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Texto: Andréa Castro Alves Mapurunga

Ilustrações: Débora Cavalcante

O Tapete de fuxico

Fortaleza - Ceará -2010


Copyright © 2010 Andréa Castro Alves Mapurunga
Ilustrador: Débora Cavalcante

Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice-Governador
Francisco José Pinheiro
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Coordenadora de Cooperação com os Municípios
Márcia Oliveira Cavalcante Campos
Orientadora da Célula de Programas e Projetos Estaduais
Lucidalva Pereira Bacelar

Organização e Coordenação Editorial Conselho Editorial


Kelsen Bravos da Silva Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda
Leniza Romero Frota Quinderé
Preparação de Originais
Marta Maria Braide Lima
Lidiane Maria Gomes Moura
Isabel Sofia Mascarenhas de Abreu Ponte
Projeto, Diagramação e Coordenação Gráfica Sammya Santos Araújo
Daniel Diaz Vânia Maria Chaves de Castro
Élder Sales
Revisão
Marta Maria Braide Lima Catalogação e Normalização
Gabriela Alves Gomes

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C387t
Ceará. Secretaria da Educação.
O Tapete de Fuxico / Andréa Castro Alves Mapurunga; ilustrações de Débora Caval-
cante. – Fortaleza: SEDUC, 2010.
24p.; il. - (Coleção PAIC Prosa Poesia)
ISBN: 978-85-62362-86-6
1. Literatura infanto-juvenil. I. Título.
CDD 028.5
CDU 087.5
Ao meu filho Gabriel que inspirou esta história e à Júlia
que escreve coisas lindas. Ao Carlinhos, com quem partilho
minha vida; aos meus pais e a todas as crianças.
t e e L i l i c o n ão
e m u ito que n
Era u m a t a r d u a c a m i s a,
o r iacho. T i r o
f r e s c o r d adou
resistiu ao p e rto da g o i a b e i r a e n
b e r m u d a na
jogou a nte. Es t a v a b o i a n d o
e o c u p a d a m e u i s i t o:
despr u um bar u l h o e s q
a n d o o u v i a p e t e de
água qu e u l a do sur g i u u m t
e m a o s uando
PLAFT! B l o r ido hi p n o t i z a d o r . Q
o m u m c o d e slizava
fuxico c e i t a do no t a p e t e q u e
e b e u e s t a v a d d o r i a c h o.
p e r c a s mornin h a s
p e l a s á g u
velozmente

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o u p a ra b a ix o e v iu o riacho
Lilico olh R O !! ! Então
ri to u : — S O C O R
pequenininho. G u it o a lt o , menino!
fa la n d o m
ouviu: — Você está m e ra a q u e la v oz.
d e q u e
Assustado, perguntou e u : — É m inha e
o re sp o n d
O tapete voador log lu g a re s fa n tá st icos.
a lg u n s
estou te levando para

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— Prepare-s
pouso, diss e para noss
e o Tapete. o primeiro
encantaram Os olhos de
com aquela Lilico se
Sentiu vont s dunas tão
ade de pass brancas.
dançar capo e a r nas jangada
eira e corre s,
de Jericoac r pelas arei
oara. Mas o as da praia
viagem pas Tapete reso
sando bem lveu seguir
Pedra Furad n o meio da fam
a. osa

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s i d ã o de
a ime n
i s t o u u m f a l é s i as
i no av r a ma s
O m e n j a d a . E c o m um
e alar a n e s tav a
u r a c é u tes.
terra d Queb r a d a . O
ha v i s t o a n
C a n o a u n c a t i n a b r a ç ar
de
q u e e le n e n o r m e de
o de s.
colorid u ma v o n t a
aos p o u c o
e n t i u m i n d o
Ele s e l e f o i su
as
o sol, m

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c o m e ç o u a sentir
e r a n o i t e e Lilico a nga,
J á G u a r a m i r
s t a v a n a s e r ra, em s F lores.
frio. E i d a d e d a
c o n h e c i d a como C e n t i ndo
também b l u e s , s
a o s o m d o jazz e
Adormeceu u e l e l u g ar.
d a q
o aconchego

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r o s o lh o s, L il ic o v iu u ma enorme
Ao abri a ti sta e,
d re C íc e ro R o m ã o B
estátua. Era Pa os, rogando
é s, c e n te n a s d e ro m e ir
aos seus p n a fé , capaz
m e n in o p e n so u
por proteção. O de Fuxico,
m o n ta n h a s e o T a p e te
de mover ro to , o levou
se n ti m e n to d o g a
entendendo o
ra c o n h e c e r o u tr a Ig re ja.
pa

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Chegaram na
histórica Viço
360 de graus q sa, avistando
ue levam até a os
do alto da Igre Igreja do Céu.
jinha, Cristo, d E
parecia acolhe e braços abert
r cada um que os
Encantando co l á chegava.
m os jardins, c
antigo e color om o casario
ido, pensou co
bom viver naq mo deveria se
uela pequena r
também lembr cidade. Mas
ou na vida da
s grandes cida
des.
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Logo chegaram
Era tanta gent ao calçadão d
e andando, div a Beira-Mar.
com artesanat ersas barraqui
o que, se Lilic nhas
bem grande, g o t i vesse um bols
uardaria tudo o
lembrar de Fo nele, só para
rtaleza. Aceno
Iracema, dand u para a estátu
o adeus à Terr a de
a do Sol.

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que
O tapete comentou com Lilico
sseio
estavam perto de terminar o pa
o nas
e que ele prestasse muita atençã
m es pe dr as pe lo ca m in ho . O menino
enor
e mais
deu de cara com uma pedra qu
ci a um a ga lin ha gi ga nt e. Es ta vam
pare
va para
na cidade de Quixadá e ele olha
ndo
a Pedra da Galinha Choca, acha
a coisa
aquela arte feita pela natureza
s cu ri os a qu e já vi ra . Fi co u ta mbém
mai
do açude
admirado com o tanto de água
Ce dr o e, fe ch an do os ol ho s, lembrou
do
banho.
do riacho que costumava tomar
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v o u n o v a m e n te p a ra o riacho
A saudade o le
b e ir a . E le , le n ta m e n te , abriu os
perto da goia e F u x ic o não
q u e o T a p e te d
olhos e percebeu o d eu mais um
is c o m p a n h ia . L il ic
lhe fazia ma e n so mergulho
u a , d e p o is d o im
mergulho na ág ia ja r p o r lu gares
q u e o fe z v
na sua imaginação,
rá.
tão lindos do nosso Cea

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Andréa Castro Alves Mapurunga
Desde criança convivi com muitos livros. Eles estavam
nas estantes, nos corredores e quartos da minha casa...
Ganhavam vida nas mãos de meu pai que fazia as
palavras neles contidas adquirem um significado
especial. Na hora das refeições o sabor da comida se
misturava ao sabor dos poemas, contos e crônicas que
papai proferia e, que eu escutava atenta, vivenciando
sentimentos diversos. Então cresci e esse brincar com
as palavras foi me acompanhando e fazendo-se útil
nas horas de lazer e no meu trabalho de educadora.
Mas foi compartilhando ideias em família, escutando
o imaginário das crianças (em especial dos meus filhos
Gabriel e Júlia) e contando sempre com o incentivo de
meu marido, Carlinhos, que este fuxico com as palavras
resultou na estreia de um livro, redigido por uma adulta
com alma de menina para todas as crianças que estão
descobrindo os encantos da leitura e da escrita.

Débora Cavalcante
Sempre gostei de desenhar temas infantis. Quando
pequena, na escola, as colegas me pediam para fazer
isso, e eu, com prazer atendia.
Hoje, me divirto trabalhando, criando bichinhos
de pelúcia, desenhando quadros para decorar quartos
de crianças e lembrancinhas para aniversários.
Para mim, ilustrar livros é uma alegria sem fim.

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