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Índice

Introdução..................................................................................................3
A cultura como influencia na Gestão de Recursos Humano........................................4
Cultura...................................................................................................4
Gestão de Recursos Humanos........................................................................5
Influencias da cultura na gestão de recursos humanos……………………………………………………..6
Conclusão..................................................................................................7
Referencia Bibliográfica.................................................................................8
Introdução

O impressionante crescimento da globalização impulsiona a convergência de pessoas de


diferentes valores culturais nos diversos países, permitindo o estímulo do comércio
internacional e impondo novos desafios aos países menos desenvolvidos. A movimentação
de capitais quer para investimentos directos ou financiamento tem contribuído fortemente
para a circulação de pessoas e bens entre os países.

Moçambique por exemplo, é um país ético e multicultural. Nele convergem e convivem


pessoas e povos de diferentes etnias e origens, tornando-se deste modo, destino
preferencial e privilegiado de investimentos directos nacionais e estrangeiros.

O presente trabalho visa, compreender até que ponto esses valores culturais influenciam
na gestão de recursos humanos, sem esquecer a necessidade de perceber como os gestores
conciliam a cultura organizacional com os comportamentos decorrentes da diversidade dos
valores culturais dos seus colaboradores.

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A cultura como influencia na Gestão de Recursos Humano

Para melhor percebermos a influência da cultura na gestão de recursos humano, primeiro


temos que entender o que é a cultura e o que é a gestão de recursos humanos. Feito isso,
melhor podemos perceber a influência da cultura na gestão de recursos humanos.

Cultura

Das nossas pesquisas percebemos que o conceito de cultura não é unânime. Quando um
principiante se refere ao termo cultura, ele geralmente tem em mente o conceito mais
fenomenológico, que levaria em conta apenas as artes, as manifestações culturais de
prestígio em uma sociedade: teatro, cinema, dança, etc. Em alguns casos, poder-se-ia
pensar também em fatos geográficos e históricos relevantes de uma sociedade. Entretanto
Thévenet (1989) lista e analisa seis teorias sobre o que seria cultura em sua obra Cultura
de Empresa-Auditoria e Mudança.

A primeira teoria olha a cultura como tudo aquilo que o ser humano produz, sendo que os
grupos humanos passariam para seus descendentes. Teixeira (2005) é um dos
representantes desse grupo, pois ele via a cultura como todas as ações do homem face à
natureza e aos outros indivíduos. Para este, o ser humano apreende o mundo sob a ótica
de sua cultura.

A segunda teoria, denominada de cognitiva, veria a cultura como uma síntese dos
conhecimentos que são compartilhados pelos membros de uma determinada sociedade e
que lhes servem de parâmetros para interagir entre si e também para apreender o mundo
à sua volta, como foi sintetizada por Goodenough (1964 apud Thévenet 1989).

A terceira teoria, cujo representante mais famoso é Geertz, considera a cultura como uma
maneira de representar o mundo e de entendê-lo. Já para estudiosos defensores da quarta
teoria, como Marx, a cultura seria um mediador entre o ser humano e seus afazeres, tudo
aquilo que o homem produz com o intuito de atingir seus objetivos, seja material ou não.

A quinta abordagem vê a cultura como um sistema de práticas mediadas pelas relações


que se estabelecem dentro de uma sociedade, abarcando aquelas entre indivíduos e
também entre indivíduos e instituições. E o sexto entendimento do que seria cultura a vê
como um sistema interativo, isto é, tudo o que o ser humano faz deve ser entendido
dentro do contexto social.

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Assim sendo, o modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os
diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de
uma herança cultural, ou seja, resultado da operação de uma determinada cultura. A
cultura seria como uma espécie de guia de comportamento em cada sociedade. Ela
determina como nos vestimos, o que é considerado adequado ou não em uma sociedade,
como nos comportamos em relação aos demais, enfim, nossas ações seriam mediadas por
aquilo que recebemos através da socialização. Os valores culturais orientam
comportamentos, realização de actividades, resolução de conflitos e tomada de decisões.

Conforme Klein (2002), a cultura é a forma básica de vida e das manifestações de


identidades na terra. De acordo com o autor citado, há três tipos de diversidade cultural:
genética, linguística e cultural propriamente dita.

A diversidade cutural genética refere-se, de acordo com o mesmo autor, às variações e


similaridades genéticas entre as pessoas. Linguística aponta para a existência de
diferentes linguagens e sua distribuição em regiões. E a propriamente dita é o complexo
de indivíduos e comportamentos dentro de um contexto histórico comum.

A questão da diversidade cultural deve ser discutida em simultâneo com a noção das
variacoes consoante a etnia, a raça, a idade, a religião, o gênero, à região geográfica,
visões de mundo, desejos, valores, etc.

Gestão de Recursos Humanos

Gestão é o processo de trabalhar com e através dos outros a fim de atingir eficazmente os
objectivos organizacionais, usando eficientemente os recursos disponiveis. Segundo
Hampton, gestão é trabalho envolvendo a combinação e direcção da utilização dos
recursos necessários para atingir objectivos específicos. Neste caso inclui planeamento,
organização, liderança e controlo. Em suma podemos dizer que gestão é processo de criar
e manter um sistema no qual indivíduos, trabalhando em grupo, alcançam determinados
objectivos de forma eficiente.

Já a gestão de recursos humanos é uma área estratégica dentro das organizações, que tem
como a missão fazer com que a organização e os colaboradores alcancem as metas
propostas e mantenham uma relação trabalhista positiva, a partir de um conjunto de
habilidades, métodos e práticas que visam o desenvolvimento e potencialização do capital
humano. Além disso, busca impulsionar os diferentes talentos e características daqueles
que compõem os departamentos.

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Como vimos, dum lado temos a organização com a sua própria cultura organizacional
adequada às suas necessidades e do outro lado temos os valores culturais, estes que
embora sejam conceitos abstratos e intangíveis, são bens e patrimônios que protegem a
identidade das pessoas. Da mesma forma, eles moldam o modo de pensar das nações e
permitem construir sentimentos como raízes e pertencimento. Em outras palavras, os
valores culturais são importantes porque constituem as características de todos os seres
humanos. Além disso, são elementos que nos diferenciam de outros seres vivos e
demonstram a complexidade da vida na sociedade.

Assim sendo, o líder é o principal fomentador da cultura organizacional, pois, é o


responsável pela transmissão dos preceitos, visões e valores da organização. O líder deve
direccionar e controlar os comportamentos dos colaboradores, para que a sua conduta
seja apropriado com a idealizada pelos líderes da organização.

Segundo Hofstede, existem quatro dimensões de como cultura influencia na gestão de


recursos humanos, a saber:

A distância do Poder, refere-se à extensão em que os membros menos poderosos da


organização esperam e aceitam que o poder seja distribuído de maneira desigual.

Aversão à Incerteza, reflete a medida em que os membros da organização se sentem


ameaçados por situações incertas, desconhecidas, ambíguas ou não estruturadas.

Individualismo/Colectivismo, este reflete quando os laços entre os indivíduos são fracos.


Nessa organização cada pessoa cuida de si e dos seus familiares próximos. É uma
organização colectivistas, aquela em que desde o nascimento, as pessoas são integradas
em grupos fortes e coesos, onde continuam a protegê-las durante toda a sua vida em troca
de lealdade inquestionável.

Masculinidade/Feminilidade, predomina a masculinidade quando numa organização os


papéis sociais do género são claramente distintos, sendo que os homens são assertivos,
resistentes, orientados para conquistas e com foco para o sucesso material. A Feminilidade
caracteriza-se pela existência de mulheres ternas, modestas, orientadas para o
relacionamento afectivo cuidando dos outros, preocupam-se com a qualidade de vida, isto
é, a feminilidade é típica de organizações nas quais os papéis sociais do género se
sobrepõem, pois os homens e mulheres são modestos, sensíveis e preocupados com o
relacionamento e a qualidade de vida.

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Conclusão

Olhando para essas dimensões podemos concluir que a diversidade cultural exerce uma
grande influência na gestão de recursos humanos, pois estando estas pessoas numa
organização, cada um vai querer com que os seus valores culturais sejam valorizados e o
gestor neste caso deve fazer cumprir com o regulamento da organização sem ferir as
sensibilidades dos colaboradores.

Como recomendação, gostaríamos que todos gestores de recursos humanos saibam o


mínimo dos hábitos e costumes dos colaboradores de forma a facilitar o processo de
integração deles na cultura organizacional.

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Referencia Bibliográfica

Guest, D. E. (1991). Personnel management: the end of orthodoxy. British Journal of


Industrial Relations.

Hofstede, G. J. & Minkov, M. (2010). Cultures and Organizations: Software of the mind (3ª
Revised and expanded ed.). New York: McGraw .

Klein (2002), em seu artigo “A Gestão Estratégica do Capital Intelectual: Uma Introdução.

Teixeira, S. (2005). Gestão das organizações. Madrid: McGraw-Hill.

Thévenet, M. (1989). Cultura de Empresa-Auditoria e Mudança, Lisboa, Editora: Monitor.

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