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Características do papel:
Tipo de Fibra: É o componente principal para a fabricação do papel . O papel pode ser
fabricado com polpa de fibras de algodão, as quais são nobres e altamente duráveis por
serem fibras longas, provenientes do fruto de árvores ou com fibras de madeira, que são
fibras curtas provenientes do caule da árvore e que podem ser tratadas quimicamente
para aumentar sua durabilidade.
pH: É a medida de acidez ou alcalinidade de uma solução. O pH varia de 0 a 14, sendo pH=7:
neutro. A maioria dos papéis de uso é ácida, o que acelera seu amarelamento e
decomposição.
À medida que o ácido do ambiente interfere no papel, o pH do mesmo começa a cair para
menos de 7, tornando-se ácido e acelerando seu amarelamento.
Para papéis artísticos, o pH neutro é fundamental para prolongar a durabilidade da obra
de arte.
Isso se deve pelo fato do papel sofrer interferências da umidade relativa do ambiente em
que está exposto, tendendo a se igualar ao mesmo.
Uma das características do papel japonês tem sido, desde sempre e ainda hoje a
riqueza da sua composição, sempre de fibras vegetais, mas elaborado com técnicas
diversificadas, transmitidas e aperfeiçoadas de geração em geração.
O papel japonês foi levado pela primeira vez à Europa, no século XVII e divulgou-se
a partir de fins do século XIX, quando do grande interesse pelas gravuras japonesas e,
mais recentemente, muito utilizado em restauros, justamente devido às suas
propriedades: ausência de ácidos, fibras longas e resistência à temperatura até aos 70 oC.
RESTAURO
Em alguns casos é possível restaurar a própria foto original, para tanto é necessário
que se realizem previamente alguns testes, quanto à solubilidade e qualidade do material
a ser trabalhado.
No caso das gravuras, cujas tintas gráficas são bastante resistentes à imersão em
água, o restauro é muito mais seguro, porém há sempre necessidade de se fazer testes
em todos os casos.
As aquarelas são as mais frágeis, pois sua tinta aguada tende a desbotar com
facilidade, a lavagem nesses casos, é parcial, deve ser realizada do lado posterior e não
permitem muitos retoques, somente os pontuais.
Limpeza mecânica:
Lavagem
Na fase de lavagem, o papel deve ser estendido em uma tela de rede, para facilitar
o manuseio, uma vez que o mesmo fica frágil quando molhado, é mergulhado em
um recipiente com água (desmineralizada, destilada ou deionizada), onde foi
previamente dissolvido um fungicida e óxido de cálcio, que tem a propriedade de
tornar a água alcalina. Durante a imersão (cerca de vinte minutos) passa-se o
pincel de pelo de cabra sobre as manchas para eliminar a sujidade mais resistente.
Retira-se o papel do recipiente e deixa-se secar durante doze horas
aproximadamente.
Seguidamente, branqueia-se o papel, com uma solução de hipoclorito de cálcio e
água, não é possível informar previamente uma concentração correta de
hipoclorito;
Se houver necessidade, faz-se uma “laminação” ou fundo duplo, trata-se de aplicar
um novo fundo ao papel para reconstituir a unidade aos rasgões e, ao mesmo
tempo, facilitar as integrações pictóricas, reforçando os pontos frágeis atacados
pelo bolor;
Sobre uma superfície plana e não porosa (fórmica ou vidro), coloca-se uma folha
de papel de arroz japonês (alguns centímetros maior do que o original) e borrifa-se
toda a superfície com água deionizada para que o papel se dilate.
Alisa-se o papel com rolo de borracha e, para evitar que uma vez seco volte a
encolher, mantê-lo preso com uma fita de papel adesivo (fundo tirante), deixar
secar durante aproximadamente doze horas;
O original deve ser colocado em uma folha de plástico transparente, que servirá
para transladar quando estiver molhado, espalhar uma camada de cola (CMC)
muito leve no reverso, efetuando sempre um movimento desde o centro até as
margens, fazer o mesmo procedimento no fundo tirante. Proceder à colagem
unindo os dois suportes.
Antes de remover o plástico, alisar com uma escova grande para que as bolhas de
ar sejam eliminadas, retirar o plástico e deixar secar durante aproximadamente
uma semana para estabilizar;
Efetuar os retoques e reintegrações pictóricas (manchas e bolor persistentes) com
cores a aquarela;
Com o restauro terminado, retira-se o original do “fundo tirante” com o auxílio de
um estilete.
Enxertos
Muitas obras em papel sofrem perda de massa e podem ser reconstituídas através
de dois tipos de papel japonês: um para o anverso, que deverá ter uma gramatura,
espessura e cor semelhantes ao suporte e outro mais fino para o reverso (ex:- 60 gramas,
9 gramas, respectivamente).
Trabalhando no reverso colocam-se os dois pedaços de papel na posição correta e
espalha-se cola de metilcelulose (por ser compatível com o papel);
Depois de secar completamente, volta-se a folha e coloca-se sobre uma mesa
iluminada de modo que se possa ver em transparência o contorno do rasgão
situado debaixo do papel usado para o arranjo, procurando que os fiapos do papel
rasgado cubram ligeiramente a parte vazia, assegurando assim, uma fixação maior;
Seguidamente, espalha-se, com muito cuidado, uma ligeira camada de cola para
que aqueles fiapos se colem. Com o auxílio do estilete, cortar as sobras para que o
remendo fique emparelhado.
Reintegração pictórica
Para este procedimento utilizar sempre cores a aquarela, mediante retoques leves
e pontuais com a obra na vertical. Para evitar tremores e conseqüentes borrões, fazer uso
de um bastão próprio (tento) que deve ser apoiado fora da obra.
Montagem
Para emoldurar corretamente uma obra em papel é aconselhável seguir algumas
regras. Além de uma proteção de vidro (que pode ser anti-reflexivo) na frente, devemos
colocar um cartão isento de ácido e com reserva de carga alcalina no verso (foamboard), a
fim de neutralizar a acidez que eventualmente apareça novamente. Se utilizar passe-
partout, este deve ser isento de ácido e com carga alcalina. Finalizar com tira de papel
craft gomado ao longo da esquadria, para evitar que entre pó.
Glossário
CMC: A carboximetilcelulose, normalmente apresentada na forma sódica (sal de sódio), como
carboximetilcelulose de sódio, é um polímero aniônico derivado da celulose, muito solúvel em
água, tanto a frio quanto a quente, na qual forma tanto soluções propriamente ditas quanto géis.
Tem a excelente propriedade para aplicações em farmacologia e como aditivo alimentar de ser
fisiologicamente inerte.
Características das soluções: Uma solução a 2% apresenta uma viscosidade que pode variar de
10 e 50.000 cps a 20°C, dependendo do peso molecular, regularidade da molécula e número de
substituições. A viscosidade é reversível com a temperatura e estável a pH entre 5 e 11.
Aplicações:
Espessante.
Doador de viscosidade para algumas formulações de detergentes.
Ligante.
Estabilizante.
Agente de suspensão.
Retenção de água.
Fita Craft adesivada: manufaturada com papel Kraft natural de fibra longa, o que
aumenta a resistência à tração do produto. A gramatura do papel é de 80 g/m 2, em cima
do papel é colocada uma camada de 30g/m2 de cola vegetal de alta performance. O
resultado é uma fita com colagem rápida, facilitando o fechamento de caixas em sua linha
de produção. A fita pode ser lisa ou impressa com até 3 cores.
Fungicida: é um pesticida que destrói ou inibe a ação dos fungos que geralmente atacam
as plantas. A utilização de fungicidas sintéticos é muito comum na agricultura
convencional, e representa um sério risco ao homem e ao meio-ambiente, por se tratar de
um produto muito tóxico e perigoso. No caso da agricultura alternativa, mais conhecida
como agricultura orgânica, o controle dos fungos é realizado com produtos naturais e com
técnicas de manejo alternativas.
Litargírio: é o nome comercial ( CAS 1317-36-8 ) do óxido de chumbo ( PbO ) com grau de
pureza de 99,8%. É um sólido, na forma de pó, densidade de 9,53 g/cm3, insolúvel em
água, sem cheiro, e altamente tóxico. É usado principalmente na indústria para
refinamento de óleos, separação de ouro e prata na mineração, produção de tintas,
esmaltes, vernizes , vulcanização da borracha, e na fundição de vidros e cerâmicas.
Foi descrito pela primeira vez como mineral em 1917 quando encontrado no Condado de
San Bernardino, Califórnia, USA.
Óxido: Um óxido é um composto químico binário formado por átomos de oxigênio com outros
elementos. Os óxidos constituem um grande grupo na química pois a maioria dos elementos
químicos formam óxidos. Alguns exemplos de óxidos com os quais convivemos são: ferrugem
(óxido de ferro III), gás carbônico (óxido de carbono IV ou dióxido de carbono), cal (óxido de
cálcio).
Nos óxidos, o elemento mais eletronegativo deve ser o oxigênio. Os compostos OF2 ou
O2F2 não são óxidos pois o flúor é mais eletronegativo que o oxigênio. Estes compostos
são chamados fluoretos de oxigênio.
Óxido de Cálcio: (conhecido como cal) é uma das substâncias mais importantes para a
indústria, sendo obtida por decomposição térmica de calcário (de 825[1] a 900 °C).
Também chamada de cal viva ou cal virgem, é um composto sólido branco.
Na2O2
BaO2
Michelangelo
Pincéis
Formatos
Chato Redondo
A - Chato Longo (Stroke) J - Redondo Curto (Spotter)
Tipos de Pêlos
KOLINSKY (Kolinsky Sable)
TEXUGO (Badger)
MANGUSTO (Mongoose)
QUATI (Raccoon)
(sem detalhes)
CAMELO (Camel)
PÔNEI (Pony)
CABRA (Goat)
Não são usados para fabricação de pincéis artísticos por serem muito
rústicos. São usados para confecção de escovas.
Virolas
A Virola é o elemento de ligação entre o pêlo e o cabo do
pincel. Em geral são feitas de alumínio polido, latão cromado,
niquelado ou cobreado.
Cabo
Montagem