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William Oliveira Lima

RESUMO

O papel tem total importância no nosso cotidiano desde a sua criação e está nos
acompanhando o tempo todo. Sabemos que existe 2 formas de fabricar o papel,
uma utilizando fibras primarias (virgens) e outra utilizando fibras secundárias
(aparas). O papel que contém 100% de celulose virgem quer dizer que no
processo da sua fabricação é utilizado a celulose pura, ou seja, não foi utilizado
antes. Esse material é projetado no processo de silvicultura, onde são plantadas
várias mudas de eucalipto para a obter a celulose e utilizando máquinas como
harvest e forwarder são realizadas as atividades de corte e colheita das árvores, é
claro que existem outras plantas como: pinus, bagaçu, bambu, etc que também
pode fazer este processo. Já as fibras secundárias significa que ela já foi utilizada
outras vezes no processo de fabricação de papel, ou seja, são papéis recicláveis
(aparas). Existem diversos tipos de papéis, como por exemplo: kraft, tissuê, capa,
couchê, test liner, sulfite, vegetal, entre outros.
Chegando na desagregação, existe um equipamento chamado hydrapulper (ou
pulper), esse equipamento funciona como um liquidificador gigante fazendo a
fragmentação e hidratação da massa. Durante o processo, Ele faz com que a
massa se movimente várias vezes, e com isto se fragmente até que suas fibras
sejam individualizadas (quanto ao processo, podem ser contínuos ou por
batelada e quanto à forma, podem ser verticais, horizontais ou por tambor).
Partindo para depuração, a massa cozida é transferida para o esta etapa, que por
processo mecânico, separa as impurezas (areia, grampos, plásticos, isopor,
pequenos palitos, entre outros) que são indesejáveis para aparência e finalidade
da folha. O material de aceite é transferido para os filtros lavadores, que tem por
finalidade lavar a massa, separando todos os solúveis das fibras de celulose.
Com isso passamos para refinação, que tem o principal objetivo de melhorar a
capacidade de união das fibras, ou seja, unir umas com as outras para ter uma
folha mais homogênea e resistente aos esforços mecânicos (prensagem) a que
estiver sujeita.
No processo da fabricação de papel também utilizamos alguns aditivos como:
corante, amido, hercobond, cola, soda, antiespumante, entre outros. Esses
aditivos são utilizados e dosados de acordo com o papel que foi pedido pelo
cliente.

No processo de formação da folha de uma máquina de papel é onde


aproximadamente 95% da agua e removida. Essa remoção deve ser feita de uma
forma gradual, para minimizar a perda de sólidos, manter boa eficiência de
operação e drenagem, obter uma folha com características de qualidade dentro
dos parâmetros requeridos e entregar a folha para a seção de prensagem com o
maior teor de sólidos possível.
Grande parte da água é removida de forma natural, mas, para se obter uma folha
com o teor seco necessário para a seção de formação, e essencial a utilização de
um sistema de vácuo composto por tubulações, separadores, vários tipos de
elementos de drenagem e geradores de vácuo. As bombas de vácuo consomem
em torno de 17% do total da energia elétrica utilizada numa máquina de papel,
sendo cerca de um terço consumido na seção de formação. O sistema de vácuo é
muito importante, por isso é de extrema importância projetar e operar este
sistema de modo a obter o máximo de eficiência. Mesmo considerando o relativo
alto consumo de energia elétrica pelas bombas de vácuo, e muito mais econômico
remover a água da folha na seção de formação.
A função das prensas é retirar parte da água da estrutura capilar das fibras através
da compressão da folha. A maior remoção determina uma melhor eficiência nesta
seção, levando em conta o aspecto econômico da operação e a qualidade final da
produção.
A calandragem é um processo de conformação de materiais através de cilindros
aquecidos de uma calandra (as calandras são utilizadas para obter papeis com
maior brilho e mais liso). Já as supercalandragens trata-se de um equipamento fora
da máquina de papel, podendo se encontrar supercalandras com 3 ou até 20 rolos,
os quais são montados verticalmente alternados.
No enrolamento, a folha de papel é envolvida em estangas que são trocadas
automaticamente, após atingir o diâmetro total do rolo de papel. As camadas
internas do tambor são expostas a cargas muito elevadas e são, portanto, sensíveis
a danos. Os danos típicos são rugas e estouros. O sistema de enrolamento deve
controlar a estrutura e dureza do rolo de papel enrolado da primeira à última
camada.
A função da rebobinadeira é realizar o rebobinamento do papel enrolado (Bobina
Jumbo) no formato previamente estabelecido de acordo com a solicitação do
cliente e com tensão o mais uniforme possível, ou seja, uma dureza de
enrolamento uniforme através de todo o diâmetro da bobina com o objetivo de se
obter bobinas homogêneas, ou em outras palavras, bobinas com densidade.
Partindo para o controle de qualidade, sabemos que para ter um papel de
qualidade no final do processo é necessário haver um controle dos parâmetros de
qualidade da folha. Existem alguns testes que são realizados antes da entrega do
papel, nas fibras primárias (virgens) são realizados os testes de: absorção,
gramatura, suavidade, umidade e alvura. Já nas fibras secundárias são realizados
os testes de: RCT, CMT, COBB e perfil de gramatura.
Feito todos esses procedimentos o papel está feito e pronto para poder ir as
vendas.

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