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UNIDADE NA PARAÍBA
6º Ofício
PAJ n. 2022/034-00875
DESPACHO DE ARQUIVAMENTO
1. SÍNTESE DO CASO
“No item A), a candidata questiona que o código único identificador do candidato só foi entregue
após o início da prova. VERDADE. A Comprov, sabedora de que a entrega individual do código
único identificador do candidato não causava qualquer problema ao candidato, se entregue antes
ou após o início da prova, avaliou que revelar ao candidato o seu código após o início das
atividades, já com todos os candidatos devidamente em suas posições, seria mais prudente e
seguro para que ninguém tivesse acesso ao código de outro candidato. A entrega do código se deu
da seguinte forma: após o sorteio do tema, já com todos os candidatos em suas posições, um fiscal
entregava a folha individual contendo o código único do candidato para a conferência, anotação na
prova e coleta de assinatura. Assim, devido à separação entre as carteiras, nenhum candidato teria
acesso a outro código além do seu. O que não poderia ser garantido, caso houvesse movimentação
dos candidatos adentrando na sala. Além disso, ela questiona ainda sobre o envelope com os
ponto sorteado ter sido aberto na sala. Explicaremos esses procedimentos no item a seguir.
3. No item B), a candidata questiona a escolha aleatória dos candidatos para participarem do
sorteio. VERDADE. Os fiscais de cada sala perguntaram quem gostaria de participar do sorteio
do ponto, o qual ocorreu em uma sala específica, na presença de candidatos de todas as salas. Não
houve impedimento para a participação de ninguém, no entanto, devido à capacidade de pessoas
na sala do sorteio, foram selecionados candidatos de forma aleatória. Logo, não foi possível
contemplar todos os interessados. Entretanto, para que os candidatos que participaram do sorteio
não fossem privilegiados sabendo do ponto sorteado antes dos demais que permaneceram nas
salas, foi sorteado apenas um código, o qual correspondia a um dos temas descritos no edital.
Todos os candidatos só souberam a qual tema o código correspondia após o retorno de todos às
suas respectivas salas e, de posse de envelopes lacrados, os fiscais abriram e divulgaram para todos
simultaneamente o ponto sorteado. A partir daquele momento, todos os candidatos tinham igual
período para dissertarem sobre o mesmo.
4. No item C), a candidata questiona que foram observados casos em que o candidato não estava
portando caneta transparente e preta. VERDADE. Os casos foram relatados e, inclusive,
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candidatos foram desclassificados por não cumprirem esse ponto do edital, conforme pode ser
observado no Resultado da Prova Escrita - EBTT Educacao Infantil, publicado no site da
Comprov.
6. Já no item E), a candidata questiona que não foi cobrado o cartão vacinal. VERDADE. Quando
os dois editais (EDITAL REITORIA/SRH Nº 2 DE 31 DE AGOSTO DE 2020 e EDITAL
REITORIA/SRH Nº 2 DE 29 DE ABRIL DE 2022) foram publicados, a UFCG estava sendo
regida pelos instrumentos legais que caracterizavam o regime emergencial devido à pandemia da
Covid-19, havendo exigência do passaporte vacinal para o exercício de atividades no âmbito da
UFCG. No dia 03 de março de 2022, o Colegiado Pleno da UFCG aprovou a versão atualizada do
Protocolo Geral de Biossegurança da Universidade Federal de Campina Grande − UFCG e deu
outras providências, entre elas que para adentrar e permanecer nos espaços da UFCG, será exigida
a apresentação do cartão de vacinação ou certificado nacional de vacinação atualizado, salvo nos
casos de condições médicas que impeçam a vacinação, as quais devem ser comprovadas mediante
apresentação de declaração médica. No entanto, no dia 22 de abril de 2022 foi publicada a
PORTARIA GM/MS Nº 913, DE 22 DE ABRIL DE 2022, declarando o encerramento da
Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da infecção
humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV) e revogando a Portaria GM/MS nº 188, de 3 de
fevereiro de 2020. No seu Art. 4º estava informado que a Portaria entraria em vigor 30 (trinta) dias
após a data de sua publicação, ou seja, exatamente no dia da aplicação da prova escrita (22 de maio
de 2022). O fato da candidata ter completado o seu ciclo vacinal foi de extrema importância para a
sua proteção da sua saúde.”
Os pontos principais apontados pela assistida são os “F” e “G”, respondidos pela
banca examinadora composta pelos seguintes docentes: Prof. Ma. Gilka Silva Pimentel
(Presidente NEI/UFRN), Prof. Dr. Saimonton Tinôco da Silva (UFPB) e Profª. Dra.
Tarcia. Regina da Silva (UPE). Assim, no documento apresentado como RESPOSTA AO
OFÍCIO Nº 97-6/2022, a banca esmiuçou os critérios de correção, evidente pelo seguinte trecho:
“Conforme o item “7.2.11 Para efeitos de pontuação na prova escrita serão observados pelas
Bancas Examinadoras, os seguintes aspectos: a) Conhecimento sobre o assunto (peso 4); b)
Clareza de exposição, capacidade de expressão e de síntese (peso 2); c) Uso da linguagem correta e
adequada (peso 2); e d) Atualização do candidato em relação ao estado de arte da área de
conhecimento para a qual é candidato (peso 2)”. Dessa maneira, foi procedido pela banca
examinadora.
No que se refere ao ponto sorteado (ponto 3), considerando as referências definidas pelo edital,
foram considerados como conhecimentos para o referido ponto:
Dessa forma, explicitamos que o espelho da prova foi construído levando em conta a articulação
entre o ponto sorteado “. Propostas pedagógicas e currículos para crianças de dois anos a cinco
anos e onze meses”, as premissas que envolvem a discussão sobre currículo no campo da
Educação Infantil e a bibliografia sugerida no anexo do edital que rege o concurso.
Discute-se nestes autos a possibilidade de o Poder Judiciário realizar o controle jurisdicional sobre
o ato administrativo que corrige questões de concurso público. No caso dos autos, as recorridas
ajuizaram ação ordinária com pedido de tutela antecipada com o objetivo de declarar a nulidade de
dez questões do concurso público para provimento do cargo de enfermeiro da Secretaria da Saúde
do Estado do Ceará, ao fundamento de que não houve respostas ao indeferimento dos recursos
administrativos. Requereram, ainda, a aplicação do Enunciado 684da Súmula desta Corte, cujo teor
é o seguinte: "É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso
público". (...) É antiga a jurisprudência desta Corte no sentido de que não compete ao Poder
Judiciário substituir a banca examinadora para reexaminar o conteúdo das questões e os critérios
de correção utilizados, salvo ocorrência de ilegalidade e inconstitucionalidade. (...) Na espécie, o
acórdão recorrido divergiu desse entendimento ao entrar no mérito do ato administrativo e
substituir a banca examinadora para renovar a correção de questões de concurso público,
violando o princípio da separação dos poderes e a própria reserva de administração
(Verwaltungsvorbehalt). Não se trata de controle de conteúdo das provas ante os limites
expressos no edital, admitido pela jurisprudência do STF nas controvérsias judiciais sobre
concurso público. Ao contrário, o acórdão recorrido, expressamente, substituiu a banca do
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certame, de forma a proceder à nova correção das questões. [RE 632.853, rel. min. Gilmar
Mendes, P, j. 23-4-2015, DJE 125 de 29-6-2015, Tema 485.]
III – CONCLUSÃO