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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTERIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E


INOVAÇÃO

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO SOYO

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE ENGENHARIA


MECÂNICA

Projecção de um sistema de ventilação forçada nas salas de aulas no


Instituto Superior Politécnico do Soyo

Trabalho apresentado para obtenção do Título de

Licenciatura em Engenharia Mecânica

AUTORA: Bernadete Beatriz Da Costa Mabiala

Soyo / 2021
REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTERIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E


INOVAÇÃO

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO SOYO

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE ENGENHARIA


MECÂNICA

Projecção de um sistema de ventilação forçada nas salas de aulas no


Instituto Superior Politécnico do Soyo

Trabalho apresentado para obtenção do Título de

Licenciatura em Engenharia Mecânica

AUTORA: Bernadete Beatriz Da Costa Mabiala

Tutor: Ph. D. Eng. Júlio César Gonzalez Gola, Professor Titular

Nº de registro: ____________________2021

Soyo / 2021
DEDICATÓRIA

A Deus em primeiro lugar.

Aos meus pais.

Aos meus familiares, amigos, professores, que me ajudaram durante as


pesquisas feitas na elaboração deste projecto.

I
AGRADECIMENTO

Primeiramente a DEUS pelo folego de vida.

Aos meus amados pais Nestor Da Costa Mabiala e Beatriz Damália pela
força, apoio, amor incondicional que sempre deram para mim.

Aos meus irmãos Engrácia, Joel, Marla, Naty, Gina, Aleixo, Yuri, Francisco.

Aos meus tios Alexandre Poba, Foiba Pemba.

Ao meu amado esposo «Salomão Panzo»

Ao meu tutor Júlio César pelos conselhos e disponibilidade que sempre teve,
para que esse trabalho hoje fosse uma realização.

Meus profundos agradecimentos vão também para os meus professores: Ph. D


Amaury, Andrés, Luís Enrique, Raul Pacheco, Dayanis Alcântara, William
Velasquez, Carlos Alfaro, Dubiel Velasquez, Ivan Blet, Júlio Sanfort, André
Muela.

Aos meus colegas em especial José dos Santos, Jorge Paka, João Casimiro,
Manuel Celestino, Benjamim Lubango, Francisco Tati, Domingos Juliano,
Alberto Paco, Agostinho Nsamu.

Aos larecos em especial as meninas, Francisca Matoco, Lúcia Aleixo, Maria


Alfredo, Cleomária Nhito, Eva Bernardo, Maria Sinadinse, Edna Zau, Ester
Massuangui, Maria Macosso, Juliana Mambo, Conceição Paca, Fernanda
Gofe, Madalena dos Santos, Juliana Mambo, Conceição Paca, Regina
Massuangui.

Aos meus amigos Nicolau Alfredo, Adilson, Rogeiro José, Guilherme Puati,
Paulo Matsumbu, Basílio Libermane, António Aleixo, Casimiro Delfina, Josué
meu muito obrigada.

II
RESUMO

O conforto nas salas-de-aula das instituições de ensino, limpeza, ambientação,


estética, organização e climatização são elementos que permitem um melhor
aproveitamento na aprendizagem dos alunos, por isso é necessário garantir
estas condições. Estas necessidades, permitem identificar insuficiências na
climatização das salas-de-aula do Instituto Superior Politécnico do Soyo nas
instalações se localizadas do bairro do Kintambi, por isso é preciso conhecer
como projetar um sistema de ventilação forçada para as salas-de-aula que
sirva como alternativa ao atual, o que constitui o problema científico, o objetivo
geral do trabalho é propor um sistema de ventilação forçada para as salas-de-
aula do ISP/Soyo. Contribuirá na redução de custos, por ser um novo sistema
de ventilação forçada que utiliza ventiladores que substitui o atual do split, que
tem como vantagem, ser menos custoso, de relativamente fácil projecção e de
tempo de manutenção mais prolongadas, o qual garante a climatização
adequada nas salas-de-aula contribuem-se também os fundamentos teóricos e
técnicos para a projecção do sistema. utilizaram-se os métodos teóricos de
investigação de análise e síntese, indução - dedução, histórico – lógico e os
métodos empíricos de questionários e entrevistas que permitiram desenvolver
a investigação.

Palavras chaves: sistema, ventilação forçada, ventilador.

III
ABSTRACT

Comfort in the classrooms of educational institutions, cleanliness, ambiance,


aesthetics, organization and air conditioning are elements that allow better use
in student learning, which is necessary to guarantee these conditions. These
needs allow us to identify insufficiences in the air conditioning of the classrooms
of the Instituto Superior Politécnico do Soyo in the facilities located in the
Kintambi neighborhood, so i tis necessary to know how to design a forced
ventilation system for the classrooms that will serveas an alternative to the
current one, which constitutes the scientific problema, the general objective of
the work is to propose a forced ventilation system for ISP/Soyo classrooms. The
main contribution of the work is new forced ventilation system that uses fans
that replace the current one in the split, which has the advantage of being less
costly, relatively easy to insall and longer maintenance time which guarantees
adequate air conditioning in classrooms or administrative places the theoretical
and technical foundations for the installation of the system are also contributed.
We used the theoretical methods of investigation of analysis and synthesis,
induction-deduction, historical-logical and the empirical methods of question
naires and interviews that allowed the development of the investigation.

Keywords: system, forced ventilation, fan.

IV
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1

CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO SISTEMAS DE VENTILAÇÃO


........................................................................................................................... 6

1.1 Breve resenha histórica sobre ventilação ................................................. 6

1.2. Gerais sobre os sistemas de ventilação .................................................. 8

1.2.2. Vantagens e desvantagens da ventilação ......................................... 9

1.2.3. Tipos de ventilação ......................................................................... 11

1.2.4. Classificação dos sistemas de ventilação ....................................... 12

1.2.5. Características dos sistemas de ventilação forçada ....................... 13

1.2.5 Sistemas de ventilação forçada ....................................................... 16

1.3 Sistemas de condutos de ventilação forçada ...................................... 17

1.3.1. Regime de fluxo do sistema de condutos ....................................... 18

1.3.2. Velocidade de transporte ................................................................ 19

CAPÍTULO II: METODOLOGIA PARA O DESENHO DE SISTEMA DE


VENTILAÇÃO FORÇADA ............................................................................... 21

2.1- Procedimentos para o desenho de sistema de ventilação forçada ....... 21

Determinação das condições ambientais de sítio mediante dados


meteorológicos ............................................................................................. 21

Caracterização da infraestrutura para a qual se desenha o sistema ............ 21

Determinação de caudal mínimo de renovação por pessoas e pé quadrado


sob o padrão ASHARE 62.1 ......................................................................... 22

Cálculo de carga térmica do local objecto de estudo ................................... 22

Análise dos tipos de sistemas de ventilação forçada e selecção das equipas


para o sistema. ............................................................................................. 24

Desenho de redes de condutos de ar ........................................................... 29


CAPíTULO III: ANÁLISE DO RESULTADO DO DESENHO DO SISTEMA DE
VENTILAÇÃO FORÇADA ............................................................................... 33

3.1. As condições ambientais mediante dados meteorológicos ................... 33

3.2. Caracterização da infraestrutura para a qual se desenha o sistema ..... 36

3.3. Cálculo do caudal mínimo de renovação por pessoas e pé quadrado sob


o padrão ASHARE 62.1 ................................................................................ 39

3.5. Selecção dos tipos de sistemas de ventilação forçada ......................... 42

3.6. Selecção de equipes da ventilação forçada .......................................... 42

3.7. A Seleção das Redes ............................................................................ 44

3.8. Especificações técnicas......................................................................... 45

3.9. Custos do sistema apoiados nas especificações técnicas de desenho. 46

CONCLUSÕES ................................................................................................ 48

SUGESTÕES ................................................................................................... 49

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 50
LISTA DE FIGURAS

Figura - 1: Ventilação Ambiental ...................................................................... 11


Figura - 2: Ventilação Localizada ..................................................................... 12

Figura - 3: Ventilador propulsor provoca sobre- pressão interior do local. ....... 14

Figura - 4: Extrator de ar, provoca uma depressão no interior do local. ........... 15

Figura - 5: Fluxo laminar e turbulento. ............................................................. 19

Figura - 6: Ventiladores de hélice..................................................................... 26

Figura- 7: Ventiladores .................................................................................... 27

Figura - 8: Desenho de cotovelos. Fonte: Cálculo e desenho do sistema de


ventilação. ........................................................................................................ 29

Figura - 9: Desenho de condutos com uniões laterais.. ................................... 30

Figura – 10: Entrada de ar ao ventilador. ......................................................... 31

Figura - 11: Mudanças de secção de condutos................................................ 32

Figura – 12: Temperatura média na República de Angola (especifica-se no


município do Soyo). ......................................................................................... 36

Figura – 13: Desenho das salas de aulas com teto. ........................................ 37

Figura – 14: Vista superior das salas-de-aula. ................................................. 37

Figura – 15: Vista lateral das salas-de-aula. .................................................... 38

Figura – 16: Sistema de climatização atual ...................................................... 39

Figura – 17: Sistema de extração no teto ........................................................ 42

Figura – 18: Ventilador tipo CMR ..................................................................... 43

Figura – 19: Redes de ar. ................................................................................ 44

Figura - 20: Conducto do extrator. ................................................................... 45

Figura – 21: Conducto do ar............................................................................. 46


LISTA DE TABELAS

Tabela - 1: Campos de velocidades específicas para a seleção de ventilador 29

Tabela - 2: Velocidade média do ar segundo a época do ano ......................... 33

Tabela - 3: Temperatura média segundo a época do ano ............................... 35

Tabela - 4: Taxa mínima de ventilação na sala-de-aula................................... 40

Tabela - 5: Cálculo da carga térmica para as salas de aulas com diferentes


quantidades de pessoas (tempo de permanência 6 e 12 horas) ..................... 41

V
LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 Taxa mínima de ventilação na zona de respiração

ANEXOS No 2 Características acústicas

ANEXO No 3 Desenho e dimensão das partes do ventilador modelo CMR-


1031.2271

VI
INTRODUÇÃO

A humanidade, através dos anos tem se empenhado em desenvolver


dispositivos que possibilitam e facilitam a sua vida. O uso do ar condicionado
representou um dos mais importantes avanços da civilização moderna. A
possibilidade de viver e trabalhar em climas adversos deu às actividades
humanas perspetivas muito maiores do que aquelas anteriormente possíveis.

O condicionamento de ar é o processo de tratamento do ar interior em espaços


fechados. Esse tratamento consiste em regular a qualidade do ar interior, no
que diz respeito às suas condições de temperatura, humidade, limpeza e
movimento. Para tal, um sistema de condicionamento de ar inclui as funções de
aquecimento, arrefecimento, humidificação, renovação, filtragem e ventilação
do ar.

O ar condicionado é um equipamento que regula a temperatura interna do


Ambiente reduzindo o impacto do calor, proporcionando assim um ambiente
agradável aos seus usuários e a um nível desejado.

Segundo Leonardo Cozac (2016), “A falta de renovação do ar impacta


directamente na qualidade do ar de ambientes internos, elevando a
contaminação de gases e partículas no local. Estudos internacionais apontam
que uma má qualidade do ar interno reduz em até 15% a capacidade de
aprendizado dos alunos. Isso significa que o que um aluno poderia aprender
em seis anos, leva sete anos em ambientes com baixa qualidade do ar interno.
Além disso, diversas doenças são transmitidas pelo ar, caso comum são as
viroses, causando afastamento de alunos e professores das salas de aula.

Por outra parte Hoffmann, refere-se que: “Por exemplo, em regiões em que a
temperatura é mais amena, sistemas de ventilação forçada ou natural podem
ser utilizados durante o período mais frio e sistemas mais simples de
resfriamento (split, por exemplo) para o período mais quente, contudo, neste
caso, nunca se deve utilizá-lo sem incluir um sistema de tomada de ar externo
que trabalhe em conjunto e sistemas auxiliares de filtragem de ar para o
controle do material particulado.

Mesmo assim é importante valorar qual é o sistema de climatização mais


racional, seguro e sustentável para uma edificação dedicada ao ensino

1
(escola), como é o caso do Instituto Superior Politécnico do Soyo (ISP/Soyo), a
qual está desenhada para ter em cada sala-de-aula split de ar condicionado, é
pelo que se justifica fazer um estudo e em seguida uma proposta de utilizar a
ventilação forçada, para colocar um sistema de ventilação nas salas-de-aulas
de dita instalação educacional.

Tendo em consideração que as salas-de-aula foram construídas para que se


utilizasse um sistema de ar condicionado em cada uma delas e com o passar
de tempo, conjuntamente com a não existência de um plano de manutenção,
fizeram que o sistema de climatização instalado no ISP/Soyo, paralisasse e na
atualidade estas equipas não funcionam, por isso é necessário procurar as vias
para desenhar um sistema de ventilação forçada.

A escolha do tema surge da necessidade de garantir conforto térmico nas salas


de aulas, permitindo assim, maior firmeza no processo de ensino e
aprendizagem.

Pois este trabalho busca projectar o sistema de ventilação forçada (mecânica)


para as salas de aulas na área da sede do Instituto Superior Politécnico do
Soyo que fica no bairro Kintambi, o que permite desenvolver o processo de
ensino e aprendizagem com qualidade e aproveitar as condições construtivas
das mesmas. O sistema de ventilação forçada que se propõe projetar,
substituirá os Ar Condicionados independente que leva cada salas-de-aula, por
um ventilador de potencia e eficiência, com menos custos no consumo de
eletricidade e uma adequada distribuição da temperatura.

Durante o diagnóstico realizado no ISP/Soyo, detetou-se algumas


insuficiências no processo de funcionamento do sistema de climatização nas
salas-de-aulas, entre essas insuficiências se pode relacionar as seguintes:

• Não se tem um plano previsto de manutenção para o sistema de


climatização.
• O ar condicionado (AC) da maioria das salas-de-aula não funcionam.
• O orçamento financeiro para substituir os AC defeituoso é muito limitado ou
inexistente.

2
Tendo em consideração esta problemática, e que a mesma tenha solução
através de uma investigação pertinente, objetiva e acreditável, formula-se o
seguinte problema científico:

Como projectar um sistema de ventilação para as salas-de-aula do ISP/Soyo


que garante o conforto térmico dos estudantes e professores?

Que se identifica no objecto de investigação: o sistema de ventilação forçada.

Objetivo Geral

Propor um sistema de ventilação forçada para as salas de aulas da Mecânica


do ISP/Soyo.

Delimita – se como campo de acção: O sistema de ventilação forçada para as


salas de aulas.

Para o qual se expõe a seguinte hipótese:

Com a projeção dum sistema de ventilação forçada pode-se garantir que as


salas de aulas fiquem climatizadas para desenvolver com maior qualidade o
processo de ensino e aprendizagem.

Objectivos específicos:

• Determinação dos referentes teóricos e práticos para fundamentação


sobre a projecção do sistema de ventilação forçada.
• Diagnosticar o estado atual do sistema de climatização nas salas de
aulas.
• Projectar um sistema de ventilação forçada para as salas de aulas.
• Avaliação económica do sistema de ventilação forçada para as salas de
aulas.
Métodos e técnicas de investigação.
Métodos do nível teórico:
Indutivo-dedutivo: aplica-se para analisar aqueles aspectos essenciais dos
sistemas de ventilação forçada.
Histórico-Lógico: para estudar a trajetória dos fenômenos e acontecimentos
no seu suceder histórico, fala das resenhas históricas sobre os sistemas de
ventilação forçada e as tendências actuais da ventilação e as particularidades
de sua projeção especificamente nos sistemas para as salas de aulas da

3
mecânica, assim como as características mais apropriadas das equipes a
utilizar. Utilizou-se para a analise histórica do comportamento climatológico da
zona onde será projetada.
Análise e sínteses. Utiliza-se para analisar as bibliografias consultadas,
sintetizar os aspectos essenciais a respeito do sistema de ventilação forçada, e
considerar as partes que conformam o processo de projeção e instalação.
Sistêmico estrutural: permite analisar o caráter de sistema do projeto que se
propõe, assim como a proposta de planos que se realizem para a projeção dos
equipamentos de ventilação forçada.
Método Empírico:
Entrevista, questionário: aplica-se aos alunos e professores com o propósito
de conhecer o estado de conservação e funcionamento dos AC disponíveis nas
salas-de-aula e saber sobre a pertinência de instalar um sistema de ventilação
forçada nas salas-de-aula para garantir o conforto térmico do ISP/Soyo.
Observação científica: realizou-se durante o processo de investigação, para
identificar variáveis no comportamento dos alunos, que permanecem nas salas-
de-aulas com ou sem o AC.
Estadístico matemático: para tabular e processar a informação obtida que se
realizem durante o processo de investigação ou realização do trabalho. Aplicar
os procedimentos matemáticos para determinar custo e benefício na projeção
do sistema de climatização no ISP/Soyo.
Estrutura do trabalho.
Apresentam-se além da introdução três capítulos, no capítulo I, têm os
fundamentos teóricos sobre a utilização e função dos sistemas de ventilação
forçada, o desenvolvimento histórico da projeção e construção, assim como as
definições dos termos chaves que se utilizam no trabalho.

No capítulo II, se apresenta a metodologia para o desenho do sistema de


ventilação forçada, aparecem a determinação das condições ambientais, as
características da infraestrutura, o caudal mínimo de renovação por pessoas e
por metro quadrado e o cálculo da carga térmica, como os aspectos essenciais
do sistema proposto, sem deixar de apresentar outros aspectos que indica a
metodologia.

4
No capítulo III, mostra a proposta de projeção da instalação do sistema de
ventilação forçada para as salas de aulas, assim como os planos para a
modificação da estrutura construtiva dos locais para a condução do ar do
sistema de ventilação até as salas de aulas.
O trabalho tem conclusões, sugestões, bibliografias utilizadas durante o
processo de investigação e os instrumentos de pesquisa que se apresentam
como anexos.

5
CAPÍTULO I: FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO SISTEMAS DE VENTILAÇÃO

Neste capítulo se apresentam os fundamentos teóricos sobre a ventilação se


apresenta seu desenvolvimento histórico, também se analisa a ventilação
mecânica, seu princípio de funcionamento, suas funções e utilização mais
comum além se aportam alguns critérios para o desenho dos sistemas de
ventilação.

1.1 Breve resenha histórica sobre ventilação

A preocupação por conseguir albergar um ar limpo dentro dos edifícios


acompanhou ao homem ao longo de sua história. Já na antiga Roma, o médico
grego (129 D.C / 216 D.C), expôs seus conhecimentos nesta matéria em uma
síntese médica conhecida como Galenismo. Nela estabelece entre outros
princípios que é essencial manter ou procurar a pureza do ar (o «bom ar»),
propondo se for necessária a utilização de perfumes, fumigações, etc. O ar
impuro ou corrupto (o «mau ar») foi considerado por Médico como a causa
segura de patologias de caráter epidêmico ou infecioso.

A relação entre um aspecto e outro também foi exposto pelo Florence


Nightingale (1820-1910), considerada a mãe da enfermaria moderna, a qual
descreveu a importância da ventilação em suas «Notas sobre Enfermaria».
Junto com a temperatura, a iluminação, a dieta, a higiene e o ruído, a
ventilação era a base para conseguir um entorno saudável. Florence
Nightingale instruía a suas enfermeiras para que o ar fosse adequado e
periodicamente renovado, considerando de vital importância para conseguir a
recuperação dos pacientes.

Estas colocações higienistas lhes condiciona o desenho arquitetónico dos


edifícios do século XX, quando começaram a utilizar-se tipologias construtivas
que incluíam pátios interiores que facilitavam abrir ocos nas fachadas para criar
uma ventilação cruzada dentro das estadias. Também se incorporaram
patinillos e condutos para ventilar os quartos de banho. A aparição do concreto
armado e a possibilidade de construir vigas ligeiras permitiu abrir grandes ocos
nas fachadas que melhoraram notavelmente a iluminação e a ventilação do
interior das vivendas, e com isso suas condições de salubridade.

6
• Primeiras iniciativas para conseguir ar limpo interior

A preocupação por conseguir um ar limpo é compartilhada pelos cientistas da


antiguidade. Na antiga Roma um médico de origem grega chamada Gale que
viveu entre o ano 29 e o 210 depois de Cristo sintetizou uma série de
conhecimentos ao respeito estabelecendo uma das primeiras correntes da
medicina chamada o Galenismo. Gale procurava por todos os meios encontrar
o que chamava o «bom ar», descobrindo a origem de enfermidades infecciona
como consequência de sua contaminação.

Outros estudiosos como Florence Nightingale (1820 -1910) insistiram na


necessidade de uma ventilação das estadias, que junto com a alimentação, a
temperatura, a iluminação, a dieta, a higiene ou o ruído formavam os
elementos básicos para conseguir um ambiente saudável.

Para isso considerava imprescindível que o ar fora periodicamente renovado


como condição indispensável para a recuperação dos pacientes. Estes estudos
se emolduram dentro dos movimentos higienistas que na Europa trouxeram
consigo a epidemiologia e o estudo de enfermidades como a cólera,
encabeçados pelo doutor John Snow.

Todas estas colocações influíram de forma notável na arquitetura do século


XX, com a inclusão de pátios interiores nas vivendas para propiciar a ventilação
cruzada. Também se começaram a incluir patinillos pelos que circulassem os
condutos das instalações, melhorando assim a habitabilidade das vivendas.
Atualmente é de sobra conhecido que o excesso de contaminação no ar interior
está na origem de muitas enfermidades como as alergias ou as infeções
respiratórias.

• Tendências atuais da ventilação

Na atualidade se constata de novo que a contaminação do ar interior dos


edifícios é a causa de múltiplos problemas de saúde que podem abranger de
uma simples fatiga até sintomas compatíveis como alergias, infeções, etc.
Inclusive em algumas ocasiões se pode chegar a desencadear importantes
enfermidades como o câncer se respirarem partículas de amianto ou se está
em contato com o gás radón.

7
A construção de edifícios cada vez mais herméticos foi promovida a partir dos
anos 70 do passado século XX, como resposta ao excesso de consumo
energético que supunha acondicionar todos os espaços interiores. Isto obrigou
a dotar aos edifícios com sistemas de ventilação mecânica que renovassem
regularmente o ar do interior.

Os sistemas de ventilação atuais como a ventilação mecânica de dobro fluxo,


propiciam a renovação do ar poluído com critérios de eficiência energética.
Neste tipo de ventilação se consegue uma notável economia energética
mediante o uso do intercambiador de calor, o qual é capaz de captar o calor do
ar poluído extraído da vivenda e transmiti-lo ao ar limpo procedente do exterior,
por isso a ventilação não produz um esfriamento das estadias interiores com o
conseguinte aumento no consumo de calefação.

Este objetivo se consegue também mediante sensores que ativam o sistema de


ventilação para introduzir exatamente o caudal de ar necessário em cada
momento. Estes sensores podem medir o grau de umidade como acontece nos
sistemas higrorregulaveis, ou também o nível de CO2.

1.2. Gerais sobre os sistemas de ventilação

Neste ponto se descrevem alguns aspectos de caráter geral que são


importantes como pedestal de uma coluna teórico do trabalho, eles são:

Definição e funções da ventilação, referência de vários autores sobre as


definições e as funções da ventilação. As vantagens e desvantagens da
ventilação em geral, tendo em consideração os parâmetros de temperatura,
gastos, qualidade do ar e intrusão, assim também os tipos de ventilação,
ventilação ambiental e ventilação localizada. Classificação dos Sistemas de
ventilação: Ventilação por impulsão, Ventilação por extração e Ventilação
mista, suas características e analisam-se os diferentes sistemas de ventilação

1.2.1. Definição e funções da ventilação

O termo "ventilação", em seu sentido mais amplo, faz referência ao


fornecimento e/ou extração do ar de uma zona, local ou edifício, já seja de
forma natural ou mecânica. O objetivo da ventilação como técnica permite
substituir o ar ambiente interior de um local, considerado inconveniente por sua

8
falta de pureza, temperatura inadequada ou umidade excessiva, por outro
exterior de melhores características.

A renovação do ar em qualquer local ocupado é necessária para repor o


oxigênio e evacuar os subprodutos da actividade humana, ou do processo
produtivo, tais como o anidrido carbônico, o excesso de vapor de água, os
aromas desagradáveis ou outros poluentes. A ventilação se entende como o
processo de renovação ou reposição de ar sujo ou viciado por ar limpo.

Deve-se projetar um sistema de ventilação de acordo às necessidades do


imóvel evitando perdas desnecessárias de calor, sem cair na tentação de
desenhar um edifício hermético, o qual resultaria insalubre.

Para essa investigação assume-se que:

• Ventilação é a substituição de uma porção de ar, que se considera


indesejável, por outra que contribui uma melhora tanto em pureza, como
de temperatura, umidade, etc. 1
• A ventilação dos seres vivos, as pessoas entre eles, resolve funções
vitais como o fornecimento de oxigênio para sua respiração e de uma
vez lhes controla o calor que produzem e lhes proporciona condições de
conforto, afetando à temperatura, a umidade e a velocidade do ar.
• A ventilação de máquinas ou de processos industriais permite controlar
o calor, a toxicidade dos ambientes ou a explosividade potencial dos
mesmos, garantindo em muitos casos a saúde dos operários que se
encontram em ditos ambientes de trabalho.

1.2.2. Vantagens e desvantagens da ventilação

Os desenhistas de edifícios, automóveis, eletrônica, eletrodomésticos e outros


sistemas devem considerar o uso de dispositivos de ventilação. Pode
consistem em coisas tão simples como ranhuras estreitas em metal ou tão
complicado como os ventiladores com condutos e sensores de temperatura.
Ventilação oferece vantagens e desvantagens. Se os benefícios superarem as
desvantagens ou vice-versa depende do tipo de edifício ou equipe e a
importância da ventilação a sua existência.

9
• Temperatura

Uma das principais vantagens da ventilação é que evita que as temperaturas


internas se convertam em muito altos. Nos edifícios, ventilação frequentemente
libera ar quente e permite a entrada de ar mais fresco. Orifícios de ventilação
na parte exterior dos dispositivos como televisores e computadores que calor
escapa para que não acumulam dentro da carcaça de plástico ou metal.

• Gastos

Janelas, respiradouros e ventiladores custam dinheiro para instalar e manter.


Embora esta consideração não deveria impedir que alguém adequada
ventilação de um edifício ou uma peça de equipa, é importante considerar
alternativas menos custosas para ventilação adicional. Por exemplo, a
Consumer Product Safety Comissão indica que frequentemente resulta menos
custoso de eliminar as causas da má qualidade do ar que ao aumentar a
ventilação.

• Qualidade do ar

Outra das vantagens de ventilação é que ajuda a aromas indesejáveis e


fumaça para escapar. Por exemplo, abrir as janelas enquanto que pintura ou
utilizando uma pistola de cola quente evitará algumas moléstias e possíveis
efeitos sobre a saúde. Também podem eliminar edifícios de excesso de
umidade, que podem criar mofo e causar outros danos.

• Intrusão

Uma das desvantagens da ventilação é que pode proporcionar vias adicionais


para intrusos entrar em um edifício ou uma peça de equipe. Delinquentes
podem romper as janelas, particularmente quando só uma tela da janela
permanece fechada. Insetos e pequenos animais frequentemente encontram
sua maneira em casas, automóveis e equipe eletrônica inclusive através de
janelas, ventiladores ou ventila. Roedores podem entrar através de pequenas
aberturas em ao redor de orifícios de secadora e apartamento de cobertura,
segundo os centros para o controle e a prevenção. Os proprietários podem
tomar medidas para limitar estes problemas, como o selado dos bordes da
ventilação.

10
1.2.3. Tipos de ventilação

Segundo Cronembold (2009), dentro dos tipos de ventilação para o interior de


uma vivenda se destacam a ventilação natural, a ventilação forçada e a
ventilação híbrida.

a) Ventilação natural

Entrada natural e extração natural: Nos sistemas de ventilação natural sem


ventiladores a renovação do ar se produz exclusivamente pela ação do vento
ou pela existência de um gradiente de temperaturas entre o ponto de entrada e
o de saída.

Ventilação natural ou, também, ventilação geral é a que se pratica em um


recinto renovando todo o volume de ar do mesmo, com outro de procedência
exterior. Está acostumado a realizar-se instalando aparelhos de extração de ar
em uma cara do edifício e abrindo entradas em ar exterior no muro posto. Para
estabelecer uma ventilação ambiental terá que conhecer o volume do local e o
número de vezes por hora que se precise trocar de ar, o que se conhece como
o número de renovações por hora.
Ar puro
expulsão

A contaminação afeta todo


local

Figura - 1: Ventilação natural


Fonte: Soler e Palau (2012)
Ventilação forçada

Ventilação forçada, é o tipo de ventilação que pretende captar o ar poluído no


mesmo lugar de sua produção, evitando que se pulverize por todo o local. É o
caso de controlar ar quente, tóxico ou poeirento. As variantes a ter em conta
neste caso são a quantidade de poluição que se gera, a velocidade de
captação do ar, a boquilha ou sino de captação e o conduto através do que se
levará o ar poluído até sua descarga. Fig. 2

11
Explosão
A contaminação

Ar puro
se controla de
onde se produz

Figura - 2: Ventilação forçada


Fonte: Soler e Palau (2012)

1.2.4. Classificação dos sistemas de ventilação

Três são os sistemas possíveis para a adequada:

- Por impulsão

- Por extração

- Sistema misto

• Ventilação por impulsão

Sua principal vantagem vem do fato de que o ar de contribuição vem


diretamente do exterior. Todo o recinto fica em sobrepressão e o ar viciado é
obrigado a sair pelos ralos de acesso ao local.

• Ventilação por extração

Este sistema, que é o mais utilizado, tem a vantagem de poder controlar a


descarga, através de condutos, até o lugar apropriado de acordo com as
normativas vigentes (especialmente com os Regulamentos Municipais de cada
localidade nas que habitualmente se especificam os critérios que têm que
cumprir as chaminés de descarga de ar esvaziado).

• Ventilação mista

Durante o século XX, é a medida que se fez mais necessária a projeção de


sistemas de ventilação para renovar o ar interior de edifícios cada vez mais
herméticos, foram aparecendo os sistemas de ventilação híbrida e mecânica. A
primeira delas realiza a renovação do ar interior quando as condições de
pressão e temperatura são favoráveis e utiliza a extração mecânica quando
estas condições são desfavoráveis.
12
Este tipo de ventilação de fluxo simples funciona por depressão, quer dizer se
extrai o ar provocando uma depressão no interior da moradia em relação à
pressão atmosférica. Para que funcione corretamente se tem que instalar a
admissão de ar nos fechamentos exteriores dos locais secos da moradia como
são os comilões, os dormitórios e as salas de estar, e a extração nos locais
úmidos: asseios, quartos de banho e cozinhas.

1.2.5. Características dos sistemas de ventilação forçada

A ventilação mecânica controlada, conhecida por suas siglas V.M.C. é um


sistema peculiar que se utiliza para controlar o ambiente de toda uma moradia,
local comercial e inclusive um edifício de pisos, permitindo introduzir recursos
para a economia de energia.

A ventilação mecânica controlada pode realizar-se por extração mecânica e


admissão natural (chamado também sistema de simples fluxo) ou por extração
e admissão mecânica, conhecido também como sistema de dobro fluxo.

É a que se realiza mediante a criação artificial de depressões ou sobre


pressões em condutos de distribuição de ar ou áreas do edifício. Estas podem
criar-se mediante extratores, ventiladores, unidades de tratamento de ar ou
outros elementos acionados mecanicamente.

A ventilação forçada elimina o problema da dificuldade de regulação que tem a


ventilação natural e a taxa de ventilação é perfeitamente adaptável e
controlável, em contrapartida consome energia elétrica. Outra vantagem da
ventilação forçada frente ao natural é que pode ser aplicada em locais tais
como porões ou locais interiores de edifícios, que não têm comunicação direta
com o exterior e que, portanto, sua ventilação só pode obter-se mediante
conduções através das quais se força o passado do ar mediante ventiladores.

Seguindo com as qualidades da ventilação mecânica se pode mencionar:


independências das variações atmosféricas, dos obstáculos que representam
as edificações próxima se da orientação do bloco; ventilação permanente com
caudais precisos da ordem que se deseje; expulsão controlada do ar viciado;
nível de ruído muito baixo; sem retornos do ar extraído; manutenção baixa das
equipes mecânicas que são de baixa potência.

13
É o tipo de ventilação que aplica equipe eletromecânica para a injeção e
extração do ar de um ambiente. É importante usar equipes com potência
suficiente para facilitar os recâmbios de ar de um ambiente.

• Classificação dos sistemas de ventilação forçada em função da


situação do comportamento da pressão no sistema

a) Ventilação por sobre pressão

Obtém-se insuflando ar a um local, lhe pondo em sobre- pressão interior em


relação à pressão atmosférica. O ar flui então para o exterior pelas aberturas
dispostas para isso, figura 3.

Ar
Saída do ar

Figura - 3: Ventilador propulsor provoca sobre- pressão interior do local.


Fonte: Soler e Palau (2012)
Vantagens:

• Pode-se controlar melhor a admissão de ar.


• Pode-se filtrar o ar exterior.
• Pode-se evitar a entrada de ruído da rua.
• Pode-se aplicar algum controle sob demanda.

Desvantagens:

• Não lhe podem instalar elementos importantes que contribuem de


economia energética.
• Têm-se que calcular e equilibrar bem os condutos de admissão de ar e
bocas para evitar um nível sonoro molesto.
• Faz-se obrigatoriamente uma limpeza periódica dos condutos de
admissão.

14
• Produzem-se moléstias no inverno devido a correntes de ar por
diferenças de temperatura.

b) Ventilação por depressão

Consegue-se colocando o ventilador extraindo o ar do local, o que provoca que


este fique em depressão em relação à pressão atmosférica. O ar penetra
desde fora pela abertura adequada, efetuando uma ventilação de iguais efeitos
que a anterior. Figura 4.

Vantagens:

• É um sistema bastante singelo.


• Graças à extração forçada, os caudais necessários estão garantidos.
• Requer uma mínima manutenção.

Desvantagens:

• Têm-se que calcular e equilibrar bem condutos e bocas para evitar um


nível sonoro molesto.
• Com vento contra a fachada gera mal estar e um caudal excessivo que
aumenta o consumo energético.
• Produzem-se moléstias no inverno devido a correntes de ar por
diferenças de temperatura.

Ar Extração
do ar
extrator

Figura - 4: Extrator de ar, provoca uma depressão no interior do local.


Fonte: Articulo Sistema de Ventilación, Google book 2018.
• Características principais dos sistemas de ventilação mecânica

A principal característica operativa dos sistemas de ventilação mecânica é que


permitem introduzir e expulsar do local a quantidade de ar requerido de forma
independente às condições que presente o ar exterior em quando pressão e
temperatura.
15
Em um sistema de ventilação mecânica o fluxo de ar está regulado e garantido
mediante a operação de um sistema mecânico, um ventilador acionado
mediante energia elétrica. Este dispositivo obtém, mediante o consumo de
energia elétrica, vencer as perdas de carga do conduto fazendo que o fluido,
normalmente ire, circule por ele com uma certa velocidade. O caudal que
atravessa o conduto, medido em m3/s, vem dado por:

Q = S * V-------------------1.1

Sendo S a seção, em m2, e V a velocidade em m/s, se trabalharmos em


unidades do sistema internacional.

O sistema mecânico proporcionará certo caudal de ar e uma pressão (P) que


deverá ser capaz de vencer as perdas de carga nos condutos e nos acessórios
instalados nos mesmos (quer dizer, no circuito de ar). Com este caudal e
usando a equação mostrada pode-se determinar a seção mínima do conduto
para garantir uma velocidade (compatível normalmente com não ter um
excesso de ruído) considerando uma velocidade máxima que limite a geração
de ruído.

1.2.5 Sistemas de ventilação forçada

Os sistemas de ventilação se diferenciam segundo a técnica de ventilação e o


tipo de aberturas de admissão e extração utilizado para controlar os caudais de
ventilação, podem-se distinguir cinco sistemas de ventilação:

• Sistema simples fluxo não regulável.

Está constituído por aberturas de admissão e extração com superfície de


passagem fixa que não permitem ajustes para aumentar ou diminuir o
caudal que acontece sortes aberturas. É um sistema aplicado
principalmente em ventilação híbrida.

• Sistema simples fluxo regulável manualmente.

Constituído por aberturas de admissão e extração com superfícies de passo


reguláveis manualmente segundo a pressão disponível em cada ponto da
instalação. Permitem-se ajustes de maneira manual e é um sistema aplicado
principalmente em ventilação mecânica.

16
• Sistema simples fluxo autorregulável

Este sistema consta de aberturas de admissão e extração que incorporam um


elemento mecânico capaz de detectar a pressão disponível e estabelecer
automaticamente a superfície de passagem necessária para conseguir o
caudal desejado. A autorregulação se realiza dentro de uma fila de pressões
definidas. Desta maneira se obtêm caudais constantes perfeitamente
controlados e perdas energéticas controladas.

• Sistema simples fluxo modulado

O sistema modulado ou sistema higrorregulavel é um sistema capaz de ventilar


onde é necessário, quando é necessário e com o caudal de ar necessário, que
se apoia no número de ocupantes e sua distribuição dentro da moradia, o tipo
de utilização dos locais úmidos, a temperatura e nível de umidade interior e
exterior, e a permeabilidade ao ar da moradia.

• Sistema dobro fluxo autorregulável.

Este sistema de ventilação assegura a ventilação permanente e geral das


moradias, permitindo conseguir uma importante economia energética mediante
o uso de um recuperador estático situado em cada moradia, e um conforto
ótimo ao moderar e filtrar o ar introduzido.

1.3 Sistemas de condutos de ventilação forçada

Uma vez que o ar é capturado ou subministrado pelos ralos ou sino, são


conduzidos à equipe de controle através de um sistema de condutos. O
sistema de condutos, que vai do dispositivo de captura até a equipe de
controlo, inclui: condutos retos; acessórios, tais como cotovelos e entradas;
dispositivos de controle de caudal (comportas); e suportes dos condutos.

Os condutos de um sistema de ventilação mecânica local devem cumprir as


seguintes funções:

- Levar o ar poluído dos diferentes ralos ou sinos ao ponto de descarga.

- Conseguir o mínimo consumo de energia (diminuindo as perdas por fricção).

- Assegurar a velocidade de transporte adequada para que o poluente não se


deposite e tape o conduto.

17
- Manter o sistema equilibrado em todo momento.

- Mediante um adequado desenho, assegurar que em cada ralo ou sino se


capte o caudal de ar requerido.

O sistema de condutos se fabrica já seja de metal ou de plástico; o material é


selecionado pelas características da corrente de ar, considerações estruturais,
custos de compra e instalação, estética e outros fatores. Os metais utilizados
incluem o aço ao carvão (desprotegido ou galvanizado), aço inoxidável e
alumínio. Os plásticos mais utilizados são o PVC.

1.3.1. Regime de fluxo do sistema de condutos

Se entende como regime de fluxo a forma como se comporta o movimento de


um fluido ao longo de um conduto. A observação dos fluidos leva a distinguir
dois tipos de movimento de grande importância:

• Regime laminar.

Se chama fluxo laminar ao tipo de movimento de um fluido quando este é


perfeitamente ordenado, a trajetória da corrente de ar em movimento é bem
definida e as linhas de fluxo não se entrecruzam. O mecanismo de transporte é
exclusivamente molecular e a velocidade medida no conduto é mais alta no
centro e mais desce nas paredes do conduto.

• Regime turbulento.

O regime turbulento se caracteriza pelo movimento desordenado de partículas;


o fluxo dentro do conduto se volta errático e se produz a mescla transversal do
líquido. É o único que existe nos condutos de ventilação. A velocidade em cada
ponto da corrente de ar não é constante como ocorre no fluxo laminar, mas sim
varia aleatoriamente com o tempo, ordenando-a ao redor de seu valor médio,
Figura 5.

18
Turbulento

Figura - 5: Fluxo laminar e turbulento


Fonte: Manual de fluidos Bominox

1.3.2. Velocidade de transporte

A velocidade de transporte depende das características dos poluem captados


nos ralos. Geralmente varia entre 10 a 30 m/s. Uma velocidade de transporte
desce no conduto será adequada para correntes refrigerantes que contêm
poluentes gasosos ou partículas muito finas; enquanto uma velocidade mais
alta será necessária para conduzir um corrente refrigerante com grande
quantidade de partículas pesadas ou úmidas.

A seleção de uma velocidade dentro de um conduto depende das


características dos poluentes captados nos ralos tanto fornecimento e
aspiração.

• Ventiladores

Para mover o ar através de um sistema de ventilação mecânica é necessário


subministrar energia para vencer as perdas de pressão do sistema. Em a
grande maioria dos casos o fornecimento de energia provém de máquinas
denominados ventiladores. Seu funcionamento se apoia no fornecimento de
energia mecânica ao ar através de um rotor que gira a alta velocidade e que
incrementa a energia cinética do ar, que logo se transforma parcialmente em
pressão estática. Os ventiladores se dividem em dois grandes grupos: os
ventiladores axiais e os ventiladores centrífugos.

O elemento rotativo é a peça do ventilador que gira em torno do eixo do


mesmo. Pode ser uma hélice ou rodete, chama-se hélice se a direção de saída
do ar impulsionado é paralela o eixo do ventilador (direção axial). Geralmente a
19
hélice pode mover grande quantidade de ar comunicando ao mesmo uma
discreta pressão. Chama- se rode-te se a direção de saída do ar impulsionada
é perpendicular ao eixo do ventilador geralmente os rodetes movem um volume
de ar menor que as hélices, mas com uma pressão muito maior.

20
CAPÍTULO II: METODOLOGIA PARA O DESENHO DE SISTEMA DE
VENTILAÇÃO FORÇADA

Neste capítulo se apresenta a metodologia para o desenho do sistema de


ventilação forçada, a qual se fundamenta na apresentada por o padrão
ASHARE 62.1, nela aparecem a determinação das condições ambientais, as
características da infraestrutura, o caudal mínimo de renovação por pessoas e
por metro quadrado e o cálculo da carga térmica, como os aspectos essenciais
do sistema proposto, sem deixar de apresentar outros aspectos que indica a
metodologia.

O desenho do sistema de ventilação forçada das salas de aula, realiza-se com


o fim de otimizar as condições ambientais do recinto e melhorar o conforto
térmico das pessoas, o desenho se desenvolve segundo os seguintes
procedimentos.

2.1- Procedimentos para o desenho de sistema de ventilação forçada

Determinação das condições ambientais de sítio mediante dados


meteorológicos

✓ Entre os factores a tomar em conta temos:


a) Velocidade média do ar.
b) Direcção dominante do ar.
c) Variações diárias e estacionaria da velocidade e direção.
d) Obstáculos próximos tais como edifícios, árvores, acidente topográficos,
cerca publicitárias, entre outros.
e) Temperatura ambiente do meio.
f) Análise das condições psicrométricas, por meio a carta psicométrica
específica para o município do Soyo.

Caracterização da infraestrutura para a qual se desenha o sistema

É fundamental conhecer e analisar a infraestrutura com a que se conta. A


informação obtida facilita a tira de decisões quanto à selecção e distribuição
dos elementos necessários para a execução do projecto.

A caracterização da infraestrutura inclui:

a) Análise da planta

21
b) Avaliação da distribuição e descrição de planta
c) Desenho de planos de planta
d) Descrição do sistema de ventilação atual

Determinação de caudal mínimo de renovação por pessoas e pé quadrado


sob o padrão ASHARE 62.1

A norma propõe diferentes métodos para o cálculo do caudal de ventilação:

Método A: Indireto por caudal de ire por pessoa.

Método B: Direto por qualidade de ar percebido.

Método C: Direto por concentração de CO2

Método D: Indireto por caudal de ire por unidade de superfície.

Cada um dos métodos se considerará mais adequado em função do uso do


local que se pretenda ventilar.

A norma estabelece como primeiro método de cálculo do caudal de ventilação


o método indireto. Nele se consideram diferentes usos e diferentes qualidades
de ar exterior, colocando em tabela os caudais a mover.

Tendo em conta os parâmetros na Norma ASHARE 62.1 (Anexo 1), pode-se


calcular o caudal mínimo tanto por área, como por pessoa do auditório
utilizando as seguintes equações:

Qt = Qpessoa * # de personas

Qt = Qpié2 * A -----------2.1

Qt - Caudal total

Qpessoa - Caudal por pessoa

# de pessoas - Quantidade de pessoas

Qpié2- Caudal por área (pié2)

A - Área (pié2)

Cálculo de carga térmica do local objecto de estudo

Para conseguir manter os parâmetros de desenho do ar no interior de um local,


faz-se necessária a extração do calor gerado pelas diferentes fontes térmicas

22
do local mediante o fornecimento ou recirculação de um caudal de ar,
previamente tratado e sob condições específicas de forma tal, que absorva os
lucros de calor sensível e latente do espaço climatizado. A magnitude da carga
térmica e sua composição em sensível e latente, determinam as características
da instalação de climatização.

Os lucros de calor de um local se podem classificar em externas e internas,


denominando externas a aquelas que atravessam as fronteiras do local, e
internas às que se gerem no interior do mesmo; além disso, existem outros
lucros térmicos, que não sendo carga direita do ar dentro do local, dependem
deste e devem ser vencidas pela bateria de esfriamento, por exemplo: o ar
fresco tirado do exterior para a ventilação do local.

Tanto as fontes externas como as internas podem ocasionar lucros de calor


sensível e/ou latente, entendendo-se por cargas térmicas sensíveis aquelas
que ocasionam um incremento da temperatura seca do ar no local, e latentes
as que provocam o aumento de seu conteúdo de humidade.

Entre as fontes de calor externas ao local se têm:

• A radiação solar através de superfícies cristalizadas (carga sensível)


• O calor irradiado através das estruturas do local por causa da diferença
de temperaturas entre o ar no exterior e interior do local; estas são as
denominadas lucros por transmissão (carga sensível).
• A radiação solar através das estruturas (materiais não cristalinos) (carga
sensível).
• Os lucros térmicos originados pelo ar exterior infiltrado através de gretas
ou aberturas do local (carga sensível e latente).

As fontes de calor internas ao local podem ser:

• Os ocupantes (carga sensível e latente).


• A iluminação elétrica (carga sensível).
• As equipas instaladas dentro do local (carga sensível e latente).
• Os motores elétricos (carga sensível).
• Os processos de trabalho tecnológico (carga sensível e latente).
• Outros (carga sensível e latente)

23
As fontes de calor que não se geram no local, mas que dependem deste, e são
carga sobre a bateria de esfriamento podem ser:

• O ar necessário para a ventilação do local (carga sensível e latente).


• Os lucros produto do sistema de distribuição de ar (carga sensível e
latente).
• Os lucros ou perdas da instalação (carga sensível).

Neste sentido se assume para esta investigação a equação seguinte para a


determinação das cargas térmicas.

Q = Qpe + Qeq ---------------2.2

Qpe = Cd * H * n------2.3

Qeq = N * H------------2.4

Onde:

Q ➔ carga térmica

Qpe ➔ carga de pessoas

Qeq ➔ carga de equipamentos (Kw/h)

H ➔ tempo de permanência(h)

n ➔ número de pessoas

N ➔ potencia elétrica instalada da lâmpada(Kw)

Cd ➔ calor dissipado por pessoa(Kcal/h.pessoa)

Análise dos tipos de sistemas de ventilação forçada e selecção das


equipas para o sistema.

A ventilação artificial ou forçada, produz o intercâmbio de ar de forma


mecânica, realiza-se com a criação de sistemas que modificam a pressão
mediante condutos em áreas de um ambiente de trabalho.

Deve-se realizar quando um sistema de ventilação natural seja deficiente ou


existam problemas de penetração de pós do exterior dos lugares de trabalho
ou do lugar a ventilar-se.

24
A realiza mediante a utilização de ventiladores que podem extrair o ar poluído
ou quente, ou permitir a penetração de ar novo para desta maneira evacuar os
gases nocivos.

Vantagens da ventilação forçada.

• Criar um ambiente mais seguro.


• Contribui para detectar a origem de gases.
• Acelera a evacuação de gases poluentes.
• Pode não necessitar de sistemas de ventilação natural.
Ventilação forçada se pratica:

• Quando a construção não tenha um sistema de ventilação natural.


• Quando se tiver uma atmosfera que está fechada e não exista fontes de
evacuação dos gases.
• Quando for insuficiente a ventilação natural ou não se requeira praticar
este tipo de renovação de ar.
Equipes de ventilação forçada classificam-se em:

• Ejetores.
• Ventiladores.
• Pitones.
• Extrator eólico.
Os ventiladores são máquinas rotatórias capazes de mover uma determinada
massa de ar, que comunicam uma certa pressão, suficiente para que possa
vencer as perdas de carga que se produzirão na circulação pelos condutos.

Compõem-se de:

• Elemento rotativo
• Suporte
• Motor
O elemento rotativo é a peça do ventilador que gira em torno do eixo do
mesmo. Pode ser uma hélice ou um coque.

Hélice é a direção de saída do ar impulsionado é paralelo ao eixo do ventilador


(direção axial). Geralmente a hélice pode mover grande quantidade de ar
comunicando ao mesmo uma discreta pressão.

25
Coque é a direção de saída do ar impulsionada e é perpendicular ao eixo do
ventilador. Geralmente os coques movem um volume de ar menor que as
hélices, mas com uma pressão muito maior.

Nos ventiladores de hélice, geralmente, o conjunto se compõe também de uma


embocadura que melhora o rendimento. Os ventiladores de coque se montam
em uma voluta em espiral.

Figura - 6: Ventiladores de hélice


Fonte: Soler e Palau, Ventiletion grup. Sistema de ventilación
www.solerpalau.es

Quando se deseja conseguir ventiladores com rendimento por cima dos usuais,
pode recorrer-se às diretrizes, que são uns álabes fixos, colocados à entrada
ou saída do ventilador, cuja função principal é endireitar a veia de ar fazendo-a
aproximadamente axial. O motor é o componente que aciona a hélice ou
coque.

Classificação dos ventiladores: os ventiladores, denominados assim de uma


forma ampla para todas suas concepções, podem classificar-se de formas
muito diferentes, sendo os que utilizaremos neste trabalho o seguinte:

Ventiladores com envolvente: está acostumado a ser tubular, por isso


também lhes denomina tubulares e têm por objeto deslocar ar dentro de um
conduto.

Impulsores: são os ventiladores que a boca de aspiração está conectada


diretamente a um espaço livre, estando a boca de descarga conectada a um
conduto. Figura 7-A.

26
Extratores: são os ventiladores que a boca de aspiração está conectada a um
conduto e a boca de descarga está conectada a um espaço livre. Figura 7-B.

A) Impulsores B) Extratores

Figura- 7: Ventiladores
Fonte: Soler e Palau, Ventiletion grup. Sistema de ventilación.
www.solerpalau.es
Um elemento importante para os ventiladores é conhecer suas características,
as quais se podem determinar experimentalmente e nisso obter o que se
chama a curva característica.

Para a eleição dos ventiladores se toma como referência a Guia de


Instalaciones de ventilación. Disponível em:
http://www.aq.upm.es/Departamentos/Fisica/UD-instalaciones/Doc02.pdf

O ventilador se seleciona para compensar a perda de carga avaliada para o


sistema de ventilação (que, uma vez equilibrada a rede, será a de qualquer dos
caminhos de um ralo até a saída do ar) e para obter a velocidade de saída
requerida.

• Condições de temperatura e pressão do ar a mover normais (0ºC e 1013


mbar) se não ser assim ajustes (densidade do ar, etc.)
• Como há uma grande variedade de oferta no mercado pode-se
considerar outros fatores: espaço disponível, estética, ruídos e vibrações
e, como é lógico, orçamento.

27
Outras considerações para a seleção dos ventiladores

• Critérios económicos, como podem ser o tamanho e qualidade da


fabricação, assim como um nível de ruídos e um rendimento aceitável.
• Para conseguir uma boa relação prezo / rendimento é aconselhável um
ventilador ligeiramente menor de que corresponderia a um máximo
rendimento. Agora bem, se o número de horas de funcionamento fora
elevado, estaria justificada a eleição de um ventilador algo major.
Cálculo da potência do motor do ventilador

Potência elétrica.
𝑄 .𝛥𝑝
P=
𝜂

Onde:

• P.- potência elétrica necessária do ventilador (W)


• Q.- caudal de ar a distribuir (m3/s)
• Δp.- perda de pressão ou de carga do sistema (Pa)
• ɳ.- rendimento do ventilador que se obtém em sua curva característica
(0,40 ate 0,60).
Critério de seleção segundo a velocidade específica

A velocidade específica (ve) é um índice de comportamento da velocidade dos


ventiladores, função da velocidade angular (Va), a pressão estática (Δp) e o
caudal (Q).

• A partir da velocidade específica se pode empregar a seguinte tabela,


para uma seleção dos ventiladores mais rigorosa que a anterior.

28
Tabela 1: Campos de velocidades específicas para a seleção de ventilador

Tipo de fluxo Tipo de construção Velocidade específica

Álabes para diante < 50


Centrífugo
Radiais 20 ... 60

Álabes para trás 30 ... 60

Álabes axiais 40 ... 120

Álabes entubados 60 ... 200


Axial
Álabes helicoidais 120 ... 500

Fonte: Guia de Instalaciones de ventilación. Disponível em:

http://ww.aq.upm.es/Departamentos/Fisica/UD-instalaciones/Doc02.pdf

Existem outros métodos de seleção de ventiladores que se podem utilizar


segundo o pessoal que instale o sistema de ventilação, eles são:

• Critérios de seleção segundo a relação caudal-pressão. Este critério se


emprega para a investigação

• Utilização das curvas características das equipes comerciais

Desenho de redes de condutos de ar

Para o desenho dos condutos de ar se devem seguir as seguintes


recomendações:

• Para o desenho de cotovelos

Figura - 8: Desenho de cotovelos.


Fonte: Cálculo e desenho do sistema de ventilação.
Disponível em: https://www.sodeca.com/Content/img/
InformacioTecnica_02.pdf
29
Raio de Cotovelos: os cotovelos devem ter um raio de curvatura entre 2 e 2,5
diâmetros, exceto quando o espaço disponível não o permita. (Recomendado:
raio de curvatura médio no centro de 2 a 2,5 diâmetro / Aceitável: raio de
curvatura médio no centro de 1,5 diâmetro).

• Para o desenho de condutos com uniões laterais

Uniões de condutos laterais: os condutos laterais se devem unir ao principal em


dilatações progressivas com um ângulo de 30º ou menor (recomendado), ou
até 45º se não haver espaço. A dilatação deve ser de 15º como máximo.

Figura - 9: Desenho de condutos com uniões laterais


Fonte: Cálculo e desenho do sistema de ventilação
Disponível em:
https://www.sodeca.com/Content/img/InformacioTecnica_02.pdf
Desenho da entrada de ar ao ventilador

Utilizar alertas diretrizes para evitar o torvelinho do ar e uma carga


desequilibrada no coque do ventilador

30
Figura – 10: Entrada de ar ao ventilador.
Fonte: Cálculo e desenho do sistema de ventilação. Disponível em:
https://www.sodeca.com/Content/img/InformacioTecnica_02.pdf
Desenho de redes de condutos de ar

Outro elemento que se tem em conta para o desenho de sistemas de


ventilação é o coeficiente de perda de cargas e acessórios, que não é mais que
a perda que se produz pelo atrito no conduto, que para nosso caso é
desprezível, já que não marca diferença entre a entrada e a saída de ar através
dos condutos. Figura 11.

31
Figura - 11: Mudanças de secção de condutos.
Fonte: Fonte: Cálculo e desenho do sistema de ventilação.
Disponível em:
https://www.sodeca.com/Content/img/InformacioTecnica_02.pdf

32
CAPíTULO III: ANÁLISE DO RESULTADO DO DESENHO DO SISTEMA DE
VENTILAÇÃO FORÇADA
Neste capítulo, se apresentam os resultados da aplicação da metodologia para
o desenho do sistema de ventilação, determinam-se as condições meio
ambientais da escola mediante os dados meteorológicos, assim como a
caracterização da estrutura para qual se faz o desenho, os cálculos do caudal
mínimo por pessoa, e a carga térmica do local. Também se apresenta o
desenho das especificações técnicas da instalação do sistema de ventilação.

O desenvolvimento de cada procedimento de metodologia permite criar as


condições ótimas para o desenho do sistema de ventilação nas salas de aula
localizadas no Kintambi do Instituto Superior Politécnico do Soyo.

3.1. As condições ambientais mediante dados meteorológicos

a) Velocidade média do ar
Na determinação da velocidade do ar, tiveram-se em consideração os
seguintes parâmetros: época do ano, momento do dia (na manhã, tarde e
noite), direção do vento. Direção dominante do ar. Variações diárias e
estacionaria da velocidade e direção. Conforme observa-se na seguinte tabela:

Tabela - 2: Velocidade média do ar segundo a época do ano

Velocidade do ar (km/h)

(media)
Direcção do
Época do ano
Variações diárias e estacionaria dominante do ar

Na manhã Tarde Noite

Janeiro-Março 10 30 15 Leste - Sul oeste

Abril-Junho 15 35 15 Sul oeste – Norte

Julho-Setembro 15 40 10 Sul oeste – Norte

Outubro- Dezembro 16 33 15 Leste - Sul oeste

33
a) Velocidade média do ar
Velocidade máxima é de 17km/h
Velocidade mínima é de 3 km/h
𝑉𝑚𝑎𝑥 + 𝑉𝑚𝑖𝑛
𝑉 media =
2
17𝑘𝑚/ℎ + 3𝑘𝑚/ℎ
𝑉 media =
2
𝑉 media = 10𝑘𝑚/ℎ
b) Direcção dominante do ar
De acordo a INAMET a direcção dominante do ar varia entre (202.5ºC su-
sudoeste a 315ºC noroeste)
c) Variações diárias e estacionaria da velocidade e direção

Variações diárias

• Velocidade do vento é de 7 Km/h à 12 Km/h


• Direção do vento (320ºC noroeste e 235ºC sudoeste) variações
estacionarias

d) Obstáculos próximos tais como edifícios, árvores, acidente


topográficos, cerca publicitárias, entre outros
A Faculdade de Engenharia do Instituto Superior Politécnico do Soyo, localiza-
se na meseta do Kintambi, próximo ao Vale do Kimbete, é uma construção de
um só nível e está em um prédio amplo de aproximadamente 6 há (60 000 m 2),
as instalações onde se encontram as salas-de-aula estão livre de edifícios altos
próximos, por isso o ar flui de forma natural, as mesmas se localizam do norte
ao sul.
e) Temperatura ambiente média
Temperatura (interior e exterior do local)

A temperatura também varia em correspondência com a época do ano


determinou-se a temperatura media, conforme se mostra na tabela:

34
Tabela - 3: Temperatura média segundo a época do ano (a temperatura
interior toma-se sem o Ar Condicionado funcionando)

Temperatura (oC) (media)

Época do ano
Interior da sala de Exterior da sala de
aula aula

Janeiro-Março 25 24

Abril-Junho 27 26

Julho-Setembro 27 25

Outubro- Dezembro 20 21

A temperatura no interior da sala de aula aumenta em dois graus (2 oC) com


uma turma de 30 alunos como media.

• Temperatura ambiente do meio.


Temperatura máxima 28Cº
Temperatura mínina 20ºC
𝑇𝑚𝑎𝑥 + 𝑇𝑚𝑖𝑛
T media =
2
T media = 24º C
f) Análise das condições psicrométricas para o município do Soyo

Conforme a temperatura média distribuída no país, o município do Soyo, tem


uma temperatura média no ano de 24º C.
No interior do sala-de-aula, a temperatura aumenta, devido ao número de
pessoas que intercambiam calor e à produção de Dióxido de carbono (CO 2),
que também provoca um aumento da temperatura.

35
Figura – 12: Temperatura média na República de Angola (especifica-se no
município do Soyo)
Fonte: El Clima en Angola. Disponível em https://whitelightskyes.com
Em términos climáticos o município Soyo, assiste a duas vertentes do clima
tropical: tropical quente no litoral e tropical úmido no interior, daí as variações
de temperatura durante todo o ano.

3.2. Caracterização da infraestrutura para a qual se desenha o sistema

É fundamental conhecer e analisar a infraestrutura com a que se conta. A


informação obtida facilita a tira de decisões quanto à selecção e distribuição
dos elementos necessários para a execução do projecto.

a) Análise de plantas
A edificação onde se encontram as salas-de-aula, é um edifício de um só nível
com paredes de construção permanente e teto com lâminas, com falso teto que
limita o intercâmbio de calor no dia devido à radiação solar, é uma construção
permanente com fechamento hermético, nos locais (salas-de-aula), já que está
concebido no desenho para instalação de ar condicionado.

36
Figura – 13: Desenho das salas de aulas com teto.
Fonte: Elaboração própria
b) Distribuição e descrição de planta
As salas-de-aula têm em seu desenho, duas janelas laterais de dimensão (1.50
x 1.20 metros), dois guichês superiores de dimensão (0.30 x 0.70) e uma porta
dobre de fechamento hermético.
Tendo em consideração os cálculos previstos nos planos de construção da
edificação, as paredes podem suportar a carga do peso do ventilador, assim
como também as vibrações que este possa provocar.

c) Análise de planos

Figura – 14: Vista superior das salas-de-aula.


Fonte: Elaboração própria
d) Desenho de plano de planta
A construção da instalação onde se localizam as salas-de-aula é de um só
nível, estas se distribuem de forma simétrica, com as mesmas dimensões:
apresentam-se nas figuras 15, o desenho com as vistas superior (de acima) e

37
lateral onde estão localizadas as janelas pequenas e as portas das salas de
aula.

Figura – 15: Vista lateral das salas-de-aula.


Fonte: Elaboração própria

e) Sistema de climatização actual

O sistema de climatização actual funciona com ar condicionado tipo split (duas


equipes em cada sala-de-aula), que pode regula temperatura e mantê-la
constante, em função da temperatura no exterior das salas-de-aula.
As equipes que estão instaladas são da marca Mídea, com uma capacidade de
uma tonelada, os quais são ótimos para a dimensão da sala-de-aula.
Apresentam uma série de falhas técnicas e de operação (ligação), as mais
comuns são:

• Má manipulação do sistema de aceso por controle remoto.


• Não têm um plano de manutenção programada.
• Aparecem enguiços no sistema elétrico.
• Diminuição da quantidade de gás do compressor.

38
Figura – 16: Sistema de climatização atual
Fonte: Elaboração própria

3.3. Cálculo do caudal mínimo de renovação por pessoas e pé quadrado


sob o padrão ASHARE 62.1

Tendo os parâmetros já descritos na Norma ASHARE 62.1 (Anexo 1), procede-


se a calcular o caudal mínimo tanto por área, como por pessoa do auditório
utilizando as seguintes equações:

Utilizando os dados recomendados no Anexo 1, onde o Caudal por taxa de


pessoas é igual a 5, (Qpessoa = 5) e o caudal por taxa de área é igual a
0,06(Qpié2 = 0,06) podemos fazer os cálculos e colocar na tabela 4.

As dimensões da sala de aula são:

Altura: 3 metros

Largura: 7,20 metros

Comprimento: 8,30 metros

Área - A = Largura x Comprimento

A=7,20 metros x8,30 metros

A=59,76 metros

39
Tabela - 4: Taxa mínima de ventilação nas salas de aula

Local QUANTIDADE ÁREA CAUDAL POR CAUDAL


DE PESSOAS (metros) TAXA DE POR
(#) PESSOAS TAXAS
(CFMS) DE ÁREA
(CFMS)
(Qt = Qpessoa *
# de pessoas) (Qt = Qpié2
* A)

Sala de aula 1 30 59,76 150 3,5856

Sala de aula 2 30 59,76 150 3,5856

Sala de aula 3 30 59,76 150 3,5856

Sala de aula 4 30 59,76 150 3,5856

Caudal total 600 14,3424

O total de caudal calculado para as salas-de-aula está em correspondência


com as normas de ASHARE 62.1

3.4. Carga térmica do local objecto de estudo

Segundo a equação:

Q = Qpe + Qeq → Caudal térmico

Qpe = Cd * h * n → Caudal por pessoas

Qpe = 51,04 Kcal/h * pessoa * 6h * 28 pessoas

Qpe = 8574,72 Kcal

Convertendo de Kcal para kW-h

1Kcal →0,001162 kW-h

Qpe = 9,97 kW-h

Qeq= Qlumin → Caudal de equipamentos

40
Qlumin = N * h

Qlumin = 320 kW * 6h

Qlumin = 1920 kW-h

Q = Qpe + Qeq

Q = 9,965711078 kW-h + 1920 kW-h

Q = 1929,97 kW-h → Caudal térmico total

Tabela - 5: Cálculo da carga térmica para as salas de aulas com diferentes


quantidades de pessoas (tempo de permanência 6 e 12 horas)

(H) (n) (Cd) (Qpe) (Qpe) N (Qeq) (Q)

(Kcal/h *
(h) (Kcal) (kW-h) (kW) (kW-h) (kW-h)
pessoa)

6 20 51.04 6124.8 7.12 320 1920 1927.12

6 30 51.04 9187.2 10.68 320 1920 11107.20

6 40 51.04 12249.6 14.24 320 1920 14169.60

6 50 51.04 15312,0 17.79 320 1920 17232,00

12 20 51.04 12249.6 14.24 320 3840 16089.60

12 30 51.04 18374.4 21.35 320 3840 22214.40

12 40 51.04 24499.2 28.47 320 3840 28339.20

12 50 51.04 30624,0 35.59 320 3840 34464,00

Sendo: H-Tempo de permanência (h), n-Número de pessoas, (Qpe)- Carga de


pessoas, (N)- Potência elétrica instalada da lâmpada, (Qeq)- Carga de
equipamentos, (Q)- Carga térmica

Fonte: elaboração própria

41
Pode-se observar na tabela que a carga térmica depende em grande medida
do Qeq, que é gerada pelas equipes utilizadas nas salas-de-aula, neste caso só
se teve em consideração a gerada pelos abajures de luz.

3.5. Selecção dos tipos de sistemas de ventilação forçada

Entre equipes de ventilação forçada, se seleciona para o desenho da


ventilação de locais os ventiladores, eles são os que introduzem ar do exterior
e que necessitam de um ducto para sua operatividade, seu funcionamento
pode ser por eletricidade, queima de combustíveis ou mediante energia
hidráulica.

Ajuda ao esfriamento em qualquer tipo de aplicação já seja comercial industrial


ou na indústria agropecuária se constroem de vários tamanhos além de ter
uma vida útil prolongada.

Aplicável quando a ventilação natural não é suficiente, trata-se de renovar o ar


interior com ar exterior mediante impulsão (introduzindo ar do exterior com
instrumentação como um ventilador) ou tomando ar da sala-de-aula e tirando-o
(por extração).

Figura – 17: Sistema de extração no teto


Fonte: Elaboração própria

3.6. Selecção de equipes da ventilação forçada

Ventilação individual forçada

O critério de seleção a ter em conta é a relação caudal-pressão.

Se faz a selecção do motor tipo CMR

Ventiladores centrífugos de meia pressão e simples aspiração, de grande


robustez, equipados com turbina com álabes para trás.

42
Figura – 18: Ventilador tipo CMR
Fonte: SODECA. Informação da Executiva 2009/125/EC baixada da Web do
SODECA ou programa de seleção QuickFan. Disponível em:
https://www.sodeca.com

CARACTERISTICAS TECNICAS DO APARELHO

Ventilador:

• Envolvente em chapa de aço

• Turbina com álabes a reação, em chapa de aço de grande robustez

Motor:

• Motores de eficiência IE3 para potências iguais ou superiores a 0,75kW,


exceto monofásicos, 2 velocidades e 8 polos

• Motores classe F, com rolamentos a bolas, proteção IP55

• Trifásicos 230/400V 50Hz (até 4kW) e 400/690V 50Hz (potências superiores a


4kW)

• Temperatura máxima do ar a transportar: -20ºC + 120ºC

Acabado:

• Anticorrosivo em resina de poliésterpolimerizada a 190ºC, prévio


desengordure com tratamento nanotecnológico livre de fosfatos.

Sob demanda:

• Bobinados especiais para diferentes tensões

43
• Ventilador preparado para transportar ar até 250ºC

• Ventilador em aço inoxidável

• Certificação ATEX Categoria 2 (ver série CMR/ATEX)

Características acústicas

Os valores indicados, determinam-se mediante medidas de nível de pressão e


potência sonora em dB(A) obtidas em campo livre a uma distância equivalente
a duas vezes a envergadura do ventilador mais o diâmetro da turbina, com um
mínimo de 1,5 mts. (Ver Anexo No 1)

Desenho e dimensão das partes do ventilador modelo CMR-1031...2271 e o


Desenho e dimensão das partes da boca Impulsão (Ver AnexoNo 2)

3.7. A Seleção das Redes

Figura – 19: Redes de ar.


Fonte: Elaboração própria

Os condutos têm características como:

Foram selecionados 4 cotovelos, com dimensão que correspondem ao


Ventilador tipo CMR (ver anexo 3)

Dimensões do Conduto: espessura de 500 mm, altura de 870 mm, largura de


29 000 mm

Existem no mercado vários tipos de condutos

• De material isolante (polietileno expandido)


• De metal (aço galvanizado)

44
• Termoplásticos

Polietileno expandido se utiliza para os sistemas de distribuição de ar em


ventilação nos casos que seja necessário para reduzir as perdas de térmicas
ou evitar a condensações nos condutos.

Os condutos e acessórios de aço galvanizado se fabricam em resistente aço


galvanizado.

Os condutos termoplásticos, capazes de eliminar até 99% das bactérias


presentes na rede de ventilação (deixando assim um amparo permanente ante
poluentes externos).

Para o desenho do sistema de ventilação neste trabalho, propõe-se utilizar os


condutos e acessórios de aço galvanizado, com as dimensões que se
apresentam no Anexo 3.

Figura - 20: Conducto do extrator.


Fonte: Elaboração própria

3.8. Especificações técnicas

As especificações técnicas estão presentes nos Anexos (Ver Anexos No 1 e


Anexo No 2).

45
3.9. Custos do sistema apoiados nas especificações técnicas de desenho.

Os materiais e seus custos apresentam-se na seguinte tabela:

Figura – 21: Conducto do ar.


Fonte: Elaboração própria

Tabela - 6: Custo dos materiais

No Material e Unidade de Quantidade Custo Custo


equipe medição (kwanzas) total
(Kwanzas)

1 Ventilador tipo 1 500.000,00 500.000,00


CMR

2 Cabo elétrico Metros 8 520-00 4.160,00

3 Condutos do ar Metros 30 1.140,00 34.200,00

4 Cola Litros 1 11.385,00 11.385,00

5 Isolantes Metros 10 230.00 2.300,00

6 Ralo circular 4 4480.00 17.920,00

7 Braçadeira 12 4.000.00 48.000,00

TOTAL 717.965,00

46
É o custo total para a instalação nas quatro salas-de-aula, para o qual se
propõe utilizar um ventilador do modelo antes mencionado, que tem a
capacidade suficiente para emitir o caudal de ar necessário em cada sala-de-
aula e manter a temperatura necessária.

Se se comparar com o valor de um ar condicionado (tipo split) da marca


MIDEA que é de 402.201,00 para cada um AC para as 4 salas de aula, têm 8
split instalados, que dá um valor de 3.217,608.

47
CONCLUSÕES

1- Os referentes teóricos e práticos para o desenho do sistema de


ventilação forçada, inclui aqueles aspectos que servem para
fundamentar a proposta e valorar do ponto de vista teórico, os referentes
sobre a ventilação forçada, tendo em consideração, as definições e
ponto de vista de investigadores que referenciaram na bibliografia
consultada sua contribuição e que foram utilizados nesta monografia.
2- O sistema de climatização atual (ano 2021) que está instalado na sede
do Instituto Superior Politécnico no município Soyo, no bairro do
Kintambi, está sustentado em equipes de ar condicionado (split) a razão
de duas equipes por salas-de-aula, onde 100 % não funcionam, fazendo
muito custosa sua manutenção, por isso é necessário substitui-lo por
outro sistema mais econômico.
3- O sistema de ventilação forçada fundamenta-se na utilização de
ventiladores e extratores que fazem circular o ar nas salas de aula,
criando um ambiente a temperatura aproximada a propício para as
aulas.
4- Pode-se determinar o custo de toda a instalação que é ao
1.267.005kzs, muito por debaixo do custo da manutenção do split que
atualmente estão instalados.

48
SUGESTÕES

• Para a instalação do sistema de ventilação mecânica se deve utilizar o


tipo de ventilador, o tipo de material e dimensões dos condutos proposto
neste trabalho já que os cálculos das cargas térmicas aqui apresentadas
se obtêm para estes materiais e dimensões dos condutos e locais.
• Fazer os cálculos para a instalação do sistema de ventilação em outras
áreas da Faculdade, seguindo a metodologia utilizada neste trabalho.

49
BIBLIOGRAFIA

1. Análise da Qualidade da Ventilação em Salas de Aula. Disponível em:


https://run.unl.pt/bitstream/10362/30803/1/Rodrigues_2017.pdf
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2020. Disponível em: https://www.siberzone.es/blog-sistemas-
ventilacion/breve-historia-de-los-sistemas-de-ventilacion/
3. Diseño del sistema de ventilación mecánica y aire acondicionado para el
auditorio de la facultad tecnológica (Universidad Distrital Francisco José De
Caldas), basado en la norma ANSI/ASHRAE 62.1. Disponível em:
https://repository.udistrital.edu.co/bitstream/handle/11349/14187/BecerraAl
manzaMiltonYesid2018.pdf;jsessionid=CD9088DC5DD5EB2D0EBAEB20E
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4. Edson. (2018). “Desenho do sistema do ventilacion forçada para a
extraccion de banhos do edifício “A PAZ” no distrito do MIRAFLORES
LIMA”. Disponível em:
http://repositorio.untels.edu.pe/bitstream/UNTELS/295/1/Martinez_Edson_T
rabajo_Suficiencia_2018.pdf
5. Evolución de los sistemas de ventilación a lo largo de la historia. Revisado
na data: 19-10-2020. Disponível em: https://www.siberzone.es/blog-
sistemas-ventilacion/evolucion-de-los-sistemas-de-ventilacion-a-lo-largo-
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6. Graça Martins, M. E. (2012). Análise de dados. Texto de apoio para os
professores do 1º ciclo. Ministério de Educação.
7. Guia de instalações de ventilação. Disponível em:
http://www.aq.upm.es/Departamentos/Fisica/UD-instalaciones/Doc02.pdf
8. Instalações de ventilação. Revisado na data: 10-10-2020. Disponível em:
http://www.aq.upm.es/Departamentos/Fisica/UD-instalaciones/Doc02.pdf
9. Marconi, M. de A.; Lakatos, E. M. (2002). Técnicas de pesquisa:
planejamento e execução de pesquisas; amostragens e técnicas de
pesquisa; elaboração, análise e interpretação de dados. 5.ed. São Paulo:
Atlas.
10. Otimização das condições de ventilação natural em edifícios de serviço
para assegurar a qualidade do ar interior sem consumos excessivos de

50
energia. Disponível em:
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/29576/1/Diogo%20Amo
rim.pdf
11. Salvador E. (2014) Manual Prático de Ventilação. Catálogo técnico.
Barcelona, Espanha. chamado pelo Martínez (2018, P. 19)
12. Sebastian Cronembold Landivar (2009) Estudo de ventilação em vivendas,
Santiago do Chile chamado no Martinez QUISPE,
13. Sistemas de ventilação mecânica. Revisado na data: 8-10-2020.
Disponível em: https://www.solerpalau.com/es-es/blog/ventilacion-forçada-
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14. SODECA. (2020). Cálculo e desenho do sistema de ventilação.
https://www.sodeca.com/Content/img/InformacioTecnica_02.pdf
15. Soler & Palau, Ventiletion grup. (2012). Sistema de ventilación.
www.solerpalau.es
16. Tese MECE aluno 1544 Carlos Nascimento V final.pdf. Disponível em:
https://sapientia.ualg.pt

51
ANEXO 1 Taxa mínima de ventilação na zona de respiração

Fonte: Desenho Do Sistema De Ventilação Mecânica E Ar-Condicionado


Para O Auditório Da Faculdade Tecnológica (Universidade Distrital
Francisco José Da Caldas), Apoiado Na Norma ANSI/ASHRAE 62.1.
Disponível em:
https://repository.udistrital.edu.co/bitstream/handle/11349/14187/BecerraA
lmanzaMiltonYesid2018.pdf;jsessionid=CD9088DC5DD5EB2D0EBAEB20E
8486DD8?sequence=1

52
ANEXOS No 2 Características acústicas

Espectro de potência sonora Lw(A) em dB(A) por banda de frequência no Hz.

53
ANEXO No 3 Desenho e dimensão das partes do ventilador modelo CMR-
1031...2271

Boca de

Dimensão em mm

Boca impulsão conforme o modelo

54

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