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Apresentação do material

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Ufa! Quanta coisa, não é mesmo? Espero que vocês conheçam, curtam, leiam e se desenvolvam em qualquer área que
desejarem!

Ricardo Sílvio – Editor.


No encontro anterior.
• Vimos que os primeiros baralhos NÃO descendem do antigo Egito –
na verdade o mito surge no fim do século XVIII e XIX por conta do
fascínio europeu pela civilização egípcia;
• Que o termo “jogo de azar” vem da designação dos dados, que, por
sua vez, foram melhoramentos dos joguinhos primitivos, praticados
com ossos;
• Que a sociedade europeia curtia muito os jogos, especialmente os
de azar, mas que o conceito de adivinhar por meio de um jogo,
embora fosse presente, não era bem visto, pois constituía uma
forma de intervir no desígnio divino.
2 - Surgimento e desenvolvimento dos
baralhos na Europa.
• Os indícios do surgimento dos baralhos na Europa são restritos ao século
XIV. Naquela época, decretos reais a partir de 1370 já buscavam
normatizar, principalmente os jogos conhecidos como naips e naibi, no
Sul da Europa; falava-se também na proibição do jogo de chartae e
karten, no norte europeu;
• Em 1376 se falava da chegada à França de um jogo de cartas chamado
Naibbe. O tratado do frade dominicano Johannes de Rheinelden já
denunciava e recomendava se combater um jogo chamado “Ludus
cartarum”, “jogo de cartas”, em tradução livre;
• Do que se conhece sobre este jogo, sabe-se que, nas palavras do frade,
“(…)[Neste jogo] o mundo nos tempos atuais e modernos é descrito e
representado de maneira perfeita.
De onde vêm as
primeiras cartas
de jogo?
• O inventário de Carlos VI (foto), em 1392
incluía um jogo de cartas que, durante muito
tempo esteve associado a um baralho
primitivo, mas que depois se mostrou
equivocado;
• Em 1379 o naib chegava à Europa pelas mãos
de um sarraceno.
• Entre os anos de 1365 e 1390, os primeiros
baralhos chegavam à Europa, provavelmente
trazidos do Oriente por Veneza.
• Uma hipótese muito validada é a de que os primeiros baralhos
chegaram à Europa pelas mãos dos tártaros, vindos da Pérsia. Este
povo teria importado da China os primeiros jogos. A hipótese se
baseia, principalmente na diversidade de materiais que não existiam
na Europa, que, no entanto, eram utilizados na confecção das cartas;
• Os jogos de cartas se configuraram como versões planas dos
dominós, também originários da China. Há quem sustente, no
entanto, que a sua origem tem como predecessores os dados
jogados pelos bárbaros do Oeste chinês, bem como o papel-
moeda, conhecido dos chineses desde o século X.
Argumentos
contrários à teoria
árabe dos baralhos.
• As “Mil e Uma Noites”, coletânea oral de
conhecimentos orientais, não menciona os
jogos de carta;
• O Judaísmo e o Alcorão proíbem
representações de pessoas ou animais,
bem como os jogos de azar;
• Os indícios relatados pelos cronistas
apontam que os primeiros baralhos foram,
na verdade, levados da Europa ao Oriente.
Novos rumos.
• É mais provável que as cartas de jogo tenham surgido na
Alemanha (Henry Renné d’Alemagne), migrando logo em
seguida para a Espanha, passando por Flandres;
• Da Espanha, os primeiros baralhos viriam a ser trazidos para a
Itália, que, de muita influência árabe, deve ter contribuído para
a modificação iconográfica de sua natureza oriental, gerando a
confusão sobre a origem.
As inspirações.
• Acredita-se que os primeiros tarots surgiram como simplificações dos
difíceis – e caros – jogos de xadrez, chegados na Europa por volta do
ano 1.000 d.C. Algo comprovável por meio da análise da sua estrutura
(os naipes e suas respectivas organizações);
• Os boêmios teriam chegado na Europa com alguns jogos de cartas
somente em 1427, o que invalida a tese de que eles teriam trazido os
primeiros jogos – eles já existiam e eram populares naquele ano na
Europa. Alguns autores mencionam até mesmo o fato de que entre os
boêmios e os ciganos, ao se realizar uma pesquisa, percebeu que estes
grupos sequer conheciam os baralhos de Marselha (Gerard Van
Rijnberk).
A iconografia das cartas.
• Se fosse possível comprovar que as cartas do tarot vieram do Oriente,
pela natureza frágil das mesmas, dificilmente seria plausível considerar
que a iconografia permaneceu inalterada, já que, evidentemente, os
baralhos remetem cada vez mais à iconografia europeia medieval;
• O desenvolvimento, a partir da Espanha (século II d.C), da xilogravura,
permitiu o barateamento da técnica de produção de papel;
• No século XV surgiram os primeiros especialistas no entalhe e na
produção de cartas de jogo. Em 1465 e 1466 surgia, em Barcelona
(Espanha) a primeira corporação especializada no ofício. Em 1450 as
cartas já eram populares e causavam preocupação.
Um conto de plebeus, rico em
crônica diária.

A História dos
Primeiros
Baralhos.
O que havia nas
primeiras cartas?

• Os primeiros jogos de tarot foram descritos em 1377,


pelo monge dominicano Johannes Rheinfeden. Nas
suas descrições, ele menciona que “(...) o estado do
mundo nos tempos modernos e atuais é representado
de maneira perfeita”.
• Os baralhos a seguir ilustram exatamente o que era
representado naqueles primeiros naipes.
Cartas da Corte.
O universo das cartas era o universo da
nobreza.
• A França tem notável papel no que tange ao reconhecimento
do tarot como arte e ofício;
• O baralho mais antigo reconhecido naquela região foi
produzido em Lyon (França) por um tal de Jacques, de 1472,
reconhecido “talhador de moldes”;
• Outro baralho também muito antigo, o de Jean de Dale era
também muito reportado;
• Os baralhos da época traziam não mais insígnias, mas
personagens (diferenciando-se dos baralhos alemães).
Cada carta, uma homenagem.
Nomes célebres que figuravam nos primeiros tarots franceses:

Joana d’Arc Constantino Carlos Magno


E com vocês, os
naipes (século XV).

• Os baralhos com naipes surgiram a partir de 1485,


sendo a normatização mais conhecida, provavelmente
alemã – folha, glande, guizo, coração;
• Na Itália, os naipes se chamavam espada, bastão,
denário e copa;
• Na frança se chamavam lança, trevo, losango, coração,
e são as mais populares até hoje;
• Todos os naipes influenciaram o tarot no âmbito dos
arcanos menores.
Baralho de insígnia Baralho de naipe
Os símbolos, cores e
suas regras.

• Vermelho, preto e branco. Cores básicas da Idade


Média;
• Azul, amarelo e verde, cores consideradas negativas
ou com cargas simbólica muito forte;
• Os símbolos, provavelmente, se originaram de objetos
e elementos da realidade cotidiana.
Fim da aula 2!
• Semana que vem:
• A Simbologia dos Quatro Naipes (capítulo 4);
• As primeiras referências de arquivos e os primeiros tarôs (parte
2, Capítulo 1).

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