e do tamanho das partículas
(2) Estas gotículas, partículas compostas de um líquido essencialmente incolor, refletem ou
refratam a luz.
(3) Nos opacímetros em linha, a câmara de fumaça não é fechada, ficando somente protegidos
a fonte de luz e o receptor; nos opacímetros de amostragem,esta câmara é fechada e sua
superfície interna recoberta em preto-fosco ou outro meio equivalente.
(4) Nos opacímetros de fluxo total, o comprimento efetivo é igual ao diâmetro do tubo de
escapamento no qual se esta medindo a fuligem.
(5) O comprimento efetivo calculado é válido para uma exatidão de medição de ± 1%, com 95%
de confiabilidade. Se este grau de confiabilidade não é obtido, o ensaio deve ser refeito até
se obter o valor requerido.
(6) O valor zero utilizado como referência é obtido através do posicionamento da fonte de
luz/receptor em um segundo tubo contendo somente ar de limpeza, livre de fumaça.
(7) Para se obter a uniformização do fluxo, a sonda deve ser colocada o mais próximo possível
do fim do tubo de descarga/escapamento (ou, se necessário, em um tubo de extensão) e
situada em trecho reto com comprimento de, pelo menos, três vezes o diâmetro após o
ponto de amostragem. Se for usado tubo de extensão, não deve ser permitida a entrada de
ar pela junta.
(8) Este procedimento visa a verificar se este valor corresponde, com toleranza de medição de
0,05 m-1 , à leitura obtida quantdo da introdução da lente. O coeficiente de absorção de luz
“k” da lente deve ser calculado de acordo com 2.7.
(9) Se o opacímetro for montado em um pedestal, colocado no fim do tubo de
descarga/escapamento, não são necessárias as observações de 4.3.1, porém o fabricante
deve alertar, sobre esta condição, no manual de operação.
(10) A exatidão de medição destas lentes deve ser de 1% do valor definido.

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