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Cimento Portland

Eng. Flávio André da Cunha Munhoz


Utilização

aglomerante agregados

cimento água areia brita aditivo


(opcional)
pasta
argamassa

concreto

Agosto 2009
2
Importância
 Consumo de Concreto
– O concreto é o segundo produto mais consumido pela
humanidade

21.000 kg/habitante

3.400 kg/habitante

Agosto 2009
3
Produção Mundial

1800
1657,1 Produção Mundial 2009 (milhões de toneladas)
1600

1400

1200

1000

800

600

400
190
200
64 59,6 57,6 52,2 51,7 48,8 47,7 46,9

0
China Índia USA Japão Turquia Coréia do Brazil Irã Vietnã Egito
Sul

Produção Mundial 3033,0

Agosto 2009
4
Produção Brasileira
 Panorama Brasileiro de Cimento
Fonte SNIC

70

59,2
60

Produção (Mt) 51,7


51,9
50 46,6
41,7
40 4039,739 39,2
40 38
35 35 36

30 27 26 27 28
25 25 25 25 25 26 26 24 25 25
23
21 21
19 19 20
20 17
15
12 13
10
10 8 8 9
6 6 6 6
4 4 5 5 5

0
1960

1962

1964

1966

1968

1970

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006
1972

1974

2008

2010
Agosto 2009
5
Produção Brasileira
 Consumo regional em 2010

14,8% 5,5%
19,1% NORTE

NORDESTE
CENTRO-
OESTE
10,6%

SUDESTE

50,0%

SUL
FONTE: SNIC

Agosto 2009
6
Panorama Brasileiro de Cimento

Produção por grupos industriais em 2010


PRODUÇÃO
EMPRESA
(Mt)
ITAMBÉ
OUTROS
2,4%
11,2% VOTORAN 22,4
CIPLAN VOTORAN
3,1% 37,8% JOÃO SANTOS 6,6
CIMPOR 5,3
LAFARGE
7,9% HOLCIM 4,4
INTERCEMET INTERCEMENT 6,0
10,1%
HOLCIM LAFARGE 4,7
7,4%
CIMPOR JOÃO CIPLAN 1,8
9,0% SANTOS
11,1% ITAMBÉ 1,4
OUTROS 6,6
TOTAL 59,2
FONTE: SNIC

Agosto 2009
7
Produção Brasileira
 Aplicações do cimento

Infra-Estrutura
18,1%

Aplicação Edificação
100% 81,8%

Agropecuária
0,1%

FONTE: ABCP

Agosto 2009
8
Produção Brasileira
 Perfil de Consumo do Cimento
CONCRETEIRAS 15,0%
Consumidor ARTEFATOS 6,8%
industrial 28,4% PRÉ-MOLDADOS 4,5%
28,4% FIBROCIMENTO 2,4%
ARGAMASSAS 1,4%

Consumo de
cimento CONSTRUTORAS/EMPREITEIRAS 14,7%
EMPRESAS PRIVADAS 7,7%
100% 29,1% ÓRGÂOS PÚBLICOS 2,8%
PREFEITURAS 3,0%
COOPERATIVAS/MUTIRÕES 0,9%
Consumidor
final
71,6%
PEQUENO CONS. INDIVIDUAL 27,3%
42,5%
PEDREIROS/PEQ.EMPREITEIROS 15,2%

FONTE: ABCP

Agosto 2009
9
Panorama Mundial de
Cimento 2009
O consumo per capita O consumo per capita
é baixo no Brasil no mundo é 447 kg/hab
271kg/hab
Consumo per capital

Brazil 271

Autrália 416

Media mundial 447

Argélia 522

Turquia 567

Portugal 580

Italia 599

Tunisia 616

Egito 624

Espanha 630

Grecia 697

Coréia do Sul 994

China 1218

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Agosto 2009
10
Histórico Mundial
Gregos e Romanos
 Pioneiros na utilização do
cimento

Cimento
 Cal + Cinzas vulcânicas
PANTEÃO

Obras
 Panteão, Coliseu, Basílica
de Constantino, etc.
COLISEU

BASILICA
Agosto 2009
11
Histórico Mundial
1824
Patente do Cimento Portland
Joseph Aspdin
CALCÁRIO
+
ARGILA
(Calcinados)

Essa mistura resultou um pó, que por apresentar


características semelhantes a uma pedra abundante da
ilha de Portland, foi denominado “cimento portland”.

Agosto 2009
12
Histórico Mundial
Apesar do desenvolvimento
tecnológico, o princípio
básico de fabricação
permaneceu o mesmo até os
dias de hoje.

Agosto 2009
13
Histórico no Brasil
1888- Cimento Rodovalho
Rodovalho decidiu, então, instalar na
Fazenda Santo Antônio, nas proximidades
de São Roque uma fábrica de cimento, com
capacidade para 25.000 toneladas/ano. Sua
iniciativa é considerada a primeira tentativa
de fabricação do cimento Portland no País,
a partir da mistura de calcário e argila,
calcinada em fornos. A Usina Rodovalho
operou de 1888 a 1904, quando foi
arrematada pela A. R. Pereira & Cia até que,
em 1918, a Votorantim assumiu a produção

Agosto 2009 USINA RODOVALHO


14
Histórico no Brasil
1892
Ilha do Tiriri (PB)
O primeiro a produzir cimento no Nordeste do Brasil, foi o Engº
Louis Nóbrega por um curto período de três meses em 1892.

Agosto 2009
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Histórico no Brasil

1912 – 1924
 Primeira iniciativa estatal

 Cachoeiro do Itapemirim / ES

 Cimento Monte Líbano

 Capacidade : 8000 t/ano

 Primeiro forno rotativo

Agosto 2009
16
Histórico no Brasil
1926
1ª Produção efetiva de cimento brasileiro:
Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus

Agosto 2009
17
Histórico no Brasil
1926
Consumo de 410.000 t/ano
e (97% Importado)

Em 1939 a produção foi de 697 mil toneladas,


ganhando auto-suficiência, passando para 810 mil
toneladas em 1944.

Entre 1945 e 1955 (após a 2ª guerra) o setor


inaugurou 16 novas fábricas.

Agosto 2009
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Panorama Brasileiro de
Cimento
Fábricas no Brasil
 71 unidades industriais
 Capacidade nominal
70 milhões de tonelada

PRODUÇÃO 2010
59,2 milhões de ton.
(*) Produção de 2011
53,0 milhões de ton.
(*) Até outubro/2011

Agosto 2009
19
Histórico no Brasil

12 Grupos Cimenteiros

Agosto 2009
20
Cimento Portland
 Definição

 Aglomerante hidráulico constituído de uma mistura de

Clínquer Portland
+
sulfato de cálcio

Agosto 2009
21
Cimento Portland

Cimento: palavra originária do Latim Caementu, que na


antiga Roma uma espécie de pedra natural de rochedos
não esquadrejadas.

Aglomerante hidráulico constituído de óxidos (cálcio, silício,


ferro e alumínio) que em contato com a água tem a
capacidade de endurecer.

Agosto 2009
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Clínquer Portland
 ETAPAS DA FABRICAÇÃO
Extração das matérias-primas
Britagem e moagem
Dosagem da farinha
Homogeneização
Queima (Clinquerização)
Resfriamento
Moagem
Ensacamento

Agosto 2009
23
Esquema de Funcionamento de
uma Fábrica

Carvão/Coque/óleo
Depósito de
Mix
Combustíveis
Pré-aquecedor
Britador Moinho de Carvão

Calcário
Depósito

Argila
Moinho de Cru
Homogeneização Gesso
Silos de Cimento
Separador Clínquer
Depósito de
Escória ou Clínquer
Moinho de Cimento
pozolana

Calcário

Ensacamento
GRANELEIRO

A oferta dos diversos tipos de cimento varia em função do número de silos e da


disponibilidade de matéria-prima, daAgostocaracterística
2009
do mercado regional.
Em geral a fábrica oferece 2 a 3 tipos. 24
Jazida de Calcário
(subterrânea)

Principal matéria-prima na fabricação do cimento

Agosto 2009
25
Jazida de Calcário
(céu aberto)

Principal matéria-prima na fabricação do cimento

Agosto 2009
26
Transporte

O material resultante é transportado em caminhões


“fora-de-estrada” até a instalação de britagem

Agosto 2009
27
Britagem

Na britagem, o calcário é reduzido a dimensões


adequadas ao processamento industrial

Agosto 2009
28
Dosagem
 Para a produção de 1 tonelada de cimento
(20 sacos), são utilizados, em média:

Agosto 2009
29
Dosagem

100CaO SiO2 Al 2O3


FSC MS MA
2,8SiO 2 1,2Al 2O3 0,65Fe 2O3 Fe2O3 Al 2 O3 Fe2O3
Agosto 2009
30
Queima

Emissão de Gás Carbônico (CO2)


O controle da emissão de CO2, um dos principais causadores
do efeito estufa, representa um dos maiores desafios do setor
na área do meio ambiente. A indústria do cimento responde
por aproximadamente 5% das emissões antrópicas de gás
carbônico do mundo.

Alguns países emissores de CO2 (kg/ ton. de cimento)


Brasil 610
Espanha 698
Inglaterra 839
China 848
Agosto 2009
31
Queima

FORNO ROTATIVO

No forno, a uma temperatura próxima a 1450oC, o material transforma-


se em pelotas escuras - o clínquer.

Agosto 2009
32
Reações de formação do
clínquer portland
 20 - 100oC
 Perda de água livre

 500 - 600oC
 Desidroxilação dos argilominerais
 Transformação do quartzo em quartzo

 700 - 900oC
 Descarbonatação dos carbonatos
 Primeiras reações em estado sólido com
formação de aluminatos e ferroaluminatos
cálcicos (C12A7 e C2[A,F])
 Primeiros cristais de belita (C2S)
 Formação de cristobalita a partir do quartzo

Agosto 2009
33
Reações de formação do
clínquer portland
 900 - 1200oC
 Cristalização da belita
 Conversão do C12A7 e C2[A,F] em C3A e C4AF
(ocorrem apenas reações em estado sólido)

 1250 - 1350oC
 Fusão dos constituintes da fase intersticial
(C3A e C4AF)
 Geração dos primeiros cristais de alita (C3S) a
partir dos cristais pré-existentes de belita (C2S)
e CaO

 1350 - 1450oC
 Desenvolvimento dos cristais de alita (C3S)

Agosto 2009
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Forno Rotativo com
Pré-aquecedor
Comprimento do forno/diâmetro do forno ..... aproximadamente 14/1
Dimensões do forno para 2.500 t/d ................. 4.8 x 67 a 5.0 x 74m
Velocidade........................................................... aprox. 2 rpm
Segundo sistema de queima ............................ nenhum
Descarbonatação ............................................... aproximadamente 40%

Pré-
aquecedor
< 1 min Zona de Zona de Zona de
Zona de
calcinação transicão queima resfriamento
28 min 5 min 10 min
2 min
1400
CO2
Relação de massa

1200
CaCO3
Cal livre 1000

T [ºC]
Alita 800

Belita 600
quartzo Cr Líquido
quartzo 400
Minerais de argila C 3A
C12A7 C3A 200
H 2O Líquido
Fe2O3 C2(A,F) C4AF
C4AF
Tempo de [min]
5 10 15 20 25 30 35 40 45
residência
Agosto 2009
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Forno rotativo com pré-
aquecedor e pre-calcinador
Comprimento/diâmetro do forno ......... aproximadamente 14/1
Dimensões do forno (2500 t/d).............. 4.0 x 56 a 4.4 x 64m
Velocidade .............................................. aproximadamente 3rpm
Taxa de combustível no 2ºsistema de queima.... 65% máximo
(ar terciário)
Descarbonatação................................... aproximadamente 95%

Pré-
aquecedor
< 1 min Zona de
resfriamento
Zona de Zona de Zona de 2 min
calcinação transicão queima 1450ºC
2 min 15 min 12 min
1400
CO2
Relação de massa

CaCO3 1200
1000
Cal livre

T [ºC]
Alita 800
600
Belita
quartzo Cr 400
quartzo
Minerais de argila C12A7 C 3A C 3A 200
C4AF Líquido
C2(A,F)
C4AF
Fe2O3 H 2O
5 10 15 20 25 30
Tempo de residência [min]

Agosto 2009
36
Reações de formação do
clínquer portland

CO2

CaCO3
Relação de massa

Cal livre
Farinha

Clínquer
Alita

Belita

quartzo quartzo Líquido


Cristobalita
Minerais de argila
C12A7 C3A
Líquido
Fe2O3 H2O
C2(A,F) C4AF

0 200 400 600 800 1000 1200 1400


Temperatura [º C]
Agosto 2009
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Balanço térmico

Calor absorvido
(1030kcal/kg)

Calor liberado
(610kcal/kg)

Via úmida
1400 kcal/kg
420kcal/kg
Via seca
750 kcal/kg

Agosto 2009
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Formação do clínquer

Clínquer Interior do forno

Agosto 2009
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Clínquer Portland

Agosto 2009
40
MINERALOGIA DO CLINQUER
PORTLAND

PRINCIPAIS COMPOSIÇÃO
Alita C3S
Belita C2S
Fase Intersticial C3A e C4AF

SECUNDÁRIOS
CaO livre CaO
Periclásio MgO

Agosto 2009
41
MINERALOGIA DO CLINQUER
PORTLAND

C3S

Agosto 2009
42
MINERALOGIA DO CLINQUER
PORTLAND

C 2S
C 3S

Agosto 2009
43
MINERALOGIA DO CLINQUER
PORTLAND
C4AF

C 3A

MgO

Agosto 2009
44
MINERALOGIA DO CLINQUER
PORTLAND

Fase

Agosto 2009
45
MINERALOGIA DO CLINQUER
PORTLAND

CaO l

Agosto 2009
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Porosidade do
Clínquer

Agosto 2009
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Moinho de cimento

Na moagem final, o sulfato de cálcio e eventuais


adições são misturados ao clínquer, resultando o
cimento
Agosto 2009
48
Cimento Portland

Agosto 2009
49
Adições ao Cimento

Conforme o tipo de cimento poderão ser


acrescentados, no processo de moagem,
materiais conhecidos por Adições: Escórias,
Pozolanas, Calcário

Agosto 2009
50
Tipos de Cimento

Filer
CP II-F

Clínquer

+ +
CP II-E ou
CP III
Escória

Gesso
CP II-Z ou
CP I ou CP V CPIV
Pozolana

Agosto 2009
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Tipos de cimento

Agosto 2009
52
Adições ao Cimento
 Regionalização dos tipos de cimento
Distribuição
regional de alguns
tipos de cimento
em função da
matéria-prima
disponível

Agosto 2009
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Nomenclatura

TIPO CP XXX RR

Cimento Resistência
Portland Composição
aos 28 dias
ou
(MPa)
qualificativo CLASSE
CP II- E- 32 (TIPO)
SIGLA
CPII-E (SIGLA)
NOME TÉCNICO:Cimento
32 (CLASSE) Portland composto com escória

Agosto 2009
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Cimento Portland
 Normas brasileiras
NBR 5732/91  Cimento Portland Comum
NBR 5733/91  Cimento Portland de Alta Inicial
NBR 11578/91  Cimento Portland Composto
NBR 5735/91  Cimento Portland de Alto-Forno
NBR 5736/91  Cimento Portland Pozolânico
NBR 5737/92  Cimento Portland Resistente a Sulfatos
NBR 13116/94  Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação
NBR 12989/93  Cimento Portland Branco
NBR 9831/06  Cimento para Poços Petrolíferos
NBR 13847/97  Cimento Aluminoso

Agosto 2009
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Cimento Portland
 Cimento Portland de baixo calor de hidratação

 Identificação
 Acréscimo do sufixo BC ao tipo original

Exigência
 baixo desprendimento de calor

< 260 J/g aos 3 dias

< 300 J/g aos 7 dias

Agosto 2009
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Cimento Portland
 Cimentos resistentes a sulfatos

 Identificação
 Acréscimo do sufixo RS ao tipo original

Exigência
 C3A do clínquer menor que 8%
 Fíler calcário menor que 5%
 Cimentos CP III com 60% a 70% de escória
 Cimentos CP IV com 25% a 40% de pozolana
 Cimentos que tiverem antecedentes de
resultados de ensaios de longa duração ou de
obras que comprovem resistência aos sulfatos

Agosto 2009
57
Cimento Portland
 Prescrições químicas

Agosto 2009
58
Cimento Portland
 Prescrições físico-mecânica

Agosto 2009
59
Cimento Portland
 Ensaios físicos

Resíduo em peneira

Agosto 2009
60
Cimento Portland
 Ensaios físicos

Massa específica

Agosto 2009
61
Cimento Portland
 Ensaios físicos

Área especifica (Blaine)

Agosto 2009
62
Cimento Portland
 Ensaios físicos

Tempo de Pega
Agosto 2009
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Cimento Portland
 Ensaios físicos

Expansibilidade Le Chatelier

Agosto 2009
64
Cimento Portland
 Ensaios físicos

Resistência à compressão
Agosto 2009
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Cimento Portland
 Evolução da produção por tipo de cimento (%)

Agosto 2009
66
Adições ao Cimento
 Razões para o uso das adições
 Técnicas
 Melhoria de propriedades específicas

 Econômicas
 Diminuição do consumo energético

 Ecológicas
 Aproveitamento de resíduos poluidores e
preservação das jazidas

Agosto 2009
67
Adições ao Cimento
 Razões para o uso das adições

 Aumento da impermeabilidade
 Diminuição da porosidade capilar
 Maior resistência a sulfatos
 Redução do calor de hidratação
 Inibição da reação álcali-agregado

MAIOR DURABILIDADE

Agosto 2009
68
Cimento Portland
 Características dos cimentos

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP – Resistência à compressão em MPa

Os cimentos brasileiros ultrapassam expressivamente as exigências


mínimas das normas técnicas
Agosto 2009
69
Cimento Portland
 Evolução porcentual da resistência dos
cimentos (r 28 =100)

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP – Resistência à compressão em MPa

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP


Agosto 2009
70
Cimento Portland
 Evolução em MPa da resistência dos cimentos

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP – Resistência à compressão em MPa

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP


Agosto 2009
71
Cimento Portland
 Influência dos tipos de cimento nas
argamassas e concretos

Agosto 2009
72
Cimento Portland
 Aplicações
 Todos os tipos de cimento são adequados a todos
os tipos de estruturas e aplicações.

 Existem tipos de cimento que são mais


recomendáveis ou vantajosos para determinadas
aplicações.

Agosto 2009
73
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto armado Resistência de projeto I, II, III, IV

Marginal do Rio Pinheiros/SP

Agosto 2009
74
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto para desforma


rápida Endurecimento rápido V, I, II
(sem cura térmica)
Concreto para desforma
rápida Endurecimento rápido I, II, III, IV
(com cura térmica)

Sede da Açovisa,Guarulhos /SP Pilares pré-moldados- Estaleiro Navship/SC

Agosto 2009
75
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto massa Baixo calor de hidratação III, IV, BC

Barragem de Tucurui /PA

Agosto 2009
76
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Pavimento de concreto Pequena retração I, II, III, IV, V

Ponte Rio Niteroi Rodoanel Sul


Agosto 2009
77
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Pisos industriais de
Resistência à abrasão I, II, III, IV, V
concreto

Agosto 2009
78
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto com agregados Prevenção da reação


IV, III
reativos álcali-agregado (RAA)

Bloco de fundação de edifícios residenciais da cidade


de Recife/PE com fissuras devido à RAA
Agosto 2009
79
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Obras marítimas Resistência a sulfatos RS, III, IV

Plataforma, Mar do Norte Porto de Pecém/CE

Agosto 2009
80
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Solo-cimento Aglomerante I, II, III, IV

Casa com parede monolítica de solo-cimento Casa com tijolos de solo-cimento

Agosto 2009
81
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Cimento queimado Estética Todos

Agosto 2009
82
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Argamassa de
rejuntamento de azulejos Estética (cor branca) Branco
e ladrinhos

Agosto 2009
83
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Argamassa de chapiscos Aderência I, II

Agosto 2009
84
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Argamassa de revesti- Pequena retração,


mento e assentamento retenção de água e I, II, III, IV
de tijolos e blocos plasticidade

Agosto 2009
85
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto arquitetônico Estética (cor branca) Branco estrutural

Baha´i Temple, Chicago Lotus Temple, New Delhi

Agosto 2009
86
Aplicação
Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto arquitetônico Estética (cor branca) Branco estrutural

Ponte Estaiada em Concreto Branco – Brusque, SC Museu da Fundação Iberê Camargo,Porto Alegre

Agosto 2009
87
Cimento Portland
 Enfatizando o uso vantajoso do CP III E CP IV
 Obras de concreto-massa como barragens e
peças de grandes dimensões, fundações de
máquinas, pilares etc.
 Obras em contato com ambientes agressivos por
 sulfatos, terrenos salinos etc.
 Tubos e canaletas para condução de líquidos
agressivos, esgotos ou efluentes industriais.
 Concretos com agregados reativos;
 Pilares de pontes ou obras submersas em contato
com águas correntes puras;
 Obras em zonas costeiras ou em água do mar
 Pavimentação de estradas e pistas de aeroportos etc

Agosto 2009
88
Cimento Portland
 Enfatizando o uso vantajoso do CP V-ARI
 Onde o requisito de elevada resistência às
primeiras idades é fundamental;
 Na indústria de pré-fabricados;
 Aplicação da protensão;
 Concreto projetado;
 Pisos industriais;
 Obras em climas de baixa temperatura.

Precauções  Retração e fissuração térmica

Agosto 2009
89
Hidratação

PEGA RESISTÊNCIA

C-S-H
1 2 3 4

CIMENTO + H2O
Agosto 2009
90
Hidratação

 ÁGUA + CIMENTO =
Dissolução e formação de
novas fases hidratadas

 O tempo aumenta o
entrelaçamento dos
cristais, aumentando a
resistência mecânica

Agosto 2009
91
Hidratação

C3S
+ H 2O C-S-H + Ca(OH)2
C2S

resistência proteção
às - lixiviação
armaduras - carbonatação
maléfico ao
concreto
C3A
+ H2O + Ca(OH)2 C4AH13
C4AF
Agosto 2009
92
Hidratação

 Sultato de cálcio atua como


controlador de pega

 C3A + H2O = PEGA RÁPIDA

 C3A + Sulfato de cálcio + H2O =


Retardamento

Agosto 2009
93
Hidratação
PEGA RÁPIDA
C4AH13
C3A + H2O C3A

PEGA RETARDADA
C4AH13

C3A + H2O + GESSO C3A

ETRINGITA
(pouco solúvel)

Agosto 2009
94
Silo de cimento

Silos de estocagem de cimento

Agosto 2009
95
Expedição

O produto é estocado nos silos de cimento e


expedido em sacos ou a granel

Agosto 2009
96
Cimento Portland

Obrigado
flavio.munhoz@abcp.org.br

Agosto 2009
97

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