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VOLUME 4

Cartilha ______________________ 2

biografia:
histórias de vida ____________ 25

©Shutterstock/Vectormine

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Cartilha

©Shutterstock/Elena schweitzer

O gênero abordado neste capítulo tem papel fundamental na transformação do comportamento


sociocultural da população; por isso, é muito importante conhecê-lo. Estamos falando da cartilha, um
gênero textual que mescla a linguagem verbal à não verbal no intuito de conquistar o leitor e convencê-lo
das ideias promovidas.
Analise a imagem e converse com os colegas e o professor sobre esse tema, que precisa do engajamen-
to da sociedade brasileira.

e s p aço de diálogo
2. Pessoal. Esperamos que os alunos percebam a relação entre a ima-
1 1. Você costuma consumir produtos orgânicos? gem – de um coração feito de frutas e verduras – e os benefícios que os
produtos orgânicos proporcionam à saúde.
2. Analisando a imagem acima, por que você acredita que é importante consumir produtos orgânicos?
3. Você já cultivou uma horta ou pensou em ter uma em sua casa?
4. Conte aos colegas e ao professor o que você conhece sobre a agricultura orgânica.

2
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e ƒ Ler e compreender a estrutura da cartilha.
O bj ƒ Conhecer os elementos constitutivos de uma cartilha.
ƒ Inferir a intencionalidade da cartilha.
ƒ Conhecer as orações subordinadas substantivas: objetiva direta, objetiva indireta
e apositiva.
ƒ Produzir uma apresentação oral de projeto de pesquisa utilizando os elementos
que constituem o gênero.
ƒ Produzir um manual prático utilizando os elementos que constituem o gênero.

TRAJETÓRIA DE LEITURA

Cartilha
Leia a capa da cartilha Orgânicos na alimentação escolar. Observe o modo como ela se estrutura
e, depois, responda às questões. 2
1. Por que, na capa, o título da cartilha está em verde? Qual é a
©FNDE

relação dessa cor com o tema da cartilha?


Para fazer relação com a ideia de produtos orgânicos. Esperamos que

os alunos compreendam que a cor verde dialoga com a produção

orgânica, transmitindo a ideia de natureza.

2. Na palavra “ORGÂNICOS”, no título da cartilha, foi inserido, na


segunda letra o, o caule de uma fruta. Por que foi feita essa
inclusão?
Para fazer relação com a imagem de uma fruta.

3. Releia o slogan, em vermelho, e o texto verbal que aparece no


final da capa, e responda às questões.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. a) Que relação a agricultura familiar estabelece com o saber?
Fundo Nacional de Desenvolvimento da
A relação que se estabelece entre a agricultura familiar – principal
Educação. Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. Orgânicos na alimentação
escolar. Disponível em: <https://www.fnde. responsável pela produção de orgânicos – e o saber é a presença
gov.br/index.php/centrais-de-conteudos/
publicacoes/category/116-alimentacao- desses alimentos na escola.
escolar?download=7623:cartilha-organicos-na-
alimentacao-escolar>. Acesso em: 10 jan. 2020.

b) Quais saberes são privilegiados com a presença da agricultura familiar na escola? 3

Os saberes privilegiados são: o consumo sustentável, o meio ambiente, a responsabilidade social, a cultura, a socio-

biodiversidade, nosso planeta e as gerações futuras.

3
4. No texto não verbal, todos os personagens aparecem sorrindo. Em sua opinião, por que eles foram retratados dessa maneira?
Sugestão: Eles foram retratados dessa maneira para mostrar que a presença de produtos orgânicos na escola traz saúde e alegria para

todos.

5. Quais personagens você consegue reconhecer? Que elementos proporcionaram esse reconhecimento?
Sugestão: O agricultor, que está de chapéu e carregando uma caixa com frutas; a professora, que está de jaleco; duas estudantes, que

estão de uniforme e mochila nas costas; e um garoto que também parece ser estudante, porque, assim como as meninas, está

de camiseta branca e com uma fruta na mão.

6. Que diálogo essa imagem estabelece com o tema da cartilha?


A presença do agricultor refere-se à agricultura familiar, e os demais personagens retratados fazem parte do contexto escolar; portanto,

trata-se da inserção de produtos orgânicos nesse ambiente.

A principal função da capa é chamar a atenção do leitor para o conteúdo abordado e, por meio das linguagens
verbal (como o título) e não verbal (ilustração, fotografia, etc.), convidá-lo para a leitura completa da cartilha.

Agora, leia um trecho dessa cartilha e descubra como a união da agricultura familiar com a escola rende
muita nutrição e saber a todos.

©FNDE

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. Orgânicos na alimentação escolar. Disponível em: <https://www.fnde.gov.br/index.php/centrais-de-conteudos/
publicacoes/category/116-alimentacao-escolar?download=7623:cartilha-organicos-na-alimentacao-escolar>. Acesso em: 10 jan. 2020.

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7. Sobre a estrutura da cartilha, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Depois, justifique as que você
marcou como falsas.
( V ) O título aparece em destaque na capa, que traz imagens contextualizadas com o tema da cartilha.
( F ) Não há uma seção com informações sobre quem produziu a cartilha e sobre sua tiragem.
( V ) Os textos não verbais dialogam com o texto verbal que os acompanha.
( F ) As cores utilizadas na escrita do texto foram escolhidas aleatoriamente.
( V ) O texto de apresentação é necessário em uma cartilha, pois, além de elucidar o objetivo da obra, pode despertar o
interesse do leitor por seu conteúdo.
Segunda afirmativa: Na cartilha, consta a seção “Expediente”, que traz informações sobre a equipe responsável pela publicação e

sua tiragem. Quarta afirmativa: As cores são intencionalmente escolhidas para o projeto gráfico e dialogam com o tema da cartilha.

8. Na página em que constam o expediente e a apresentação da cartilha, foram inseridas duas imagens. Sobre elas,
responda às questões.
a) Não é comum as crianças fazerem refeições na carteira. Então, por que o ilustrador colocou os pratos de comida sobre
as carteiras?
Para relacionar a alimentação saudável com o saber e os estudos.

b) O aluno dá sinal de “OK” – com o polegar – para o agricultor, que está na outra imagem, mais abaixo na página. O que
significa esse gesto?
Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que há comunicação entre eles e que o personagem pode estar aprovando a comida

oferecida ou parabenizando o produtor pelo plantio.

c) Na outra imagem, o agricultor acena para os estudantes enquanto cultiva uma plantação de alface, que é a base da
página. Qual é a relação dessas imagens com a intencionalidade da cartilha?
Essas imagens dialogam com a intencionalidade da cartilha, que é mostrar o quão benéfica é a presença da agricultura familiar na

escola, pois essa parceria garante a segurança alimentar, que é a base para o bom aprendizado.

A cartilha não costuma ter um autor declarado, mas uma instituição, governamental ou não, que patrocina sua
elaboração e distribuição. Por isso, é comum aparecerem, no expediente, os nomes das pessoas que ocupam
cargos no órgão responsável pela produção da cartilha. Quando se trata de empresas privadas, é normal apa-
recerem informações sobre elas, além de suas logomarcas.
A apresentação da cartilha, como o próprio nome indica, tem a intenção de apresentar o tema abordado e o
que se pretende alcançar com ela.

língua portuguesa 5
Vamos ver mais alguns trechos da cartilha.

©FNDE
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Orgânicos na alimentação escolar. Disponível em:
<https://www.fnde.gov.br/index.php/centrais-de-conteudos/publicacoes/category/116-alimentacao-
escolar?download=7623:cartilha-organicos-na-alimentacao-escolar>. Acesso em: 10 jan. 2020.

9. Nas páginas 4 e 5 da cartilha, são repassadas ao leitor informações sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(Pnae). Qual é a função de se mencionar o número de estudantes beneficiados pelo programa?
Demonstrar a relevância do programa com base no grande número de estudantes beneficiados por ele.

10. A informação de que a população de muitos países não chega a 64 milhões de pessoas é relevante para a construção de
sentido do texto? Explique sua resposta.
Esperamos que os estudantes percebam que essa informação valoriza o papel do Pnae, enfatizando o grande número de estudantes

beneficiados e comparando-o à população total de muitos países. Portanto, essa comparação amplia o sentido que se quer dar ao texto.

11. De acordo com o texto, o Pnae exerce outras funções além de cuidar dos recursos financeiros. Qual é o objetivo desse programa?
Um dos objetivos do Pnae é promover hábitos alimentares saudáveis, o que inclui uma alimentação saudável e segura e o respeito à

cultura e às tradições de cada região.

12. Segundo a cartilha, por que é importante priorizar a compra dos produtos orgânicos produzidos pelas famílias que habitam
cada região?
Porque, dessa forma, propõe-se o consumo sustentável, que privilegia a produção de alimentos e a cultura alimentar de cada região,

priorizando-se o consumo de produtos frescos e saudáveis. 4

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13. Em sua opinião, por que essas políticas públicas para a alimentação escolar são importantes?
Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que, em um país com a diversidade cultural e de recursos como o Brasil, é importante o

estabelecimento de políticas públicas para normatizar e assegurar o acesso à alimentação escolar saudável e segura de forma iguali-

tária a todos os estudantes. 5

©FNDE
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Orgânicos na alimentação escolar. Disponível em:
<https://www.fnde.gov.br/index.php/centrais-de-conteudos/publicacoes/category/116-alimentacao-
escolar?download=7623:cartilha-organicos-na-alimentacao-escolar>. Acesso em: 10 jan. 2020.

14. Com base nas páginas 6 e 7 da cartilha, responda às questões.


a) Por que a frase “Agora é Lei!” aparece em destaque?
Para chamar a atenção do leitor.

b) Que lei é mencionada nesse trecho da cartilha?


A Lei da Alimentação Escolar (nº. 11.947/2009).

c) O que essa lei regulamenta?


Com base nos conceitos de segurança alimentar e nutricional, essa lei determina que no mínimo 30% dos recursos repassados pelo

FNDE para a alimentação escolar sejam aplicados na compra de produtos da agricultura familiar (também do empreendedor fami-

liar rural ou de suas organizações, priorizando os assentamentos de reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e as co-

munidades quilombolas).

d) Quem são os principais beneficiários dessa lei?


Os estudantes, que têm acesso a uma alimentação saudável e segura, e os produtores da agricultura familiar, que têm seus produ-

tos vendidos e, com isso, geram recursos para sua subsistência e para o cultivo de novas safras.

língua portuguesa 7
e) Você considera essa lei relevante? Por quê?
Pessoal. 6
©FNDE

A utilização de foto-
grafias e desenhos na
cartilha tem a princi-
pal função de tornar a
leitura mais atraente e
autoexplicativa.
©FNDE

BRASIL. Ministério do
Desenvolvimento Agrário. Fundo
Nacional de Desenvolvimento
da Educação. Ministério
da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Orgânicos na
alimentação escolar. Disponível
em: <https://www.fnde.
gov.br/index.php/centrais-
de-conteudos/publicacoes/
category/116-alimentacao-
escolar?download=7623:cartilha-
organicos-na-alimentacao-
escolar>. Acesso em: 10 jan. 2020.

15. Nas páginas 8 e 9 da cartilha, para explicar como é garantida, na prática, a segurança alimentar e nutricional, o autor
elencou as informações em itens. Como você reconhece essa estratégia?
Pelo uso de marcadores (bullets) no início de cada informação.

A organização das informações em itens é bastante utilizada em cartilhas, pois, assim, as ideias principais são
apresentadas de forma mais prática e direta, facilitando sua leitura e compreensão.

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16. Nas páginas 10 e 11, o autor menciona um trecho da Constituição brasileira, que sofreu uma alteração em 2010, com a
inclusão do Direito Humano à Alimentação. Por que é importante mencionar essa informação na cartilha?
A menção, na cartilha, à inclusão do Direito Humano à Alimentação na Constituição é importante porque traz um argumento de auto-

ridade, justificando, assim, as políticas públicas para a promoção desse direito.

Normalmente, a cartilha é publicada em formato impresso, com brochura, e distribuída em locais públicos ou,
ainda, naqueles de acesso restrito, como escolas e postos de saúde. No entanto, com a evolução das novas
mídias, ela é facilmente encontrada em versão on-line, possibilitando o acesso a informações de diferentes
áreas do conhecimento e promovendo a conscientização e a mudança de comportamento das pessoas.

Agora, leia um trecho do Guia alimentar para a população brasileira.

ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL DERIVA DE SISTEMA


ALIMENTAR SOCIALMENTE E AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL

©Ministério da Saúde
Recomendações sobre alimentação devem levar em conta o impacto das formas de
produção e distribuição dos alimentos sobre a justiça social e a integridade do ambiente.
A depender de suas características, o sistema de produção e distribuição dos alimentos pode promover justiça
social e proteger o ambiente; ou, ao contrário, gerar desigualdades sociais e ameaças aos recursos naturais e
à biodiversidade.
[...]
Estão perdendo força sistemas alimentares centrados na agricultura familiar, em técnicas tradicionais e efica-
zes de cultivo e manejo do solo, no uso intenso de mão de obra, no cultivo consorciado de vários alimentos
combinado à criação de animais, no processamento mínimo dos alimentos realizado pelos próprios agricul-
tores ou por indústrias locais e em uma rede de distribuição de grande capilaridade integrada por mercados,
feiras e pequenos comerciantes. No lugar, surgem sistemas alimentares que operam baseados em monocul-
turas que fornecem matérias-primas para a produção de alimentos ultraprocessados ou para rações usadas
na criação intensiva de animais. Esses sistemas dependem de grandes extensões de terra, do uso intenso de
mecanização, do alto consumo de água e de combustíveis, do emprego de fertilizantes químicos, semen-
tes transgênicas, agrotóxicos e antibióticos e, ainda, do transporte por longas distâncias. Completam esses
sistemas alimentares grandes redes de distribuição com forte poder de negociação de preços em relação a
fornecedores e a consumidores finais.
Este guia leva em conta as formas pelas quais os alimentos são produzidos e distribuídos, privilegiando aque-
les cujo sistema de produção e distribuição seja socialmente e ambientalmente sustentável.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2020.

língua portuguesa 9
17. Releia o título do trecho: “Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente
sustentável”. Que relação a palavra “deriva” estabelece nessa oração?
A palavra “deriva”, empregada com o sentido de originar-se, estabelece relação entre uma alimentação adequada e saudável e um

sistema alimentar social e ambientalmente sustentável.

18. Explique o que é um “sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável”.


Esperamos que os alunos entendam que se trata de um sistema alimentar que engloba vários aspectos da vida das pessoas, como o

social e o ambiental. O próximo exercício poderá ajudá-los a compreender melhor o significado da palavra “sustentável”.

Você já deve ter ouvido falar em sustentabilidade. Mas será que realmente sabe do que se trata essa pala-
vra? Podemos utilizá-la para vários aspectos; porém, no momento, estamos falando da sustentabilidade ligada
ao meio ambiente.
19. Faça uma pesquisa sobre essa palavra e compare as informações que você encontrou com as obtidas pelos colegas. Inclua,
em suas anotações, as informações que são novas para você.

Sustentabilidade

20. Releia o trecho a seguir.

A depender de suas características, o sistema de produção e distribuição dos alimentos pode promover
justiça social e proteger o ambiente; ou, ao contrário, gerar desigualdades sociais e ameaças aos recur-
sos naturais e à biodiversidade.

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a) Por que o sistema de produção e distribuição dos alimentos poderia promover justiça social e proteger o meio ambiente?
Esperamos que os alunos entendam, depois das reflexões apresentadas, que uma produção orgânica, por exemplo, ajuda a proteger

o meio ambiente. Além disso, a produção feita por meio da agricultura familiar pode favorecer a justiça social, já que esses produtores

terão melhores condições de vida.

b) De acordo com o trecho, o sistema de produção e distribuição pode gerar “desigualdades sociais e ameaças aos recursos
naturais e à biodiversidade”. Discuta essa afirmação com o professor e os colegas.
Os alunos devem entender que, em produções em larga escala, normalmente quem ganha é o dono da propriedade; por isso, pode

ocorrer desigualdade social. As ameaças aos recursos naturais e à biodiversidade estão ligadas ao mau uso da terra para as planta-

ções (a utilização exagerada de agrotóxicos, por exemplo).

21. Você concorda com as informações apresentadas no guia? Justifique sua resposta.
Pessoal. É provável que a maioria dos alunos concorde com o que é apresentado no guia. Caso isso não ocorra, é importante verificar

se há um posicionamento claro por parte deles, com argumentos relacionados ao tema.

Segundo o Guia alimentar para a população brasileira, há cada vez mais uma diminuição da agricultura
familiar e um aumento da monocultura. Essa mudança gera vários impactos na vida das pessoas e no modo
como o alimento é consumido.
22. Com base no texto e em seus conhecimentos, escreva palavras ou expressões relacionadas a cada uma das formas de
cultivar alimentos. Se necessário, faça pesquisas sobre o assunto e/ou converse com o professor e os colegas.

Agricultura familiar Monocultura

Pessoal. Pessoal.
Esperamos que os alunos citem, como informações básicas,
que a agricultura familiar preserva mais o meio ambiente
e oferece uma maior variedade de alimentos. Já a mono-
cultura costuma utilizar muitos agrotóxicos e máquinas no
manejo da terra e, como o próprio nome indica, concentra-
-se em um único tipo de alimento, que, normalmente, vai
parar na indústria. O guia em questão apresenta mais infor-
mações sobre esse assunto.

23. De acordo com a reflexão apresentada na questão anterior, você acredita que, para uma alimentação saudável e um mundo
mais sustentável, é melhor a agricultura familiar ou a monocultura? Justifique sua resposta.
Pessoal. Esperamos que os alunos entendam que a agricultura familiar, em comparação à monocultura, preserva mais o meio ambiente

e oferece uma maior variedade de alimentos.

língua portuguesa 1 1
Tanto no Guia alimentar para a população brasileira quanto na cartilha Orgânicos na alimentação escolar,
aparecem palavras e expressões que são muito utilizadas quando se fala em alimentação saudável. Mas será
que você já conhecia todas elas?
24. Releia os textos e indique os termos que você não conhecia.
Pessoal.

25. Explique o significado das expressões abaixo. Se necessário, discuta-as com os colegas ou pesquise-as na internet.

Alimento orgânico

Agrotóxico ou agrodefensivo

Alimento minimamente processado

Alimento ultraprocessado

Período composto por subordinação


Oração é um enunciado organizado em torno de um verbo ou uma locução verbal.
Período é um enunciado que pode ter uma ou mais orações. Quando é formado por apenas uma oração, é
chamado de período simples; quando apresenta duas ou mais orações, é denominado período composto.

26. Compare as seguintes construções:

I. Os feirantes informaram a venda de produtos orgânicos em feiras livres.


II. Os feirantes informaram que venderão produtos orgânicos em feiras livres.

a) Quantas orações há em cada um dos períodos? Justifique sua resposta.


Período I: há uma oração, porque apresenta apenas um verbo.

Período II: há duas orações, porque apresenta dois verbos.

b) Qual dos períodos apresentados pode ser classificado como composto?


O período II.

c) Que palavra liga as duas orações?


A palavra “que”.

d) Analisando o sentido das orações do período II, é possível dizer que elas são independentes? Explique sua resposta.
Não. As orações são dependentes uma da outra, porque, sozinhas, não apresentam sentido completo ou coerente.

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Orações subordinadas substantivas
Quando a relação entre duas orações de um período é de dependência, ou seja, uma completa o sentido
da outra, temos um período composto por subordinação. A relação sintática estabelecida é semelhante à
do período simples.
Observe os exemplos e as funções sintáticas das orações subordinadas a seguir.

A oração subordinada substantiva pode ser Função sintática no período


ƒ objetiva direta.
Exemplo: Eles prometeram que divulgariam a lei da alimentação Objeto direto do verbo da oração principal.
saudável.

ƒ objetiva indireta. Objeto indireto do verbo da oração principal.


Exemplo: Eles necessitam que o comércio de orgânicos seja ampliado.

ƒ apositiva. Aposto de um substantivo ou de um


Exemplo: Considere uma coisa: que os estudantes terão mais qualidade pronome da oração principal.
de vida e saúde.

Oração subordinada substantiva objetiva direta


27. Leia o período a seguir.

O chefe esperava a conclusão do trabalho rapidamente.

a) Sublinhe o(s) verbo(s).


b) Esse período é simples ou composto?
Simples.

c) Qual é a função sintática da expressão “a conclusão do trabalho”?


Objeto direto.

28. Agora, leia este período:

O chefe esperava que o trabalho fosse concluído rapidamente.

a) Sublinhe os verbos e/ou as locuções verbais.


b) Esse período é simples ou composto?
Composto.

c) Qual é a primeira oração?


“O chefe esperava”.

d) Qual é a segunda oração?


“que o trabalho fosse concluído rapidamente”.

língua portuguesa 1 3
Em “O chefe esperava a conclusão do trabalho rapidamente”, a expressão destacada completa o sentido do
verbo esperar, que é transitivo direto; logo, necessita de um objeto direto para que o enunciado tenha sentido.
Em “O chefe esperava que o trabalho fosse concluído rapidamente”, o objeto direto foi transformado em
uma oração; trata-se, portanto, de uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
29. Transforme os períodos simples em períodos compostos, de modo que a segunda oração seja subordinada substantiva
objetiva direta.
a) Eles admitiram a culpa.
Eles admitiram que eram culpados.

b) Meus avós desejam meu retorno.


Meus avós desejam que eu retorne.

c) A população cobra a punição dos contraventores.


A população cobra que os contraventores sejam punidos.

d) Ele registrou sua saída do local.


Ele registrou que saiu do local.

30. Transcreva a oração principal e as orações subordinadas substantivas objetivas diretas.


a) Todos observaram que o aparelho estava com defeito.
ƒ Oração principal: Todos observaram.
ƒ Oração subordinada substantiva objetiva direta: que o aparelho estava com defeito.
b) Eles viram que já era tarde.
ƒ Oração principal: Eles viram.
ƒ Oração subordinada substantiva objetiva direta: que já era tarde.
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
31. Leia o período a seguir.

Os dirigentes gostariam da colaboração de todos.

a) Sublinhe o(s) verbo(s).


b) Esse período é simples ou composto? Simples.
c) Qual é a função sintática da expressão “da colaboração de todos”? Objeto indireto.
32. Agora, leia este período:

Os dirigentes gostariam de que todos colaborassem.

a) Sublinhe o(s) verbo(s).


b) Esse período é simples ou composto? Composto.
c) Qual é a primeira oração? Os dirigentes gostariam.
d) Qual é a segunda oração? de que todos colaborassem.

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Em “Os dirigentes gostariam da colaboração de todos”, a expressão destacada completa o sentido do ver-
bo gostar, que é transitivo indireto; logo, necessita de um objeto indireto para que o enunciado tenha sentido.
Em “Os dirigentes gostariam de que todos colaborassem”, o objeto indireto foi transformado em uma oração;
trata-se, portanto, de uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.
33. Transforme os períodos simples em períodos compostos, de modo que a segunda oração seja subordinada substantiva
objetiva indireta.
a) Lembrou-se da perda do dinheiro.
Lembrou-se de que perdeu/havia perdido/perdera o dinheiro.

b) Ele se esqueceu do compromisso assumido.


Ele se esqueceu de que assumiu/havia assumido/assumira o compromisso.

c) Lembrou-se da compra do carro no ano passado.


Lembrou-se de que comprou/havia comprado/comprara o carro no ano passado.

34. Leia os períodos e transcreva o que se pede.

Todos concordaram com que ele participasse das discussões.

ƒ Verbo/locução verbal da primeira oração: concordaram.


ƒ Verbo/locução verbal da segunda oração: participasse.
ƒ Oração principal: Todos concordaram.
ƒ Oração subordinada substantiva objetiva indireta: com que ele participasse das discussões.

Os alunos se lembraram de que deveriam entregar o trabalho no dia seguinte.

ƒ Verbo/locução verbal da primeira oração: se lembraram.


ƒ Verbo/locução verbal da segunda oração: deveriam entregar.
ƒ Oração principal: Os alunos se lembraram.
ƒ Oração subordinada substantiva objetiva indireta: de que deveriam entregar o trabalho no dia seguinte.

Oração subordinada substantiva apositiva


35. Leia o período a seguir e resolva as questões.

Ele tinha o seguinte plano: que os jovens fossem inseridos socialmente.

a) Sublinhe os verbos e/ou as locuções verbais.


b) Esse período é simples ou composto? Composto.
c) Qual é a primeira oração? Ele tinha o seguinte plano.
d) Qual é a segunda oração? que os jovens fossem inseridos socialmente.
e) Que termo da primeira oração está sendo explicado na segunda oração? O termo “plano”.

língua portuguesa 1 5
As orações subordinadas substantivas que explicam ou exemplificam um termo da oração principal são chama-
das de apositivas, porque exercem a função de aposto. Observe.
sujeito
+ verbo + nome + aposto

Ele tinha o seguinte plano: que os jovens fossem inseridos socialmente.

oração principal oração subordinada substantiva apositiva

36. Transforme os períodos simples em períodos compostos, de modo que a segunda oração seja subordinada substantiva
apositiva.
a) Desejo uma coisa: o esquecimento desse episódio.
Desejo uma coisa: que esse episódio seja esquecido.

b) Espero sinceramente isto: o cumprimento das tarefas.


Espero sinceramente isto: que as tarefas sejam cumpridas.

c) Minha esperança é esta: sua aprovação no concurso.


Minha esperança é esta: que ele(a) seja aprovado(a) no concurso.

d) Meu desejo é este: o reconhecimento de seu esforço.


Meu desejo é este: que seu esforço seja reconhecido.

37. Leia o período a seguir e transcreva o que se pede.

Quero apenas isto: que meus filhos sejam felizes.

ƒ Verbo da primeira oração: Quero.


ƒ Verbo da segunda oração: sejam.
ƒ Oração principal: Quero apenas isto.
ƒ Oração subordinada substantiva apositiva: que meus filhos sejam felizes.
³ Agora, responda: Qual palavra a oração subordinada substantiva apositiva esclarece?
O pronome “isto”.

38. Classifique as orações subordinadas substantivas a seguir.


a) Minha mãe comentou que gosta de rock. Oração subordinada substantiva objetiva direta.
b) O importante é apenas isto: que você se empenhe nos estudos. Oração subordinada substantiva apositiva.
c) Concordamos com que ele participe do grupo. Oração subordinada substantiva objetiva indireta.
d) O médico confirmou que atenderá o paciente. Oração subordinada substantiva objetiva direta.

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OUTROS TEXTOS,
OUTROS CAMINHOS
Leia um trecho do manual prático de como fazer uma horta urbana orgânica. Além de aprender a cultivar
alimentos frescos e livres de agrodefensivos, você conhecerá mais sobre esse gênero instrucional, que também
será abordado na seção Mãos à obra.
©Salad Creations

COMO fazer sua horta


em casa e revolucionar
sua alimentação.
Disponível em:
<https://www.diabetes.
org.br/publico/images/
pdf/como-fazer-sua-
horta-em-casa-salad-
creations.pdf>. Acesso
em: 12 jan. 2020.

1. Na capa desse manual prático, há uma indicação de que o conteúdo ali presente pode revolucionar a alimentação do leitor.
Qual é a intenção de se mencionar essa informação?
Chamar a atenção do leitor por meio de uma “promessa” de revolução alimentar com o plantio de uma horta orgânica.

2. Quais argumentos são apresentados para responder à questão que dá título a essa parte do manual prático?
Os argumentos estão relacionados ao fato de que a saúde do organismo depende da qualidade dos alimentos consumidos; por isso,

fala-se sobre a necessidade de se produzirem alimentos livres de agrotóxicos e de substâncias contaminantes.


©Salad Creations

COMO fazer sua horta em


casa e revolucionar sua
alimentação. Disponível em:
<https://www.diabetes.
org.br/publico/images/pdf/
como-fazer-sua-horta-em-
casa-salad-creations.pdf>.
Acesso em: 12 jan. 2020.

língua portuguesa 1 7
3. Por que foi utilizada a estratégia de enumeração de itens?
A enumeração foi utilizada para separar as etapas do processo de cultivo de uma horta orgânica.

4. Qual é a função das ilustrações e fotos que aparecem no manual?


As ilustrações têm função decorativa, tornando a leitura mais agradável; já as fotos ilustram o que é exposto em cada item sobre o culti-

vo da horta.

5. Os verbos que iniciam a maioria dos itens estão em qual modo verbal? Por que você acredita que esse modo verbal foi escolhido?
Os verbos estão no modo imperativo. Esse modo verbal é muito comum em textos instrucionais, porque serve para orientar ou ordenar

a execução de tarefas.

6. Depois da leitura desse manual prático, você acredita que seria capaz de fazer sua horta orgânica? Explique sua resposta.
Pessoal.

7. Vimos que o material sobre como fazer uma horta orgânica em casa é um manual prático. Com base na leitura dos trechos
selecionados, assinale as alternativas que correspondem às características desse gênero.
X a) Um manual prático tem a função de ensinar o leitor a fazer algo.

b) Não é necessário informar os passos na ordem em que devem ser executados.


X c) Deve haver instruções a respeito de determinado tema.

X d) As fotos ajudam a explicar o que deve ser feito.

X e) As ilustrações têm relação com o tema abordado e sua função é tornar a leitura mais agradável.

f) Um manual prático é elaborado para um público especializado.


8. Você já conhecia um manual prático? Em alguma ocasião, você leu ou consultou um manual sobre um assunto de seu
interesse? Em caso afirmativo, discorra sobre essa experiência.
Pessoal.

9. Em grupos de até quatro alunos, pesquisem outros manuais disponíveis, impressos ou on-line. Anotem os nomes dos
manuais e suas respectivas funções.

Nomes dos manuais Funções

18 8º. ano – volume 4


VOCÊ COM A PALAVRA

Apresentação oral de projeto – ideias inovadoras


para o plantio de hortas orgânicas
©Shutterstock/Nieriss

No início deste capítulo, você leu uma cartilha sobre a presença da agricultura familiar na escola e observou
como é importante buscar soluções para se evitar o consumo de produtos cujo plantio envolve o uso de agro-
defensivos. Na seção Outros textos, outros caminhos, você leu um manual prático sobre como fazer uma
horta urbana orgânica. Agora, chegou a hora de descobrir como você e seus colegas podem viabilizar o cultivo
de uma horta orgânica na escola. Para isso, vocês desenvolverão um projeto e apresentarão os resultados à
turma oralmente.

Preparação
1. Reúnam-se em grupos e pesquisem, em sites confiáveis, as variadas formas de cultivo de hortas orgânicas.
2. Pesquisem também quais verduras, temperos, legumes e hortaliças se adaptam melhor ao clima da região
onde a escola está situada.
3. Definam em que espaço da escola a horta será cultivada. Lembrem-se de solicitar autorização para a utiliza-
ção desse espaço.
4. Identifiquem o tipo de horta (em vasos, na terra, na vertical, suspensa, etc.) mais apropriado para se cultivar
no espaço escolhido.
5. Escrevam o projeto e insiram desenhos, croquis e outras imagens para ilustrar as ideias de vocês.
6. Pesquisem outros projetos de incentivo ao cultivo de hortas orgânicas existentes no país ou no mundo.
Citem, na produção oral, as ideias que estão dando certo em outros lugares.
7. Pesquisem dados a respeito de como a comunidade escolar se beneficiará com a horta pensada por vocês.
Essa informação deve constar na apresentação do projeto.

língua portuguesa 1 9
Produção
8. Elaborem um material de apoio, que pode ser de vários formatos, ilustrando as informações que serão apre-
sentadas oralmente. Vocês podem criar um arquivo multimídia. Nesse caso, é conveniente
ƒ selecionar as informações mais relevantes;
ƒ digitar o texto em fonte de tamanho legível e não inserir muitas informações no mesmo slide;
ƒ incluir imagens (fotografias, gravuras, desenhos, croquis, etc.) para ilustrar sua fala;
ƒ inserir links para áudios que sejam interessantes e ilustrem sua fala (podem ser depoimentos de pessoas
entrevistadas, por exemplo);
ƒ utilizar gráficos com dados pesquisados sobre o assunto.

O material de apoio é para ajudá-los a conduzir a apresentação, e não para ser lido de forma monótona ou na
íntegra. Os slides vão nortear a apresentação, a qual não deve se resumir a eles.

9. De posse dos dados pesquisados e do material de apoio, vocês precisam elaborar sua fala. Para que a apre-
sentação oral do projeto seja clara e eficaz, é preciso atentar para alguns detalhes.

O professor orientará os grupos a respeito do tempo de apresentação do projeto. Todo o planejamento deve ser
feito com base no tempo estipulado: as apresentações muito curtas podem demonstrar despreparo, e as muito
longas, falta de respeito à plateia.

10. Releiam o material pesquisado por vocês para que o conteúdo seja bem apreendido.
11. Planejem a fala, definindo os momentos de apresentação do material de apoio. É importante determinar
antes o que cada membro do grupo falará, de acordo com a orientação do professor.
12. Cuidem com a postura: não fiquem encostados na lousa, não segurem a folha de papel ou o caderno em
frente ao rosto, não se escondam atrás de um colega, não sentem na mesa e não fiquem andando de um
lado para o outro. Todas essas atitudes podem interferir na concentração do público.
13. Enquanto vocês falam, olhem para
os colegas de turma e para o profes- ©Shutterstock/Halfpoint

sor, mas não se atenham às expres-


sões deles. Uma dica é dirigir o olhar
para um pouco acima da cabeça
das pessoas que estão a sua frente;
desse modo, a altivez é mantida, e a
atenção do público também.
14. Se a timidez tomar conta de vocês,
lembrem-se de que a oralidade pre-
cisa ser praticada, pois, muitas vezes,
somos expostos a situações em que
precisamos falar em público. A escola
é um bom lugar para exercitar essa
prática.

20 8º. ano – volume 4


15. O tom de voz precisa ser forte o bastante para que todos os colegas possam ouvi-los. Ensaiem em casa e
façam exercícios de entonação. Lembrem-se de que temos um potente aparelho sonoro em nosso corpo,
que só precisa ser utilizado para “desenferrujar”.
16. Tentem equilibrar a velocidade da fala. Não acelerem o ritmo, pois vocês não estão narrando uma partida de
futebol, nem falem muito devagar, porque seu grupo não pode ocupar a aula inteira. Desse modo, de acor-
do com a orientação do professor, ensaiem em casa, controlem o tempo de apresentação no cronômetro e
soltem o verbo.

Avaliação
17. Analisem a produção realizada respondendo às questões a seguir.

Critérios de autoavaliação SIM NÃO


O material de apoio foi bem elaborado?
As imagens selecionadas para a apresentação estavam nítidas?
As informações foram apresentadas de forma clara e direta?
Os momentos de fala estavam equilibrados com os de apresentação do material de apoio?
O tom de voz usado foi satisfatório, ou seja, todos conseguiram ouvi-los bem?
O tempo da apresentação oral foi administrado adequadamente?
Vocês mantiveram a atenção da plateia, direcionando o olhar para ela?
Mantiveram uma postura adequada?
O resultado da apresentação foi satisfatório?

MÃOS À OBRA

Manual prático para desenvolver ações para um mundo sustentável


O manual prático é um gênero textual do tipo instrucional. Muito presente em sua forma on-line, ensina as
pessoas a desenvolver produtos e ideias em casa. Há manuais de bricolagem, jardinagem, decoração (do tipo
“faça você mesmo”), entre outras ações criativas.
Os leitores desse tipo de texto procuram ideias práticas que tragam soluções para seu dia a dia; por isso, o
texto precisa ser claro, direto e simples. Normalmente, estrutura-se com uma breve apresentação do produto
ou da ideia, seguida do material necessário para sua produção e de um passo a passo detalhado, com imagens
para ajudar o leitor a reproduzir, em casa, cada etapa do processo.
Embora os manuais partam, em geral, de ideias mais elaboradas e estruturadas, que foram anteriormente
estudadas e testadas, seu foco é facilitar a realização de uma tarefa.

Preparação
1. Para iniciar sua produção escrita, releia o trecho do manual prático sobre o cultivo de uma horta urbana orgânica. 7

língua portuguesa 21
2. Agora que você sabe um pouco mais sobre os manuais, chegou a hora de criar o seu. Para isso, escolha
uma das práticas abaixo e elabore um tutorial sobre o desenvolvimento de ações para tornar o mundo mais
sustentável.
ƒ Ações para economizar água.
ƒ Ações para economizar energia elétrica.
ƒ Transportes alternativos.
ƒ Ações para evitar o desperdício de alimentos.
ƒ Ações para transformar o lixo em objetos.
ƒ Ações para transformar o lixo em compostagem.

Produção
3. Escolha um título para seu manual prático. Ele precisa ser conciso, claro e direto e despertar a curiosidade do leitor.
4. Elabore uma introdução acerca da importância da ação de sustentabilidade que você elegeu.
5. Explique que você ensinará o leitor a produzir essa ação sustentável para que, de um modo fácil, ele consiga
inserir essa prática em seu dia a dia.
6. Elenque os materiais necessários para a realização da ação sustentável.
7. Elabore as instruções abordando cada etapa da ação.
8. Inclua imagens (ilustrações e/ou fotografias) em cada passo da ação.
9. Escreva uma frase curta ao lado de cada passo a ser seguido pelo leitor.
10. Escolha um fundo para seu manual, em diálogo com o tema tratado.
Lembre-se de que as cores das fontes e as imagens são muito importantes para chamar a atenção do leitor
e, portanto, devem ser escolhidas com intencionalidade. As cores de fundo, por exemplo, devem ser em tons
pastéis, para não dificultar a leitura das imagens e do texto escrito.

Avaliação
11. Analise a produção realizada respondendo às questões a seguir.

Critérios de autoavaliação SIM NÃO


Seu manual prático apresenta um título, escrito em fonte e cor diferenciadas?
Consta, no manual, uma introdução a respeito da importância da ação de sustentabilidade que você
escolheu?
Em seu manual, são informados os materiais necessários para a realização das ações?
O manual apresenta instruções relativas às etapas da ação sustentável?
Seu manual prático traz imagens relacionadas aos passos a serem seguidos para que a ação sustentável se
concretize?
As imagens são nítidas e coerentes com o que é explicado?
O fundo do manual é agradável e possibilita a leitura das informações?
As informações são apresentadas de forma clara, direta e criativa, chamando a atenção do leitor?

22 8º. ano – volume 4


O que Aprendi

1. Com relação à estrutura da cartilha, assinale os elementos que a compõem.


X a) Capa (com título e ilustração sobre o tema) g) Modo de fazer
b) Linha-fina X h) Ilustrações
X c) Expediente X i) Fotos
X d) Apresentação X j) Gráficos 8
X e) Itens (numerados ou com marcadores) X k) Números
f) Material necessário
2. Reescreva os períodos simples substituindo o termo em destaque por uma oração subordinada, sem alterar o sentido
original.
a) Governo anuncia corte de juros.

Governo anuncia que juros serão cortados.

b) Motoristas reclamam da má sinalização da BR-101.

Motoristas reclamam de que a BR-101 é mal sinalizada.

c) Mar e piscina exigem cuidado redobrado dos pais com os filhos.

Mar e piscina exigem que os pais redobrem o cuidado com os filhos.

d) As florestas evitam o aquecimento excessivo de certas áreas do Brasil.

As florestas evitam que certas áreas do Brasil aqueçam excessivamente.

e) Congresso exige a renúncia do senador.

Congresso exige que o senador renuncie.

3. Qual é a diferença de estrutura entre os períodos a seguir?

I. João demonstra apego à família.


II. João demonstra que é apegado à família.

O período I é simples, e o II, composto.

língua portuguesa 23
4. Sublinhe e classifique as orações subordinadas nos períodos a seguir.

a) Ontem, avisaram-nos que não haveria reunião. Objetiva direta.


b) Ele se convenceu de que estava errado . Objetiva indireta.
c) Ele concordou com que eu escrevesse a mensagem. Objetiva indireta.
d) Estudo comprova que direção e celular não combinam. Objetiva direta.
e) Não sabia se ele iria à festa. Objetiva direta. A oração subordinada substantiva objetiva direta pode ser introduzida por que ou se.
f) Só sei isto: que não quero seguir essa carreira. Apositiva.
g) Desejamos que todos participem da gincana. Objetiva direta.
h) Não entendo uma coisa: que você tenha desistido de seu objetivo. Apositiva.
i) Todos querem que você seja aprovado. Objetiva direta.
j) Minha mãe insiste em que eu estude. Objetiva indireta.
k) Quero que aconteça algo de novo. Objetiva direta.

5. Leia o período a seguir.

O homem acreditava no perdão do irmão.

a) Esse período é simples ou composto? Simples.


b) É possível atribuir dois sentidos diferentes ao período, ou seja, ele é ambíguo. Reescreva-o de duas maneiras substituindo
a expressão destacada por uma oração que elimine a ambiguidade.

O homem acreditava que o irmão lhe perdoaria/fosse lhe perdoar.

O homem acreditava que o irmão seria perdoado.

6. Assinale OSSOD para as orações subordinadas substantivas objetivas diretas e OSSOI para as objetivas indiretas.
( OSSOD ) Eles prometeram que estariam presentes.
( OSSOI ) Os pacientes necessitavam de que o atendimento fosse rápido.
( OSSOI ) Os professores insistiram em que os alunos se inscrevessem no concurso.
( OSSOD ) A empresa informou que o preço da passagem aumentará.
( OSSOD ) O técnico me disse que não posso treinar às quintas-feiras.
( OSSOI ) Ele se lembrou de que tinha compromisso.

24 8º. ano – volume 4


biografia:
histórias de vida

©Shutterstock/Studiostoks
O gênero abordado neste capítulo é muito popular, porque apresenta informações relevantes
sobre a vida de pessoas conhecidas do grande público e enreda o leitor nessas histórias. Esse
gênero é a biografia. Versaremos também sobre a autobiografia, que, embora se assemelhe
à biografia em termos de estrutura e intencionalidade, traz uma diferença: a figura do narrador,
que é o próprio biografista.
Analise a imagem e converse com os colegas e o professor sobre as questões a seguir.

espaço de di álogo
1 1. Você costuma postar fotos suas nas redes sociais? Pessoal.
2. Você gosta de ver fotos das pessoas nas redes sociais e/ou de saber o que está acontecendo na
vida delas? Pessoal. Esperamos que os alunos conversem com os colegas sobre o modo como recebem, diariamente,
por meio das redes sociais, fotos de pessoas – conhecidas ou desconhecidas – e informações sobre elas.
3. Já se arrependeu de postar alguma informação sobre você nas redes sociais? Pessoal. 2

4. Que dica você daria a um internauta que começou a usar as redes sociais há pouco tempo e
desconhece os perigos da hiperexposição biográfica? Pessoal. 3

25
o s
t iv
e ƒ Ler uma biografia e uma autobiografia e compreender a estrutura desses gêneros.
O bj ƒ Conhecer os elementos constitutivos da biografia.
ƒ Inferir a intencionalidade da biografia.
ƒ Reconhecer os processos de formação de palavras.
ƒ Conhecer as orações subordinadas adverbiais.
ƒ Produzir um relato de memória.
ƒ Produzir um podcast de memórias da infância.

©Abril Comunicações S.A./Nani Gois


TRAJETÓRIA DE LEITURA

Biografia 4

Leia a biografia de um escritor conhecido como “O Vampiro de


Curitiba”. Durante a leitura, tente descobrir o porquê de ele ter rece-
bido esse apelido.

Dalton Trevisan
(O Vampiro de Curitiba)

“O que não me contam, eu escuto atrás das portas. O que não sei, adivinho e, com sorte,
você adivinha sempre o que, cedo ou tarde, acaba acontecendo.”

“– Não vou responder às perguntas simplesmente porque não posso, é verdade; sou arredio, ai de
mim! Incuravelmente tímido (um pouco menos com as loiras oxigenadas!).” Já se escreveu e se compro-
vou que os demais vampiros não podem encarar, sem pânico, um crucifixo. Ou réstias de alho, água cor-
rente cristalina... Dalton não pode ver um jornalista. Vendo, foge, literalmente foge, apavorado. Suas raras
fotos surgidas na imprensa foram feitas às escondidas, como a que utilizamos para ilustrar esta página.
Nascido em 14 de junho de 1925, o curitibano Dalton Jérson Trevisan sempre foi enigmático. Antes
de chegar ao grande público, quando ainda era estudante de Direito, costumava lançar seus contos em
modestíssimos folhetos. Em 1945 estreou-se com um livro de qualidade incomum, Sonata ao luar, e, no
ano seguinte, publicou Sete anos de pastor. Dalton renega os dois. Declara não possuir um exemplar
sequer dos livros e “felizmente já esqueci aquela barbaridade”.
Entre 1946 e 1948, editou a revista Joaquim, “uma homenagem a todos os Joaquins do Brasil”. A pu-
blicação tornou-se porta-voz de uma geração de escritores, críticos e poetas nacionais. Reunia ensaios
assinados por Antonio Cândido, Mario de Andrade e Otto Maria Carpeaux e poemas até então inéditos,
como O caso do vestido, de Carlos Drummond de Andrade. Além disso, trazia traduções originais de Joyce,
Proust, Kafka, Sartre e Gide e era ilustrada por artistas como Poty, Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres.

26 8º. ano – volume 4


Já nessa época, Trevisan era avesso a fotografias e jamais dava entrevistas. Em 1959, lançou o livro
Novelas nada exemplares – que reunia uma produção de duas décadas e recebeu o Prêmio Jabuti da
Câmara Brasileira do Livro – e conquistou o grande público. Acresce informar que o escritor, arisco, águia,
esquivo, não foi buscar o prêmio, enviando representante. Escreveu, entre outros, Cemitério de elefantes,
também ganhador do Jabuti e do Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira dos Escritores, Noites
de amor em Granada e Morte na praça, que recebeu o Prêmio Luís Cláudio de Sousa, do Pen Club do Bra-
sil. Guerra conjugal, um de seus livros, foi transformado em filme em 1975. Suas obras foram traduzidas
para diversos idiomas: espanhol, inglês, alemão, italiano, polonês e sueco.
Dedicando-se exclusivamente ao conto (só teve um romance publicado: “A polaquinha”), Dalton
Trevisan acabou se tornando o maior mestre brasileiro no gênero. Em 1996, recebeu o Prêmio Minis-
tério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra. Mas Trevisan continua recusando a fama. Cria
uma atmosfera de suspense em torno de seu nome que o transforma num enigmático personagem.
Não cede o número do telefone, assina apenas “D. Trevis” e não recebe visitas – nem mesmo de artistas
consagrados. Enclausura-se em casa de tal forma que mereceu o apelido de O Vampiro de Curitiba, título
de um de seus livros.
“O ‘Nelsinho’ dos contos originalíssimos e antológicos é considerado desde há muito ‘o maior contista
moderno do Brasil por três quartos da melhor crítica atuante’. Incorrigível arredio, há bem mais de 35
anos, com um prestígio incomum nas maiores capitais do País. Trabalhador incansável, fidelíssimo ao
conto, elabora até a exaustão e a economia mais absoluta, formiguinha, chuvinha renitente e criadeira,
a ponto de chegar ao tamanho do haicai, Dalton Trevisan insiste ontem, hoje, em Curitiba e trabalhando
sobre as gentes curitibanas (‘curitibocas’, vergasta-as com chibata impiedosa) e prossegue, com indepen-
dência solene e temperamento singular, na construção e dissecação da supra-realidade de luas, crianças,
amantes, velhos, cachorros e vampiros. E polaquinhas, deveras.”

DALTON Trevisan (O Vampiro de Curitiba). Disponível em: <http://www.releituras.com/daltontrevisan_bio.asp>. Acesso em: 13 jan. 2020.

1. No que se refere à estrutura da biografia, assinale V se a afirmativa for verdadeira e F se for falsa.
( V ) O título traz o nome do biografado.
( V ) Em geral, apresenta-se uma fotografia do entrevistado.
( V ) É comum constar na biografia uma frase do biografado quando este é escritor.
( V ) A narração obedece à ordem cronológica dos fatos ocorridos na vida do biografado.
( V ) Quando o biografado é um escritor, após a narração dos fatos de sua vida é comum aparecerem suas obras, ou seja,
sua bibliografia.
( F ) A bibliografia do biografado aparece, em geral, antes da narração de eventos ocorridos em sua vida.
2. Nessa breve biografia de Dalton Trevisan, o narrador chama a atenção para um comportamento do escritor.
a) Que comportamento é esse?
O comportamento arredio de Dalton Trevisan, que não gosta de dar entrevista nem de ser fotografado.

b) Como o escritor justifica esse comportamento?


Ele atribui esse comportamento a sua incurável timidez, que o impede, por exemplo, de responder a perguntas.

língua portuguesa 27
c) Você acha normal um escritor se comportar dessa maneira? Por quê?
Pessoal. Esperamos que os alunos respondam que, normalmente, os escritores concedem entrevistas aos jornalistas, muitas vezes

para divulgar sua obra na imprensa, pois isso estimula a venda de livros.

d) Quais reações esse comportamento de Dalton Trevisan pode provocar nas pessoas?
Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que esse comportamento pode provocar mais curiosidade sobre o escritor, seu coti-

diano, sua bibliografia, etc. Por outro lado, as pessoas podem criar antipatia pelo escritor, o que as afastaria dele e de sua obra.

3. No gênero em estudo, é comum a presença de datas (mês e/ou ano). Sobre aquelas que aparecem na biografia de Dalton
Trevisan, responda às questões.
a) Nesse texto, as datas aparecem em ordem cronológica? Transcreva trechos que justifiquem sua resposta.
Sim. Sugestão: “Nascido em 14 de junho de 1925 [...]”; “Em 1945 estreou-se com um livro de qualidade incomum [...]”; “Entre 1946 e

1948, editou a revista Joaquim [...]”; etc.

b) Em sua opinião, por que é importante a presença de datas em uma biografia?


Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que as datas ordenam os principais acontecimentos na vida do biografado.

c) Relacione as colunas de acordo com as datas e os acontecimentos na vida de Dalton Trevisan.


( I ) 1925 ( III ) Começou a editar a revista Joaquim.
( II ) 1945 ( II ) Publicou seu primeiro livro: Sonata ao luar.
( III ) 1946 ( V ) Seu livro Guerra conjugal foi transformado em filme.
( IV ) 1959 ( IV ) Lançou o livro Novelas nada exemplares.
( V ) 1975 ( I ) O autor nasceu.
( VI ) 1996 ( VI ) Recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra.
4. Segundo a biografia de Dalton Trevisan, esse autor ganhou muitos prêmios literários. Cite-os.
Dalton Trevisan ganhou o Prêmio Jabuti; o Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira dos Escritores; o Prêmio Luís Cláudio de Sousa,

do Pen Club; e o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura.

28 8º. ano – volume 4


5. Faça uma pesquisa a respeito desses prêmios e descreva a importância de cada um.
Pessoal. Esperamos que os alunos entendam que o Prêmio Jabuti é o mais importante do país. O Prêmio Fernando Chinaglia, da União

Brasileira dos Escritores (Uneb), não existe mais, mas se tratava de uma premiação realizada por seus associados. O Prêmio Luís Cláudio

de Sousa, do Pen Club, também é realizado por um grupo pequeno. O Prêmio Ministério da Cultura de Literatura não é mais realizado,

por conta da extinção do ministério.

6. Além dos prêmios, há, nesse texto, outras informações que demonstram a relevância da obra de Dalton Trevisan. Mencione
pelo menos uma dessas informações.
No texto, consta a informação de que as obras do autor foram traduzidas para diversos idiomas: espanhol, inglês, alemão, italiano, po-

lonês e sueco.

7. Dalton Trevisan é reconhecido pela crítica como um dos maiores contistas contemporâneos do Brasil. Transcreva o trecho da
biografia que evidencia essa informação.
“[...] é considerado desde há muito ‘o maior contista moderno do Brasil por três quartos da melhor crítica atuante’.”

8. Qual é o público-alvo dessa biografia?


Esperamos que os alunos reconheçam que o público-alvo dessa biografia são leitores e pesquisadores de literatura que se interessam

por Dalton Trevisan.


©Shutterstock/Ahlapot

A biografia é um gênero literário cuja narrativa tem caráter


pessoal. Ela pode ser escrita por alguém que pesquisou a
vida do biografado ou pelo próprio biografado, recebendo,
então, o nome de autobiografia. Com relação à estrutu-
ra, esse gênero, em razão de seu caráter pessoal, pode se
apresentar em várias formas: diários, memórias, poemas,
músicas, roteiros, cartas, entre outras. No entanto, há especi-
ficidades relativas a seu conteúdo, já que se trata do resgate
memorialístico de fatos ocorridos na vida de uma persona-
lidade considerada relevante social e culturalmente.

Processos de formação de palavras – derivação e composição


Na língua portuguesa, há basicamente dois processos de formação de palavras: derivação e composição.

Observe a formação das palavras a seguir.


Exemplo 1: Exemplo 2: Exemplo 3:
injusto justamente injustamente

prefixo sufixo prefixo sufixo


No exemplo 1, ocorre derivação prefixal ou prefixação; no exemplo 2, derivação sufixal ou sufixação; e, no
exemplo 3, derivação prefixal e sufixal.

língua portuguesa 29
9. Forme palavras usando os prefixos do quadro.

anti- de- pre- e- extra- in- re- sobre- sub- ultra-


a) passar: ultrapassar f) migrar: emigrar
b) natal: pré-natal g) capaz: incapaz
c) desenvolvido: subdesenvolvido h) crescer: decrescer
d) eleição: reeleição i) democrático: antidemocrático
e) carga: sobrecarga j) ordinário: extraordinário
10. Transcreva, da atividade anterior, os prefixos correspondentes aos sentidos descritos a seguir. Considere que alguns prefixos
têm o mesmo sentido.
a) negação/ação contrária: anti-/in- e) posição inferior/inferioridade: sub-
b) movimento de cima para baixo: de- f) repetição: re-
c) posição além do limite: ultra- g) posição superior/excesso: sobre-/extra-
d) posição anterior/anterioridade: pre- h) movimento para fora: e-
11. Forme palavras usando os sufixos indicados e considerando as descrições apresentadas.
a) -ada: forma substantivos a partir de substantivos, como riso e pedra.
Risada, pedrada.

b) -agem: forma substantivos a partir de substantivos, como folha e estio.


Folhagem, estiagem.

c) -al: forma adjetivos a partir de substantivos, como gênio e pessoa.


Genial, pessoal.

d) -ão (alhão, arrão, eirão, zarrão): forma aumentativos de substantivos e adjetivos, como casa e grande.
Casarão, grandão.

e) -aria, -eria: formam substantivos a partir de substantivos, como máquina e sorvete.


Maquinaria, sorveteria.

f) -ário, -eiro: formam substantivos a partir de substantivos, como ficha e caju.


Fichário, cajueiro.

g) -dade: forma substantivos a partir de adjetivos, como cruel e fácil.


Crueldade, facilidade.

h) -dor, -tor, -sor: formam substantivos a partir de verbos, como comprar, traduzir e confessar.
Comprador, tradutor, confessor.

i) -ense, -ês: formam adjetivos a partir de substantivos, como Ceará e Portugal.


Cearense, português.

j) -ez, -eza: formam substantivos a partir de adjetivos, como estúpido e belo.


Estupidez, beleza.

30 8º. ano – volume 4


k) -ficar: forma verbos a partir de substantivos e adjetivos, como pedra e digno.
Petrificar, dignificar.

l) -mento: forma substantivos a partir de verbos, como casar e fingir.


Casamento, fingimento.

m) -oso: forma adjetivos a partir de substantivos, como cheiro e orgulho.


Cheiroso, orgulhoso.

n) -udo: forma adjetivos a partir de substantivos, como beiço e nariz.


Beiçudo, narigudo.

12. A partir da palavra feliz, é possível formar infeliz (prefixação), felizmente (sufixação) e infelizmente (prefixação e
sufixação). Com base nessa informação, cite palavras que exemplifiquem esses três processos de derivação.
a) leal: Sugestão: desleal/lealdade/deslealdade.
b) real: Sugestão: irreal/realidade/irrealidade.

Há um processo por derivação cujas palavras recebem, simultaneamente, um prefixo e um sufixo, não sendo
possível excluir nenhum dos dois. Trata-se da derivação parassintética. Exemplo: en + triste + ecer (não exis-
tem as palavras entriste e tristecer).

13. A partir das palavras dadas, forme verbos por derivação parassintética.
a) mole: amolecer d) joelho: ajoelhar
b) raiz: enraizar e) branco: embranquecer
c) direito: endireitar f) vazio: esvaziar

Leia a notícia a seguir e faça o que se pede.

Projeto ensina natação para quem tem sequelas


neurológicas
Pacientes reabilitados após AVC, traumatismo craniano ou lesão medular integram
iniciativa desenvolvida pelos cursos de Educação Física e Fisioterapia

Em 2015, após sofrer um acidente de moto, William Farias Lopes se tornou paciente da Clínica de
Fisioterapia da Unoeste. Diagnosticado com traumatismo craniano bilateral, durante um mês e meio, as
sessões foram realizadas com ele ainda em coma. “Em quatro anos, conseguimos reabilitá-lo, inclusive,
voltando a andar”, conta a docente responsável pela clínica, a Dra. Renata Aparecida de Oliveira Lima. Ela
acrescenta que foi a história de superação de Lopes que lhe motivou buscar uma parceria com o curso
de Educação Física, para a idealização do projeto “Atividades aquáticas para pacientes com sequelas neu-
rológicas”.

língua portuguesa 31
Pelo curso de Fisioterapia participam os acadêmicos do 7º. ao 10º. termos. “Eles atuam dentro e fora
das piscinas, realizando a aferição da pressão arterial dos pacientes e monitorando o desempenho deles
nas aulas. Já na água, também realizam sessões de alongamento”, fala Renata.
Para Yara Beatriz Santos Zanetti, do 10º. termo de Fisioterapia, essa experiência é muito positiva. “Além
de enriquecer o meu currículo, tenho a chance de ver a felicidade deles em se sentirem mais livres dentro
da piscina e descobrirem o quanto são capazes.”

PROJETO ensina natação para quem tem sequelas neurológicas. Disponível em: <https://www.unoeste.br/noticias/2019/5/projeto-
ensina-natacao-para-quem-tem-sequelas-neurologicas>. Acesso em: 9 mar. 2020.

14. Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( V ) Em “reabilitados”, há prefixo e sufixo.
( F ) Em “craniano”, há prefixo e sufixo.
( V ) A palavra “traumatismo” é formada por sufixação.
( F ) Em “felicidade”, há prefixo.
( F ) A palavra “aquáticas” é formada por prefixação.
( V ) A palavra “arterial” é formada por sufixação.
15. Um exemplo de derivação parassintética é a palavra
a) “história”.
b) “parceria”.
c) “sessões”.
X d) “enriquecer”.

e) “chance”.
f) “capazes”.

Até o momento, você estudou processos de formação de palavras relacionados ao acréscimo de prefixo, de
sufixo ou de ambos. No entanto, há um processo de derivação que consiste na redução de palavras, chamado
derivação regressiva. O caso mais frequente de formações regressivas em português consiste na transforma-
ção de verbos em substantivos. O substantivo choro, por exemplo, é formado a partir do verbo chorar.

16. Transforme os verbos em substantivos por derivação regressiva.

a) castigar: castigo h) sacar: saque


b) perder: perda i) destacar: destaque
c) errar: erro j) resgatar: resgate
d) gritar: grito k) tocar: toque

e) voar: voo l) alcançar: alcance

f) sustentar: sustento
g) desgastar: desgaste

32 8º. ano – volume 4


17. Leia o trecho a seguir e resolva os itens propostos.

A Divisão: Filme sobre combate a sequestros no Rio de Janeiro ganha trailer


Estrelado por Silvio Guindane, Erom Cordeiro e Marcos Palmeira, o filme A Divisão narra os bastidores
do trabalho dos policiais da Divisão Antissequestro (DAAS) no Rio de Janeiro, no final da década de 1990.

A DIVISÃO: filme sobre combate a sequestros no Rio de Janeiro ganha trailer. Disponível em: <https://entretenimento.uol.com.br/
noticias/redacao/2019/11/27/a-divisao-filme-sobre-combate-a-sequestros-no-rj-ganha-trailer.htm>. Acesso em: 7 mar. 2020.

a) Um exemplo de derivação regressiva é a palavra


( ) “Divisão”. ( ) “Filme”. ( X ) “combate”.
b) Dois exemplos de palavras formadas por derivação sufixal são
( X ) “Estrelado”. ( ) “Filme”. ( ) “trabalho”. ( X ) “final”.
18. Assinale as palavras formadas por derivação regressiva.
a) alisar c) infeliz X e) amparo
X b) agito d) bambuzal

Além dos tipos de derivação vistos até aqui, há a derivação imprópria, em que não ocorre mudança na forma
da palavra, mas sim na classe gramatical. Observe estes exemplos:
ƒ O jantar estava bom. (O verbo jantar passou a ser um substantivo.)
ƒ Você está falando alto. (O adjetivo alto passou a ser um advérbio.)

Além da derivação, as palavras podem ser formadas pelo processo de composição, que pode ser de dois tipos:
1. Composição por justaposição – ocorre quando há junção de palavras sem perda de fonemas. Exemplos:
guarda-chuva e passatempo.
2. Composição por aglutinação – ocorre quando há junção de palavras com perda de fonemas. Exemplos: em-
bora (em + boa + hora) e planalto (plano + alto). 5

Orações subordinadas adverbiais


Leia esta tira:
©Calvin & Hobbes, Bill Watterson/1988 Watterson/Dist. by
Andrews McMeel Syndication

WATTERSON, Bill. Os dias estão simplesmente lotados. Cambuci: Best Expressão Social e Editora, 1995.

língua portuguesa 33
19. No último quadrinho, a fala de Calvin é formada por duas orações.
a) Qual é a primeira oração?
“Enquanto conversamos”.

b) Qual é a segunda oração?


“os aliens estão se infiltrando nos mais altos escalões do nosso governo”.

c) Esse período está na ordem inversa, isto é, primeiro aparece a oração subordinada e, depois, a principal. Reescreva o
período na ordem direta.
Os aliens estão se infiltrando nos mais altos escalões do nosso governo enquanto conversamos.

d) A relação estabelecida entre essas orações sugere que os dois acontecimentos se dão ao mesmo tempo. Que conjunção
estabelece essa relação?
A conjunção “enquanto”.

20. Compare a fala de Calvin no último quadrinho com a seguinte reescrita:

Durante nossa conversa, os aliens estão se infiltrando nos mais altos escalões do nosso governo.

a) Houve mudança significativa de sentido?


Não.

b) O período reescrito é simples ou composto? Por quê?


Simples, porque apresenta apenas uma locução verbal (“estão se infiltrando”).

c) A expressão “Durante nossa conversa” indica o tempo em que ocorreu outro fato expresso nesse período. Que fato foi
esse?
A infiltração dos aliens nos mais altos escalões do governo.

A expressão “Durante nossa conversa” não constitui uma oração, porque não apresenta verbo. Além disso,
o sentido dela está relacionado à ação expressa pela locução verbal “estão se infiltrando”; portanto, é um ad-
junto adverbial. Por estabelecer relação de temporalidade, é classificado como adjunto adverbial de tempo. Já
na versão original, “Enquanto conversamos” é uma oração, pois tem verbo (“conversamos”). A oração apresenta
sentido equivalente ao expresso pelo adjunto adverbial de tempo “Durante nossa conversa”. Assim, “Enquanto
conversamos” é
ƒ oração, porque apresenta verbo;
ƒ temporal, porque expressa ideia de tempo;
ƒ subordinada, porque depende da oração principal;
ƒ adverbial, porque exerce o papel de adjunto adverbial.
As orações subordinadas adverbiais podem exprimir diferentes circunstâncias, como: condição, comparação,
tempo, concessão, proporção, conformidade, consequência, causa e finalidade.

34 8º. ano – volume 4


Oração subordinada adverbial condicional
Leia a tira a seguir e responda à questão.

(QUINO), MAFALDA INÉDITA


©Fotoarena/Joaquín S. Lavado Tejón
QUINO. Mafalda inédita. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 21.

21. Qual é a condição estabelecida por Mafalda para que o pai a acorde?
Mafalda disse que é para o pai acordá-la “Se aparecer alguma coisa interessante”.

Oração subordinada adverbial condicional é aquela que apresenta uma condição para que o fato mencio-
nado na oração principal aconteça.
“Se aparecer alguma coisa interessante, me acorda.”

oração subordinada adverbial condicional oração principal

As principais conjunções e locuções conjuntivas condicionais são: se, desde que, a menos que, contanto que,
caso, sem que, exceto se e salvo se.

22. Construa períodos compostos formando orações subordinadas adverbiais condicionais. Para isso, imagine condições que se
apliquem a cada uma das situações. A seguir, há sugestões de resposta.
a) Vou ao cinema se o filme que escolhi estiver passando.
b) Compre a roupa desde que não custe muito caro.
c) Ele será punido a menos que peça desculpas.
d) Participaremos da gincana contanto que aconteça nesta semana.
e) Jogaremos futebol no campinho desde que não chova.
f) Ligue para mim caso queira conversar.
g) Não saia de casa sem que eu saiba.
h) Cumpriremos o desafio se todos se esforçarem.
i) Vou ajudá-lo contanto que seja sincero comigo.
j) Você passará no concurso desde que estude.

língua portuguesa 35
Oração subordinada adverbial comparativa
Leia um poema de Mario Quintana.

Vivência gretados: com fendas,


rachaduras, provocadas pela
Os muros gretados são muito mais belos que os muros lisos. ação do tempo.

QUINTANA, Mario. A vaca e o hipogrifo. Porto Alegre: L&PM, 1983. p. 89.

23. Em sua opinião, por que os muros gretados podem ser considerados mais belos do que os muros lisos?
Pessoal. Sugestão: Porque os muros gretados têm uma história; fizeram parte da vida de muitas pessoas; suscitam lembranças; repre-

sentam a vida; etc.

24. Que tipo de comparação é estabelecido nesse verso?


a) De igualdade.
X b) De superioridade.

c) De inferioridade.
25. Reescreva esse verso mantendo o sentido, mas usando um comparativo de inferioridade.
Os muros lisos são muito menos belos que os muros gretados.

Oração subordinada adverbial comparativa é aquela que apresenta uma comparação entre o fato nela expresso
e o fato expresso na oração principal.
“Os muros gretados são muito mais belos que os muros lisos [são*].”

oração principal oração subordinada adverbial comparativa


As principais conjunções e locuções conjuntivas comparativas são: como, tão... como, tanto... quanto, mais... (do) que
e menos... (do) que.
* É comum a oração subordinada adverbial comparativa ter o verbo subentendido, como no exemplo
apresentado.

26. Assinale os períodos que apresentam uma oração subordinada adverbial comparativa.
a) Como eu poderia concordar com você?
b) Não havia como resolver a questão sem ter mais informações.
X c) A informação é tão importante quanto os meios divulgadores.
d) Senti-me tão emocionado com o filme que não vou esquecê-lo facilmente.
e) A menos que você me conte a verdade, encerrarei a conversa por aqui.
X f) Ela era menos cotada ao cargo do que todas as outras candidatas.

36 8º. ano – volume 4


Oração subordinada adverbial temporal
Leia o texto a seguir.

O riso
O morcego, pendurado em um galho pelos pés, viu que um guerreiro kayapó manancial:
se inclinava sobre o manancial. nascente de água;
olho-d’água; fonte.
Quis ser seu amigo.
Deixou-se cair sobre o guerreiro e o abraçou. Como não conhecia o idioma dos kayapó, falou ao guer-
reiro com as mãos. As carícias do morcego arrancaram do homem a primeira gargalhada. À medida que ria,
mais fraco se sentia. Tanto riu, que no fim perdeu todas as suas forças e caiu desmaiado.
Quando se soube na aldeia, houve fúria. Os guerreiros queimaram um montão de folhas secas na gruta
dos morcegos e fecharam a entrada.
Depois, discutiram. Os guerreiros resolveram que o riso fosse usado somente pelas mulheres e crianças.

GALEANO, Eduardo. Mulheres. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2006. p. 9.

Oração subordinada adverbial temporal é aquela que localiza no tempo o instante em que ocorre o fato apre-
sentado na oração principal.
“Quando se soube na aldeia, houve fúria.”

oração subordinada oração


adverbial temporal principal

As principais conjunções e locuções conjuntivas temporais são: quando, enquanto, logo que, assim que, sempre
que, mal, antes que, depois que e desde que.

27. Construa períodos compostos formando orações subordinadas adverbiais temporais. Para isso, estabeleça uma relação de
tempo em cada um dos itens. A seguir, há sugestões de resposta.
a) Saí da festa assim que anoiteceu.
b) Avise-me logo que chegar.
c) Todos cantaram parabéns quando a aniversariante entrou.
d) Irei à praia quando puder.
e) Nós trabalhamos enquanto eles brincam.
f) Clarice fez sua inscrição antes que o prazo terminasse.
g) Eu me senti melhor assim que tomei o remédio.
h) Penso em você quando escuto essa música.
i) Os alunos se sentaram logo que o professor chegou.
j) Fico feliz sempre que vou ao clube.

língua portuguesa 37
Oração subordinada adverbial concessiva
Oração subordinada adverbial concessiva é aquela que apresenta um fato que poderia impedir a ocorrência
de outro expresso na oração principal, mas não impede.
Mesmo que o trabalho seja difícil, faça-o com dedicação.

oração subordinada oração


adverbial concessiva principal
As principais conjunções e locuções conjuntivas concessivas são: embora, ainda que, mesmo que, apesar de
que e se bem que.

28. Construa períodos compostos formando orações subordinadas adverbiais concessivas. Para isso, estabeleça uma relação de
concessão em cada um dos itens.
a) Iremos por este caminho mesmo que seja mais longo.
b) Farei todo o trabalho ainda que demore bastante.
c) Fui ao parque embora fosse tarde.
d) Contarei a verdade mesmo que vocês não me entendam.
e) Farei o que acho correto mesmo que você não concorde comigo.
f) Levei um casaco apesar de estar calor.
g) Vou lhe dar uma chance embora você não mereça.
h) Não chegarei no horário ainda que eu me apresse.
29. Sublinhe as orações subordinadas adverbiais concessivas.
a) Ainda que a possível falta de água preocupe, iremos ao litoral.
b) Irei ao Rio de Janeiro, se bem que não estou acostumada com o calor.
c) Nem todos têm acesso à tecnologia digital, apesar de que tem havido evolução nesse quadro.
d) Os problemas são velhos, mesmo que estejamos começando um ano novo.
e) Nos últimos tempos, o futebol, embora seja um esporte de muitas alegrias, tem apresentado cenas de violência.
f) Apesar de estar frio, tomei banho de chuva.

Oração subordinada adverbial causal


Oração subordinada adverbial causal é aquela que exprime a causa, o motivo do fato expresso na oração
principal.
Como estava chovendo muito, não pude ir ao encontro.

oração subordinada adverbial causal oração principal

As principais conjunções e locuções conjuntivas causais são: porque, como, uma vez que, já que e visto que.

38 8º. ano – volume 4


Leia o trecho abaixo e faça o que se pede.

Educação física
Saber que cada gota do seu suor é importante para seus companheiros de time também ajuda você a se
“entregar” mais durante o exercício. Por exemplo: se o cansaço bater no meio de uma corrida, mesmo que
tenha fôlego para continuar, sua cabeça pode “mandar” você parar, já que ninguém depende do seu esforço
para ter um bom resultado.

BECK, Fernanda. Esportes coletivos geram compromisso, saúde e ensinam a lidar com derrotas. Disponível em: <https://www.uol.
com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/12/16/esportes-coletivos-garantem-motivacao-saude-e-ensinam-a-lidar-com-derrotas.htm>.
Acesso em: 9 mar. 2020.

30. Transcreva desse trecho


a) a oração subordinada adverbial causal: “já que ninguém depende do seu esforço”.
b) a oração subordinada adverbial condicional: “se o cansaço bater no meio de uma corrida”.

Oração subordinada adverbial proporcional

Oração subordinada adverbial proporcional é aquela que expressa uma relação de proporção entre a oração
subordinada e a oração principal.
À medida que lia, compreendia o conteúdo com mais clareza.

oração subordinada adverbial proporcional oração principal


As principais locuções conjuntivas proporcionais são: à medida que e à proporção que.

Leia o trecho a seguir e resolva a questão proposta.

Facebook mantém foco no streaming,


mas sem compra de direitos
Com nova estratégia digital, rede social investirá U$1,4 bilhão na plataforma Watch
[...]
“Nossa posição muda à medida que a plataforma muda, mas certamente não espero grandes inves-
timentos em direitos esportivos em um futuro próximo. Cobrir o esporte ao vivo e estar envolvido na
indústria do esporte é um grande processo de aprendizado. Portanto, é importante que, quando você
adota um novo posicionamento, faça-o em pequenas etapas e não faça grandes apostas”, declarou Peter
Hutton, diretor de parcerias esportivas do Facebook.

FACEBOOK mantém foco no streaming, mas sem compra de direitos. Disponível em: <https://maquinadoesporte.uol.com.br/artigo/
facebook-mantem-foco-no-streaming-mas-sem-compra-de-direitos_39319.html>. Acesso em: 9 mar. 2020.

língua portuguesa 39
31. Transcreva desse trecho
a) a oração subordinada adverbial proporcional: “à medida que a plataforma muda”.
b) a oração subordinada adverbial temporal: “quando você adota um novo posicionamento”.

Oração subordinada adverbial final


Oração subordinada adverbial final é aquela que expressa uma relação de finalidade com o fato presente na
oração principal.
Lia bastante para que ficasse bem informado.

oração principal oração subordinada adverbial final


As principais locuções conjuntivas proporcionais são: para que e a fim de que.

O trecho abaixo está relacionado a um problema de saúde que afetou o mundo todo. Leia-o e faça o que
se pede.

Brasil amplia medidas para assistência de casos de COVID-19


[...]
Na rede hospitalar, o Ministério da Saúde vai atender de imediato todas as solicitações de habilitação de leitos
de UTI para que o sistema amplie a capacidade de auto-organização. “Embora tenhamos habilitado to-
das as solicitações de leitos de UTI no Brasil no ano passado – mais de mil –, já temos pedidos este ano. São
100 leitos que serão habilitados imediatamente. Também estamos conversando com os estados para saber a
possibilidade de abrir mais leitos de UTI”, garantiu Mandetta.

BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil amplia medidas para assistência de casos de COVID-19. Disponível em: <https://www.saude.gov.
br/noticias/agencia-saude/46503-brasil-amplia-medidas-para-assistencia-de-casos-de-covid-19>. Acesso em: 19 maio 2020.

32. Classifique a oração subordinada destacada.


Oração subordinada adverbial final.

33. Nesse trecho, há também uma oração subordinada adverbial concessiva. Transcreva-a.
“Embora tenhamos habilitado todas as solicitações de leitos de UTI no Brasil no ano passado – mais de mil”.

Oração subordinada adverbial conformativa


Oração subordinada adverbial conformativa é aquela que exprime uma relação de conformidade com o fato
presente na oração principal.
Fiz tudo conforme o professor solicitou.

oração principal oração subordinada adverbial conformativa


As principais conjunções e locuções conjuntivas conformativas são: conforme, segundo e como.

40 8º. ano – volume 4


Leia o trecho a seguir e resolva a questão proposta.

Luan vibra com Olimpíada após “frio na barriga”: “Objetivo em mente”


[...]
A convocação para os Jogos Olímpicos do Rio coroa mais um dos “objetivos” de Luan na carreira. O atacante
figura na lista divulgada nesta quarta-feira pelo técnico Rogério Micale e se apresenta no próximo dia 18.
Caso o Brasil chegue à final da disputa pela medalha de ouro, deve desfalcar o Grêmio em seis partidas pelo
Brasileirão.
Luan admitiu um “friozinho na barriga” por se tratar do último nome entre os 18 relacionados para a Olim-
píada. Conforme afirmou o jogador na chegada da delegação gremista à Arena, onde enfrenta o Santos, a
partir das 19h30, pela 12ª. rodada do Campeonato Brasileiro, ele recebeu a notícia enquanto realizava um
trabalho de recuperação física no hotel.

MOURA, Eduardo. Luan vibra com Olimpíada após “frio na barriga”: “Objetivo em mente”. Disponível em: <http://globoesporte.globo.
com/rs/futebol/times/gremio/noticia/2016/06/luan-vibra-com-olimpiada-apos-frio-na-barriga-objetivo-em-mente.html>. Acesso em:
9 mar. 2020.

34. No primeiro parágrafo, há uma oração subordinada adverbial condicional. Transcreva-a.


“Caso o Brasil chegue à final da disputa pela medalha de ouro”.

35. Transcreva a oração subordinada adverbial conformativa presente no segundo parágrafo.


“Conforme afirmou o jogador na chegada da delegação gremista à Arena”.

Oração subordinada adverbial consecutiva


Oração subordinada adverbial consecutiva é aquela que exprime uma relação de consequência com o fato
presente na oração principal.
Corri tanto que fiquei cansado.

oração principal oração subordinada adverbial consecutiva


As principais conjunções consecutivas são: tal... que, tanto... que e tão... que.

Leia o título de notícia a seguir e faça o que se pede.

Maratonista de 85 anos é tão rápido que espanta até cientistas

MARATONISTA de 85 anos é tão rápido que espanta até cientistas. Disponível em: <https://
www.gazetadopovo.com.br/esportes/poliesportiva/maratonista-de-85-anos-e-tao-rapido-
que-espanta-ate-cientistas-656vrjhlotuupw7y080dnsmyj/>. Acesso em: 19 maio 2020.

36. Transcreva desse título


a) a oração principal: “Maratonista de 85 anos é tão rápido”.
b) a oração subordinada: “que espanta até cientistas”.

língua portuguesa 41
OUTROS TEXTOS,
OUTROS CAMINHOS
Leia um trecho do primeiro capítulo da autobiografia de Nelson Mandela, líder sul-africano, ganhador do
Prêmio Nobel da Paz e relevante figura política internacional.

Capítulo I – Uma infância no campo


Para além da vida, de uma sólida compleição física e de um vínculo à casa real dos tembos, a única coi-
sa que o meu pai me deixou foi um nome, Rolihlahla. Em língua xossa, Rolihlahla quer dizer, literalmente,
“puxar um ramo de árvore”, mas o seu significado mais corrente é “agitador”. Não creio que os nomes
marquem o destino, nem que o meu pai tenha de algum modo adivinhado o meu futuro, mas nestes últimos
anos tanto os amigos como os membros da minha família têm atribuído ao meu nome as muitas tempesta-
des que causei ou que tive de enfrentar. O meu nome inglês e cristão, bem mais conhecido, foi-me atribuído
no primeiro dia de escola. [...]
Nasci no dia 18 de julho de 1918, em Mvezo, um minúsculo lugarejo nas margens do rio Mbashe, no
distrito de Umtata, a capital do Transkei. O ano em que nasci assinalou o final da Grande Guerra, o eclodir
de uma epidemia de gripe que vitimou milhões de pessoas por todo o mundo e a visita de uma delegação do
Congresso Nacional Africano à Conferência de Paz de Versalhes para denunciar as injustiças sofridas pelo
povo da África do Sul. Mas Mvezo era um lugar à parte, um espaço ínfimo, afastado dos grandes eventos
do mundo, onde a vida decorria mais ou menos como tinha sido durante centenas de anos. [...]
O meu pai era um homem alto, de pele escura, com uma pose ereta e imponente, que gosto de pensar
que herdei. Mesmo por cima da testa ostentava uma madeixa de cabelos brancos, e quando eu era garoto
tinha por costume esfregar a cabeça com cinzas brancas para me parecer com ele. Era um homem austero,
que não dispensava a vara quando se tratava de disciplinar os filhos. A sua teimosia era inexcedível, outra
característica que, infelizmente, parece ter passado de pai para filho. [...] O interesse que sempre nutri pela
história foi desde muito cedo encorajado por ele. Embora não soubesse ler nem escrever, tinha a fama de
ser um excelente orador, que cativava as audiências, divertindo-as ao mesmo tempo que lhes transmitia os
seus conhecimentos. [...] Acredito que, mais do que a origem biológica, o que nos molda verdadeiramente
o carácter é a educação, mas o meu pai possuía um orgulho rebelde e um sentido obstinado de justiça que
reconheço em mim próprio. [...]
Das três cubatas da minha mãe, uma servia para cozinhar, outra
cubatas: casas simples, choupanas.
para dormir e outra era usada como armazém. Na cubata onde dormía-
mos não havia mobílias, como no Ocidente. Dormíamos sobre esteiras
e sentávamo-nos no chão. A primeira vez que vi uma almofada foi já em Mqhekezweni. A minha mãe co-
zinhava numa panela de ferro com três pés diretamente em cima do fogo, quer dentro quer fora da cubata.
Tudo quanto comíamos tinha sido criado ou semeado por nós. A minha mãe tinha a sua própria cultura de
milho, que semeava e colhia. O milho era apanhado quando as maçarocas estavam duras e secas e guar-
dado em sacos ou em buracos escavados no chão. As mulheres preparavam o milho de várias maneiras
diferentes. Tanto podiam esmagar os grãos entre duas pedras para fazer pão como cozê-lo primeiro para
fazer o umphothulo (farinha de milho que se come com leite azedo), ou o umngqusho (farinha grossa que
se come simples ou misturada com feijão). Ao contrário do milho, que por vezes era escasso, não faltava o
leite proveniente das nossas cabras e vacas.

42 8º. ano – volume 4


À semelhança de todas as crianças xossas, adquiri conhecimen-
tos sobretudo através da observação. Esperava-se que aprendês- emulação: sentimento que incita
semos por via da imitação e da emulação e não das perguntas. Da a igualar ou superar outra pessoa. No
primeira vez que estive em casa de brancos fiquei espantado com o trecho, tem o sentido de que as crianças,
número de perguntas que as crianças faziam aos pais e com a dispo- ao observar o que os adultos faziam,
nibilidade destes para lhes responder. Na nossa casa, as perguntas imitavam-nos, procurando chegar ao
eram um incômodo e os adultos transmitiam só as informações que mesmo resultado.
consideravam necessárias.
No primeiro dia de aulas, a professora, a menina Mdingane, atribuiu a cada um de nós um nome cris-
tão e disse que daí em diante seria por esse nome que teríamos de responder sempre que estivéssemos na
escola. Nesse tempo era um costume entre os africanos, certamente devido ao preconceito dos ingleses
quanto à nossa instrução. A educação que recebi foi à maneira inglesa e tanto as ideias como a cultura e
as instituições britânicas eram naturalmente consideradas superiores. A cultura africana era uma coisa que
não existia.

MANDELA, Nelson. Um longo caminho para a liberdade: a autobiografia de Nelson Mandela. São Paulo: Planeta, 2012. p. 17-26.

1. Com base na leitura do trecho, você acredita que Nelson Mandela teve uma vida fácil ou difícil? Justifique sua resposta.
Pessoal. Esperamos que os alunos percebam, pela descrição de Mandela, que sua vida não foi fácil, visto que as condições em sua casa

eram precárias e que ele comia somente o que era produzido pela própria família.

2. Qual é a importância de o nome de Nelson Mandela aparecer no título da autobiografia?


Chamar a atenção do leitor que conhece o líder sul-africano e sua luta pela liberdade de seu povo, e que provavelmente teria interesse

pelo livro.

3. A narração da autobiografia acontece em primeira pessoa, pois é o próprio Nelson Mandela quem conta sua história. Você
acredita ser fácil ou difícil contar detalhes da própria vida? Explique sua resposta.
Pessoal. Esperamos que os alunos reflitam sobre a autoexposição e percebam os riscos de se revelarem fatos da vida privada ao grande

público, principalmente quando o autobiografista é uma celebridade mundial, como é o caso de Mandela.

4. Para uma celebridade, quais são os riscos de escrever uma autobiografia?


Sugestão: A celebridade corre o risco de ser mal interpretada, de causar rejeição em pessoas que pensam de maneira diferente da sua, etc.

língua portuguesa 43
5. Em sua opinião, que razões levam uma celebridade a escrever uma autobiografia?
Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que a principal razão para escrever uma autobiografia é o desejo de se manter vivo na

memória das pessoas e de tornar públicos acontecimentos íntimos, a fim de inspirar os leitores. Outra possibilidade de resposta é que

as celebridades publicam autobiografias para se promover e, com isso, obter mais sucesso e dinheiro, demonstrando a exacerbação

do ego.

6. Por que biografias e autobiografias de personalidades famosas despertam o interesse dos leitores?
Porque a vida privada das celebridades é motivo de curiosidade entre os fãs, que gostam de saber como elas vivem e se comportam

nas mais variadas situações. 6

7. De acordo com o texto, de que modo Nelson Mandela se reconhece na figura de

©Shutterstock/Alessia pierdomenico
seu pai?
Mandela se acha parecido com o pai tanto no físico (homem alto, de pele escura e de

pose ereta e imponente) quanto no comportamento (teimoso, com orgulho rebelde e

com sentido obstinado de justiça).

8. Considerando as atividades realizadas pela mãe de Nelson Mandela, qual era o


papel feminino na comunidade onde viviam?
O papel feminino na comunidade era cuidar da casa e dos filhos, além de prover a ali-

mentação, a partir do cultivo do milho.

9. No trecho lido, há a indicação do lugar onde Nelson Mandela nasceu: “em Mvezo, um minúsculo lugarejo nas margens do
rio Mbashe, no distrito de Umtata, a capital do Transkei”. Faça uma pesquisa sobre essa região, para compreender o contexto
em que esse líder nasceu, e responda às questões.
a) Em que país a região se localiza?
Mvezo fica na África do Sul.

b) Como é a região (aspectos geográficos, naturais, etc.)?


Sugestão: A paisagem é marcada por cabanas redondas, com paredes de barro coloridas e telhados de palha, situadas sobre mon-

tanhas e vales, que formam abismos, com rios passando embaixo. Com uma área de 2,13 km2, sua população, em 2011, era de

810 habitantes.

c) O que é xossa?
Indivíduo dos xossas, povo que habita a África do Sul. É também um dos idiomas oficiais desse país.

d) Durante a pesquisa, alguma curiosidade chamou sua atenção? Qual?


Pessoal.

44 8º. ano – volume 4


10. Sobre a forma como as crianças adquirem conhecimento na comunidade em que Mandela cresceu, assinale V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( F ) A aquisição de conhecimento das crianças xossas se dava da mesma maneira que a das crianças brancas da África do Sul.
( V ) Mandela aprendia muito por meio da observação, atividade comum entre as crianças xossas.
( F ) O fato de as crianças fazerem muitas perguntas aos pais era considerado incômodo na cultura dos homens brancos.
( V ) Na cultura da comunidade, o aprendizado ocorria por meio da imitação e da emulação, descartando-se as perguntas.
( V ) Mandela se surpreendeu com a quantidade de perguntas que as crianças brancas faziam aos pais e com o modo
como eles respondiam aos questionamentos.
Leia outro trecho da autobiografia de Nelson Mandela e responda às questões propostas.

Foi nos campos que aprendi a caçar pássaros com uma fisga, a apanhar mel das colmeias selvagens, a colher
frutos e raízes comestíveis, a beber leite quente e doce diretamente das tetas de uma vaca, a nadar nos ribei-
ros de águas frias e cristalinas, a apanhar peixes com um arame aguçado preso na extremidade de um cordel.
Aprendi a lutar com um pau – um conhecimento essencial para um jovem camponês africano – e tornei-me
destro em várias técnicas de aparar golpes, fingir que atacava por um lado e fazê-lo por outro, e afastar-me
do adversário com um rápido movimento dos pés. Foi nesses tempos que criei uma afeição apaixonada pelos
campos, pelos espaços abertos, pela beleza do mundo natural e pela linha distinta do horizonte.

MANDELA, Nelson. Um longo caminho para a liberdade: a autobiografia de Nelson Mandela. São Paulo: Planeta, 2012. p. 23.

11. De acordo com esse trecho, é correto afirmar que


a) Mandela, na infância, podia brincar nos campos, nadar no rio transparente e aproveitar a natureza da África do Sul.
No entanto, ele foi obrigado a aprender a lutar e não era muito bom nisso.
X b) Mandela, na infância, desenvolveu seu apreço pelos espaços abertos e pelo mundo natural. Desde cedo, aprendeu a lutar
e tornou-se muito hábil em golpear o adversário de surpresa e em se afastar dele com movimentos rápidos dos pés.
c) Mandela considerava o aprendizado de lutar com pau desnecessário para uma criança em sua condição.
d) a infância de Mandela era igual à de todas as crianças sul-africanas. Ele acreditava que não havia melhor lugar do que
a África para se viver com liberdade.
e) Mandela narra com orgulho sua habilidade nas lutas com pau, mas confessa não gostar da vida camponesa, demons-
trando o desejo de se mudar para a capital da África do Sul. 7
12. Considerando esse trecho da autobiografia de Nelson Mandela, quais similaridades e diferenças você percebe entre a
infância dele e a sua?
Pessoal. Esperamos que, após a leitura do trecho, os alunos relatem seus hábitos, se têm ou não contato com a natureza, se aprenderam

a lutar ou se o fazem por meio de jogos eletrônicos, etc. Aproveite a oportunidade para levantar com os estudantes as atividades pra-

ticadas pelas crianças da comunidade em que estão inseridos.

língua portuguesa 45
MÃOS À OBRA

Relato de memória
Para iniciar sua produção escrita, faça um breve levantamento a respeito das brincadeiras preferidas das
crianças que vivem em sua comunidade. Lembre-se também de suas brincadeiras favoritas e compartilhe-as
oralmente com os colegas. Com o auxílio do professor, escrevam, no quadro abaixo, uma lista com as brincadei-
ras citadas pela turma e compartilhem lembranças relacionadas a elas. 8

Com a democratização do acesso às redes sociais, cada vez mais as histórias de vida, ou seja, as biografias,
são contadas por meio de relatos e imagens publicados cotidianamente na internet.
Nesta seção, você deve produzir um relato de memória – cômico ou trágico – sobre algum acontecimento
marcante de sua infância. É importante que, por meio da linguagem, você provoque no leitor a mesma sensa-
ção que experimenta quando retoma essas lembranças. 9

Preparação
1. Faça anotações sobre o fato escolhido e escreva um parágrafo contando o que aconteceu, ou seja, o enredo
do relato.
2. Registre as características do lugar onde esse fato ocorreu.
3. Descreva os outros personagens da história. Valorize mais as características psicológicas do que físicas. Saber
a altura de um personagem, por exemplo, só é relevante se esse dado é o causador do conflito; do contrário,
ele se torna dispensável. Se preferir, dê nomes fictícios a eles, para que não sejam reconhecidos caso o relato
seja publicado ou gravado no podcast (seção Você com a palavra).

Produção
Construído o esqueleto de seu relato, chegou a hora de organizar as informações de acordo com a ordem
dos acontecimentos. 10
4. Evite começar o relato com expressões como “Numa bela manhã de domingo” ou “Certo dia”, pois elas
empobrecem a narrativa e causam desinteresse no leitor. O ideal é levá-lo para dentro do cenário,
descrevendo-o e estabelecendo uma relação entre esse espaço e o sentimento que ele provocava em você.
Por exemplo: em vez de “No prédio onde eu morava, havia uma escada”, escreva “A primeira gota de suor es-
correu quando cheguei ao terceiro andar do prédio onde eu morava. Como a luz acabou, o elevador parou
de funcionar, e eu morava no décimo andar”. Depois de ambientar o leitor, conduza-o aos acontecimentos,
sempre respeitando a ordem cronológica dos fatos e usando a primeira pessoa para narrar.

46 8º. ano – volume 4


5. Escolha um título para seu relato. Ele precisa ser conciso, claro e direto e dialogar com a história que você
está relatando.
6. Apesar de sua história ser criativa e interessante, atente para o número de linhas que você tem para contá-la:
no mínimo 20 linhas e, no máximo, 30.
Lembre-se de que a versão final do texto dever ser escrita à caneta e entregue ao professor para correção.
Porém, antes de escrevê-la, observe se seu relato atende aos critérios a seguir.

Critérios de autoavaliação SIM NÃO

Seu relato apresenta um título que dialoga com a história que você contou?

O lugar onde o fato ocorreu é descrito claramente?

Esse espaço é descrito de forma criativa, evitando-se clichês?

Seu relato foi narrado em ordem cronológica, ou seja, na sequência em que ocorreram os fatos?

Seu relato foi escrito em primeira pessoa?

Os personagens foram descritos considerando-se, principalmente, suas características psicológicas?

As características físicas dos personagens foram abordadas somente quando necessário?

Você considera sua história (enredo) interessante?

VOCÊ COM A PALAVRA

Podcast : storytelling – histórias de infância


Agora que vocês escreveram relatos de memória da infância, chegou a hora de produzir um podcast, do tipo
storytelling, para que algumas histórias caiam nas redes sociais. 11

Preparação
1. Para a produção do podcast, reúnam-se em grupos. Cada integrante deve ler para os colegas o relato produ-
zido na seção Mãos à obra. Escolham, então, a história que será gravada, com base nestes critérios: 12
a) A história é interessante, ou seja, pode prender a atenção do ouvinte?
b) É possível inserir som nessa narrativa (ruídos, trilha sonora, etc.), a fim de torná-la mais atraente para o
ouvinte?
c) A linguagem do relato é criativa e envolve o leitor?
2. Depois da escolha do relato, criem a pauta, reescrevendo o texto e definindo os elementos de áudio para o
podcast, a serem inseridos no momento da edição.
Por exemplo:
a) Criem a vinheta. Para isso, escolham um dos integrantes do grupo para falar o nome do programa e do
episódio e insiram uma música de fundo.

língua portuguesa 47
b) Definam quem será o locutor, o qual deverá cumprimentar o ouvinte e falar sobre o programa, revelando
qual história será contada nesse episódio.
c) Determinem os sons que serão inseridos na história: ruído de porta abrindo, de acidente de carro, de
chuva, de trovão, etc.
d) Determinem a música que será inserida em cada cena. É importante que sempre haja uma canção de
fundo, para não ficar uma sensação de vazio durante a contação da história.
e) Insiram na pauta os trechos que o locutor deverá ler durante a gravação, isto é, o texto produzido. O
mesmo deve ser feito com as falas dos personagens.
f) No final do podcast, deverá haver uma despedida ao ouvinte e um agradecimento por sua audiência.
3. Decidam quem ficará responsável pela edição de áudio, uma importante etapa na produção do podcast.
Agora, é só começar a gravar!

Produção
Para a produção do podcast, vocês podem utilizar um celular que tenha um aplicativo de gravação de
voz. Se vocês tiverem equipamentos de captação de voz, como microfones, o podcast ganhará em qualidade.
Porém, nesta atividade, o mais importante é que vocês contem a história e sejam ouvidos pelos colegas.
4. Procurem uma sala com acústica melhor para realizar a gravação, evitando ruídos externos.
5. Entreguem uma pauta impressa a cada integrante do grupo, principalmente àqueles que têm fala, para que
possam consultar durante a gravação.
6. Atentem para a entonação da voz e realizem uma leitura interpretativa do texto, para passar emoção ao
ouvinte.
7. É importante que os sons, os ruídos e as canções estejam bem sincronizados com o momento da ação nar-
rada. Além disso, as músicas de fundo precisam estar em um volume que não atrapalhe a narração. Existem
editores de áudio gratuitos para baixar na internet e tutoriais de como utilizar essas ferramentas.

Avaliação
8. Avaliem a produção respondendo às questões a seguir.

Critérios de autoavaliação SIM NÃO


Vocês criaram uma vinheta com o nome do programa e do episódio?
Na pauta, constam informações sobre como o texto deve ser lido pelo locutor e pelos personagens?
Os ruídos e as músicas estão determinados na pauta?
O locutor saudou os ouvintes e apresentou o episódio?
O tom de voz do locutor e dos personagens é satisfatório?
Foi feita uma leitura interpretativa do texto, com entonação adequada?
Vocês conseguiram transmitir emoção ao ouvinte?
As músicas de fundo foram escolhidas com a intenção de despertar sentimentos no ouvinte?
O locutor despediu-se dos ouvintes e agradeceu a audiência?
As músicas e os ruídos estão em um volume que não atrapalha a narração?
A edição conseguiu sincronizar os ruídos com as cenas em que eles ocorrem?

48 8º. ano – volume 4


O que Aprendi
1. Com relação à estrutura da biografia, assinale os elementos que a compõem.
X a) Título X e) Narrador X i) Espaço (local)
b) Linha-fina f) Gráficos X j) Tempo cronológico

X c) Fotografias g) Modo de fazer X k) Datas relevantes

X d) Ilustrações X h) Personagens
2. Qual é a intencionalidade de se escrever a biografia de alguém?

A intencionalidade é tornar pública a história de vida dessa pessoa, por se tratar de alguém relevante social, cultural ou politi-

camente.

3. Forme palavras usando os prefixos do quadro. A seguir, há sugestões de respostas.

anti- des- i- in- im- pre- re- sobre- sub- ante-

a) possível: impossível g) peso: sobrepeso


b) legal: ilegal h) ver: antever
c) feliz: infeliz i) capaz: incapaz
d) avaliação: pré-avaliação j) humanizar: desumanizar
e) consciente: subconsciente k) corrupção: anticorrupção
f) negociação: renegociação l) humano: sub-humano

4. Forme palavras usando os sufixos indicados e considerando as descrições apresentadas.


a) -ada: forma substantivos a partir de substantivos, como bola e faca.

Bolada, facada.

b) -agem: forma substantivos a partir de adjetivos, como bobo e camarada.

Bobagem, camaradagem.

c) -ão (alhão, arrão, eirão, zarrão): forma aumentativos de palavras, como ribeira e carro.

Ribeirão, carrão.

d) -eiro: forma substantivos a partir de substantivos, como marcenaria e pedra.

Marceneiro, pedreiro.

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e) -mento: forma substantivos a partir de verbos, como reconhecer e caber.

Reconhecimento, cabimento.

f) -oso: forma adjetivos a partir de substantivos, como rigor e fantasia.

Rigoroso, fantasioso.

5. Identifique os processos pelos quais as palavras a seguir são formadas e explique-os.

I. porta-retratos II. pontiagudo

Em I, a palavra é composta por justaposição, já que, na junção dos termos, não houve perda de fonemas.

Em II, a palavra é composta por aglutinação, já que, na junção dos termos, houve perda de fonemas (ponta + agudo).

6. Classifique as orações subordinadas adverbiais.


a) Quanto mais se aproxima o fim do mês, mais os bolsos ficam vazios.

Oração subordinada adverbial proporcional.

b) Como dizia o poeta, “a vida é a arte do encontro”.

Oração subordinada adverbial conformativa.

c) Assim que você saiu, ela chegou.

Oração subordinada adverbial temporal.

d) Vim aqui a fim de que você me explique as questões.

Oração subordinada adverbial final.

e) Ele fala como um papagaio.


Oração subordinada adverbial comparativa.

f) Embora fizesse calor, levei agasalho.


Oração subordinada adverbial concessiva.

g) Caso você aceite a proposta, pode iniciar o trabalho amanhã.


Oração subordinada adverbial condicional.

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