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Equipamentos e insumos para a fabricação de papel artesanal

Os equipamentos POLYPAPER e os produtos auxiliares para a


produção de papel artesanal são o resultado de um extenso
trabalho de pesquisa desenvolvido ao longo de mais de 20 anos
pela papeleira Helenice Costa. São colocados agora à
disposição de empreendedores que desejem implantar suas
oficinas de papel com informações técnicas suficientes para a
produção de papéis com alta qualidade.
Além do fornecimento de equipamentos e insumos para este
ofício, oferecemos também assessoria e cursos para
aprofundamento das diversas etapas associadas com a
produção de papel artesanal.
Todas as informações constantes deste manual são o resultado
de nossa experiência com a produção de papel feito à mão;
porém o universo deste ofício é muito mais que isso. Cada
papeleiro encontrará na arte de fabricar o papel, um campo
vasto de pesquisa e poderá desenvolver técnicas e
procedimentos que o levarão a novas descobertas nesse
fascinante trabalho. Pretendemos aqui, ser apenas um guia
para os primeiros passos nessa aventura cheia de surpresas:
criar uma folha de papel.
CAPÍTULO 1
Gramatura | Definição
Os papéis são classificados, quanto a seu peso, por gramaturas.
Gramatura é o peso do papel por metro quadrado.
Quanto mais alta a gramatura, mais espesso é o papel.
Exemplos:
Papel 90 gramas significa que 1 metro quadrado do papel pesa
90g.
Papel 120 gramas significa que 1 metro quadrado do papel pesa
120g. e assim por diante para outras gramaturas.
Escreve-se: 90g/m² | 120g/m² | 150g/m² | 180g/m², etc.

RECICLADOS
FORMAÇÃO DE FOLHAS

FÓRMULAS PARA FOLHAS NO FORMATO 33 X 48 cm Para


formação de 15 folhas
Estas fórmulas são para uso na mesa formadora

Gramatura 90 | 90g/m²
-285 gramas de aparas de papel secas
-15 litros de água
-Usar 1 litro na máquina formadora para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”

Gramatura 120 | 120 g/m²


-380 gramas de apara de papel secas
-15 litros de água
-Usar 1 litro na máquina formadora para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”)
Gramatura150 | 150 g/m²
-480 gramas de aparas de papel secas
-15 litros de água
-Usar 1 litro na máquina formadora para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”)

Gramatura 180 | 180 g/m²


-570 gramas de aparas de papel secas
-15 litros de água
-Usar 1 litro na máquina para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”)

FORMULAS PARA FOLHAS NO FORMATO 50 X 70 cm Para


formação de 15 folhas
Estas fórmulas são para uso na mesa formadora

Gramatura 90 | 90 g/m²
-XXX gramas de aparas de papel secas
-15 litros de água
-Usar 1 litro na máquina formadora para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”

Gramatura 120 | 120 g/m²


-XXX gramas de aparade papel secas
-15 litros de água
-Usar 1 litro na máquina formadora para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”)
Gramatura150 | 150 g/m²
-XXX gramas de aparas de papel secas
-20 litros de água
-Usar 1 litro na máquina formadora para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”)
Gramatura 180 | 180 g/m²
-XXX gramas de aparas de papel secas
-20 litros de água
-Usar 1 litro na máquina para formar 1 folha
-0,5 litro de cola ( ver instruções de uso no capítulo
“COLAGEM”)

OBSERVAÇÕES GERAIS
-Para todas as fórmulas use 1 litro para carregar a máquina e
formar 1 folha.
-As aparas de papel seco, após pesadas, deverão ser colocadas
para amaciar em água, durante 24 horas antes de serem
processadas no pulper.
Papéis mais duros, como kraft, por ex. deverão ser cozidos em
água durante 30 minutos, com o uso de um álcali (ver capitulo
COZIMENTO).
-Agite manualmente a polpa antes de carregar a máquina, para
homogeinizar a mistura.
-Use uma balança eletrônica para controlar o peso da folha e
faça os ajustes necessários para a correção das gramaturas.

CAPÍTULO 2
CARGAS
O processo de adicionar matéria mineral à massa de papel,
antes da formação da folha, é extremamente antigo, tendo sido
praticado desde os primórdios da fabricação do papel. No
princípio não se via a adição de cargas à massa como benéfica
e alguns papéis, que tinham quantidade apreciável de carga,
eram considerados adulterados. Mais tarde, com a expansão
do uso do papel e o conseqüente aparecimento de vários novos
requisitos, as cargas passaram a ser consideradas como parte
integrante e, em alguns casos, imprescindíveis. Dentre as mais
usadas podemos destacar: caulim (silicato de alumínio) o talco
(silicato de magnésio) e o carbonato de cálcio.
A adição de cargas é necessária em papéis de impressão, onde
aumentam a opacidade e contribuem para a melhoria do
acabamento, lisura e printabilidade.
Para que um material seja usado como carga, alguns requisitos
devem ser obedecidos: deve ter brancura compatível com o
tipo de papel a ser fabricado, além de ser quimicamente inerte
para que não promova reações desfavoráveis com os outros
constituintes da massa.

Caulim
O caulim é um silicato de alumínio hidratado, ocorrendo em
diversos depósitos naturais do nosso planeta. É a carga mais
empregada na indústria papeleira, tendo como principais
efeitos: aumento de lisura, do lustro e da printabilidade;
aumento de opacidade; redução da resistência.
Tipos de papéis que utilizam caulim: escrever e impressão, de
uma forma geral.
A alvura do caulim é menor do que o carbonato de cálcio. O
caulim tem um custo mais baixo do que o carbonato de cálcio e
o carbonato de magnésio.

Carbonato de cálcio ( o mais indicado )


Produto de alta alvura, sendo usado em papéis especiais,
fabricados em meio alcalino, pois em meio ácido o carbonato
se decompõe, formando gás carbônico. O carbonato de cálcio é
um agente tampão que repele a água e melhora a
printabilidade do papel para alguns processos de impressão.
Tem um custo barato e previne a oxidação do papel.
Usar com nossa cola alcalina HC-1
Não usar com cola ácida HC2
Carbonato de magnésio
É outro importante agente tampão alcalino.
Ele blinda as moléculas de ferro que estejam livres na água de
forma mais eficiente que o carbonato de cálcio, entretanto é
mais caro do que aquele.
Usar com nossa cola alcalina HC-1
Não usar com cola ácida HC2

Uso das cargas minerais


Uso: para cada 100 gramas de aparas secas use 5 a
12% gramas de carbonato de cálcio ou carbonato de
magnésio. A carga deverá ser previamente dissolvida
em água e caso haja resíduos sólidos, deverá ser
coada em peneira fina.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: USAR AS CARGAS
SOMENTE EM PAPÉIS PRENSADOS A ÚMIDO. NÃO
USAR EM PAPÉIS QUE SERÃO SECADOS NO
QUADRO.

CAPÍTULO 3
COLAGEM COLA HC-1 | Colagem alcalina
Para colagem na massa de papéis secados no quadro
ou prensados a úmido. Não usar em papéis de fibra
pura ou de palhas. Confere às folhas uma ótima
resistência ao estouro, porém não confere resistência
a úmido.
Modo de usar: Aqueça 750 ml de água. Ao atingir 75 graus,
colocar lentamente, mexendo sempre, 40/50 gramas de HC-1
dissolvidos em 250 ml de água fria, desligar o fogão e mexer
por alguns segundos para homogeinizar. Usar 0,5 litro de cola
para cada receita de 15 litros no pulper. A solução de cola
deverá ser colocada no pulper somente no final de preparação
da massa e misturada durante 1 minuto no máximo. Os papéis
com cola HC-1 poderão ser prensados a úmido ou secados no
quadro. As sobras desta cola não podem ser armazenadas para
uso no dia seguinte. Trabalhe sempre com cola fresca.
Uso da cola junto com a carga mineral
A cola HC-1 pode ser usada junto com a carga, da seguinte
forma:
- 40 gramas de HC-1
- 400 gramas de carbonato de cálcio
-4 litros de água
Aquecer até espessar ( 75 graus). Atenção: não ferva a mistura.
Usar 0,5 litro na receita.
Esta combinação é apenas para papéis que serão prensados a
úmido.

COLA HC-2 |Colagem ácida


Para colagem na massa de papéis reciclados. Não usar
em papéis de fibra pura ou secados no quadro.
Produz uma colagem ácida e não pode ser usado para
papéis para fins artísticos. Confere às folhas uma
grande resistência ao estouro e ótima resistência a
úmido.
Usar somente em papéis que serão prensados a
úmido, ou seja, papéis que não irão secar no quadro.
É a cola ideal para papéis que irão receber alguma
decoração na massa, com por ex: fibras, palhas,
folhas de vegetais, etc.
Modo de usar:
-Cola HC2: 2 a 3% em relação peso das aparas secas.
-Agente de precicpitação HC-5: 6% em relação ao peso das
aparas secas.
Sequência de aplicação
Com o pulper ligado, estando as aparas já moidas, coloque a
cola HC-2 (pré-dissolvida em um copo de água fria) e espere
alguns segundos para que ela se incorpore à massa. Em
sequência, coloque o agente de precipitação HC (também
prédissolvido em um copo de água fria e coado em peneira
fina).

CAPÍTULO 4

PRENSAGEM E SECAGEM DE PAPÉIS RECICLADOS

Os papéis, após formados, podem ser deixados nos quadros


para secagem, em local ventilado, ao abrigo do sol.

Papéis que serão prensados para obter uma superfície lisa,


deverão ser transferidos para um tecido, terem o excesso de
água removido e empilhados para prensagem. A prensagem
forte é usada para papéis reciclados.

1) Retirando o excesso de água para transferir o papel


para secagem. Coloque o quadro com o lado da folha para
baixo, sobre o pano de transferência pré-umedecido
(utilizamos americano cru). Usando uma esponja, pressione o
quadro e vá removendo a água. Repita diversas vezes a
operação. Atenção: não esfregue a esponja, apenas pressione.
Transferindo a folha. Após a retirada do excesso de água,
levante cuidadosamente um dos lados do quadro para soltar a
folha. Empilhe as folhas junto com o tecido e leve à prensa.
Após o esgotamento do excesso de água, separe os panos e
pendure para secar. Após a secagem, destaque os papéis dos
panos e leve à prensa para desempenar. Periodicamente, lave e
passe os panos para eliminar resíduos de fibras e cola que
ficam aderidos aos mesmos.
Outras técnicas de transferência serão examinadas em nossos
cursos e nos treinamentos.
Obsv: Papéis de fibra pura não utilizam este processo de
transferência e deverão ser secados nos quadros. (Na técnica
japonesa os papéis de fibra são formados de acordo com outras
técnicas de manipulação).
Veja um vídeo no blog www.heleniceconvites.com.br

CAPÍTULO 5

PAPÉIS DE FIBRAS VEGETAIS

O cozimento das fibras


Cozer, pilar e lavar as fibras são operações que devem ser feitas no
dia anterior à formação das folhas. O cozimento mais comum é feito
com carbonato de sósio (Na2CO3) que tem a denominação vulgar de
barrilha.

Receita básica
200 gramas de Na2CO3
1 kg de fibra
15 litros de água
Tempo de cozimento: 2 horas

Este cozimento é chamado “cozimento 20%” porque a quantidade de


álcali corresponde a 20% do peso das fibras. Os cozimentos podem
ser de 20, 15 e 12%. dependendo da fibra.

Volumes típicos para pequenas quantidades de fibras


• 12 litros de água para 750 gramas de fibra
• 10 litros de água para 500 gramas de fibra
• 8 litros de água para 250 gramas de fibra
• 4 litros de água para 100 gramas de fibra

Os tempos de cozimento deverão ser experimentais. As


concentrações e tempos de cozimento dependerão da qualidade da
fibra e também de sua idade. Os dados acima funcionam
adequadamente para fibras colhidas com no máximo 1 ano de idade.

Sequência de operações no cozimento


Quando a água do cozimento estiver fervendo, adicione o carbonato
de sódio (use luvas e óculos de segurança) e depois a fibra. Mexa a
cada 30 minutos. Após o cozimento, uma lavagem extensa das
fibras, em água limpa, originará um papel mais macio e brilhante.

Considerações complementares sobre cozimento de


fibras
Acrescente a fibra quando a solução de cozimento começar a ferver
e observe quando o fervimento reiniciar. Mexa a solução a cada 30
minutos no mínimo, para garantir o cozimento por igual das fibras e
para evitar que parte das fibras flutue e seque. Os tempos de
cozimento variam conforme a fibra, indo de 1 hora até várias horas.
Estes tempos deverão ser obtidos experimentalmente.
Cozimentos rápidos em fortes concentrações de álcalis, podem
provocar a dissolução da celulose, originando um papel fraco.
Controle o pH para não subir acima de 11, comprometendo a
qualidadade da fibra.
Controle o cozimento a cada 30 minutos, retirando uma pequena
porção de fibras da água e puxando no sentido do comprimento. Se
ela se romper com um puxão suave, está pronta. Cuide para não
cozinhar além do tempo tempo necessário, o que faz desaparecer as
características próprias da fibra. O cozimento em tempo correto
possibilita que a fibra seja pilada com facilidade.

Tempo de repouso
É mais seguro deixar a solução de cozimento esfriar antes de lavar as
fibras.
Pilando a fibra
Pilar a fibra cuidadosamente pode significar a diferença entre uma
folha com grande permanência, porém dura, e uma folha não
somente com permanência, mas também, bem formada, macia e
com uma distribuição uniforme em toda sua superfície. A regra
geral, para uma boa formação da folha, é pilar a fibra o mínimo
necessário para se atingir o ponto ideal para trabalho.
Pilar a fibra à mão tem a vantagem de raramente produzir-se uma
fibra trabalhada além do ponto ideal (o que pode acasionar material
com drenagem muito lenta). Ou seja, a técnica à mão permite o
controle seguro de todo o processo. Por causa disso, e do baixo custo
do equipamento necessário, além do respeito pela característica de
cada fibra, a pilagem manual é o procedimento correto quando se
deseja produzir papéis de qualidade superior. Todas a s fibras que
respondem com rapidez ao cozimento (ver capítulo “Cozimento”)
podem ser piladas à mão com bons resultados. Duas abordagens
sobre a pilagem manual são descritas a seguir:

1 | Método simplificado
Coloque 250 gramas de fibras cozidas em carbonato de sódio sobre a
mesa de socar. Certifique-se de que sua superfície esteja bem lavada
com água limpa. Retire o excesso de águas das fibras apertando-as
com as mãos. Disponha as fibras de comprido, juntas, formando
uma fileira de aproximadamente 10 x 30 cm. Bata a pilha dando 3
golpes no mesmo local de cada vez. Continue socando até que as
fibras se espalhem; então pare e dobre a a pilha sobre si mesma, das
extremidades para o centro. Vire a pilha ao contrário e reinicie o
processo. O total de tempo deverá ser mais ou menos 25 minutos.
Pare e coloque as fibras em 3 litros de água fria e limpa. Se não for
iniciar a formação de folhas imediatamente, estoque o material em
refrigerador (não mais que poucos dias)

2 | Método tradicional (oriental)


A forma tradicional de pilar a fibra é uma forma mais trabalhada de
preparação, exigindo mais tempo e dedicação do papeleiro. Coloque
750 gramas de fibras cozidas em carbonato de sódio (na técnica
oriental clássica é usado o cozimento em lixívia, que são cinzas de
madeira). Enxugue bastante as fibras com as mãos, apertando-as
até que nenhuma água possa ser mais expelida. Distribua as fibras
sobre a mesa de pilar, formando um retângulo de mais ou menos 10
x 45 cm. Bata as fibras, dobrando as pontas periodicamente, durante
45 minutos. Abra as fibras e salpique 300 ml de água sobre as
mesmas e continue batendo. Após 15 minutos, salpique mais 300 ml
de água e continue batendo. Repita até completar 900 ml de água e
um tempo total de 1 hora e 45 minutos. Quando terminar coloque as
fibras em 12 litros de água fria, misture bem com as mãos e
armazene em local fresco até o dia seguinte, quando deverão ser
utilizadas. Essa técnica produz papéis de qualidade superior, com
excelentes características de formação.

A mesa de pilar
Qualquer superfície dura e firme, isenta de tintas ou outros agentes
contaminadores é aceitável para bater a fibra. Os tamanhos ideais
são 40 x 60 ou 60 x 90 cm. Pode-se usar uma pedra lisa, madeira
dura, compensado grosso ou tábua grossa revestida com fórmica.
Todos os materiais devem ser assentados sobre base firme.
Para bater, usar soquetes ou martelos de madeira.

Agente floculante
Os papéis de fibra pura não usam colas. Usa-se o agente floculante
para manter as fibras distribuidas na água durante a formação,
evitando que as mesmas drenem para o fundo do tanque formador.
Use nosso agente dispersante HC-3, conforme indicações.

PREPARAÇÃO DO FLOCULANTE HC-3

(escrever)

Formação das folhas de fibras vegetais


As instruções para a formação de folhas de fibras aqui
indicadas são adequadas e adaptadas para a nossa mesa
formadora e não traduzem a forma oriental de formação de
folhas. As técnicas orientais obedecem a certos procedimentos
que não utilizamos nesse manual, mas servem para a obtenção
de folhas de fibras vegetais, tanto quanto aqueles obtidos na
técnica original. Utilizamos neste manual alguns
procedimentos da técnica oriental para tratamento das fibras,
mas não abordamos a maneira de formar as folhas, por se
tratar de procedimentos diferentes daqueles aqui descritos. As
folhas de papel de fibra são extremamente finas e devem ser
exploradas pelos papeleiros de forma experimental, que à
medida que forem efetuando testes, encontrarão as receitas
mais adequadas para seus objetivos.

Iniciaremos a formação de folhas de fibras com uma receita


experimental para a mesa formadora:
-400 gramas de fibra já cozida.
-10 litros de água.
-Floculante (experimental) variando de 15 a 30 ml.

Encha o tanque com água limpa e inicie a formação com 0,5


litro de polpa. Forme algumas folhas, seque e analise. Prepare
mais receitas, conforme acima e continue com cargas de 750
ml, 1 litro, etc. Analise os resultados e forme sua cartela de
papéis. Cada tipo de fibra fornecerá um resultado, por isso é
necessário que o papeleiro dedique-se à pesquisa desse
material para conseguir um domínio sobre os materiais e
gramaturas.

Algumas plantas produtoras de fibras para papel


Na tabela abaixo, abordamos de forma resumida e objetiva, a
preparação de diversos tipos de fibras. As espécies aqui
sugeridas podem facilmente ser encontradas em áreas urbanas
e rurais, possibilitando dessa forma que os iniciantes na arte
de fazer papel possam, através de simples colheita, obter
matéria prima para seu aprendizado.
Partes a
Nome Nome Tipo de
serem
comum científico Cozimento
Usadas
Raspar e
retirar a pele.
Use luvas, pois
a polpa da
folha irrita a
Folhas
pele. Macerar
Sisal, Pita Agave species cortadas
durante 12
pela base
horas em água.
Cozinhar com
carbonato de
sódio durante 2
ou 3 horas.
Raspar a a pele
das folhas.
Macerar em
água durante
Ananas 24 horas e
Abacaxi Folhas
comosus depois
cozinhar em
carbonato de
sódio durante 2
horas.

Raspar a pele
das folhas.
Macerar em
Folhas água por 4
Espada-de- Sansevieria
cortadas horas e depois
São-Jorge trifasciata
pela base cozinhar em
carbonato de
sódio por 2
horas.
Cortar o caule
em pedaços (3
a 4 cm) e
Cyperus
Papiro Caule cozinhar em
papyrus
carbonato de
sódio durante 1
hora.

Cortar o caule
em pedaços (3
a 4 cm) e
Hibiscus
Quiabo Caule cozinhar em
esculentus
carbonato de
sódio durante 2
horas.

Cozinhar
Folhas durante 2
Yuca Yucca species cortadas horas em
pela base carbonato de
sódio.
Cozinhar sem
Tronco descascar em
Bananeira Musa Sp cortado em carbonato de
pedaços sódio durante 2
horas

Retire a casca
dos ramos
imediatamete
após cortá-los.
Ficus Ficus Folhas Cozinhar
durante 3 ou 4
horas em
carbonato de
sódio.

Macerar as
folhas durante
24 horas .
Hemerocallis
Lírio do brejo Folhas Cozinhar em
fulva
carbonato de
sódio por 2
horas.
Cortar o caule
em pedaço de 3
Helicônia a 4 cm e
Heliconia
(bananeira Caule cozinhar em
rostrata
de jardim) carbonato de
sódio durante 1
hora.

*Carbonato de sódio (Na2CO3) é a barrilha leve,


encontrada em lojas que vendem produtos para
piscinas. Apesar de não ser cáustico, é recomendável
usar luvas e óculos de segurança no processo de
cozimento.
Equipamentos e insumos para a produção de papel artesanal
www.polypaper.com.br
Tels. (31) 3461.3209 | 98802.7961 | 98806.0285
Belo Horizonte - MG

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