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DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

UNIDADE NA PARAÍBA
6º Ofício

PAJ n. 2022/034-00875

Assistida: MAGDA SEMPRINI

Assunto: Administrativo – Concurso Público - Impugnação do edital – Requer correção


de recurso interposto - Inviabilidade jurídica da pretensão – Arquivamento

DESPACHO DE ARQUIVAMENTO

1. SÍNTESE DO CASO

Narra a assistida que realizou o concurso para professora da Universidade


Federal de Campina Grande (UFCG), com 05 (cinco) vagas. A seleção era composta de uma
redação dissertativa e do resultado, seria cabível recurso. O recurso da assistida foi indeferido.

A assistida, em contato com a Defensoria Pública da União, indicou possíveis


irregularidades na aplicação da prova e também, na análise que levou ao indeferimento do seu
recurso.

Assim, fora expedido o OFÍCIO - Nº 97-6/2022 - DPU-PB/OFGE6 PB para


a Universidade Federal de Campina Grande, indicando os questionamentos apontados pela Sra.
MAGNA SEMPRINI. Eis o rol apresentado:

“A) Do momento antes da prova: Descreve-se no edital que o Código Secreto


será dado antes do início do tempo decorrido da prova, o que ocorreu em momento posterior;
descreve-se que o sorteio para a temática será revelado pela COMPROV, entretanto o envelope
sorteado foi aberto assim que os candidatos entraram na sala, o que foi feito em momento
anterior ao sinal de início do concurso, foi possível observar, que antes de 15 minutos, já havia
candidato dissertando;

B) Do sorteio: Descreve-se no edital que os candidatos serão escolhidos


aleatoriamente, para então, fazer-se o sorteio da temática, porém, os candidatos levantaram de
suas carteiras e se ofereceram para ir, sem o consentimento do grupo, o que gerou falta de
transparência para a escolha “aleatória”;
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C) Da caneta transparente e preta: Descreve-se no edital que a caneta a ser
utilizada deve ser transparente e preta, percebe-se que os fiscais deixaram passar canetas não
transparentes: o corpo da caneta era azul (então não era transparente) no mesmo momento
chamei a atenção e eles mandaram relatarem o fato em recurso;

D) Do direito ao rascunho: Descreve-se no edital que será fornecido rascunho,


porém, a princípio o mesmo fora negado, e depois, de tanta insistência, o mesmo chegou, depois
de meia hora do tempo decorrido, o que me prejudicou na confecção da redação;

E) Do cartão vacinal: Descreve-se no edital que seria cobrado o cartão completo


da vacina (o passaporte vacinal), o que prejudicou-me, uma vez que tomei a última dose, antes do
tempo previsto, me impossibilitando o bom manuseio com a caneta (o braço ficou duro) e não
fora cobrada o cartão vacinal colocando os demais candidatos em situação de periculosidade e
não me dando o direito em optar a não tomar já que dizia ser obrigatório;

F) Do espelho da prova: A temática para ser dissertada era sobre o currículo


para a educação infantil, não os “assuntos considerados” junto ao espelho fornecido, pois os
assuntos considerados, junto ao espelho, dão margem para a confecção de textos densos e
próprios fugindo da temática central; por isso, é necessário reelaborar os assuntos que foram
considerados, uma vez que o currículo para a educação infantil, é feito no século XXI: Portanto,
no século XXI, a abordagem do conceito de criança e de infância é sobre as mesmas serem
sujeitos de direitos, consequentemente, dissertar sobre esse tema que foi considerado, em
especifico, é condicionar a dissertação para a segunda temática do edital e não fora essa a
temática sorteada. Se fosse essa a temática selecionada a dissertação seria correspondente a de
número dois – com o corpo argumentativo correspondente a temática. É necessária uma
abordagem curricular, para cinco folhas, com a capacidade EM SINTETIZAR, como é descrito
no edital, o pensamento complexo, nos seguintes pontos: o direito a inclusão, a diversidade, a
brincadeira, os campos de experiência, as arbitrariedades curriculares da BNCC, os projetos
curriculares, a organização do cotidiano, as interações e os documentos praxiológicos para a
avaliação na educação infantil – todas essas temáticas explicitamente tratadas nas bibliografias
orientadas para a construção curricular e das propostas pedagógicas.
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Descreve-se no edital que certos assuntos seriam considerados junto ao espelho
da prova, entretanto, quando se considera os assuntos específicos sugestionados no espelho,
como a temática condizente sobre os conceitos de infância e de criança, outra temática passa a
ser abordada, não a do currículo. Especificamente a Sociologia da Infância, quando se relaciona
ao conceito de infância e ao conceito de criança, não a temática curricular. Tal conceito, pela
bibliografia orientada, é tratada no livro de Corsaro, que não desdobra sobre a pratica curricular,
senão a teoria interpretativa entre os pares na construção sociológica sobre a teia de aranha. Por
isso, o espelho para essa abordagem passou a ser incoerente, inadequado e esdruxulo quanto as
temáticas contempladas junto ao currículo. A diversidade, a inclusão, os documentos
pedagógicos, os campos de experiências / competências (objetivos), as interações / brincadeiras
(LDB), a organização do cotidiano e os complexos da BNCC são os eixos a serem considerados
no corpo curricular da educação infantil, levando em conta, a bibliografia orientada para tal.

G) Acerca da pontuação: Não ficou claro o método utilizado para as notas da


prova, ao que diz respeito dos assuntos considerados: (I) Se é considerado brincadeiras e etc,
logo, o assunto sorteado dever-se-ia ser o 5º (Interações e brincadeira como eixos norteadores da
prática na Educação Infantil;) (II) Se é considerado concepções de infância e criança, logo, o
assunto sorteado dever-se-ia ser o 2º (Concepções de infâncias e crianças: desdobramentos nas
práticas pedagógicas da Educação Infantil); (III) Se é considerado tempos, espaços etc logo, o
assunto sorteado dever-se-ia ser o 4º (Organização do cotidiano na Educação Infantil); (IV) Se é
considerado a arbitrariedade da BNCC, logo, o assunto sorteado dever-se-ia ser 6 (Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) na Educação Infantil: desafios e possibilidades no trabalho com os
Campos de Experiência;). (V) “Para cinco folhas, disserta-se, de forma sintetizada, sobre os
assuntos “considerados”, que vão ao encontro com a orientação bibliográfica. Não deve ser
considerado um assunto em prol do outro, senão, todos os assuntos para a confecção do
currículo escolar, isso, devem ser resumidamente apresentados como deve ser feito o currículo,
certamente, com a síntese abordada em cada parágrafo dos assuntos considerados.”

H) Sobre o critério de classificação: A reformulação do edital é desonesta


quanto a não classificação dos candidatos para a segunda fase, visto que, no primeiro edital,
considerava hábil, para a segunda fase, todos aqueles candidatos que fizessem mais que 70
pontos, uma vez aprovados e com a possibilidade em reverterem sua ordem de classificação com
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a didática, penso que nenhuma outra reformulação dever-se-ia balizar por estreitamentos nada
democráticos.”

Pois bem. A reitoria da Universidade Federal de Campina Grande enviou


respostas aos itens questionados, por meio do Ofício SEI nº 31/2022/COMPROV/REITORIA.
As respostas foram fundamentadas e não encontram roupagem de ilegalidade, sendo
apresentadas discricionariedades da Universidade respaldadas no Edital. Como observado
a seguir:

“No item A), a candidata questiona que o código único identificador do candidato só foi entregue
após o início da prova. VERDADE. A Comprov, sabedora de que a entrega individual do código
único identificador do candidato não causava qualquer problema ao candidato, se entregue antes
ou após o início da prova, avaliou que revelar ao candidato o seu código após o início das
atividades, já com todos os candidatos devidamente em suas posições, seria mais prudente e
seguro para que ninguém tivesse acesso ao código de outro candidato. A entrega do código se deu
da seguinte forma: após o sorteio do tema, já com todos os candidatos em suas posições, um fiscal
entregava a folha individual contendo o código único do candidato para a conferência, anotação na
prova e coleta de assinatura. Assim, devido à separação entre as carteiras, nenhum candidato teria
acesso a outro código além do seu. O que não poderia ser garantido, caso houvesse movimentação
dos candidatos adentrando na sala. Além disso, ela questiona ainda sobre o envelope com os
ponto sorteado ter sido aberto na sala. Explicaremos esses procedimentos no item a seguir.

3. No item B), a candidata questiona a escolha aleatória dos candidatos para participarem do
sorteio. VERDADE. Os fiscais de cada sala perguntaram quem gostaria de participar do sorteio
do ponto, o qual ocorreu em uma sala específica, na presença de candidatos de todas as salas. Não
houve impedimento para a participação de ninguém, no entanto, devido à capacidade de pessoas
na sala do sorteio, foram selecionados candidatos de forma aleatória. Logo, não foi possível
contemplar todos os interessados. Entretanto, para que os candidatos que participaram do sorteio
não fossem privilegiados sabendo do ponto sorteado antes dos demais que permaneceram nas
salas, foi sorteado apenas um código, o qual correspondia a um dos temas descritos no edital.
Todos os candidatos só souberam a qual tema o código correspondia após o retorno de todos às
suas respectivas salas e, de posse de envelopes lacrados, os fiscais abriram e divulgaram para todos
simultaneamente o ponto sorteado. A partir daquele momento, todos os candidatos tinham igual
período para dissertarem sobre o mesmo.

4. No item C), a candidata questiona que foram observados casos em que o candidato não estava
portando caneta transparente e preta. VERDADE. Os casos foram relatados e, inclusive,
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candidatos foram desclassificados por não cumprirem esse ponto do edital, conforme pode ser
observado no Resultado da Prova Escrita - EBTT Educacao Infantil, publicado no site da
Comprov.

5. Em D), a candidata se refere ao não provimento de rascunho para a prova. NÃO É


VERDADE. No EDITAL REITORIA/SRH Nº 2 DE 29 DE ABRIL DE 2022, item 7.2.8, está
descrito que "A prova escrita deverá conter no máximo 5(cinco) páginas, frente única" (grifo
nosso). Logo, foi informado que o verso da folha poderia ser usado como rascunho, visto que o
item 7.2.9 do mesmo edital informa que "As anotações efetuadas nos rascunhos, durante o
período de prova, deverão ser entregues junto com o texto final ao Fiscal, mas não serão objeto de
correção" (grifo nosso). Essa decisão foi tomada pensando na praticidade, na economia de papel e
segurança do processo. No entanto, após questionamentos de alguns candidatos, foi
disponibilizado para todos os candidatos que desejassem, quantidade de folhas de rascunho
avulsas.

6. Já no item E), a candidata questiona que não foi cobrado o cartão vacinal. VERDADE. Quando
os dois editais (EDITAL REITORIA/SRH Nº 2 DE 31 DE AGOSTO DE 2020 e EDITAL
REITORIA/SRH Nº 2 DE 29 DE ABRIL DE 2022) foram publicados, a UFCG estava sendo
regida pelos instrumentos legais que caracterizavam o regime emergencial devido à pandemia da
Covid-19, havendo exigência do passaporte vacinal para o exercício de atividades no âmbito da
UFCG. No dia 03 de março de 2022, o Colegiado Pleno da UFCG aprovou a versão atualizada do
Protocolo Geral de Biossegurança da Universidade Federal de Campina Grande − UFCG e deu
outras providências, entre elas que para adentrar e permanecer nos espaços da UFCG, será exigida
a apresentação do cartão de vacinação ou certificado nacional de vacinação atualizado, salvo nos
casos de condições médicas que impeçam a vacinação, as quais devem ser comprovadas mediante
apresentação de declaração médica. No entanto, no dia 22 de abril de 2022 foi publicada a
PORTARIA GM/MS Nº 913, DE 22 DE ABRIL DE 2022, declarando o encerramento da
Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da infecção
humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV) e revogando a Portaria GM/MS nº 188, de 3 de
fevereiro de 2020. No seu Art. 4º estava informado que a Portaria entraria em vigor 30 (trinta) dias
após a data de sua publicação, ou seja, exatamente no dia da aplicação da prova escrita (22 de maio
de 2022). O fato da candidata ter completado o seu ciclo vacinal foi de extrema importância para a
sua proteção da sua saúde.”

Não há irregularidades a serem questionadas em via judicial, conforme


depreende-se das respostas acima.
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II. DA INVIABILIDADE DA PRETENSÃO: NÃO COMPETE AO PODER
JUDICIÁRIO SUBSTITUIR A BANCA EXAMINADORA PARA REEXAMINAR O
CONTEÚDO DAS QUESTÕES E OS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO UTILIZADOS,
SALVO OCORRÊNCIA DE ILEGALIDADE OU DE
INSCONSTITUCIONALIDADE.

Os pontos principais apontados pela assistida são os “F” e “G”, respondidos pela
banca examinadora composta pelos seguintes docentes: Prof. Ma. Gilka Silva Pimentel
(Presidente NEI/UFRN), Prof. Dr. Saimonton Tinôco da Silva (UFPB) e Profª. Dra.
Tarcia. Regina da Silva (UPE). Assim, no documento apresentado como RESPOSTA AO
OFÍCIO Nº 97-6/2022, a banca esmiuçou os critérios de correção, evidente pelo seguinte trecho:

“Conforme o item “7.2.11 Para efeitos de pontuação na prova escrita serão observados pelas
Bancas Examinadoras, os seguintes aspectos: a) Conhecimento sobre o assunto (peso 4); b)
Clareza de exposição, capacidade de expressão e de síntese (peso 2); c) Uso da linguagem correta e
adequada (peso 2); e d) Atualização do candidato em relação ao estado de arte da área de
conhecimento para a qual é candidato (peso 2)”. Dessa maneira, foi procedido pela banca
examinadora.

No que se refere ao ponto sorteado (ponto 3), considerando as referências definidas pelo edital,
foram considerados como conhecimentos para o referido ponto:

1 Concepções de criança, infância e Educação Infantil; 2 tempos, espaços, materiais e relações na


organização do trabalho pedagógico em creches e pré-escolas; 3 interações e brincadeiras como
eixos estruturantes da Educação Infantil; 4 as práticas pedagógicas no cotidiano da Educação
Infantil: atividades permanentes, projetos de ensino e sequências didáticas; 5 a BNCC e suas
implicações para a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil.

Dessa forma, explicitamos que o espelho da prova foi construído levando em conta a articulação
entre o ponto sorteado “. Propostas pedagógicas e currículos para crianças de dois anos a cinco
anos e onze meses”, as premissas que envolvem a discussão sobre currículo no campo da
Educação Infantil e a bibliografia sugerida no anexo do edital que rege o concurso.

Quanto à adequação dos conhecimentos considerados no espelho da prova, destacamos que,


conforme a literatura da área e as referências contidas no anexo do edital, é impossível pensarmos
na construção de currículos e propostas pedagógicas sem considerarmos a quem eles se destinam:
no caso, a qua(is) criança(s), qual(is) infância(s) e qual Educação Infantil. Sabendo que, na área de
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Educação, não há um único paradigma estabelecido, convém sempre que nos posicionamentos
quanto às concepções que nos regem. Em tal contexto, as discussões quanto à diversidade e à
inclusão, requeridas pela candidata, são elementos norteadores de todos os pontos elencados no
espelho, não cabendo por isso explicitá-los enquanto conteúdo específico do ponto sorteado.
Estranhamos, por outro lado, o questionamento da candidata em relação aos
conhecimentos que compõem o espelho, uma que ela mesma faz referência a estes,
referendando-os, ao dizer: “...brincadeira, os campos de experiência, as arbitrariedades
curriculares da BNCC, os projetos curriculares, a organização do cotidiano, as
interações...”. Quanto aos “os documentos praxiológicos para a avaliação na educação
infantil”, estes também poderiam ser discutidos perifericamente, ao tratar dos conteúdos 4
e 5 do espelho”.

Toda a argumentação da assistida é frágil, tendo pouca densidade jurídica,


não possuindo peso algum para alcançar o resultado por ela almejado. Assim envereda a
jurisprudência Pátria, como visto nas seguintes decisões:

Não compete ao Poder Judiciário substituir a banca examinadora para reexaminar o


conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, salvo ocorrência de ilegalidade
ou de inconstitucionalidade. [Tese definida no RE 632.853, rel. min. Gilmar Mendes, P, j.
23-4-2015, DJE 125 de 29-6-2015, Tema 485.]

Discute-se nestes autos a possibilidade de o Poder Judiciário realizar o controle jurisdicional sobre
o ato administrativo que corrige questões de concurso público. No caso dos autos, as recorridas
ajuizaram ação ordinária com pedido de tutela antecipada com o objetivo de declarar a nulidade de
dez questões do concurso público para provimento do cargo de enfermeiro da Secretaria da Saúde
do Estado do Ceará, ao fundamento de que não houve respostas ao indeferimento dos recursos
administrativos. Requereram, ainda, a aplicação do Enunciado 684da Súmula desta Corte, cujo teor
é o seguinte: "É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso
público". (...) É antiga a jurisprudência desta Corte no sentido de que não compete ao Poder
Judiciário substituir a banca examinadora para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios
de correção utilizados, salvo ocorrência de ilegalidade e inconstitucionalidade. (...) Na espécie, o
acórdão recorrido divergiu desse entendimento ao entrar no mérito do ato administrativo e
substituir a banca examinadora para renovar a correção de questões de concurso público,
violando o princípio da separação dos poderes e a própria reserva de administração
(Verwaltungsvorbehalt). Não se trata de controle de conteúdo das provas ante os limites
expressos no edital, admitido pela jurisprudência do STF nas controvérsias judiciais sobre
concurso público. Ao contrário, o acórdão recorrido, expressamente, substituiu a banca do
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certame, de forma a proceder à nova correção das questões. [RE 632.853, rel. min. Gilmar
Mendes, P, j. 23-4-2015, DJE 125 de 29-6-2015, Tema 485.]

Em todo caso, observo que a assistida é uma pessoa competente e preparada.


Terá outras oportunidades de se submeter a um Processo Seletivo e, com total certeza, obterá
sucesso.

III – CONCLUSÃO

À vista do exposto, entendo que o requerente teve seus pleitos administrativos


indeferidos, de forma legal. Por isso, determino o arquivamento do presente PAJ, uma vez que
não vislumbro viabilidade no ajuizamento de ação, questionando o indeferimento da inscrição.

Comunique-se à assistida e envie-lhe cópia do presente despacho por e-mail.

Esclareça-lhe que, caso não concorde com o presente arquivamento, poderá


apresentar recurso no prazo de 10 dias, devendo comparecer ao atendimento da DPU para
reduzir a termo suas razões e apresentar documentos que entender devidos. Explique-lhe, ainda,
que este arquivamento será examinado pela Câmara de Coordenação da DPU em Brasília.

Transcorrido o prazo acima sem recurso, encaminhe-se este despacho de


arquivamento à Câmara de Coordenação Previdenciária, em conformidade com o disposto no
art. 6º, inciso V, da Resolução n. 33 da CSDPU.

João Pessoa/PB, 28 de junho de 2022.

PEDRO PALMEIRA DE MOURA COELHO

DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL

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