Você está na página 1de 135

CURSO AVANÇADO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND

Materiais e Componentes

DAVIDSON FIGUEIREDO DEANA


Engenheiro Civil
Ethos Soluções Ltda.
Processos Construtivos Racionalizados
• Blocos de concreto
• Argamassas
• Grautes
• Controle Tecnológico
•Critérios de Desempenho
BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO

O componente bloco

Bloco

Controle de
qualidade

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 3/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO

Principais Características do Bloco de Concreto

-Resistência à compressão
- Absorção total
- Precisão dimensional (formato e dimensões)
- Estabilidade dimensional

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 4/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
FABRICAÇÃO
Bloco Correia
antes transportadora
da cura de agregados

Correia
transportadora
da mistura

Vibro-prensa,
Paletização,
Bloco
após a Estocagem
cura e Expedição

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 5/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
TECNOLOGIA - DOSAGEM

Resistência

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 6/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
FAMÍLIA DE BLOCOS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 7/198


PROPRIEDADES e NORMATIZAÇÃO

Classificação

• Classe A
Com função estrutural: uso acima ou abaixo do nível do solo

•Classe B
Com função estrutural: uso acima do nível do solo

• Classe C
Com função estrutural: uso acima do nível do solo
Blocos - M10: edificações até um pavimento
Blocos - M12,5: edificações até dois pavimentos

• Classe D - Sem função estrutural: uso acima do nível do solo.

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 8/198


PROPRIEDADES e NORMATIZAÇÃO

Precisão dimensional – NBR 6136

Tolerância
Dimensões (mm)
Largura 2
Altura 3
Comprimento 3
PROPRIEDADES e NORMATIZAÇÃO

Precisão dimensional – NBR 6136

Paredes longitudinais (mm)


Vedação ≥ 15
Estrutural 15 ≥ 25
Estrutural 20 ≥ 32

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 10/198


PROPRIEDADES e NORMATIZAÇÃO

Precisão dimensional – NBR 6136


Paredes transversais
Classe Designação Paredes longitudinais1)
Paredes1) Espessura equivalente2)
mm
mm mínima mm/m
M-15 25 25 188
A
M-20 32 25 188
M-15 25 25 188
B
M-20 32 25 188
M-10 18 18 135
M-12,5 18 18 135
C
M-15 18 18 135
M-20 18 18 135
M-7,5 15 15 113
M-10 15 15 113
D M-12,5 15 15 113
M-15 15 15 113
M-20 15 15 113
1) Média das medidas das paredes tomadas no ponto mais estreito.
2) Soma das espessuras de todas as paredes transversais aos blocos (mm), dividida pelo comprimento nominal do bloco (m).

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 11/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
FAMÍLIA DE BLOCOS
Família 39

19
19

unidade modular em planta 20cm

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 12/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
AMARRAÇÕES
Amarração em “L”

B34

B39

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 13/198


Amarração em “L”

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 14/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
AMARRAÇÕES
Amarração em “T”

B54

B39

B34
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 15/198
Amarração em “T”

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 16/198


Amarração em “CRUZ”

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 17/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
FAMÍLIA DE BLOCOS

Família 29

19
19

unidade modular em planta 15cm

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 18/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
AMARRAÇÕES
Amarração em “L”

B29

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 19/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
AMARRAÇÕES
Amarração em “T”

B44

B29

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 20/198


AMARRAÇÃO

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 21/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
FAMÍLIA DE BLOCOS

Blocos Especiais

Produção de componentes estruturais horizontais.

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 22/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
APLICAÇÃO

Blocos Especiais

Cintas, Vergas e
Contravergas.

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 23/198


PROPRIEDADES e NORMATIZAÇÃO
FAMÍLIAS DE BLOCOS

Nominal 20 15 12,5 10 7,5


Módulo M - 20 M - 15 M - 12,5 M - 10 M - 7,5
Designação
Amarração 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 1/3 1/2 1/2 1/3 1/2
Linha 20 x 40 15 x 40 15 x 30 12,5 x 40 12,5 x 25 12,5 x 37,5 10 x 40 10 x 30 10 x 30 7,5 x 40

Largura (mm) 190 140 140 115 115 115 90 90 90 65


Altura (mm) 190 190 190 190 190 190 190 190 190 190
Inteiro 390 390 290 390 240 365 390 190 290 390
Meio 190 190 140 190 115 - 190 90 - 190
2/3 - - - - - 240 - - 190 -
1/3 - - - - - 115 - - 90 -
Comprimento
(mm)
Amarração L - 340 - - - - - - - -
Amarração T - 540 440 - 365 365 - 290 290 -
Compensador A 90 90 - 90 - - 90 - - 90
Compensador B 40 40 - 40 - - 40 - - 40

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 24/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Falta de homogeneidade da mistura

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 25/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Contaminação do concreto com matéria orgânica e mistura seca

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 26/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Fissuração causada por mistura muito seca ou falta de cura

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 27/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Contaminação com argila no agregado

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 28/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Fissuração causada por mistura muito seca – compactação deficiente

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 29/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Diferença de absorção entre blocos de mesmo fabricante

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 30/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Excesso de umidade da massa

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 31/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Eflorescência em blocos de concreto

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 32/198


IDENTIFICANDO PROBLEMAS

Aspecto desejável no bloco de concreto – A formação de estrias indica mistura dentro da faixa de umidade ótima

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 33/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
PAREDE
O Desempenho da Alvenaria de blocos
de Concreto depende:

- Qualidade do Bloco de Concreto


- Qualidade da argamassa de assentamento
- Forma da aplicação da argamassa
- Qualidade e aplicação correta do Graute
- Do projeto da alvenaria
- Da capacidade profissional da mão de obra

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 34/198


Principais Propriedades das
ARGAMASSAS

 Propriedades no estado FRESCO:


- TRABALHABILIDADE
- RETENÇÃO DE ÁGUA

 Propriedades no estado ENDURECIDO:


- ADERÊNCIA
- RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
- RESILIÊNCIA

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 35/198


REQUISITOS DE DESEMPENHO DAS ARGAMASSAS
DE ASSENTAMENTO PARA ALVENARIA

ESTADO FRESCO ESTADO ENDURECIDO

1- Consistência 1-Resistência mecânica

2- Coesão 2 – Capacidade de
deformação
3- Plasticidade 3 – Aderência

4- Retenção de água

5- Adesão inicial

6- Trabalhabilidade

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 36/198


ARGAMASSAS

São elos entre as unidades e tem a função de distribuir


as tensões, acomodar as deformações e promover uma boa
aderência na interface unidade/argamassa.

Função da argamassa – resistência à compressão


O poder de retenção de água
ESCOLHA Consistência
Teor de ar
Resistência à aderência

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 37/198


FUNÇÕES DAS ARGAMASSAS

 UNIR SOLIDAMENTE OS COMPONENTES


 DISTRIBUIR UNIFORMEMENTE AS TENSÕES
 ACOMODAR AS DEFORMAÇÕES
 SELAR AS JUNTAS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 38/198


TRABALHABILIDADE

PLASTICIDADE + COESÃO + CONSISTÊNCIA +


VISCOSIDADE + ADESÃO + DENSIDADE

- NÃO DEVE SEGREGAR


- FÁCIL MANEJO
- DISTRIBUIR-SE POR TODA A SUPERFÍCIE
- PREENCHER AS REENTRÂNCIAS
- MANTER-SE PLÁSTICA DURANTE O PERÍODO DE
APLICAÇÃO.

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 39/198


POTENCIAL DE ADERÊNCIA

RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO


DIRETA
RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA AO
CISALHAMENTO

EXTENSÃO DE ADERÊNCIA

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 40/198


POTENCIAL DE ADERÊNCIA

CARACTERÍSTICAS DA ARGAMASSA
 TRABALHABILIDADE
 TEOR DE AR INCORPORADO
 RETENÇÃO DE ÁGUA
 RESISTÊNCIA MECÂNICA

CARACTERÍSTICAS DOS BLOCOS


 SUCÇÃO INICIAL
 CONDIÇÕES SUPERFICIAIS
 RETRAÇÃO POR SECAGEM

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 41/198


POTENCIAL DE ADERÊNCIA

QUALIDADE DA EXECUÇÃO

 PREENCHIMENTO DA JUNTA VERTICAL


 TÉCNICA DE ASSENTAMENTO
 DEMORA NO ASSENTAMENTO
 PERTURBAÇÕES DOS BLOCOS (AJUSTE)
 CONDIÇÕES DE CURA

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 42/198


INFLUÊNCIA DOS COMPONENTES NAS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS
COMPONENTES

AREIA AREIA

PROPRIEDADE CIMENTO CAL GROSSA FINA ÁGUA

F 1. Fluidez + + 0 0 ++
R

E 2. Plasticidade + ++ - + 0
S

C 3. Coesão + ++ - + 0
O

4. Retentividade + ++ - + 0

E 5. Aderência + ++ - + +
n
d
u 6. Durabilidade da - ++ 0 0 0
r Aderência
e
c 7. Resistência à ++ - + - -
i Compressão
D
O

+: Curso
indica que aumenta / - : indica que diminui / 0 : indica que tem pouca
Avançado 43/198
ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES
Granulometria recomendadas para as Areias de Argamassas

Peneira - Abertura Percentagem (em peso) que passa


nominal (em mm) nas peneiras

BS - 1200 ASTM C-144

4,8 100 100

2,4 90 - 100 95 - 100

1,2 70 - 100 70 - 100

0,6 40 - 80 40 - 75

0,3 5 - 40 10 - 35

0,15 0 - 10 2 - 15

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 44/198


ARGAMASSAS MISTAS:São constituídas de cimento, cal e areia

Trabalhabilidade constante = 240 +- 10 mm

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 45/198


ARGAMASSAS ADITIVADAS

A simples substituição da cal pelo aditivo incorporador de ar


Pode implicar em mudanças significativas nas propriedades
Mecânicas e físicas das argamassas.

As principais características obtidas em resultados experimentais foram:

- Diminuição da resistência à compressão das


argamassas aditivadas em relação as de cal;

Enfraquecimento das superfícies devido a exsudação e


a consequente, redução do fator água/cimento;

- Menor permeabilidade de água, verificado através de ensaio de


absorção capilar, e por consequência uma fraca ponte de
aderência;

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 46/198


ESCOLHA DA ARGAMASSA (TRAÇO)
1) não existe um único tipo de argamassa que seja o melhor para
todos os tipos de aplicações disponíveis;

2) não deve ser utilizada uma argamassa com resistência à


compressão maior que a necessária para atender as exigências
estruturais do projeto. Neste caso, o bom senso é muito importante.
Seria antieconômica e pouco prática uma mudança contínua do tipo
de argamassa para as vária partes de uma mesma obra.
Tabela 22 - Traços de Argamassa - Norma Inglesa

Designação Tipo de Argamassa Resistência à Comp. aos 28


(proporção por volume) dias (MPa)
cimento cal areia laboratório obra

(i) 1 0 a 1/4 3 16,0 11

(ii) 1 1/2 4 a 4,5 6,5 4,5

(iii) 1 1 5a6 3,6 2,5

(iv) 1 2 8a9 1,5 1,0

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 47/198


Tabela 23 - Traços de Argamassa - Norma Norte-Americana

Designação Tipo de Argamassa Resistência à


(proporção por volume) Comp. aos 28
dias (MPa)
cimento cal areia

M 1 1/4 de 2,25 a 3 17,2


vezes

S 1 1/4 a 1/2 a soma dos 12,4

N 1 1/2 a 1,25 volumes 5,2

O 1 1,25 a 2,5 de cimento 2,4

K 1 2,5 a 4 e cal 0,5

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 48/198


Argamassa tipo M: recomendada para alvenaria em contato com o
solo, tais como fundações, muros de arrimo, etc. Possui alta
resistência à compressão e excelente durabilidade.

Argamassa tipo S: recomendada para alvenaria sujeita a esforços


de flexão. É de boa resistência à compressão e produz uma boa
resistência à tração na interface com a maioria dos tipos de
unidades.

Argamassa tipo N: recomendada para uso geral em alvenarias


expostas, sem contato com o solo. É de média resistência à
compressão e boa durabilidade.

Argamassa tipo O: pode ser usada em alvenaria de unidades


maciças onde a tensão de compressão não ultrapasse 0,70 MPa e
não esteja exposta em meio agressivo. É de baixa resistência à
compressão e conveniente para o uso em paredes interiores em
geral.

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 49/198


INFLUÊNCIA DAS ARGAMASSAS NA RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO DOS PRISMAS

25 25

20 20

Resistência da argamassa
Resistência do Prisma

Resistência do Prisma (MPa)


15 15
Resistência das argamassas
10 10 (MPa)
Resistência do bloco (MPa)

5 5

0 0
Traço Traço Traço 1:1:6 Traço 1:2:9
1:0.25:3 1:0.5:4.5
Traço de Argamassa

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 50/198


60

Resist. bloco na área líquida (MPa)


50
Resist. argamassa (MPa)
Resist. Prisma na área líquida (MPa)
40
Resistência (MPa)

30

20

10

0
Hamid e Drysdale

Hamid e Drysdale

Hamid e Drysdale

Hegemeir (1978)

Hegemeir (1978)
Klingner (1986)
Levy e Sabbatini

Levy e Sabbatini

Levy e Sabbatini
Khalaf (1992)

Khalaf (1992)

Khalaf (1992)

Cheema e
(1994)

(1994)

(1994)
(1979)

(1979)

(1979)

Autores (Ano)

Figura 3 – Principais resultados de resistência à compressão de


blocos, argamassas e prismas
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 51/198
FATORES QUE INFLUENCIAM NA
ESCOLHA DA ARGAMASSA

 DURABILIDADE
 RESISTÊNCIAS INICIAIS
 CUSTOS
 DISPONIBILIDADE NO MERCADO
 COR
 FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO
 TEMPO PARA APLICAÇÃO,
 ETC....

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 52/198


TIPOS DE ARGAMASSA

 MISTAS
 PRODUZIDAS EM CANTEIRO
 PRÉ-MISTURADAS
 INDUSTRIALIZADAS
 ENSACADAS
 A GRANEL (SILOS)

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 53/198


COMO ESCOLHER A ARGAMASSA?
INDUSTRIALIZADA ENSAIOS EM
OU TRAÇOS OBRA
BÁSICOS

AVALIAÇÃO COMPATIBILIZAR
DA ADERENCIA E
TRABALHABILIDADE CAPACIDADE DE
ABSORVER DEFORM.

DEFINIÇÃO DA
COMPOSIÇÃO
CONTROLE DA
UNIFORMIDADE

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 54/198


PRODUZIDAS EM CANTEIRO

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 55/198


Betoneira: uso incorreto.
Não há homogeneização dos materiais
constituintes da argamassa.
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 56/198
Argamassa
industrializada pré-
misturada
fornecida em sacos

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 57/198


INDUSTRIALIZADA ENSACADAS

Argamassadeira de eixo horizontal:


equipamento adequado à maioria das
argamassas industrializadas.
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 58/198
INDUSTRIALIZADA EM SILOS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 59/198


RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
ADERÊNCIA BLOCO-ARGAMASSA

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 60/198


INFLUÊNCIA DA ESPESSURA DAS
JUNTAS HORIZONTAIS NOS PRISMAS

Tabela 16 Influência da espessura das juntas horizontais nas resistências dos prismas

Resistência à compressão de Prismas

Resistência das Resistência dos Espessura das Resistência dos Eficiência da


argamassas blocos (MPa) juntas prismas (MPa) alvenaria
(MPa) horizontais
(mm)

4,89 15,67 7 11,7 0,75

5,41 15,67 10 8,84 0,56

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 61/198


Distribuição das Tensões nos Prismas

Figura 14 - Estado de tensões nos prismas devido a um carregamento axial de compressão


apresentados no modelo de HAMID e DRYSDALE (1979)

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 62/198


Tabela 17 - Resistências médias à compressão dos prismas com assentamento total
Bloc Bloc

Argamassa
o o Prisma
* Prisma F/E
Graut A Ruptura

(MPa)
TIPO * ** liq
A **
da
de A liq A br (316cm br

PRISMA e 2 (546cm2 Alvenari (%)


(MPa (MPa )
) (MPa) a
(MPa) (MPa)
) )
S/ 8,00 4,63 0,64 54,74
G1
G 6,31 5,56 0,44 90,10
B1 A2 G2 AT 12,50 7,23 7,68 15,10 11,15 0,89 79,28
G3 26,79 12,90 1,03 61,06
G4 37,01 15,76 1,26 55,57
S/ 17,89 10,35 0,74 49,62
G1
G 6,81 10,92 0,45 65,05
B2 A2 G2 AT 24,06 13,92 7,39 14,70 17,05 0,70 54,29
G3 25,08 17,84 0,74 59,45
G4 34,91 21,11 0,87 56,09
S/ 22,04 12,76 0,65 52,24
G1
G 6,70 11,35 0,33 75,33
B3 A2 G2 AT 33,52 19,40 7,81 16,37 16,71 0,50 65,77
G3 27,64 17,07 0,51 47,03
G4 40,62 17,14 0,51 65,42
*
Aliq= área líquida (316 cm2 ) para não grauteados e (546 cm2 ) para grauteados;
**
Abr= área bruta (546 cm2 )

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 63/198


Tabela 18 – Resistências médias à compressão dos prismas com argamassamento
lateral
Bloc Bloc Prisma Prisma Fator de

Argamassa
Eficiênc Ruptura

(MPa)
TIPO Aliq *** A br
**
de o o Graut
PRISMA
(230cm (546cm2 ia (%)
* ** 2
Aliq Abr e ) ) (MPa) da
(MPa) Alvenari
S/G (MPa (MPa (MPa) 10,08 4,24 0,70 87,00
7,17 6,05 a
0,42 100,00
G1
)
14,39 )
8,32 4,83
B1 A1 G2 AL 15,02 12,65 0,88 94,61
G3 25,78 15,00 1,04 100,00
G4 33,90 15,81 1,10 100,00
S/ 15,88 6,69 0,77 92,96
G1
G 6,95 9,62 0,46 91,82
B2 A1 G2 A
20,70 11,98 3,90 13,00 14,46 0,70 100,00
L
G3 23,82 17,11 0,82 96,40
G4 32,41 19,53 0,94 72,78
S/ 20,55 8,65 0,58 53,71
G1
G 8,22 13,04 0,36 40,23
B3 A1 G2 AL 35,46 20,52 4,27 11,92 17,08 0,48 61,63
G3 21,45 20,12 0,56 60,29
G4 31,86 20,44 0,57 58,80
* 2
Aliq= área líquida (316 cm )
**
Abr= área bruta (546 cm2 )
***
Aliq= área líquida de assentamento (230 cm2 ) para não grauteado e (546 cm2 )
para grauteados

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 64/198


Tabela 19 – Resistências médias à compressão dos prismas com argamassamento
lateral
Bloc Bloc Prisma Prisma Fator de

Argamassa
Eficiênc Ruptura

(MPa)
TIPO Aliq *** Abr **
de o o Graut
PRISMA
(230cm (546cm2 ia (%)
* ** 2
Aliq Abr e ) ) (MPa) da
S/ (MPa) Alvenari
(MPa (MPa (MPa) 12,20 5,13 0,84 84,14
6,57 8,16 a
0,56 100,00
G1
G ) )
B1 A2 G2 AL 14,39 8,32 7,90 12,45 13,10 0,91 93,64
G3 28,42 16,69 1,16 76,33
G4 35,72 17,34 1,20 66,46
S/ 17,23 7,26 0,83 67,76
G1
G 6,26 10,29 0,49 90,00
B2 A2 G2 A
20,70 11,98 9,84 12,81 16,10 0,77 75,00
L
G3 28,50 18,51 0,89 71,70
G4 33,83 20,52 1,00 65,31
S/ 23,56 9,92 0,66 68,10
G1
G 8,33 13,54 0,38 71,33
B3 A2 G2 AL 35,46 20,52 7,14 13,68 18,18 0,51 56,50
G3 25,53 20,13 0,56 71,43
G4 34,66 25,12 0,71 59,43
* 2
Aliq= área líquida (316 cm )
**
Abr= área bruta (546 cm2 )
***
Aliq= área líquida de assentamento (230 cm2 ) para não grauteado e (546 cm2 )
para grauteados

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 65/198


APLICAÇÃO DA ARGAMASSA
Ensaios realizados na UNICAMP

Curso ABCP/UNICAMP

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 66/198


APLICAÇÃO DA ARGAMASSA
As fissuras se desenvolvem
nas paredes transversais.
Não podemos observá-las!

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 67/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
PRISMAS
Argamassa nas paredes longitudinais

Resistência à compressão dos prismas - argamassa lateral

15

compressão dos
9,92

resistência à
10 7,26

prismas
5,13
5 8,65
6,69
4,24
0
14.74 (6.2) 23.22 (9.8) 33.36 (14.0)
Reistência à compressão dos blocos - Arg1 - 4.38 MPa
referida a área líquida e (área bruta) Arg2 - 7.96 Mpa

Romagna (2000)

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 68/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
PRISMAS
Argamassa nas paredes longitudinais e transversais

Resistência à compressão dos prismas - argamassa total

comlpressão dos prismas


12,76
14
12 10,35

Resistência à
10 7,22
8
9,1 9,87
6
4
4,63
2
0
14.74 (6.2) 23.22 (9.8) 33.36 (14.0)
Resistência à compressão dos blocos - referiada a Arg1 - 4.38 MPa
área líquida e (área bruta)
Arg2 - 7.96 Mpa

incremento  40 %
Romagna(2000)

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 69/198


MODOS DE RUPTURA DE PRISMAS S/G E ARGAMASSAMENTO
TOTAL E LATERAL

Figura 6 – Modo de Figura 7 – Modo de


ruptura do prisma B3-A1- ruptura do prisma
S/G-AL B3-A2-S/G-AT
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 70/198
MODOS DE RUPTURA DE PRISMAS COM GRAUTE E
ARGAMASSAMENTO TOTAL

Figura 8 – Modo de Figura 9 – Modo de


ruptura do prisma B3- ruptura do prisma B3-
A1-G2-AL A2-G2-AT
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 71/198
QUEM GOVERNA A RUPTURA DOS PRISMAS?

BLOCO ou ARGAMASSA

Mecanismos de ruptura das Alvenarias devem levar


em consideração a compatibilidade entre materiais no real
Estado de tensão a que se encontram quando submetidos à
Compressão.

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 72/198


PADRONIZAÇÃO DA ESPECIFICAÇÃO DE ARGAMASSA
E GRAUTE E VALOR DE PRISMA PARA DIFERENTES

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 73/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
PAREDE
O Desempenho da Alvenaria de blocos
de Concreto depende:

- Qualidade do Bloco de Concreto


- Qualidade da argamassa de assentamento
- Forma da aplicação da argamassa
- Qualidade e aplicação correta do Graute
- Do projeto da alvenaria
- Da capacidade profissional da mão de obra

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 74/198


GRAUTE

O graute é um concreto ou argamassa


fluido lançado nos vazios dos blocos, com
a finalidade de solidarizar as ferragens à
alvenaria, preenchendo as cavidades onde
elas se encontram e aumentando a
capacidade de resistência à compressão
da parede.
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 75/198
Principais Características dos GRAUTES
 CIM e areia GROSSA ou CIM, areia GROSSA e
BRITA “0” (menor dimensão do vazado  5cm)
 fator água/ cimento 0,8 a 1,1 (0,5 a 0,6)
“slump” 10 a 14cm

traço em VOLUME
tipo
CIM areia GROSSA BRITA “0”

SEM BRITA “0” 1 3a4

COM BRITA “0” 1 2a3 1a2

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 76/198


GRAUTEAMENTO

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 77/198


GRAUTE - USO

O graute pode ser usado como material


de enchimento em reforços estruturais,
em zonas de concentração de tensões
e quando se necessita armar as
estruturas.

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 78/198


MATERIAIS CONSTITUINTES

São recomendadas areias com módulo de finura entre 2,3 e 3,1 pois estas requerem menos
cimentos e o graute, além de alcançar maior resistência à compressão, apresentam menor
retração no endurecimento.

Tabela 24 - Granulometria Recomendada para Areias: Porcentagem Retida Acumulada

Abertura da peneira (mm) Tipo 1 Tipo 2

9,5 0 0
4,8 0-5 0
2,4 0 - 20 0-5
1,2 15 - 50 0 - 30
0,6 40 - 75 25 - 60
0,3 70 - 90 65 - 90
0,15 90 - 98 85 - 98
0,075 95 - 100 95 - 100

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 79/198


GRAUTEAMENTO
Tabela 25 - Granulometria Recomendada do Agregado Graúdo para o Graute.

Abertura da peneira (mm) % retida acumulada


12,5 0
9,5 0 - 15
4,8 70 - 90
2,4 90 - 100
1,2 95 - 100

Tabela 26 - Proporções Recomendadas para a Dosagem do Graute

MATERIAIS CONSTITUINTES
cimento areia brita 0
sem agregado graúdo 1 3a4 ---
com agregado graúdo 1 2a3 1a2

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 80/198


GRAUTEAMENTO
3.3.3. Proporcionamento, Mistura e Lançamento

O proporcionamento dos materiais componentes deve ser feito de tal forma que as
quantidades especificadas possam ser controladas e mantidas com uma precisão da ordem
de +/- 5%.

A mistura dos materiais constituintes deve efetuar-se mecanicamente por um tempo não
menor que 5 minutos e em qualquer caso, suficiente para proporcionar boa homogeneidade.

O transporte e lançamento do graute geralmente tem sido efetivado em duas ou três etapas.
Estas opções permitem que se use um graute com menor teor de água/cimento e maior
controle do lançamento, diminuindo a possibilidade de haver segregação do mesmo e de
ocorrência de vazios alvéolos.

O graute deve ser adensado. Muitas vezes, a própria pressão hidráulica gerada pela coluna
líquida da mistura é suficiente. Em alguns casos pode ser necessário vibrá-lo (vibradores de
agulha de pequeno diâmetro) ou compactá-lo manualmente (barras de aço do mesmo tipo
utilizado como armadura na parede).

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 81/198


RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO GRAUTE,


COMBINADA COM AS PROPRIEDADES
MECÂNICAS DOS BLOCOS E DA
ARGAMASSA DEFINIRÃO A RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO DA ALVENARIA

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 82/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
PRISMAS
Argamassa nas paredes laterais e transversais

Resistência de prismas grauteados - argamassa total

compressão dos prismas


50,0

Resistência á
40,0 40,1 G1 - 7.2 MPa
36,6
30,0 27,5 G2 - 13.9 MPa
26,2
20,0 17,0 G3 - 26.2 MPa
14,2 14,6 14,7
10,0 12,0 G4 - 35.4 MPa
7,4 7,3 7,1
0,0
14.74 (6.2) 23.22 (9.8) 33.36 (14.0)
Resistência á compressão dos blocos - referido á
área líquida e (área bruta)

incremento  100 %
Romagna(2000)

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 83/198


Comportamento mecânico dos prismas
Grauteados e não Grateados à Compressão

Tabela 14 – Resistência à compressão de prismas grauteados e não-grauteados (resistência


média)

Resistência à compressão (MPa)


Resistência à Resistência à Resistência à Resistência à
compressão dos Bloco compressão das compressão dos Graute compressão dos Prismas
(área bruta) Argamassas (área bruta)
- 10.3
11.9 4.6 10 10.1
24 12.4
36 13.3
- 10.9
17.1 4.6 10 9.6
24 12.8
36 13.4

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 84/198


Tabela 15 – Relação entre a resistência do prisma pela resistência do bloco

Prisma não-grauteado Prisma grauteado


Bloco M1 Bloco M2 Bloco M1 Bloco M2

G1 G2 G3 G1 G2 G3
fprisma/
f bloco 0.86 0.64 0.85 1.04 1.12 0.56 0.75 0.78
* Os prismas não-grauteados foram calculados na área bruta;

20
Resistência dos prismas (MPa)

18
16
14
12 Bloco M1
10
BlocoM2
8
6
4
2
0
0 10 20 30 40
Resistência do graute (MPa)

Figura 4 - Relação entre a resistência dos prismas pela resistência do graute em MPa para
duas resistências de bloco.
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 85/198
10

8
PrisM1 N-G
7
PrisM2 N-G
Tensão (MPa)

6
PrisM1-G2
5 PrisM1-G1

4 PrisM1-G3

3 PrisM2-G1

PrisM2-G2
2
PrisM2-G3
1

0
0 0.0005 0.001 0.0015 0.002 0.0025 0.003
Deformação

Figura 5- Relação tensão-deformação dos prismas grauteados e não-grauteados;

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 86/198


• Blocos de concreto
• Argamassas
• Grautes
• Controle Tecnológico
BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
 A alvenaria estrutural de bloco de concreto é a única que
conta com um completo corpo normativo na ABNT

- NBR 6136 (2007) – Bloco vazado de


concreto simples para alvenaria estrutural;
- NBR 12118 (2007) – Blocos vazados de
concreto simples para alvenaria -
Determinação da absorção de água, do teor
de umidade e da área líquida;
- NBR 15961 – Parte 1 (2010) – Projeto de
alvenaria estrutural de blocos vazados de
concreto;
- NBR 15961 – Parte 2 (2010) – Execução e
controle de obras em alvenaria estrutural de
blocos vazados de concreto;

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 88/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
A alvenaria estrutural com blocos de concreto conta
com um completo corpo normativo na ABNT.
Blocos:
• NBR 6136/07 – Blocos vazados de concreto
simples para alvenaria – Requisitos
•NBR 12118/11 – Blocos vazados de concreto
simples para alvenaria – Métodos de ensaio
Argamassa:
•NBR 13279/05 – Argamassa para assentamento
e revestimento de paredes e tetos - Determinação
da resistência à tração na flexão e à compressão
•NBR 13281/05 – Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos - Requisitos

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 89/198


BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
Sistema:
•NBR 8949/85 – Paredes de alvenaria estrutural – Ensaio à
compressão simples - Método de ensaio
•NBR 9062/06 – Projeto e execução de estruturas de concreto pré-
moldado
•NBR 14321/99 – Paredes de alvenaria estrutural -
Determinação da resistência ao cisalhamento
•NBR 14322/99 – Paredes de alvenaria estrutural -
Verificação da resistência à flexão simples ou à flexo-
compressão
•NBR 15961-1/11 – Alvenaria estrutural — Blocos
de concreto - Parte 1: Projeto
•NBR 15961-2/11 – Alvenaria estrutural — Blocos
de concreto - Parte 2: Execução e controle de obras

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 90/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Ensaios
Retração Absorção

Resistência à compressão

Dimensões

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 91/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
NBR 6136 - Especificação

 Dimensional:
tolerância de + 2 para a largura e + 3 para altura e
comprimento. Paredes com espessura  25mm
(parede longitudinal  32mm para blocos de 19x19x39)
 Retração:
 0,065%
 Absorção:
 10% em qualquer bloco
 Resistência:
fbk  4,0MPa (Classe B) e
 fbk  6,0MPa (Classe A)
Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 92/198
CONTROLE E ACEITAÇÃO
Textura superficial

 A textura do bloco deve apresentar RUGOSIDADE E


POROSIDADE SUPERFICIAL adequadas para haver aderência
com a argamassa e promover monoliticidade ao conjunto.
PRECISÃO DIMENSIONAL

 FORMATO E DIMENSÕES

 PERFEIÇÃO DIMENSIONAL E PRECISÃO GEOMÉTRICA


MAXIMIZADAS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 94/198


PRECISÃO DIMENSIONAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 95/198


PRECISÃO DIMENSIONAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 96/198


PRECISÃO DIMENSIONAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 97/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Absorção de água - NBR 12118

Absorção média
(%)
Classe
Agregado Agregado
Normal Leve

A
 13,0%
B (média)
 10,0%
 16,0%
C
(individua)
D

NBR 12118 - Ensaio de absorção de água

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 98/198


ENSAIOS Absorção

O valor de absorção de água indica a máxima condição


de umidade que o bloco pode atingir e está relacionada à
porosidade interna e à condição de expansão e retração
da peça.

massa do bloco
saturado c/ sup. seca
- massa do bloco
seco em estufa
Abs. = X 100
massa do bloco
seco em estufa

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 99/198


ABSORÇÃO TOTAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 100/198


ABSORÇÃO TOTAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 101/198


ABSORÇÃO TOTAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 102/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Retração por secagem - NBR 12118

Classe Retração
(%)

B
 0,065
C

NBR 12117 - Ensaio de retração por secagem

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 103/198


ESTABILIDADE DIMENSIONAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 104/198


ESTABILIDADE DIMENSIONAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 105/198


ESTABILIDADE DIMENSIONAL

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 106/198


ESTABILIDADE DIMENSIONAL
Retração Linear por secagem

SATURADO

SECO
l
L

 l
Retração = ----- ≤ 0,065%
l

0,25 mm em um bloco de 39 cm

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 107/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
NBR 6136 - Cálculo do fbk
fbk,est - Resistência característica à compressão estimada

 sendo que:

se n for par e , se n for ímpar.

 onde: fb1,fb2...fbm = Valores de resistência à compressão individuais,


ordenados crescentemente e n = número de corpos-de-prova da
amostra.
 O fbk,est adotado não poderá ser menor que:

 Sendo estipulado de acordo com o número de corpos-de-prova,


para seis corpos-de-prova o valor é 0,89.
CONTROLE E ACEITAÇÃO

Quando se dispõe de resultados de ensaios


que permitam obter o desvio padrão da
indústria, pode se calcular o fbk pela
expressão.

fbk,est. = fbj - 1,65 . Sd

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 109/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 110/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 111/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 112/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 113/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 114/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS
 Resistências das unidades de Concreto

Bloco – M1
Resistência do
Resistência à tração Resistência à compressão dos blocos na área bruta (MPa) bloco na área
(MPa) líquida (MPa)
Média c.v(%) n Média c.v(%) n
Sem capeamento 10,5 7,96 5
1,19 6,22 5 Com capeamento a base de cimento 10,7 5,12 6 18,20
Com capeamento a base de cimento e 11,6 3,82 6
aplicação do Molicote
Com capeamento a base de cimento e 9,5 7,0 5
a aplicação de uma camada de grafite

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 115/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS

Bloco – M2
Resistência
Resistência à tração Resistência à compressão dos blocos na área bruta (MPa) do bloco na
(MPa) área líquida
(MPa)
Média c.v(%) n Média c.v(%) n
Sem capeamento 12,9 14,8 9
1,50 6 6 Com capeamento a base de cimento 15,7 10 6 27
Com capeamento a base de cimento e 14,5 20 6
aplicação do Molicote
Com capeamento a base de cimento e 11,6 16,6 6
a aplicação de uma camada de grafite

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 116/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Ensaios

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 117/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Resistência a compressão de prisma - NBR 8215

Prisma oco P
S = área líquida fck 
s

P
Prisma cheio fck 
s = área bruta S

NBR 8215 - Ensaio de prisma de blocos

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 118/198


RESISTÊNCIA DOS BLOCOS
Principal determinante da resistência da alvenaria

CEFET - BH

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 119/198


Resistência à compressão

NBR 13279

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 120/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
ADERÊNCIA ADEQUADA

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 121/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
ADERÊNCIA ADEQUADA

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 122/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Absorção inicial (IRA) – ASTM C 67

A absorção inicial reflete o potencial de aderência do bloco

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 123/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Absorção inicial (IRA) – ASTM C 67

Lâmina d’água de 3 mm em ensaio com


Pesagem do bloco após contato com lâmina d’água duração de 1 min

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 124/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Absorção inicial (IRA) – ASTM C 67

Fonte: Carasek, H.; Cascudo, O.; Scartezini, L.M. – IV SBTA, 2001

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 125/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Absorção inicial (IRA) – ASTM C 67

Fonte: Carasek, Helena. – II SBTA, 1997

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 126/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Critérios de desempenho
 Desempenho térmico ( a parede deve evitar perdas de calor excessiva
no inverno e ganhos de calor no verão).
 Condutibilidade térmica () –é a capacidade que uma parede tem de
transmitir calor

Características térmicas para paredes construídas com diferentes unidades de alvenaria


(Fonte: Manual ABCI [5])

Bloco de concreto Bloco Cerâmico


Característica Parede sem Parede com Parede sem Parede com
revestimento revestimento revestimento revestimento
Densidade
específica 2100 2200 1800 1800
(kg/m2)
Coeficiente de
condutividade
1,74 1,69 1,0 1,0
térmica ()
(W/m0C)
CONTROLE E ACEITAÇÃO
Critérios de desempenho – Conforto térmico
Concreto Cerâmico
Parede Parede
Parede Clara Parede Escura
Clara Escura
9,0 11,5 14,0 9,0 11,5 14,0 9,0 14,0 9,0 14,0
Com revestimento B B B C C B B B C B
Recife - Verão
Sem revestimento B B B C C C
Com revestimento B A A B B B A A B A
Brasília - Verão
Sem revestimento B A A B B B
Com revestimento B B B B B B B B B B
Brasília - Inverno
Sem revestimento B B B B B B
Com revestimento B B A B B B B A B B
São Paulo - Verão
Sem revestimento B B A B B B
Com revestimento B B B B B B B B B B
São Paulo - Inverno
Sem revestimento B B B B B B
Com revestimento A A A B B A A A B A
Curitiba - Verão
Sem revestimento B A A B B B
Com aquecedor B B B B B B A A A A
Com revestimento
Sem aquecedor C C C C C C C C C C
Curitiba - Inverno
Com aquecedor B B B B B B
Sem revestimento
Sem aquecedor C C C C C C
Com revestimento B B B C B B B B B B
Porto Alegre - Verão
Sem revestimento B B B C C B
Com aquecedor A A A A A A A A A A
Com revestimento
Sem aquecedor C C C C C C C C C C
Porto Alegre - Inverno
Com aquecedor A A A A A A
Sem revestimento
Sem aquecedor C C C C C C
Fonte: Estudo técnico IPT

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 128/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Resistência ao fogo
 Estabilidade
 Não sofra ruptura com a carga de
serviço
 Integridade
 Não entre em colapso nem apresente
trincas ou deformações excessivas
 Estanqueidade (corta-fogo)
 Não permita a passagem de gases ou
chama
 Isolação térmica (para-chama)
 temperatura média na face não
exposta < 140oC
 em qualquer ponto temperatura <180oC

Câmara de simulação de incêndio - IPT

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 129/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Desempenho ao fogo

 A resistência ao fogo de uma parede representa a propriedade de resistir ao fogo por


determinado período, mantendo sua segurança estrutural, estanqueidade e isolamento.

Resultados dos ensaios de resistência ao fogo de paredes construídas com materiais técnicas
nacionais (Fonte: Tecnologia das Edificações)

Espessura Tempo de atendimento aos critérios de


Características da total da avaliação (horas) Resistência ao
Paredes ensaiadas
parede parede Isolação fogo (horas)
(cm) Integridade Estanqueidade
térmica
Bloco de 14 cm
14 cm 1½ 1½ 1½ 1½
sem revestimento
Parede de blocos de Bloco de 19 cm
concreto 2 furos 19 cm 2 2 1½ 1½
sem revestimento
(14x19x39cm)
(14x19x39cm) massa Bloco de 14 cm
17 cm 2 2 2 2
= 13 e 17 kg com revestimento
Bloco de 19 cm
22 cm 3 3 3 3
com revestimento
CONTROLE E ACEITAÇÃO
Desempenho acústico

AMORT.
BLOCO DE PESO
ACÚSTICO
CONCRETO (kg/m²)
(dB)
9 cm s/ revest. 108 45
9 cm c/ revest. ~148 49

14 cm s/ revest. 156 48

14 cm c/ revest ~196 51

Duas câmaras com paredes padrão: de 4 x 3 m


• Na primeira é gerado um ruído padrão com freqüências de 100 hz a 4000 hz
• Na segunda é medida o quanto “passa”deste ruído

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 131/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Estanqueidade

Ensaio expedito de estanqueidade em blocos de concreto

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 132/198


CONTROLE E ACEITAÇÃO
Estanqueidade

○ Potencial para adequada


estanqueidade à água de
chuva (sem necessidade de
impermeabilização adicional)

Ensaio: A parede deve resistir durante 8h sem apresentar manchas de umidade


na face oposta
Simulação do equipamento: Chuva: 180 mm/h - Vento: 102 km/h

Curso Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 133/198


PROGRAMA SELO DE QUALIDADE ABCP

Visite o site: http:\\www.abcp.org.br

Cursvo Avançado ALVENARIA ESTRUTURAL - MATERIAIS E COMPONENTES 134/198


DAVIDSON FIGUEIREDO DEANA
Engenheiro Civil
Ethos Soluções Ltda.
Processos Construtivos Racionalizados
(35) 9107-7117
dfdeana@yahoo.com

Você também pode gostar