Ano 46 Nº 202 2020

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Dois novos livros sobre Maximafilia
MAXIMAFILIA
A pandemia de COVID-19 chegou em
2020 e não deixou pedra sobre pedra. O mundo
praticamente parou: importantes eventos foram
cancelados; praticamente tudo foi adiado – des-
de as Olimpíadas de Tóquio até a exposição Lu-
brapex; o teletrabalho virou rotina; o telefone ce-
lular, antes proibido nas escolas, acabou trazendo
a escola pra dentro dele; empregos foram perdi-
dos; vidas foram levadas. Enfim, sair de férias em
plena pandemia tinha tudo para ser um fiasco. O
que fazer? “E por que não fazer um livro”? E por
que não fazer logo dois de uma vez?
Pois assim foi feito: no dia 1º de agosto
de 2020, dia do selo brasileiro, tivemos o lança-
mento de dois novos livros sobre Maximafilia: o
“Catálogo Ilustrado de Máximos Postais Emiti-
dos pelos Correios do Brasil - 2ª edição - 2020”
e a compilação “14 Anos de Maximafilia (2006-
2020)”, respectivamente com 496 e 492 páginas.
A segunda edição do Catálogo Ilustrado
de Máximos Postais do Brasil
A segunda edição do Catálogo, além
de ter os novos máximos postais lançados no
período, traz também a atualização dos preços
(a base é de 6 reais por 1 euro) e a revisão dos
textos, imagens e numeração dos carimbos
do Zioni. O aspecto de “fichário” da primeira
edição, sem a numeração das folhas e com um
máximo postal por página, foi mantido, o que
permite ao colecionador imprimir as páginas
desejadas do catálogo e descartar aquelas pá-
ginas que não lhe servirem, montando assim
seu próprio álbum personalizado.
Capa do Catálogo Ilustrado de Máximos
Postais Emitidos pelos Correios do Brasil –
2ª edição - 2020
por Agnaldo de Souza Gabriel
Porém, a principal mudança está no até o ano de 2013, os Correios do Brasil emitiram
jeito de como a edição foi pensada: enquanto apenas 10 cartões-postais que permitissem má-
a primeira edição foi pensada para ser impressa ximos postais – e somente até 2015. Depois de
e acabou se tornando um arquivo PDF, esta edi- 2015, infelizmente, não tivemos mais emissões.
ção foi pensada inteiramente como sendo um Contando as possíveis variações de
arquivo PDF. Desta forma, os links funcionam selos sobre os cartões-postais emitidos, ti-
como hiperlinks e, a partir do link existente no vemos 20 máximos postais em 2014 (sete
início da página de cada máximo postal, é possí- cartões-postais diferentes) e mais outros 14
vel consultar mais informações sobre o selo no máximos postais em 2015 (três cartões-pos-
site Colnect. Lá podemos, por exemplo, verificar tais diferentes). A seguir temos algumas das
a numeração do selo em diversos outros catálo- imagens destes novos itens catalogados:
gos, como o Michel e o Yvert et Tellier.
Nesta obra estão as peças emitidas pe-
los Correios do Brasil, inclusive aqueles casos
em que a variante ou mesmo o máximo pos-
tal está em desacordo com as regras da FIP.
Nestes casos, indicamos a falta em relação às
regras estabelecidas, para que o colecionador
possa esclarecer suas dúvidas na busca das pe-
ças mais adequadas, de acordo com o objetivo
de sua coleção. No total, esta edição possui
488 máximos postais – um acréscimo de 41 2014 – A Arte do Futebol Brasileiro – (MAX-288)
novas peças em relação à edição anterior.
Um máximo postal esquecido!
Nesta edição foi incluído um máximo
postal de 1997, que não havia sido incluído na pri-
meira edição. No edital de lançamento do selo,
nº 23/1997, consta a emissão do cartão-postal, o
que justifica a sua inclusão do máximo postal. A
imagem desta peça apresentamos a seguir:
2014 – A Arte do Futebol Brasileiro –
(MAX-289, MAX-289A, MAX-289B e MAX-289C)
2014 – A Arte do Futebol Brasileiro
– (MAX-290 e MAX-290A)
1997 – 100 Anos da Presença Marista no
Brasil (sem numeração ainda)
Máximos postais emitidos
a partir de 2013
Desde a partir da primeira edição do Catá- 2014 – A Arte do Futebol Brasileiro
logo – que continha os máximos postais emitidos – (MAX-291, MAX-291A e MAX-291B)
 3
semestre de 2020, muitos dos quais
aqui mesmo na Filacap. No total, são
81 textos.

2014 – A Arte do Futebol Brasileiro 2015 – Quadrilhas Juninas – (MAX-296,

– (MAX-292 e MAX-292A) MAX-296A, MAX-296B e MAX-296C)

2015 – Pimentas Brasileiras – (MAX-297,

MAX-297A, MAX-297B e MAX-297C)

Novas variantes de máximos postais

Nesta edição também foram incluí-
das seis novas variantes de máximos pos-
tais já catalogados anteriormente, como no Capa do livro 14 Anos de Maximafilia
exemplo a seguir, de 1974: (2006-2020)

Na Internet
Ambos estão disponíveis para leitu-
ra, de forma gratuita, no Portal Issuu, nos
2014 – Capim Dourado - O Ouro do Jalapão – links a seguir:
(MAX-293, MAX-293A,
MAX-293B e MAX-293C) • Catálogo Ilustrado de Máximos
Postais Emitidos pelos Correios do Brasil –
2ª edição - 2020
https://issuu.com/
1974 – Copa do Mundo de 1974 (MAX-030
agnaldodesouzagabriel/docs/cat_logo_
com o selo do bloco) ilustrado_de_m_ximos_postais_2a_
edi__o_20
14 Anos de Maximafilia (2016-2020) • 14 Anos de Maximafilia (2006-2020)
O segundo livro é uma compila- https://issuu.com/agnaldodesou-
ção dos meus artigos sobre Maximafi- zagabriel/docs/14_anos_de_maximafi-
lia publicados entre 2006 e o primeiro lia_-_2006-2020
2014 – Animais Pré-Históricos do Brasil –
(MAX-294, MAX-294A,
MAX-294B e MAX-294C)

2015 – Abelhas Brasileiras Melíponas

– (MAX-295, MAX-295A, MAX-295B,
MAX-295C, MAX-295D e MAX-295E)
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AS “FALSAS” AGENCIAS FERROVIÁRIAS
NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Definição de Agência Ferroviária
“Agências Ferroviárias” é como
nos referimos às agências postais insta-
ladas dentro de estações ferroviárias, ou
bem próximas a elas. Havia na época uma
instrução da Diretoria dos Correios suge-
rindo que, “na medida do possível”, fos-
sem criadas agências postais em estações
ferroviárias recém-abertas.
As agências serviam às estações
bem como às localidades que se desen-
volveram à sua volta. Tinham subordina-
ção independente do serviço ferroviário,
respondendo à mesma estrutura hierár-
quica das agências dos correios tradicio-
nais.
A primeira agência ferroviária que
tenho notícia foi criada em 1859 na esta-
ção de Belém, inaugurada em novembro
de 1858 na EFDP II [1]. A estação ainda
existe como nome de Japeri, no municí-
pio de mesmo nome.
Quais os critérios para classificação
de uma agência como ferroviária?
Não existe um critério preciso na
definição de uma determinada agência
como ferroviária. Só há uma certeza: ela
precisa estar em localidade servida por
uma linha ferroviária. São centenas as
agências que sabemos estiveram em es-
tação, através de referências em boletins
postais, relatórios do correio,guias pos-
tais e notas de imprensa.
Mas, convenhamos: garantia mes-
mo é um carimbo com legenda “ESTAÇÃO”
(e suas abreviaturas: “ESTAÇ.”, “EST.” ou
“E.”) ou o nome da Estrada de Ferro/Linha
ou Ramal. Tenho listadas 105 agencias
com essas características [2]. Esse fator
parece ser determinante, tanto que é ado-
tado pelos filatelistas como o critério bási-
co de inclusão em suas coleções. Seguem
exemplos extraídos do meu site:
As “falsas” agências ferroviárias
No entanto, são conhecidas algu-
mas poucas exceções grafadas com essas
legendas mas que nem mesmo estiveram
no traçado de alguma ferrovia; suas ma-
las seguiam ao destino por estafetas a
partir de uma estação próxima, conforme
texto do guia postal. Cada uma delas tem
a sua particularidade e as apresentamos
abaixo [3].
Exemplo 1 – Cachoeiros de Macaé
: como se lê no detalhado GP de 1906 as
malas da agência Cachoeiros de Macaé,
(povoado) em Macaé (ERJ 605) seguiam
pela estação de Rocha Leão e “dahi ao
destino por estafeta”. A estação ficava a
18 km no vizinho município de Casimiro de
Abreu. Vale ressaltar que a estação tam-
bém possuía agência própria desde 1888.
Exemplo 2 - Córrego do Prata: lê-se
aqui que as malas da agência Córrego do
Prata (povoado), no Carmo (ERJ 361) se-
guiam pela estação de Bacellar, via cidade
do Carmo, também a 18 km.
Exemplo 3- Monte Serrat: pela sua
peculiaridade, este caso merece um pre-
âmbulo. A EF D. Pedro II, após Três Rios,
segue em direção norte até cruzar o rio
Paraibuna, que é a divisa das províncias
do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A partir
daí, seu traçado sobe o rio quase sempre
pela margem mineira. Várias estações nes-
se trecho tiveram agências no seu prédio
e estas, por algum tempo, respondendo
à DR-RJ. Entre elas, a agência de Parahy-
buna, na estação de mesmo nome, criada
em 1875. No entanto, o desenvolvimento
da freguesia de Monte Serrat, na margem
oposta, em território fluminense, acabou
por justificar em 1886 a transferência da
Por Paulo Novaes*
agência para seu território.
Aqui começa nosso exemplo: as
malas da “nova” agência Monte Serrat con-
tinuavam seguindo pela estação de Parai-
buna, na outra margem, e entregues por
estafeta, como se vê no GP 1906. Entretan-
to ela manteria em seus carimbos a legen-
da EST. até 1928, a meu ver indevidamente.
Note o carimbo de 1901 trazendo (EST.) e o
registro do GP 1906 como freguesia.
Exemplo 4 – Rio Preto- vale tam-
bém um preâmbulo: a EF União Valencia-
na foi autorizada em 1866 a fazer a ligação
de Valença à EF D. Pedro II, o que aconte-
ceu em 1871. O governo em 1877 também
aprovou seu prolongamento até Rio Preto
(MG) onde chegou em 1880. Essa cidade
já possuía uma agência desde 1846, con-
forme nota ambígua na Gazeta do Imperio
(10/1846) que nos revela como era vaga
na época a definição das divisas provin-
ciais (a nota reza “nos limites”).
De fato, os GPs de 1856 e 1906 a posi-
cionam em Minas. Por outro lado, a EF União
Valenciana foi toda construída pela margem
fluminense do rio Preto. Assim, como explicar
o GP 1906 que reza “pela União Valenciana ao
destino”? O ‘destino’ está do outro lado do rio,
o próprio GP deixa isso claro. Por que uma agên-
cia mineira usaria um carimbo com legenda EST.
RIO PRETO? Há quem advogue a existência de
uma segunda agência na estação (no caso, no
RJ), porém não encontrei esse registro.

Conclusões: não ficam claros os
motivos pelos quais existiram essas exce-
ções. Mas a esse respeito compartilho al-
gumas ideias que me ocorreram ao longo
deste estudo.
Começo por analisar as dezenas de
agências que de fato estavam localizadas
em estações e que usaram essa distinção
em seus carimbos. Por quê? Talvez por
ser um fator de desambiguação de locali-
dade, já que na época tanto as ferrovias
quanto – e principalmente – os correios
não foram muito eficientes em garantir a
unicidade de endereços havendo sempre
várias localidades com mesmo nome no
território nacional (os filatelistas que o di-
gam). Assim, estação poderia ser um fator
diferenciador.
Essa tese tem respaldo na análise
do endereçamento de cartas da época –
é comum que seja adicionado algo como
“na linha de tal” ou “estação tal” ao en-
dereço de destino. De qualquer forma, só
esse fato não explicaria nossas exceções.
Talvez o status de se mostrar servida por
ferrovia fosse também um motivador.
Notas e informações
[1] tabela Agencias Postais do Im-
perio do Brasil publicada em 1885.
[2] essa tabela está disponível em
agenciaspostais.com.br/?page_id=6897
Trata-se de um trabalho ainda em cons-
trução do qual este capítulo é parte.
[3] as imagens de carimbos são do
site agências postais e os verbetes que os
citam são do Guia Postal de 1906.
* Paulo Novaes é filatelista e se
dedica à história postal do estado do
Rio de Janeiro através dos carimbos
de suas agências postais. É editor
do site agenciaspostais.com.br.
FALSÁRIO DESTRÓI
PEÇA HISTÓRICA
DUPLO CRIME FILATÉLICO
Uma das tarefas mais árduas na ven-
da de selos postais de valor está no exame de
cada item. Um selo clássico deve ser examina-
do na benzina, sob uma lâmpada ultravioleta
e em alguns casos até devemos lavar a peça
para encontrar eventuais restaurações.
Um dos selos brasileiros mais procurados
são os Olhos de Boi, a nossa primeira emissão postal.
O 60 réis Olho de Boi em particular, reflete a tempe-
ratura do mercado. Ele é o termômetro da situação
econômica. A cotação do número 2 do Brasil indica
se o mercado está aquecido, brando ou frio.
Os Olhos de Boi foram incinerados no Rio
de Janeiro (Corte) no dia 30 de março de 1846.
Ele continuava sendo utilizado, porém não ha-
viam mais exemplares à venda nos Correios.
Na época as cidades distantes da Corte
recebiam as notícias com bastante atraso.
Vale lembrar que em fevereiro de 1890
uma embarcação havia chegado à Cuiabá trazen-
do as novidades da capital. Ainda estava hastea-
da a Bandeira Imperial quando as notícias da Pro-
clamação da República já eram águas passadas.
O então Governador com espanto disse: Ainda
bem que vocês avisaram, pois por estes dias eu
resolvi prender alguns republicanos acreditando
que estes eram revolucionários. Sou eu, monar-
quista convicto, que poderei ser preso.
Da mesma forma foram nos estados e
cidades distantes que temos a utilização tardia
das nossas primeiras emissões postais.
Olhos de Boi com datas de 1851 até
1854 geralmente aparecem de forma manus-
crita em peças utilizadas no Mato Grosso. A
comunicação fluvial era realizada pela bacia
do Prata, passando por Montevidéu. Essas via-
gens deviam ser longas e cansativas.
Mas até quando foram empregados
os Olhos de Boi?
ac.filacap@gmail.com
5
*Peter Meyer
Qualocarimbocomaúltimadataconhecida?
Até os anos 90 conhecíamos como
última data um exemplar empregado em
Cuiabá no ano de 1853.
Sabe-se que as obliterações manuscri-
tas são facilmente retiradas quimicamente.
Alguns falsários interessados em
transformar selos utilizados em selos novos
realizam verdadeiras proezas químicas.
Um Olho de Boi novo vale muitas vezes
uma peça carimbada e isto motiva certas pessoas a
cometer um CRIME FILATÉLICO. Lavam, adulteram
e modificam as características originais da peça.
Em UM CASO ESPECÍFICO um destes
idiotas cometeu um
DUPLO CRIME FILATÉ-
LICO.
Examinando
uma peça com cui-
dado, cuja descrição
seria: 60 réis Olho de
Boi, margens pequenas, NOVO encontramos
vestígios de tinta.
Com o auxílio de luzes especiais e de pro-
gramas específicos para o exame dos selos postais
constatamos que foi removida a data de 1854 do
exemplar de 60 réis Olho de Boi ilustrado abaixo:
Para poder tornar visível o número “54”
desta ilustração realizamos um verdadeiro
malabarismo eletrônico.
Não tenho adjetivos para classificar esta
anta que foi lavar uma preciosidade filatélica,
eliminando uma das peças mais raras da filatelia
nacional. Um duplo CRIME FILATÉLICO.
*Peter Meyer é comerciante
Filatélico e editor do Catálogo
de Selos do Brasil (Editora RHM).
6
Contribuição ao Estudo de Variações
nos Aerogramas Oficiais Brasileiros
Henrique Costa Braga - Associado SPP, AFNB &Filacap - bragaseg@yahoo.com.br
Inteiro Postal é o “nome dado a todo dos como sendo curiosidades, variedades, ou trada (Figura 2) não há nenhuma mensagem
invólucro postal, envelope, cinta, bilhete, ae- mesmo eventualmente serem considerados impressa e nem a assinatura da autora da
rograma e outros, no qual o selo já vem im- comosendo novos itens tipo. Apesar de va- arte (Lúcia TV Ramos).
presso, ou estampado o valor da franquia” lorosa, neste trabalho não se vai realizar essa
(QUEIROZ, 1988). Assim existe uma ampla classificação, sendo assim todos os itens aqui c) Aero-
variedade de Inteiros Postais, dentro os quais apresentados serão apenas denominados sim- grama Social de
os do tipo aerograma.Ainda conforme Quei- plesmente de variações. Todas as imagens exi- Nataldo ano de
roz, aerograma é uma “fórmula especial para bidas a seguir foram obtidas por escaneamen- 1986, código AS-
missiva aérea, já franqueada, posta à dispo- to digital das próprias peças, sendo a moldura 08-16-06, com a
sição do público pelos Correios e que, uma em torno das imagens digitalmente acrescen- imagem de uma
vez dobrada, transforma-se numa espécie de tada para sua melhor visualização. Nenhuma pomba carre-
envelope”. Aerogramas foram emitidos pelos peça foi danificada ou desmembrada no de- gando um ramo
correios brasileiros entre os anos de 1974 e correr deste trabalho. no bico com um
2015. Em mais de 40 anos de história os ae- a) Ae- arco-íris ao fun-
rogramas tiveram um importante papel na rograma Social do e mensagem,
filatelia e história postal recente brasileira. de Natal do ano possuindo um
Sem contar com as curiosidades e va- de 1979, sem destacado deslo-
Figura 3
riedades, e também desconsiderando as emis- código,com a camento da cor
sões particulares, já são conhecidos quase cinco mensagem“Feliz amarela em torno do pássaro (Figura 3).
centenas de aerogramas diferentes. Ainda não NatalPróspe-
existe um catálogo consolidado contendo a re- ro Ano Novo”
lação detodos os aerogramas oficiais brasileiros, e imagem de
sendo atualmente o sítio do filatelista Miguel cinco anjos em
Magalhães (2020) a referência mais completa um ato musical,
sobre o assunto. Adicionalmente Magalhães possuindo um
(2018a, 2018b, 2019a, 2019b) vem publican- expressivo des-
Figura 1 
do no Boletim da SPP – Sociedade Philatelica locamento de
Paulista uma série de listagens de aerogramas cores em toda a imagem (Figura 1).
separados em função da sua natureza. Especi-
ficamente sobre os aerogramas sociais de Natal b) Ae-
se tem o trabalho de Hélion Oliveira e Reinaldo rograma Social
Macedo (2007), além do sitio do filatelista João de Nataldo ano
Alberto da Silva (2020). Ressalta-se que além de de 1979, sem
listagens, relevantes estudos já foram feitos so- código,com d) Aerogramas Sociais de Natal do
bre alguns dos aerogramas e de suas variações, um vitral em ano de 1987.
onde destaco os do próprio filatelista Reinaldo tons de azul e Neste ano de
Macedo (2007, 2011, 2019). Entretanto, apesar verde,contendo 1987, diferente-
do apresentado,sem dúvida muito se encontra a mensagem mente do ocor-
ainda a ser discutido e descoberto. “Boas Festas” no rido nos anos
Itens filatélicos que possuem variações item tipo, mas na anteriores que
em relação ao item tipo podem ser classifica- variação encon- Figura 2 tiveram muitas
emissões, como
exemplo 1986 Figura 4
com 20 emis-
sões de aerogramas de natal, são conhe-
cidas apenas três emissões com imagens
novas. O selo fixo de todos os aerogramas
de natal de 1987 possui a imagem de uma
pomba virada para a direita com uma bar-
rahorizontal fosforescente no seu meio
(Figura 4).

Entretanto Hélion e Macedo (2007)

registram a existência da imagem dos ae-
rogramas de 1986 da imagem de uma
mulher com criança no colo, com e sem a
mensagem (códigos AS-08-01-06 e AS-08-

02-06 respectivamente), e do pássaro com
o ramo no bico, também com e sem a men-
sagem (códigos AS-08-15-06 e AS-08-16-06
respectivamente), mas não com o espera-
do selo fixo do aerograma de natal de 1986,
e sim com o selo fixo do aerograma de natal
de 1987. Magalhães (2018b)registra a exis-
tência do aerograma de natal de 1988 do
pássaro com uma estrela no bico (código
AS-08-02-08), mas também com o selo fixo
do aerograma de natal de 1987.
São emissões curiosas ainda muito
pouco conhecidas entre os próprios filatelistas.
Contribuindo um pouco para melhor se com-
preender essas pitorescas emissões algumas
estão apresentadas em vídeo (BRAGA, 2020).
e) Aero-
grama Regular
do ano de 1997
- Região Sudeste.
Macedo (2019)
registra diversas
variações deste
aerograma, com
várias tiragens, in-
clusive com emis- Figura 5
sões nos anos de 1998 e 1999, entretanto todas
com alguma forma de fosforescência sobre o
selo fixo. Mas existe emissão típica do ano de
1997 sem nenhuma fosforescência (Figura 5).
 
f) Aerograma Regular Viagem Brasil Mi-
ckey, de 1998. No aerograma tipo o verso possui
ao fundo uma tênue imagem do personagem
Mickey da Disney, circundado por diversas tam-
bém tênues imagens de pontos turísticos do Bra-
sil. Entretanto na variação encontrada o aerogra-
ma possui o verso totalmente em branco.
g) Aero-
grama do Dia
dos Pais do ano
de 1998, com
um persona-
gem pai estiliza-
do como gênio
com a mensa-
gem “Pai, você
é genial!”, códi-
go 74020001-1
(Figura 6). O
selo fixo dessa Figura 6
emissão possui
o desenho de um pássaro levando um en-
velope. Foi encontrado esse mesmo aero-
grama, com a mesma arte, código e selo
fixo, mas com a indicação de impressão do
ano de 1999. Além disso, o selo fixo da im-
pressão do ano de 1998 possui uma fosfo-
rescência em forma triangular, enquanto
o selo fixo da impressão do ano de 1999
possui uma fosforescência em forma re-
tangularna borda (Figura 7).
Figura 7
h) Aerograma Social de Natal do
ano de 2008 com a bandeira nacional estili-
zada em forma de árvore de natal e código
740102150 (Figura 8). Magalhães registra a
existência desse aerograma nas dimensões
221 mm x 230 mm. Essa dimensão foi o novo
padrão adotado desde 2008 para os aerogra-
mas de natal. Entretanto foi encontrado aero-
grama de natal com o mesmo código, e com
arte, cores e selo fixo similares, apesar de não
idênticos, mas nas dimensões de 158 mm x
227 mm (Figura 9). Essa dimensão de 158 mm
x 227 mm é típica do padrão adotado para os
aerogramas de natal dos anos anteriores. Ou-
tra diferença marcante entre ambosaerogra-
mas é que o selo fixo da emissão mais larga
possui fosforescência em toda a sua área, en-
quanto não foi encontrada fosforescência no
selo fixo da emissão menos larga.
Figura 8
Figura 9
i) Aerograma Regular do ano de
2013 em homenagem aos 350 anos dos
Correios. Possui fitas adesivas nas laterais
e código 740200798. Existe emissão com
a mesma imagem, mas sem a fita adesiva
nas laterais, com o código 740200801 (Fi-
gura 10). Um aspecto curioso é que esses
códigos são os mesmos códigos emprega-
dos na emissão do aerograma regular de
7
2011 “Selo Pos-
tal: Natureza
Viva” nas suas
versões com
e sem fita res-
pectivamente.
Figura 10
Assim este
trabalho visou ofe-
recer uma modestíssima contribuição sobre o assun-
to apresentando algumas variações até o momento
não registradas nas fontes já citadas, ou que mesmo
já registradas considerei merecedoras de um maior
detalhamento. Também se espera que dessa forma-
esteja incentivando outros filatelistas a continuarem
esse trabalho.Apesar de todo o conhecimento já acu-
mulado, a maior parte das variações dos aerogramas
simplesmente ainda está a ser registrada.
Ressalto que é um trabalho em de-
senvolvimento, assim novas descobertas ou
informações podem trazer alteraçõesno que
foi apresentado. Na verdade a própria nomen-
clatura técnica e alguns parâmetros utilizados
ainda necessitam de uma maior discussão e
padronização entre os pesquisadores da área.
Aproveito para parabenizar os filate-
listas Miguel Magalhães e Reinaldo Macedo,
assim como a todos os demais filatelistas que
estudaram os aerogramas e que colaboram
na sua divulgação, pelas fundamentais contri-
buições que já realizaram sobre esse assunto.
Por fim faço votos para que em breve a filatelia
brasileira possa contar com um catálogo con-
solidado sobre essas belíssimas emissões.
REFERÊNCIAS:
BRAGA, H. C. Aerogramas Sociais de Natal com Selo Fixo de 1987
e Imagem de 1986: AS-08-01-06 e AS-08-02-06. 2020. Disponível
em <https://www.youtube.com/watch?v=8X4XBA-idCw>.
Acesso em 22jun 2020.
MACEDO, R. Justificativa Eleitoral. COFI - Correio Filatélico, v.
30, n. 206, p. 20-23, 2007.
MACEDO, R. Disney na Filatelia Brasileira.A Filatelia Brasileira.
v. 7, n. 15, p. 62-66, 2011.
MACEDO, R. Aerograma Nacional – Emissões de 1997.Boletim
Informativo da Sociedade Philatelica Paulista. n. 234, p. 83-88,
abr. 2019.
MAGALHÃES, M. R. Estudo dos Aerogramas do Brasil.Boletim
Informativo da Sociedade Philatelica Paulista. n. 232, p. 52-59, ago 2018a.
______ n. 233, p. 50-57, dez 2018b.
______ n. 234, p. 51- 52. abr 2019a.
MAGALHÃES, M. R. Aerogramas Dia dos Pais.Boletim Informativo
da Sociedade Philatelica Paulista. n. 236, p. 81- 86. dez 2019b.
MAGALHÃES, M. R. Filatelia, História e Cultura:Brasil. 2020.
Sitio na internet. Disponível em: <https://migrmag.wixsite.com/
culturafilatelica/brasil>. Acesso em 22jun. 2020.
QUEIROZ, R. G. Dicionário do Filatelista. Brasília: Thesaurus, 1988.
SILVA, J. A. C. Catálogo de Aerogramas – Natal. 2020. Disponível em
<http://www.selosefilatelia.com/PastaAerogramas/catalogo.html>.
Acessado em 22 jun 2020.
OLIVEIRA, H. M., MACEDO, R. E. Catálogo Brasileiro de Filatelia
Natalina. Centro Temática de Campinas, 2ª ed., 2007.
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1972 - SESQUICENTENÁRIO
DA INDEPENDÊNCIA (1822-1972)
Em 1972 foi celebrado o Sesquicen-
tenário da Independência (1822-1972). Vá-
rias atividades comemorativas aconteceram
durante o ano para celebrar o fato histórico.
Translado D. Pedro I
O principal evento foi o translado
dos restos mortais de Dom Pedro I de Por-
tugal para o Brasil. Dom Pedro I, feito impe-
rador do Brasil em 12 de outubro de 1822,
morreu e foi enterrado em Portugal em
1834. Ele havia abdicado do trono brasileiro
três anos antes e regressado para a Europa.
A 11 de abril de 1972, o esquife com os des-
pojos de D. Pedro I deixa Lisboa, a bordo do
navio Funchal, seguindo para o Brasil, onde
aportou na cidade do Rio de Janeiro em 22
de abril. A partir desta cidade teve início a
peregrinação dos seus despojos por todas
as capitais brasileiras, de abril a setembro,
quando finalmente chegaram a São Paulo
para o grande encerramento das festivida-
des, em 7 de setembro, sendo abrigados na
cripta do Monumento à Independência.
Monumento à Independência
Em junho e julho, re-
alizou-se um campeonato in-
ternacional de futebol, tendo
como objeto de disputa a Taça
Independência, que reuniu cer-
ca de 20 seleções do mundo ao
longo de 28 dias. As partidas
aconteceram nos principais es-
Taça
tádios do país (Beira Rio, Minei- independencia
rão, Fonte Nova, entre outros), e a grande
José Paulo Braida Lopes
final foi entre Brasil e Portugal, partida dis-
putada no Estádio do Maracanã. A seleção
brasileira sagrou-se campeã, vencendo por
1 a 0, com gol marcado por Jairzinho aos 44
minutos da etapa final, diante de um públi-
co de, aproximadamente, 100 mil pessoas.
Em setem-
bro estreou o filme
“Independência ou
Morte”; dirigido
por Carlos Coimbra
e produzido por
Oswaldo Massaini.
Foi estrelado por
Tarcísio Meira (no
papel de D. Pedro
I) e Glória Menezes
(interpretando a Cartaz do Filme
Marquesa de Santos), astros das telenove-
las exibidas pela Rede Globo. O filme reuniu
o maior elenco até então formado no país
Em 1972 foram emitidos 48 selos
comemorativos + 3 selos destacados de
bloco (RHM C0721 ao C0772) e 3 blocos
comemorativos (B031 ao B033) assim dis-
tribuídos: Turismo Nacional (4 selos), Visita
 9
do Presidente da Argentina (1 selo), Home- No bloco
nagem aos Presidentes da Revolução de B031 – Cinquente-
1964 (1 selo), Visita do Presidente de Por- nário da Semana de
tugal (1 selo), Recursos Minerais do País (4 Arte Moderna de
selos), Cinquentenário da Semana de Arte 1922, o símbolo se
Moderna (1 bloco), Integração Nacional (4 confunde com o de-
selos), Indústria Nacional (3 selos), Artes senho do bloco. Ele
Populares (3 selos), Promoção da EXFIL- está logo abaixo do Medalha
BRA (1 bloco), Folclore Nacional (5 selos), selo do bloco. Suplemento Manchete
Exposição Interamericana de Filatelia (3
selos), Sesquicentenário da Independência O único selo Simbolo pouco visivel
(5 selos), Campeão Mundial de Formula 1 do ano de 1972 em
(1 bloco), Desenvolvimento Nacional (4 se- que o símbolo não
los), Homenagem ao Congresso Nacional (1 foi utilizado é o
selo), Natal (1 selo), Homenagem a Terra e selo do Natal (RHM
ao Homem (4 selos) e Homenagem às For- C0764). No selo o
ças Armadas (4 selos + 1 vinheta). ano “72” aparece,
Em todos os selos e blocos foram o que não acontece
Livro Cerveja
impressos o símbolo do Sesquicentenário, nas outras emissões
exceto no selo de Natal (RHM C0764). No do ano.
selo do Natal aparece o ano “72”, o que
não acontece nos demais selos e nos blo- A utilização
cos, onde o ano de 1972 é identificado pelo de um símbolo em
símbolo. praticamente to- Selo do Natal sem o simbolo
O símbolo foi idealizado pelo publi- das as emissões de selo no ano de 1972 é
citário Aloísio Magalhães (1927-1982) para um caso único na filatelia comemorativa
ser utilizado nos selos dos Correios. Segun- do Brasil, desde suas primeiras impres-
do Aluízio: “o símbolo é pequeno, linear, sões, em 1900, até os dias atuais. Moeda Comemorativa

podendo ser as cores sombreadas em ver- Nem mesmo em anos com algum
de e amarelo, ou preto e branco, e entrará evento significativo, tal como em 2000
nos selos apenas como uma marca”. quando se celebrou os 500 anos do Des-
cobrimento do Brasil, foi utilizada uma
marca nos selos como acontecido em
1972. É uma característica deste ano e
Logomarca coloria Logomarca preto-branca que torna os selos com um visual, para
O selo come- identificação, diferente do normal. Nes-
morativo da Visita do tes o ano está sempre impresso, mas não
Presidente de Portu- como um símbolo. Simbolo com grande destaque
gal (RHM C0727) é o O símbolo, que havia sido criado FONTES:
único em que o sím- para a Empresa de Correios e Telégrafos, • Catálogo RHM 2019
Simbolo colorido
bolo é colorido. foi aproveitado pela Comissão de Feste- • http://livros01.livrosgratis.com.br/cp089512.pdf
jos do Sesquicentenário para utilização •https://anpuh.org.br/uploads/anais-simposios/
pdf/2019-01/1548206373_d0e5f0cf209e8e2346420984d-
Todos os de- como o símbolo oficial do evento, pas- beeb957.pdf
mais selos e blocos sando a ser utilizado em propagandas ofi- •http://www.snh2011.anpuh.org/resources/
tem o símbolo em ciais, comerciais, moedas e outras formas anais/14/1300478234_ARQUIVO_ANPUH2011.pdf
preto e branco, se- visuais. •http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx
melhante ao selo da
Promoção do Turis-
mo – Festa do Bon-
fim (RHM C0721)

Nos dois
exemplos mostra-
dos anteriormente
o símbolo é bem Simbolo preto e branco

destacado. Em al-
guns selos, como
o Homenagem a
Terra e o Homem
– Trânsito (RHM
C0766), o símbolo é
Simbolo com pouco destaque
bem reduzido.
 NOSSA SENHORA APARECIDA
10
- Uma História de Fé e Devoção
Em 1717, a descoberta da Imagem da
Imaculada Conceição nas águas do rio Pa-
raíba do Sul, por pescadores, iniciou uma
história de atos milagrosos que levaram ao
culto da Imagem, a criação de uma cape-
la, tornada igreja, depois basílica a atual-
mente o maior centro religioso do mundo.
Nossa Senhora Aparecida tornou-se a Pa-
droeira do Brasil e a cidade de Aparecida a
Capital Mariana do país.
Esta importância religiosa originou di-
versos selos, dezenas de carimbos postais
(comemorativos e datadores), inteiros
postais, blocos e outras peças filatélicas
paralelas. A maioria do Brasil, mas tam-
bém alguns de outros países.
Com mais de 300 anos de história, pode
parecer fácil fazer uma coleção temática re-
lativa a Nossa Senhora Aparecida, um sub-
tema de religiosidade brasileira. Mas, a rea-
lidade é bem diferente. Diversas tentativas
foram feitas para se montar coleções desta
natureza, mas não passaram de temática
no estilo antigo (“por assunto”), sem um
roteiro definido, com repetição de peças,
particularmente de máximos postais, nem
sempre de acordo com suas normas. Co-
leciono selos religiosos, em particular do
tema “Aparecida” e achava difícil se fazer
esta coleção e até quase impossível, pois
era algo muito específico, além de neces-
sitar atender aos regulamentos. Todavia,
após conversas com filatelistas experien-
tes, leituras dos regulamentos temáticos e
de artigos sobre coleções religiosas, resolvi
enfrentar este desafio, aumentado com um
tempo limitado, pois no período de 06 a 10
de agosto de 2019 teríamos a Exposição Fi-
latélica Nacional Brapex, para qual inscrevi
a coleção.
Apesar da grande quantidade de peças,
José Júlio de Assis Braga (josejulioab@gmail.com)
há muita repetição de imagens e assuntos, mas também históricas, essenciais para se
de modo que não há como se fazer uma montar uma coleção.
coleção usual de cinco quadros consisten- Era preciso explicar fé e devoção a
te sobre Aparecida, entretanto uma cole- Nossa Senhora Aparecida, os reconheci-
ção na categoria de Um Quadro é possível mentos, a consagração, as visitas papais,
e hoje, com mais pesquisas e mais peças, enfim, a grandiosidade da Basílica e sua
caminha-se para uma de dois painéis. inserção no cenário religioso e histórico.
Após meses de dúvidas e indefinições, Também falar da cidade de Aparecida, de
idas e vindas, precisava de uma definição sua importância religiosa e simbólica, de
do rumo a tomar, de como fazer a coleção. sua economia. E isto, apenas com peças
Precisei voltar a estudar, a fundo, a Histó- filatélicas, a serem enquadradas nos res-
ria de Aparecida, não apenas com referên- pectivos capítulos.
cia a Nossa Senhora, mas da cidade, a qual Outro dilema foi a montagem. Havia
nasceu da fé religiosa e principalmente do mais a apresentar que as 16 folhas da cole-
entorno da devoção à Santa. ção de Um Quadro permitiam, obrigando
Embora o tema proporcione caminhos a uma seleção de peças, optando-se pelas
diversos, escolhi um roteiro específico, no melhores, mas a questão de obediência
qual enfatizei a fé e a devoção a Nossa Se- ao roteiro, à sua cronologia, de se evitar a
nhora, principais itens no aspecto religio- indesejável repetição de peças ou de ima-
so. Procurei abordar também o aspecto gens, enfim, foi uma questão que levou a
histórico, que permitiu um maior e melhor
aproveitamento das peças, introduzindo
assuntos paralelos. O roteiro, objeto de
muitas alterações ao longo do trabalho,
pela dificuldade de se concatenar a cro-
nologia histórica com a religiosidade, foi
a maior dificuldade a ser superada, pois
além de atender aos regulamentos, de
dosar e equilibrar os capítulos e permitir
o enquadramento e introdução das peças,
precisa-se agradar e convencer a todos,
além do próprio colecionador.
Descobri, após anos como filatelista,
que organizar uma coleção temática, den-
tro das regras, gera um trabalho muito
além do esperado, ainda mais apresen-
tando uma abordagem original e inédita.
Como católico, aparecidense conhecedor
da cidade e região, bem como de seu con-
texto, verifiquei que necessitava de mui-
to mais pesquisas, não apenas filatélicas,

muitos dias de trabalho até um resultado
final. Pensava ter muito material, mas era
insuficiente e foi preciso se escolher máxi-
mos postais realmente “máximos”, se ga-
rimpar variedades de peças, peças circu-
ladas, diferenciadas, como vales postais,
jornais e telegramas. A dificuldade maior
foi em exibir as peças com concordância
entre a imagem e o texto, eliminando-se
peças com imagens dúbias. Por fim, con-
segui conclui-la, com as principais peças
existentes, com mais de 90% das varieda-
des conhecidas, sem erros históricos ou
religiosos e, principalmente, dentro das
regras do colecionismo temático. Procu-
rou-se valorizar a originalidade, e destacar
a especificidade do tema, a abordagem de
assuntos paralelos, mas convergentes ao
tema principal, todos com a imprescindí-
vel referência filatélica.
A minha formação filatélica “tradicio-
nal” por vezes conflitava (e muito) com a
“temática”, mas este trabalho me fez vol-
tar a estudar, a rever conceitos e aprender
outros, a enxergar melhor a Filatelia e ver
que a Filatelia Temática, a mais democrá-
tica das modalidades filatélicas, nos traz
uma enorme gratificação: “Uma coleção
de tema religioso pavimenta o caminho
que nos leva a Deus, fazendo com que o fi-
11
latelista, aos poucos, compreenda melhor
a sua fé, ao pesquisar, ao estudar, ao ler e
meditar sobre sua coleção. A gratificação
proporcionada pela Filatelia é ainda maior
na temática religiosa, pois ao nos envol-
vermos com os espíritos, os deuses, os
santos, enfim, aqueles que criaram ou fi-
zeram a história de nossa religião, seja ela
qual for, estaremos nos envolvendo com
a arte, a história e as nossas crenças. Esta
gratificação, de um modo leve, salutar e
agradável, somente a Filatelia nos propor-
ciona....” (Geraldo de Andrade Ribeiro Jr.,
em Filatelia Religiosa, Filacap Especial nº
158B, Jul/2008).
 Bruno Diniz - Historiador, Numismata e Notafilista
12
O DEFICIENTE FÍSICO NA FILATELIA
JOGOS PARA SURDOS
Parte IX
OLIMPÍADAS PARA SURDOS
As Surdolimpíadas (Deaflympics),
também conhecidas por Olimpíadas para
Surdos é um evento multidesportivo inter-
nacional organizado para atletas surdos pelo
Comitê Internacional de Desportos para Sur-
dos e ocorrem a cada quatro anos.
HISTÓRICO
O primeiro evento esportivo para porta-
dores de necessidades especiais foram realizados
em Paris, em 1924. Foram suspensos durante a
Segunda Guerra Mundial (como a maioria dos
acontecimentos esportivos mundiais). Em 1949
foi criada a modalidade de jogos de inverno.
Inicialmente, se originou como Jogos
Internacionais Silenciosos no período de 1924
a 1965. De 1966 a 1999 tiveram outra no-
menclatura, Jogos Mundiais Silenciosos. Des-
de 2000, adota-se o nome Surdolimpíadas.
Para participar nos Jogos, os atletas
devem ter perdido 55 décibeis no seu melhor
ouvido melhor. Aparelhos auditivos, implantes
cocheares e qualquer objeto do tipo não tem
seu uso permitido na competição, ou seja, to-
dos os atletas devem estar no mesmo nível.
Existem adaptações para que os sur-
dos possam compreender o que está acon-
tecendo, por exemplo, o juiz se utiliza de
uma bandeira vermelha, enquanto na nata-
ção no lugar do tiro é usado um flash verme-
lho para a largada.
Atualmente a lista de esportes para
surdos é grande, tanto para os individuais
como para os coletivos, tendendo a au-
mentar com o correr dos anos. Nas ultimas
edições, mais de 600 atletas de 22 países
participaram do 16º Deaflympics de Inverno
em Salt Lake City (Estados Unidos) em 2007
e mais de 4.000 surdo-atletas de 77 países
participaram do 21º Deaflympics de Verão
em Taipei, Taiwan em 2009 (fig.1).
Fig. 1 - FDC Surdolimpíadas de Taipei, Taiwan em 2009
Esportes individuais: Atletismo, Ba-
dminton, Boliche, Caratê, Ciclismo, Judô,
Lutas, Natação, Orientação, Tênis, Tênis de
mesa, Taekwondo, Tiro Desportivo
Esportes coletivos: Basquete, Fute-
bol, Vôlei, Vôlei de praia
O COI – Comitê Olímpico Internacional
reconhece o ICSD desde 1955, como entidade
máxima desportiva internacional para surdos. A
nível internacional, o COI confirma que o ICSD
detém um status independente por não fazer
parte do CPI – Comitê Paralímpico Internacio-
nal. Esta independência foi procurada e aceita
por todas as partes envolvidas (COI, CPI e ICSD),
no início de 1996, tendo em conta a natureza es-
pecífica desta deficiência. Além disso, observa-
-se que o CPI e o ICSD são ambas organizações
independentes reconhecidas pelo COI.
O BRASIL NA SURDOLIMPÍADAS
A primeira vez que o Brasil participou
destes jogos foi em 1993, através da CBDS – Con-
federação Brasileira de Desportos de Surdos, em
Sofia, Bulgária. (fig.2). Na ocasião, dois nadadores
disputaram 11 provas e chegaram próximo do
pódio, com três quarto lugares. Desde então, a
natação brasileira é a modalidade mais presente
no evento, tendo ficado de fora apenas da edição
de 2005, em Melbourne (Austrália).
Fig. 2 – FDC Surdolimpíadas de Sofia, Bulgária em 1993
Em 2009, em Taipei, Taiwan houve a
maior participação da Delegação Brasileira
em relação a todas as edições anteriores, com
13 surdo-atletas e 6 dirigentes, tendo con-
Dr. Roberto Antonio Aniche*
quistado a primeira e única medalha da his-
tória, Com isso, saiu a primeira e única meda-
lha, no judô, na categoria até 81 quilos. com o
bronze de Alexandre Soares Fernandes.
OUTROS JOGOS
Independente das Surdolimpíadas,
o deficiente auditivo pode praticar outros
jogos e esportes, já que o seu nível intelec-
tual é tão bom quanto o de qualquer pessoa
que não possua esta deficiência. Com a lin-
guagem para surdos, o aprendizado se torna
muito mais fácil, com estes atingindo muitas
vezes um alto nível de sofisticação em sua
prática.
Alguns exemplos foram o Encontro de
Esportes em Nova Delhi, Índia em 1965 com a
participação de Surdos-Mudos (na época esse
termo era usado até se descobrir que surdos
podem falar, desde que ensinados) (fig.3) e
o Campeonato de Xadrez Postal para Surdos
realizado na Polonia em 2000 (fig. 4).
Fig. 3 – Bilhete Postal do Encontro
de Surdos-Mudos de 1965, Nova Delhi, Índia
Fig. 4 – Bilhete Postal do Campeonato de Xadrez
Postal para Surdos de 2000, Polonia
*Dr. Roberto Antonio Aniche
Médico Ortopedista
Sócio da SPP
(Sociedade Philatélica Paulista)
Membro da Sobrames
(Sociedade Brasileira
de Médicos Escritores)
www.robertoaniche.com.br
BIBLIOGRAFIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Surdolimp%C3%ADadas
https://surdolimpiadas.wordpress.com/historia/
https://oglobo.globo.com/esportes/brasil-faz-historia-com-
primeira-medalha-de-ouro-nas-surdolimpiadas-21633806
 NUMISMÁTICA
FIM DO MISTÉRIO
- Nova nota de 200 reais é apresentada aos brasileiros
Uma novidade tomou
conta do meio colecionista bra-
sileiro nos últimos meses: o lan-
çamento da nota de R$ 200,00.
Nossa exploração em torno da
nova nota foi intensa para apre-
sentar aos leitores o máximo de
informações possíveis. O lan-
çamento da nova nota animou
colecionadores e estudiosos da
notafilia e da numismática, e
perceber os detalhes e passar
cada um deles para vocês é a
nossa principal missão. Sendo
assim, vamos ao que realmente
interessa! A nova nota tem tons
de cinza, azul e sépia e traz o
animal lobo-guará, escolha mo-
tivada por ter ficado entre os
animais mais votados em uma
pesquisa feita pelo Banco Cen-
tral na época do lançamento das
notas de R$ 2 e R$ 20, que tem a
ilustração de uma tartaruga-ma-
rinha e de mico-leão-dourado.
DETALHES DA NOTA -A cédula tem
as mesmas dimensões que a nota de R$
20, o que facilitou sua produção. Em seus
vários elementos de segurança podemos
notar a marca d’água e o quebra cabeça.
Assim como todas as cédulas da família
do real, a de 200 reais também tem os
mesmos itens de segurança. O Núme-
ro em estilo holográfico (que muda de
cor) também é observado. Reparamos
na barra brilhante que parece rolar pelo
número e na transição de cor, do azul
para o verde. Uma outra observação fica
por conta do número oculto, que pode
ser visto ao colocar a nota na altura dos
olhos, na posição horizontal, em um local
bem iluminado, situação em que é pos-
sível ver o número 200 que está oculto
no lado direito da cédula. O alto-relevo
também já é um velho conhecido nosso.
Você perceberá ao passar os dedos sobre
a alegoria do lobo-guará, o número 200 e
sobre a inscrição Banco Central do Brasil
no lado da nota em que aparece o animal.
No lado da efígie da República, o relevo
está na inscrição República Federativa
do Brasil, nas alegorias de flores e folhas
localizadas nas laterais da nota e na ins-
crição “200 reais”. As siglas BC também
podem ser observadas em quase todas as
alegorias e composições da nota.
Bruno Diniz – Historiador, Numismata e Notafilista
BANCO CENTRAL X STF - O deba-
te em torno da nova nota foi intenso e
o STF solicitou explicações sobre a real
necessidade da nota. Em mensagem ofi-
cial, a autoridade monetária argumen-
tou junto ao STF que o brasileiro vem
demandado mais dinheiro em papel na
crise da Covid-19, sobretudo após os
pagamentos do auxílio emergencial.
Por isso, a necessidade em reforçar o
meio circulante. Uma medida preven-
tiva para que não faltasse dinheiro em
papel no Brasil.
A nova nota, também foi questio-
nada por diversas entidades de comba-
te à corrupção. O receio é de que, pelo
alto valor, a cédula de R$ 200 favoreça
a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Por isso, alguns partidos políticos en-
traram com uma ação no STF pedindo a
suspensão do lançamento. O pedido foi
analisado pela ministra Carmem Lúcia e
indeferido, pois a ministra havia recebi-
do do BC a garantia de que não haverá
incentivos ao aumento da corrupção
com a cédula de R$ 200.
O BC argumentou que o Brasil
tem ampliado os mecanismos de com-
bate à corrupção e afirmou que “quan-
13
do muito”, as novas cédulas de R$
200 representarão apenas 5% do
total de cédulas em circulação no
país, “figurando como a denomi-
nação com a menor quantidade
em circulação”, o que deve ocor-
rer no fim do ano.
TIRAGEM DA NOTA -Segun-
do o BC, 20 milhões de cédulas
de R$ 200 já estão circulando em
todo o Brasil. Este número rece-
berá um grande reforço em breve.
O BC também informou que o cus-
to para a produção das novas no-
tas de duzentos reais é de R$325/
milheiro. Esse primeiro lote de 20
milhões de cédulas de duzentos
reais custou aos cofres públicos o
montante de R$ 6,5 milhões. Ao
todo, a autoridade monetária fez
uma encomenda de 450 milhões
de cédulas de R$ 200 à Casa da
Moeda, ao custo de R$ 146 mi-
lhões. Por isso, a Casa da Moeda
tem trabalhado em três turnos e até
mesmo aos finais de semana para aten-
der a demanda.
FALSIFICAÇÕES E MEMES - Antes
mesmo do lançamento da nova cédula,
uma versão falsa já havia circulado em
Madureira, no Rio de Janeiro.A escolha
do possível animal, também gerou me-
mes (piadas na internet), sobre quais
poderiam ser os personagens a ilustrar
a nota.Um deles ganhou certa populari-
dade: o vira-lata caramelo, a ponto de
ter sido organizado um abaixo-assinado
para que ele estampasse a nota no lu-
gar do lobo-guará, quando este foi di-
vulgado como homenageado.
14 NOTAFILIA
Série Cruzeiro – Idas e vindas de um padrão monetário
5ª PARTE –Os Cruzeiros de 70 e o Sesquicentenário da Independência
Já percorremos um longo caminho
até aqui. Espero que você esteja gostan-
do desta saga que desbrava a história dos
cruzeiros. Nesta edição iremos abordar os
cruzeiros circulados entre 1970 e 1986.
Mais precisamente em 15 de maio de
1970, onde padrão monetário brasileiro
voltaria a se chamar Cruzeiro, sendo man-
tida a equivalência com o padrão antigo.
O retorno do Cruzeiro era visto
como a consolidação da ideia de estabili-
dade monetária iniciada em meados dos
anos 60. Ainda representaria a superação
da economia que passou por momentos
muito difíceis nesta mesma década.
Nesta família, emitida entre 1970
e 1980, foram lançados inicialmente os
valores de 1, 5, 10, 50 e 100 cruzeiros,
sendo que o valor de 500 cruzeiros foi in-
serido em 1972, por ocasião dos 150 anos
da Independência do Brasil. Um momen-
to único e que ainda iremos destacar em
nosso artigo. Mas antes de abordar o tema
comemorativo, é preciso voltar ao ano de
1966, ano em que foi realizado o concurso
que escolheria os novos modelos das no-
tas do padrão cruzeiro. Muitos não sabem,
mas em 1966 a Casa da Moeda do Brasil
passava por uma grande transformação.
A CMB foi devidamente reequipada com
maquinas de última geração e teria a par-
tir daquele momento a missão de confec-
cionar o novo símbolo do meio circulante
nacional.
O artista escolhido para a missão
foi o pernambucano Aloísio Magalhães,
que desde os anos 50, vinha desenvolven-
do pesquisas no domínio da tipografia e
artes gráficas. Este homem talentoso em-
prestaria seu dom e estudos para criar as
belas cédulas do novo padrão cruzeiro.
A nova família receberia a nota de
1 CRUZEIRO, contendo em seu anverso,
efígie simbólica da República, enquanto
no reverso, estaria presente o edifício his-
tórico situado na cidade do Rio de Janeiro
(Av. Rio Branco, 30). Nele funcionava o Mi-
nistério da Fazenda, a Caixa de Conversão,
a Caixa de Estabilização e a Caixa de Amor-
tização. A nota circulou no período de 15
de maio de 1970 a 30 de junho de 1984.
CURIOSIDADE - Foram produzidas
as estampas A e B. A estampa B circulou
de 25 de outubro de 1972 a 30 de junho de
1984 e possuía uma coloração totalmente
esverdeada, diferente da tonalidade mar-
Bruno Diniz – Historiador, Numismata e Notafilista
rom utilizada em algumas alegorias da es-
tampa A.
Em seguida observamos a nota de
5 CRUZEIROS, contendo em seu anverso,
efígie de D. Pedro I (1798-1834), enquanto
no reverso, quadro pintado por Leandro
Joaquim, entre 1779 e 1790, apresentan-
do vista monumental da entrada da cida-
de do Rio de Janeiro, atual Praça XV de
Novembro, sendo observado em primeiro
plano o chafariz executado por mestre Va-
lentim. A nota circulou no período de 15
de maio de 1970 a 30 de junho de 1984.
CURIOSIDADE - Foram produzidas
as estampas A e B. A estampa B circulou
de 24 de janeiro de 1973 a 30 de junho de
1984 e possuía uma coloração totalmente
azul mais opaca, diferente da tonalidade
azul mais viva utilizada na estampa A.
Agora observamos a bela nota de
10 CRUZEIROS, contendo em seu anver-
so, efígie de D. Pedro II (1825-1891), en-
quanto em seu reverso, “O profeta Daniel”
escultura do mestre Antônio Francisco
Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814). A obra
faz parte do conjunto “Doze Profetas”,
estátuas em tamanho natural, esculpidas
em pedra sabão, entre 1800 e 1805 em
Congonhas-MG.
CURIOSIDADE - Foram produzidas
as estampas A e B. A estampa B circulou
de 12 de março de 1979 a 30 de junho de
1984. No anverso a estampa B apresenta
acentuação da cor vinho na impressão do
medalhão e impressão da tarja central;
rosáceas e inscrições com predominância
da cor vinho amarronzado. No reverso
substituição da técnica de calcografia por
ofsete seco, com esmaecimento da tonali-
dade das cores e impressão dos textos em
cores irisadas, variando do verde para o
marrom.
A nota de 50 CRUZEIROS apresenta
em seu anverso, efígie do Marechal Deo-
doro da Fonseca (1827-1892), enquanto
em seu reverso, observamos painel de au-
toria de Cândido Portinari, representando
a colheita do café. A nota circulou no perí-
odo de 15 de maio de 1970 a 30 de junho
de 1984.
Chegamos aos 100 CRUZEIROS,
este, representado em seu anverso por
efígie do Marechal Floriano Peixoto (1839-
1895), trazendo em seu reverso, vista do
Congresso Nacional, em Brasília-DF, obra
projetada por Oscar Niemeyer. A nota cir-
culou de 15 de maio de 1970 a 30 de junho
de 1987.
CURIOSIDADE – Apresenta varia-

ções de gola alta e gola baixa na efígie re-
presentada na marca d’água.
Você se lembra do tema come-
morativo citado no inicio do artigo? Sim,
iremos abordá-lo agora. Trata-se das co-
memorações do sesquicentenário da in-
dependência do Brasil. Historicamente,
comemoramos nossa independência no
dia 7 de setembro. Em 1822 ocorreria o
evento que ficaria conhecido como o “Gri-
to do Ipiranga”, este, às margens do riacho
Ipiranga na atual cidade de São Paulo. Em
12 de outubro de 1822, o príncipe brasilei-
ro foi aclamado D. Pedro I, Imperador do
Brasil, sendo coroado e consagrado em 1º
de dezembro de 1822, e o país passou a
ser conhecido como o Império do Brasil.
150 anos se passaram desde o fato
até 1972, mas os festejos teriam início em
outubro de 1971, quando o presidente Emí-
lio Garrastazu Médici instituiu uma comis-
são nacional para programar e coordenar
as comemorações do Sesquicentenário da
Independência do Brasil que se realizariam
em 1972. Era o início dos preparativos da
maior festa cívica nacional realizada duran-
te o regime militar. Em seguida, em janeiro
de 1972, foi criada a Comissão Executiva
Central para dirigir e coordenar as come-
morações do Sesquicentenário da Indepen-
dência do Brasil (CEC) Presidida pelo Gene-
ral Antônio Jorge Corrêa, a CEC integrava
membros de ministérios civis e militares,
além de importantes instituições da socie-
dade civil. Assim, desde janeiro de 1972
vivia-se no país sob a expectativa do início
das comemorações, mas foi em 21 de abril,
aniversário de Brasília e dia de Tiradentes,
que as festas começaram oficialmente,
para somente serem encerradas no dia 7 de
setembro daquele ano. A ideia era iniciar as
comemorações com os chamados “Encon-
tros Cívicos Nacionais”, evento que deveria
acontecer em todas as cidades do país e
que consistia em um acontecimento único
e inédito no mundo até aquele momento.
O encerramento, no dia 7 de se-
tembro, foi realizado na colina do Ipiranga,
em São Paulo, local onde foi proclamada a
independência em 1822 e onde ocorreria
o sepultamento oficial dos restos mortais
de D. Pedro I, ao lado da Imperatriz Leo-
poldina, após uma peregrinação por todo
o país, desde abril daquele ano. Os Encon-
tros Cívicos em abril e a peregrinação dos
restos mortais de D. Pedro I, seguida de
seu sepultamento no Ipiranga em setem-
bro foram os dois acontecimentos maiores
de uma festa que teve como característica
mais marcante a multiplicação, país afora,
de eventos comemorativos os mais diver-
sos ao longo de todo o ano de 1972.
A história nos reserva inúmeros
acontecimentos durante o período das
comemorações, mas um acontecimento
marcou a notafilia nacional. A Casa da
Moeda e o Banco Central do Brasil resol-
veram homenagear o importante acon-
tecimento em uma belíssima cédula do
dinheiro brasileiro. A nota que comemo-
rou o fato trazia o valor nominal de 500
CRUZEIROS e o tema Sesquicentenário da
Independência do Brasil 7 de setembro
de 1822 a 7 de setembro de 1972, pode
ser observado no anverso da nota, quan-
to no reverso, observamos a sequencia
de cartas geográficas históricas, repre-
sentando a evolução do espaço físico
territorial brasileiro, nas suas diferentes
fases – descobrimento, comércio, coloni-
zação independência e integração. A nota
circulou no período de 15 de novembro
de 1972 a 30 de junho de 1987.
15
CURIOSIDADE – A nota é popu-
larmente conhecida entre os colecio-
nadores como etnias ou raças. Foram
produzidas as estampas A e B. A es-
tampa B circulou de 2 de julho de 1979
a 30 de junho de 1987. Na estampa B
notamos a retirada da impressão lumi-
nescente da extremidade esquerda do
anverso existente na nota de estampa
A e foram incluídos, sobre a faixa ver-
tical branca, linhas verticais paralelas
verdes e motivo geométrico, definido
registros coincidentes entre anverso e
reverso.
Muitos acham que a série de notas
dos cruzeiros de 1970 termina com a im-
pressão da nota de 500 cruzeiros. Quero
afirmar que estão enganados, pois uma úl-
tima e esquecida nota, apelidada carinho-
samente de “cabeção” (1000 cruzeiros), é
a última nota desta série.
Embora seja diferente das outras
notas da série, esta foi a de maior valor
nominal. Uma nota que trazia consigo as
alegorias que seriam vistas na segunda fa-
mília de notas deste mesmo padrão cru-
zeiro, e que ficaria conhecida como série
de notas inspiradas em cartas de baralho.
A cédula em questão possui em
seu anverso, efígie de José Maria da
Silva Paranhos Júnior (1845-1912),
mais conhecido como “Barão do Rio
Branco”. No reverso, composição alu-
siva à “questão das missões”, tendo
como elemento principal um detalhe
do taqueômetro utilizado, superposta
à planta topográfica da fronteira defi-
nitiva entre Brasil e Argentina, feita por
Dionísio Cerqueira à época da demarca-
ção. A nota circulou de 6 de dezembro
de 1978 a 15 de janeiro de 1989.
Ficamos por aqui, mas no próximo
artigo continuaremos nossa incrível saga.
Iremos conhecer a segunda série de notas
dos Cruzeiros, conhecida como cartas de
baralho. Não perca!
16

NOVIDADES FILATÉLICAS PELO MUNDO

• BANGLADESH - 20.01.2020, 9º Cam- nal do Livro Infantil (1 de Guarda (4 selos). 20.03.2020, Flora Croata –
poree Escoteiro Nacional (1 selo). 21.02.2020, selo). 05.04.2020, Eu- Espécies Protegidas (3 selos). 26.03.2020, Pás-
Dia Internacional da Língua Materna (1 selo). ropa – Rotas do Cor- coa (1 selo). 27.03.2020, Aja agora – Campanha
17.03.2020, 100 Anos do Nascimento do Shei- reio Antigo (2 selos; Contra a Mudança Climática (2 selos).
kh Mujibur Rahman (1 selo). 07.06.2020, 6 Pon- bloco). 06.04.2020,
tos do Dia do Mártir (1 selo). 23.06.2020, 25º Dia do Esporte (2
aniversário da Estação Terrestre do Satélite Be- selos). 12.05.2020,
tbunia (1 selo). 29.07.2020, Dia do Selo (1 selo). Tesouro Arqueoló-
gico – Radimlja (1
selo). 22.05.2020,
Mito e Flora 2020
(bloco). 01.06.2020, Međugorje 2020 (1 selo).
01.07.2020, Arquitetura: Villa Fessler e o Giná-
sio de Mostar (1 selo).

• CANADÁ - 13.01.2020, Terra dos

• BELARUS - 05.05.2020, Europa –
Rotas do Correio Antigo (2 selos; minifolha).
08.05.2020, 75 Anos do Fim da 2ª Guerra Mun-
dial – emissão conjunta Bielorrússia e Rússia
(bloco). 20.05.2020, 550 Anos do Ícone Zhi-
rovichi da Mãe de Deus (bloco). 01.06.2020,
Variações Sazonais – Fauna (minifolha 6 selo).
19.06.2020, Centro Científico e Prático de Ci-
rurgia, Transplantologia e Hematologia de
Minsk (1 selo). 28.06.2020, Cidades de Belarus
– Shklow (1 selo). 01.07.2020, 17ª Série regular
– Vegetais (14 selos; minifolha). 14.07.20220,
Saudações de Belarus! (1 selo). 22.07.2020, 125
Anos do Nascimento de Pavel Sukhoi (bloco).
Nossos Antepassados (9 selos; cadernetas).
17.01.2020, Ano Novo Lunar – “Casamento do
Rato” (1 selo; bloco). 24.01.2020, Mês da Histó-
ria Negra – “Campeonato Colorido de Hóquei”
(1 selo). 02.03.2020, Flores – Dálias (2 selos;
caderneta). 24.04.2020, Celebração Islâmi-
ca do Eid (1 sselo: caderneta). 29.04.2020, 75
Anos da Vitória na Europa – VE (2 selos; cader-
neta). 07.05.2020, 100 Anos do Grupo dos Sete
Centenários (7 selos; caderneta). 20.05.2020,
História do Rádio (2 selos; caderneta).
• ESLOVÊNIA - 13.07.2020, a) Europa -
Rotas do Correio Antigo (2 selos); b) 100 Anos
do Futebol na Eslovênia (1 selo); c) 400 anos de
Siderurgia no Vale do Meža (1 selo); d) Adegas
e Lojas de Vinho (5 selos); e) 75 Anos dos Pri-
meiros Selos Postais da Eslovênia para o Lito-
ral Esloveno e a Ístria (1 selo); f) Centenário da
Queima do Narodni Dom em Trieste (1 selo); g)
90 Anos da Execução dos Heróis de Bazovica (1
selo); h)100 Anos do Futebol na Eslovênia (blo-
co); i) Europa – Antigas Rotas Postais (2 selos);
j) EuroMed – Gastronomia Tradicional do Me-
diterrâneo (1 selo).

• CROÁCIA - 02.01.2020, Presidência

• BÓSNIA E HERZEGOVINA - CORREIO
EM MOSTAR- 21.02.2020, Dia Internacional da
Língua Mãe – 100 anos do nascimento do frade
Blago Brkić (1 selo). 20.03.2020, Meia Marato-
na de Mostar (1 selo). 22.03.2020, Dia Mundial
da Água (2 selos). 02.04.2020, Dia Internacio-
Croata do Conselho da União Europeia (1 selo).
23.01.2020, Rijeka – Capital Europeia da Cultu-
ra – Emissão Conjunta com a Irlanda (2 selos).
28.01.2020, Maravilhas Naturais da Croácia (3
selos). 14.02.2020, Mundo Submarino Croata
IV (3 selos). 20.02.2020, Mundo Infantil – Ani-
mais Anões (4 selos). 11.03.2020, Guerra da In-
dependência da Croácia – Brigadas e Batalhões
• GRÃ-BRETANHA - 07.04.2020, Po-
etas Românticos (10 selos e outras peças).
08.05.2020, 75 Anos do Fim da II Guerra Mun-
dial (8 selos, etc.). 28.05.2020, 60 Anos da No-
vela Britânica Coronation Street (selos, bloco e
outros). 18.06.2020, A Vida e a Cultura Romana
na Grã-Bretanha (8 selos). 30.06.2020, Palá-
cio de Westminster (10 selos e outras peças).
09.07.2020, Dia Mundial do Rock - Queen (se-
los, blocos, cadernetas, etc.).
 17
• ISLÂNDIA - 07.05.2020, a) 100 Anos (2 selos); d) Famílias
do Met Office da Islândia (1 selo); b) 50 Anos de Animais (4 selos);
como Membro da EFTA (1 selo); c) 100 Anos da e) 100 Anos da As-
Suprema Corte Islandesa (1 selo); d) 50 Anos do sociação de Floristas
Festival de Artes de Reykjavik (1 selo); e) 100 Suíços (1 selo); f) Eu-
Anos dos Direitos Iguais do Voto para Todos ropa – Antigas Rotas
Cidadãos Islandeses (1 selo); f) Filhotes de Ani- Postais (2 selos); g)
mais Domésticos da Islândia – (Série IV) - Pin- 140 Anos da Socie-
tinho e Leitão (2 selos); g) Turismo – Série IV dade para a Histó-
(2 selos). ria da Arte Suiça (1
selo); h) 100 Anos
do Aeroporto de Ge-
nebra (1 selo).

• IRÃ - 02.10.2019, 150 Anos do

Nascimento de Mahatma Gandhi (1 selo).
06.10.2019, Dia de Teerã (bloco). 25.02.2020,
Pato-de-cabeça-branca (bloco). 24.03.2020,
Celebração Internacional do Nowruz (2 se-
los). 28.03.2020, Heróis Nacionais (1 selo).
08.04.2020, Mosteiro de São Tadeu (1 selo).
10.04.2020, Patrimônio Mundial da Unesco
Gasabe Qanats de Gonabad (bloco).
• MONTENEGRO - 28.02.2020, Arte
em Montenegro Através dos Tempos (1 selo).
16.03.2020, Flora – Estrela de Berkeley – Geas-
trum berkeleyi (1 selo). 15.04.2020, 100 Anos
do Nascimento de Čedo Vuković, 1920-2014 (1
selo). 09.05.2020, Europa – Antigas Rotas Pos-
tais (1 selo). 27.05.2020, Preservação da natu-
reza - Parque Nacional de Biogradska Gora (1
selo). 06.07.2020, Turismo - Nossa Senhora de
Skrpjela (1 selo).
• TUNÍSIA - 05.03.2020, Lina Ben Mhen-
ni (1 selo). 09.04.2020, Mártires da Pátria (2 se-
los). 11.04.2020, Tributo aos ex-Trabalhadores
Postais (1 selo). 12.05.2020, Ano Internacional
da Fitossanidade (1 selo). 02.06.2020, Pinturas
Rupestres (2 selos). 24.06.2020, Arquitetu-
ra – Represas Tunisianas (4 selos).15.07.2020,
Emissão Euromed – Gastronomia no Mediter-
râneo (2 selos).

• IRLANDA - 23.01.2020, Capitais Eu-

ropeias da Cultura: Galway e Rijeka – emis-
são conjunta com a Croácia (2 selos; bloco).
30.01.2020, Amor e Casamento (1 selo).
20.02.2020, Guerra da Independência: Luta
pela Soberania (1 selo). 27.02.2020, Os Irlan-
deses no Estrangeiro (5 selos). 05.03.2020,
Mulheres Irlandesas Pioneiras (5 selos).
16.07.2020, Europa – Antigas Rotas Postais (2
selos). 30.07.2020, 100 Anos do Nascimento de
Liam Cosgrave, 1920-2017 (1 selo).
• POLINÉSIA FRANCESA - 24.01.2020,
Ano Novo Lunar – Ano do Rato (1 selo).
21.02.2020, Caracóis Endêmicos da Polinésia
Francesa (2 selos; bloco). 06.03.2020, Dia Inter-
nacional da Mulher (2 selos). 24.04.2020, Certi-
ficados de Ações Clássicos (2 selos). 26.06.2020,
Imagens Insulares (3 selos). 31.07.2020, Más-
caras “Vahine” Covid-19 (1 selo). 20.08.2020,
40 anos da Morte do Cantor Joe Dassin, 1938-
1980 (1 selo).
• TURQUIA -
20.01.2020, 100 Anos da
Soberania Nacional (2 blo-
cos). 04.03.2020, Cães de
Assistência e Serviço (3 se-
los). 10.04.2020, Mosaicos
do Museu de Haleplibahçe,
Urfa (4 selos). 17.05.2020,
Temas da Anatólia (5 selos
de serviço). 23.04.2020,
100 Anos da Inauguração da Grande Assembleia da
Turquia (1 selo). 30.04.2020, Costumes do Ramadã (1
selo). 09.05.2020, Europa – Antigas Rotas Postais (blo-
co). 12.05.2020, Turismo – Patara (6 selos regulares).

• SUIÇA - 06.04.2020, COVID-19 So-

lidariedade (1 selo). 07.05.2020, a) 50 Anos
das Fundações Suíças para a Conservação da
Paisagem (1 selo); b) Arte Microscópica (2
selos); c) Pro Patria – Herança Cultural Viva
18
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bate à COVID-19 blocos; área de desenho: 38 mm x 38 SUÍÇA – 05.04.1850
(Emissão Especial). mm; dimensão do selo: 38 mm x 38 D e
Detalhes Técnicos- mm; dimensão do bloco: 200 mm x 150 1843 a 1850
Edital nº 8; arte: Alan mm; picotagem: 11,5 x 11,5; locais de os serviços
Magalhães; processo lançamento: Brasília/DF, Belo Horizon- de correio na
de impressão: ofsete; Pa- te/MG e Fortaleza/CE; impressão: Casa Suíça, eram
pel: cuchê gomado; bloco com 6 selos; da Moeda do Brasil. executados
através dos
Cantões. Com
a federaliza-
ção, determi-
nada já em
fins de 1848,
foram usa-
dos selos de
transição nos
cantões de
Zurique e de
Genebra. So-
mente em 05
de abril de
1850 é que o
serviço postal,
unificado, pas-
sou a contar com selos-adesivos de emis-
são federal.

14.07.2020, Pos- 24.08.2020,

tcrossing (Emissão Série 200 Anos da
Especial). Detalhes Independência do
Técnicos- Edital nº Brasil: Bicentená-
9; arte: Daniel Lou- rio da Revolução O “federal”, posto a circular em
renço; processo de do Porto (Emissão 05.04.1850 (no valor de 2,5 rappen) leva-
impressão: ofsete; pa- Comemorativa). va a legenda, ora “poste locale”, ora “orts-
pel: cuchê autoadesivo; Detalhes Téc- -post”, de acordo com o sistema adotado
apresentação: nicos- Edital e logo modificado (em outubro) para o de
folha com 20 nº 10; arte: Ely taxação por faixas-de-distância, razão pela
selos; valor fa- Borges e Isa- qual os selos então emitidos mostram a
cial: R$ 2,45; ti- bel Flecha de legenda “Rayon” I, II, III.
ragem: 600.000 Lima; processo Ainda assim, o selo era destinado
selos; área de de impressão: para as principais cidades, de início e, logo
desenho: 65 ofsete; papel: depois, para todo o território nacional.
mm x 32 mm; cuchê goma- Litografados por Durheib, de Berna,
dimensão do do; apresen- os selos mostram a cruz branca sobre fun-
selo: 65 mm x tação: folha do vermelho do brsão de armas da Suíça,
32 mm; picota- com 12 selos; encimada pelo emblema postal (o corno
gem: semicorte valor facial: R$ do correio).
com “BR”; local 2,25; tiragem: Os selos federais de 1850 foram se-
de lançamen- 360.000 selos; guidos de outros (em 1851) com pequena
to: São Paulo/ área de desenho: 21 x 39mm; dimensão modificação: omissão do risco seguindo a
SP; impressão: do selo: 26 x 44mm; picotagem: 11,5 cruz do brasão nacional.
Casa da Moeda x 11; local de lançamento: Brasília/DF;
do Brasil. impressão: Casa da Moeda do Brasil. (Do Filacap 46, novembro/1979)
22

AGENDA & NOTÍCIAS

• AC FILACAP - Queremos agradecer a todos nossos em virtude da recomendação de isolamento social de-
associados/assinantes, anunciantes e demais colabo- corrente da pandemia que coloca em risco a saúde de
radores pelo apoio dado à entidade neste momento todos nós. Para participar, será necessário inscrever
tão conturbado pelo qual passamos. Sem este apoio a coleção na classe pertinente, que será julgada por
seria praticamente impossível a circulação desta um Júri indicado pela Federação Brasileira de Filate- • 2022, INDONESIA 2022 Exposição Filatélica Especializa-
edição. Entre as dificuldades causadas pela pande- lia – FEBRAF. Ao final da exposição será emitido um da (World Stamp Championship). Local: Indonesian Par-
mia destacamos as dos serviços postais. Diversos certificado cuja pontuação será reconhecida para ha- liament Building, Jacarta, Indonésia. O evento comemora
colaboradores deixaram de receber a publicação por bilitação em exposições FIP. Com esta iniciativa a SPP, os 75 anos do Dia da Independência da Indonésia. O Co-
motivos alheios a nossa vontade. Também tivemos atendendo o anseio da comunidade filatélica brasilei- missário do Brasil para esta exposição é o Sr. Luis Cláudio
alguns problemas com pagamentos (outra vez) não ra, espera uma adesão expressiva para o sucesso da Fritzen ( E-mail: luisclaudiofritzen@hotmail.com; telefone
identificados. Por favor, repetimos, quem não possui primeira Exposição Virtual Nacional, com o prestigioso fixo: 48-3222-7448). IREX, Formulários de Inscrição, taxas
e-mail pode enviar seus comprovantes pelo What- apoio da FEBRAF. Informações: com o Sr. Reinaldo Ba- diversas, datas limites, etc. serão divulgados em breve no
sApp 12-9.9151-3659 (este número é somente para sile (tels. 011-99116-1538/011-2294-6346); reinaldo. site da FEBRAF (www.febraf.net.org).
mensagens). basile@gmail.com ou sppaulista@uol.com.br. A rea-
lização é da Sociedade Philatélica Paulista (SPP) com • De 31.03 a 03.04.2022, HUNFI-
•CATÁLOGO MICHEL ESCANDINAVIA 2020/2021 (E apoio da Federação Brasileira de Filatelia (FEBRAF). LEX 2022 – Exposição FIP Especia-
10). Lançada em 07.08.2020 Jurados da XII ExpoSPP: Presidência: Ruben Porto; Se- lizada. Local: Budapest, Hungria.
a 105º edição deste catálogo cretaria: Reinaldo Jacob; Jurados: Klerman Lopes; Rei-
contendo os selos emitidos naldo Estevão de Macedo e Luiz Claudio Fritzen. • De 02 a 09.05.2022, LONDON
por Dinamarca, Islândia, No- 2022 International Stamp Exhibi-
ruega, Suécia, inclusive os • 12 a 14.12.2019 - XXIII Congresso Brasileiro de Nu- tion. Local: Business Design Center,
da Groenlândia e das Ilhas mismática - São Paulo/SP. em Islington, Londres, Inglaterra.
Faroé. São mais de 7.700 Classes de competição: Filatelia Tradicional, História
fotos coloridas e aproxima- EVENTOS - EXTERIOR Postal, Inteiros Postais, Filatelia Temática, Selos Fiscais,
damente 41.000 cotações Aerofilatelia, Classe Aberta, Filatelia Juvenil, Literatura
de preços. As emissões estão Filatélica. Comissário para o Brasil: Sr. Fernando S. Mo-
atualizadas até o MICHEL reira dos Santos, de São Paulo/SP (E-mail: fernando@
Rundschau até nº 7/2020. moreiradossantos.com.br; Celular: 11 – 9.7654–0868).
Esta edição tem 768 páginas, formato 155 mm x 230
mm e capa dura. Mais informações: Schwaneberger • De 18 a 22.05.2022, HELVETIA 2022. Ex-
Verlag GmbH · Industriestraße 1 · 82110 Germering posição FEPA com reconhecimento FIP.Lo-
· Deutschland (Alemanha). Telefone: +49 (0) 89 323 • De 25 a 30.08.2021, PHILANIPPON 2021 – Exposi- cal: Lugano, Suiça.
93-02 · Fax: +49 (0) 89323 93 248 ou no site www. ção Especializada Mundial, Patrocínio FIP. Comemo-
michel.de; e-mail: vertrieb@michel.de. rativa aos 150 Anos do Selo Postal do Japão. Local: • De 09 a 12.06.2022, CAPEX 2022
Yokohama, Japão. Inscrições até 01.12.2020. – Exposição Filatélica Continental
EVENTOS - BRASIL FIAF de Um Quadro com reconheci-
• De 27 a 31.10.2021, PERU 2021. Local: Lima, Peru. mento FIP. Local: Metro Toronto Convention Centre, 255
• De 12 a Exposição Filatélica FIAF. Fron Street West, Toronto, Ontario M5V 2W6 CANADÁ.
18.10.2020,
1ª Exposição • De 09 a 13.11.2021, CAPE • De 08 a 11.09.2022, MELBOURNE
Filatélica Vir- TOWN 2021 Exposição Filaté- 2022 – Exposição Filatélica Interna-
tual Nacional. lica Internacional. Local: Cape cional. Patrocínio FIAP. Local: Cau-
A Sociedade Town International Conven- field Exhibition Venue, Melbourne,
Philatelica tion Center, Cidade do Cabo, Austrália. O evento inclui também
Paulista - SPP convida a todos os filatelistas a parti- África do Sul. Esta é uma ex- Numismática. Mais informações:
ciparem da Exposição Filatélica Virtual Nacional, que posição especializada do FIP com patrocínio do FIP. https://melbourne2022.com.au.
será realizada no período de 12 a 18 de outubro de Classes aceitas: Tradicional, História Postal, Aerofi-
2020, em substituição à tradicional exposição realiza- latelia, Selos Fiscais, Inteiros Fiscais, Temática, Open • Exposição Filatélica Internacional Ge-
da todos os anos, no mês de agosto, impossibilitada Philately, Um Quadro, Cartão Postal, Literatura e Fila- ral IBRA – Internationale Briefmarken
telia Moderna. Informações: https://capetown2021. Ausstellung e 31nd International Stamp
org. O comissário para esta exposição é o Sr. Reinal- Fair Essen, Alemanha. Classes partici-
EXPEDIENTE do Estevão de Macedo (+55-11-9.8206-9733). pantes (2.800 quadros): Championship,
Fundado em 01/01/1975
Órgão oficial da: ASSOCIAÇÃO CULTURAL FILACAP Filatelia Tradicional, Historia Postal, In-
CNPJ: 47.541.578/0001-19 • 2021, COSTA RICA 2021. Local: San José. teiros Postais, Aerofilatelia, Astrofilatelia,
Temática, Maximafilia, Filatelia Fiscal,
Diretor e Jornalista Responsável • De 19 a 22.11.2021, NOTOS Filatelia Moderna, Filatelia Aberta, Cartões-Postais, Juvenil,
José Maurício do Prado 2021, Exposição Filatélica Euro- Um Quadro e Literatura. O evento tem o patrocínio da FIP
(MTB 038600) peia. Local: Peristeri Exhibition (Federação Internacional de Filatelia) e reconhecimento da
Centre, Dodekanisou 106, 12135 FEPA (Federação as Associações Filatélicas Europeias). Pre-
Diagramador Peristeri, Grécia. Organização: So- sença de 150 estandes, incluindo Administrações postais, co-
Washington Alves da Conceição ciedade Filatélica Helênica com o merciantes filatélicos, leiloeiros, etc. Para atuar na função de
Assinatura: (4 edições): R$50,00 apoio da Federação Filatélica He- Comissário Nacional na IBRA, a FEBRAF nomeou o filatelista
Exterior: US$ 20.00 / € 20 lênica, patrocínio da Federação das Associações Filatélicas de São Paulo (SP), Sr. SÉRGIO MASTROROSA (e-mail: sergio.
Europeias (FEPA), da Associação Internacional de Jornalis- mastrorosa@gmail.com; celular: 11-9.8642-0994). Para Con-
FILACAP tas Filatélicos (AIJP) e da Academia Europeia de Filatelia sultor FIP neste evento filatélico foi designado o filatelista bra-
CAIXA POSTAL 06
CACHOEIRA PAULISTA-SP (AEP) com o reconhecimento da Federação Internacional sileiro Sr. Reinaldo Macedo (Vice-Presidente da FIP).
12630-970 BRASIL de Filatelia (FIP). O evento comemora os 200 Anos da
ac.filacap@gmail.com Guerra da Independência Grega. A exposição terá a par- • De 23 a 30.05.2026, BOSTON 2026
ticipação de filatelistas dos países membros da FEPA e da World Expo. Local: Boston Convention
FILACAP não é responsável nem solidário com os conceitos FIP. Mais informações poderão ser obtidas no site www. and Exhibition Center, Boston,
e opiniões emitidos em matérias assinadas ou conteúdos de anúncios.
hps.gr/notos2021 e e-mail: notos2021@hps.gr. E. U. A.
 23
Aqueduto da Carioca e bondinho Santa Tereza
(*) José Carlos Daltozo
O Aqueduto da Carioca, também co-
nhecido como Arcos da Lapa, está situado nesse
popular bairro do centro do Rio de Janeiro. Sua
construção é muito antiga, logo no início dos
anos 1600 começaram os estudos para que as
águas do rio Carioca servissem para abastecer a
cidade. Mas as obras demoraram décadas, so-
mente em 1706 a construção foi intensificada,
com mão de obra de escravos e indígenas.
Alguns anos depois, no governo de An-
tônio de Brito Freire de Menezes (1717-1719),
iniciaram-se as obras de instalação dos canos
de água que, em 1720, alcançou o Campo da
Ajuda (atual Cinelândia). Foi esse governador
quem, alterando o projeto original, defendeu a
vantagem de se prolongar a obra até ao Cam-
po de Santo Antônio (atual Largo da Carioca),
optando pelos chamados Arcos Velhos, um
aqueduto ligando o morro do Desterro (atual Aqueduto Carioca, edição Bilhete Postal do Brazil, postado em 13.02.1917

morro de Santa Teresa) ao morro de Santo An-

tônio, inspirado no Aqueduto das Águas Livres,
de Lisboa. A obra estava concluída em 1723,
levando as águas à Fonte da Carioca.
Inaugurado em 1750, as águas brota-
ram aos pés do Convento de Santo Antônio,
em um chafariz de mármore, através de 16 bi-
cas de bronze. Mais tarde o fornecimento des-
sa água foi estendido, através da Rua do Cano
(atual Rua Sete de Setembro), até ao Largo do
Paço (atual Praça 15 de Novembro), onde os Bondinhos de Santa Teresa – Postal editado Arcos da Lapa – Postal número 26 editado
navios vinham abastecer-se. As pessoas pude- por Rodolpho Machado – número 092 – ano 2010. pela Mercator em 1970

ram, enfim, ter um lugar para buscar água para construção do aqueduto. reforma geral, com a instalação de novos cabos
realizar suas atividades diárias. O Aqueduto, A inauguração do novo sistema ocor- de energia elétrica e substituição dos trilhos
por estar em uma região privilegiada da cida- reu em 1896, os bondes elétricos tinham a num trecho de 17,5 quilômetros. No dia 27 de
de, também servia de ponto de referência e de estação terminal no Largo da Carioca, entre julho de 2015, após 4 anos parado, o sistema
encontro para a população. o prédio da Imprensa Nacional e o chafariz da voltou a operar com passageiros, inicialmente
Sobre o Aqueduto, hoje não utilizado Carioca, que se localizava próximo à atual saída entre o Largo da Carioca e o Largo do Curvelo. E
para transporte de água, circulam os famo- Santo Antônio do metrô. Os bondes seguiam a expansão prosseguiu, tendo chegado ao Lar-
sos Bondinhos de Santa Tereza. A concessão subindo uma ladeira pelo Morro de Santo go do França em 22 de outubro de 2018 e ao
das linhas de carris entre a cidade e os morros Antonio para alcançar os arcos, cuja travessia Dois Irmãos em 21 de janeiro de 2019.
de Santa Teresa e Paula Mattos foi obtida em “arrepiou os pelos da nuca dos primeiros pas-
(*) José Carlos Daltozo - Jornalista
1872, por empresários que fundaram a Com- sageiros”. e Historiador, com 12 livros publicados.
panhia Ferro-Carril de Santa Teresa. Em 2011 um acidente grave com um Colecionador de cartões-postais
A introdução da tração elétrica nos dos bondinhos, paralisou todo o sistema para Caixa Postal 117 - 19500-000 - Martinópolis - SP
bondes do Rio de Janeiro, em 1892, significou
um tremendo salto de qualidade na história do
transporte carioca, pois as viagens poderiam
ser feitas com mais rapidez. A tração elétrica
abriu uma nova possibilidade para a Compa-
nhia Ferro-Carril Carioca, quando a companhia
conseguiu permissão para prolongar suas li-
nhas até o Morro de Santo Antônio, no cen-
tro da cidade, através do Aqueduto (Arcos da
Lapa) que estava desativado, permitindo utili-
zá-lo para acessar o morro de Santa Teresa. A
passagem dos bondes sobre os arcos fez com
que a companhia utilizasse a incomum bitola
de 1.100 mm, por ser esta a largura possível
entre os trilhos, devido as limitações da antiga
24 MAXIMAFILIA
CATEDRAL DE BRASÍLIA, 50 ANOS
O máximo postal apresentado nes-
te artigo tem como suporte o cartão-postal
“Catedral de Brasília/DF”, da Editora Sch-
mittstamps, nº 73, fotografia de Ernani S.
Rebello. O selo utilizado mostra a Catedral
Metropolitana de Brasília, tendo à direita
a logomarca do XVI Congresso Eucarístico
Nacional, realizado na capital federal, e par-
te da escultura “Os Guerreiros” situado na
Praça dos Três Poderes, em Brasília/DF. Este
selo, catalogado sob o código RHM C-2977,
integra o bloco pertencente à emissão de
13.05.2010, intitulada “Brasília – Sonho e
Realidade: Monumentos e XVI Congresso
Eucarístico Nacional” (arte de Miriam Gui-
marães). O carimbo, da cidade de Brasília/
DF, tem data de 13.05.2010 e é alusivo à
emissão. A imagem/ilustração da Catedral
aparece no cartão-postal, no selo e no ca-
rimbo, conferindo ao conjunto uma concor-
dância visual e harmônica entre os três ele-
mentos que compõem o máximo postal.
A Catedral Metropolitana de Brasília
comemorou em 31 de maio de 2020 o cin-
quentenário da sua inauguração. Mas, a co-
memoração foi diferente, devido à pandemia
da Covid-19, doença infecciosa causada pelo
novo coronavírus. A missa em ação de graças
pelo jubileu de ouro foi transmitida ao vivo
pelos meios de comunicações sociais da Ar-
quidiocese, pela Rádio Arquidiocesana Nova
Aliança e pela TV e Rádio Canção Nova Bra-
sília. A cerimônia, sem a presença dos fiéis
por causa do isolamento social para conter o
avanço da Covid-19, foi presidida pelo Carde-
al Dom Sergio da Rocha e concelebrada pelos
bispos auxiliares Dom José Aparecido Gon-
çalves de Almeida e Dom Marcony Vinícus
Ferreira, e também pelo pároco da Catedral,
padre João Firmino Galvão Neto. Contudo, foi
possível visitar a Catedral no dia do seu ani-
versário, pois a igreja é um dos destaques da
Rota da Paz, que faz parte do tour virtual de
Brasília, criado em abril deste ano pela Secre-
taria de Turismo do DF em comemoração aos
60 anos da capital federal.
Concebida pelo arquiteto Oscar
Niemeyer, com projeto estrutural do en-
genheiro Joaquim Cardozo, a Catedral de
Brasília foi o primeiro monumento a ser
criado na capital federal. Localizada no Eixo
Monumental, na Esplanada dos Ministé-
rios, a Catedral é um dos pontos turísticos
mais famosos e visitados da cidade. A pe-
dra fundamental teve o seu lançamento em
12.09.1958, e, na data da inauguração da
cidade, em 21.04.1960, apenas a estrutura
da edificação do templo estava concluída. A
Catedral foi consagrada em 12 de outubro
de 1968 (ainda sem teto) e foi oficialmente
inaugurada em 31 de maio de 1970 (já com
os vidros externos transparentes) por Dom
Eugênio Sales, então Arcebispo Metropoli-
tano do Rio de Janeiro.
A igreja tem efeito de escultura e é
composta por uma nave principal em forma
circular, com piso rebaixado, executada em
16 colunas curvas de concreto que surgem
de um espelho d’água e se unem na parte su-
perior junto a um anel de vedação em vidro,
simbolizando mãos erguidas e unidas em ora-
ção na direção do céu.
A entrada da Catedral é indicada pe-
las esculturas em bronze dos “Quatro Evan-
gelistas” (São Mateus, São Marcos, São Lucas
e São João). Essas esculturas, medindo três
metros de altura cada uma, foram executadas
por Alfredo Ceschiatti com o auxílio de Dante
Croce. O campanário composto por quatro
grandes sinos, doados pela Espanha, comple-
ta o conjunto arquitetônico.
A nave está situada no subsolo e o
acesso é marcado pelo contraste de luz e
sombra, pois se faz por meio de um túnel com
piso e paredes negras, em declive, e portanto,
pouco luminoso, contrastando com o interior
do templo banhado por luz natural filtrada
pelos vitrais coloridos de Marianne Peretti,
que entremeiam as colunas de concreto. Nie-
meyer justificava que não queria uma Cate-
dral sombria, e, portanto, fez escura a galeria
de acesso à nave central, e esta, toda ilumina-
da e colorida, volta-se para os espaços infini-
tos, por meio dos belos vitrais transparentes.
Dentro da nave estão as esculturas
de três anjos, que parecem flutuar suspen-
sos por cabos de aço, obra de Alfredo Ces-
chiatti e Dante Croce. À direita, encontra-se
um pilar com passagens da vida de Nossa
Senhora pintado por Athos Bulcão. No acer-
vo das obras de arte existentes no interior
da Catedral destacam-se ainda a Via Sacra,
de Di Cavalcanti, uma réplica da escultura
Aluisio Queiroga - AFNB
“Pietá”, de Michelangelo, uma cópia do
Santo Sudário e uma escultura de São João
Bosco junto a uma representação do sonho
profético do Santo a respeito da fundação
de Brasília. O altar foi doado pelo Papa Pau-
lo VI, que também abençoou a cruz metálica
de 12 metros de altura que fica no topo da
igreja. A imagem de Nossa Senhora Apare-
cida existente na Catedral é uma réplica da
que se encontra no Santuário Nacional, em
Aparecida/SP. Encontra-se ainda no interior
da nave a grande cruz em madeira utilizada
na primeira missa celebrada em Brasília no
dia 03.05.1957, ocasião em que Nossa Se-
nhora Aparecida foi aclamada a padroeira
da cidade.
A Catedral Metropolitana de Brasília
obteve o 1º lugar no concurso para a escolha
das 7 (sete) Maravilhas de Brasília promovido
no ano de 2008 por iniciativa do Bureau Inter-
nacional de Capitais Culturais, com sede em
Barcelona, Espanha. Os internautas escolhe-
ram durante o mês de junho de 2008 as sete
maravilhas, em uma lista de 25 obras selecio-
nadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN).
Referências Bibliográficas:
1. Queiroga, Aluisio, “A Catedral de Brasília”– Boletim da
Associação Filatélica e Numismática de Brasília, Brasília/
DF, Nº 70, 2011;
2. Brasília – 50 anos, A História em Painéis – Arquivo Públi-
co do Distrito Federal, 2010;
3. Brasília, Fatos Importantes. Dos antecedentes, até 21 de
abril de 2010 – Arquivo Público do Distrito Federal e Secre-
taria de Cultura do GDF, 2010;
4. Guia “Conheça Brasília” – Ed. Frank A. Rezio, Apoio GDF,
Embratur e Ministério do Turismo, Brasília, 2014.
Endereços virtuais acessados:
1. www.agenciabrasilia.df.gov.br
2. pt.m.wikipedia.org
3. arqbrasilia.com
Ano 46 Nº 203 2020

Novidades Filatélicas pelo Mundo - Leia nas páginas 16 e 17

2
Teatros brasileiros
MAXIMAFILIA
Além das vidas que se perderam,
este período de pandemia de COVID-19
mudou todo o nosso cotidiano. Até o nos-
so divertimento já não é mais o mesmo: as
atividades que tinham aglomerações se vi-
ram privadas de público, foram suspensas,
adiadas ou até mesmo canceladas. O setor
de entretenimento, como shows, cinemas
e teatros, foi um dos mais afetados. Este ar-
tigo é uma forma de nos lembrarmos deste
cotidiano anterior à pandemia, mostrando
um pouco dos teatros em selos brasileiros,
retratados em máximos postais.
Nesta lista temos todos os selos brasilei-
ros retratando fachadas ou vistas internas de tea-
tros, em ordem cronológica de emissão:
Apesar de termos apenas uma única
série dedicada exclusivamente aos teatros,
lançada em 1978, e três centenários, em
1996, 2009 e 2011, há também os casos em
que o teatro aparece como tema secundá-
rio do selo, perfazendo assim o total de 19
selos emitidos retratando fachadas ou vis-
tas internas.
Curiosamente, a primeira vez que tive-
mos um teatro retratado não foi em um selo
postal. E nem a segunda vez! As duas primeiras
vezes foram em bilhetes postais: em 1933 (RHM
# BP-102 - 6ª Feira Internacional de Amostras:
Theatro Municipal, Rio de Janeiro/RJ) e em 1934
(RHM # BP-123 - Vistas do País: Pará, Theatro da
Paz, Belém/PA).
É importante frisar que, para elaboração
de máximos postais, em se tratando de lugares,
apenas o carimbo do local onde fica o referido
lugar é admitido para que se tenha a correta con-
cordância de local. No caso de teatros no estran-
geiro, como é o caso do Teatro Scala, em Milão,
e do Teatro Metropolitan, em Nova York, fica
inviável a elaboração de máximos postais tendo
o teatro como tema do máximo postal.
Além das fachadas e vistas internas,
temos ainda selos que representam outros
aspectos teatrais, como atores teatrais, más-
caras e representações de peças, e o teatro
popular de mamulengos. Nestes casos, a con-
cordância de local vai variar de acordo com o
tema do máximo postal: para pessoas, o ide-
por Agnaldo de Souza Gabriel
al é que o local do carimbo seja relacionado
com o tema retratado no selo (nascimento,
trabalho, morte, etc.); para representações
teatrais, o ideal é que o local seja onde exista
um teatro em que a peça já tenha sido ence-
nada; já para o teatro popular, o ideal é que o
carimbo seja de uma região em que o teatro
popular é praticado ou onde ele tenha sido
encenado, como por exemplo, em uma cida-
de na qual ocorra um festival folclórico.
A seguir apresentamos oito destes
teatros, em ordem cronológica da data de
inauguração:
Teatro Municipal, Sabará/MG (1819)
O Teatro Municipal de Sabará, inaugu-
rado em 02/06/1819, é o segundo teatro mais
antigo do Brasil ainda em atividade, sendo pa-
trimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional.
Fig. 1 - Emissão: 17/07/2011 - Postal:
Ed. Postais de Minas, 017 - Obliteração ilustrada
de 1º dia de circulação: Sabará/MG - 17/07/2011.
Teatro Santa Isabel, Recife/PE (1850)
O Teatro Santa Isabel foi inaugurado em
18/05/1850 e seu nome é uma homenagem à
Princesa Isabel, filha do imperador Dom Pedro II.
Em 1949 foi reconhecido como Patrimônio Histó-
rico e Artístico Nacional.
Emissão: 08/02/2007 -
Postal: Ed. Dicol 91 - Obliteração ilustrada
de 1º dia de circulação: Recife/PE - 08/02/2007.
Theatro da Paz, Belém/PA (1878)
Fundado em 1878, o Theatro da Paz fica
na cidade de Belém e tem capacidade para 880
pessoas, sendo um dos maiores da região Norte.
Seu nome foi dado em homenagem ao fim da
Guerra do Paraguai.

Emissão: 06/12/1978 - Postal:
Ed. Mercator 46 - Obliteração 1º dia de circulação:
DR Pará - 06/12/1978 e Obliteração comemorativa:
Belém/PA - 06 a 12/12/1978.
Teatro Amazonas, Manaus/AM (1896)
Construído durante o ciclo da borracha, o
Teatro Amazonas é o símbolo da cidade de Ma-
naus, encravada no meio da floresta Amazônica.
Foi tombado como Patrimônio Histórico Nacio-
nal em 1966.
Emissão: 27/09/1950 -
Postal: Ed. A Favorita, S/N - Obliteração
ordinária: Manaus/AM - 27/09/1950.
Theatro Municipal, Rio de Janeiro/RJ (1909)
Inaugurado em 1909, o Theatro Munici-
pal do Rio de Janeiro foi restaurado entre 1976 e
1978, com objetivo de adaptar-se às exigências
modernas, sem perder a integridade de seu mo-
delo original. Com seus 4.220 m², oferece uma
vasta programação de eventos.
Emissão: 06/12/1978
- Postal: Ed. Mercator 40 - Obliteração
comemorativa: Rio de Janeiro/RJ -
14/07/1979 (concordância visual tripla).
Theatro José de Alencar, Fortaleza/CE (1910)
Construído em 1910, o Theatro José de
Alencar apresenta características dos chamados
teatros jardins, com 6.300 m² divididos nos se-
guintes ambientes: saguão e foyer, pátio interno
a céu aberto, jardim, anexo e sala de espetáculo
com 776 lugares.
Cláudio Santoro é considerado um dos grandes
espaços culturais brasileiros e uma das mais be-
las obras de Oscar Niemeyer. Possui três salas de
espetáculos e abriga um anexo para diversas ati-
vidades, além de salas e galerias de arte.
Emissão: 06/12/1978 - Postal:
Ed. Edicard 250-079 - Obliteração comemorativa:
Fortaleza/CE - 06 a 12/12/1978.
Theatro Municipal, São Paulo (1911)
O Theatro Municipal de São Paulo foi
inaugurado em 1911 e é a principal casa de es-
petáculos da capital paulista. Nas suas laterais es-
tão representadas as duas principais estátuas da
fachada, que traduzem a essência de sua missão
artística: a Música e o Drama.
Emissão: 12/09/2011 - Postal:
Ed. Brascard 442 - Obliteração ilustrada
de 1º dia de circulação: São Paulo/SP - 12/09/2011.
3
Teatro Nacional Cláudio
Santoro, Brasília/DF (1966)
Inaugurado em 1966, o Teatro Nacional
Emissão: 22/04/1985 - Postal: Ed. Edicard
300-148 - Obliteração ilustrada de 1º dia de
circulação: Brasília/DF - 22/04/1985.
REFERÊNCIAS:
1) Colnect: Selos do Brasil, disponível em:
https://colnect.com/br/stamps/list/country/30-Brasil
2) Federação Internacional de Filatelia (FIP), Diretrizes
para Avaliação das Participações de Maximafilia em Ex-
posições FIP, Jacarta/Indonésia, 2012, aprovado no Rio
de Janeiro/RJ, 2013;
3) Federação Internacional de Filatelia (FIP), Regulamen-
to Especial para a Avaliação de Participações de Maxi-
mafilia, Jacarta/Indonésia, 2012, aprovado no Rio de
Janeiro/RJ, 2013;
4) Meyer, Peter, Catálogo de Selos do Brasil, Editora
RHM Ltda., 61ª edição, São Paulo/SP, 2019;
5) Teatro Amazonas, disponível em:
https://cultura.am.gov.br/portal/teatro-amazonas/
6) Theatro Municipal do Rio de Janeiro, disponível em:
http://theatromunicipal.rj.gov.br/o-theatro-municipal/historia/
7) Teatro Nacional Cláudio Santoro, disponível em:
http://www.cultura.df.gov.br/teatro-nacional-claudio-santoro/
8) Wikipédia: Theatro da Paz, disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Theatro_da_Paz
9) Wikipédia: Theatro José de Alencar, disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Theatro_Jos%C3%A9_de_Alencar
10) Wikipédia: Theatro Municipal de São Paulo: disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Theatro_Municipal_
de_S%C3%A3o_Paulo
11) Wikipédia: Teatro Municipal de Sabará: disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Municipal_de_
Sabar%C3%A1
12) Wikipédia: Teatro Santa Isabel: disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_de_Santa_Isabel
13) Máximos postais do acervo do autor.
4
O DEFICIENTE FÍSICO NA FILATELIA
PARTE X - POLIOMIELITE
Parte X
A Poliomielite, também chamada de
pólio ou paralisia infantil, é uma doença conta-
giosa aguda causada pelo poliovírus, que pode
infectar crianças e adultos por meio do contato
direto com fezes ou com secreções eliminadas
pela boca das pessoas doentes. Pode provocar
paralisias musculares, sendo que os membros
inferiores são os mais atingidos.
O termo deriva do grego poliós
(πολιός), que significa “cinza”, myelós
(µυελός “medula”), referindo-se à subs-
tância cinzenta da medula espinhal, e o su-
fixo -itis, que denota inflamação. Contudo,
algumas infecções mais graves podem se
estender até o tronco encefálico e ainda
para estruturas superiores, resultando em
polioencefalite, que provoca apneia (pa-
rada respiratória), requerendo ventilação
com o uso de um respirador artificial.
A doença permanece endêmica
em três países: Afeganistão, Nigéria e Pa-
quistão, com registro de 12 casos. Como
resultado da intensificação da vacinação,
no Brasil não há casos desde 1990.
O último caso de infecção pelo polio-
vírus selvagem no Brasil ocorreu em 1989 na
cidade de Souza/PB. A estratégia adotada para
a eliminação do vírus no país foi centrada na re-
alização de campanhas de vacinação em massa
com a vacina oral contra a pólio (VOP). As pro-
pagandas televisivas foram agressivas, mostran-
do crianças em cadeira de rodas, sensibilizando
os pais para vacinarem seus filhos. A vacina
propicia imunidade individual e aumenta a imu-
nidade de grupo na população em geral com a
disseminação do poliovírus vacinal no meio am-
biente em um curto espaço de tempo.
Existe o risco de importação de casos
de países onde ainda há circulação endêmica
do poliovírus selvagem (Paquistão, Nigéria e
Afeganistão). Com isso, reforça-se a necessida-
de de manter ações permanentes e efetivas de
vigilância da doença como exigência de vacinas
nos passageiros daquelas regiões, além de va-
cinação adequada de nossa população.
HISTÓRIA
A poliomielite, que existe desde a an-
tiguidade, só foi reconhecida pela primeira vez
como uma condição distinta por Jakob Heine,
em 1840. Seu agente causador, o poliovírus, foi
identificado em 1908 por Karl Landsteiner. Em-
bora grandes epidemias de pólio sejam desco-
nhecidas até o final do século XIX, esta foi uma
das doenças infantis mais temidas do século
Dr. Roberto Antonio Aniche*
XX. As epi- mental é necessário a implantação de sis-
demias temas de coleta e tratamento de esgotos,
de pólio coleta e destinação do lixo doméstico, con-
causaram trole e orientação à população sobre poços
deficiências de água potável e fossas sépticas.
físicas em
milhares CAUSAS E SEQUELAS
de pesso-
as, princi- Comum em países e regiões pobres,
palmente a falta de saneamento, as más condições
crianças. A habitacionais e a higiene pessoal precária
pólio existiu são fatores que favorecem a transmissão
por milha- do poliovírus, causador da poliomielite.
res de anos As sequelas da poliomielite estão
silencio- relacionadas com a infecção da medula e
s a m e n t e , Escultura da 18º Dinastia Egípcia do cérebro pelo poliovírus, que causam
como um (1403-1365 a.C.) representando paralisias motoras e não tem cura.
uma vítima da pólio
patógeno
endêmico até os anos 1880 quando grandes
epidemias começaram a ocorrer na Europa;
pouco depois, as epidemias espalharam-se nos
Estados Unidos.
SINTOMAS DA POLIOMIELITE
Comuns como na maioria das viroses:
febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de gargan-
FDC dos Estados Unidos, de 1957 – 20º Aniversário
ta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, da Fundação Nacional para a Paralisia Infantil
espasmos, rigidez na nuca, meningite, porém
na fase paralítica, quando houver, ocorre ins- Assim, as principais sequelas da po-
talação súbita de deficiência motora acom- liomielite são problemas e dores nas arti-
panhada de febre, assimetria acometendo, culações, pé torto que impede a marcha,
sobretudo a musculatura dos membros, com crescimento diferente das pernas associa-
mais frequência os inferiores, flacidez muscu- do à atrofia e até paralisia, o que faz com
lar, com diminuição ou abolição de reflexos que a pessoa manque e incline-se para um
profundos na área paralisada, sensibilidade lado, causando escoliose (desvio na colu-
conservada, persistência de paralisia residual na), osteoporose.
(sequela) após 60 dias do início da doença. Mais graves ainda são a paralisia
dos músculos da fala e da deglutição, o
PREVENÇÃO que provoca acúmulo de secreções na
boca e na garganta com riscos de asfixia e
A vacinação é a única forma de pre- dificuldade de falar entre outros.
venção da Poliomielite, devendo ser feita
em todas as crianças menores de cinco
anos de idade. Desde 2016, o esquema
vacinal contra a poliomielite passou a ser
de três doses da vacina injetável – VIP (2,
4 e 6 meses) e mais duas doses de refor-
ço com a vacina oral bivalente– VOP (go-
tinha), de acordo com as orientações da
Organização Mundial da Saúde.
Coletivamente, a educação sanitária
das pessoas é importante, como higiene
das mãos após evacuar, lavar verduras e
frutas com sanitizantes antes do consumo, Selo e Carimbo Comemorativo da Argentina, 1968
- 25º Aniversário da Associação
descarte adequado do lixo. A nível governa- para a Luta contra a Paralisia Infantil
 5
TRATAMENTO Fundada em 03 de agosto de Os “Primeiros”
A poliomielite não tem cura. Na
de Todo o Mundo
1950, a AACD nasceu do desejo do Dr.
fase aguda o tratamento é feito com sin- Renato da Costa Bomfim, especialista
tomáticos (controle de febre, oxigenação, em Ortopedia, de contribuir para a me-
Angelo Zioni (1913-1980
dor, vômitos). Na fase após instalação de lhoria da qualidade de vida das pesso-
paralisias o tratamento é fisioterápico, te- as com deficiência física no Brasil. ÁUSTRIA – 01.06.1850
rapia ocupacional, órteses (aparelhos or- Na época o Brasil enfrentava a
topédicos), tudo para diminuir as sequelas poliomielite, com sequelas motoras O Correio da Áustria-Hungria lançou
e melhorar a qualidade de vida. em centenas de pacientes, a maioria os selos em 01.06.1850. Mostravam o bra-
crianças. Nos Estados Unidos conhe- são da águia bicípide dos governos Imperial
CONHECENDO MAIS UM POUCO ceu tratamentos em centros de reabi- (Kaizerliche) da Áustria e Hungria e Real (Ko-
SOBRE A POLIOMIELITE litação modernos, novos equipamentos nigliche) encimados pela legenda “K.K.POST/
ortopédicos e protocolos diferenciados STEMPEL” (selo postal imperial e real). Os se-
Jakob e baseados em pesquisas sobre o trata- los, de 1-2-3-6 e 9 “kreuzer”, eram impressos
Heine (Ale- mento das sequelas da poliomielite. com papel manual, com filigranas KKHM e,
manha, 1800 Com o apoio de voluntários nas folhas, para que o número de selos fosse
– 1879), criou em São Paulo um centro de re- divisível, nas margens inferiores, os 4 últimos
ortopedis- abilitação tomando como modelo os espaços eram ocupados por “cruzes-de-santo
ta alemão, que visitou nos Estados Unidos, dando andré” que ficaram famosas na Filatelia.
notável pelo foco ao tratamento e à inclusão social Atribui-se o desenho a Johannes
estudo da de crianças e adolescentes com defici- Jacob Herz, a gravação a Hermann Taute-
poliomielite ência física, a atual AACD. nhayn. A impressão foi executada por Kai-
que realizou serlich-Königliche Hof- und Staatsdruckerei
em 1840, o de Viena em conjuntos de 240 selos, depois
primeiro re- cortados para folhas de 60 unidades.
latório médi- Sem denteação, existem, no entanto,
co da doença Jakob Heine exemplares destacados da folha por perfu-
e a primeira vez que foi reconhecida como ração a tracinhos (“percés” dos franceses).
entidade clínica. (Do FILACAP 47 – dez. 1979)
*Dr. Roberto Antonio Aniche
Karl Landsteiner (Áustria, 1868 — Médico Ortopedista Sócio da SPP
Nova Iorque, 1943), médico e biólogo austrí- (Sociedade Philatélica Paulista)
Membro da Sobrames
aco natu- (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores)
ralizado www.robertoaniche.com.br
estadu-
nidense. BIBLIOGRAFIA
Foi agra- https://pt.wikipedia.org/wiki/Poliomielite
ciado http://www.oswaldocruz.com/site/
com o noticias-em-geral/noticias/saiba-mais-
Nobel de sobre-karl-landsteiner-o-medico-que-
Fisiolo- descobriu-os-tipos-sanguineos-e-o-fator-rh
gia em https://aacd.org.br/
Medicina IMAGENS
em 1930, www.colnect.com
pela clas- google.com
sificação imagens do acervo do autor
dos gru- Karl Landsteiner,
pos san- Selo da Austria
g u í n e o . em emissão de 1968, Centenário
Landstei- de Nascimento
ner também contribuiu para a identificação
do vírus da Poliomelite.

A A C D – ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA
A CRIANÇA DEFEITUOSA

Franquia Postal de 6 de julho de 1975 com

Flâmula da Campanha Pró-Criança Defeituosa
6 MAXIMAFILIA

O GAIO-COMUM VISTO ATRAVÉS DA MAXIMAFILIA

O gaio-
-comum (Garru-
lus glandarius)
Linnaeus, 1758, é
uma espécie que
pertence à ordem
dos passeriformes
e à família corvi-
dae. Encontra-se
distribuída por toda a Europa, estando ausente
nas zonas da Escandinávia, da Escócia e da Ir-
landa. Nas zonas mais frias (Suécia, Noruega e
Polónia), migram no Outono para regiões mais
a sul onde os Invernos são menos rigorosos. Em
Portugal è muito comum especialmente nas zo-
nas onde haja arvores adequadas.
Mede cerca de 34 a 35 cm, tem uma
plumagem cor-de-rosa com manchas azul e
branca na asa e uropígio branco, a coroa é acin-
(fig. 1) – Gaio-Comum (Garrulus glandarius) - Postal Máximo
zentada com penas frequentemente erguidas Emissão: 2004 - Natureza – Bélgica
de cor preta, bigode e cauda de cor preto e a Obliteração: Carimbo comemorativo do 1º dia da emissão Brusselle-Brusselle 1050 - 14.10.04
garganta é esbranquiçada. Edição: The Belgian Maximaphiles – Carte Postale – Postkaart
O seu habitat é em bosques, pomares,
zonas de grande arvoredo, parques e jardins, ten-
do um canto muito característico por imitar ou-
tras aves. São aves com uma longevidade de 18
anos, sedentárias e solitárias, excepto na época
do acasalamento quando vivem em grupos.
A época de nidificação inicia-se nos fins
de Abril, construindo o ninho nas forquilhas
das árvores, á base de folhas secas, pequenos
ramos de árvores e lama. Fazem uma ou duas
posturas por ano, pondo em média 3 a 6 ovos,
sendo a sua incubação de 16 a 19 dias feita sem-
pre pelo casal.
Estas espécies são omnívoras, alimen-
tando-se à base de bolotas, que enterram para
comer mais tarde, bagas, sementes, pequenos
mamíferos, répteis, pequenas aves e ovos.
A nível filatélico e de cartofilia, têm
sido realizadas em diversos países várias
emissões alusivas a esta espécie, confor- (fig. 2) – Gaio-Comum (Garrulus glandarius) - Postal Máximo Triplo
Emissão: 2008 - Flora e Fauna - Madrid
me os exemplares aqui demonstrados o Obliteração: Carimbo comemorativo do 1º dia da emissão - Flora e Fauna – Madrid 1.10.2008
testemunham nas figuras 1 e 2. Edição: Edições Asema - Espanha

BIBLIOGRAFIA:

• Atlas Ilustrado das Aves do Mundo -

Editora Civilização - Junho 1999
• Catálogo de Selos Temático Fauna – Aves
- Birds – Domfil – 24 Edição – 1999
• Gooders, John Ilustração de Alan Harris
– Guia de Campo das Aves de Portugal e
da Europa - Temas e Debates – 2º Edição –
Março de 2000
• Kelvin e Carlson, Christine – À Descoberta
das Aves de Portugal Lello Editores – 1ª
Edição – Novembro 1994
Elaborado por Américo Rebelo

Entre os dias 9 e 13 de julho de
1951 aconteceu na cidade do Rio de Ja-
neiro o Primeiro Congresso Brasileiro de
Teatro. O Congresso foi realizado na sede
da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
e no auditório do Ministério da Educação.
Contou com a participação de represen-
tantes de entidades, grupos, companhias
teatrais e instituições de caráter cultural
de todo o país e reuniu cerca de duzentas
pessoas.
No dia 26 de junho de 1951 o De-
partamento dos Correios e Telégrafos pu-
blica o Edital 26-51 informando que “... no
dia 09 de julho próximo, entrará em circu-
lação o selo comemorativo do 1º Congres-
so Brasileiro de Teatro” com as seguintes
características:
Desenhista: Bernardino da Silva Lancetta
Processo de impressão: Offset
Papel: Filigranado (filigrana “Q”)
Folhas: 72 selos
Valor Facial: Cr$ 0,60
Tiragem: 1.000.008
Picotagem: 12 x 11
Dimensões do selo: 41 x 29 mm
Data da emissão: 09/07/1951
Nº RHM: C0265
Sobre o Alcântara na cidade do Rio de Janeiro/RJ, atual
selo: O selo apre-
senta no lado
direito uma re-
produção de uma
gravura de João
Caetano datada de 1856, de autoria de Se-
bastien Auguste Sisson (1824-1898), com
o ator interpretando o imperador romano
César. No lado esquerdo um palco, com
um pano de fundo mostrando uma cena
carioca representada pelo Morro do Cor-
covado. Também, no lado esquerdo, duas
máscaras, uma representando a comédia
e outra a tragédia.
João Caetano dos Santos nasceu
aos 27 de janeiro de 1808 em São João de
Itaboraí, atualmente Itaboraí/RJ. Começou
a carreira como amador, até que em 24 de
abril de 1831 estreou como profissional na
peça “O Carpinteiro da Livônia”, mais tar-
de representada como “Pedro, o Grande”.
Apenas dois anos depois, em 1833, João
Caetano já ocupava o teatro de Niterói
junto com um elenco de atores brasileiros.
Assim iniciava a Companhia Nacional João
Caetano. Ele foi, sem dúvida, o primeiro
ator brasileiro a igualar-se, em impor-
tância, às companhias teatrais lusitanas
que tomaram os palcos brasileiros com
7
JOÃO CAETANO
José Paulo Braida Lopes (SFJF/FILABRAS)
a chegada da família real portuguesa em Tiragem: 5.000.000
1808. Ultrapassou-as em fama e prestígio. Picotagem: 11,5 x 11
Representou com sua companhia teatral Dimensões do selo: 26 x 44 mm
grandes autores trágicos, cômicos, me- Data da emissão: 24/08/1963
lodramas e dramas burgueses. Além de Nº RHM: C0494
atuar em muitas peças, tanto no Rio como
nas províncias, João Caetano publicou dois Sobre
livros sobre a arte de representar: “Refle- o selo: O selo
xões Dramáticas”, de 1837, e “Lições Dra- apresenta
máticas”, de 1862. João Caetano faleceu uma repro-
no dia 24 de agosto de 1863, no Rio de Ja- dução de
neiro. Após sua morte, o Teatro Municipal uma gravura
de Niterói passou por sucessivas reformas de João Cae-
e, em 1900, a Câmara Municipal o rebati- tano datada
zou Teatro Municipal João Caetano. Tam- de 1856, de
bém no Rio de Janeiro o antigo Theatro de autoria de
São Pedro de Alcântara, reconstruído por Sebastien Au-
João Caetano após sucessivos incêndios guste Sisson
(1851,1856), é hoje conhecido como Tea- (1824-1898),
tro João Caetano. com o ator in-
terpretando o
imperador ro-
mano César.
Em ambos os selos (C0265 e C0494)
a gravura, de autoria de Sebastien Auguste
Sisson, que os desenhistas utilizaram para re-
produzir no selo, foi distribuída durante a rei-
nauguração do Imperial Theatro São Pedro de
Teatro João Caetano, após o incêndio de 1856.
Teatro Municipal João Caetano Niterói/RJ
Teatro João Caetano - Rio de Janeiro/RJ
Em 18 de agosto de 1963 o Departa-
mento dos Correios e Telégrafos publica o
Edital nº 68/63 informando que entrará em A curiosidade na emissão dos dois
circulação no dia 24 do corrente, em todo o selos, um em 1951 e outro em 1963, co-
território nacional, o selo comemorativo do memorando fatos diferentes, é que é caso
“CENTENÁRIO DA MORTE DE JOÃO CAE- único em nossa filatelia que a fonte da
TANO” com as seguintes características: imagem da personalidade presente nos
Desenhista: Marino Ferreira Pinheiro selos é a mesma, tornando os dois selos
Processo de impressão: Rotogravura semelhantes. O desenhista do selo de
Papel: Gessado, filigranado (filigrana “Q”) 1963 (C0494) poderia ter utilizado outra
Folhas: 25 selos imagem de João Caetano e não “copiar” a
Valor Facial: Cr$ 8,00 imagem já utilizada em 1951 (C0262).
8
CARIMBOS TEMÁTICOS DO BRASIL – PARTE 1
José Evair Soares de Sá
Neste número do FILACAP iniciare-
mos uma série de artigos onde apresentare-
mos os Carimbos Brasileiros conforme o CA-
TÁLOGO DE CARIMBOS COMEMORATIVOS
DO BRASIL – CATÁLOGO ZIONI-SOARES. Os
mesmos serão apresentados classificados
por TEMAS.
Para quem não conhece o Catálogo Orquídea zi 332 zi 375 Augusto St. Hilaire Orquídea zi 1683 Orquídea zi 1685
Zioni-Soares, informamos que se trata de
um Catálogo organizado pelo Dr. Angelo Zio-
ni, de São Paulo, que o fez até 1980 (Carim-
bo 3313). Com seu falecimento em 1981 e
como não havia ninguém da família interes-
sado no mesmo, adquirimos os direitos para
dar continuidade ao mesmo. Com a ajuda do
Prof. Biaggio Mazzeo, que já colaborava com
Orquídea zi 1687
o Dr. Zioni, fizemos 4 Suplementos: 1981 a zi 375 Augusto St. Hilaire Orquídea zi 487X Orquídea zi 1686
1984; 1985-86; 1987-90 e 1991 a 1994.
Como tínhamos que editar pelo
menos 200 Suplementos e não vendía-
mos nem 10, tivemos que interromper o
mesmo e somente há poucos anos, com o
avanço da informática, pudemos retomar
a tarefa e já fizemos a atualização até 2016
Orquídea zi 555 Orquídea zi 660
(Carimbo 10901), bem como uma revisão Orquídea zi 1920 Orquídea zi 1921
geral desde o número 1. Os de 2017 em
diante estão sendo feitos, mas ainda falta
bastante para completar os mesmos.
Caso deseje um Catálogo completo, o
mesmo custa atualmente R$140,00 (já com as
despesas de remessa via PAC) e é composto de:

1904 a 1980 = impressos (297 folhas) Orquídea zi 709X Orquídea zi 917

1981 a 1994 = 4 Suplementos impressos Orquídea zi 1939 Orquídea zi 2051A
1995 a 2016 = Suplementos anuais
somente em CD para que cada
um imprima se assim o desejar.

Atenciosamente,
Evair Orquídea zi 1124 Orquídea zi 1445
E-mail: evairsoares@gmail.com
OU orchimania@gmail.com Orquídea zi 2082 Orquídea zi 2084
Celular com Wattsapp: (21) 98878-1578

Neste primeiro momento apresen-

taremos os carimbos de temas ligados à
FLORA e começaremos apresentando os
Carimbos sobre ORQUÍDEAS.
Orquídea zi 1540 Orquídea zi 1593
ORQUÍDEAS E BOTÂNICOS
LIGADOS AO TEMA: Orquídea zi 2323-1B Orquídea zi 2353

zi 146 Propaganda Orquídea zi 146 Orquídea zi 1594 Orquídea zi 1634 Orquídea zi 2496 Orquídea zi 2632
 9

Orquídea zi 2716 Orquídea zi 2772 zi 4510 Orquídea zi 5628 Orquídea zi 5890

B. Rodrigues zi 4532 – Linée

Orquídea zi 2923 Orquídea zi 2951

Orquídea zi 4537 Orquídea zi 4562 Orquídea zi 6239 Orquídea zi 6698

zi 3050
B. de Capanema Orquídea zi 3233B Orquídea zi 4581 Orquídea zi 4609 Orquídea zi 7335 Orquídea zi 7469

Orquídea zi 3234 Orquídea zi 3235 Orquídea zi 4899 Orquídea zi 4906 Orquídea zi 7695 Orquídea zi 8685

Orquídea zi 3415 Orquídea zi 3435 Orquídea zi 4953 Orquídea zi 5025

Orquídea zi 8812 Orquídea zi 8859

Orquídea zi 3561 Orquídea zi 4329 zi 5049

B. Rodrigues zi 5364 Von Martius zi 8929 no BF Orquídea zi 8963A

Orquídea zi 4337
no selo Orquídea zi 4355 Orquídea zi 5456 zi 5464 Von Martius Orquídea zi 9318A Orquídea zi 9668
 Contribuição ao Estudo de Variações nos
10
Aerogramas Oficiais Brasileiros – Parte 2
Em continuidade ao estudo anterior de
variações em aerogramas oficiais nacionais
(Braga, 2020), duas outras emissões são sele-
cionadas para discussão: o Aerograma “Arara
Azul” de 1995 e os Aerogramas “Regiões do
Brasil” de 2002. Assim como no trabalho an-
terior, todos os itens aqui apresentados serão
indistintamente chamados de variações, sem
que sejam classificados como sendo varieda-
des, curiosidades ou mesmo novos itens tipo.
Ainda, todas as imagens exibidas foram obti-
das por escaneamento e tratamento digital
das próprias peças, sendo que nenhum item
foi fisicamente danificado, agregado ou des-
membrado no decorrer deste trabalho.
a) Aerograma Regular Internacional
“Arara Azul” de 1995.
Magalhães (2020) registra quatro dis-
tintas emissões deste aerograma, sendo
uma tiragem no ano de 1995 (sem código
de barras), outra tiragem no ano de 1996
(sem código de barras), e duas tiragens no
ano de 1998 (uma sem código de barras e a
outra com código de barras). Na Figura 1 se
apresenta o Aerograma “Arara Azul” da ti-
ragem de 1995, e na Figura 2 em destaque
o respectivo selo fixo dessa emissão. A ve-
rificação do ano da tiragem pode ser facil-
mente realizada devido à existência de uma
identificação impressa na lateral do lado di-
reito inferior dos aerogramas (Gepro/1995,
Gepro/1996 ou Gepro/1998). Todas as tira-
gens possuem o código 74010082-3. Caso
infelizmente raro de acontecer nos inteiros
postais brasileiros, apesar de muito valoro-
so e mesmo necessário, para essa emissão
os Correios emitiram o respectivo edital
(Edital 01 de 1995), que aborda também
o Aerograma da “Garça Branca/Pantanal”
Henrique Costa Braga - bragaseg@yahoo.com.br
que não está sendo aqui tratado. Conforme o respectivo edital essa
emissão possui, entre outros, os seguintes
detalhes técnicos: desenho de Etienne De-
monte, arte de Marta Poppe e impressão
realizada por offset em papel couché de
120g/m2. Apresenta numeração indivi-
dual tipográfica com 7 dígitos tendo uma
tiragem indicada de 150.000 exemplares.
É um aerograma de maiores dimensões
(181 mm x 334 mm aberto com abas)
quando comparado com a maioria das
outras emissões (totalmente aberto ultra-
passa a altura de uma folha A4). No edital
consta a data de emissão como sendo 9 de
janeiro de 1995.
Um aspecto particularmente interes-
sante desse aerograma está relacionado
ao seu selo fixo. Na quase totalidade dos
exemplares observados encontrou-se
vários deslocamentos e irregularidades
no desenho do selo fixo, como no selo
fixo retratado pela Figura 3. Apesar da
amostra empregada neste estudo ter
sido limitada a apenas 20 exemplares
examinados in loco, preliminarmen-
te parece que existem mais peças que
Figura 1. apresentam variações no selo fixo do
que peças com o selo fixo sem grandes
variações. Como consequência, consi-
derando exclusivamente que o valor
monetário do exemplar está também
relacionado com a sua dificuldade de
ser encontrado, a priori não se justifica
assim nenhuma valorização do exemplar
contendo essa variação usual do selo
fixo (eventualmente até o contrário, se
for confirmado que os exemplares sem
variação no selo fixo são mais escassos).
Apesar de não ser um caso único na fila-
telia brasileira é bem curioso, ainda mais
por se tratar de um item moderno.
Figura 2.

Figura 3.
Outro detalhe pitoresco se apresenta
no edital. A imagem do aerograma “Ara-
ra Azul” impressa no edital possui o indi-
cativo GEPRO/1994, ou seja, indica uma
emissão datada de ano anterior ao ano
oficial da emissão. Até o momento não
se tem o conhecimento de qualquer re-
gistro da efetiva existência desse aero-
grama com tiragem de 1994. Se eventu-
almente existir, essa peça será um item
muito interessante.
b) Aerograma Regular Nacional
“Regiões do Brasil” de 2002
Magalhães (2020) registra cinco dis-
tintas emissões desse aerograma, uma
para cada região do Brasil, designadas nos
próprios respectivos aerogramas como
Região Sudeste (código 74010174-9),
Região Sul (código 74010175-7), Região
Norte (código 74010176-5), Nordeste (có-
digo 74010177-3) e Centro-oeste (código
74010178-1). Os aerogramas das regiões
Nordeste e Centro-oeste não possuem a
palavra “Região” na sua designação, en-
quanto os demais possuem. Em todos es-
ses aerogramas a arte foi de Álvaro Nunes.
Todos possuem fita adesiva nas bordas
laterais verticais para facilitar seu fecha-
mento. São aerogramas que chamam a
atenção por serem muito coloridos e te-
maticamente muito expressivos. O código
de barras em todos se apresenta na borda
lateral inferior.
A amostra observada in loco foi com-
posta de 50 exemplares englobando todas
as regiões. Constatou-se efetivamente a
existência de duas tiragens com tamanhos
distintos em todas as cinco emissões. Uma
tiragem nas dimensões aproximadas de
156 mm x 221 mm e outra tiragem nas
dimensões aproximadas de 156 mm x 228
mm. A diferença na altura é devida a varia-
ção na largura das bordas laterais horizon-
tais. Em relação à largura é possível que
exista uma pequena diferença sistemática
nas tiragens, mas certamente inferior a
1,0 mm, portanto não será considerada.
A Figura 4 ilustra essa diferença na altura
pela comparação de dois exemplares da
emissão da Região Sudeste. Registra-se
que Macedo (2018) já havia alertado so-
bre a existência de duas distintas tiragens
dessa emissão pela variação do tamanho.
Figura 4.
Outro ponto é que os exemplares ob-
servados das emissões de tamanho menor
11
possuem impresso, ao longo de ambas as
bordas verticais junto ao serrilhado que
separa a borda da ilustração do aerogra-
ma, uma linha tracejada na cor preta (Fi-
gura 5). Adicionalmente as emissões me-
nores observadas visivelmente possuem a
área da cola mais estreita, ou talvez mais
condensada, nas fitas adesivas laterais.
Figura 5.
Tanto a existência da linha tracejada
preta como a questão da área da cola mais
estreita foram verificadas em todos os
exemplares menores, contudo sem serem
visualmente identificados em qualquer
um dos exemplares maiores. Essa dife-
renciação reforça a possibilidade da real
existência dessas duas tiragens distintas
para as emissões de todas as regiões. Re-
gistra-se ainda que foi observado espora-
dicamente em alguns poucos exemplares
a existência de outras variações isoladas,
como a ocorrência de decalque no verso,
ausência parcial do quadro envoltório do
selo fixo e da ocorrência de manchas azuis
no corpo da figura do aerograma.
Por fim, assim como no trabalho ante-
rior, os resultados aqui apresentados ab-
solutamente não esgotam o assunto, sen-
do apenas uma modesta contribuição ao
conhecimento desses interessantes itens.
Referências
Braga, H. C. Contribuição ao Estudo de
Variações nos Aerogramas Oficiais Brasi-
leiros, Filacap, v. 46, n. 202, p. 6-7. 2020.
Macedo, R. Aerogramas do Brasil - 1994
a 2015. 2018. Vídeo de palestra realizada
na SPP em janeiro de 2018. Disponível em
<youtube.com/watch?v=7vCVKCmpREg>.
Acessado em 07 dez. 2020.
Macedo, R. Aerograma Nacional – Emis-
sões de 1997. Boletim Informativo da Socieda-
de Philatélica Paulista, n. 234, p. 83-88. 2019.
Magalhães, M.R. Filatelia, História
e Cultura: Brasil. 2020. Sítio na internet.
Disponível em <https://migrmag.wixsite.
com/culturafilatelica/brasil>. Acessado
em 06 dez. 2020.
12 NUMISMÁTICA

Os Idos de Março e a Nova Rainha

da Numismática Clássica Mundial
Rafael Augusto de Mattos Ferreira – Membro SNB, SNP, AFNB, FILACAP, AVBN, ANA (EUA).
Por extraordinárias 3,348 milhões de Cunhada em meados do ano 42 a.
libras esterlinas (incluindo taxas e impostos), C., a icônica moeda mostra representa-
o equivalente no dia do leilão a aproximada- ções sem pudores do fato histórico que
mente R$ 24.889.000,00 (24 milhões e 889 mil mudou os rumos da República que pouco
reais), o áureo “Eid Mar” de Brutus tornou-se tempo depois viria a se tornar o Império
a moeda da Antiguidade Clássica mais cara da Romano. No anverso, o busto de Brutus à
história vendida num leilão público, mais pre- direita, com a legenda BRVT IMP - L PLAET
cisamente pela empresa Roma Numismatics CEST (Brutus Imperator – Lucius Plaetorius
Ltd., no último dia 29 de outubro de 2020. Cestianus), o que contrariou as próprias Acima representada a moeda
São conhecidos apenas três exempla- tradições da moedagem da República ro- recordista mundial vendida no leilão
res dessa peça, que talvez seja a mais famosa mana, em que o rosto dos governantes da Roma Numismatics. Referências:
do mundo antigo e “celebra” o assassinato não era representado nas moedas, e sim, Q. Servilius Caepio (M. Junius) Brutus
de Júlio César nos Idos de Março de 44 a. C. em sua maior parte, imagens e símbolos AV Aureus. A. Campana, Eidibus Mar-
(mais precisamente aos 15 dias de março) de seus deuses. Anteriormente, apenas o tiis (forthcoming), 13 (O1/R6) and
pela facção de cerca de sessenta senadores próprio Júlio César havia recebido autori- pl. 1, 13 (this coin); Crawford -; Sy-
denominados “Libertadores”. Entre eles esta- zação do Senado para ter seu rosto grava- denham -; BMCRR -; Bahrfeldt -; Ba-
va Brutus, filho adotivo de Júlio César. do numa moeda, e Brutus foi totalmente belon -; H. A. Cahn, Eidibus Martiis,

A morte de César, por Vincenzo Camuccini, na Galeria Nacional de Arte Moderna e Contemporânea, Roma.
De sua “irmã” de prata, o denário “Eid
Mar”, são conhecidas algo entre 80 e 100 pe-
ças, o que faz dela também uma moeda mui-
to rara e cobiçada pelos colecionadores.
Moeda leiloada em junho de 2014 pela
empresa Goldberg Coins & Collectibles Inc.,
pelo valor de 517 mil dólares americanos.
contra, o que demonstra uma clara provo-
cação de Brutus aos que não o apoiaram
em tal ação. No reverso se apresentam
as figuras do Píleo ou Chapéu da Liberda-
de – representando, possivelmente, que
o assassinato foi para libertar a República
da tirania ditatorial de Júlio César –, lade-
ado por duas adagas que representariam
as usadas por Brutus e Caio Cássio Longi-
no no assassinato de Júlio César. Abaixo,
a inscrição EID . MAR (Eidibus Martiis),
representando a data da comemoração
de que trata a moeda, ou seja, os Idos de
Março do ano de 44 a. C.
QT XVII (1989), pp. 211-32, 4a = CRI
215 = NFA XXV, 1990, 306 = Sotheby’s
Zurich, 1993, 87 (same obverse die) =
R. Walburg, Zeitzeugen. Münzen aus
der Sammlung der Deutschen Bun-
desbank. Hirmer Verlag, München
2018, pp. 48-9 (Kat. 65, 66); Cahn,
L’aureus de Brutus avec EID MAR,
Actes du Congrés Internationale de
Numismatique 1953, obverse die ‘A’;
Calicó 58 = Biaggi 39 = Cahn, Actes,
Actes du Congrés Internationale de
Numismatique 1953, p. 213 = Cahn,
Eidibus Martiis, 24a; for this type

in silver see: - A. Campana, Eidibus
Martiis, 14-18 (same dies); Crawford
508/3; Sydenham 1301; BMCRE East
68; Cahn, Eidibus Martiis, 6 (same
dies); S. Nodelman, Brutus the Tyran-
nicide in Ancient Portraits in the J.
Paul Getty Museum: Volume 1, p. 51,
fig. 8 (same dies); Vagi, vol. II, p. 198,
95 = Feirstein Collection, NAC 39,
2007, 89 (same dies); John Work Gar-
rett Collection, part I, Leu-NFA, 1984,
685 (same obverse die); Loscombe
Collection, Sotheby, 1855, 683 = BMC
II 480, 69 (same obverse die); Lanz
158, 2014, 373 (same obverse die);
Künker 124, 2007, 8483 = Leu 71,
1997, 265 = Münzen & Medaillen 19,
1959, 150 (same obverse die). 8.06g,
19mm, 12h.
Abaixo citamos os outros dois
exemplares conhecidos desta peça:
Segunda peça conhecida,
vendida em leilão da Sotheby’s Zurich, em
1993, hoje pertencente à coleção
do Deutsche Bundesbank, o banco central
da República Federal da Alemanha.
Terceira peça conhecida,
leiloada pela empresa Numismática Ars
Classica por 230 mil francos suíços,
em 2008, comprada por colecionador
particular e emprestada ao British Museum.
A seguir listamos as 3 peças mais
caras da antiguidade clássicas já vendidas
antes do áureo de Brutus “Eid Mar”:
Estáter de ouro da cidade grega de
Panticapaeum no mar negro, vendida em
2012 por 3 milhões e 250 mil de dólares
(taxas não inclusas).
Decadracma de prata cunhado em Agrigento
na atual Sicília, leiloado em 2012
por 2 milhões e 300 mil francos suíços
(taxas não inclusas).
Tetradracma de prata cunhado em Siracusa,
leiloado em 2014 por 2 milhões e 300 mil
francos suíços (taxas não inclusas).
Este áureo recordista nos mostra
que a numismática continua em alta e que
boas peças seguem alcançando somas al-
tíssimas.
Agradecimentos aos amigos que
apoiaram na confecção deste, em espe-
cial, ao Cristiano Bierrenbach, pelo incen-
ac.filacap@gmail.com
13
tivo sem o qual este artigo não teria saído.
Referências:
https://www.nytimes.com/1993/10/24/
style/coins-the-tale-of-brutus-recounted-in-
-gold.html
https://en.wikipedia.org/wiki/Ides_of_
March
http://davy.potdevin.free.fr/Site/cra-
wford6.html
http://www.wildwinds.com/coins/
sear5/s1439.html#junia52
https://www.romanumisma-
tics.com/221-lot-463-q-servilius-
-caepio-m-junius-brutus-av-au-
reus?arr=0&auction_id=75&box_
filter=0&cat_id=&department_
id=&exclude_keyword=&export_
issue=0&gridtype=listview&high_
estimate=500000&image_
filter=0&keyword=&list_type=list_
view&lots_per_page=100&low_
estimate=100&month=&page_
no=5&paper_filter=0&search_
t y p e = & s o r t _ b y = l o t _
number&view=lot_detail&year=
https://coinweek.com/ancient-coins/ngc-
-ancients-certifies-fabled-eid-mar-aureus-
-of-brutus
14 NOTAFILIA
Série Cruzeiro – Idas e vindas de um padrão monetário
6ª PARTE – Como cartas de baralho
Espero que você esteja gostando
desta saga que desbrava a história dos
cruzeiros. Nesta edição iremos abordar as
notas do padrão monetário cruzeiro cir-
culadas oficialmente entre 1981 e 1989.
Mais precisamente em 8 de setembro de
1981 e apresentando uma nova família de
notas inspiradas em cartas de baralho.
Esta família, também projetada
por Aloísio Magalhães, tem como nota de
entrada para o padrão a cédula de 1000
cruzeiros lançada como teste ainda em
1978 (como demonstrada em nosso artigo
anterior). A inspiração em cartas de bara-
lho era o conceito implícito para facilitar
o manuseio das notas no comércio e nos
caixas do sistema bancário nacional, sen-
do possível identificar a nota em qualquer
das posições quando entregue aos usuá-
rios do meio circulante.
As notas desta família do cruzeiro
trazem seu número de série no reverso da
nota, bem como o espelhamento entre as
imagens como já abordamos no início des-
te artigo.
As notas inspiradas em cartas de
baralho testadas pela primeira vez ainda
em 1978 (nota de 1000 cruzeiros, conhe-
cida popularmente como cabeção), nos
deram a ideia de que a novidade seria
bem aceita pelos brasileiros, mas o res-
tante da família só iria circular de fato em
1981. A série teria os valores de 100, 200,
500, 1000 (estampa B - Modificada) e 5000
cruzeiros. Foi de fato uma família de notas
que nos trouxe a cultura nacional estam-
pada novamente no dinheiro. Detalhamos
a série em nosso artigo para que você pos-
sa continuar essa impressionante viagem.
100 CRUZEIROS – TEMA: DUQUE DE
CAXIAS E A PACIFICAÇÃO INTERNA
Bruno Diniz – Historiador, Numismata e Notafilista
ANVERSO – Efígie de Luiz Alves de ANVERSO – Efigie de Manuel Deo-
Lima e Silva, Duque de Caxias, inspirado em doro da Fonseca, inspirada em fotos da épo-
litogravura original de S.A. Sisson, encontra- ca da Proclamação da República, e de uma
da na obra “Galeria dos Brasileiros Ilustres – peça – Um prato de porcelana – do acervo
Os contemporâneos”, volume I, 1859. do Museu da República, Rio de Janeiro (RJ).
REVERSO - Painel baseado em deta- REVERSO - Inspirado no painel de
lhe da gravura “Villa de Queluz”, de autoria de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo “Com-
Heaton & Rensburg, do livro “História do Movi- promisso Constitucional”, datado de 1896. Os
mento Político que no ano de 1842 teve lugar na personagens escolhidos para a composição
Província de Minas Gerais”, do Cônego José An- acham-se retratados na área inferior esquer-
tonio Marinho, Volume I, 1844. Espada que per- da do quadro original: Bernardinho Campos,
tenceu a Caxias, complementa a composição. Pinheiro Machado, Pedro Américo, André Ca-
valcanti, Almirante Wandenkolk e Lauro Sodré.
200 CRUZEIROS – TEMA: PRINCESA
ISABEL E A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA 1000 CRUZEIROS – TEMA:
BARÃO DO RIO BRANCO E
DELIMITAÇÃO DAS FRONTEIRAS
ANVERSO – Efigie da Princesa Isa-
bel, inspirada em fotos pertencentes à co-
leção de D. Pedro Gastão. ANVERSO – Efigie de José Maria da
REVERSO - Painel reproduzindo a Silva Paranhos Júnior (1845-1912), Barão
fotolitografia “La cuisine a la roça”, de Vic- do Rio Branco.
tor Frond, prancha nº 55, encontrada no REVERSO - Composição alusiva à
livro “BRAZIL PITTORESCO”, impressão de “Questão das Missões”, tendo como elemento
Lemercier, Paris, 1861. principal um detalhe do taqueômetro utiliza-
do, superposta à planta topográfica da frontei-
500 CRUZEIROS – TEMA: ra definitiva entre Brasil e Argentina, feita por
MARECHAL DEODORO DA FONSECA Dionísio Cerqueira à época da demarcação.
E O COMPROMISSO CONSTITUCIONAL Compare com a nota circulada em
- PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA fase de testes ainda em 1978:

5000 MIL CRUZEIROS – TEMA: CASTELLO
BRANCO E A REVOLUÇÃO DE 1964
ANVERSO – Efigie do Marechal
Humberto de Alencar Castello Branco
(1900-1967)
REVERSO - Painel representando
o desenvolvimento do país no campo da
energia hidroelétrica e das telecomunica-
ções durante o regime militar.
Neste artigo acabamos de perceber
mais uma vez a riqueza e cultura do Brasil
estampadas em nosso dinheiro. Ficamos por
aqui, mas no próximo artigo continuaremos
nossa incrível saga. Onde Iremos conhecer
novos temas e novos homenageados. Será
nosso sétimo capitulo. Não perca!
NUMISMÁTICA 15
AS MENORES MOEDAS
QUE CIRCULARAM NO BRASIL
- Elas são verdadeiramente minúsculas!
Bruno Diniz – Historiador, Numismata e Notafilista
A numismática brasileira é uma de moedas e cédulas dos mais variados
das mais diversificadas do mundo, pois os tamanhos, metais, peso e características.
vários padrões monetários e a constante Separamos em nossa postagem de hoje
alteração de designer das moedas contri- as menores moedas que já circularam no
buíram para isso. Antes do Real que co- Brasil nos períodos pré-republicano e du-
nhecemos o meio circulante era repleto rante a República.
A menor moeda Pré-República
O ouro até que foi abundante e produzidas certificando-se que o valor de
sempre foi muito precioso. Da mesma circulação fosse maior do que elas der-
forma que o ouro ia se escasseando, a retidas. O jeito foi diminuir e emagrecer
inflação ia aumentando. Moedas de ouro cada vez mais as moedas. Ou deixar de
com valor baixo somente poderiam ser produzi-las!
Em 1734, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro cunhava, entra outras, moedas de ouro de
400 réis, para circulação no Brasil e em Portugal. Para compensar, essas moedas mediam
somente 13,5 mm e pesavam menos de 1 grama. Eram conhecidas como “cruzadinhos”.
A menor moeda republicana
Moedas pe-
quenas são sinônimo
de economia. Para
o custo de fabrica-
ção da moeda não
superar seu valor
de circulação - o va-
lor intrínseco não
ser maior que o fa-
cial - trabalha-se na
redução da precio-
sidade do material A menor moeda republicana é o “centavinho”, moeda de inox de 1
ou na diminuição do centavo de cruzeiro que circulou de 20/03/1979 a 15/08/1984. Seu
valor já era tão irrisório para a inflação da época que a moeda tinha
tamanho da mesma. mais valor sentimental do que real. As principais características do
O absurdo é alcança- “centavinho”: Aço inox; 1979 a 1983; 1,58 g; 14 mm de diâmetro.
do quando, para se
atingir a melhor rela-
ção custo material x
tamanho, resulta-se
em moedas tão pe-
quenas tornando-se
inacreditáveis que
um dia elas circula-
ram por aí.
16

NOVIDADES FILATÉLICAS PELO MUNDO

• ARMÊNIA - 03.07.2020, Europa – Rotas do
Correio Antigo (1 selo). 10.07.2020, Napoleão Bonaparte,
1769-1821 (bloco). 20.09.2020, 100 Anos do Nascimento
do Pintor Jean Jansem (Hovhannes Semerdjan), 1920-2013
(2 selos). 01.09.2020, 100 Anos do Nascimento do Cineas-
ta Henri Verneuil (Ashot Malakian), 1920-2002 (bloco).
09.09.2020, 110 Anos do Nascimento de do Halterofilista
Sergo Hambardzumyan, 1920-1983 (1 selo). 11.09.2020,
100 Anos do Nascimento de Alexander Arutiunian, 1920-
2012 (1 selo). 17.09.2020, Igreja de São Gregório, o Ilumina-
dor, em Singapura (1 selo). 11.11.2020, 150 Anos do Nasci-
mento do Pintor Yeghisha Tadevossian, 1870-1936 (2 selos).
13.11.2020, Ano Novo Lunar – Ano do Boi 2021 (1 selo).
• BULGÁRIA - 24.06.2020, Heráldica Urbana Búl- dicional “Čiga” em Tešanovci (bloco). 24.10.2020, 75 Anos
gara - Brasão de Armas de Cidades (minifolha). 26.06.2020, das Nações Unidas (1 selo). 13.11.2020, a) Ano Novo 2021 (2
75 Anos da Organização das Nações Unidas e 65 Anos da selos); b) Cientistas Mulheres Eslovenas – Drª Amalija Simec,
Bulgária como Estado Membro (1 selo). 27.06.2020, 170 Epidemiologista (1 selo); c) Eslovenos ao redor do Mundo –
Anos do Nascimento de Ivan Vazov, 1850-1921 (1 selo). Eslovenos na Alemanha (1 selo); d) Campanha de Testes de
29.06.2020, Europa - Antigas Rotas Postais (2 selos; bloco). Câncer (3 selos); e) Gastronomia – Istria Eslovena (2 selo);
16.07.2020, Dia Internacional das Remessas Familiares (1 f) Casas Rurais na Eslovênia (bloco); g) Natal 2020 (2 selos).
selo). 21.07.2020, 200 Anos da Descoberta da Antártica
(minifolha). 25.08.2020, Primeira Coordenação Búlgara
da Agenda Marítima Comum para o Mar Negro (bloco).
02.09.2020, a) Grandes Exploradores – Vitus Jonassen Be-
ring, 1681-1741 (bloco); b) 500 Anos da Morte de Rafael
Sanzio de Urbino, 1482-1520 (bloco).

• BIELORRÚSSIA (BELARUS) - 12.08.2020, Brasão

de armas de Byalnichy (1 selo). 14.08.2020, Apicultura em
Belarus (1 selo). 31.08.2020, Obras Primas da Pintura dos
Museus de Belarus (4 selos; minifolha). 02.09.2020, Constru-
ção de Máquinas da Belarus (9 selos; minifolha). 08.09.2020,
Agir Agora, Ação Climática (1 selo). 18.09.2020, Atanásio de
Brest (bloco). 24.09.2020, Patrimônio da UNESCO em pin-
turas da Bielorrússia e da China (1 selo). 01.10.2020, Aves
e seus Ovos (minifolha – 4 selos). 23.10.2020, 75 Anos das
Nações Unidas (1 selo). 27.10.2020, Natal (1 selo).
• CHIPRE - 04.05.2020, a) Ano Internacional da
Enfermeira e da Parteira e 200 Anos do Nascimento de Flo-
rence Nightingale (1 selo); b) Europa 2020 – Antigas Rotas
Postais (2 selos). 09.07.2020; a) Aniversários e Eventos – 65
Anos do EOAK – Movimento de Libertação Cipriota (1 selo),
25 anos de Melathron Agoniston EOKA (1 selo) e 60 Anos da
OEB (1 selo); b) Euromed 2020 – Gastronomia Tradicional
no Mediterrâneo (1 selo). 17.09.2020, Personalidades de • FAROÉ - 21.09.2020, a) 250 Anos do Nascimento
Chipre (3 selos). 19.11.2020, a) Selos Personalizados/60Anos de Ludwig van Beethoven (bloco); b) 125 Anos dos Filmes
da República de Chipre ( ); b) Natal 2020 (3 selos). – Cinema (2 selos); c) Xadrez (2 selos); d) Casulas (2 selos).
01.10.2020, Etiquetas de Franquia 2020: Colheita do Feno (4
etiquetas). 02.11.2020, Selos-etiqueta de Natal (minifolha).

• DOMINICA - 03.11.2020, a) Campanha conta a

COVID-19 (minifolha); b) 50 Anos do Primeiro Pouso Lunar
• BÓSNIA E HERZEGOVINA - CORREIO CROATA Tripulado (bloco; minifollha). 18.11.2020, 500 Anos da mor-
EM MOSTAR - 26.09.2020, Dia Europeu das Línguas (1 selo). te do artista italiano Rafael Sanzio, 1483-1520 (bloco).
09.10.2020, Tesouro Arqueológico 2020 – Broche (fíbula)
cruzada (1 selo). 16.10.2020, Dia Mundial da Alimentação (2
selos). 01.11.2020, a) Fauna – Borboletas – Pyrgus sidae (4
selos); b) Flora (4 selos). 01.12.2020, Natal e Ano Novo (2
selos). 16.12.2020, 250 Anos do Nascimento de Ludwig van
Beethoven (2 selos).

• LÍBANO - 04.03.2020, 250 Anos do Nascimento

• ESLOVÊNIA - 25.09.2020, a) Campanha contra o
Lixo (5 selos); b) 100 Anos do Sistema Elétrico de Maribor
(1 selo); c) Ano Internacional da Fitossanidade (bloco); d)
Fauna – Gatos Domésticos (3 selos; bloco); e) Alavanca tra-
de Ludwig van Beethoven (minifolha). 01.06.2020, Obrigado
aos Nossos Heróis Caridosos (1 selo). 09.07.2020, 75 Anos
da Cruz Vermelha do Líbano (1 selo). 17.07.2020, Euromed
2020 – Gastronomia Tradicional (4 selos). 12.08.2020, Po-
eta George Shehadeh, 1905-1988 (1 selo). 31.08.2020,
Autor Amin al-Rihani (1 selo). 01.09.2020, 100 Anos do
Estabelecimento do Grande Líbano (1 selo). 17.09.2020,
Político Mishal Iddah (1 selo). 28.09.2020, Patriarca Maroni-

ta Ilyas Al-Huyak (1 selo). 30.09.2020, 75 Anos de Relações
Diplomática com o México – emissão conjunta (3 selos).
12.10.2020, Reconstruindo Beirute após a explosão de 4 de
agosto de 2020 (2 selos). 24.10.2020, 75 Anos das Nações
Unidas (1 selo).
• LUXEMBURGO - 15.07.2020, Combate ao Co-
ronavírus – Luxemburgo em Tempos da Covid-19 (minifo-
lha). 15.09.2020, a) 700 Anos da Morte de Pierre d’Aspelt,
1240-1320 (1 selo); b) Emissão SEPAC - Uma Obra de Arte
(1 selo); c) Dia do Selo – Ettelbruck (1 selos); d) 75 Anos das
Nações Unidas (1 selo). 08.12.2020, a) 20 Anos do Acesso ao
Trono do Grão-Duque Henri (1 selo); b) Museus Locais de
Luxemburgo (caderneta 5 selos); c) Caridade 2020 - Região
do Mosela de Luxemburgo (4 selos); d) Natal 2020 (2 selos);
e) Abelhas silvestres (5 selos auto-colantes).
• MALTA - 09.05.2020, Europa 2020 – Antigas
Rotas Postais (2 selos). 08.06.2020, SEPAC 2020 – Obras de
Arte da Coleção Nacional (2 selos). 09.07.2020, EUROMED
2020 – Gastronomia no Mediterrâneo (3 selos). 24.09.2020,
Fauna – Cães (Minifolha – 16 selos). 22.10.2020, 100 Anos
do Nascimento de São João Paulo (bloco). 24.10.2020,
Viticultura – Emissão conjunta coma Eslováquia (2 selos).
24.11.2020, Natal 2020 (3 selo). 17.12.2020, 250 Anos do
Nascimento de Ludwig van Beethoven (bloco).
• POLÔNIA - 07.10.2020, Igreja Colegiada Star-
gard – A joia da Pomerânia Ocidental (1 selo). 08.10.2020,
Borboletas (4 selos). 13.10.2020, Doze Estrelas na Coroa da
Rainha da Paz (1 selo). 16.10.2020, 100 Anos do Nascimento
do Santo Papa João Paulo II – 2ª série (1 selo; minifollha).
23.10.2020, 150 Anos do Museu Polonês, Rapperswil, Suíça.
24.10.2020, 75 Anos das Nações Unidas. 28.10.2020, a) Tri-
lha da Esperança do Exército Anders (1 selo); b) 80 Anos da
Batalha da Grã-Bretanha (bloco). 30.10.2020, 40 Anos da Or-
ganização Independente de Estudantes (1 selo). 06.11.2020,
75 Anos das Deportações da Alta Silésia (1 selo). 11.11.2020,
Presidentes da Sejm durante a Segunda República (minifo-
lha). 16.11.2020, Natal 2020 (1 selo). 19.11.2020, 100 Anos
das Relações Diplomáticas com o Brasil (1 selo). 25.11.2020,
Dinossauros (3 selos). 30.11.2020, Aves Polonesas (4 se-
los). 30.11.2020, Cidades Polonesas – Bydgoszcz (1 selo).
04.12.2020, Fundação Pocztowy Dar (1 selo). 15.12.2020,
250 Anos do Nascimento de Ludwig van Beethoven (1 selo).
• QUIRGUISTÃO - 09.12.2020, Emissão Conjunta
entre Quirguistão e Ucrânia – Joias Tradicionais (2 selos).
14.02.2020, Aniversários de Grandes Personalidades: Ivan
Bunin – 1870-1953; Federico Fellini – 1920-1993; Ludwig
van Beethoven – 1770-1827 e Rafael Sanzio – 1483-1520
(3 selos; bloco). 15.12.2020, Campanha de Ação Climática
ActNow das Nações Unidas (1 selo). 16.12.2020, Olimpíada
de Xadrez Online (1 selo). 17.12.2020, Ave do Ano (II) - Touti-
negra de sobrancelha branca - Leptopoecile sophiae (1 selo).
21.12.2020, Emissão Conjunta entre Quirguistão e Turquia
- Mesquita Principal Bishkek de Imam al Sarakhsi (bloco).
22.12.2020, Cães Domésticos (3 selos).
17
• REPÚBLICA DOMINICANA - 04.08.2020,
Monumentos Coloniais – Casas Coloniais do Século XVI
(minifolha). 30.09.2020 (emissões pendentes de anos
anteriores), a) María de las Nieves Sierra - Doña Chu-
cha (1 selo); b) 50 Anos do Colégio Dominicano de No-
tários (1 selo); c) Compositores e Músicos Dominicanos
(1 selo); d) Juan Antonio Alix Rodriguez, 1833-1918 (1
selo). 28.10.2020, 100 Anos do Gesto de Solidariedade
da República Argentina com a República Dominicana
(bloco). 03.11.2020, Cidadão Exemplar - Sr. Ángel Ama-
do Paredes Gómez (1 selo).
• TAILÂNDIA - 02.01.2020, Zodíaco 2020 – Ano do
Rato (1 selo; bloco). 11.01.2020, Dia Nacional da Criança (4
selos). 07.02.2020, Símbolo do Amor – Dia dos Namorados
(1 selo). 02.04.2020, Dia de Conservação do Patrimônio Tai-
landês 2563/2020 (5 selos; bloco). 02.05.2020, Dia do Vesak
Bucha. 24.06.2020, 80 Anos do Edifício Geral dos Correios
(1 selo). 12.07.2020, Festivais Tradicionais Tailandeses - Ce-
rimônia Floral Budista (4 selos). 28.07.2020, 86 Anos de Sua
Majestade o Rei Maha Vajiralongkorn Phra Vajiraklaocha-
oyuhua (1 selo). 04.08.2020, 65 Anos de S. A. R. Princesa
Maha Chakri Sirindhorn (1 selo). 14.08.2020, Todos na Luta
contra o Covid-19 (2 selos). 20.08.2020, 100 Anos do Minis-
tério do Comércio (1 selo). 21.09.2020, Animal Aquático Na-
cional da Tailândia - Peixe-lutador Siamês – Betta splendens
(4 selos; minifolhas). 28.09.2020, 60 Anos da Autoridade
Provincial de Eletricidade (1 selo). 25.11.2020, Ano Novo
2564/2021 – Doces Tailandeses 05.12.2020, a) 88 Anos de
S.M. Rainha Sirikit, a Rainha-Mãe (1 selo); b) Dia Nacional
2563/2020 (1 selo).
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são Especial). Deta- selo: 30 mm x 40 mm; picotagem: 12 x Lucas Elias; processo
lhes Técnicos- Edital 11,5; locais de lançamento: Brasília/DF, de impressão: ofsete;
nº 11; arte: Lidia Marina Curitiba/PR e Rio de Janeiro/RJ; impres- papel: cuchê
Hurovich Neiva / Correios; processo de são: Casa da Moeda do Brasil. autoadesivo;
impressão: Processo de Impressão: Of- apresenta-
sete; papel: cuchê gomado; apresenta- ção: folha
ção: folha com 16 selos; valor facial: R$ com 20 selos
5,00; tiragem: 400.000 selos; área de (10 imagens
desenho: 54 mm x 20 mm; dimensão do diferentes);
selo: 59 mm x 25 mm; picotagem: 11,5 tiragem:
X 12; locais de lançamento: Brasília/DF, 160.000 de
Olinda/PE e Recife/PE; impressão: Casa cada selo;
da Moeda do Brasil. valor facial:
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te da Carta
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de lançamento: Belo Horizonte/MG, Brasília/
DF, Cachoeira do Sul/RS, Campo Grande/MS,
Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Domingos Martins/
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Aniversário de Lu- Branco/AC, Macapá/AP, Manaus/AM, Salva-
dwig Van Beethoven dor/BA, São José/SC, São Luís/MA, Teresina/
(Emissão Comemo- PI; impressão: Casa da Moeda do Brasil.
rativa). Detalhes
Técnicos- Edital nº 12; 08.11.2020, Série
pintura: Josef Karl Stie- América-UPAEP: Arqui-
ler; arte finali- 24.09.2020, tetura (Emissão Espe-
zação: Daniel Centenário do Nas- cial). Detalhes Técni-
Effi/Correios; cimento de Clarice cos: Edital nº 16; fotos:
processo de Lispector (Emissão Alexandre Madeira/
impressão: Comemorativa). Riotur; arte-finalização:
ofsete; papel: Detalhes Técnicos- Jamile Costa Sallum/Correios;
cuchê goma- Edital nº 14; arte: Ma- processo de impressão: ofsete; papel: cuchê
do; apresenta- riana Valente; gomado; apresentação: bloco com 4 selos;
ção: folha com processo de valor facial: R$ 2,45 cada selo; tiragem: 60.000
24 selos; valor impressão: of- blocos; área de desenho: 44 mm x 26 mm; di-
facial: R$ 2,05; tiragem: 720.000 selos; área sete; papel: mensão do selo: 44 mm x 26 mm; dimensão
de desenho: 38 mm x 38 mm; dimensão do cuchê goma- do bloco: 210 mm x 148 mm; picotagem: 11 x
selo: 38 mm x 38 mm; picotagem: 11,5 X do; apresen- 11,5; local de lançamento: Rio de Janeiro/ RJ;
11,5; local de lançamento: Brasília/DF; im- tação: folha impressão: Casa da Moeda do Brasil.
pressão: Casa da Moeda do Brasil. com 30 selos;
valor facial:
23.09.2020, Al- R$ 2,05; tira-
fabeto em LIBRAS gem: 900.000
(Emissão Especial). selos; área de
Detalhes Técnicos- desenho: 25 mm x 35 mm; dimensão do
Edital nº 13; arte: selo: 30 mm x 40 mm; picotagem: 12 x
Fabio Lopez; pro- 11,5; locais de lançamento: Recife/PE e
cesso de impressão: Rio de Janeiro/RJ; impressão: Casa da
ofsete + tinta calcográ- Moeda do Brasil.
22

AGENDA & NOTÍCIAS

• AC.FILACAP – Em um ano completamente • De 09 a 12.06.2022,
atípico, a Associação Cultural FILACAP chega ao seu CAPEX 2022 – Exposição Fi-
final com 4 edições da revista FILACAP e 12 edições latélica Continental FIAF de
do informativo digital FILACAP ON LINE (mensal e Um Quadro com reconhe-
distribuído gratuitamente a quem solicitar). Todo cimento FIP. Local: Metro
este trabalho foi realizado graças ao apoio de asso- Toronto Convention Centre, 255 Front Street West,
ciados/assinantes, colaboradores e os poucos anun- • De 25 a 30.08.2021, PHILANIPPON 2021 – Ex- Toronto, Ontario M5V 2W6 CANADÁ.
ciantes que ainda acreditam na entidade. A todos posição Especializada Mundial, Patrocínio FIP. Co-
nosso muito obrigado e que 2021 seja um ano pleno memorativa aos 150 Anos do Selo Postal do Japão. • 04 a 09.08.2022, INDONESIA 2022 Exposição
de realizações de colecionismo e com muita Paz e Local: Pacifico Yokohama Exhibition All B, Yokohama, Filatélica Especializada (World Stamp Championship).
Saúde. Japão. Inscrições até 01.02.2021. Comissário para o Local: Indonesian Parliament Building, Jacarta, In-
Brasil: Dr. Rogério Dedivitis (dedivitis.hns@uol.com. donésia. O evento comemora os 75 anos do Dia da
• CATÁLOGO MICHEL RÚSSIA E UNIÃO SOVIÉTICA br). Visite o site e fique a par do que será a PHILANIP- Independência da Indonésia. O Comissário do Brasil
2020/2021. PON 2021: www.japan2021.jp. para esta exposição é o Sr. Luis Cláudio Fritzen ( E-
Esta 105ª edi- -mail: luisclaudiofritzen@hotmail.com; telefone fixo:
ção do catálo- • De 09 a 13.11.2021, CAPE TOWN 2021 - Exposi- 48-3222-7448). IREX, Formulários de Inscrição, taxas
go apresenta ção Filatélica Internacio- diversas, datas limites, etc. serão divulgados em bre-
os selos desde nal. Local: Cape Town ve no site da FEBRAF (www.febraf.net.org).
o Império Rus- International Convention
so até a Repú- Center, Cidade do Cabo, • De 08 a 11.09.2022,
blica da Rússia África do Sul. Esta é uma MELBOURNE 2022 – Exposição
com atualiza- exposição especializada Filatélica Internacional. Pa-
ção de cota- do FIP com patrocínio trocínio FIAP. Local: Caufield
ção de preço e do FIP. Classes aceitas: Tradicional, História Postal, Ae- Exhibition Venue, Melbourne,
outras novida- rofilatelia, Selos Fiscais, Inteiros Fiscais, Temática, Open Austrália. O evento inclui tam-
des. São mais Philately, Um Quadro, Cartão Postal, Literatura e Filatelia bém Numismática. Mais infor-
de 7.700 fotos Moderna. Informações: https://capetown2021.org. O mações: https://melbourne2022.com.au.
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mente 33.500 ção Filatélica Internacional Geral
avaliações em • De 19 a 22.11.2021, NOTOS 2021, Exposição IBRA – Internationale Briefmarken
volume de Filatélica Europeia. Local: Peris- Ausstellung e 31nd International
capa dura com 736 páginas. Contém todas as no- teri Exhibition Centre, Dodekani- Stamp Fair Essen, Alemanha. Clas-
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manha). Telefone: +49 (0) 89 323 93-02 · Fax: +49 da Federação das Associações Filatélicas Europeias Filatelia Fiscal, Filatelia Moderna, Filatelia Aberta,
(0) 89323 93 248 ou no site www.michel.de; e-mail: (FEPA), da Associação Internacional de Jornalistas Cartões-Postais, Juvenil, Um Quadro e Literatura. O
vertrieb@michel.de. Filatélicos (AIJP) e da Academia Europeia de Filate- evento tem o patrocínio da FIP (Federação Interna-
lia (AEP) com o reconhecimento da Federação In- cional de Filatelia) e reconhecimento da FEPA (Fede-
EVENTOS – EXTERIOR ternacional de Filatelia (FIP). O evento comemora ração as Associações Filatélicas Europeias). Presença
os 200 Anos da Guerra da Independência Grega. A de 150 estandes, incluindo Administrações postais,
exposição terá a participação de filatelistas dos pa- comerciantes filatélicos, leiloeiros, etc. Para atuar na
íses membros da FEPA e da FIP. Mais informações função de Comissário Nacional na IBRA, a FEBRAF no-
poderão ser obtidas no site www.hps.gr/notos2021 meou o filatelista de São Paulo (SP), Sr. SÉRGIO MAS-
e e-mail: notos2021@hps.gr. TROROSA (e-mail: sergio.mastrorosa@gmail.com;
• De 25 a 27.03.2021, STAMPEX – INTERNATIONAL celular: 11-9.8642-0994). Para Consultor FIP neste
VIRTUAL EXHIBITION 2021, Londres, Grã-Bretanha. • De 31.03 a evento filatélico foi designado o filatelista brasileiro
03.04.2022, HUNFILEX Sr. Reinaldo Macedo (Vice-Presidente da FIP).
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EXPEDIENTE pecializada. Local: Buda- • De 23 a 30.05.2026, BOSTON
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Órgão oficial da: ASSOCIAÇÃO CULTURAL FILACAP pest, Hungria. 2026 World Expo. Local: Boston Con-
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Diretor e Jornalista Responsável 26.02.2022, LONDON
José Maurício do Prado 2022 International • SÃO PAULO/SP- Dia 12.12.2020 aconteceu,
(MTB 038600) Stamp Exhibition. Lo- no Novotel Jaraguá, a eleição da nova diretoria
cal: Business Design da Sociedade Numismática Brasileira para o biê-
Diagramador Center, em Islington, Londres, Inglaterra. Classes nio 2021/2022, composta pelos senhores: Diretor
Washington Alves da Conceição de competição: Filatelia Tradicional, História Pos- Presidente - Gilberto Fernando Tenor; Diretor
Assinatura: (4 edições): R$50,00 tal, Inteiros Postais, Filatelia Temática, Selos Fis- Vice-Presidente – Bruno Henrique Miniuchi Pelli-
Exterior: US$ 20.00 / € 20 cais, Aerofilatelia, Classe Aberta, Filatelia Juvenil, zzari; Diretor Financeiro – Ismael Toledo Júnior;
Literatura Filatélica. Comissário para o Brasil: Sr. Diretor Administrativo – Hélio César Xavier; Di-
FILACAP Fernando S. Moreira dos Santos, de São Paulo/SP retor Técnico – Paulo Cesar Fim; Diretor Curador
CAIXA POSTAL 06
CACHOEIRA PAULISTA-SP (E-mail: fernando@moreiradossantos.com.br; Ce- – Marcelo Augusto Tibúrcio; Diretor Social e de
12630-970 BRASIL lular: 11 – 9.7654–0868). Divulgação – Oswaldo Martins Rodrigues Júnior.
ac.filacap@gmail.com A assembleia geral foi presidida por Marco Krog-
• De 18 a 22.05.2022, HELVETIA gel, secretariado por Joel Mesquita e com o Pre-
FILACAP não é responsável nem solidário com os conceitos 2022. Exposição FEPA com reconheci- sidente Rubens Silva. Desejamos a nova Diretoria
e opiniões emitidos em matérias assinadas ou conteúdos de anúncios.
mento FIP. Local: Lugano, Suiça. proveitosa gestão.
 CARTOFILIA 23
Ferrovia Transiberiana em postais
(*) José Carlos Daltozo
A ferrovia Transiberiana atravessa
a Rússia, ligando a capital Moscou a Vla-
divostok, na região da Sibéria, litoral do
oceano Pacífico. São 9.288 quilômetros de
trilhos, o trem atravessa 7 fusos horários
e a viagem é feita em 6 dias. A ferrovia
foi construída de 1891 a 1916 e na cidade
de Ulan Ude há uma ramal chamado de
ferrovia Transmongoliana, que atravessa
a Mongólia e vai até Pequim, na China.
Outro ramal, pouco adiante, começando
na cidade de Zabaikalsk, também vai para
Pequim, mas sem atravessar a Mongólia.
A distância Moscou a Pequim, por
esse ramal mais curto, em Ulan Ude, tota-
liza 9.001 quilômetros de trilhos.
Para ter ideia da grandiosidade des-
sa ferrovia, basta lembrar que uma hipoté-
tica viagem, se existisse ferrovia de Arroio
Chuí, no extremo sul do Brasil, divisa com
o Uruguai, até Fortaleza, ela teria 4.381
quilômetros de extensão. Outra rota, do
Ferrovia Transiberiana em construção
Arroio Chuí até Boa Vista, capital de Rorai-
ma, teria 5.741 km. Ou seja, a ferrovia rus-
sa tem quase o dobro da extensão destes
dois hipotéticos roteiros brasileiros.
Antes da ferrovia, a cidade de Vladi-
vostok só podia ser alcançada a partir do lago
Baikal por navios que percorriam os rios Chi-
lka e Amur. No inverno, quando o rio Amur
estava congelado, ou no verão, quando es-
tava em estiagem, as viagens regulares eram
interrompidas. Essa jornada durava, pelo
menos, 11 meses. Outra alternativa era a rota
marítima por Índia, China, Coreia e Japão. A
viagem levava até seis meses, mas, em caso
de um eventual conflito entre algum desses
países, haveria bloqueio marítimo.
A ferrovia e o processo de sua cons-
trução desempenharam um papel crucial
no desenvolvimento sócio econômico do
Extremo Oriente russo. Apenas cinco anos
após o início das obras, a movimentação
de cargas no porto de Vladivostok au-
mentou em mais de 30 vezes e tornou-se Trans-Siberian Express

o portão marítimo de uma ferrovia trans-

continental.

Trans-Siberian Lake Baikal Trans-Siberian Railway

(*) José Carlos Daltozo - Jornalista e Historiador, com 12 livros publicados.

Ferrovia Transiberiana - trem chegando
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24 MAXIMAFILIA
PALÁCIO ITAMARATY
Situado em Brasília, capital do país, o
Palácio Itamaraty é a sede do Ministério das
Relações Exteriores (MRE), órgão do Poder
Executivo responsável pelo assessoramento do
Presidente da República na formulação, desem-
penho e acompanhamento das relações do Bra-
sil com outros países e organismos internacio-
nais. O Palácio, tradicionalmente, serve como
local de recepção às autoridades estrangeiras
que visitam Brasília, em missões oficiais.
Com traçados de Lúcio Costa, projeto de
Oscar Niemeyer e cálculos estruturais de Joaquim
Cardozo, a construção do Palácio teve o apoio do
embaixador Wladimir Murtinho que se empe-
nhou, à época, em transferir para a arquitetura
moderna as necessidades da atividade diplomá-
tica. O “Palácio dos Arcos” foi o primeiro nome
dado ao edifício, devido aos arcos da fachada. No
entanto, pesou mais forte a tradição do nome “Ita-
maraty”, denominação do antigo Palácio que abri-
gou o MRE no Rio de Janeiro, de 1898 até 1970,
quando o Ministério foi transferido para Brasília.
A pedra fundamental do Itamaraty, em
Brasília, foi lançada pelo presidente Juscelino
Kubitschek em 12.09.1960, mas a inauguração
oficial só aconteceu em 20.04.1970, embora a
primeira recepção solene no Palácio tenha ocor-
rido já em 14.03.1967, quando foram recebidas
as delegações estrangeiras que vieram a Brasília
para a posse do Presidente Arthur da Costa e Sil-
va. Atualmente, três edifícios compõem o com-
plexo do MRE: o Palácio, o Anexo I e o Anexo
II, este conhecido popularmente como “Bolo de
Noiva”, devido ao seu formato circular.
A fachada do Palácio tem volume envidra-
çado, e, o concreto aparente dá forma à edifica-
ção, por meio de uma exuberante arcada com 14
arcos que emerge do grande espelho d’água onde
destaca-se o jardim de plantas aquáticas desenha-
do por Burle Marx. À noite, os arcos ganham mais
realce pelo brilho das luzes que se reproduzem
na água, onde as curvas são refletidas harmoni-
camente. Na parte externa, em frente ao Palácio,
nota-se a escultura “O Meteoro”, de Bruno Giorgi,
que parece flutuar no espelho d’água. A escultura
é formada por cinco blocos de mármore de Carra-
ra, representando os cinco continentes.
Considerado o prédio mais rico, do
ponto de vista artístico, e o mais bem con-
servado da Esplanada dos Ministérios, o Ita-
maraty possui em seu interior um precioso
acervo de obras de arte assinadas por reno-
mados artistas. Citaremos apenas algumas,
pois seria impossível relacionar neste peque-
no artigo tantas obras ali existentes, todas
cheias de detalhes e simbolismos.
O grande salão de recepções situ-
ado no pavimento térreo, com acesso pela
entrada principal do prédio, é um dos maio-
res vãos internos da América Latina, com
uma área de 2.800 metros quadrados sem
nenhuma coluna de sustentação. Nesse es-
paço, onde acontecem as recepções às au-
toridades internacionais, localizam-se duas
importantes obras arquitetônicas: a escada
helicoidal, que mais parece uma escultura
solta no ar, e o jardim aquático. No térreo
encontra-se também a interessante escul-
tura móvel e interativa, denominada “Ponto
de Encontro”, de Mary Vieira.
A escada helicoidal liga o pavimen-
to térreo ao mezanino (na parte superior)
e também ao subsolo, onde fica o Auditório
Wladimir Murtinho. No mezanino, um painel
em madeira de Athos Bulcão, denominado
“Treliça”, divide o espaço com a Sala dos
Tratados. Os detalhes coloridos do painel
(preto, vermelho e amarelo) representam
os povos que contribuíram para a forma-
ção da população brasileira, quais sejam os
africanos, os indígenas e os europeus. Atrás
do painel fica a mesa onde são firmados os
acordos e tratados internacionais. Nela, a
Princesa Isabel assinou a abolição da escra-
vatura no Brasil, em 13 de maio de 1888.
A mesa fica de frente para o Ministério da
Justiça situado do outro lado da Esplanada.
As paredes de vidro permitem, simbolica-
mente, a visão da Justiça brasileira como
testemunha de todos os tratados firmados
pelo Brasil. Ainda no mezanino observa-se
a escultura “Metamorfose”, de Franz Weiss-
mann, e o afresco “O Sonho de Dom Bosco”,
de Alfredo Volpi.
Outra escada leva ao terceiro pa-
vimento (acima do mezanino) onde ficam
os gabinetes do Ministro de Estado e do
Secretário-Geral, as salas de coquetel e de
almoço e o salão nobre, ao redor do jardim
suspenso, de onde se tem uma maravilhosa
vista para a Esplanada dos Ministérios e para
a Praça dos Três Poderes. Nesse pavimento
estão obras de artistas famosos, como, por
Aluisio Queiroga - AFNB
exemplo, os quadros “Coroação de Pedro
I”, de Debret, “O Grito do Ipiranga”, de Pe-
dro Américo, e “Jangadeiros” e “Gaúchos”,
de Cândido Portinari. Também merecem
destaque o lustre “Revoada de Pásssaros”,
de Pedro Corrêa de Araújo, e as esculturas
“Pomba da Paz”, de João Alves Pedrosa, “As
Gêmeas”, de Alfredo Ceschiatti, e “A Mulher
e sua Sombra”, de Maria Martins.
O máximo postal que ilustra este
artigo foi preparado com o cartão-postal
intitulado “Palácio dos Arcos – Itamaraty -
Brasília/DF”, da Editora Brasilcolor, nº 38. O
selo utilizado (RHM C-930) tem arte de Mar-
cel Gautherot e pertence à emissão “Dia do
Diplomata”, de 20.04.1976, com valor facial
de Cr$ 1,00 (um cruzeiro). O selo retrata o
Palácio Itamaraty, destacando a fachada
principal com os jardins e o espelho d’água.
A impressão, a cargo da Casa da Moeda do
Brasil, ocorreu pelo processo de offset em
papel fosforescente gomado - folhas de 50
selos, com tiragem de 2.000.000 exempla-
res. O carimbo, com data de 30.08.1976
(obliteração ordinária), é da antiga Divisão
Central Filatélica/Brasília/DF.
Referências Bibliográficas:
1. Guia “Conheça Brasília” – Ed. Frank A. Rezio, Apoio GDF,
Embratur e Ministério do Turismo, Brasília, 2014.
2. “Brasília da humanidade” – Correio Braziliense, 07 de
dezembo de 2007.
3. Roberto Castelo, “Brasília – Monumentos, Marcos e Es-
culturas”, 5ª edição, Editora Cavaleiro dos Pirineus, 1999.
4. Edital nº 7, 1976, emissão “Dia do Diplomata”, Correios.
5. Máximo postal do acervo do autor.
Endereços virtuais acessados:
1. wikipedia.org
2. itamaraty.gov.com.br
3. casavogue.globo.com
4. cursosapientia.com.br
5. blog.clippingcacd.com.br
 Ano 47 Nº 204 2021

Envelope circulado de Oruro para La Paz, Bolívia, em 14 de setembro de 1985 selado no verso com
20 selos da Campanha Anti-Poliomielite de Sb 20.000 totalizando Sb 400.000

Leia o artigo nas páginas 4 e 5

2
Máximo Postal, esse reconhecido!
MAXIMAFILIA
O nosso título é uma homenagem ao livro “Máximo Postal, esse desconhecido”, de Raymundo Galvão de Queiroz, de 1994.
Você que tem acompanhado nossos
artigos sobre Maximafilia aqui na Filacap e em
outras revistas e periódicos, já tem uma noção
do que é um máximo postal e como identificá-
-lo, de acordo com as regras estabelecidas para
a classe de Maximafilia pela Federação Interna-
cional de Filatelia (FIP).
Em termos gerais, podemos dizer que
um máximo postal é uma peça que reúne três
elementos em plena concordância: selo postal
+ cartão-postal + carimbo, afixados no anver-
so (frente) do cartão-postal, ou seja, na parte
ilustrada do cartão-postal. No caso das concor-
dâncias, temos três: de tema (visual), de tempo
e de local, e todas devem ser atendidas para
que a peça possa ser considerada um máximo
postal. Portanto, se qualquer um destes itens
e concordâncias estiver em falta ou não for
atendido, a peça não pode ser considerada um
máximo postal!
Considero que identificar corretamen-
te o máximo postal é um requisito básico em
duas situações:
• Se você estiver expondo uma coleção
nas classes de Maximafilia ou Temática (inclusi-
ve Um Quadro), em uma exposição competitiva;
• Se você estiver negociando o máxi-
mo postal com outra pessoa. Aqui, pode ser
que você esteja vendendo, comprando ou
mesmo apenas trocando o máximo postal, seja
com um comerciante ou filatelista.
Começando pela segunda situação,
em muitos casos, dá pra evitar cometer erros,
mas nem sempre isso é possível. Eu mesmo já
recebi ofertas de “máximos postais” para tro-
ca por selos usados do Brasil. Separei os selos
que o filatelista queria, mas ao de ver as peças
que ele tinha para troca, eram todos envelo-
pes com carimbos de favor. Leilões e venda sob
ofertas, que não tragam imagens, por exemplo,
já leio com a atenção redobrada, pois a descri-
ção nem sempre ajuda. Teve um caso em que
comprei peças anunciadas como “máximos
postais”, com descrição do cartão-postal e
tudo, mas quando recebi, as peças vieram sem
carimbo!
Voltando à primeira situação, queria
dar uma atenção para as coleções da classe
Temática, pois muitos colecionadores tem in-
cluído, corretamente, pelo menos um máximo
postal na coleção expositiva. Porém, em com-
paração com a classe de Maximafilia (onde
todas as peças são máximos postais), se uma
coleção Temática trouxer apenas um máximo
postal e justamente esta peça estiver errada,
isto vai significar que o filatelista “errou 100%”,
ou seja, mostra um total desconhecimento fila-
télico do que é um máximo postal, e pode aca-
bar “deixando de ganhar” pontos na avaliação
de seus conhecimentos filatélicos.
Neste artigo, faremos uma seleção com
onze peças brasileiras, onde todas elas NÃO
são máximos postais, mesmo que muitas delas
por Agnaldo de Souza Gabriel
estejam em catálogos ou foram emitidas pelos Usar um cartão-postal com múltiplas
Correios. Procurarei ilustrar as peças com os imagens ou com fotomontagens
erros mais comuns que eu já encontrei: o obje- O cartão-postal deve evidenciar o tema
tivo é que o filatelista identifique corretamente escolhido do selo no máximo postal. Se o car-
o máximo postal, sempre que possível, para tão-postal tem múltiplas imagens, ele deixa de
evitar incluir peças como estas em uma cole- exercer esta função, mesmo que pelo menos
ção expositiva ou negociá-las erroneamente. uma das imagens ilustre o tema do selo. Este é
Vamos aos erros: um dos erros mais comuns! Vários dos cartões-
-postais emitidos de meados dos anos 90 para
Usar cinderelas, etiquetas cá, pelos Correios do Brasil, tem o mesmo pro-
ou selos sem poder de franquia blema. No nosso terceiro exemplo, de 2011, o
O selo postal deve ser válido para fran- cartão-postal traz duas imagens.
quia. Isto significa que os selos de taxa e outros
selos sem poder de franquia não devem ser uti-
lizados. Da mesma forma, as etiquetas (tabs) e
cinderelas também não devem ser consideradas
válidas. Assim, temos nosso primeiro exemplo,
de 1984, que é uma sucessão de erros: não tem
concordância de tema/visual (brasão x bandei-
ra); o cartão-postal é do Rio de Janeiro e o ca-
rimbo é de Campinas (não tem concordância de
local); e o “selo” não é um selo, mas sim uma
etiqueta sem valor de franquia, da série Bandei-
ras dos Estados do Brasil de 1984.
A s
fotomonta-
gens tam-
bém devem
ser evitadas,
pois tem o
mesmo pro-
blema de
não eviden-
ciar o tema
do selo. No
nosso quarto
Usar algo que não seja um exemplo, de
cartão-postal como base 1994, o car-
So- tão-postal
mente um é uma foto-
cartão-pos- montagem.
tal é permi-
tido como Usar cartões-postais que sejam
base de meras reproduções do selo
um máxi- O cartão-postal deve existir antes do
mo postal. selo, ou se foi emitido especialmente para o
As folhi- selo, deve retratar uma imagem pré-existen-
nhas, por te. Cartões-postais que reproduzem o selo
exemplo, devem ser evitados. Esta regra é justamente
são bem para evitar que sejam feitos cartões-postais
parecidas especialmente para o selo. Também é um dos
e podem
confundir.
Muitas ve-
zes, o que
os diferen-
cia é a pre-
sença da
palavra “folhinha” ou similar na peça; em ou-
tras vezes é apenas no verso que há a diferen-
ça. Neste nosso segundo exemplo, de 1958, o
texto “Folhinha comemorativa” identifica que
não é um cartão-postal.

erros mais comuns. Aparece praticamente em
todos os selos ingleses, mas também encontra-
mos em Portugal e no Brasil. No nosso sexto
exemplo, de 1983, o cartão-postal é uma mera
reprodução do selo e não é uma imagem pré-
-existente.
Usar cartões-postais sem concordância
de tema (visual) com o selo
A concordância de tema (visual) é a
principal concordância do máximo postal. Ela
deve ser facilmente identificável, ou seja, o
cartão-postal deve obrigatoriamente retratar
um dos temas presentes no selo postal. Este
também é um erro comum, onde a imagem
do cartão-postal não tem “nada a ver” com
a imagem presente no selo. No nosso quinto
exemplo, de 2004, o tema do selo não aparece
nenhuma vez no cartão-postal!
Usar carimbo sem concordância de local
Este talvez seja o erro mais comum de
se encontrar. O carimbo deve permitir fazer a
correta concordância de local. Assim, se um
monumento, um prédio ou uma ponte que foi
retratada no selo está em determinada cida-
de, por exemplo, o carimbo não pode ser de
outra cidade. Há também como estabelecer a
concordância de local para pessoas, esportes,
fauna, flora e eventos em geral. O objetivo é o
mesmo: o local do carimbo tem que ter relacio-
namento com o local do tema do selo. No nos-
so sétimo exemplo, de 1993, a agência postal
fica na cidade de Niterói, mas o carimbo é da
cidade do Rio de Janeiro (neste caso, o correto
seria usar um carimbo datador de Niterói).
Usar selos com locais no estrangeiro, que
não permitam concordância de local
Os selos que reproduzem locais no
estrangeiro, se não houver carimbo de lança-
mento neste local, não permitem que exista a
concordância de local. Assim, muito cuidado
com selos que fazem isto, muito comuns em
emissões da UNESCO (locais no estrangeiro e
carimbo de Paris/França). Temos muitos exem-
plos no Brasil de selos da série Relações Diplo-
máticas que não permitem tal concordância,
assim como é o caso do nosso oitavo exemplo:
o selo e o cartão-postal retratam Londres, mas
o carimbo é do Rio de Janeiro. Nestes casos,
não há como fazer um máximo postal!
Usar selo fora do prazo de validade ou
carimbo sem concordância de tempo
A concordância de tempo é verificada
na data presente no carimbo. Assim, se um
selo não estiver mais em uso na data do carim-
bo, ele não deve ser utilizado. No nosso nono
exemplo, apesar da bela concordância visual
tripla, o selo já tinha sido desmonetizado em
30 de junho de 1986, que é a data do carimbo.
Usar mais de um selo no máximo postal
O máximo postal deve conter apenas
um selo, com duas exceções: máximos postais
anteriores a 1978 (mesmo que apenas um dos
selos seja concordante com o tema) e quando
a imagem estiver em um se-tenant. Fora estes
dois casos, se a peça tiver mais de um selo, não
é um máximo postal válido. Portanto, nada de
aplicar a série inteira sobre o cartão-postal! O
nosso décimo exemplo, de 2007, traz os três
selos destacados do bloco na peça, quando
apenas um seria o correto.
Outras situações que podem
invalidar o máximo postal
Além destas, há outras situações
que podem gerar uma peça inválida, como
por exemplo, o uso de selos personaliza-
3
dos cuja venda não foi disponibilizada ao
público em geral, o tamanho excessivo do
cartão-postal, o uso de cartões-postais que
não sejam retangulares ou quadrados e o
uso de blocos “por inteiro” ou selos que
ultrapassem 40% da área do cartão-postal,
entre outros.
O objetivo de tantas regras não é
“atrapalhar” o colecionador – muito pelo
contrário! O estabelecimento de regras uni-
versais cria as condições mínimas para a ela-
boração de um máximo postal, assim como
determina como avaliá-lo dentro das cole-
ções expositivas.
E o que fazer com este tipo de peças?
Não ser classificado como um “má-
ximo postal” não é necessariamente um in-
dicativo que a peça deva ser descartada por
completo. Ela pode ter seu valor pelos três
elementos que a compõe individualmente,
ou então ser considerada uma lembrança,
um souvenir filatélico. No caso do nosso 11º
e último exemplo, de 1916 (que por coinci-
dência também é o 11º selo comemorativo
brasileiro), podemos descartar a peça como
um máximo postal porque não temos um o
cartão-postal como base (é uma foto, per-
ceptível apenas pelo verso) e também por-
que é uma reprodução do selo. Mas o que
mais me intriga é o carimbo “Tricentenário
de Belém - P.A. - 05/01/1916” (primeiro dia
de circulação), pois este não consta no catá-
logo Zioni/Soares e nem nos catálogos RHM
mais antigos. Seria o carimbo uma fraude,
um carimbo comum ou trata-se de um cen-
tenário carimbo não catalogado? Apesar de
acreditar na primeira hipótese, deixo em
aberto a resposta...
REFERÊNCIAS:
1) Federação Internacional de Filatelia (FIP), Diretrizes
para Avaliação das Participações de Maximafilia em Ex-
posições FIP, Jacarta/Indonésia, 2012, aprovado no Rio
de Janeiro/RJ, 2013;
2) Federação Internacional de Filatelia (FIP), Regula-
mento Especial para a Avaliação de Participações de
Maximafilia, Jacarta/Indonésia, 2012, aprovado no Rio
de Janeiro/RJ, 2013;
3) Gabriel, Agnaldo de Souza, É Falta, in Boletim Infor-
mativo da SPP nº 207, São Paulo/SP, abril/2010 e in re-
vista A Filatelia Brasileira nº 13, de agosto/2010.
4) Meyer, Peter, Catálogo de Selos do Brasil, Edito-
ra RHM Ltda., 47ª edição - Volume I, São Paulo/SP,
1989/1990;
5) Queiroz, Raymundo Galvão de, Máximo Postal, esse
desconhecido, Editora Thesaurus, Brasília/DF, 1994;
6) Zioni-Soares, Catálogo de Carimbos Comemorativos
do Brasil, Edição de 2016;
7) Peças do acervo do autor.
4
O DEFICIENTE FÍSICO NA FILATELIA
PARTE XI - POLIOMIELITE - AS VACINAS
HISTÓRICO lacionadas com a enfermidade e o trata-
A póliomie- mento dos pacientes.
lite é uma doença
que afetou a huma- DR. JONAS SALK E A VACINA SALK
nidade ao longo dos Salk nas-
tempos atacando ceu em Nova
o sistema nervoso York em 1914
e podendo causar e realizou pes-
diversos graus de quisas sobre
paralisia. O vírus é distintos vírus
facilmente transmi- nos anos 1930,
tido e as epidemias ainda estudan-
constituíam-se em Etiópia, 1963, Y-412 – te de medicina
Poliomielite,
lugar comum nas da Universi- Estados Unidos, 2000,
selo com sobretaxa
primeiras décadas para os inválidos dade de Nova Y-3764 – Jonas Salk
do século XX. York. Durante a Segunda Guerra Mun-
dial ajudou a desenvolver vacina con-
tra a gripe. Em 1947 tornou-se chefe
do laboratório de pesquisas da Uni-
versidade de Pittsburgh e em 1948
recebeu uma bolsa para estudar e de-
senvolver uma possível vacina contra
o vírus da poliomielite. Em 1950 pro-
duziu uma versão experimental de sua
vacina.
A técnica consistia em destruir
diversas variedades do vírus para en-
Pulmão de aço tão injeta-los na corrente sanguínea
A primeira grande epidemia de de uma pessoa saudável. O sistema
poliomielite nos Estados Unidos ocorreu imunológico iria criar anticorpos des-
no estado de Vermont no verão de 1894 tinados a resistir a uma futura exposi-
e a cada ano milhares de pessoas eram ção ao vírus. Salk levou a efeito suas
afetadas. O tratamento era limitado às primeiras experiências humanas em
quarentenas e se fazia uso do tristemente ex-pacientes de pólio, nele próprio e
célebre pulmão de aço, um aparelho se- em membros de sua família.
melhante a um cofre de aço para auxiliar Falou sobre o sucesso de sua
na respiração. Embora as crianças, e em pesquisa na rede nacional da rádio
especial as de tenra idade fossem as mais CBS na noite de 25 de março e dois
afetadas, adultos eram também frequen- dias depois num artigo publicado no
temente infectados como o futuro presi- Boletim da Associação Médica Ame-
dente Franklin D. Roosevelt, que em 1921 ricana, tornando-se uma celebridade.
foi acometido de pólio aos 39 anos que o Em abril de 1955, anunciou-se
deixou parcialmente paralisado. que a vacina era eficaz e segura, dan-
do-se o início da campanha de vacina-
Roo- ção em âmbito nacional. Novos casos
sevelt trans- de pólio despencaram para 6 mil em
f o r m o u 1957, o primeiro ano em que a vacina
mais tarde passou a ser amplamente disponível.
sua pro- Em 1962 outro médico, Dr.Albert Sa-
priedade bin desenvolveu uma vacina oral, com
em Warm vírus atenuado, facilitando enorme-
Springs, Ge- Estados Unidos, 1945, Y-482 – mente a distribuição da vacina.
órgia, num Presidente Roosevelt Jonas Salk foi condecorado com
retiro para a recuperação de vítimas da a Medalha Presidencial da Liberdade
pólio e foi fundamental para a coleta de em 1977. Morreu em La Jolla, Califór-
fundos para as pesquisas científicas re- nia, em 1995.
Dr. Roberto Antonio Aniche*
DR. ALBERT SABIN
E A VACINA DA “GOTINHA”
Nascido
em1906, na Rús-
sia, na cidade de
Białystok, atual
Polonia, migrou
para os Estados
Unidos com a fa-
mília em 1921,
morrendo em
1993. Em 1946
Sabin tornou-se Estados Unidos, 2000,
Y-3763 – Albert Sabin
o líder de Pes-
quisa Pediátrica na Universidade de Cin-
cinnati.
Publicou mais de 350 estudos, que
incluem trabalhos sobre pneumonia, en-
cefalite, câncer e dengue; foi o primeiro a
isolar o vírus da dengue: o tipo I na área do
mediterrâneo, durante a Segunda Guerra
Mundial, e o tipo II na região do Pacífico.
Com a ameaça da pólio crescendo
após a Segunda Guerra Mundial, ele e ou-
tros pesquisadores, principalmente Jonas
Salk, iniciaram a busca por uma vacina
para prevenir ou amenizar a doença.
A inovação de Sabin aconteceu
1960 quando o Serviço Público de Saúde
dos Estados Unidos apoiou sua vacina com
um vírus “vivo” para a pólio em 1961. A
vacina é preparada com o vírus atenuado
da pólio, podendo ser tomada por via oral
e prevenindo a contração da doença. Esta
é a vacina que eliminou efetivamente a
pólio em quase todo o mundo.
Sabin renunciou aos direitos de pa-
tente da vacina que criou, facilitando a sua
produção e distribuição, permitindo que
crianças de todo o mundo fossem imuni-
zadas contra a poliomielite.
Albert Sabin morreu de ataque car-
díaco, aos 86 anos, em sua casa em Wa-
shington, em 1993. No mesmo ano, foi
fundado naquela cidade o Instituto Sabin
de Vacinas, a fim de dar prosseguimento
às pesquisas sobre vacinas e perpetuar o
legado construído por ele.
VACINAÇÃO NO BRASIL
A vacina é indicada para prevenir
contra a poliomielite causada por vírus
dos tipos 1, 2 e 3. O Programa Nacional de
Imunização - PNI, recomenda a vacinação
de crianças a partir de 2 meses até meno-
res de 5 anos de idade, com doses do es-

quema básico. As doses estão disponíveis
gratuitamente no SUS (Sistema Único de
Saúde) pelo Programa Nacional de Imu-
nizações. A vacina pode ser administrada
simultaneamente com as demais vacinas
dos calendários de vacinação do Ministé-
rio da Saúde.
Crianças entre 2, 4 e 6 meses de
idade, devem tomar três doses injetáveis
(vacina Sabin) contra os três tipos de po-
liovírus (1, 2 e 3).
Aos 15 meses e 4 anos são neces-
sárias mais duas doses de reforços orais,
que protegem contra os poliovírus 1 e 3
(vacina Salk).
Brasil, 1994, RHM C-1888 - Homenagem a Albert Sabin
Brasil, 1983, RHM C-1332 - Prevenção da Poliomielite
DIA MUNDIAL DE VACINAÇÃO
CONTRA POLIOMIELITE
Em 24 de
outubro ocorre
o Dia Mundial de
Combate a Polio-
mielite. Também
chamada de pa-
ralisia infantil,
a Polio é uma
doença causada
Estados Unidos,
pelos tipos 1, 2 e 1999 – Y-2892 –
3 do poliovírus, Desenvolvimento da
não tem cura e Vacina da Poliomielite
é altamente contagiosa. Acomete principal-
mente crianças menores de 5 anos de idade,
mas também pode infectar adultos que não
foram imunizados. Segundo o Ministério da
Saúde, a maioria das pessoas infectadas não
apresenta sintomas, mas isso não impede
o contágio para as demais. Contudo, ainda
5
assim, há manifestações graves da doença Os “Primeiros”
de Todo o Mundo
que podem causar paralisia e levar à morte.
A única prevenção eficiente é a vacinação.
Angelo Zioni (1913-1980)
LOMBARDO VÊNETO (ITÁLIA) – 01.06.1850
A primeira emissão de selos-ade-
sivos “italianos” é a de Lombardo Vêneto,
o território então ocupado pela Áustria e
que, ao lançar os selos KKPS (ver edição an-
terior) para o império austro-húngaro, fez
a mesma coisa com referência ao território
italiano, apenas mudando a indicação da
Burundi, 2014, Bloco - Homenagem a Sabin e a Salk, Rotary Clube
moeda de “kreuzer” para “centesimi”.
ARTIGO RECOMENDADO Lombardo Vêneto fora criado, pelo
A história da poliomielite no Brasil e Tratado de Viena em 1815, como “reinado”
seu controle por imunização de André Luiz submetido à Áustria pelo soberano comum
Vieira de Campos; Dilene Raimundo do Nasci- Francisco José e assim permaneceu até
mento; Eduardo Maranhão Hist. cienc. saude- 1859, quando passou a fazer parte do reino
-Manguinhos v.10 supl.2 Rio de Janeiro 2003. da Sardenha com Vittorio Emanuelle.
O artigo analisa as discussões e Lançados em 01.06.1850 os selos do
ações científicas e políticas em torno da Lombardo Vêneto são idênticos aos “austría-
questão da poliomielite no Brasil ao lon- cos”, exceto nas cores e nos valores da mo-
go do século XX, examinando as questões eda: 5-10-15-30 e 45 “centesimi”. Por isso,
que desenharam a política de controle da salvo, ainda, no tocante aos tracinhos-separa-
doença e resultaram nos dias ‘nacionais de dores por vezes encontrados nos austríacos,
vacinação, instituídos em 1980. os selos lombardo-vênetos tem as mesmas
Veja no link características apontadas para aqueles.
abaixo, ou clique no (Do Filacap Edição Especial 1983)
QRCode
http://www.
scielo.br/scielo.
php?script=sci_
arttext&pid=S0104-
59702003000500007&lng=pt&nrm=iso
*Dr. Roberto Antonio Aniche
Médico Ortopedista Sócio da SPP
(Sociedade Philatélica Paulista)
Membro da Sobrames
(Sociedade Brasileira de Médicos Escritores)
www.robertoaniche.com.br
BIBLIOGRAFIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Sabin
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vacina_contra_poliomielite
https://www.gov.br/pt-br/servicos/vacinar-contra-
poliomielite-ou-paralisia-infantil
http://www.revistahcsm.coc.fiocruz.br/1953-e-anunciada-a-
descoberta-da-vacina-contra-a-poliomielite/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0104-59702003000500007&lng=pt&nrm=iso
https://www.slideshare.net/doctorrao/poliomyelitis-an-update
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/
redacao/2020/10/24/dia-mundial-de-combate-a-
poliomielite-por-que-a-vacina-ainda-e-importante.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%A3o_de_a%C3%A7o
Catálogo de Selos do Brasil RHM 2016, 59ª Edição
6
CARIMBOS TEMÁTICOS DO BRASIL – PARTE 2
José Evair Soares de Sá
Dando sequência ao que iniciamos
na Edição 203 do FILACAP sobre os Carim-
bos Brasileiros conforme o CATÁLOGO DE
CARIMBOS COMEMORATIVOS DO BRASIL
– CATÁLOGO ZIONI-SOARES, apresenta-
remos hoje a continuação de carimbos de
temas ligados à FLORA.
Assim sendo, colocaremos nesta
Araucária zi 3041 Araucária zi 4033 Araucária zi 4113 Araucária zi 6381
edição, os Carimbos sobre ÁRVORES; BO-
TÂNICA (Botânicos e Naturalista) e BRO-
MÉLIAS.
Se precisarem de alguma informação
adicional, favor entrar em contato comigo.

Atenciosamente,

Evair Araucária zi 6745 Araucária zi 6801 Araucária zi 9201 Árvore zi 812

E-mail: evairsoares@gmail.com
OU orchimania@gmail.com
Celular com Wattsapp: (21) 98878-1578

ÁRVORES:

Árvore zi 859 Árvore zi 2234 Árvore zi 3496 Árvore zi 4294

Araucária zi 96 Araucária zi 114A

Árvore zi 7234 Árvore zi 7529 Árvore zi 7837 Árvore zi 9410

Araucária zi 176 Prop Araucária zi 1077B

Árvore zi 9696A Buriti zi 10343A Cedro zi 3280 Cedro zi 6007

Araucária zi 1325 Araucária zi 1362 Cedro zi 7003 Cedro zi 7311 Cedro zi 7712B Cedro zi 8008A

Araucária zi 2183B Araucária zi 2431 Cedro zi 8157 Cedro zi 9249 Coqueiro zi 3507 Coqueiro zi 4287
 7

Coqueiros zi 5111 Eucalipto zi 803 Ipê no selo zi 1895 Ipê zi 1897.j Ipê zi 2748A Jequitibá rosa zi 6664

Mogno zi 6075 Palmeira zi 2439 Palmeira zi 4100 Palmeira zi 4510 Palmeira zi 4637 Palmeira zi 5076
BOTÂNICA
- BOTÂNICOS
E NATURALISTAS:

zi 375
Augusto St, Hilaire Palmeira zi 7378 Palmeira zi 8018 Palmeira - 8967 Pau Brasil zi 9696A Quaresmeira zi 7288

zi 511 Alexandre zi 812 Da. Maria

zi 375 Prop R. Ferreira Leopoldina zi 855 zi 2815 Congresso zi 3050 B. Capanema

zi 3669 João G. Kuhlmann zi 4510 B. Rodrigues zi 4532 Linée zi 4626 S.B.B. zi 4627 Congresso zi 4882 S.B.B.

zi 5040 Langsdorf zi 5049 B. Rodrigues zi 5364 Karl zi 5464 von Martius zi 5688 Herbário zi 6718 Humboldt
BROMÉLIAS:

zi 6905 Congresso zi 10791 Humboldt Bromélia zi 2535W Bromélia zi 5663 Bromélia zi 8963A Bromélia zi 10744
8 MAXIMAFILIA
OS GALINÁCEOS - OS GALOS E AS GALINHAS
VISTOS ATRAVÉS DA MAXIMAFILIA
Os Galos e as Galinhas (Gallusgallus-
domesticus) (Linnaeus 1758) respectivamen-
te macho e fêmea, são aves, que pertencem
à Ordem dos Galliformes e à família Phasiani-
dae, que se encontram distribuídos desde o
leste dos Himalaias e sul da China até à Penín-
sula da Malásia, Indonésia e Filipinas.
OS GALOS
Os galos são aves muito pouco soci-
áveis, tendo uma plumagem elegante e es-
cura, e são polígamos isto é, acasalam com
várias galinhas, sendo muito aguerridos no
seu território, evitando sempre a proximi-
dade de outros galos que tentem acasalar
com as fêmeas. Possuem um bico forte e
rígido, esporões acima dos pés, pontiagu-
dos, que servem para se defenderem de
outros indevidos, cristas carnudas de cor
avermelhada, plumagem brilhante e as
penas do rabo são muito longas.
Uma das características muito mar-
cantes dos galos é cantarem sempre ao
nascer do dia, entre as 4h e 5 h da manhã,
provavelmente para demarcarem o seu
território. Durante o dia também cantam
para se imporem sobre os outros galos,
especialmente quando estes tentam in-
troduzir-se no território vizinho.
A alimentação dos galos depende
muito dos sítios onde sejam criados. Os ga-
los selvagens têm uma alimentação muito
diversificada sendo constituída á base de
grãos, frutos, arroz, milho feijão, minhocas
bem como de diversas plantas e folhas. Os
galos domésticos, criados em quintas ou
quintais, alimentam-se de rações, bem
como de restos de comida do ser humano.
Os galos criados em aviários são alimenta-
dos à base de rações específicas.
Segundo várias versões o simbo-
lismo do galo tem inspirações nos cultos
solares da antiguidade, nas tradições eso-
téricas, na alquimia, na astrologia, na ma-
çonaria, em lendas bem como em muitas
tradições religiosas, sendo considerado
como uma criatura celestial, anunciando
a ressurreição solar, estando associado à
moralidade e à consciência de vigília, bem
como à morte e à ressurreição.
Existem diversos países que adota-
ram o Galo como símbolos nacionais como
foi o caso de Portugal e França.
Em Portugal esta tradição está liga-
da à lenda do Galo de Barcelos. Segundo
conta a lenda, um habitante de Barcelos
Por Américo Rabelo
foi acusado de um crime que segundo ele surgiram em cerâmicas na região da Corín-
não tinha cometido. Com todas as provas tia, na antiga Grécia, datadas do século VII a.
contra ele mesmo não tinha possibilidades C. A sua introdução como animal doméstico
de se defender e ser absolvido da acusa- surgiu na Ásia,com as galinhas de origem in-
ção. Então ele viu um galo morto dentro diana tendo como única finalidade utilizá-las
de um cesto e disse ao juiz: “ Caso esse nos confrontos com os galos, na Ásia, África
galo cante eu estou inocente “. O Galo e Europa, pois a produção de carne e dos
cantou e ele foi absolvido. ovos não era prioritária.
Em França o símbolo do galo desem- As galinhas normalmente reprodu-
penha um papel importante desde 1848, zem-se durante todo o ano, pois elas não
pois aparece na cota de armas da República necessitam do macho para produzir os
Francesa. Quanto ao galo, é ao latim Gallus ovos. Este é o fornecedor de espermato-
-que significa ao mesmo tempo galo e Gália zoides necessários para se fundir com os
– que devemos a sua associação à simbólica óvulos da fêmea e assim, para se verificar
francesa.Para os franceses o galo representa a fecundação.
a “ luz e a inteligência “ pois está relacionado As galinhas são omnívoras, tendo
com a ação de “ despertar “ uma alimentação muito diversificada e
de acordo com o habitat onde se encon-
AS GALINHAS tram. As galinhas selvagens alimentam-se
As galinhas são aves muito impor- à base de grãos, frutos, arroz, milho, feijão
tantes para o ser humano porque são uma minhocas, bem como de diversas plantas.
fonte são uma fonte de alimento barata As galinhas domésticas que são criadas
pois além da sua carne ainda fornecem os em quintas ou quintais, alimentam-se de
ovos, e as penas também tem utilizações rações, bem como de restos de comida
industriais sendo transformadas em plás- do ser humano. As galinhas criadas em
tico. São consideradas como o animal mais aviários tem uma alimentação á base de
disperso e numeroso do planeta, existindo rações específicas.
cerca de 25.000 milhões de galinhas em A nível filatélico e de cartofilia têm
todo o mundo. sido realizadas, em diversos países, várias
Estas aves possuem bico pequeno, emissões de selos, postais ilustrados e pos-
crista pequena e carnuda, pernas escamo- tais máximos alusivos a estas aves, confor-
sas, asas curtas e largas. Segundo fontes his- me alguns exemplares aqui demonstrados
tóricas as primeiras referências das galinhas o testemunham.
GALINHA E GALO – POSTAL MÁXIMO
Emissão: 1944 – 1945 – RoosterandMarianne ( Comité Francês de Libertação Nacional) -
Selos de 30 c Castanho lilás e 2 Fr. Azul – Galo - Denteado: 12
Obliteração:Carimbo 1º Dia da Exposition D`Aviculture – 24.3.51 Stains, Ilha de França
que e que está relacionado com o habitat desta espécie. –
Postal: Edição Stehli
 9

VIDRIEIRA “ MILAGRO DEL GALLO Y LA

GALO – POSTAL MÁXIMO
Emissão: 1944 – GallicCock - Selo de 40 c. Rosa Carmin – Galo -
Denteado: 12
Obliteração: Marca postal de Algerie (Argélia) 17.10.1945. Argélia é um país
da África do Norte que faz parte do Magreb tendo como capital Argel,
localidade que está relacionada com o habitat desta espécie.
Postal: Sem informação da editora
GALLINA – CATEDRAL DE SANTO
DOMINGO DE LA CALZADA – POSTAL MÁXIMO
Emissão: 14.10.2016– Traditions and Customs
- The Miracle of St. Dominic de la Calzada
Selo de € 1.30 – Tamanho da folha 25 selos. - Denteado: 13
Obliteração: Marca postal da emissão 14.10.2016
Postal: Asema- Fotografia de R. Varona

A LENDA DO GALO E DA GALINHA EM SANTO DOMINGO DE LA CALZADA-RIOJA.

“A lenda diz que um jovem peregri- Seus pais estavam a orar perante o corpo de mingo de la Calzada. De seguida, eles cor-
no a caminho de Compostela com seus pais seu filho, que ainda estava pendurado na reram para anunciar a notícia ao prefeito,
foi condenado à morte por enforcamento forca quando ouviram uma voz a dizer que que estava prestes a comer duas aves. Este
por causa de uma falsa acusação de roubo. o filho ainda estava vivo graças a Santo Do- exclamou dizendo o seguinte: “Seu filho é
como aves mortas que eu vou comer !” E
de repente o galo e galinha transformaram-
-se em aves com vida e o galo começo logo
a cantar incansavelmente.“

BIBLIOGRAFIA:

• Atlas Ilustrado das Aves do Mundo - Editora

Civilização - Junho 1999
• Catálogo de Selos Temático Fauna – Aves -
Birds – Domfil – 24 Edição – 1999
• Grande Enciclopédia Animal – Civilização
Editores – Porto – 2002
• Harrison, Colin – Greensmith, Alan -
Segredos da Natureza – Aves do Mundo
Bertrand Editora – 1996
 Contribuição ao Estudo de Variações nos
10
Aerogramas Oficiais Brasileiros - Parte 3
Em continuidade a estudos recen-
temente publicados aqui na Filacap, será
nesse trabalho apresentada uma carac-
terística encontrada em alguns dos Aero-
gramas de Natal de 1986, a fosforescência
nos selos fixos, e também realizado uma
discussão de alguns aspectos do Aerogra-
ma Nacional “Imagens do Rio Antigo” de
1999. Assim como nos trabalhos anterio-
res, todos os itens aqui apresentados se-
rão indistintamente chamados de varia-
ções, sem que sejam classificados como
sendo variedades, curiosidades ou mesmo
novos itens tipo. Todas as imagens exibi-
das foram obtidas por escaneamento e
tratamento exclusivamente digital das
próprias peças e não estão em escala. Ab-
solutamente nenhum item foi fisicamente
danificado, agregado ou desmembrado no
decorrer deste trabalho. Por fim, assim
como nos trabalhos anteriores, os resulta-
dos aqui apresentados absolutamente não
esgotam o assunto, sendo apenas uma
modesta contribuição ao conhecimento
destes interessantes inteiros postais.
a) Aerogramas de Natal de 1986
Naquele ano de 1986 foram emiti-
dos pelos Correios 20 Aerogramas de Na-
tal diferentes (OLIVEIRA, MACEDO, 1988;
MAGALHÃES, 2021). Sem dúvida era um
momento de grande popularidade no uso
dos aerogramas sociais. Apesar de serem
20 emissões diferentes, foram emprega-
das apenas 10 ilustrações internas distin-
tas, onde para cada imagem interna foram
feitas duas emissões diferenciadas. Assim,
para uma mesma ilustração interna, tem-
-se uma emissão contendo uma mensa-
gem de Natal impressa e outra emissão
idêntica em imagem, mas sem nenhuma
mensagem natalina impressa. Todos os
Henrique Costa Braga - bragaseg@yahoo.com.br
aerogramas dessa série possuem no res- (encontrado em exemplar novo), cuja
pectivo selo fixo a imagem de um pombo imagem é de um beija-flor com um anjo
voltado para a esquerda. (Figura 3), e AS-08-14-06 (encontrado
Ainda, cada um dos 20 aerogramas em exemplar postalmente circulado em
possui um código próprio impresso na la- 1991), cuja imagem é a de um galo com
teral esquerda superior do seu verso ilus- uma torre de igreja e um cometa ao fundo
trado. O código segue o formato AS-08- (Figura 4). O aerograma AS-08-01-06 não
NN-06, onde o NN é um número variando possui mensagem natalícia pré-impressa
de 01 até 20 (apresentado sempre com e todos os demais possuem. Nas Figuras
dois dígitos). NN é o elemento do código 2 e 4 foram acrescentados digitalmente
que efetivamente diferencia cada um des- retângulos azuis por questões de privaci-
ses aerogramas entre si, pois o restante do dade aos missivistas.
código é fixo para toda a série. Os aero-
gramas com NN ímpar não possuem men-
sagem, enquanto os aerogramas com NN
par possuem mensagem.
Entretanto, sobre essa série existe
um ponto controverso que merece maior
estudo: a abrangência da fosforescência
no selo fixo. Para contribuir com o assunto
foi verificado o selo fixo de uma amostra
de 200 exemplares de aerogramas dessa
série, sendo 170 exemplares novos e 30
exemplares circulados. Observou-se que:
- todos os 20 diferentes modelos
da série existem na modalidade sem fos-
forescência;
- os exemplares sem fosforescência
são muito mais comuns;
- quatro modelos de aerogramas
desta série possuem exemplares cujo selo
fixo contém uma barra de fosforescência,
no formato horizontal e centralmente lo-
calizada no selo (Figura 1).
Figura 2.
Figura 1.
Estes aerogramas diferenciados
com fosforescência são dos modelos AS-
08-01-06 (encontrado em exemplar novo)
e AS-08-02-06 (encontrado em exemplar
postalmente circulado em 1986), cujas
imagens são de uma mulher com uma
criança no colo (Figura 2), AS-08-04-06 Figura 3.

Figura 4.
Na Figura 5 se apresenta o selo fixo
de um destes aerogramas observado “no
escuro” sob o efeito de uma fonte de luz
ultravioleta. Nota-se que a barra fosfores-
cente horizontal é um pouco menor que
a largura do selo fixo. Esta fosforescência
tem formato similar à fosforescência en-
contrada nos selos fixos dos Aerogramas
Sociais de Natal de 1987.
Figura 5.
b) Aerograma Nacional “Imagens
do Rio Antigo” de 1999.
A arte deste aerograma é de Eugè-
ne Zero e Martha Mazzei, que utilizaram
para compor a ilustração da sua frente
fragmentos de imagens de clássicas pin-
turas de artistas consagrados da primeira
metade do século XIX. O aerograma atri-
bui esses fragmentos de imagens a Richard
Bate (Rua 1º de Março), Jacob Jansson
(Chafariz) e a Jean-Baptiste Debret (Ven-
dedora Ambulante). O verso do aerogra-
ma destinado a mensagem está totalmen-
te em branco. Na Figura 6 se apresenta a
imagem da frente deste aerograma.
Figura 6.
São registradas para este aerogra-
ma três tiragens diferentes conforme o
ano da impressão (MAGALHÃES, 2001),
que são os anos de 1999 (1ª tiragem), 2000
(2ª tiragem) e 2001 (3ª tiragem). As identi-
ficações das tiragens para os anos de 1999,
2000 e 2001 são feitas respectivamente
pelas seguintes designações no corpo dos
aerogramas: GEPRO/RJ/99, GEPRO/2000
e GEPRO/2001. A Figura 7 apresenta em
destaque as três distintas identificações
do ano da tiragem que vem impressa ao
lado do selo fixo (parcialmente mostrado).
Nota-se na Figura 7 que o tamanho da fon-
te usada para a identificação da tiragem
de 2001 é maior que o tamanho da fonte
empregado na identificação das tiragens
dos outros anos. Apesar destas diferenças,
todas as tiragens possuem o mesmo códi-
go 74010129-3.
Figura 7.
11
Uma diferença curiosa neste aerograma
foi encontrada no campo para aposição do CEP
do destinatário. Na tiragem de 1999, conforme
normalmente esperado devido a padronização
que existe para a redação do formato do CEP, há
um pequeno traço separando os campos dos cin-
co primeiros dígitos do CEP dos campos dos três
últimos dígitos do CEP. Já nos aerogramas das
tiragens dos anos 2000 e 2001 observados, este
traço de separação não existe, ou ao invés do tra-
ço existe apenas um “pequeno ponto” quase não
visível. As Figuras 8 e 9 ilustram estas diferenças.
Figura 8. Figura 9.
A Figura 8 apresenta em destaque o
campo para aposição do CEP do destinatário para
dois distintos aerogramas da tiragem de 1999,
um circulado e outro novo, contendo nitidamen-
te o traço separador. Já a Figura 9 apresenta ima-
gens deste similar campo, mas para aerogramas
de tiragens dos anos 2000 e/ou 2001, onde a seta
indica a região onde deveria existir o traço sepa-
rador. Esta diferença entre as tiragens foi obser-
vada em todos os aerogramas analisados, mas se
ressalva que a amostra estudada foi relativamen-
te pequena, de apenas 35 exemplares.
Por fim existem aerogramas regulares
“Imagens do Rio Antigo” impressos em papel
com branqueador e também em papel sem
branqueador, o que resulta em dois grupos de
aerogramas com fundos, tanto na frente como
no verso, de tonalidades visivelmente bem dis-
tintas. Estudos futuros mais abrangentes são ne-
cessários para se obter um maior detalhamento
sobre esses grupos com diferentes papéis.
Referências
Magalhães, Miguel R. Filatelia, História
e Cultura: Brasil. 2021. Sítio na internet. Dispo-
nível em <https://migrmag.wixsite.com/cultu-
rafilatelica/brasil>. Acessado em 10 fev 2021.
Oliveira, Hélion M.; Macedo, Reinaldo
E. Religião e Natal. In: Série Brasil. Abrafite: São
Paulo, 1988. 232 p.
12 NOTAFILIA
Série Cruzeiro – Idas e vindas de um padrão monetário
7ª PARTE - Novos ares e um novo conceito artístico.
Em nosso longo caminho percorrido vi-
mos as várias faces do padrão cruzeiro em suas
belíssimas representações artísticas. No último
artigo da série falamos das cédulas inspiradas
em cartas de Baralho, mas você deve estar se
perguntando o motivo pelo qual estamos re-
lembrando o tema do último artigo? Explico!
Estamos relembrando para complementar a
série de notas que seriam introduzidas à famí-
lia do cruzeiro em 1984 e 1985, dando novos
ares e um novo conceito artístico ao padrão.
Para que o novo conceito de cédu-
las fosse lançado, primeiro seria necessá-
rio cumprir os detalhes legais por meio de
dois votos em anos distintos.
No dia 20 de dezembro de 1983, o Con-
selho Monetário Nacional aprovaria a criação das
cédulas de 10.000 (Rui Barbosa) e 50.000 (Oswal-
do Cruz) cruzeiros, definindo suas características
básicas. Voto CMN nº449/83 – Sessão 416
A última cédula, que fecharia a no-
bre família, teria sido aprovada pelo mes-
mo conselho mais de um ano depois, para
ser preciso, no dia 2 de maio de 1985, cuja
temática homenagearia Juscelino Kubits-
chek na nota de 100.000 cruzeiros. Voto
CMN nº197/85 – Sessão 447.
10.000 CRUZEIROS
(RUI BARBOSA 1849-1923)
Uma belíssima nota trazendo em
seu anverso a efígie do homenageado,
tendo, à esquerda, composição represen-
tativa de sua mesa de trabalho, limitada
por lombadas de livros estilizadas, dispos-
tas verticalmente. À direita, vê-se repre-
sentação do portal de sua casa, cujo ele-
mento superior é utilizado como registro
coincidente entre anverso e reverso.
Para o reverso a composição é basea-
da em fotografia cedida pela Casa de Rui Bar-
bosa, mostrando o homenageado discursan-
do na Segunda Conferência da Paz, realizada
Bruno Diniz – Historiador, Numismata e Notafilista
em Haia, em 1907. Ao fundo, o mapa-múndi
simboliza a universalidade do evento.
O belíssimo projeto contou com a
participação do projetista gráfico, Álvaro
Alves Martins, com gravuras manuais de
Czeslaw Slania e Martha Elsa Sasian Alva-
rado da Fonseca. As dimensões do projeto
são de 154 x 74 mm, e entraram em cir- Em seu anverso, esta última cé-
culação no dia 1º de novembro de 1984, dula apresenta a efígie do homenage-
permanecendo até 15 de março de 1990. ado, ladeada por composições repre-
sentando realizações de seu governo
50.000 CRUZEIROS (energia elétrica, transportes e agricul-
(OSWALDO CRUZ 1872-1917) tura); à esquerda, estilização das colu-
nas do Palácio da Alvorada; à direita,
acima das chancelas, estilização da es-
cultura “Candangos”, de Bruno Giorgi,
servindo de registro coincidente entre
o anverso e o reverso.
O reverso é ainda mais belo, pois
a representação do prédio do Congres-
so Nacional, tendo como fundo, à es-
querda, o “Catetinho”, local pioneiro
que serviu de residência oficial e sede
provisória do Governo durante a cons-
trução de Brasília; à direita, vista do Pa-
lácio da Alvorada, projetado pelo arqui-
teto Oscar Niemeyer para residência do
Com anverso trazendo a efígie do Presidente da República.
homenageado, ladeada, à esquerda, por Nosso último belíssimo projeto
composição onde aparece o microscópio desse artigo, contou com a participação
por ele utilizado, além da estilização de do projetista gráfico, Álvaro Alves Mar-
uma coluna de provetas. À direita, vista tins, com gravuras manuais de Czeslaw
parcial da parte posterior do prédio onde Slania e Dalila dos Santos Cerqueira Pin-
funciona o Instituto Oswaldo Cruz, cujo to. As dimensões do projeto são de 154
elemento central, reproduzido no reverso, x 74 mm, e entraram em circulação no
serve de registro coincidente. dia 3 de outubro de 1985, permanecen-
O reverso possui a belíssima vista do do até 15 de março de 1990.
edifício principal do instituto Oswaldo Cruz, no Ficamos por aqui, mas nossos es-
Rio de Janeiro, construído pelo homenageado. tudos ainda irão nos levar por mais al-
Diferente da cédula de 10.000 cruzeiros, guns capítulos. Não perca nosso próximo
este belíssimo projeto, contou com a participa- artigo, continuaremos nossa incrível saga
ção do projetista gráfico, Júlio Pereira Guimarães, sobre as idas e vindas do padrão cruzeiro.
com gravuras manuais de Zélio Bruno da Trinda-
de e Dalila dos Santos Cerqueira Pinto. As dimen-
sões do projeto são de 154 x 74 mm, e entraram
em circulação no dia 1º de novembro de 1984,
permanecendo até 15 de março de 1990.
100.000 CRUZEIROS
(JUSCELINO KUBITSCHEK 1902-1976)
 NUMISMÁTICA 13

RÉIS ESTRELAS SOLTAS – República Velha 1913

Bruno Diniz – Historiador, Numismata e Notafilista
Hoje iremos abordar de forma objetiva REVERSO - Armas da República sobre o valor facial sobre ramos e rodeados pela
o tema relativo as moedas de 2000 mil, 1000 e inscrição “ORDEM E PROGRESSO”.
500 réis cunhadas em 1913 e conhecidas pelos
colecionadores e numismatas como “Estrelas
Soltas”. O período de circulação destas moe-
das compreende o que chamamos na história
do Brasil de República Velha. Denominação
dada à primeira fase da República brasileira,
que se estendeu da Proclamação da República
em 15 de novembro de 1889 até a Revolução
de 1930, liderada por Getúlio Vargas.

Tradicionalmente, nós, historiado-

res dividimos a República brasileira em Características detalhadas de cada Material: prata
três períodos distintos: moeda que compõe a série: Diâmetro: 26mm
Peso: 10,00g
- República Velha (1889-1930) 2000 MIL RÉIS 1913 – ESTRELAS SOLTAS Espessura: 2,15mm
Borda: serrilhada
- República Nova ou Era Vargas (1930-1945) Padrão: MIL-RÉIS VALOR DE MERCADO APROXIMADO
Material: prata MBC – R$32,00
- República Contemporânea (1945 até Diâmetro: 33mm SOB – R$50,00
nossos dias) Peso: 20,00g FC – R$85,00
Espessura: 2,75mm
As moedas analisadas neste artigo pos- Borda: serrilhada
suem as seguintes características gerais: VALOR DE MERCADO APROXIMADO 500 RÉIS 1913 – ESTRELAS SOLTAS
MBC – R$65,00
ANVERSO - Efígie da República ro- SOB – R$110,00 Padrão: MIL-RÉIS
deada por círculo de 21 estrelas, sem a FC – R$170,00 Material: prata
ligação por laços, representando a união Diâmetro: 22mm
dos Estados e circundada pela inscrição 1000 MIL RÉIS 1913 – ESTRELAS SOLTAS Peso: 5,00g
“REPUBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO Espessura: 1,70mm
BRAZIL” (novamente com “Z”) e era. Padrão: MIL-RÉIS Borda: serrilhada
VALOR DE MERCADO APROXIMADO
MBC – R$17,00
SOB – R$30,00
FC – R$50,00

PARA CONHECIMENTO – As moe-

das deste artigo foram cunhadas na Ale-
manha, possuem letra monetária A e Bra-
sil escrito com “Z”.
14
COMO COLECIONAR PATACÕES?
– Saiba o que fazer e como iniciar sua coleção.
Colecionar ou estudar os temas re-
lacionados a numismática e não falar nos
famosos patacões é um verdadeiro sacri-
légio numismático. Tratam-se de moedas
icônicas da numária nacional. Se você ain-
da está iniciando sua coleção de patacões,
este artigo irá lhe ajudar.
A primeira questão será a etimolo-
gia da palavra “patacão” e um pouco de
sua história. Estas eram as moedas com
valor facial estipulado em 960 Réis e ge-
ralmente cunhadas sobre outras moedas
(moeda base), sendo portanto denomina-
das recunhos, em sua maioria os recunhos
eram feitos sob moedas de 8 Reales das
colônias espanholas na América, porém
são conhecidos exemplares recunhados
sobre moedas Napoleônicas, Austríacas e
Americanas, além de moedas das recém
criadas repúblicas latino-americanas. Sua
denominação popular de patacão deriva
do termo pataca, comumente usado em
moedas Portuguesas de 320 Réis, sendo,
portanto, o Patacão referente ao valor de
3 patacas.
No Brasil, o patacão era uma mo-
eda de prata de 960 réis (3 patacas), pe-
sando 27,07 gramas com pureza de 896
Bruno Diniz – Historiador, Numismata e Notafilista
a 903 partes por mil (prata), foram cria-
das em 20 de novembro de 1809 e foram
cunhadas de 1810 a 1834 (em 1809 foram
cunhados apenas ensaios), nas casas da
moeda de Rio de Janeiro, Bahia e Minas
Gerais[1], sendo uma moeda antecessora
da decimalização ocorrida no Século XIX.
CURIOSIDADES - Os patacões sur-
giram principalmente para atender as
necessidades financeiras da corte portu-
guesa, transferida para o Brasil em 1808
devido à proximidade da invasão de Portu-
gal pelas tropas Napoleônicas. Já Em Por-
tugal foi uma moeda de cobre de 10 réis,
de D. João II.
COMO COLECIONAR PATACÕES –
A coleção de patacões é considerada um
clássico da numismática brasileira, con-
siderada por muitos uma das categorias
mais especiais do colecionismo e estudo
de moedas. No catálogo BENTES são cita-
das as três formas de colecionismo tendo
o patacão como foco. Vejamos os tipos de
coleção:
COLEÇÃO POR TIPO (BENTES) –
Leva em consideração somente o período
e a Casa onde a moeda foi cunhada, procu-
rando sempre adquirir exemplares no me-
lhor estado de conservação possível. Por
ser a forma mais simples de colecionismo
e por não exigir conhecimentos profundos
sobre o assunto, e a forma mais indicada
para quem está iniciando. Sendo assim,
uma coleção de 960 Réis por tipo deve
conter os seguintes exemplares.
- Carimbo de Minas,
 15
- Colônia com a letra “R”, - Império (D. Pedro I) com a letra “R”,

- Império (D. Pedro I) com a letra “B”,

- Colônia com a letra “B”,

- Império (D. Pedro II) com a letra “R”

- Colônia com a letra ”M”,

- Reino Unido com a letra “R”,

- Patacão da chamada “série especial”.

- Reino Unido com a letra “B”, COLEÇÃO POR DATAS (BENTES) – É o tipo de colecionismo mais
comum entre os numismatas. Os poucos catálogos brasileiros, em sua
maioria, apresentam as moedas dispostas, inicialmente pelo metal em
que foram confeccionadas (ouro, prata, cobre e etc) e a partir daí, são
ordenadas de acordo com as datas e em cada data, vez por outra, são
apresentadas as variantes clássicas. Esta forma de colecionismo requer
um investimento consideravelmente maior que aquele dispensado à co-
leção por tipos, sem contar que algumas datas são consideradas raríssi-
mas ou mesmo peças únicas, o que praticamente impossibilita o “fecha-
mento” de uma coleção completa de moedas de 960 Réis (por datas).
É indicada aos colecionadores que já possuem uma coleção por
tipos com muitas peças, e consequentemente já adquiriram experiência e
conhecimento suficientes para se dedicarem a esta forma de colecionismo.
16

NOVIDADES FILATÉLICAS PELO MUNDO

BULGÁRIA - 01.12.2020, 140 Anos do Lev

Búlgaro e 135 Anos das Cédulas Búlgaras (bloco).
10.12.2020, 85 Anos da Formação do Atendimento Mé-
dico de Emergência (1 selo). 11.12.2020, a) Peças de Xa-
drez (bloco); b) Filatelistas Búlgaros Proeminentes – 80
Anos do Nascimento de Ivan Slavkov, 1940-2011 (1 selo);
c) Insetos Protegidos – Abelhas (4 selos). 23.12.2020, a)
Cartoons (Caricaturas) de Personalidades Búlgaras Fa-
mosas (2 selo); b) Espaço: Agência Espacial Europeia da
ESA, Missão Lagrange (bloco). 11.02.2021, 120 Anos do
Nascimento do Patriarca Cirilo (Cyril), Konstantin Markov
Konstantinov, 1901-1971 (1 selo). 12.02.2021, Ano do
Boi do Metal Branco (bloco com e sem denteado).

FAROÉ - 07.01.2021, 150 Anos de História

ESLOVÊNIA - 29.01.2021, a) Ano Novo Chi-
nês – Ano do Boi (1 selo); b) Edifício Meksika (bloco);
c) Renda Contemporânea (1 selo); d) 200 Anos do
Nascimento de Blasius Kozenn, 1821-1871 (1 selo); e)
Selo de Saudações (bloco); d) 200 Anos do Congresso
de Laibach (1 selo).
Postal (minifolha 3 selos). 19.02.2021, a) Transplan-
tado - Histórias de Imigrantes (minifolha 6 selos);
b) Kirkja e Hattarvík (2 selos); c) Tunel Eysturoy (2
selos). 08.03.2021, Personalidades - Andrea Arting,
1891-1988 (1 selo). 26.04.2021, a) Europa 2021 - Fau-
na em Perigo de Extinção (2 selos); b) Sepac – Mapas
Antigos das Ilhas Faroé (bloco).

COREIA (ROK) - 15.12.2020, Emissão Con-
junta Coreia – Rússia – Ursos (4 selos). 26.01.2021,
Satélite Geoestacionário Multiuso da Coreia - GEO-
-KOMPSAT, Cheollian (3 selos). 16.02.2021, 50 Anos
do KAIST (1 selo). 26.02.2021, Patrimônio Cultural
Repatriado (4 selos). 11.03.2021, Arquitetura Históri-
ca na Coreia - Academias Neoconfucionistas (4 selos;
minifolha). 25.03.2021, Aeronaves Coreanas (3 selos)
GUERNSEY - 26.01.2021, Ano do Boi 2021 (
6 selos; minifolha). 17.02.2021, a) Clements Gold –
C. Sarah Elizabeth (minifolha); b) Aves – série regu-
ESTÔNIA - 15.10.2020, Natal (2 selos). lar (17 selos); c) 100 Anos da Royal British Legion (1
29.10.2020, Farol Kihnu (1 selo). 17.11.2020, Arte do selo); d) Aviões de Bailiwick (6 etiquetas de franquia).
Tesouro do Museu da Estônia (1 selo). 30.11.2020,
100 Anos do Nascimento de Voldemar Panso, 1920-
1977 (1 selo). 08.12.2020, Natal 2020 – Biscoitos Na-
talinos (4 etiquetas de franquia ATM). 21.01.2021,
Farol Letipea (1 selo). 04.02.2021, Valentine’s Day
(1 selo). 21.02.2021, Ano Novo Chinês – Ano do Boi
(1 selo). 27.02.2021,
100 Anos da Asso-
ciação Médica da
Estônia. (1 selo).
01.03.2021, a) 100
Anos das Estatísticas
na Estônia (1 selo);
b) Flor – Centáurea
– Centaurea cyanus
(1 selo).
 17
“Lëtzebuerger Landesuebstbauveraïn” (1 selo); c) 50 nha de Combate ao Corona (1 selo)
Anos da Federação Luxemburguesa de Caminhada
Popular (1 selo); d) 40 Anos do Casamento do Casal
Grão-Ducal (1 selo); e) 75 Anos da Federação Luxem-
burguesa de Handball (1 selo); f) 50 Anos da “Fonda-
tion Maison de la Porte Ouverte” (1 selo).

MARROCOS - 01.10.2020, 90 Anos da Caixa

ILHA DE MAN - 07.01.2021, Ano Novo Chinês –
Ano do Boi (4 selos). 09.02.2021, Exposição de Aves (6 se-
los). 26.02.2021, Devotada ao Serviço – 95 Anos do Nas-
cimento da Rainha Elizabeth II (6 selos). 31.03.2021, Sua
Alteza Real o Príncipe Philip, o Duque de Edimburgo: Um
Centenário de Realizações e Compromisso (minifolha).
LIECHTENSTEIN - 14.11.2020, a) 250 Anos de Lu-
dwig van Beethoven (bloco); b) Natal (4 selos) ; c) Signos
Chineses do Zodíaco: Boi (1 selo; minifolha). 01.03.2021,
a) Europa 2021 – Fauna em Perigo de Extinção (2 selos;
minifolha); b) 75 Anos da Opereta Balzers (1 selo); c) 75
Anos da Primeira Assembleia Geral das Nações Unidas (1
selo); d) Pássaros Canoros Nativos (4 selos).
Marroquina de Pensões (1 selo). 22.10.2020, Noor
Ouarzazate (1 selo). 24.10.2020, 75 Anos das Na-
ções Unidas (1 selo). 06.11.2020, 45 Anos da Marcha
Verde (1 selo). 23.11.2020, 1.300 Anos da Fundação
de Sijilmassa (1 selo). 30.11.2020, 100 Anos da Pri-
meira Escola de Cerâmica em Maroc-Safi (3 selos).
10.12.2020, 30 Anos do Conselho Nacional dos Direi-
tos Humanos (1 selo). 31.12.2020, 10 Anos do Banco
Al-Barid (1 selo).
QUIRGUISTÃO - 22.12.2020, Cães Domés-
ticos (3 selos; minifolha). 30.12.2020, Pare Covid-19
(1 selo). 31.12.2020, Ano do Boi (1 selo). 31.03.2021,
Ave do Ano (III) – Abutre-barbudo – Gypaetus barba-
tus (1 selo).
RÚSSIA - 14.01.2021, Convento do Eremi-
tério Trinity-Hodigitria Stavropegial Zosima (1 selo).
20.01.2021, Europa 2021 - Animais selvagens ameaça-
dos de extinção – Leopardo Persa (1 selo). 22.01.2021,
30 Anos da Comunidade Regional no Campo da Comu-
nicação - Impressão Sobreposta (1 selo). 26.01.2021,
300 Anos de Kuzbass (1 selo). 28.01.2021, Vencedor do
Prêmio Nobel Nikolai N. Semenov, 1896-1986 (1 selo).
29.01.2021, 100 Anos da Universidade Técnica de Mos-
cou de Comunicações e Informática (1 selo). 02.02.2021,
Medalhas (4 selos). 17.02.2021, Heróis da Federação
Russa (2 selos). 25.02.2021, Sapos (4 selos). 26.02.2021,
Projetos Nacionais da Rússia – Educação e Economia Di-
gital (2 selos). 28.02.2021, 25 Anos da Adesão da Rússia
ao Conselho da Europa (1 selo). 03.03.2021, 500ª Sessão
Plenária do Conselho da Federação da Assembleia Fede-
ral da Federação Russa (1 selo). 12.03.2021, 150 Anos do
Nascimento de Igor Emmanuelovic Grabar, 1871-1960
(bloco). 16.03.2021, Flora da Rússia (4 selos).

REPÚBLICA TURCA DE CHIPRE NORTE-

12.03.2020, Campeonato de Futebol EURO
UEFA (1 selo). 10.09.2020, Europa - Antigas
LUXEMBURGO - 09.03.2021, a) 100 anos de Rotas Postais (2 selos). 19.11.2020, a) 50
Soroptimista Internacional (1 selo); b) 125 Anos da Anos da Assistência Social (1 selo); b) Campa-
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dalha de Ouro do Brasil locais de lançamento: Bento Gonçalves/ RS, com 20 selos; valor facial:
em Jogos Olímpicos Jundiaí/SP Petrolina/PE e Poços de Caldas/ 2° Porte da Carta; tira-
(Emissão Comemora- MG; impressão: Casa da Moeda do Brasil. gem: 400.000 selos; área
tiva). Detalhes Técni- de desenho: 26 mm x 44
cos- Edital nº 17; arte: mm; dimensão do selo:
Juliana Souza; proces- 26 mm x 44 mm; picota-
so de impressão: ofsete; gem: 11,5 x 11; local de
papel: cuchê goma- lançamento: São Paulo/
do; apresentação: SP; impressão: Casa da
folha com 16 selos; Moeda do Brasil.
valor facial: R$ 5,00;
tiragem: 960.000 30.01.2021- 2021 – Ano Internacional
selos; área de de- para a Eliminação do Trabalho Infantil (Emissão
senho: Ø 25mm; Especial). Detalhes Técni-
dimensão do selo: cos- Edital nº 2; arte: Lidia
Ø 29mm; picotagem: 11,5 x 11,5; locais de Marina Hurovich Neiva
lançamento: Rio de Janeiro/RJ e Belém/PA; 29.12.2020, Série Mercosul – Moda – Correios; processo de
impressão: Casa da Moeda do Brasil. (Emissão Especial). Deta- impressão: ofsete; GO-
lhes Técnicos- Edital nº MADO - papel: cuchê
15.12.2020, Xadrez no Brasil (Emis- 20; arte- selo Gisele gomado; apresentação:
são Especial). Detalhes Bündchen: Arte Dér- folha com 16 selos; valor fa-
Técnicos- Edital nº 18; su Jr. / Foto – Nino cial: 1° Porte da Carta; tiragem: 160.000 selos;
arte: Juliana Souza; Muñoz, selo Filipe área de desenho: 59 mm x 25 mm; dimensão
processo de impres- Jardim: Arte – Filipe do selo: 59 mm x 25 mm; picotagem: 11,5 x 12.
são: ofsete, 4 cores Jardim, selo Bob Wolfen- AUTOADESIVO - papel: cuchê autoadesivo; apre-
especiais e verniz son: Foto – Bob Wolfenson e foto do fundo: sentação: folha com 20 selos; valor facial: 1° Porte
UV; papel: cuchê go- Vanessa Brentini; arte-finalização: Jamile Costa da Carta; tiragem: 1.000.000 selos; área de dese-
mado; apresentação: Sallum – Correios; processo de impressão: of- nho: 65 mm x 32 mm; dimensão do selo: 65 mm
folha com 12 se- sete; papel: cuchê gomado; apresentação: blo- x 32 mm; picotagem: semicorte com “BR”; local
los; valor facial: 1º co com 3 selos; valor facial: 1º Porte da Carta; de lançamento: Brasília/DF; impressão: Casa da
Porte da Carta; ti- tiragem: 30.000 blocos; área de desenho: 38 Moeda do Brasil.
ragem: 600.000 se- mm x 38 mm; dimensão do selo: 38 mm x 38
los (50.000 de cada mm; dimensão do bloco: 137 mm x 85 mm; Pi-
selo); área de de- cotagem: 11,5 x 11,5; local de lançamento: São
senho: 26 mm x 44 Paulo/SP; impressão: Casa da Moeda do Brasil.
mm; dimensão do
selo: 26 mm x 44
mm; picotagem:
11,5 x 11; local de
lançamento: Rio de Janeiro/RJ; impressão:
Casa da Moeda do Brasil.

22.12.2020, Viticultura (Emissão

Especial). Detalhes Técni-
cos- Edital nº 19; arte:
Daniel Effi – Correios
e Camila Sena Hott;
processo de impres-
são: ofsete, calcogra-
fia e verniz aromático;
papel: cuchê gomado;
apresentação: folha com 15 selos; valor
facial: 1º Porte da Carta; tiragem: 900.000
selos (180.000 de cada selo); área de dese-
nho: 38 mm x 38 mm; dimensão do selo:
25.01.2021, John Lennon em Nova
York por Bob Gruen (Emis-
são Especial). Detalhes
Técnicos- Edital nº 1;
foto: Bob Gruen; arte
finalização: Jamile Cos-
ta Sallum – Correios;
processo de impressão:
ofsete; papel: cuchê goma-
22

AGENDA & NOTÍCIAS

-AC FILACAP- Solicitamos, por favor, aos nossos colabo- e conheça a FILANANIAS 2021. Datas do evento: - Inscrições
radores que enviem para nosso e-mail ac.filacap@gmail.com das coleções: de 06/04/2021 a 13/06/2021; - Abertura:
os comprovantes de seus depósitos referentes à assinatura da 06/07/2021; - Encerramento: 31/08/2021 e - Divulgação do
revista FILACAP ou para o WhatsApp: 12-99151-3659 (apenas resultado: 04/09/2021.
mensagens). Esta ação é necessária, pois nem todos os depó-
sitos são identificados. Temos vários depósitos não identifica- EVENTOS - EXTERIOR
dos e isto acaba prejudicando o próprio colaborador.
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-CATÁLOGO MICHEL- Selos 07.05.2021, Exposição Fi-
Europeus Volume 1 2021 Países latélica Temática Virtual
Alpinos (E 1), 106ª Edição, em TEMAFIL 2021. Local: Peru.
cores, com 768 páginas. Esta Organização: Círculo Ami-
edição está apresentando um gos de la Filatelia. Patrocínio: Asociación Filatélica Peruana
novo formato de apresentar (AFP) com o apoio do Museo Postal y Filatélico del Perú. A
seus catálogos da área Europa exposição tem caráter nacional e contará como convidados
em formato compacto e por um dos países membros da Federação Interamericana de Filate-
preço atraente. Neste volume lia (FIAF) através de suas respectivas federações ((Argentina,
são apresentadas as emissões de Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Pa-
Liechtenstein, Áustria, Suíça, Na- raguai e Uruguai). Inscrições com o Sr. Almir Bufalo (djbufa-
ções Unidas - Genebra, Nações lo@gmail.com) até 31.03.2021. Maiores informações com o
Unidas – Viena. Muitas novidades são apresentadas neste Sr. Juan Pablo Velar-Miranda (jpvalermiranda@gmail.com).
novo catálogo inéditas para os colecionadores. São 8.600 fo-
tos coloridas de alta resolução e aproximadamente 38.500 • De 22
cotações de preço. Estão incluídas todas as novidades apre- a 25.07.2021,
sentadas até a edição de MICHEL Rundschau 2/2021. À ven- SAVPEX 2021
da desde 05 de março de 2021 ao preço de 52,00 EUR. Para - South African
obter mais detalhes sobre este novo MICHEL, visite: Virtual Philatelic Exhibition, exposição virtual de Um Quadro
https://www.briefmarken.de/michelshop/en/literatu- organizada pela Federação Filatélica da África do Sul e pela
re/europe/alpine-countries-2021-e-1 The Philatelic Society of the Orange Free State, que realiza
na mesma data a “Exposição Filatélica Nacional - VRIJSTAAT
EVENTOS - BRASIL 2021” e a “JUNASS 2021 - The Junior National Stamp Show”,
no Centro de Conferências Kopano Nokeng, em Bloemfon-
•FILANANIAS 2021 tein. A data limite para a inscrição é 12 de Maio, e podem
- Está em curso a FILANA- participar coleções das classes de Filatelia Tradicional, His-
NIAS 2021 – III Exposição tória Postal, Filatelia Temática, Aerofilatelia, Filatelia Fiscal e
Virtual Filatelia Ananias, Inteiros Postais, Sobrescritos de Primeiro Dia, Classe Aberta,
um evento brasileiro para filatelistas do mundo todo. O Postais Ilustrados, Marcofilia e Filatelia Moderna.
diferencial da FILANANIAS é a aceitação de todos os níveis
de coleções. A exposição dá oportunidade desde o filatelista • De 25 a
iniciante e sua coleção, intermediários, até o filatelista avan- 30.08.2021, PHILANIP-
çado, sendo uma exposição com cunho didático. Através PON 2021 - Exposição
dela o filatelista pode evoluir e alcançar novas categorias. Especializada Mundial,
Uma marca da exposição, que continua nesta edição, é a Patrocínio FIP. Comemorativa aos 150 Anos do Selo Postal
votação popular na internet, onde o internauta participa e do Japão. Local: Pacifico Yokohama Exhibition All B, Yoko-
vota em sua coleção preferida. Outra novidade é automa- hama, Japão. Orgasnização dos Correios do Japão, da Fede-
ção da exposição, tudo online pelo site, desde a inscrição ração Filatélica do Japão, da Japan Philatelic Foundation e
e upload das coleções, até a premiação, com geração dos da Tsushinbunka Association com o patrocínio da FIP e os
certificados online para download e impressão. Acesse o site auspícios da FIAP – Federação Inte-Asiática de Filatelia. Co-
(https://virtuafil.org/pt/public-expo-intro.aspx?exID=5011) missário para o Brasil: Dr. Rogério Dedivitis (dedivitis.hns@
uol.com.br). Visite o site e fique a par do que será a PHILANI-
PPON 2021: www.japan2021.jp.
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Fundado em 01/01/1975
Órgão oficial da: ASSOCIAÇÃO CULTURAL FILACAP • De 19 a 22.11.2021, NOTOS 2021,
CNPJ: 47.541.578/0001-19 Exposição Filatélica Europeia. Local: Pe-
risteri Exhibition Centre, Dodekanisou
Diretor e Jornalista Responsável 106, 12135 Peristeri, Grécia. Organiza-
José Maurício do Prado ção: Sociedade Filatélica Helênica com o
(MTB 038600) apoio da Federação Filatélica Helênica,
patrocínio da Federação das Associações Filatélicas Euro-
Diagramador peias (FEPA), da Associação Internacional de Jornalistas
Washington Alves da Conceição Filatélicos (AIJP) e da Academia Europeia de Filatelia (AEP)
Assinatura: (4 edições): R$50,00 com o reconhecimento da Federação Internacional de Fila-
Exterior: US$ 20.00 / € 20 telia (FIP). O evento comemora os 200 Anos da Guerra da
Independência Grega. A exposição terá a participação de
FILACAP filatelistas dos países membros da FEPA e da FIP. Mais infor-
CAIXA POSTAL 06
CACHOEIRA PAULISTA-SP mações poderão ser obtidas no site www.hps.gr/notos2021
12630-970 BRASIL e e-mail: notos2021@hps.gr.
ac.filacap@gmail.com
• De 31.03 a 03.04.2022, HUN-
FILACAP não é responsável nem solidário com os conceitos FILEX 2022 – Exposição FIP Especiali-
e opiniões emitidos em matérias assinadas ou conteúdos de anúncios.
zada. Local: Budapest, Hungria.
• De 19 a 26.02.2022, LON-
DON 2022 International Stamp
Exhibition. Local: Business Design
Center, em Islington, Londres,
Inglaterra. Classes de competição: Filatelia Tradicional, His-
tória Postal, Inteiros Postais, Filatelia Temática, Selos Fiscais,
Aerofilatelia, Classe Aberta, Filatelia Juvenil, Literatura Fila-
télica. Comissário para o Brasil: Sr. Fernando S. Moreira dos
Santos, de São Paulo/SP (E-mail: fernando@moreirados-
santos.com.br; Celular: 11 – 9.7654–0868).
• De 18 a 22.05.2022, HELVETIA 2022. Exposição FEPA
com reconhecimento FIP. Local: Lugano, Suiça.
• De 09 a 12.06.2022, CAPEX 2022 - Exposição Filaté-
lica Continental FIAF de Um Quadro com reconhecimento
FIP. Local: Metro Toronto Convention Centre, 255 Front
Street West, Toronto, Ontario M5V 2W6 CANADÁ.
• 04 a 09.08.2022, INDONESIA 2022 Exposição Filaté-
lica Especializada (World Stamp Championship). Local: In-
donesian Parliament Building, Jacarta, Indonésia. O evento
comemora os 75 anos do Dia da Independência da Indoné-
sia. O Comissário do Brasil para esta exposição é o Sr. Luis
Cláudio Fritzen ( E-mail: luisclaudiofritzen@hotmail.com; te-
lefone fixo: 48-3222-7448). IREX, Formulários de Inscrição,
taxas diversas, datas limites, etc. serão divulgados em breve
no site da FEBRAF (www.febraf.net.org).
• De 08 a 11.09.2022, MELBOURNE 2022 – Exposi-
ção Filatélica Internacional. Patrocínio FIAP. Local: Caufield
Exhibition Venue, Melbourne, Austrália. O evento inclui
também Numismática. Mais informações: https://mel-
bourne2022.com.au.
• 25 a 28.05.2023, Exposição Filatélica Internacional
Geral IBRA – Internationale Briefmarken Ausstellung e 31nd
International Stamp Fair Essen, Alemanha. Classes partici-
pantes (2.800 quadros): Championship, Filatelia Tradicional,
Historia Postal, Inteiros Postais, Aerofilatelia, Astrofilatelia,
Temática, Maximafilia, Filatelia Fiscal, Filatelia Moderna,
Filatelia Aberta, Cartões-Postais, Juvenil, Um Quadro e
Literatura. O evento tem o patrocínio da FIP (Federação
Internacional de Filatelia) e reconhecimento da FEPA (Fede-
ração as Associações Filatélicas Europeias). Presença de 150
estandes, incluindo Administrações postais, comerciantes
filatélicos, leiloeiros, etc. Para atuar na função de Comissário
Nacional na IBRA, a FEBRAF nomeou o filatelista de São Pau-
lo (SP), Sr. SÉRGIO MASTROROSA (e-mail: sergio.mastroro-
sa@gmail.com; celular: 11-9.8642-0994). Para Consultor FIP
neste evento filatélico foi designado o filatelista brasileiro Sr.
Reinaldo Macedo (Vice-Presidente da FIP).
• De 23 a 30.05.2026, BOSTON 2026 World Expo. Lo cal:
Boston Convention and Exhibition Center, Boston, E. U. A.
- FEBRAF - FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FILATELIA
Nova Diretoria Executiva eleita em
03.04.2021 para o período de 2021 a
2025: Presidente- Rogério Aparecido
Dedivitis; 1º Vice-Presidente- Luis Cláudio
Fritzen; 2º Vice-Presidente- Ginaldo Be-
zerra da Silva; 3º Vice-Presidente- Fernando
Moreira dos Santos; Secretário- Ygor Pradella Chrispin e Te-
soureiro- Sérgio Mastrorosa; Conselho Consultivo: Henrique
Bunselmeyer Ferreira, Paulo Renato Risi, Reinaldo Estevão
de Macedo, Rubem Porto Jr. e Wady Nagem Vidal; Conselho
Fiscal: Almir Bufalo, Braz Martins Neto e Gerson Quinhone;
Suplentes Conselho Fiscal: Fernando Henrique Brandão Mo-
lento, José Paulo Braida Lopes e Márcio Javaroni.
 CARTOFILIA 23

O Pátio do Colégio, local de nascimento da cidade de São Paulo

(*) José Carlos Daltozo
No dia 25 de janeiro de 1554,
o padre Manuel da Nóbrega, ajudado
pelo noviço José de Anchieta e outros
jesuítas, fundaram na colina entre os
rios Anhangabaú e Tamanduateí, um
local para catequizar os índios. No
princípio foi construída uma cabana
rústica, coberta de folhas de palmeira,
que recebeu o nome de Real Colégio
de São Paulo de Piratininga.
Dois anos depois, em 1556, o
padre Afonso Brás, precursor da ar-
quitetura brasileira, foi o responsável
pela construção em taipa de pilão de
um colégio e igreja anexa, quando o
local ficou conhecido como Pátio do
Colégio. Os jesuítas foram expulsos do
Brasil em 1759, durante o governo do
Marquês de Pombal em Portugal. Não São Paulo - A fundação de São Paulo, pintura de Oscar Pereira da Silva
servindo mais como colégio, o edifício
principal foi sede do governo paulista
entre os anos de 1765 e 1912, passan-
do a ser denominado Palácio do Gover-
nador.
O antigo casarão colonial foi
completamente descaracterizado por
profundas reformas durante todo esse
período, sobretudo no final do século
19. Em 1896, por exemplo, o Palácio
do Governador foi parcialmente demo- São Paulo - O Patio do Colégio no começo do século 18, São Paulo - O local totalmente modificado,
pintura de Henrique Passos tornando-se Palácio do Governador, em postal de 1909
lido e modificado, assim como a igreja
anexa.
No ano de 1953, faltando pou-
co para as comemorações do Quarto
Centenário de São Paulo, e como o
governador paulista já estava em ou-
tro local (Palácio dos Campos Elíseos),
autoridades resolveram que o edifício
deveria voltar às suas origens. E, as-
sim, tudo foi demolido e reconstruído
como era originalmente, tendo a igreja
ao lado. As obras de reconstrução de-
moraram de 1954 a 1979. São Paulo - O Pátio do Colégio reconstruido e voltando São Paulo - Postal da década de 1970 mostra o local como
as origens, postal década 1960 esta até hoje
Para mostrar como eram as
construções antigas, foi preservado um
fragmento de parede de taipa de pilão
datada de 1585. Atualmente o local vol-
tou a pertencer à Companhia de Jesus
e é composto pelo Museu Anchieta,
Auditório Manoel da Nóbrega, Galeria
Tenerife, praça Ilhas Canárias (Café do
Pátio), Igreja Beato José de Anchieta
(abriga o fêmur de José de Anchieta), a
Cripta Tibiriçá e a Biblioteca.

* José Carlos Daltozo - Jornalista

e Historiador, com 13 livros publicados.
Colecionador de cartões-postais
- Caixa Postal 117 - 19500-000 - Martinópolis - SP
24 MAXIMAFILIA
EDIFÍCIO-SEDE DOS CORREIOS
O edifício-sede da ECT - Empresa Bra-
sileira de Correios e Telégrafos está situado
no Setor Bancário Norte, em Brasília, capital
do país. Construído pela firma João Fortes
Engenharia o prédio ficou pronto quatro
meses antes da data prevista. A construção,
iniciada em 08.05.1975, foi concluída em
31.05.1977. O prédio foi entregue ao públi-
co no dia 17.06.1977, em solenidade na qual
compareceram o então presidente da ECT,
engenheiro Adwaldo Cardoso Botto de Bar-
ros, o Vice-Presidente da República - General
Adalberto Pereira dos Santos, o Ministro das
Comunicações – Euclides Quandt de Oliveira
e o Governador do Distrito Federal – Elmo Se-
rejo Farias. A inauguração oficial do edifício
ocorreu somente em junho de 1978.
No novo prédio foram instalados os
equipamentos importados que permitiram o
ingresso dos Correios na era da triagem ele-
trônica das correspondências, dinamizando,
principalmente, os serviços postais na capital
federal. O Centro de Triagem Principal, insta-
lado nos subsolos do prédio, começou a fun-
cionar em março de 1978, e foi o primeiro a
entrar em operação no Brasil, equipado com
máquinas eletrônicas que realizavam a separa-
ção automática da correspondência mediante
leitura óptica, propiciando a triagem de 40.000
cartas por hora. O Presidente da ECT afirmou,
no momento da inauguração do prédio, que
o estágio postal brasileiro, à época, não mais
permitia tratamento manual para a triagem
de correspondências nos três maiores centros
postais do país: Brasília, Rio de Janeiro e São
Paulo. Na ocasião, afirmou ainda que as ci-
dades do Rio de Janeiro e São Paulo também
ganhariam grandes prédios com controles ele-
trônicos idênticos aos de Brasília.
O edifício-sede dos Correios foi en-
tregue com 64.444 metros quadrados de
área construída, dispondo de 30 pavimen-
tos distribuídos em 5 subsolos, térreo, duas
sobrelojas, 22 pavimentos-tipo e cobertura
com heliponto. Em seu interior passaram a
funcionar todos os órgãos que integravam a
Administração Central dos Correios. Foram
previstos também espaços para treinamen-
to, instrução e aperfeiçoamento de técnicos
postais, auditório com 250 lugares para pa-
lestras e conferências, museu postal, salas de
exposições e serviços filatélicos, restaurantes
para funcionários, lanchonete, agência ban-
cária e jardins de bonito efeito paisagístico
localizados à altura da sobreloja. Durante a
construção do prédio foi adotado o regime
de trabalho de 24 horas diárias, absorvendo
450 empregados fixos. Na obra foram utiliza-
dos 670.000 tijolos, 387.000 sacos de cimen-
to comum, 27.000 sacos de cimento branco,
3.730.000 Kg de vergalhão, 97.000 Kg de ara-
me, 62.000 Kg de pregos, 35.000 metros cúbi-
cos de areia, 41.000 metros cúbicos de brita,
398.000 metros lineares de caibros e 146.116
metros quadrados de tábuas. Na fachada do
prédio existe um grande painel escultórico
idealizado pela artista carioca Martha Poppe
e pelo escultor espanhol Julio Spinoso, com
projeto arquitetônico de Antônio Antunes.
O painel decorativo de 1.500 metros quadra-
dos contorna as quatro fachadas do edifício e
tem concepções abstratas e em baixo relevo,
possuindo texturas geometrizadas em linhas
retas e curvas.
A inauguração oficial do edifício,
ocorrida em junho de 1978, coincidiu com a
realização da BRAPEX III, Exposição Nacional
de Filatelia Brasileira, organizada pelo Clube
Filatélico do Brasil, com o patrocínio da ECT
e da Federação Brasileira de Filatelia. Nasci-
da como exposição internacional em 1938, a
BRAPEX I foi realizada no Rio de Janeiro e con-
siderada uma das mais importantes exposi-
ções filatélicas daquele ano, em todo o mun-
do. A BRAPEX II realizou-se em 1943, também
no Rio de Janeiro, por ocasião do centenário
da emissão dos selos brasileiros “Olhos-de-
-Boi”, e, em virtude da segunda guerra mun-
dial não pôde ser considerada uma exposição
internacional. Com a realização da BRAPEX III,
em 1978, na cidade de Brasília, passou-se a
designar “BRAPEX” toda exposição filatélica
nacional, já que se anunciava “BRASILIANA”
como o nome a ser dado às exposições filaté-
licas de caráter internacional.
O máximo postal que ilustra este ar-
tigo é classificado como um máximo postal
oficial, eis que preparado e emitido pela pró-
pria ECT, estando, pois, catalogado no RHM
(Catálogo de Selos do Brasil) sob o código
Aluisio Queiroga - AFNB
MAX-57. O cartão-postal que serve de supor-
te ao máximo foi editado pelos Correios, sob
o nº 07822, e tem como título “Inauguração
do Edifício-Sede da ECT/Brasília”, fotografia
de Sergio Bernardo. O selo (C-1040), emitido
em 1978, tem arte de Martha Poppe, artista
plástica já citada no terceiro parágrafo des-
te artigo. O carimbo que oblitera o selo é do
dia 22.06.1978, primeiro dia de circulação,
Brasília/DF. No canto superior esquerdo do
máximo postal observa-se o carimbo come-
morativo das festividades da inauguração,
com data de 22 a 28.06.1978, mostrando o
desenho do edifício-sede da ECT, o que con-
fere à peça uma concordância visual tríplice,
eis que o cartão-postal e o selo utilizado tam-
bém mostram a imagem/ilustração do edifí-
cio. Essa prática de aplicar dois carimbos em
um mesmo máximo postal oficial, quais sejam
o carimbo de primeiro dia de circulação e o
carimbo comemorativo, caiu em desuso por
volta de 1983, quando os máximos postais
oficiais passaram a conter apenas o carimbo
alusivo à emissão filatélica, que passou a fun-
cionar também como carimbo de primeiro dia
de circulação.
Referências Bibliográficas:
1.“Concluído em Brasília o prédio dos Correios” - Re-
vista COFI – ECT, Ano 1, agosto 1977, Nº 6, pg. 28/29.
2.“BRAPEX III” - Revista COFI – ECT, Ano 2, junho 1978,
Nº 16, pg. 36/37.
3. Editais nº 9 e 12, 1978, ECT.
4. Máximo postal do acervo do autor.
Endereços virtuais acessados:
1. Blog dos Correios, apps.2.correios.com.br