Você está na página 1de 2

Prelúdio 25 de Março

{
Victor Nigri
Extremamente lento e doloroso q = 34

-˙ ™™ ˙ bb˙˙ ™œ ™ œ œnœ œ Ó
w b˙ ™
r r r
œ ∑
& ˙™ œ œ ˙ nw ˙
Œ ˙˙ ™ ˙™ Œ nn ˙˙ ™™
œ nœ œ
b bw b ˙˙ ™™ nn w
ww
? Œ b˙˙˙ ™™™ bbn˙˙˙ ™™™
bw
Œ n˙˙˙ ™™

n˙˙ ™™™
mp mf
w
bw nw
b
w ˙ w

{
Ϊ
œ˙ ™ œ œ œ ˙˙
n˙˙˙ ™™™
-œ -œ œ™
& n˙˙˙ bb˙˙˙˙ n˙˙ #˙˙˙ bœ
- -
bnœœ nn˙˙˙ œ

œ
-
œœ ˙™
bbn˙˙˙ b˙ ™
? b˙˙ ˙˙ nœ bœ œ nœ bœ
b˙ b˙ œ œ nœ bœ œ nœ

{
œ œ

& ˙˙˙ ™™ ∑™
Œ œ œ œ™ r
œ ˙™ œ œ œ™
Œ Ó

bw
? ˙™ w ™™™
w ™™™™™
nnbw
ww U
n˙ ™ #nn#w
w™ w ™™™
w
ww
nw n#bw
ww
ppp

dois passos tocaram,


dois passos me disseram:
abra a porta, meu menino,
não é declive, é não-ilusão.

era bem alva a fechadura,


branca luz que me cobria,
tantas chaves que por mim respondiam:
muitos pés de distância estou,
bem longe aqui estou.
2

abra a porta, meu menino,


de fora ouço este frio.
mais leve este lado de cá,
morno silêncio de dias iguais.
mar sereno, quente de cores,
sais de azul com seu nome.

longa areia, sem distância,


porta que se alaga, fria.
ouço suas vozes, lembranças,
madeira encharcada, fria.

é aqui próximo, querido.


há quente sol que se alonga,
braços tépidos, mãos de abraços.
é seco o passo que ouve,
som de toques, é aqui que espero,
bato à porta, tanto o espero.

o caminho se ausenta,
branca luz que se escura,
é recata a demora.

aqui há sol, é dourado, se alonga,


sei que em você cores se espalham,
um grande espelho, reflexos seus,
meu apego, luz.

é maior o negrume,
tristeza, melancolia.

ouça minha voz,


sou paz por entre as frestas.

tudo se inunda.

abra a porta, meu menino.

Você também pode gostar