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resultante do seu processo histórico de formação. Desta forma, desde o início tornou-se uma
sociedade marcada por desigualdades sociais, educacionais e econômicas e isso ao passar do
tempo ficou ainda mais acentuado prevalecendo até os dias de hoje.
Enquanto as ciências exatas era estudadas as ciências sociais ficaram esquecidas resultando
num descompasso entre as o progresso cientifico e a evolução social.
Enquanto o homem se empenhava em conquistar a lua, perdia terreno em seu próprio grupo,
permitindo a formação de um clima propicio a luta de classes, choques ideológicos, aumento
da criminalidade. O pais foi ficando cada vez mais capitalista, as desigualdades se acentuaram
e a pobreza era tida com um fenômeno natural.
Desta forma, houve um despertar da consciência para a importância das ciências sociais e a
necessidade de estuda-las, pesquisa-las e desenvolve-las. Por isso, de algum tempo pra cá,
tornou-se obrigatório o estudo dessa ciência em todos os ensinos.
Considerando essa situação, o ensino da sociologia no ensino médio assume papel relevante
para o estudo das condições da sociedade e estimular o estudo das diversas culturas.
A escola inserida nesse contexto sofre influência dos conflitos entre as classes, reproduzindo
os conteúdos e saberes fortemente marcada pelos interesses da classe dominante e não leva
em consideração a vivencia e a realidade dos sujeitos. A matriz curricular das escolas é única e
eurocêntrica ela não se adapta a realidade social.
Prega que o maior investimento na educação torna o indivíduo mais competente para
concorrer no mercado de trabalho e que sua escolarização pode garantir uma posição melhor
ou uma mobilidade social. Contudo, esta teoria deposita no indivíduo a responsabilidade por
sua condição social. Esta teoria auxilia o capitalismo em seus anseios, formando a mão de obra
útil e necessária com os valores e atitudes que fomentam e ajudam o capitalismo em sua
perpetuação e que no fundo apenas mantém a estrutura existente e aumenta as mazelas
sociais.
A Teoria do Capital Humana oculta a desigualdade e mostra-se útil para mascarar a realidade e
manter a consciência alienada, pois esta teoria tenta explicar e depositar na educação o fator
essencial para a produtividade. No campo da educação, a Teoria do Capital Humano não
mostra seus verdadeiros objetivos, pois se coloca como um fator predominante para o
desenvolvimento econômico. Sendo assim, “uma das funções efetivas da Teoria do Capital
Humano reside não enquanto revela, mas enquanto esconde a verdadeira natureza dos
fenômenos” (FRIGOTTO, 1993, p. 53).
É nesse momento que se entra na problemática de que no Brasil, em seu ensino base, a
história e complexidade dos povos indígenas e da população negra se encontram resumidos à
descoberta do Brasil e ao período da escravidão, não se dava muita importância ao estudo
dessas culturas.
Essa conquista foi resultado de muitas lutas lutas sociais, mas isso não quer dizer que será
eficaz porque existe muitos elementos envolvidos como a capacitação dos professores a cerca
dessa temática, materiais didáticos, estruturas das escolas entre outros fatores.
Diante disso, para mudar essa realidade, foi aprovada em 2003 a lei 10.639 que altera a Lei das
Diretrizes Básicas da Educação – LDB – inserindo a história e cultura afro-brasileiras como
conteúdo obrigatório. Seis anos depois em 2008, a Lei 11.645 inclui também a história e
cultura dos povos indígenas brasileiras.
Essas leis tem como objetivo promover um processo educacional que reconhece e valoriza a
diversidade social brasileira. Nesse sentido, o espaço escolar, assume fundamental
importância para se pensar a realidade “racial” e social brasileira, visto que nosso pais se
caracteriza como um local de intenso convívio entre diferentes grupos sociais e raciais.