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O poder do bispo de Roma

No século XI o clero do ocidente e do oriente cortaram os laços já que não estavam de acordo com o facto de o papa
ser ou não o mais poderoso. Este desentendimento levou a várias discussões e discórdias.

Papa Gregório VII, nascido a 25 de maio de 1085, foi o Papa mais influente e decisivo a se sentar no trono papal ao
longo da história. A ele ficou a divida da consolidação no poder da igreja romana. Por todos estes acontecimentos, o
papa tornou-se o proprietário de todo o poder sobre a Cristandade, ele estava acima de qualquer pessoa, reis,
imperadores...

Esta decisão não agradou os imperadores e monarcas que se opuseram ao Papa e por isso este teve de reconhecer
as regalias dos monarcas. Pelo papa ter cedido, os monarcas ajudaram no reforço da importância da igreja e, por
isso, ela tornou-se a instituição mais poderosa do Oriente no século XIII. Tinha como chefe o Papa, era quem tinha a
autoridade máxima, tinha meios materiais e humanos (grupo chamado clérigos que ajudavam na cobrança de
dividas) e continha leis próprias (Direito Canónico).

A Cristandade Oriental face ao Bizâncio

O Império Romano do Oriente não teve uma duração curta já que apenas em 1453 Constantinopla cede ao poder
turco. O Império do Oriente (Império Bizantino) era considerado o "herdeiro direto do mundo romano". Este império
foi a continuação do Império Romano na Idade Média, inicialmente parte oriental do Império Romano sobreviveu à
fragmentação e ao colapso do mesmo no século V e continuou a prosperar, existindo por mais de mil anos até à sua
queda diante da expansão dos turcos otomanos. Assumia-se este espaço como civilizado, detentor de uma cultura
fina e consideravam-se num patamar superior aos bárbaros.

Constantinopla, fundada em 324 a "nova Roma" era marcada pelo brilho do Império e pela parte religiosa já que era
possível encontrar 500 igrejas naquele local. A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia é um
imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla e aqui
era oficializada a língua grega.

As guerras entre os bispos de Roma e Constantinopla eram regulares naquela época já que o papa bizantino
recusava em aceitar a "supremacia romana" e por isso em 1054 Papa e Patriarca de Constantinopla separaram-se do
grémio da igreja por meio de excomunhão e a partir desse dia o lado Oriente apoiava o Império Bizantino e existia
uma igreja grega onde se consideravam ortodoxos já que seguiam a "doutrina certa" e a ocidente apoiavam o Sacro
Império e existia uma igreja latina sob proteção romana.

Os cavaleiros da quarta cruzada seguiram caminho par combater o infiel muçulmano e assaltaram e saquearam
Constantinopla, este acontecimento também é chamado de Cerco de Constantinopla. Este acontecimento fez com
que as pessoas do Oriente acreditassem que Bizâncio fosse infiel à sua fé já que se esqueceram que a partilhavam.

A Cristandade Ocidental face ao Islão

Em 610, um mercador chamado Maomet iniciou um novo objetivo religioso, ele acreditava que tinha sido mandado
por Deus para "tirar os Árabes da idolatria e conduzi-los à salvação". Foi então que numa noite enquanto meditava
viu o anjo S. Gabriel dizer-lhe "Maomet, tu és o profeta de Allah. Prega". Fig.3 Maomet

Até à sua morte, Maomet dedicou-se à glória de Allah e foi assim que foi fundada a nova religião, o Islão. Os árabes
viviam em tribos espalhadas pelo território, mas tornaram-se num povo unido pela mesma Fé. Para a espalhar eles
"pregaram a Guerra Santa, Jihad". Jihad é um conceito essencial da religião islâmica e significa "empenho", "esforço"
ou "luta". Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se buscar e conquistar a fé perfeita.

Esta religião foi aumentando cada vez mais e chegaram a dominar 3 continentes e, por isso, durante 4 séculos a
Cristandade diminuiu em comparação ao Islão. Esta religião foi se tornando cada vez mais poderosa a nível militar,
comercial e nas ciências, poesia e filosofia.

Em 1095, o ocidente pôs em prática várias ofensas militares a fim de libertar lugares cristãos que no momento
estavam dominados pelos muçulmanos. Este acontecimento é designado por "cruzadas". Cruzada é um termo
utilizado para designar qualquer dos movimentos militares cristãos que partiram da Europa Ocidental em direção à
Terra Santa e à cidade de Jerusalém com o intuito de conquistá-las, ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão.

Estas iniciativas foram sentidas em várias partes da Europa. Na Península Ibérica a Reconquista não teve problemas
em avançar, no Sul da Europa o domínio muçulmano diminuiu nas zonas costeiras e no Mediterrâneo as
embarcações cristãs "fizeram valer os seus direitos" voltando com as rotas antigas.

No século XIII tudo tinha voltado ao normal onde a rivalidade estava mais leve e equilibrada com movimentos de
ambas as partes mas no fim acabou por se perceber que o Ocidente era cristão e o Oriente muçulmano.

1.2. O quadro económico e demográfico- expansão e limites do crescimento

1.2.1 - A expansão agrária e o crescimento demográfico

A partir do séc. X o aumento demográfico levou a um aumento da população agrícola, já que a falta de alimentos
afetava o progresso da população. No ano 1000 a Europa estava coberta por florestas e no decorrer dos 3 séculos
seguintes os homens desbravaram bosques, amanharam baldios e secaram pântanos. Devido aos camponeses que
trabalhavam individualmente originaram se grandes arroteamentos com iniciativa também dos reis, senhores laicos
e ordens monásticas. Eram eles que ficavam responsáveis e capazes de fornecer as primeiras sementes entre outros
instrumentos, o que levou a um aumento da produtividade agrícola fazendo com que facilita se a distribuição de
alimentos na europa.

O crescimento demográfico

A população tornou se mais duradoura devido á melhor alimentação e diminuição de epidemias e doenças, o que
gerou um clima de paz levando a população da europa a duplicar-se. O crescimento demográfico vai permitir então a
expansão a população da europa assistindo se a um movimento de arroteias. (1)

1. Limpar os terrenos e secar os pântanos com objetivo de aumentar as áreas de cultivo.

1.2.2 O renascimento das cidades e a dinamização das trocas

Para além do desenvolvimento agrícola o clima de paz influenciou também o comércio e o artesanato o que levou ao
renascimento das cidades causando a dinamização das trocas.

O surto urbano

O aumento do número das cidades e do seu tamanho deu se ao redor dos castelos senhoriais, junto dos portos e
perto das vias de circulação transformando-se. Antes as cidades eram centros políticos que dependia do nobre ou
bispo que as habitavam, e desde o séc. XII as cidades assumiram um papel económico, político, militares e religiosos
onde os mercadores, banqueiros, artesãos e lojistas as enriqueciam. Surge um novo grupo social- a burguesia sendo
eles os habitantes do burgo. A cidade garante se então como um polo de atração económica atingindo o seu
crescimento.

A dinamização das trocas locais e regionais

Apesar das feiras animarem as cidades, eram os mercados que alimentavam a população estabelecendo uma ligação
entre as cidades e os campos, quando estas eram muito elevadas, as ligações eram feitas por almocreves. Devido
aos senhores cobrarem pesadas rendas, os mercados para os camponeses eram essenciais motivando os a produzir
cada vez mais. Também para garantir alguma segurança sobre a mercadoria criaram se regras e aqueles que
tentavam enganar o comprador estavam sujeitos a uma punição. Devido á repetição contínua do mercado
representando um grande volume de trocas contribuiu para a economia monetária (2), levando á expansão da rede
de trocas.

2. Sistema económico baseado nas trocas e circulação da moeda.

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