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UNIDADE CURRICULAR: SOCIEDADE, GÉNERO E PODER

CÓDIGO: 41105

DOCENTE: PEDRO ABRANTES

A preencher pelo estudante

NOME: Cláudia de Jesus alves

N.º DE ESTUDANTE: 2003128

CURSO: Licenciatura em Ciências Sociais

DATA DE ENTREGA: 27 de Junho de 2022

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:

Grupo I:
1.1 – UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta; CIG – Comissão para a
Cidadania e Igualdade de Género; CITE – Comissão para a igualdade no Trabalho e
no Emprego.
1.2 – Não. A autora Margaret Mead (1901-1978), publica em 1935 um livro intitulado
“Sexo e temperamento em três sociedades primitivas” em que demonstra que os traços
atribuídas à mulher e ao homem variavam conforme a sociedade em que estamos
inseridos, ou seja, o género é uma construção cultural e não um atributo que esteja
diretamente ligado aos órgãos sexuais do individuo. Desta forma, a autora dá o seu
contributo de forma que se rompa com ideias de que o conceito de género feminino e
masculino estão ligados biologicamente, sendo os mesmos construídos pelas práticas
culturais e sociais das sociedades.
1.3 – Interseccionalidade é o cruzamento onde duas ou mais discriminações interagem.
Kimberlé Williams Crenshaw refere este conceito, de forma a permitir pensar as
desigualdades existente não apenas a partir de um chamado “eixo de diferenciação”
,tal como o género – masculino ou feminino, mas também, pela sua junção com outros
eixos diferenciais, tais como a etnia, a orientação sexual, a classe social ou a raça.
Como exemplo, temos a discriminação de uma pessoa negra e homossexual, onde
estão envolvidas dois eixos, a raça e a orientação sexual.

Grupo II:

2.1 - A autora Lígia Amâncio, licenciada em Psicologia e Ciências da Educação, efetuou


diversos estudos sobre género em Portugal. As suas investigações centram-se
sobretudo numa melhor compreensão dos processos para a construção social do
masculino e do feminino e a discriminação fundamentada no género. Lígia Amancio
refere que conceitos como género estão ligados à desigualdade entre homens e
mulheres.
O conceito de género é bastante recente, estando associado a questões , tanto
femininas , como de masculinidade, criando mudanças, nomeadamente na esfera
familiar. É correto dizer que o conceito de género está associado a uma diferenciação
simbólica, presente em todo o processo de socialização, sendo bastante diferente,
dependendo da sociedade e cultura onde nos inserimos, sendo feita de forma mais ou
menos consciente. É certo que as mulheres têm percorrido um longo caminho de forma
a se afirmarem na sociedade, marcando a sua posição no mercado de trabalho tal como

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acontece com os homens. Esta suposta igualdade de oportunidade, embora não seja
real ,a nível de oportunidades de trabalho, tenta de certa forma explicar que no dia-a-
dia, os papéis assumidos pelos homens e pelas mulheres , são ainda bastante diversos.
O conceito de sexo é associado ao masculino e feminino, sendo real a existência, ao
longo dos tempos de discriminação nas mais diversas áreas, como por exemplo a
política, embora atualmente a criação de medidas positivas tenha como finalidade a
mudança. Torna-se urgente criar condições de forma a desfazer ideias erradas sobra a
existência de profissões associadas ao sexo feminino e ao sexo masculino.
Pierre Bourdieu considera essa distinção sexual como natural, visto que a própria
sociedade coloca o individuo no domínio masculino ou feminino. Dessa forma, o sexo
está relacionado com as características biológicas dos indivíduos , estando esse
conceito presente em todas as culturas e sociedades, enquanto o conceito de género
está relacionado com padrões culturais presentes em cada sociedade. Assim sendo,
conceito de género extremamente importante para estudar as diferenças entre
mulheres e homens, contribuindo para explicar comportamentos.

2.2 – O sociólogo Michael Kimmel é considerado um especialista, no referente à


abordagem de homens e masculinidade. Defende a envolvência do homem na luta e
para a igualdade de género, considerando que a mesma é positiva para todos, que pelo
ambiente familiar, laboral ou mesmo na sociedade em geral. O “Guião de Educação 1º
Ciclo Género e Cidadania (2015)”, referem Karen O’Shea (2003), que considera que a
educação em cidadania tem imensas vantagens, tais como: promover uma cultura de
democracia e direitos humanos, procurando fortalecer a coesão social, a compreensão
mútua e a solidariedade; as comunidades desenvolvem-se pelo empenho no
estabelecimento de relações humanas mais autênticas, sendo um processo a
desenvolver ao longo da vida.

2.3- Chimamanda Ngozi Adichie , uma das grandes escritoras africanas , fala dos
perigos da “história única”, dando assim voz ao feminismo. Chimamanda Adichie fala
assim da construção do estereótipo de pessoas, através de uma perspetiva de
construção cultural e distorcida das identidades de lugares ou pessoas. O perigo da
história única pode ser aplicado em várias situações, nomeadamente na dominação de
masculinidade e de feminilidade. É certo que vivemos em uma sociedade em que as
ideias associadas ao masculino e ao feminino, passam de geração em geração. O
masculino é associado ao homem dominador, chefe de família, autoritário, trabalhador,
competente, empreendedor e gestor do seu tempo e dinheiro. A mulher é ao
sentimental, associada à beleza, cuidadora do lar e dos filhos. Essas ideias

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preconcebidas, transmitidas de geração em geração, e que passaram a ser a “única
história” interiorizada pelos indivíduos, vem dificultar dessa forma o acesso às mulheres
ao mercado de trabalho, surgindo dessa forma desigualdades de oportunidades.
Também Kimberlé Williams Crenshaw, ao referir o conceito Interseccionalidade,
permite-nos falar sobre as desigualdades , não só pelo género masculino ou feminino,
mas também, pela junção com outros eixos de diferença, tais como a etnia, a orientação
sexual, a classe social ou a raça.

FIM

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