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UM GUIA PARA DESCOBRIR E SE
LIVRAR DE CRENÇAS LIMITANTES
BUDA
O Limite esta´
na sua cabeca
Você pode não se dar conta, mas existem algumas bússolas mentais que definem as
suas escolhas o tempo inteiro. Uma delas (e certamente uma das mais fortes) são as
suas crenças. Crença é o conjunto de “certezas” que você traz consigo ao longo da
sua vida. São experiências, aprendizados, valores, traços culturais e, principalmente,
CONCEITOS que você absorveu para dentro de si.
As crenças podem ser Evolutivas ou Limitantes. Algumas te fazem mais forte e te
colocam na espiral evolutiva. Outras são limitadoras, refreiam a expansão do seu
pensamento, das suas habilidades e das suas possibilidades.
Nenhum ser humano nasce com crenças. Todos nós nascemos livres de qualquer
conceito ou preconceito. São as experiências e interações com outras pessoas e
culturas que vão nos colocando conceitos na mente. Partindo deste ponto, você
pode se dar conta que o nível de consciência das pessoas que te cercou ao longo da
sua vida e, principalmente, na sua infância, tem um peso tremendo nas crenças que
estão na sua mente? Já pensou nisso? O ambiente externo e as pessoas com as quais
você convive são fatores muito importantes para desenvolver ou fortalecer crenças.
Se são crenças evolutivas ou limitantes, depende com quem e como você se relacio-
na.
Isso tudo para te dizer uma coisa simples: não importa o tamanho do desafio, do
sonho, do objetivo ou do que quer que você busque na sua vida, você pode! Se você
acha que não pode, então tem aí alguma crença limitando você. O limite está na sua
cabeça! Quando você resolve isso, todas as portas têm possibilidades infinitas na sua
vida.
Chegando no shopping, já do lado de fora eu vi que não tinha nada demais naquele
lugar, então convidei o rapaz para entrar e experimentar com os próprios olhos se
era aquilo mesmo que ele pensava.
- Não meu senhor, eu não entro nesse shopping de jeito nenhum. Tenho até MEDO
de ficar sem a minha carteira, isso aí pra gente milionária!
Quando ele disse isso, eu lembrei do que está sempre por trás de uma crença li-
mitante: o medo! Sempre há um medo sustentando uma limitação. É o medo de não
ter o suficiente, o medo do desconhecido, o medo de não ser aceito, o medo de não
ser amado, o medo de não corresponder às expectativas de alguém, o medo de não
ter as respostas “certas”. São tantos os medos!
No fim, recomendei que ele viesse ali um dia e entrasse para conhecer. Ele ficaria
surpreso ao se dar conta que era só mais um shopping. Quem sabe sua mente se
libertasse de alguns estigmas? Será que ele voltou lá?
Essa história do rapaz do Uber carrega algumas crenças limitantes, mas, para mim, a
maior delas é a crença de que “EU SOU ASSIM”. Quando você se define ou se deixa
definir por algo que não é necessariamente valoroso, você não se permite mudar.
Não se permite crescer. Não se permite evoluir. A vida pode servir a muitos propósi-
tos, e sem dúvida alguma, um dos grandes é evolução. Para evoluir é preciso livrar-se
de rótulos. Para livrar-se de rótulos, abandone a crença limitante “EU SOU ASSIM”. A
menos, é claro, que seja para se referir a valores edificantes e não limitantes.
Quero ser presidente
Primeiro dia de integração e junto comigo tinha mais dez calouros. Cada um de uma
função e para áreas diferentes. Eu seria um novo gerente. Tinha de tudo na sala, de
mecânico a contador, de motorista a vendedores.
Eu era um jovem gerente cheio de energia, com sangue nos olhos e ávido por cresci-
mento pessoal e profissional. Tinha uma sede de aprender e um ímpeto de crescer
que até doía no peito!
Empresa grande reúne todo mundo que está entrando na semana e faz uma inte-
gração agregando a turma toda para ganhar tempo. Nessas apresentações, normal-
mente o RH manda alguma dinâmica para facilitar os novatos a falar um pouco de si,
sua história e interagir com os outros novos colegas. Num dado momento, a psicólo-
ga perguntou quem era você, de onde tinha vindo e qual era seu objetivo na empre-
sa. E aí, a moçada foi dando aquelas respostas protocolares “vim pra somar”, “crescer
junto com a empresa”, etc. Na minha vez, eu me apresentei, falei rapidamente do
que já tinha feito na carreira e sentenciei “Bom, meu objetivo aqui é ser presidente
dessa empresa!” Ah, mas a sala caiu! Todo mundo rachou de rir! Foi uma cena hilária.
Minha resposta foi tão inesperada e espontânea que as pessoas liberaram a energia
represada pela formalidade daquela integração. Quando todos terminaram de rir, a
psicóloga me falou: “olha, se você quer isso mesmo, só tem um jeito: você vai ter que
se casar com alguém da família, porque a empresa é familiar e todos os diretores e
também o presidente, são da família”.
Aí, eu bem jovem e petulante não pestanejei na resposta: “é, mas as coisas mudam,
quem garante que vai ser sempre assim?”.
Ela desconversou e seguiu a dinâmica.
Oito meses depois, eu estava gerenciando uma nova unidade daquela empresa e
recebemos, chocados, a notícia de que a nossa empresa teria sido comprada por uma
multinacional europeia. Depois de mais de 60 anos de gestão familiar, o comando
daquela empresa seria profissional e ligada a uma líder mundial com sede na Holan-
da.
Ah, mas eu não me contive. Passei a mão no telefone e liguei para aquela psicóloga
que facilitou a integração quando entrei na empresa meses atrás.
- Olá Michael, que bom falar com você!
- Então pessoa, você lembra que na integração você me falou que só pessoas da
família podiam ser presidentes aqui?
- Ah pois é, as coisas mudaram né? – Ela já concluiu aonde eu queria chegar.
Resenhamos um bocado sobre a situação nova e nos divertimos relembrando da
integração de meses atrás.
Essa história traz nas entrelinhas algumas crenças limitantes que normalmente
impregnam o meio corporativo. Sem dúvida a mais evidente delas é uma que você já
deve ter ouvido na sua empresa: “As coisas aqui sempre foram desse jeito”.
Quando se aceita o status quo de uma empresa ou comunidade, você se coloca numa
posição passiva, perde a oportunidade de pensar e fazer como agente de mudança e
isso, em escala global, provoca apatia nas pessoas e a empresa deixa de evoluir.
A moral da história é que eu não fui presidente daquela empresa, aliás, acabei
saindo dois anos depois da aquisição porque eu não me sentia alinhado com os
valores da empresa no Brasil. Então, fiz o que se deve fazer nessas situações: mandei
a empresa embora (pedi demissão) e segui adiante na minha carreira em outro lugar.
Quatro anos mais tarde eu assumiria a presidência em outra empresa, que curiosa-
mente, também era uma empresa familiar.
Uma coisa que é preciso ter em mente com seus propósitos, é ter consciência de que
os contextos mudam. O importante é você continuar em frente. Pode ser que você
não consiga chegar aonde queria, exatamente da forma que planejou, mas se souber
ajustar a rota em função dos obstáculos que surgirem, o objetivo certamente será
alcançado. É preciso persistência, flexibilidade, firmeza de propósito e claro, se livrar
das crenças limitantes.
Meu filho é completamente louco por algumas coisas: animais, lego, Star Wars,
dinossauros e hipercarros! Ele sabe tudo de carros esportivos supervelozes, daque-
les que deixam uma Ferrari a ver navios...
Koenigsegg, Lamborghini, Mclaren, Pagani, Bugatti, Hennessey, estão no topo dos
seus preferidos. Até outro dia, eu nunca tinha ouvido falar desses carros. Foi Antonio
Davi, meu filho “Tom”, quem me apresentou a essas marcas.
Quando nos mudamos para São Paulo eu fiquei sabendo que havia uma avenida que
concentrava as maiores concessionárias de carros importados e, num domingo, a
gente deu uma volta por lá. Mas claro, como era domingo, ele teve que se contentar
com as vitrines.
Passado uma semana, me falou que queria ir na loja da Lamborghini.
- Papai, eu vi na internet que no sábado a loja da Lamborghini está aberta. Vamos lá?
- Tá doido cara! Os carros lá custam milhões, a gente não passa nem da recepção!
A Zi, minha mulher, me chamou no canto e assoprou no meu ouvido bem baixinho
“tá colocando crença limitante na cabeça do menino”. Mudei de ideia em um segun-
do! Me dei conta da besteira que eu tinha dito.
- Tom, vamos sim – Falei me corrigindo – De manhã a gente toma um café numa
padaria e parte pra lá, vamos entrar em todas as lojas!
Sabadão chegou e partimos! Fomos conhecer as lojas dos carros mais caros do
mundo! Começando pela Lamborguini, que ostentava na vitrine um exemplar novo
do Lamborguini Huracan Spyder, de R$ 5 Milhões de reais! Já pensou? Fomos até a
recepção e a moça gentilmente perguntou se desejávamos comprar um carro, então
apontei para o Tom e falei, “olha, o teu cliente é esse cara aí, se você convencer ele, a
gente leva o carro.”
Então, todos que estavam ali por perto riram da cena. Gelo quebrado, fomos recebi-
dos e um vendedor colou no Tom e respondeu a todas as perguntas dele. Os olhos
do menino estavam vidrados! Só faltava babar!
É muito massa ver uma criança encontrar ao vivo e a cores o carro dos sonhos que
ela só via nos games.
Aqui entre nós, o carro era monstruosamente incrível! Até eu e a Zi, que não damos
muita bola para carros, ficamos fascinados com as máquinas que tinham naquela
loja. Sem contar que as conversas eram completamente insólitas, do tipo “ah... essa
Ferrari aqui custa só um milhão e meio, é ideal para levar seu filho na escola”. Ou
ainda “Já aquele Lamborguini ali é 3 milhões, já é ideal para dar um passeio no final
de semana”.
Como assim!!! Quem compra um carro de um milhão e meio para levar as crianças na
escola? Tá doido?
Eu com a minha cabeça miúda pensava assim... “caramba, só o IPVA desse carro deve
custar 150 mil. E o seguro 250 mil!!!”
Crença Limitante!!!
Quem tem dinheiro para comprar um Lamborghini não faz esse tipo de conta. O IPVA
e o seguro são tão relevantes quanto para quem tem um carro popular.
Saindo daquela loja, passamos em outras, com carros incríveis, sempre de “milhão
pra cima” e descobrimos cada carro com cada recurso de deixar qualquer pessoa de
queixo caído.
Depois do passeio rolou um debriefing na volta para casa e batemos um papo sobre
as nossas impressões, qual o carro preferido, o mais bonito, o mais esquisito e por aí
vai. Mas a melhor parte mesmo é que nós tínhamos quebrado a minha crença li-
mitante e definitivamente implantado no Tom uma crença evolutiva. Se para muitas
pessoas um Lamborghini é um sonho utópico e inatingível, para o Tom é só uma
possibilidade.
Possibilidades, é isso que você tem quando se livra de crenças limitantes.
10 palavras
limitantes
Dez palavras limitantes
Durante o Curso Líder HD eu criei uma dinâmica com os alunos, para que todos man-
dassem frases que representassem crenças limitantes. Nosso time analisou cada
uma delas e fizemos uma seleção das melhores para compor esse Ebook.
Quando comecei a ler as frases, ficou evidente que algumas tinham algum tipo de
afinidade, seja por assunto ou contexto. Então, imediatamente, criei um mapa mental
pra agrupar essas frases e acabei chegando a 10 palavras, altamente limitantes, que
são as bases centrais para Crenças Limitantes. O que vem a seguir são estas palavras,
a explicação do porquê eu as escolhi e as frases cotidianas que representam crenças
limitantes, atreladas a elas.
rót u lo Resignação
Dogma limite Dom
Medo Preconceito
destino Tempo
Certeza
01 RÓTULO
Rotular é definir. Já diz o ditado que “definir é limitar”. Portanto, toda vez que se
rotula alguém, uma empresa, uma comunidade, um país ou o que quer que seja,
estamos limitando.
Tomando consciência disso nós podemos ter mais cuidado ao fazer afirmações sobre
terceiros, pois corremos o risco de impor limites na medida em que julgamos e rotu-
lamos alguém.
Por outro lado, levando em consideração o nosso crescimento pessoal, cabe a nós
não aceitar rótulos impostos por outros e até por nós mesmos. Na medida em que
desenvolvemos esta habilidade, nos tornamos mais livres e exponencialmente mais
abertos às possibilidades de evolução na vida.
Não coloque rótulo. Não aceite rótulo.
Liderança é um Dom.
Eu não consigo aprender porque não sou inteligente.
Não pode!
Só se tiver licença.
Só se tiver faculdade.
Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, se quiser voar.
06 MEDO
No fundo no fundo, é isso o que está por trás de toda crença limitante: medo! Medo
de crescer, medo de descobrir a verdade, medo descobrir que não há verdade abso-
luta, medo de se perder do porto seguro, medo de sair da zona de conforto, medo de
não ser aceito, medo de perder algo, medo de não resistir, medo de não ter o sufici-
ente para sobreviver, medo de perder seu “pseudopoder” e tantos outros medos.
O medo é paralisante e, portanto, limitante. Pensar e agir com medo sempre vai te
colocar numa condição passiva, reativa e, invariavelmente, vai desenvolver alguma
forma de crença limitante. Para se livrar dessas crenças, é preciso se livrar dos seus
medos. A questão é que nem sempre eles são claros. Os piores medos são os incon-
scientes e requerem muito empenho de se autoconhecer, para tomar consciência e
fazer algo a respeito. De alguma forma, tudo que causa medo, controla seu pensa-
mento e suas ações.
Se você faz alguém ter medo de você, você limita esse alguém. Se você teme algo,
então você está aquém do seu limite.
Cada pessoa estabelece seus objetivos, seus sonhos e seus alvos e, na medida em
que se passam as dezenas de anos, o fato de não realizar esses objetivos podem
trazer um desconforto muito grande. Mas isso é uma ilusão. Tudo que você tem é o
agora, a história que você escreveu e a possibilidade do amanhã. Você não pode
controlar o seu tempo, tudo que pode fazer é viver. Se tempo for uma questão cen-
tral na sua vida, então seu coração sempre viverá pesado. Concentre sua energia em
viver, fazer o que quer, fazer suas escolhas e que elas sejam convergentes com seus
propósitos, assim sua vida pode ser mais leve e qualquer destino vai valer a pena,
porque cada dia está valendo a pena.
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