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NR-33 – SEGURANÇA E SAÚDE EM

ESPAÇOS CONFINADOS

 6 módulos
 40 horas

CONTEÚDO:

I - Conversando sobre o cenário

o Abertura com um Case


o Estatística de acidentes no Brasil e no mundo (América Latina)
o Leis complementares
o NR / NBR (que regem e sustentam a NR33)
o NR 33 – Objetivo e Definição

II - Conversando sobre Espaço Confinado

o O que é?
o Onde é encontrado?
o Como identificar?
o Como reconhecer?
o Como classificamos?
o Quais os tipos?
 Saída Subterrânea
 Primário Seletivo
 Sistema Radial
 Sistema Reticulado
 Instalações
o Quais os riscos?
 Equipamentos
 Funcionamento
 Critérios
 Atmosféricos
 Físicos
o Medidas de controle
 Proteção Respiratória
 Sinalização e Isolamento
 Supervisor de entrada
 Desligamento de energia, tranca e isolação
 Papel do Vigia
 Testes do ar
 Ventilação
 EPI
 Objetos proibidos
o Medidas técnicas de prevenção
 33.3.2
o O que diz a norma NR 33

III - Conversando sobre responsabilidades

o 33.2 – Das responsabilidades:


 33.2.1 – Cabe ao empregador
 Direitos da Empresa
 Exames médicos

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 Folha de permissão de entrada
 Sinalização de Isolamento da área
 Supervisor de entrada e vigia
 Equipamentos Medidores de Oxigênio, gases e vapores
tóxicos inflamáveis
 Equipamentos de Ventilação
 Equipamentos de proteção individual
 Equipamento de Proteção Individual
 Equipamentos de iluminação
 Equipamentos de resgate
o 33.2.2 – Cabe aos trabalhadores
 Entrar em espaço confinado somente após o supervisor de entrada
realizar todos os testes e adotar as medidas de controle
necessárias.
 Não entrar em espaço confinado caso as condições de trabalho não
sejam seguras
 Conhecer os riscos do trabalho a ser executado
 Conhecer o trabalho a ser executado
 Conhecer os procedimentos e equipamentos de segurança para o
trabalho ser executado
 Receber todos os equipamentos necessários de segurança para a
execução dos trabalhos
 Conhecer os procedimentos e equipamentos de resgate e primeiros
socorros.
 Fazer os exames médicos
 Comunicar os riscos
 Participar dos treinamentos e seguir as informações de segurança
 Usar os equipamentos de proteção fornecidos
o NR 31 – Medidas de Resgate - Atribuições

IV - Conversando sobre Permissão de Entrada

o Noções de Resgate
o Visão Geral
o Definição
o Aplicabilidade

V - Combate a incêndio

VI - Primeiros Socorros

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MÓDULO I:

Espaço confinado: é qualquer área não projetada para ocupação contínua, possui meios
limitados de entrada e saída, não possui ventilação natural, pode conter pouco ou nenhum
oxigênio e também pode conter produtor tóxicos ou infláveis.

 Indústria de papel e celulose;


 Indústria gráfica;
 Indústria alimentícia;
 Indústria de borracha;
 Indústria de couro;
 Indústria têxtil;
 Porões de navios;
 Indústria química;
 Indústria petroquímica;
 Serviços gás;
 Serviços de água e esgoto;
 Serviços de eletricidade.

 Túneis, cisternas, subestações subterrâneas, poços de inspeção, beneficiamento de


minérios, construção civil, empresas siderúrgicas, trabalhos em redes de telefonia e
empresas metalúrgicas.

Onde pode conter Espaços Confinados:

 Cubas;
 Armazenamento de combustíveis;
 Tanques de processos;
 Dutos de ventilação;
 Tonéis;
 Tinas;
 Silos;
 Caixas de armazenamento;
 Trocadores de calor;

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 Caldeiras fornos;
 Elevadores de caneca;
 Ambientes canalizados fechados.

Podemos identificar um espaço confinado quando ele for grande o suficiente e


configurado de tal forma que um trabalhador nele possa entrar e desempenhar uma tarefa.

Características:
 Espaço com dimensões reduzidas;
 Via de acesso estreita, permitindo a passagem de apenas 1 pessoa por vez.

MÓDULO II: SISTEMA SUBTERRÂNEO

HISTÓRICO:

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No início dos anos de 1900 começaram a surgir em São Paulo algumas câmaras
transformadoras alimentadas por tensão de 2,2KV. Ao longo dos anos elas foram crescendo em
quantidade e mudanças de tensão também ocorreram, por exemplo, para 3,8KV.

Por volta dos anos de 1950, o sistema tradicional chegou ao limite. Foram iniciados
novos projetos, sendo a construção de um reticulado alimentado por tensão de 20KV. Deste
ponto em diante passaram a ser instalados novos reticulados e radiais.

NECESSIDADE DE IMPLANTAÇÃO:

Em virtude da demanda de cargas elevadas e da expansão para grandes centros


comerciais ou mesmo residenciais, o fornecimento de alimentação de energia pelo sistema
tradicional aéreo foi tornando-se impraticável em função de sua multiplicidade e do peso
excessivo que os equipamentos necessários iriam atingir. Daí uma das soluções passou a ser a
utilização das câmaras subterrâneas.

QUALIDADE E CONFIABILIDADE:

Vamos conhecer agora o sistema elétrico subterrâneo e alguns tipos de sistema.


Conheça a configuração de um sistema de transmissão elétrica com eletrodutos e cabos
enterrados.

Conheça a configuração de um sistema de transmissão elétrica com eletrodutos e cabos


enterrados.

As redes de transmissão elétrica subterrâneas, em comparação às redes aéreas - que


utilizam os postes para passagem dos fios, tem vantagens estéticas, pois eliminam os fios
suspensos, e técnicas, já que a linha fica mais protegida contra intempéries.

Na conversão de redes aéreas para subterrâneas, os eletrodutos e cabos elétricos


podem ser enterrados em diversas configurações. Não há regulamentação do poder público
quanto à forma de implantação e as próprias concessionárias seguem suas normas.

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1 - Rede primária

A rede primária conduz a corrente elétrica em maiores tensões de distribuição.


Geralmente, está enterrada no primeiro terço da via. Os cabos elétricos passam por dentro de
eletrodutos de polietileno de alta densidade (PEAD), de 5" a 6" de diâmetro, enterrados
diretamente no solo.

Esses cabos são geralmente de alumínio, trifásicos, com isolamento EPR ou XLPE. A
tensão depende muito do local da rede. Antes de adotar o atual procedimento de enterrar os
eletrodutos diretamente no solo, a AES Eletropaulo os envelopava em concreto.

A principal razão para praticamente abandonar o envelopamento foi a rapidez de


implantação: estima-se que o ganho em velocidade é de duas a três vezes. Os eletrodutos da
rede primária são enterrados a 80 cm da superfície, e procura-se manter 30 cm de distância da
rede secundária e demais linhas de transmissão subterrânea.

2 - Rede secundária
Na rede secundária, as tensões já costumam vir bastante reduzidas pelos
transformadores. Os eletrodutos, de cerca de 100 mm de diâmetro, ficam enterrados sob o
passeio entre 40 e 60 cm de profundidade. Os cabos elétricos que percorrem os eletrodutos
também são de alumínio e têm isolamento tipo XLPE.

3 - Câmaras para transformador e caixas de inspeção


Um sistema subterrâneo de transmissão elétrica, além dos eletrodutos, também abriga
câmaras para transformador e caixas de inspeção. Essas caixas são, geralmente, monoblocos
pré-fabricados em concreto armado. Para o transformador, costumam ter 5 x 2,5 m, com 4,5 m
de profundidade.

Já os pontos de inspeção têm, no geral, 4 x 2 m e 3,5 m de profundidade - a principal


função dessas caixas é fazer derivação da rede, emendas e conexões, além de poderem receber
a instalação de equipamentos de menor porte da linha.

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Métodos de escavação e passagem dos fios

Os eletrodutos podem ser enterrados por meio de escavação de valas ou por métodos
não destrutivos. Com o uso dos MNDs, reduz-se as intervenções nas vias e danos aos solos, por
exemplo. Um estudo de viabilidade determina se o procedimento é possível.

Tipos de sistema subterrâneo


Há vários tipos de sistema de transmissão elétrica subterrânea. O sistema secundário
reticulado utiliza quatro alimentadores de média tensão, é um sistema antigo e, apesar de
bastante confiável, tem custo de implantação elevado e forma de operação complexa.

O sistema primário seletivo opera de forma parecida com o reticulado secundário mas
utiliza apenas dois alimentadores, é um sistema muito usado em grandes empreendimentos
como hospitais e shoppings. Em redes subterrâneas públicas em São Paulo, tem se utilizado
geralmente o sistema radial com recursos, conhecido também como "anel aberto". Ele oferece
boa confiabilidade e tem custo de implantação menor e operação mais simples do que os dois
primeiros.

São saídas de circuitos das Estações Transformadoras de Distribuição (ETD’s) na forma


subterrânea, vai do conjunto blindado da ETD até um poste da rede aérea estrategicamente
localizado. Desta forma evita congestionamento de circuitos aéreos ao redor das ETD’s.

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O Primário Seletivo é um sistema formado por dois circuitos primários para atender
consumidores especiais. Um dos circuitos é o preferencial trabalhando em carga e o outro fica
como reserva operando em tensão.

No caso de defeito no alimentador preferencial ou quando se deseja dar manutenção


nele, acontece seu desligamento e após manobra interna no cliente, através de uma chave de
transferência o circuito reserva assume a carga.

Figura – Primário seletivo

1 - Sistema Radial
2 - É um sistema no qual o cliente recebe a alimentação subterrânea derivada das linhas
aéreas.
3 - Inicialmente com a exigência de carga superior a 300 kVA (capacidade máxima dos
transformadores aéreos) o atendimento terá que ser feito por transformador de maior
capacidade e tamanho.
4 - Assim, observamos que a construção aérea não proporcionaria uma boa aparência além de
exigir instalações mais robustas.
5 - Dessa forma conclui-se que esse cliente terá que ser atendido através de um transformador
subterrâneo que normalmente é instalado dentro do próprio terreno do cliente.

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Sistema Reticulado

O sistema reticulado é formado por quatro circuitos primários, originados de uma


mesma estação transformadora (ETD) trabalhando cada um teoricamente com uma
determinada capacidade (da literatura se extrai 75%), que são interligados através de malha
secundária, atendendo as áreas importantes com carga elevada.

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Os transformadores para este sistema são do tipo submersível, no qual é acoplada
chave primária ou plug de inserção e do lado secundário Network (protetor que interrompe a
corrente inversa), de operação automática, com possibilidade de bloqueio manual.

A tensão secundária da maioria dos transformadores segundo dados históricos é


208/120 Volts. As potências da maioria dos transformadores que compõe o sistema reticulado
estão com 500 kVA. Há também transformadores de 750, 1000 e até 2000 kVA.

Instalações, definições e características

A energia elétrica gerada pelas usinas é transportada pelas linhas de transmissão em


tensões elevadas, necessitando, portanto, de muitas transformações, até que possa ser
utilizada da melhor forma nos centros de consumo.

Para se obter esta energia nas tensões requeridas, existem nos sistemas elétricos
estações transformadoras, comumente conhecidas como subestações, que podem ser dos
seguintes tipos:

a) Estação transformadora de usina

b) Estação transformadora de transmissão

c) Estação transformadora de distribuição

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As Estações Transformadoras de Distribuição são locais onde a tensão é transformada
de transmissão em tensão de distribuição. Os circuitos subterrâneos nas ETD’s saem do
conjunto blindado, onde são confeccionados os terminais, passando pelos porões e poços de
inspeção.

ETDs, também chamadas de subestações, são responsáveis por rebaixar os níveis de


tensão da energia elétrica que chega da empresa transmissora para que ela seja distribuída
nas voltagens necessárias para residências, estabelecimentos comerciais e indústrias.

O conjunto blindado abriga os disjuntores de saída da ETD.

Equipamentos mais utilizados no sistema subterrâneo

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Procedimentos Gerais adotados para realizarmos uma tarefa em um sistema
subterrâneo

 Programação da Inspeção: O planejamento e a programação das intervenções devem


ser realizados em conformidade com os requisitos estabelecidos pela Normas de
execução e segurança para Manutenção destas redes seja de Alta Tensão como Baixa
Tensão.
 Planejamento e Responsabilidade: Todo trabalho deve ser planejado,
independente da complexidade da tarefa. A responsabilidade pela execução do
planejamento é do colaborador que estiver supervisionando o serviço, ou na
falta deste, dos próprios eletricistas.
 Planejamento e Requisitos: Sempre que houver um intervalo prolongado entre
as etapas do serviço (horário de refeições, adiamentos, sequência no dia

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seguinte, etc) deverá ser feito novo planejamento, o mesmo se aplica em casos
de mudança de equipe ou de integrante ou de responsável pela equipe.
 Intervalo Prolongado: A programação da inspeção deve abranger todos os itens
necessários para se evitar perdas de tempo ou falta de segurança para realizar a
atividade, prevendo o dia e conciliando com horário de menor fluxo de pedestres
e/ou veículos.

Os serviços com instalações elétricas oferecem muitos riscos. Sendo assim, é muito
importante que as pessoas que trabalham com eletricidade tenham conhecimento e
estejam preparadas.

As pessoas que têm conhecimento e estão preparadas para realizar trabalhos em


instalações e serviços em eletricidade só têm a ganhar e somar vantagens.

Além de terem essas qualificações, os profissionais que trabalham em serviços e


instalações elétricas podem ser, também, autorizados:

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São considerados autorizados os colaboradores qualificados ou capacitados e os
profissionais habilitados com anuência formal da empresa.

Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir


treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo no
estabelecido no Anexo II da NR-10.

Ter (total) conhecimento das Normas NBR 14787 (Espaço confinado – prevenção de
acidentes, procedimentos e medidas de proteção), NBR 14606 (Posto de serviço -
entrada em espaço confinado), NR-33 (Segurança e Saúde nos trabalhos em espaços
confinados) e estar aptos ao resgate de trabalhadores do interior da Câmara
Transformadora.

Seguir as determinações dos programas de saúde ocupacional elaborado pela


empresa.

OPERAÇÕES GERAIS

Sabemos que garantir a segurança é resultado de ações bem planejadas! Mas


antes vamos conhecer alguns termos técnicos?

Bengala de cego:
Muitas vezes existe um lençol de água na superfície de galerias o que dificulta a
verificação de depressões, matérias cortantes ou perfurantes.

Ele possui uma haste que geralmente é de madeira ou alumínio, com


comprimento aproximado de 1,20 m e diâmetro de 0,05 m no máximo.

Numa das extremidades deve conter um gancho, parecido com um croque, que
tem a função de fisgar objetos.

É um objeto leve e de fácil manuseio.

Quando houver equipamentos elétricos energizados, use somente materiais


isolantes.

Boca-de-lobo:

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Os bueiros captam águas das chuvas e as conduzem para as
canalizações maiores, que são as conhecidas tubulações para águas pluviais, ou seja,
galerias e a grelha de ferro é a tampa deste bueiro.

Bueiros:
Sua função é a de captar água de chuva que permanece nas guias das calçadas

Eles possuem a forma de caixa de inspeção e são cobertas por uma tampa
retangular de concreto armado de mais ou menos 1,10 m de comprimento por 0,70 m
de largura.

As águas de chuva escorrem pelas guias convergindo para os bueiros, e estes,


por sua vez, conduzem a água para as galerias de águas pluviais.

Galerias:
São canais, tubulações ou corredores subterrâneos de formato circular,
quadrado ou retangular, com diversos quilômetros de distância, unidos uns aos outros
em forma de malha.

As galerias existem para transportar águas pluviais, esgotos, cabos elétricos e de


telefone, ou também outras funções.
As galerias de águas pluviais e esgotos convergem sempre para as galerias de diâmetros
maiores e estas irão desembocar nos rios ou lagos, os quais, por sua vez, devem possuir
sistemas de tratamento.

Galeria

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Os incêndios comumente ocorrem em estações elétricas subterrâneas. Uma
estação elétrica subterrânea pode ser visualizada, externamente, identificando-se a
tampa de entrada, a laje de concreto e as duas grelhas de ventilação.

Esta comunicação facilitará a sua localização para corte e isolamento elétrico por
parte da equipe de emergência da companhia elétrica.

Veja na figura abaixo a tampa de uma estação elétrica subterrânea.


Logo abaixo da tampa, existe um interruptor para ligar a iluminação interna da estação.

Ao abrir a tampa, se encontra a grade de isolamento que é utilizada para a


execução de manutenções periódicas da estação.

Quando chove, a água cobre o piso da estação, porém é escoada


periodicamente.
Veja abaixo a sinalização de uma estação elétrica subterrânea

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CUIDADO:

A água pode estar ou não em contato com o transformador, portanto, todo a


cuidado é pouco. Como a água pode estar em contato com o transformador, poderá
conduzir eletricidade, por isso o movimento dela pode causar o contato.

Existe uma caixa que fica abaixo do piso e localizada abaixo da escada. Ela existe
para captar água de chuva que será descartada. As grelhas de ventilação ficam de cada
lado da laje de concreto, juntamente com a tampa. Elas ficam um pouco mais altas do
nível do piso para evitar a entrada de água.

Talvez essa seja a principal diferenciação de outras grelhas comumente


encontradas nos calçadões do centro das grandes cidades e que tem outras finalidades.

A laje de concreto delimita exatamente o local onde se encontra o


transformador, e é retirada quando o transformador deve ser retirado.

Em explosões, as lajes são lançadas, às vezes, a metros de distância.


Veja abaixo a vista externa de uma estação elétrica subterrânea:

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CAUSAS DE INCÊNDIOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

Basicamente existem 2 tipos de causas:

Abaixo das grelhas de ventilação existe uma tela que recolhe lixo. Às vezes esse
lixo pode se incendiar pela ação de contato com pontas de cigarro acesas. Mas resolver
este problema é simples: basta retirar a grelha e molhar o material que estiver em
chamas.

Pela circulação do ar provocada pelo


exaustor que fica dentro da galeria, a
fumaça pode sair pela outra grelha.

Veja abaixo a figura de um exaustor:

O fogo ocorre numa grelha, mas a


fumaça sairá pela outra.

Por isso as grelhas devem ser


retiradas para que se possa identificar
corretamente o foco de incêndio.

Após, jogar água, para evitar que


exaustor e o transformador sejam
danificados!!

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Pode haver também um incêndio no próprio transformador ou no cabeamento
elétrico.

E neste caso é preciso acionar o corpo de bombeiros.

Existem materiais e equipamentos específicos para uma operação em galerias.


São eles:

 Alavanca simples: para retirar pedaços de piche e concreto


encontrados nas tampas;
 Malho de 5 Kg: para bater na tampa fazendo-a vibrar e assim
desemperrá-la;
 Duas picaretas: para girar a tampa e levantá-la;
 Luvas de raspa de couro (EPI): para utilizar a Chibanca;
 Chibanca: antiga ferramenta para cavar buracos, parecida com a pá
de corte, porém mais curta e mais estreita, também se parecendo
com a lâmina de uma picareta com um cabo reto na vertical como a
pá. Abertura da tampa fazendo giro com o emprego de uma
chibanca.

Técnica de abertura dos poços de visita e Procedimento para abertura:

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RISCOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

 Risco: probabilidade de perigo, com ameaça física para o homem e/ou para o
meio ambiente;
 Perigo: situação em que se encontra, sob ameaça, a existência ou a integridade
de uma pessoa, um animal, um objeto.

Os riscos encontrados e associados com entradas e trabalho em espaços


confinados são capazes de causar lesões, doenças ou até mesmo a morte do
trabalhador.

Antes de entrar no Espaço Confinado, o mesmo deve ser inspecionado e os riscos


existentes serem identificados.

Nunca devemos esquecer de que a condição de um espaço ser inspecionado e


liberado, pode ser alterada durante a execução do trabalho, em razão da própria
atividade ou de atividades externas.

Falta de Oxigênio:

Você sabe quais os efeitos da deficiência de oxigênio?

 19 a 15% = falta de coordenação motora;


 14 a 12% = respiração muito difícil (sufocamento);
 12 a 10% = respiração bem fraca (sensação de embriaguez);
 10 a 8% = falhas mentais, inconsciência, náuseas e vômitos;
 8 a 6% morte após 8 minutos;
 6 a 4% = coma em 40 segundos / morte.

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Incêndio ou explosão:

Intoxicação:

Intoxicação:
Riscos com Gases Tóxicos e/ou Asfixiantes

Por não possuir odor e cor, este nocivo gás pode permanecer por muito tempo em
ambientes confinados sem que o ser humano tome providências de ventilar ou exaurir
o local.

Monóxido de Carbono (CO):


Em caso de entrada nestes locais, poderemos ter consequências
danosas ao homem, quando as concentrações forem superiores ao seu Limite de
Tolerância (concentração acima da qual poderão ocorrer danos à saúde do trabalhador),
que é de 35 ppm.

Os gases tóxicos são a consequência da queima de combustíveis

EFEITOS DO MONÓXIDO DE CARBONO


Limite de tolerância = 35 ppm:

 Acima de 200ppm: dor de cabeça;

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 De 1000 a 2000 ppm: palpitação;
 De 2000 a 2500 ppm: inconsciência;
 Acima de 4000 ppm: morte.

Gás Sulfídrico (H2S):


Não podemos esquecer de que o gás sulfídrico é um dos piores agentes
ambientais agressivos ao ser humano!

PERIGO!!!!!!
Nosso sistema olfativo não consegue detectar sua presença.
O gás sulfídrico é a consequência da decomposição orgânica e o limite de
tolerância é de 10 ppm.

 De 50 a 100 ppm: irritações;


 De 100 a 200 ppm: problemas respiratórios;
 De 500 a 700 ppm: inconsciência;
 Acima de 700 ppm: morte.

Procedimentos de Trabalho
É por isso que é tão importante fazer a medição de gases em três níveis!

1 - Gases de maior densidade que o ar (ex: monóxido de carbono);


2 - Gases de igual densidade que o ar (ex: Gás Sulfídrico);
3 - Gases de menor densidade que o ar (ex: Metano).

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A medição para detecção de gases, nós fazemos com o aparelho detector de
gases, e para que o teste seja confiável, é importante seguir os procedimentos
abaixo:

 Seguir corretamente as recomendações do fabricante.


 Zerar seu instrumento em atmosfera de ar fresco e isento de gases
e vapores.
 Fazer a medição através de uma pequena abertura com a ajuda da
extensão que acompanha o aparelho.

1. Realizar testes iniciais do ar interno antes que o trabalhador entre em


um espaço confinado;
2. Durante as medições, o supervisor de entrada deve estar fora do espaço
confinado;
3. As medições são necessárias para que não ocorram acidentes por asfixia,
intoxicação, incêndio ou explosão.

Os testes do ar interno são medições para a verificação dos


níveis de oxigênio, gases e vapores tóxicos e inflamáveis;

 Não ventilar espaços confinados com oxigênio;


 Durante todo o trabalho no espaço confinado deverá
ser utilizada ventilação adequada para garantir a
renovação contínua do ar;
 O uso de oxigênio para a ventilação de local
confinado aumenta o risco de incêndio e explosão.

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É importante contar para vocês que o maior problema que existe está na
atmosfera do local!

Por isso precisamos sempre verificar se a condição ambiental é aceitável.

Ambiente Confinado:
1. Sem riscos atmosféricos;
2. Entrada e permanência após avaliação.

Portanto, é o ambiente confinado onde não existem riscos atmosféricos e


onde critérios técnicos de proteção permitem a entrada e permanência para
trabalho em seu interior. (←ISTO É AMBIENTE CONFINADO!!!)

Sabemos que o oxigênio é o combustível da vida!

É o primeiro contato do homem com o mundo!

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Todos nós possuímos um sistema respiratório.

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por


vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares.
Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os
brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.

Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam
na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa
denominada septo nasal.

Em seu interior há dobras chamadas de cornetos nasais, que forçam o ar a


turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e
células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como
traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos.

Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se


com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa
necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na


parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência
queaparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.

Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25


cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada
pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a
tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.

O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou


árvore respiratória.

Traqueia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10 ou 12


centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis

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cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que
penetram nos pulmões.

Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e


bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas
para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.

Mas a qualidade do ar que respiramos é fundamental para a nossa


qualidade de vida. Veja porquê:

 Nitrogênio: 78%
 Oxigênio: 21%
 Gases nobres/outros gases: 1%

Para a inspeção em câmaras, precisamos lembrar sempre:

 Composição da Equipe

As inspeções deverão ser sempre realizadas no mínimo por dois


profissionais treinados, capacitados e autorizados para essa atividade. Durante a
execução das atividades um dos colaboradores assumirá o papel de “Vigia” e o
outro de “Trabalhador autorizado”, conforme definição abaixo:

Vigia: Trabalhador que se posiciona fora da Câmara Transformadora


(espaço confinado) e monitora os trabalhadores autorizados, realizando todos os
deveres definidos no programa para entrada na Câmara Transformadora.

Trabalhador autorizado: Profissional com capacitação que recebe


autorização da empresa para entrar na Câmara Transformadora (espaço
confinado) e realiza os serviços.

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 Ferramentas e Equipamentos para a Inspeção

Uma equipe habilitada e autorizada normalmente dispõe de veículos,


ferramentas e equipamentos, inclusive de segurança do trabalho, necessários à
execução dos serviços, em quantidades suficientes e em perfeito estado de
conservação. Todos equipamentos e ferramentas deverão possuir, quando
aplicável, os Certificados de Aprovação (CA) normatizados.

Condições Básicas para os Veículos: Permitir o acondicionamento e transporte


adequado das ferramentas, equipamentos e pessoal necessário para executar a
atividade;

Equipamentos de Proteção Individual e Proteção Coletiva sempre à mão;

Equipamentos medidores, devidamente calibrados e carregados.

 Responsabilidade da Equipe na proteção contra os riscos de entrada na


Câmara Transformadora

O Trabalhador Autorizado em adentrar em espaço confinado deve:

1. Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam encontrar


durante a entrada, incluindo informações sobre o modo, sinais e
sintomas e consequências da exposição;
2. Usar adequadamente todos os equipamentos necessários;
3. Constante comunicação com o vigia, para imediato alerta sobre a
necessidade de abandono da Câmara Transformadora.

 Deveres do Vigia

Manter comunicação com os Trabalhadores Autorizados para monitorar o


estado deles e para alertá-los quando da necessidade de abandonar a Câmara
Transformadora.

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 Condição imediatamente perigosa à vida ou a saúde (IPVS)

Condição imediatamente perigosa à vida ou a saúde

Antes da entrada na Câmara Transformadora e durante a execução das


tarefas, o colaborador deverá sempre realizar o monitoramento dos gases.

Conforme as normas NBR-14787 e NR-15 em determinadas condições à


atmosfera na Câmara Transformadora podem oferecer riscos ao local e expor os
trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade de auto
resgate ou lesões.

As condições de IPVS para a concentração de Oxigênio serão abaixo de


19,5% ou acima de 23% em volume. No caso de gás/vapor inflamáveis em
concentração superior a 10% do seu limite inferior de explosividade (LIE).

A máxima concentração de outras substâncias deverá seguir os limites de


tolerância publicados na NR-15 (Atividades e Operações Insalubres) do Ministério
do Trabalho e Emprego ou em recomendações mais restritivas (ACGIH – American
Conference of Governmental Industrial Hygienists) e que possam resultar na
exposição do colaborador acima desse limite de tolerância.

 Periodicidade das inspeções

Normalmente são adotados em planejamento três tipos e períodos de inspeções:

1. Semestral;
2. Anual;
3. Bienal.

No caso de chuvas intensas, alagamentos, obras em decorrência de acidentes


com o saneamento básico (esgoto) ou outras ocorrências não determinadas,
próximas as Câmaras Transformadoras, deverão ser programadas inspeções
adicionais.

 Relatório de Inspeção

O órgão responsável pela execução do serviço de inspeção deverá emitir


relatório das anomalias e encaminhá-lo para providências de manutenção.

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O responsável pela manutenção com informações do relatório de inspeção,
juntamente com as principais ocorrências nas CT’s analisam as anomalias e
providenciam a sua regularização.

AULA 04

Nesta aula, você vai aprender sobre todos os mecanismos de proteção


individual utilizados em seu dia a dia.

Mas para falar deste assunto, vamos ver como a proteção se encontra na
natureza.

Desvendando:

A proteção da natureza
e a natureza da proteção.

Vamos conversar agora sobre o mecanismo de proteção dos seres vivos.

Sabemos que a prioridade dos seres mais simples, até os mais complexos, é
a proteção.

Cada ser vivo tem uma proteção adequada para seu habitat, ou seja, para o
lugar onde vive e onde se relaciona com o seu mundo.

Agora que vimos que mesmo os pequenos animais têm suas próprias defesas,
vejamos a diferença entre a proteção de dois animaizinhos.

Tartaruga: a tartaruga tem como proteção natural


seu casco, formado por um material extremamente resistente.

Para se ter uma ideia desta resistência, índios utilizam o tracajá, espécie
de tartaruga, para a fabricação de instrumentos musicais e de utensílios como
facas.

29
Esta resistência garante ao animal proteção contra predadores e contra
choques mecânicos.

Figura do casco do tracajá: Índios aproveitam a resistência do casco desta


tartaruga para a produção de instrumentos musicais.

Caramujo: a proteção natural do caramujo é muito parecida com a da


tartaruga. Sua função é a mesma, ou seja, proteção contra choques mecânicos e
contra predadores. Sua concha em muito se assemelha às conchas que vemos nas
praias.

Mas se a função é a mesma, por que o material da casca da tartaruga é


diferente do da concha do caramujo?

Como já vimos, cada animal vive em um ambiente diferente. A casca


da tartaruga é mais resistente porque este animal vive em ambientes onde
a maior resistência é desejável.

A tartaruga vive em ambientes onde os riscos requerem maior durabilidade


de seu Mecanismo de Proteção Natural. Ou seja, o casco da tartaruga é ideal para
o combate aos seus riscos.

Já o caramujo necessita de sua concha, e não de uma casca pesada como a


da tartaruga. Os perigos que ele pode enfrentar são anulados pela sua proteção
natural, e esta é a sua melhor forma de garantir a segurança.

Agora, vamos resumir toda a história?

A tartaruga não viveria com a proteção destinada ao caramujo, e nem o


próprio caramujo viveria com a proteção destinada à tartaruga. A natureza deu a
cada animal o seu modo de defesa ideal para cada ambiente, para cada risco.

A natureza seleciona suas ferramentas de proteção!!!

Assim, cada mecanismo de defesa é adequado para a segurança dos


animais.

30
Mas antes, vamos definir o que é EPI? Veremos a sua explicação e
importância da utilização no dia a dia.

Todas as Proteções:
A autorização para entrada incluirá uma lista de equipamentos de proteção
necessários para uso no espaço confinado conforme determinação do SESMT da
Contratada.

a) Olhos e proteção da face - Óculos de segurança e protetor facial para serviços


de solda, esmeril e/ou desbaste.

b) Proteção de cabeça - Capacetes.

c) Proteção de pé - Calçado de segurança e/ou bota de borracha.

d) Proteção de corpo - Todo o pessoal que entra em um espaço confinado deverá


usar vestimenta adequada conforme ambiente.

e) Proteção de ouvido - Protetor auricular.

f) Proteção respiratória - será determinado pelo SESMT da Contratada nas


condições em que o teste e a atividade de trabalho a ser executada assim o
exigirem.

g) Proteção de mãos - Se as mãos são expostas para desbastar superfícies ou


extremidades afiadas, o grau de proteção pode variar de luvas de couro à de malha
de metal dependendo do material a ser trabalhado. Luvas impermeáveis serão
usadas para proteger contra materiais tóxicos ou irritantes. Luvas isolantes para
trabalho com eletricidade.

EPI – Equipamento de Proteção Individual

EPIs são equipamentos de segurança, de uso individual, que permitem a


proteção do trabalhador em suas tarefas.

O uso dos EPIs é obrigatório em qualquer situação de trabalho. A sua


utilização garante ao trabalhador os requisitos mínimos de segurança em suas
tarefas do dia a dia.

31
Todos estes equipamentos de segurança devem respeitar algumas
exigências, para a própria segurança do trabalhador.

Para melhorar o nosso entendimento, que tal a divisão destas exigências


entre “deveres e direitos do trabalhador”?

Direitos do trabalhador:

 Utilizar o EPI apenas para a sua finalidade;


 Responsabilizar-se pela conservação;
 Observar e comunicar ao superior imediato alterações que tornem o uso do
EPI inadequado;
 Seguir as adequações de utilização, em acordo com a determinação do
empregador;

Deveres do trabalhador:

 A utilização do EPI em todas situações que se façam necessárias;


 Utilização do EPI em todas situações que se façam necessárias;
 Utilização de EPIs aprovados por órgãos competentes;
 Receber orientações sobre o correto uso de cada EPI;
 Utilização do EPI em todas situações que se façam necessárias;
 Receber o EPI limpo e periodicamente revisado.

Proteção da Cabeça: A finalidade do capacete é a proteção da cabeça contra


impactos físicos, em trabalho a céu aberto, choques elétricos e irradiação solar.

Existem três tipos de capacetes.

Cada capacete oferece a segurança específica ao trabalhador. A escolha


deve levar em consideração o tipo de serviço e as especificações determinadas
pela empresa.

32
Vamos fazer um exercício mental? Imagine uma situação em que um
trabalhador está atuando em área aberta, e utilizando um capacete de segurança
tipo aba frontal com protetor facial...

Muito bem! Agora que estudamos a proteção para a cabeça, vamos conhecer o
próximo item de segurança?

Proteção para membros superiores

 Braços e Mãos:
Iremos estudar todos os EPIs responsáveis pela segurança dos braços e das
mãos.

A finalidade deste EPI é a de Proteção das mãos e braços contra qualquer


risco à saúde em que o trabalhador esteja sujeito.

Como a saúde do trabalhador está em primeiro lugar, seu uso é obrigatório.

Mas para melhor compreendermos este item, que tal se falássemos das
Luvas de Segurança?

Você sabe quais os tipos de Luvas de Segurança que você pode usar?
Clique em mais para conhecê-los.

Primeiramente, vamos estudar a Luva Isolante de Borracha.

33
Luva de Segurança Isolante de Borracha: a finalidade destes EPI
é a proteção das mãos e antebraço do empregado contra choque
em trabalhos e atividades com circuitos elétricos energizados.

Para cada Luva Isolante de Borracha, há uma finalidade. Lembra-se


da história da Tartaruga e do Caramujo?

Como na história dos nossos animais, cada Luva de Segurança é


apropriada para um tipo de proteção. Vamos ver uma tabela explicativa?

Tabela Explicativa – Luvas de Segurança

Você não poderá utilizar uma Luva de Segurança tipo tarja amarela em
trabalhos de Classe III, ou seja, equipamentos ou sistemas com potencial de 26,5kV.
A proteção deste EPI é específica para a classe II. O uso de luvas com classes
menores em exposições em KVs maiores trará riscos graves ao trabalhador.

Devemos nos atentar muito com o uso dos EPIs. Respeitar a natureza de cada
ferramenta de proteção é de muita importância para a saúde!

34
Conhecimento do EPI e de suas funções
Mas o uso correto não é tudo. Outro ponto importante é a conservação do
seu EPI.

Limpeza e Conservação da Luva de Segurança Isolante de


Borracha:

Lavar com água e detergente neutro;

Lavar com água;

Secar ao ar livre e a sombra;

Polvilhar, externa e internamente, com talco industrial;

Armazenar em bolsa apropriada, sem dobrar, enrugar ou


comprimir;

Armazenar em local protegido da umidade, ação direta de


raios solares, produtos químicos, solventes e fumos;

Para garantir a segurança, é muito importante, antes do uso, realizar o teste de


inflamento para avaliação visual da luva em busca de rasgos, furos, ressecamentos, etc.

Luva de Segurança em vaqueta:

A finalidade da Luva de Segurança em vaqueta com dorso de


lona é de oferecer proteção às mãos e aos braços do empregado
contra agentes que causam ferimentos, como arranhões.

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Estas luvas são especiais por apresentarem costura reforçada.
Seu reforço é ideal para trabalhos que possam causar problemas às
mãos, como calos.

Armazená-la em local protegido dos raios solares e de outras


fontes de calor

Limpá-la com pano limpo e umedecido, somente em água

Secá-la somente a sombra, para evitar ressecamentos

Luva de Segurança em borracha nitrílica:

A finalidade da Luva de Segurança em borracha nitrílica é de oferecer proteção às


mãos e aos punhos do trabalhador contra agentes químicos e biológicos.

Você sabe o que são agentes químicos e biológicos?

Agentes químicos são substâncias encontradas no dia a dia do trabalhador. Solventes,


graxas e muitos óleos são exemplos comuns. O contato com tais substâncias pode causar
problemas na pele, como alergias.

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Agentes biológicos são substâncias encontradas na própria natureza. Alguns destes
agentes podem causar doenças, como, bactérias ou fungos encontrados no solo ou em
materiais, como a madeira. É comum, também, encontrar substâncias infectantes em lixos
hospitalares.

Acabamos de compreender que existem substâncias potencialmente


prejudiciais à saúde no ambiente de trabalho. Por isso, o conhecimento de nossas
proteções é essencial.

Conservação e Higienização da Luva de Segurança em borracha nitrílica:

Armazená-la em saco plástico limpo e em ambiente seco;

Secá-la a sombra.

Luva de Segurança em PVC (Hexanol):

A finalidade da Luva de Segurança em PVC é de oferecer


proteção às mãos e aos punhos do trabalhador contra substâncias que
contêm óleo, solvente e graxa.

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Como todas as outras, esta luva garante ao trabalhador a segurança mínima em seu
dia a dia.

Conservação e Higienização da Luva de Segurança em PVC:

Lavá-la somente com água;

Secá-la a sombra;

Nunca molhar o forro;

Preservá-la em local livre dos raios solares e de outras fontes


de calor;

Embora a Luva em PVC seja reutilizável, seu uso deve ser descartável quando há o
manuseio de produtos contaminamos por PCBs.

Mas o que é PCB?

PCB, do nome em inglês Polychlorinated biphenyls, se trata de um composto químico


utilizado como líquido refrigerador para transformadores e capacitares elétricos.

Seu uso se deu em 1929, como alternativa mais segura aos resfriadores até então
utilizados.

Entretanto, seu uso foi proibido nos anos de 1970, por ser considerado prejudicial à
saúde.

Por isso, o recado: Nunca reaproveite seu EPI em caso de contato com esta substância.

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Proteção dos membros inferiores:

A finalidade destes EPIs é a de Proteção dos membros inferiores, ou seja, dos pés e
pernas contra choques mecânicos e elétricos.

Estes EPIs também previnem o contato direto do trabalhador com agentes químicos e
biológicos. Para saber como se proteger, clique no botão abaixo.

Calçado de Segurança tipo bota de borracha (cano longo):

A finalidade do Calçado de Segurança tipo bota de borracha – cano


longo é a de oferecer aos pés e pernas do trabalhador proteção a umidade e
agentes químicos agressivos, além de prevenir escorregões.

Riscos do cotidiano: produtos corrosivos à pele, como ácidos;

Por isso, o uso do EPI adequado para cada diferente situação é vital.

Como conservar a Bota de Borracha – cano longo:

Lavá-la com água e sabão neutro;

Secá-la por dentro e por fora somente com papel-


toalha ou pano limpo

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Guardá-la em local seco e limpo, livre de poeira

Mantê-la distante de fontes de calor, como raios solares

Nunca deixá-la próxima a produtos químicos, solventes,


vapores e fumos

Vestimentas de segurança

A finalidade destes EPIs é a de oferecer proteção ao trabalhador nas regiões


do tronco e membros superiores e inferiores.

Os riscos isolados por estas vestimentas são:

 Riscos Elétrico;
 Impacto de partículas;
 Queimaduras;
 Respingos de produtos químicos;

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Para se proteger destes riscos, o trabalhador deve saber qual a vestimenta
adequada para cada situação. Para aprender a fazer a escolha correta, clique no
botão, abaixo.

Níveis de Proteção

Classificação americana
O órgão americano envolvido na proteção do trabalhador é a EPA (Environmental
Protection Agency - Agência de Proteção Ambiental) que, através de um manual,
definiu quatro níveis de proteção - A, B, C e D - contra agentes químicos tóxicos.
Os níveis variam do menor (nível D) para o maior (nível A).

Classificação europeia
Através do Comitê de Padronização de Produtos para o Mercado Comum Europeu,
foram estabelecidas classificações para as roupas de proteção química. Essa
classificação apresenta 6 níveis de proteção, que variam do tipo 1 (maior nível de
proteção) ao tipo 6 (menor nível de proteção).

Roupa de Proteção Nível A - Tipo 1;

Roupa de proteção Nível B - Tipo 2 e 3;

Roupa de proteção Nível C - Tipo 4 e 5;

Roupa de proteção Nível D - Tipo 6.

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Roupa de proteção Nível A - Tipo 1

O macacão é totalmente encapsulado, com costuras


termos selados. O capuz, com visor com tripla camada é acoplado à roupa e
apresenta válvula de exaustão.

O macacão pode ser utilizado com cilindro


autônomo de ar ou com ar mandado, dependendo do modelo selecionado.

Apresenta luvas com proteção interna e camada externa. As pernas do


macacão apresentam tripla proteção: meias internas em forma de botas, aba
externa à bota e proteção para os joelhos.

Uso a que se destina: Proteção em operações em que exista risco de contato


com agentes químicos danosos, nas formas líquida e gasosa.

Roupa de proteção Nível B - Tipo 2 e 3


Descrição e Uso

Esta roupa é especial para combate a substâncias químicas em condições que


não ofereçam risco máximo à pele. Portanto, as roupas nível B podem não ser
conectadas às luvas e botas. No entanto, assim como nas roupas nível A,
oferecem proteção respiratória máxima pois estão associadas a equipamentos
respiratórios autônomos. Em cenários acidentais onde há intenso risco ao sistema
respiratório, mas com menor risco de danos por contato com a pele.

Roupa de proteção Nível C - Tipo 4 e 5


Descrição e Uso
Roupa que oferece proteção química contra respingos, confeccionada em
uma peça inteiriça ou duas peças. As luvas, botas e sistemas de proteção
respiratória são utilizados independentemente. Assim como nas outras roupas, a
eficiência contra produtos químicos depende do material com o qual é
confeccionada.

O grau de proteção da roupa nível C para a pele é idêntico ao nível B, mas


o grau de proteção respiratória é inferior. Pode ser utilizada com equipamento
autônomo de proteção ou com máscaras com filtros químicos, dependendo da

42
situação. O ambiente deve estar caracterizado e as substâncias envolvidas, bem
como suas concentrações devem ser conhecidas.

Roupa de proteção Nível D - Tipo 6


Indicadas para proteção em operações em que exista risco de contaminação
com partículas secas e úmidas ou agentes químicos na forma líquida maiores que
0,5 micron, tóxicas ou alergênicas.

Uso a que se destina: Proteção em operações em que exista risco de


derramamento de agentes químicos danosos na forma líquida.

Proteção dos Olhos

Óculos de Segurança – lente incolor: a finalidade dos Óculos de


Segurança – lente incolor é a de proteger os olhos do trabalhador contra
impactos mecânicos, poeira e outras partículas suspensas no ar.

Conservação e Higienização dos Óculos de Segurança – lente


incolor:

Lavá-los com água e sabão neutro, antes do uso;

Secá-los somente com papel absorvente;

O papel não poderá ser friccionado na lente, pois isso poderá


arranhá-la;

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Após o uso, aplicar líquido ante embaçante às duas lentes;

Guardá-los na bolsa original, com a face voltada para cima;

Quando fora de uso, não os abandonar em locais onde possam riscar


as lentes ou desgastá-los devido, por exemplo, a agentes químicos.
Descuidos desta natureza podem comprometer a segurança do
trabalhador durante a execução de suas atividades.

Proteção Auditiva:

Protetor Auditivo tipo Concha:

A finalidade do Protetor Auditivo tipo Concha é a de


oferecer proteção aos ouvidos do trabalhador em locais onde há muitos ruídos

A correta utilização deste EPI evita lesões nos ouvidos do trabalhador, que,
em muitos casos, são irreversíveis, como a surdez.

No ambiente de trabalho, muitos maquinários produzem ruídos acima do


que o ouvido humano pode suportar.

Portanto, nestes ambientes barulhentos, os Protetores Auditivos são os


melhores mecanismos para assegurar a saúde do trabalhador.

Conservação:

Lavá-lo com água e sabão neutro, exceto as espumas


internas das conchas;

44
Substituir as espumas internas e almofadas externas das
conchas, quando sujas, endurecidas ou ressecadas;

Guardá-lo em embalagem adequada, protegido de raios


solares e de outras fontes de calor;

Protetor Auditivo tipo Inserção (“plug”)

A finalidade do Protetor Auditivo tipo Inserção é a de


oferecer proteção aos ouvidos do trabalhador em locais que apresentem ruídos
excessivos.

Como ambos os Protetores Auditivos – Concha e Inserção – têm a mesma


finalidade, a escolha deve levar em consideração os seguintes tópicos:

 Conforto;
 Tempo de uso;
 Compatibilidade com outros EPIs;
 Nível de redução de ruído do protetor.

Assim, o uso do protetor dependerá de sua adequação com o ambiente de


trabalho.

O Protetor tipo Concha é mais fácil de ser colocado, porém poderá ser
desconfortável em ambientes quentes.

O Protetor tipo Inserção é mais leve, porém são mais difíceis de serem
colocados corretamente.

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Conservação:

Lavá-lo com água e sabão neutro;

Guardá-lo em embalagem, protegido dos raios


solares e de outras fontes de calor;

Proteção Respiratória

Respirador de Proteção semifacial filtrante


(descartável)
A finalidade do Respirador de proteção semifacial filtrante é a de oferecer
ao trabalhador proteção respiratória em atividades e ambientes que apresentem
partículas nocivas à saúde, como poeiras e névoas tóxicas.

Respirador de Proteção semifacial (com filtro)

A finalidade do Respirador de proteção semifacial com filtro é


a de oferecer ao trabalhador proteção respiratória em ambientes saturados por
gases emanados por produtos químicos e partículas sólidas (poeiras) de materiais
diversos.

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É importante notar que o filtro deste respirador deve ser
trocado logo que sujeiras fiquem visíveis.

O respirador deve ser higienizado com água e sabão neutro. A viseira não
deve ser atritada, a fim de evitar que a película protetora
seja removida. Uma flanela é indicada para a limpeza.

Respirador de adução de ar (máscara autônomo)

A finalidade do Respirador de adução de ar é a de oferecer ao


trabalhador proteção respiratória em ambientes com concentração de gases
tóxicos concentrados.

O Respirador Autônomo foi projetado para atender


qualquer situação de emergência. Completo e com diversos
dispositivos de segurança. Pode ser utilizado em ambientes
com aplicações químicas, biológicas, radiológicas e
nucleares. O único equipamento com redutor de pressão
redundante, com transferência automática em caso de
falha, o que garante o fluxo constante de ar e proporciona
uma segunda oportunidade para abandono do local de
emergência.

O respirador autônomo deve ser higienizado com água e sabão neutro. A


viseira não deve ser atritada, a fim de evitar que a película protetora seja
removida. Uma flanela é indicada para a limpeza. A bomba de oxigênio não deve
ser amassada, e a sua recarga deve ser realizada periodicamente, segundo as
determinações do fabricante.

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Proteção contra quedas com diferença de nível

Você sabia que o uso do Cinturão de Segurança é obrigatório em qualquer trabalho


com altura superior a 2 metros?
Para muitas pessoas, 2 metros de altura pode parecer pouco para o uso de
equipamentos de segurança, mas uma queda desta altura pode ocasionar lesões
gravíssimas.

A seguir, conheceremos os EPIs responsáveis pela segurança do trabalhador


em atividades acima de 2 metros. Mas antes, que tal verificarmos algumas
recomendações?

SEGURANÇA

Recomendações prévias para o uso dos Cinturões de Segurança:

 Antes e após a utilização, o trabalhador deverá verificar se o Cinturão


de Segurança apresenta algum defeito em suas partes, como na
costura ou nas fivelas;

 O tamanho do Cinturão de Segurança deverá ser adequado ao porte


físico do trabalhador. Nunca provocar furos adicionais em qualquer
parte do equipamento;

 O cinturão de Segurança deverá ser ajustado para o uso abaixo da


linha da cintura. O ajuste do abdome deve contemplar a coluna
lombar. As fivelas das coxas e peito também devem ser ajustadas, de
forma que o equipamento não fique “pendurado” nos ombros.

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Cinturão tipo Paraquedista

A finalidade do Cinturão tipo Paraquedista é a de oferecer proteção


ao trabalhador contra quedas durante atividades em altura.

A correta utilização deste EPI garante ao trabalhador a segurança


vital. Para garantir a maior durabilidade e estabilidade do Cinturão de Segurança,
os itens de Conservação e Higienização devem ser seguidos

Conservação e Higienização:

Lavá-lo com água e sabão neutro;

Após enxaguá-lo com água limpa, retirar o excesso


com umidade com pano limpo e seco;

Secá-lo em local ventilado, a sombra.

Deixá-lo distante de produtos químicos.

Nunca os lavar em caso de contato com produtos


químicos. O procedimento é encaminhá-lo para a
realização de testes.

Após o uso, nunca o atirar ao solo, mas descê-lo do


local juntamente com o trabalhador.

Após lavar, aplicar óleo apropriado nas partes de


couro, para a conservação

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Trava-quedas com Mosquetão

A finalidade do Dispositivo trava-queda é a de oferecer


proteção ao trabalhador contra quedas em trabalhos com diferença
de nível. Este EPI é utilizado em conjunto ao Cinturão de Segurança
tipo Paraquedista.

Este equipamento permite livre movimento numa corda


vertical tanto na subida como na descida. Porém, no caso de queda
do usuário, ele trava, interrompendo-a.

O Dispositivo trava-queda é como se fosse um “braço amigo”. Ele é um item


de segurança que trabalha em conjunto ao Cinturão de Segurança. E como sabemos
que segurança nunca é demais...

 Observar a posição correta de instalação (seta de indicação para cima);


 Qualquer modificação de componentes neste EPI é estritamente proibida;
 Em caso de queda, deterioração e qualquer reparação, enviar o
equipamento ao fabricante ou ao seu representante;
 Inspecionar visualmente antes de qualquer utilização;
 Durante a utilização, mantê-lo com ângulo sempre maior que zero.

Conservação e Higienização:

Escovar as partes metálicas com escova macia, após o uso;

Se molhado, secá-lo a sombra e em local ventilado;

Guardá-lo protegido da umidade e dos raios solares;

50
Mantê-lo afastado de produtos químicos.

Kit de salvamento em altura:

Ele acompanha os três equipamentos básicos para este tipo de atividade: Cinto
Abdominal e Cinto Peitoral, Capacete, e Mosquetão em aço trava automática e
Luva sem dedo com proteção na palma.

Proteção coletiva

 Exaustor;
 Tripé;
 Iluminação;
 Bomba portátil com resistência química.

EXAUSTOR E INSUFLADOR PORTÁTIL:

Trabalhos em áreas confinadas são uma das maiores causas de acidentes


graves. Seja por ocorrência de explosão, incêndio ou asfixia, estes acidentes em
muitos casos têm consequências fatais.
No Brasil os trabalhos em ambientes confinados estão regulamentados pelas normas
NBR-14787 e NR-33.

A exaustão e/ou insuflamento dos ambientes confinados tem como objetivo


principal reduzir a concentração de substâncias tóxicas e/ou perigosas presentes
na atmosfera do ambiente confinado, seja antes do início dos trabalhos seja no
decorrer destes. O exaustor e insuflador portátil AtS-250-P foi desenvolvido
exatamente para estas aplicações.

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Com a maior vazão e pressão na sua classe de potência, o equipamento oferece
baixo peso, baixo nível de ruído, mangueiras super flexíveis e total portabilidade.
É fornecido montado, pronto para o uso e possui uma variada linha de acessórios.

Tripé
Tripé padrão para trabalhos em espaços confinados com hastes
confeccionadas em perfil estrutural tubular de alumínio. Pernas com 14 pontos
para regulagem de altura (um a cada 60 mm).

Regulagem mínima de altura 1500 mm e máxima de 2150 mm, junção de


topo em liga leve de alumínio com duas polias-guia para cabo de aço, e três pontos
de ancoragem adicionais para a fixação de dispositivos auxiliares.Sapatas em liga
leve de alumínio, com base de borracha antiderrapante, e furação para a passagem
da corrente de travamento de segurança das pernas. Junção de topo, sapatas e
hastes superiores com pintura epoxi sobre superfície anodizada.

Iluminação
O que não podemos esquecer é a iluminação de emergência, pois os espaços
confinados possuem características físicas bem diferentes uns dos outros, como,
por exemplo, tubulações em que seja necessário aplicar uma solda. Tanto o
trabalhador, como o vigia devem ter em mãos uma lanterna, pois em caso de
emergência, ela também é muito utilizada, como falta d eenergia elétrica. A
lanterna do vigia pode servir como guia para saída do trabalhador e a do próprio
trabalhador para iluminar o caminho e prevenir dos possíveis obstáculos.

Bomba Química Horizontal

É composta por bombas monobloco de montagem horizontal, são ideais


para para o bombeamento de fluidos em aplicações específicas, pois sua
composição é feita por materiais como o Polipropileno, Teflon ou PVDF, os quais
são excelentes para evitar corrosão. As bombas podem atingir vazões de até
130m³/h com alturas de descarga de até 75mcl. Logo, se a aplicação é para

52
fluidos corrosivos ou abrasivos essa é a bomba ideal. As bombas possuem vedação
por SELO MECÂNICO.

Selo Mecânico

Essa selagem é complementar a selagem hidro centrífuga. Nesse caso, as


bombas possuem um selo mecânico com face giratória retrátil, que impulsionado
pela força centrífuga tem uma retração. Dessa forma, a selagem mista faz a
vedação como a hidro centrífuga enquanto a bomba está em funcionamento, e
uma vez desligada, o sistema de selo mecânico é acionado fazendo a vedação da
bomba mesmo quando desligada.

Hoje os meios e formas de sinalização são imprescindíveis para o


funcionamento de informações simples e rápidas!

Precisamos nos comunicar de forma correta para não acontecer....

As placas de sinalização por exemplo, emitem de forma rápida e precisa a


informação, fazendo com que o receptor entenda a mensagem e saiba como
proceder.

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Com relação aos espaços confinados, vamos conhecer algumas sinalizações?

 Bandeirola;
 Lanternas Sinalizadoras;
 Placas Sinalizadoras.

Placas de advertência devem ser afixadas próximos aos locais de risco.

Os transformadores devem estar em local adequado, protegidos por cerca e


sinalizados

Para cada cadeado de isolamento deve existir uma etiqueta de advertência


amarela.

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Etiquetagem e Trava

Bloqueador para Plugues


Permite o bloqueio de plugues e tomadas, garantindo que o equipamento
não seja energizado

Trava de Registro
As Travas de Registro são um modo seguro e econômico de bloquear os
registros e prevenir lesões causadas pelo manuseio indevido ou erro humano.

O operador coloca um cadeado para fechar o dispositivo de proteção da Trava de


Registro e o mesmo fica bloqueado.

Garra de Travamento
Os procedimentos de travamento devem assegurar que todo maquinário
permaneça bloqueado até a conclusão de um reparo ou inspeção.

55
Usando a garra de travamento, cada pessoa envolvida fica responsável por
colocar um cadeado na garra de travamento, que não pode ser aberta até que
todos os cadeados tenham sido retirados.

Para que os Sistemas de Bloqueio e etiquetagem sejam eficazes, é


importante adotar procedimentos tanto para a instalação como para a retirada das
sinalizações.

IMPORTANTE:
Identificar todos os pontos de bloqueio que serão necessários para
isolamento de cada espaço confinado como válvulas, chaves, disjuntores,
comportas entre outros.

Analisar e definir todos os tipos de bloqueio, assim como quantidades de


cadeados e etiquetas;

Objetos proibidos de serem utilizados em espaços


confinados
 Cigarros: Nunca fume no espaço confinado;
 Telefone Celular: Não deve ser utilizado como aparelho de comunicação em
espaço confinado;
 Velas, Fósforos e Isqueiros: Não devem ser utilizados objetos necessários à
execução do trabalho que produzam calor, chamas ou faíscas;
 Todo material necessário deve estar previsto na Folha de Permissão de
Entrada.

Medidas técnicas de prevenção


O que diz a norma
33.3.2 – Medidas técnicas de prevenção.

a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de


pessoas não autorizadas;

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b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;

c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos,


ergonômicos e mecânicos;

d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;

e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos


atmosféricos em espaços confinados;

f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores,


para verificar se o seu interior é seguro;

g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização


dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o
espaço confinado;

h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os


trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar
se as condições de acesso e permanência são seguras;

i) proibir a ventilação com oxigênio puro;

j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização;

k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de


alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências
de radiofrequência.

3.3.2.1. Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de


movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços
confinados;

33.3.2.2 Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou


possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da
Conformidade - INMETRO.

33.3.2.3 As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço


confinado.

33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou


explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento,
corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor.

57
33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação,
soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática,
queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e
outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores.

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MODULOIII

 Deveres do empregador e colaborador;


 Direitos do empregador e colaborador;
 Medidas de Resgate Atribuições

AULA 01

Deveres do empregador:

1. Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;

O responsável técnico será a pessoa que irá garantir que sejam seguidas as
regras constantes desta norma, assegurando, assim, a segurança dos colaboradores
nos espaços confinados.

Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua


segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento.

2. Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;

Galerias, tanques de armazenamento, tubulações e silos são alguns dos


espaços confinados que podem ser encontrados em estabelecimentos como, por
exemplo, indústrias de papel e celulose, naval e operações marítimas, químicas e
petroquímicas entre outras.

3. Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;

59
Ao entrar em um espaço confinado, devemos
saber que estaremos expostos aos seguintes riscos:

• Falta ou excesso de oxigênio;


• Incêndio ou explosão, pela presença de gases inflamáveis;
• Intoxicações por substâncias químicas;
• Infecções por agentes biológicos;

 Afogamentos;
 Soterramentos;
 Quedas;
 Choques elétricos;

Não podemos esquecer que todos estes riscos podem nos levar à morte,
por isso a importância de que estes estejam sinalizados na entrada do espaço
confinado.

4. Fornece às empresas contratadas informações sobre os riscos potenciais nas


áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus
colaboradores;

Quando o serviço for terceirizado a empresa contratante será responsável


por cientificar a empresa contrada dos riscos a que estarão expostos os
colaboradores e verificar se todos os colaboradores têm qualificação para
desenvolver atividades em espaço confinado.

Riscos de choque elétrico por contato com partes metálicas que,


acidentalmente, podem ter tensão;

Quedas de objetos no interior enquanto se está trabalhando;

Deficiência de oxigênio (asfixia): concentrações de oxigênio abaixo de


19,5%, sendo que abaixo de 18% o risco é grave e iminente. A deficiência de
oxigênio pode ser por deslocamento (ex: vazamento de nitrogênio no espaço
confinado) e consumo de oxigênio ex: oxidação de superfície metálica no interior
de tanques);

60
Enriquecimento de oxigênio: concentrações de oxigênio acima de 23,5%
(ex: ventilar oxigênio para o espaço confinado);

Intoxicação: contaminantes com concentrações acima do Limite de


Tolerância até Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde – IPVS (ex: monóxido de
carbono LT acima de 25 ppm e IPVS de 1200 ppm);

Incêndio e explosão: presença de substâncias inflamáveis, tais como, metano,


acetileno, GLP, gasolina, querosene, etc.

5. Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços


confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de
emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes e
condições adequadas de trabalho;

6. Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos


colaboradores das empresas contratadas, provendo os meios e condições para
que possam atuar em conformidade com esta NR;

O acompanhamento destas implantações deverá


ser feito pelo supervisor e/ou vigia que certificará que
tudo estará dentro da NR, para que os riscos possam
ser minimizados.

61
7. Implementar as medidas de proteção necessárias para a execução de
trabalho seguro em espaço confinado;

Antes de entrarmos no espaço confinado devemos estar com os


equipamentos para proteção como luvas, capacetes, roupas adequadas, lanternas,
máscaras de respiração, além de ter os equipamentos de comunicação e resgate
em condições de uso.

8. Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes


de cada acesso aos espaços confinados;

Conforme vamos trabalhando no espaço


confinado, este vai sofrendo alterações em seu
interior e isso pode acarretar o acréscimo de
riscos que estaremos expostos ao entrar
naquele espaço.

A empresa responsável pelo trabalho


deve estar sempre atualizando as informações de riscos para que estejamos cientes
desses novos riscos.

9. Garantir a capacitação permanente dos colaboradores sobre os riscos, as


medidas de controle, de emergência e resgate em espaços confinados;

Estarmos devidamente capacitados, garantirá que temos o conhecimento


necessário para desenvolver as atividades dentro do espaço confinado, diminuindo
os riscos de acidentes causados por falhas humanas.

62
10. A empresa deve providenciar folha de Permissão de Entrada, Supervisor de
Entrada e Vigia e Equipamentos de Proteção Individual;

Para entrar no espaço confinado precisamos da Permissão de Entrada, a qual


nos qualifica como aptos a desenvolver trabalhos dentro do espaço.

11. Garantir que o acesso a espaço confinado somente ocorra após a emissão,
por escrito, da Permissão de Entrada, restringindo o acesso a todo e qualquer
espaço que possa propiciar risco à integridade física e à vida;

O acesso a espaços confinados oferece riscos à


vida do colaborador. Esse acesso deve ser restrito e
liberado apenas para o colaborador que tiver a
Permissão de Entrada.

63
12. Garantir que os colaboradores possam interromper suas atividades e
abandonar o local de trabalho sempre que suspeitarem da existência de risco
grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros.

A segurança dos colaboradores deve vir em primeiro


lugar, e ser assegurada, de forma que estes possam sair do
espaço confinado quando houver indícios de risco à sua vida
e saúde.

Deveres do colaborador:

1. Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua


segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

Você sabia que como nós entramos no espaço confinado com maior
frequência que o Vigia e o Supervisor de Entrada temos um maior conhecimento
daquela área e teremos um maior conhecimento dos riscos lá

Devemos sempre alertá-los quanto a riscos que eles mesmos desconheçam, pois
assim serão tomados procedimentos para que esses riscos sejam minimizados.

2. Fazer os exames médicos;

Ao realizar exames médicos teremos registradas em que condições entramos


para trabalhar em espaço confinado e em que condições iremos sair deste trabalho.

64
3. Utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;

Os equipamentos de proteção aumentam


a nossa segurança dentro do espaço
confinado, devemos estar sempre com estes
equipamentos em condições de uso para que
exerçam sua função corretamente.

Abaixo veremos alguns dos materiais a serem fornecidos:

 Equipamentos de detecção de gases e vapores;


 Equipamentos de ventilação mecânica;
 Equipamentos de comunicação;
 Equipamentos de iluminação;
 Equipamentos de proteção respiratória;
 Equipamentos de proteção individual;
 Equipamentos de primeiros socorros.

4. Participar dos treinamentos e seguir as informações de segurança;

Os treinamentos são de extrema importância,


pois neles adquirimos o conhecimento necessário
para trabalharmos em um espaço confinado, como,
por exemplo, o que é um espaço confinado, quais a
características, os riscos e muito mais.

5. Cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com


relação aos espaços confinados;

Os procedimentos que são nos passados, são para a nossa segurança


enquanto estivermos dentro do espaço confinado. Jamais poderemos ignorar ou
desrespeitar os procedimentos que estão determinados na NR.

6. Colaborar com a empresa no cumprimento da NR33.

65
Deveres do vigia e do supervisor
Deveres do vigia:
Conhecer os riscos e as medidas de prevenção que possam ser enfrentadas
durante a entrada;

Estar ciente dos riscos de exposição dos colaboradores autorizados;

Manter continuamente uma contagem do número de colaboradores


autorizados no espaço confinado e assegurar que os meios usados para identificar
os colaboradores sejam exatos na identificação;

Permanecer fora do espaço confinado junto à entrada, durante as


operações, até que seja substituído por outro vigia;

Acionar a equipe de resgate quando necessário;

Operar a movimentação de pessoas em situações normais ou de emergência;

Manter comunicação com os colaboradores para monitorar o estado deles e


para alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;

Não realizar tarefas que possam comprometer o dever primordial que é o


de monitorar e proteger os colaboradores.

Deveres do supervisor:
Conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo
informação sobre o modo, sinais ou sintomas e consequência da exposição;

Conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a permissão


e que todos os testes tenham sido executados e todos os procedimentos e
equipamentos tenham sido listados;

Cancelar os procedimentos de entrada quando necessário;

Verificar se os sistemas de emergência e resgate estão disponíveis e que os


meios estejam operantes;

66
Direitos do empregador e colaborador
Direitos do colaborador
Receber todos os equipamentos de segurança necessários para execução
dos trabalhos: todo colaborador deve receber o equipamento de proteção em boas
condições de uso para que possa trabalhar em segurança dentro do espaço
confinado.

Conhecer os riscos, procedimentos e equipamentos de segurança para


executar o trabalho do colaborador:

Temos o direito de receber informações sobre a quais riscos estaremos


expostos dentro do espaço confinado. Isso nos dará mais tranquilidade para
desenvolver o trabalho.

Entrar em espaço confinado somente após o supervisor de entrada


realizar todos os testes e adotar as medidas de controle necessárias: não
devemos entrar em nenhum espaço confinado caso não tenha havido uma
averiguação das condições de trabalho dentro daquele espaço, há riscos à nossa
integridade física e vida lá dentro.

Conhecer o trabalho a ser executado: umas das formas de nós prevenirmos


dentro do espaço confinado é tendo total conhecimento do trabalho que teremos
de desenvolver lá dentro.

O que nós daremos a possibilidade de fazermos o processo de forma segura


e responsável.

Conhecer os procedimentos e equipamentos de resgate e primeiros


socorros: para que possamos executar trabalhos em espaço confinado, garantindo
nossa segurança é preciso tanto conhecer como aplicar os procedimentos de
trabalho, resgate e primeiros socorros.

67
Medidas de Resgate e Atribuições
Emergência e Salvamento
O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência
e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de


Riscos;

b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas


em caso de emergência;

c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação


de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;

d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das


medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado;

e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em


espaços confinados.

O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve


possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis


cenários de acidentes identificados na análise de risco.

68
Entrada Segura e Check list
Sabemos que os espaços confinados são bem diferentes uns dos outros,
porém os riscos são muito comuns entre eles.

É por isso que devemos avaliar para saber onde estamos pisando.... ou seja,
é necessário avaliar os riscos e determinar as medidas de controle.

Devemos avaliar os riscos atmosféricos e físicos:

Oxigênio: Deve estar acima de 18%, mas não podemos esquecer de


considerar tanto a umidade quanto a pressão do ar, são variáveis importantes!!!

 Espaços Classe A: Aqueles que apresentam situações que são IPVS


(imediatamente perigosos à vida e à saúde).
 Espaços Classe B: Não representam riscos imediatos à vida ou à saúde,
no entanto, têm potencial para causar lesão ou doenças se medidas de
proteção não forem tomadas.
 Espaços Classe C: Não exigem modificações nos procedimentos
habituais de trabalho normal e nem socorro.

Requisito Classe A Classe B Classe C

1. Permissão Escrita

2. Teste de Gás

3. Monitoramento

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4. Exames Médicos

5. Pessoal Treinado

6. Rotulagem e Avisos

7. Preparação:
- Isolamento;
- Bloqueio;
- Etiquetagem.
1. Drenagem e Ventilação

70
Pessoas não autorizadas devem ser mantidas afastadas do local de trabalho
e para isso devem ser utilizadas placas de sinalização, avisos de advertência e
isolamento do local.

Cada trabalhador que irá atuar em espaços confinados deve receber por
escrito a Permissão de Entrada.

A permissão de entrada por escrito deve estar à disposição de todas as


pessoas que ingressarão no espaço confinado, e sua vigência deve estar de acordo
com o tempo necessário à realização dos trabalhos.

A permissão de entrada deve garantir a execução de todos os


procedimentos de forma correta e segura.

Para a Permissão de Entrada, ou PET, devemos considerar:


 Quem é este espaço confinado, ou seja, sua identificação e características?
 Qual a necessidade do trabalho?
 Quando e por quanto tempo a permissão deve ser dada?
 Quais os perigos que encontraremos?
 Quais métodos de isolamento adotaremos?

Quais procedimentos serão adotados para:


 Resgate;
 Contatar equipes responsáveis;
 Comunicação entre trabalhadores e vigias;
 Determinação dos EPIs e EPCs.

O trabalhador:
 Já trabalhou em espaços confinados?
 Foi treinando? Possui certificação?
 Sabe identificar riscos?
 Sabe utilizar os EPIs e EPCs?

71
 Conhece o plano de emergência?

O supervisor de entrada:
 Planeja, orienta e acompanha a execução do trabalho?
 Elabora, assina e cancela a PET?
 Analisa o resultado dos procedimentos de medição?
 Acompanha o cumprimento dos procedimentos?
 Certifica-se se os equipamentos e o serviço de resgate estão em condições
perfeitas de utilização?

O Vigia:
 Conhece a realidade do local?
 Controla a entrada de pessoas?
 Controla as atividades dentro e foram do espaço confinado?
 Se comunica com os trabalhares?
 Aciona o resgate se necessário?

Sequência correta para entrada segura em espaços confinados:

1. Limpeza: remova a máxima quantidade de material do interior do espaço


confinado, através de bombeamento, descarga, sucção ou outros meios à
disposição;
2. Isolamento Físico: isole fisicamente o espaço confinado de todos os
produtos perigosos e fontes de energia, por desconexão física ou flange
cego. Considere desconectar fisicamente como sendo a melhor opção;
3. Isolamento Físico: ao desconectar linhas, selecione o ponto mais próximo
do espaço confinado, exceto quando os riscos existentes nessa atividade
forem maiores (ex.: a necessidade de montar um andaime para atingir o
ponto de isolamento);
4. Isolamento Físico: desergenize as bombas de processo que alimentam
linhas para o espaço confinado, por ocasião da instalação ou remoção de
raquete/flange cega, e durante a entrada, caso o isolamento se faça pelo
simples desalinhamento da tubulação;
5. Isolamento Físico: desergenize e bloqueie equipamentos de
movimentação interna (agitadores, raspadores, etc.) ou com partes
energizadas expostas, conforme os procedimentos de Bloqueio de
Equipamentos, Abertura de Linhas ou Equipamentos e Trabalhos com
Eletricidade;

72
6. Isolamento Físico: identifique através de bloqueio administrativo
(etiquetas), todos os pontos desconectados ou isolados fisicamente.
Mantenha “vents” e portas de inspeção abertas.

Permissão de Entrada e Resgate

Vamos então conhecer a Permissão de Entrada de Trabalho, PET?

PET – Permissão de Entrada de Trabalho

É uma ferramenta de prevenção, que visa identificar e avaliar previamente


os riscos quando da execução de trabalhos com potencial para provocar danos às
pessoas e/ou à propriedade.

73
Mas existem outros nomes também como: PPT e PT. Porém, todos
significam a mesma coisa.

E não vamos esquecer!


A PET aprovada ficará de posse do executante do trabalho, devendo ser
apresentada sempre que solicitada.

E para finalizar vamos lembrar o papel tanto do supervisor quanto do


trabalhador:

 Cumprir a Norma de Segurança quanto ao Bloqueio de Fontes de Energia;


 Informar ao Assistente Técnico ou Operador da Área de Produção, ao setor de
Segurança do Trabalho e o setor de Proteção Contra Incêndio, quando for o
caso, sobre a realização do trabalho;
 O trabalho somente poderá ser iniciado após a aprovação da PET;
 Providenciar os materiais necessários para a execução segura do trabalho,
como feltro molhado, manta anti-fogo, isolamento da área e outras medidas
requeridas pela situação;
 Assegurar que as ferramentas, equipamentos de solda e cortes estejam em
conformidade com os requerimentos desta norma;
 Informar ao Assistente Técnico e/ou Operador da Área de Produção, ao setor
de Segurança do Trabalho e/ou setor de Proteção Contra Incêndio, quando do
término dos trabalhos;
 Utilizar Equipamentos de proteção individual previstos para os trabalhos a
serem realizados.

Vamos ver o que diz a Nr33 sobre isso?


3.3.3 Medidas administrativas:

a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos


desativados, e respectivos riscos;

74
b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do
espaço confinado;

c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado,


conforme o Anexo I da presente norma;

d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;

e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo


II desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados;

f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e


Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados;

g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da


Permissão de Entrada e Trabalho;

h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da


Permissão de Entrada e Trabalho;

i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem


completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa
ou interrupção dos trabalhos;

j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho


por cinco anos;

k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para


o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização
do trabalho;

l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada,


identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação
requerida;

m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no


interior dos espaços confinados;

n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com


acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;

o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e


medidas de controle existentes no local de trabalho; e

75
p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a
análise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser
desenvolvido.

33.3.3.1 A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada


entrada.

33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem


ser observadas, de forma complementar a presente NR, os seguintes atos
normativos: NBR 14606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado; e
NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e
Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores.

33.3.3.3 O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo:


objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências,
preparação, emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho,
capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle.

33.3.3.4 Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a


Permissão de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao
ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do
Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.

33.3.3.5 Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser


revistos quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:

a) entrada não autorizada num espaço confinado;

b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;

c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;

d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do


espaço confinado;

76
e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e

f) identificação de condição de trabalho mais segura.

Resgate em espaço confinado?


Vamos agora conhecer os Serviços de Emergência e Resgate!

Quando a empresa possui trabalhadores que executam os serviços de


resgate, deve primeiramente:

 Assegurar a utilização de Equipamentos: - De Proteção Individual - De


Resgate;
 Treinamento destinado aos trabalhadores autorizados;
 Treinamento específico de Resgate;
 Possibilitar a prática através de simulações pelo menos a cada ano;
 Fazer o treinamento de Primeiros Socorros e reanimação cardiopulmonar
(RCP).

No caso de contratação de serviços de terceiros, o empregador deverá


informar quais os riscos e quais os espaços confinados existentes.

Sabemos que os riscos existentes causam uma preocupação muito maior


quando existem pessoas nos espaços confinados.

É neste caso que a equipe de resgate terá maiores dificuldades

Lembre-se dos riscos que já estudamos:

 Deficiência de oxigênio;
 Atmosfera tóxica ou inflamável;
 Choque elétrico;
 Exaustão causada pelo calor excessivo;
 Danos físicos.

77
Desenvolver planos de resgate adequado ao tipo de espaço confinado!

Para a retirada de pessoas sem que a equipe de resgate precise entrar no


espaço, podem ser utilizados os mesmos métodos utilizados pelos trabalhadores
autorizados para entrar nos espaços.

Mas não vamos esquecer que todo o trabalhador autorizado utiliza:

Cinto de corpo inteiro ou de tórax com uma linha de resgate conectada no


centro das costas do trabalhador, próximo do nível dos ombros ou acima da cabeça.

A outra ponta da linha de resgate deverá estar conectada a um dispositivo


mecânico.

Assim o socorrista pode iniciar o resgate rapidamente assim que perceber o


risco.

Este dispositivo deve estar disponível para resgatar pessoas em espaços


confinados verticais com mais de 1,5 metros de altura.

Nós sabemos que cada situação pede uma estratégia específica, porém
vamos apresentar agora os equipamentos e instrumentos podem ser utilizados para
salvamento.

Prancha OffShore

Projetada para o transporte manual de vitimas de acidentes. Dimensionada


para suportar vítimas com peso até 180 kg. Rígida, leve e confortável.Possui
pegadores amplos para facilitar o uso com luvas. Design em ângulo para melhor
acomodação do paciente. Translúcida, para o uso em Raio-X e Ressonância
Magnética.

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Possui aberturas especificas para facilitar a imobilização da vítima.
Possibilita o resgate na água e em alturas. Produzida em polietileno com alta
resistência a impactos. Disponível nas cores amarela e vermelha. A Prancha de
Imobilização possui aberturas específicas para utilização do cinto aranha,
Imobilizadores de Cabeça (coxins) como acessórios e pode ser transportada sobre
qualquer maca da Sitmed.

Ked
Ked para imobilização de coluna no paciente confeccionado em nylon super-
resistente com sistema de engates rápidos em Nylon e de fácil manipulação com
reforço extra nas alças.

Colar Cervical

Um colar cervical é um equipamento médico usado para imobilizar a


medula espinhal e suportar a cabeça do paciente.

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Cinto Tipo Paraquedista

Para trabalhos em altura superior a 2 metros é obrigatório o uso de cinto de


segurança tipo Paraquedista, o qual deverá estar ancorado a uma estrutura capaz
de resistir ao impacto do peso do corpo do usuário.

Corda Estática

Pela definição técnica americana, uma corda estática deve ter o


coeficiente elástico passivo (carga de 90 kg) de menos de 2% e apresentar um
baixo coeficiente de deformação até muito próximo da carga de ruptura. A
especificação de carga obviamente varia de acordo com o diâmetro do material
em questão.

Para se ter um parâmetro comparativo, uma corda de escalada com 11 mm


de diâmetro possui a elongação passiva da ordem de 7,5% e a deformação
máxima próxima da carga da ruptura supera 30%.

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Fitas Tubulares

São fitas têxteis técnicas utilizadas para ancoragens, amarrações, elevação,


entre outras utilidades. São fabricadas com fios têxteis certificados, das melhores
procedências, de origem nacional, em Poliéster, Poliamida (Náilon) e
Polipropileno, de alta tenacidade com grande resistência à tração mecânica.

São fitas têxteis técnicas utilizadas para ancoragens, amarrações, elevação,


entre outras utilidades. São fabricadas com fios têxteis certificados, das melhores
procedências, de origem nacional, em Poliester, Poliamida (Nailon) e
Polipropileno, de alta tenacidade com grande resistência à tração mecânica.

Mosquetão

O mosquetão é um anel metálico que possui um segmento móvel, chamado


gatilho, que se abre para permitir a passagem da corda. É um equipamento típico
de uso em esportes que utilizam cabos (cordas) como item de segurança, como
escalada, espeleologia e canyoning.

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Trifor

O Trifor é um aparelho de tração e elevação com cabo passante que faz as


mesmas funções de um cabrestante, ou diferencial manual, em grandes variedades
de aplicações com vantagens exclusivas.

Escada Prolongável

A escada Prolongável é constituída por dois lanços. O lanço superior


desliza sobre guias que estão no lanço base. Possui trinquetes na extremidade
inferior do lanço superior, cuja finalidade é encaixar e travar nos degraus do
lanço base. É a escada mais utilizada pelo Corpo de Bombeiros. Possui guarnição
própria para seu emprego, embora possa ser manuseada por um ou dois
bombeiros.

82
Ferramentas Pequenas (alicate, chaves de fenda,
chaves combinadas, etc.).

Ferramentas pequenas

Alicate: é uma ferramenta articulada que serve fundamentalmente para


multiplicar a força aplicada pelo usuário para incidi-la sobre o objeto desejado. A
multiplicação de força se dá pelo princípio de alavanca, podendo ser calculada
através das Leis de Newton.

Chave de fenda: a chave de fenda, chave de fendas ou chave de parafusos


é uma ferramenta de metal com cabo de material variado, geralmente plástico ou
acrílico, podendo também ser isolada, de ponta chata e estreita. Sua função é ser
introduzida na fenda de um parafuso (tipo fenda) para girá-lo, apertando-o ou
afrouxando-o.

Chave combinada: a chave combinada também recebe o nome de chave de


boca combinada. Sua aplicação envolve trabalhos com porcas e parafusos,
sextavados ou quadrados. A chave combinada é extremamente prática, pois possui
em uma das extremidades uma boca fixa, e na outra extremidade uma boca
estrela.

A vantagem desse tipo de chave é facilitar o trabalho, porque se uma das


bocas não puder ser utilizada em parafusos ou porcas de difícil acesso, a outra boca
poderá resolver o problema.

83
Desencarcerador hidráulico

Galeria de fotos com dinâmica do corpo de bombeiros em efetivo serviço


com o Desencarcerador Hidráulico:

Equipamento desencarcerador na viatura dos bombeiros;

Vitima recebendo primeiros socorros;

Desencarcerando para dar oxigênio;

Usando desencarcerador para levantar ônibus;

Usando desencarcerador para levantar ônibus, enquanto


socorrista trabalham;

Posição os veículos acidentados sobre a pista;

Vítima sendo retirada das ferragens por bombeiros e


socorristas;

84
Posicionando prancha de transporte;

Puxando vítima na prancha;

Levando a vítima para a UTI móvel.

Moto cortador

Características:
 Equipamentos de corte, movidos a motor a explosão de dois tempos.
Os motos cortadores possuem discos que podem ser acoplados ao
aparelho. Estes discos poder ser de vários tipos, de acordo com o
material a ser cortado;
 Na corporação, utiliza-se o disco para corte de ferro e aço, de uso
frequente para a retirada de vítimas presas às ferragens de veículos,
arrombamentos de portas de aço (lojas) ou mesmo outros tipos e
outras situações onde caibam sua utilização, como, por exemplo o
corte de vergalhões em desabamentos.

85
Os moto-cortadores são constituídos de vários componentes, conforme
figura abaixo. Passe o mouse nos números para ver o nome.

Recomendações:

 Para utilização dos moto-cortadores devemos ter os seguintes


cuidados: Proteger o local com uma linha de água ou extintor
portátil, de acordo com a disponibilidade e a situação. Utilizar luvas
de couro e óculos de proteção;
 Aproximar o disco do moto-cortador ao metal a ser cortado com o
motor a meia aceleração (utilizar a trava existente), retirando o
disco sempre na mesma direção e sentido do corte, sem deixar
diminuir a rotação, pois poderá haver ruptura do mesmo, e os
fragmentos causarem acidentes; durante o corte, manter sempre a
mesma a direção e sentido, não realizando esforços axiais de torção.

CUIDADO!!!
Os equipamentos que podem produzir centelhas devem estar com sua
verificação de segurança em dia!!!!

86
Croque

É um gancho metálico posto na extremidade de uma haste de madeira para


facilitar as manobras de atracação de embarcação miúda.

Como pode ser utilizado?

 Em painéis de vidro comum. O socorrista deve estar equipado com EPI, deve
fazer isolamento do local onde possam cair estilhaços de vidro e, em
sequência, deve executar o rompimento;
 Para executar o rompimento, o socorrista deve posicionar-se acima e ao
lado do painel a ser quebrado, para não ser atingido pelos cacos. Deve
utilizar uma ferramenta longa como machado ou croque, para manter-se
afastado e bater no topo do vidro, conservando suas mãos acima do ponto
de impacto, utilizando a escada sempre que necessário;
 Com uma ferramenta como machado ou croque, deve bater com as laterais
ou com as pontas como punção em um dos pontos de fissura, posicionando-
se acima e ao lado do painel, conservando as mãos acima do ponto de
impacto;
 Após a quebra, os cacos devem ser removidos para local apropriado. Quando
necessário, o bombeiro pode utilizar fita adesiva aplicada em toda a
extensão do painel. Assim, ao quebrá-lo, os cacos não caem;
 Quando necessário, o socorrista deverá colar fita adesiva no vidro, em toda
sua área, deixando as pontas da fita coladas em toda a volta da moldura.
Ao ser quebrado o vidro, os cacos não cairão, ficando colados na fita,
evitando acidentes;

87
Forros
Os forros podem ser feitos de sarrafo, gesso, cerâmica, painéis de metal ou
aglomerados. Para retirá-los, o socorrista deve puxá-los para baixo com uma
alavanca ou o croque, forçando depois os sarrafos que lhes dão sustentação.

6 passos importantes:

1º Passo - Trabalhar em equipe: para situações com pequeno grau de


dificuldade, é indicado dois socorristas, sendo que um fará o papel de vigia do
outro. Para uma ação mais complexa o ideal seriam 4 socorristas;

2º Passo - Identificar todos os riscos: para que o socorrista esteja


informado sobre todas as condições do local, incluindo a presença de riscos
referentes a deficiência de oxigênio; exposição a agentes perigosos; explosões e
incêndios; fatores mecânicos, elétricos e ergonômicos;

3º Passo - Eliminar os riscos: planejar o resgate visando a segurança de


todos, eliminando os riscos existentes. Se o risco for a atmosfera contaminada com
gases asfixiantes a medida de controle seria utilizar o equipamento de respiração
autônoma;

4º Passo - Ter sempre um plano B: sempre traçar um segundo plano para


não perder tempo;

5º Passo - Equipar-se sempre e corretamente: esta ação é muito


importante pois tanto o erro na escolha do equipamento, como a falta ou o excesso
podem prejudicar e muito o resgate;

6º Passo - Garantir as manobras de segurança: providenciar o fechamento


de válvulas; bloquear as tubulações; desligar a energia elétrica; ligar
exaustores; mantendo proteções para não haver violação! E para isso, utilizar
sempre sinalizações; uso de cadeados ou trancas e supervisão.

88
Medidas iniciais que devemos tomar para
acessarmos os espaços confinados:

1. A localização;

2. Características do local;

3. A profundidade;

4. A extensão;

5. Aberturas existentes;

6. Fluxo de ventilação;

7. Tipo de operação a ser executada;

8. Pessoal disponível;

9. E também os materiais que deverão ser empregados na proteção

individual e na de possíveis vítimas.

Observação Importante:

Podemos encontrar gases em provenientes da profundidade e confinamento.

Os gases que podem ser perceptíveis em razão do odor, cor ou nuvem de


fumaça são metano, ácido sulfúrico ou gases deletérios e são muito prejudiciais ao
organismo humano.

Existe também a técnica de ventilação do ambiente saturado que é utilizada


para salvamento em poço que é muito específica e por isso precisa de qualificação
especial.

A finalidade da ventilação nesses ambientes é arejar e expulsar os gases


existentes.

89
Sabemos que existem locais de risco de difícil acesso, com pouco
conhecimento do espaço e pouca visibilidade!

Para isso existe a possibilidade de utilização do cabo guia, que na verdade


é a mesma utilizada para entrada em locais de incêndios.

O atendimento a incêndios acontece na busca de vítimas em locais


confinados ou saturados de gases tóxicos, com pouca iluminação.

Vamos agora observar os problemas encontrados em incêndios e as


possíveis soluções!

1. Fumaça e calor:
 Uso de EPI;
 Deslocamento abaixado;
 Linhas de mangueira.

2. Visibilidade:
 Deslocamento abaixado;
 Uso de iluminação;
 Uso do cabo guia.

3. Locais desconhecidos:
 Procurar informações no local;
 Uso de cabo guia para entrada no ambiente sinistrado.

A realização da atividade de busca na posição e agachada visa à:

1. Melhor visibilidade;
2. Menor temperatura;
3. Melhor aeração.

90
A fumaça produzida nos incêndios, ao se acumular no teto, forma duas
camadas visivelmente distintas de gases.

O deslocamento deverá ser realizado apenas na camada inferior, com menos


fumaça, ocorrendo lentamente de forma a não as misturar.

O deslocamento dos bombeiros deve ser lento, tanto para evitar a mistura
das camadas de gases, como também para evitar acidentes ou o choque com
objetos.

A atividade de busca em incêndios deverá ser sempre realizada em dupla.

Veja na figura abaixo: a busca de vítimas em incêndio é feita com uma dupla
de socorristas.

O cabo guia tem a finalidade de ligar a dupla que realiza a busca entre o
seu ponto inicial e o local da busca.

Com isso, se estabelece, o caminho de retorno, a comunicação e a


possibilidade de envio de auxílio.

Existe também o sistema de comunicação empregando cordas, o cabo guia


está preso no manômetro do EPI.

Após a entrada no local, para a execução da busca, a comunicação da dupla


com o meio externo deverá ser realizada por meio do cabo guia. O método utilizado
será por meio de puxões realizados no cabo, que devem ser amplos de modo a
diferenciar de puxões no cabo em função do deslocamento da dupla.

91
O socorrista que estiver segurando o cabo guia deverá permanecer com a
mão que libera o cabo próximo ao tronco, possibilitando que seja sentido o toque
de comunicação sem que seja arrastado.

O papel do Socorrista é fundamental!

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Regras do papel do socorrista:

Regra Nº 1: do papel do socorrista é a de assegurar ao paciente segurança,


cuidados médicos, e conforto!

Regra Nº 2: garantir sua própria segurança, seguindo os seguintes passos:

1. Estar sempre preparado para atender as emergências;

2. Atender rapidamente, mas com segurança;

3. Certificar-se de que sua entrada no local da emergência é segura;

4. Garantir acesso ao paciente, utilizando ferramentas especiais quando


necessário;

5. Determinar qual o problema do paciente e providenciar os cuidados de


emergência necessários;

6. Liberar, erguer e mover o paciente sem lhe causar lesões adicionais;

7. Planeje e execute com cuidado a movimentação de um paciente, do local


onde se encontra até o veículo de socorro;

8. Transporte o paciente para o recurso médico adequado, transmitindo


informações sobre o paciente.

Regra Nº 3: garantir a segurança pessoal. Principalmente o socorrista que


vai atuar em espaços confinados. Estar sempre atento aos perigos do local é pré-
requisito para prestar cuidados médicos. É preciso traçar um plano de como chegar
de maneira segura até a vítima e que essa segurança se manterá enquanto você
prover os primeiros socorros.

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Responsabilidades do socorrista:

 Garantir a segurança do local de um acidente tanto para a vítima quanto


para o socorrista;
 Identificar a necessidade de solicitar auxílio a outras entidades como
bombeiros, companhias de energia elétrica ou de serviços públicos, ou
policiais;
 Assegurar acesso ao paciente em ocorrência de desabamento,
soterramento, explosão, incêndio, etc.;
 Detectar a necessidade do paciente, através da comunicação, exames ou de
testemunhas;
 Dar o máximo de si, promovendo cuidados de emergência dentro do seu
nível de treinamento;
 Tranquilizar o paciente, parentes e testemunhas, providenciando suporte
psicológico;
 Liberar o paciente utilizando técnicas e materiais apropriados;
 Transportar com segurança um paciente, para o recurso médico apropriado,
monitorando-o durante o trajeto, promovendo cuidados de emergência e
comunicando-se com o Centro de Operações;
 Informar ao setor de emergência do hospital, as informações obtidas, o
trabalho realizado e colaborar com qualquer auxílio que lhe for solicitado;

Para se tornar um socorrista, o profissional, poderá necessitar, além do


treinamento em resgate, dependo da área de atuação, de treinamento para
salvamento em altura e técnicas de combate a incêndio.

A liberação do socorrista para atuar em situações de resgate será dada por um


profissional da área de segurança ou de treinamento após avaliar seu conhecimento
e habilidade, tanto para entrar como para trabalhar em espaços confinados.

Será necessário, dependendo das características do espaço confinado, um


treinamento específico considerando os riscos envolvidos na entrada e na saída.

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Um programa de treinamento deverá atender principalmente ao
conteúdo abaixo:

1. Procedimentos de emergência em entradas e saídas;


2. Uso do equipamento respiratório de proteção;
3. Primeiros Socorros e Reanimação Cardio-Pulmonar;
4. Procedimentos de bloqueio e trava;
5. Uso do equipamento de segurança;
6. Exercícios práticos de resgate;
7. Prevenção e combate a incêndios;
8. Uso de aparelhos de comunicação.

É importante lembrar que muitas vezes o socorrista necessitará transportar


o paciente!! Portanto necessita preparo físico, além de preparo técnico.

O socorrista deverá possuir um perfil psicológico que atenda principalmente


ao bom relacionamento, equilíbrio e bom senso no trato com pessoas.

O socorrista precisa:
 Ser sociável, transmitir calma e confiança ao paciente;
 Trabalhar em equipe tendo como prioridade o atendimento ao paciente;
 Ter capacidade para improvisar uma ferramenta ou técnica para solucionar
uma situação inesperada;
 Mostrar desembaraço para realizar algo que deva ser feito sem depender de
que alguém inicie algum procedimento;
 Ter autocontrole em situações que envolvam emoções e sentimentos, sem
afetar o atendimento;
 Liderar a situação tanto no que se refere ao acidente como em seu aspecto
físico e humano;
 Ser discreto e respeitoso no trato de informações pessoais que dizem
respeito apenas ao paciente.
 Comunicar-se com o paciente de forma clara e precisa, profissional e
adequadamente.
 Não levantar o tom de voz, ser atencioso e delicado.

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 Lembrar sempre que o paciente está em situação pior que todos e que
DEPENDE principalmente do socorrista!
 Saber ouvir!

Formas de deslocamento dos socorristas:


As formas podem ser em Y, em L ou em V, a escolha delas depende da
visibilidade do local e dos possíveis riscos.

Deslocamento em Y
Vamos observar a imagem abaixo onde os socorristas utilizam a forma de
deslocamento em Y com cabo guia utilizado como meio de informação.

A distância entre os socorristas da dupla é maior quando os socorristas são


ligados um ao outro. Neste caso existe a dificuldade de o mosquetão prender
quando se ultrapassa um obstáculo.

Nas três imagens abaixo podemos observar a formação em L:

É importante destacar que em L ou Linha não existe o risco de o mosquetão


prender.

O sinal é responsabilidade apenas de um socorrista.

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Deslocamento em V
Nesta, a busca é feita por apenas um socorrista que utiliza o cabo preso entre
as pernas.

Quando duas cordas estão unidas e tensionadas no plano horizontal,


chamamos de corda.

Quando uma corda é utilizada no plano horizontal para auxiliar uma dupla
de socorristas, é chamado de cabo guia.

Sabemos que a comunicação entre os socorristas é muito importante e


também que nem sempre é possível utilizar meios de comunicação mais comuns
como rádios por exemplo devido ao tipo de acidente ocorrido, que pode ser no
sistema elétrico.

Assim os sinais mais utilizados são:

 Sonoros é o som vindo das sirenes, megafones ou rádios;


 Visuais;
 Toques.

Toques:
 1 Toque: Atenção;
 2 Toques: Encontrou alguma coisa;
 3 Toques: Retornando;
 4 Toques: Ajuda;
 Vários Toques: Emergência.

97
MÓDULO V

Olá! Sou o Tenente Bandeirante e o acompanharei neste módulo. Vou


explicar quais são os diversos riscos. Entre eles, o risco de incêndio nos
equipamentos e no ambiente de trabalho.

Em nosso trabalho, podemos nos deparar com situações de incêndio e


precisamos estar preparados para agir corretamente.

Por isso, é que, neste módulo, estudaremos a prevenção e combate a


incêndios.

Em casa, na indústria, no comércio ou em nossa alimentação, o fogo está


sempre presente.

Mesmo sendo importante em nossas vidas, o fogo pode ser perigoso e


destruidor se não for controlado adequadamente.

Verificamos o quanto o fogo é importante em nosso dia-a-dia. Mas, você


sabe o que é o fogo?

a) Fenômeno da natureza;
b) Reação química;
c) Substância viva;
d) Elemento mineral.

Para que ocorra essa reação química, deve-se ter no mínimo 3 elementos
chamados de triângulo de fogo:

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Fogo é a consequência de uma reação química, chamada de combustão. A
combustão produz calor e luz.

Vamos saber mais sobre os elementos que formam o triângulo de fogo?

Combustível: são materiais suscetíveis à queima e estão presentes nos


estados sólido, líquido ou gasoso. No exemplo que vimos, a gasolina representou o
combustível.

Comburente: o mais conhecido é o oxigênio presente no ar.


No exemplo que vimos, o oxigênio conduz o fogo pela gasolina vazada no chão.

Fonte de Calor: o calor exerce influência fundamental tanto para o início


quanto para a manutenção da queima. O fósforo representa este elemento no
exemplo que vimos.

Vimos que fogo é a consequência de uma reação química chamada de


combustão.

Agora, vamos estudar as propriedades do calor e luz produzidos por este


fenômeno.

99
Por que o fogo se forma?

Para sabermos a resposta a esta pergunta, vamos estudar estas


propriedades:

- Ponto de fulgor;

- Ponto de combustão;

- Ponto de ignição.

Ponto de fulgor: É a temperatura mínima na qual um combustível emite


quantidade suficiente de vapores para provocar a combustão na presença de uma
fonte externa de calor. Quando a fonte externa de calor é afastada, a combustão
não se mantém.

Ponto de combustão: temperatura mínima necessária para que um


combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o
oxigênio do ar, e ao entrar em contato com uma chama, se inflamam; mesmo que
se retire a chama, o fogo não se apagará, porque a temperatura faz gerar vapores
do combustível ou gases inflamáveis suficientes para manter o fogo.

Ponto de ignição: temperatura mínima em que os materiais, desprendendo-


se dos gases, entram em combustão (se incendeiam) ao contato com o oxigênio do
ar, independentemente de qualquer fonte de calor (porque já estão aquecidos).

Conhecer as questões relacionadas ao ponto de fulgor, de combustão e


de ignição é muito importante.

Algumas substâncias, chamadas de voláteis, desprendem gases na


temperatura ambiente e já estão naturalmente no ponto de combustão. A gasolina,
por exemplo, emite gases na temperatura de - 42,0º C, que em contato com uma
fonte de calor, podem se inflamar.

100
Outras substâncias, chamadas de não voláteis, não desprendem gases na
temperatura ambiente e, para desprender gases, precisam ser aquecidas. O óleo
de amendoim precisa ser aquecido na temperatura de 282,0º C, para atingir o ponto
de fulgor.

O calor desprendido pelo combustível, que é queimado, poderá levar outros


combustíveis a ficarem aquecidos até que atinjam seus pontos de fulgor. Assim,
podem nascer grandes incêndios, a partir de combustíveis.

INCÊNDIO é quando o fogo foge ao controle do homem, tornando-se

devastador.

O calor é uma espécie de energia, que se transmite pela propagação do


fogo, ou seja, passando de um corpo a outro. Você sabe como ele se propaga?

101
Como o calor se transmite?
1. Condução: processo pelo qual se transmite calor por um corpo sólido de
molécula para molécula, conduzindo o calor de uma extremidade para outra. A
quantidade de calor transmitida por condução depende se o material é ou não bom
condutor de calor.

2. Radiação: transmissão do calor por meio de ondas. Todo corpo quente


emite radiação em todas as direções, que vão atingir os corpos frios. O calor do sol
é transmitido por esse processo.

3. Convecção: transmissão do calor por meio de correntes circulatórias


originadas da fonte. É a forma característica de transmissão de calor nos líquidos
e gases que, pelo aquecimento, nas partes quentes tendem a subir (correntes
ascendentes) e nas partes frias tendem a descer (correntes descendentes).

Exemplo: Isso ocorre, quando, num incêndio, os gases aquecidos sobem


pelas aberturas verticais (elevadores, tubulação de ar) e, atingindo combustíveis
locais elevados do prédio, provocam outros focos de incêndio.

102
Mesmo que as medidas prevencionistas sejam adequadas, pode ocorrer
algum acidente que provoque um início de incêndio.

Além de saber prevenir o fogo é também importante saber combatê-lo.

É preciso identificar bem a classe de incêndio que vai ser combatida, a fim
de se escolher o equipamento correto. Errar a escolha de um extintor pode tornar
mais difícil o esforço de combater as chamas, ou ainda, pode piorar a situação,
aumentando-as, espalhando-as ou criando novas formas de fogo.

Para combater o incêndio, você deve interromper a reação química


retirando um dos lados do triângulo do fogo. Mas... qual lado será mais fácil de
ser retirado: o combustível? O comburente? O calor?

Isto vai depender do tipo de material que está queimando.

Agora que já aprendemos sobre o triângulo do fogo, saiba que existe um


quarto componente que desencadeia as reações químicas: a reação em cadeia. Ela
forma o tetraedro do fogo.

103
O que é Tetraedro do fogo?
É um polígono de quatro faces que tem a função de complementar o
triângulo do fogo com outro elemento de suma importância: a reação em cadeia.

A combustão é uma reação que se processa em cadeia.


Após a partida inicial, é mantida pelo calor produzido durante o processo de
reação.

TETRAEDRO DE FOGO

Calor: é o elemento que dá início ao fogo; é ele que faz o fogo se propagar
pelo combustível;

Comburente: oxigênio: é o elemento ativador do fogo, ele dá vida às


chamas e está presente no ar que nos envolve na porcentagem de 21%. Quando o
oxigênio está abaixo de 8% no ar atmosférico não há fogo.

104
Combustível: elemento que alimenta o fogo e serve de meio para a sua
propagação. Pode ser encontrado no estado sólido, líquido e gasoso.

Reação em Cadeia: A reação em cadeia consiste no desencadeamento de


reações químicas entre os elementos do triângulo do fogo, que torna uma queima
autossuficiente.

Os incêndios podem ter origem por diferentes motivos. Vamos conhecer suas
principais causas?

As causas mais comuns são:

- Balões;

- Fogos de Artifícios;

- Descuido com fósforo;

- Aparelhos elétricos;

- Pontas de Cigarros;

- Vazamento de Gás – GLP (Gás Liquefeito de Petróleo);

- Ignição ou Explosão de Produtos Químicos;

- Instalações Elétricas Inadequadas;

- Trabalhos de Soldagens.

Balões: todos os anos, quando se realizam as festas juninas, muitos


incêndios são causados por balões. Os balões deixam cair a tocha acesa sobre
materiais combustíveis ou em matas. O agravante é que as matas estão secas nessa
época do ano.

Fogos de Artifício: como ocorre com os balões, os fogos de artifício também


são causadores de incêndio e de inúmeros acidentes. Geralmente as crianças são
as principais vítimas por não saberem utilizar o material.

105
Descuido com fósforo: não só as crianças, mas também os jovens e adultos
não dão a devida atenção à correta utilização dos fósforos, produzindo chamas em
locais com vazamento de gás ou mesmo livrando-se do palito ainda em chamas.

Aparelhos elétricos: além das instalações elétricas inadequadas, os


próprios aparelhos elétricos poderão causar incêndios, quando guardados ainda
quentes, deixados ligados ou apresentarem defeitos. Observe sempre seu
funcionamento, fios, interruptores e siga as instruções do fabricante.

Pontas de Cigarro: incêndios causados por cigarros acontecem quando as


pessoas jogam pontas de cigarro sem ter certeza que estejam apagados
completamente. Outras vezes, deitam-se e adormecem deixando o cigarro aceso.
Portanto, devemos sempre molhar ou amassar as pontas antes de serem jogadas
no lixo, principalmente nos locais que armazenam papéis.

Vazamento de Gás (G.L.P.): o GLP é acelerador de incêndio em potencial.


Devemos colocar os recipientes em lugar arejado, conectando-os por uma
mangueira resistente e com o registro do Conselho Nacional de Petróleo.

Ignição ou Explosão de Produtos Químicos: alguns produtos químicos ou


inflamáveis, em contato com o ar ou outros componentes, poderão incendiar ou
explodir. Por isso, devem ser mantidos em locais próprios, seguros e com
identificação, evitando assim qualquer acidente.

Instalações Elétricas Inadequadas: as improvisações em instalações


elétricas são responsáveis pela maioria dos incêndios, portanto, devemos seguir as
orientações de pessoas capacitadas.

Trabalhos de Soldagens: nos aparelhos de solda alimentados com acetileno


e oxigênio, se houver um vazamento, poderá haver um incêndio e a chama do
maçarico, atingindo materiais combustíveis, pode provocar explosões.

106
Vimos anteriormente que os incêndios podem ser causados por diversos
motivos. Vamos ver agora como são classificados?

Sabendo os principais motivos que causam incêndios, vamos aprender sobre


suas classes.

De acordo com a Norma Brasileira Regulamentadora - NBR 7532, os incêndios

são distribuídos em 4 classes: A B C D.

CLASSE (A): é constituída de materiais sólidos como por


exemplo, papel, madeira, tecidos, plásticos, etc.; que queimam em
superfície e em profundidade e deixam resíduos depois da queima.
Sua extinção se dá através do processo de resfriamento.

CLASSE (B): é constituída de líquidos combustíveis e


inflamáveis, que se queimam apenas em superfície e não deixam
resíduos depois da queima, como gasolina, querosene, álcool,
solvente, etc. Sua extinção se dá através do processo de
abafamento ou quebra da reação em cadeia.

CLASSE (C): é constituída de materiais elétricos/eletrônicos


energizados, como por exemplo: máquinas, computadores,
refrigeradores, ventiladores, etc. Sua extinção se dá através do
processo de abafamento ou quebra da reação em cadeia.

CLASSE (D): é constituída de materiais pirofóricos (metais que


queimam). Sua extinção se dá através processo de abafamento.

É a queima em ligas metálicas, como magnésio, pó de zinco,


antimônio e etc.

107
Agindo de forma correta, podemos evitar complicações em acidentes que
envolvem incêndios. Vamos conhecer os principais métodos de extinção do fogo?

MÉTODO DE RESFRIAMENTO

O método de resfriamento ocorre pela diminuição da temperatura do


material incendiado a níveis inferiores ao ponto de fulgor ou de combustão. Assim,
não haverá a emissão de vapores necessários ao prosseguimento do fogo.
Poderá ser feito através da aplicação de água pressurizada.
Agora conduza o extintor para o método "Abafamento".

MÉTODO DE ABAFAMENTO

Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material


combustível. Não havendo oxigênio para reagir com o combustível, não haverá
fogo.

O abafamento poderá ser feito através da aplicação de CO², PQS ou cobrindo


o fogo com areia, tampas e mantas quando se tratar de fogo em pessoas.
Agora conduza o extintor para o método "Retirada do Material"

MÉTODO DE RETIRADA DO MATERIAL

O método consiste na retirada do material combustível, (o que está


queimando ou que esteja próximo) evitando a propagação do incêndio sem criar a
necessidade de um agente extintor.

QUEBRA DE REAÇÃO EM CADEIA: Consiste na extinção química, através da


aplicação de pós químicos específicos que provocam a quebra da reação em cadeia.

108
Você sabe quais são os equipamentos e as instalações utilizados na extinção
de incêndio?

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO

Os mais comuns usados na extinção de incêndio são os extintores portáteis


e as carretas de pó químico seco e pó ABC (espécie de pó químico, que serve para
combater o fogo nas classes A, B e C simultaneamente). Para a operação adequada
destes equipamentos, são necessárias pessoas treinadas.

Outra forma de controlar incêndios e minimizar os danos é a instalação de


sistemas automáticos de extinção, que são chuveiros automáticos, de nebulização
e de CO² e gases limpos (Inergen e FM 200).

O emprego dos equipamentos depende das exigências da regulamentação


legal, dentre outras.

O Decreto Estadual 46.076/01 define os critérios de proteção contra


incêndio para cada tipo de edificação, levando em consideração o tipo de
ocupação, área de construção, etc.

O êxito na utilização dos extintores depende dos fatores:

1. Instalação dos aparelhos conforme determina o PROJETO DE


PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ESPECÍFICO DA EDIFICAÇÃO.
2. Manutenção adequada e eficiente;
3. Pessoal preparado para o manuseio.

109
Para combater princípios de incêndios, devemos utilizar os extintores de
forma adequada. Vamos conhecer os modelos de extintores e sua forma correta de
utilização?

Extintores
Os extintores portáteis e sobre rodas são aparelhos de fácil manuseio,
destinados a combater princípios de incêndio.

Veja agora os principais modelos de extintores e sua utilização conforme


cada classe de incêndio.

CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO

ÁGUA PRESSURIZADA (ÁGUA/GÁS)

Age por resfriamento e é indicado para incêndios da classe A, por penetrar


nas profundidades do material, resfriando. NÃO pode ser utilizado em líquidos
inflamáveis e equipamentos elétricos e eletrônicos. Tem a desvantagem, em alguns
casos, de danificar o material que atinge.

Neste extintor, a água é acondicionada em cilindro metálico, o qual possui


um gatilho para controle do jato, bem como um dispositivo para dirigi-lo e um
manômetro que indica a pressão à qual se encontra o líquido no seu interior.

Deve ser inspecionado visualmente a cada mês. Para verificação do seu


estado geral de conservação (trava, lacre, pressostato, mangueiras,
posicionamento, etc.) de acordo com a NR - 23.

COMO USAR:

Quebrar o lacre, retirar trava de segurança, segurar ponta da mangueira e


apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. Só usar em materiais sólidos
(classe A) madeira, papel, fibras, plásticos e similares. Não usar em equipamentos
elétricos.

110
GÁS CARBÔNICO (CO²)

Adequado para incêndios de classe C, equipamentos elétricos energizados,


e classe B, líquidos combustíveis e inflamáveis.

Modo de usar:

Quebrar o lacre, retirar a trava de segurança, segurar na empunhadura do


difusor e apertar o gatilho; aplicar o produto formando uma nuvem sobre o fogo,
procurando abafá-lo.

Ao utilizar este extintor, segurar na empunhadura do difusor, pois este local


é isolante, não segurar diretamente no difusor pois poderá causar lesões nas mãos
pelo resfriamento.

Pode ser usado em equipamentos elétricos/eletrônicos sensíveis, pois por


ser gás não deixa resíduos e não danifica os mesmos.

PÓ QUÍMICO SECO (PQS)

Modo de usar:

Quebrar o lacre, retirar a trava de segurança, segurar na ponta da


mangueira e apertar o gatilho; aplicar o produto formando uma nuvem sobre o
fogo, procurando abafá-lo.

Adequado para incêndios de classe C, equipamentos elétricos energizados,


e classe B, líquidos combustíveis e inflamáveis. Não deve ser usado em
equipamentos elétricos/eletrônicos sensíveis, pois por ser pó deixa resíduos
impregnados e danifica os mesmos.

Nota: Nos incêndios com metais pirofóricos, utilizar extintor de PQS


específico para o produto que está queimando.

Utilizar o pó químico seco em materiais eletrônicos somente em último


caso.

111
CARRETA DE PÓ QUÍMICO SECO - 50 KGs

Modo de usar:

Quebrar o lacre, retirar trava de segurança, segurar na ponta da mangueira,


abrir o cilindro de gás externo e apertar o gatilho; aplicar o produto formando uma
nuvem sobre o fogo, procurando abafá-lo.

Adequado para incêndios de classe C, equipamentos elétricos energizados,


e classe B, líquidos combustíveis e inflamáveis. Não deve ser usado em
equipamentos elétricos/eletrônicos sensíveis, pois por ser pó deixa resíduos
impregnados e danifica os mesmos.

Nos incêndios com metais pirofóricos, utilizar extintor de PQS específico


para o produto que está queimando.

CARRETA DE PÓ QUÍMICO ABC - 20 KGS

Modo de usar:

Quebrar o lacre, retirar trava de segurança, segurar na ponta da mangueira


e apertar o gatilho, aplicar o produto formando uma nuvem sobre o fogo,
procurando abafá-lo.

Adequado para incêndios de classe A, B e C.

Materiais sólidos classe A, equipamentos elétricos energizados classe C, e


líquidos combustíveis e inflamáveis classe B.

Não deve ser usado em equipamentos elétricos/eletrônicos sensíveis, pois,


por ser pó, deixa resíduos impregnados e danifica os mesmos.

Nos incêndios com metais pirofóricos, utilizar extintor de PQS específico


para o produto que está queimando.

112
Para utilizar os extintores de forma correta e garantir a eficiência no
combate ao incêndio é preciso considerar alguns elementos. Veja:

Para utilizar os extintores de forma correta e garantir a eficiência no


combate ao incêndio é preciso considerar alguns elementos. Veja:

1 - Aprenda a reconhecer e utilizar os aparelhos extintores de incêndio;

2 - Saiba os locais onde estão instalados os extintores e outros


equipamentos de proteção contrafogo;

3 - Nunca obstrua o acesso aos extintores ou hidrantes.

4 - Não retire lacres, etiquetas ou selos colocados no corpo dos extintores;

5 - Não mexa nos extintores de incêndio e hidrantes, ao menos que seja


necessária à sua utilização.

Vamos fazer agora um exercício para fixar o que aprendemos sobre a


utilização correta dos extintores?

Extintor de água
Age por resfriamento e é indicado para incêndios da classe A, por penetrar
nas profundidades do material, resfriando. Não pode ser utilizado em líquidos
inflamáveis e equipamentos eletrônicos. Tem a desvantagem, em alguns casos, de
danificar o material que atinge. Neste extintor, a água é acondicionada em cilindro
metálico, o qual possui um gatilho para controle do jato, bem como um dispositivo
para dirigi-lo e um manômetro que indica a pressão à qual se encontra o líquido no
seu interior. Deve ser inspecionado a cada seis meses, inspeção esta, que consiste
em verificar a pressão indicada no manômetro.

113
Extintor de espuma

O extintor de espuma age tanto por resfriamento (sendo indicado para


incêndios da classe A) quanto por abafamento (sendo então indicado para incêndios
da classe B). Não pode ser utilizado em incêndios da classe C, ou seja, em
equipamentos eletrônicos. A espuma é um conjunto de bolhas cheias de gás,
geradas a partir de soluções aquosas. Sua densidade é menor do que a dos líquidos
inflamáveis. Ela é utilizada principalmente para formar uma capa de cobertura,
cobrindo e resfriando o combustível, de forma que interrompa a evolução dos
vapores e impeça o acesso do oxigênio.

Extintor de pó químico
Age por abafamento. Sua ação consiste na formação de uma nuvem sobre a
superfície em chamas, reduzindo a porcentagem de oxigênio disponível. Pode ser
utilizado nas duas classes de incêndio (B e C). É corrosivo, danificando o material
que atinge, não devendo ser empregado em aparelhos elétricos delicados (relés,
filamentos, centrais telefônicas, computadores e outros). É tóxico, devendo ser
evitado em canais fechados. Esse extintor pode ser de pressão injetada ou extintor
de pó pressurizado internamente.

Extintor de gás carbônico


Adequado para incêndios em gases, líquidos inflamáveis e equipamentos
energizados. É indicado para combater incêndios em equipamentos elétricos
energizados.

É necessário estar atento quanto aos seus efeitos fisiológicos. Suas variações
de concentração no sangue podem causar desde aumento de frequência
respiratória até efeito narcótico, parando a respiração quase que imediatamente.

114
É preciso estar preparado e saber agir em uma situação de incêndio. Vamos
ver algumas considerações importantes?

Ao perceber um princípio de incêndio, acione imediatamente o alarme de


emergência.

Caso tenha que atravessar uma região em chamas, você deve se envolver
em algum tecido molhado não sintético. Isso dará proteção ao seu corpo e evitará
que se desidrate.

Proteja os olhos, a boca e as narinas, pois essas são as partes mais sensíveis.
Use máscara de proteção ou, no mínimo, um pano molhado no rosto.

115
Chame o Corpo de Bombeiros pelo TELEFONE 193.

Na emergência, abandone o local calmamente, pela saída de emergência;


não suba procure sempre descer, use os elevadores somente sob a orientação da
Brigada de emergência ou do SESMT.

Agindo de forma correta, podemos evitar complicações em acidentes que


envolvem incêndios.

Veja agora alguns procedimentos importantes para evitar acidentes e incêndios:


Cuidados Necessários

Cigarros

Cuidados necessários:

 Não fume durante os 30 minutos finais do expediente de trabalho;


 As pontas de cigarro podem pegar fogo e não haverá ninguém para
controlar o foco;

116
 Não use cestos de lixo como cinzeiros;
 O lixo contém materiais que podem queimar com facilidade.
 Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre mesas,
armários, prateleiras, etc;
 As pontas podem atingir algo inflamável ou queimar os móveis;
 Fume apenas nos locais determinados pela empresa, como
fumódromo.

Limpeza

Cuidados Necessários:

 Mantenha o local de trabalho em ordem e limpo;


 Dessa forma, você evitará acúmulo de objetos que podem aumentar
as proporções do acidente em caso de incêndio;
 Evite acúmulo de lixo em locais não apropriados;
 O lixo pode aumentar a gravidade do foco de incêndio;
 Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e
identificados;
 Os materiais de limpeza costumam ser inflamáveis;
 Mantenha as áreas de escape desobstruídas e não deixe, mesmo
que provisoriamente, materiais nas escadas e corredores;
 Em caso de incêndio, qualquer impedimento ou dificuldade no
acesso às saídas pode ser fatal.

Equipamentos elétricos

Cuidados: Necessários:

 Não improvise instalações elétricas nem efetue consertos em


tomadas e interruptores, sem que esteja familiarizado;

117
 Lembre-se de que existem incêndios provocados por falhas nos
circuitos elétricos;
 Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do
PLUG T (Benjamim);
 O PLUG T (Benjamim) aumenta os riscos de curto circuito.
 Verifique, antes da saída do trabalho, se não há nenhum
equipamento elétrico ligado;
 parelhos elétricos ligados na tomada podem provocar
incêndios.

GLP – Inflamáveis

Cuidados Necessários:

 Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à


prova de fogo;
 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades
mínimas, armazenando-os sempre na posição vertical e na
embalagem;
 Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais
inflamáveis.

118
Vejamos agora os procedimentos com os equipamentos em caso de
proteção e combate a incêndio...

1)
 Observe as normas de segurança ao manipular produtos
inflamáveis ou explosivos;
 Esses produtos são muito perigosos caso não sejam manipulados
da forma correta.

2)
 Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à
prova de fogo;
 Os inflamáveis podem provocar incêndios de enormes proporções.

3)
 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas,
armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem;
 A posição vertical evita derramamento e a embalagem ajuda a
identificar corretamente o produto.

4)
 Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais
inflamáveis;
 O contato desses dois elementos inevitavelmente provoca fogo.

119
Baseado no que você aprendeu, pense, discuta com
seus colegas e responda:

Um trabalhador acionou um motor elétrico que produziu uma fagulha


que caiu num monte de estopa, iniciando um pequeno incêndio que atingiu
um recipiente com gasolina, provocando uma pequena explosão e um grande
susto.

a) Como você classificaria tal incêndio?


b) Que medida tomaria para extingui-lo?
c) O que teria feito para evitar que tudo isso acontecesse?

Resposta:

De acordo com as informações que acabamos de ver, enquanto o fogo


atingiu a estopa, tínhamos um incêndio Classe A; quando atingiu a gasolina,
um líquido inflamável, tínhamos também um incêndio Classe B. Para a estopa,
o Extintor de Água Pressurizada; para a gasolina, o extintor de espuma
Mecânica, Gás Carbônico ou de Pó Químico Seco poderiam ser utilizados. Para
evitar que tudo acontecesse, bastaria a remoção da estopa e da gasolina das
proximidades do motor e seu armazenamento em local adequado.

120
Veja as orientações que você precisa considerar para
colaborar ativamente em uma situação de incêndio.

1. Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local


de trabalho.

2. Participe ativamente dos treinamentos teóricos e práticos


que lhe forem ministrados.

3. Conheça e pratique as Normas de Segurança e de Proteção


contrafogo, adotadas na Empresa.

121
4. Comunique imediatamente aos membros da Brigada de
Incêndio ou a Área de Segurança do Trabalho qualquer tipo
de irregularidade.

Lembre-se de que você precisa agir corretamente em uma situação de


emergência. É preciso saber agir!

 Desligue o quadro de luz;


 Use os elevadores somente com a autorização da Brigada de Emergência
ou do SESMT;
 Quando houver muita fumaça no ambiente, não ande, apenas rasteje;
 Próximo ao piso há mais oxigênio para manter você respirando;
 Umedeça um pano e proteja o rosto;
 Ande, não corra;
 Siga à risca as orientações dos membros da brigada de incêndio;
 Procure manter a calma. O pânico, em casos de emergência, tem sido a
causa de ferimentos perfeitamente evitáveis.

A informação e o domínio das ações necessárias a situações como as que vimos


são, sem dúvida, as principais ferramentas para manter a calma e fazer com que
acidentes com fogo tenham as menores consequências possíveis. Até breve!

Só gostaria de lembrar que a NR 23 estabelece que todas as empresas devem


possuir proteção contra incêndio, saídas para rápida retirada do pessoal em caso
de incêndio, equipamentos para combater o fogo em seu início e pessoas treinadas
no uso desses equipamentos.

NR 23 – Proteção Contra Incêndios.


↑ (ver PDF salvo “NR_33”) ↑
122
MÓDULO VI:

Este é o módulo de Primeiros Socorros. Nele, vamos aprender a prestar os


primeiros atendimentos em situações de acidente ou de mal súbito.

Você sabe o que são primeiros socorros?

Primeiros socorros são os tratamentos imediatos e provisórios ministrados a


uma vítima de trauma ou doença, fora do ambiente hospitalar, com o objetivo de
prioritariamente evitar o agravamento das lesões ou até mesmo a morte e estende-
se até que a vítima esteja sob cuidados médicos.

É da maior importância que o socorrista conheça e saiba colocar em prática


o suporte básico da vida. Saber fazer o certo na hora certa pode significar a
diferença entre a vida e a morte para um acidentado. Além disso, os conhecimentos
na área podem minimizar os resultados decorrentes de uma lesão, reduzir o
sofrimento da vítima e colocá-la nas melhores condições para receber o tratamento
definitivo.

O domínio das técnicas do suporte básico da vida permitirá que o socorrista


identifique o que há de errado com a vítima; levante ou movimente-a, quando isso
for necessário, sem causar lesões secundárias; e, finalmente, transporte-a e
transmita informações sobre seu estado ao médico que se responsabilizará pela
sequência de seu tratamento.

O que é omissão de socorro?


O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: “Deixar de prestar
socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente, podendo fazê-lo, é
crime”.

123
Deixar de prestar socorro significa não dar qualquer assistência à vítima. Ao
solicitar ajuda especializada, por exemplo, já se está prestando ajuda e
providenciando socorro. Mesmo que uma pessoa seja só testemunha de um
acidente com vítimas, se tiver condições de prestar auxílio e não o fizer, estará
cometendo o crime de omissão de socorro.

A omissão de socorro e a falta de pronto atendimento eficiente a vítimas de


acidentes são as principais causas de mortes ou danos irreversíveis que poderiam
ser evitados.

CUIDADO!!!
Os minutos imediatos após o acidente, principalmente até completadas as
duas primeiras horas, quando as vítimas de acidentes estão entre a vida e a morte,
são os mais importantes para garantir recuperações e sobrevivência de feridos.

 Tratamento não é a finalidade dos primeiros socorros!


 Isto deve ser indicado e executado por profissionais habilitados em locais
adequados.
 Desta forma, após realizar o primeiro atendimento, solicite ou encaminhe
a vítima para a avaliação médica!

Quanto antes for acionado um pedido de socorro especializado, tanto antes


serão atendidas as vítimas.

Alguns números de telefones são os mesmos em todas as localidades do Brasil:

- Bombeiros 193;

- Polícia Militar 190;

- SAMU 192.

124
O que informar?
- O local exato e o tipo de acidente;

- Descrição das vítimas (sexo, idade);

- Se há vítimas inconscientes;

- Gravidade dos ferimentos das vítimas mais atingidas;

Solicitar um DEA (Desfibrilador Externo Automático) em caso de parada


cardiorrespiratória (PCR).

Quanto antes for acionado um pedido de socorro especializado, tanto antes


serão atendidas as vítimas.

ATENÇÃO!
Protegendo-se contra infecções

As modernas técnicas de Primeiros Socorros recomendam que os socorristas se


protejam contra a transmissão de doenças infectocontagiosas.

Essas doenças, inclusive o vírus da AIDS, são transmitidos através do contato


direto com fluídos orgânicos, principalmente sangue e saliva.

Para evitar que haja esse tipo de contágio o socorrista deve prevenir-se,
tomando as seguintes precauções:

- Usar luvas de procedimento (látex);

- Usar óculos panorâmico incolor;

- Máscaras para quando haja necessidade de aplicar ventilações;

- Evitar ferir-se durante o atendimento.

125
Acidentes podem ocorrer em qualquer lugar e em qualquer momento. É
muito importante distinguir uma situação de urgência de uma situação de
emergência.

Quanto antes for acionado um pedido de socorro especializado, tanto antes


serão atendidas as vítimas.

Para evitar que haja esse tipo de contágio o socorrista deve prevenir-se,
tomando as seguintes precauções:

- Usar luvas de procedimento (látex);

- Usar óculos panorâmico incolor;

- Máscaras para quando haja necessidade de aplicar ventilações;

- Evitar ferir-se durante o atendimento.

Acidentes podem ocorrer em qualquer lugar e em qualquer momento. É muito


importante distinguir uma situação de urgência de uma situação de emergência.

Quanto antes for acionado um pedido de socorro especializado, tanto antes


serão atendidas as vítimas.

 URGÊNCIA
 EMERGÊNCIA

É um fato em que uma providência corretiva deve ser tomada tão logo seja
possível.

EMERGÊNCIA: É um fato que não pode aguardar nenhum período de tempo para
que seja tomada a devida providência corretiva. Geralmente existe risco de vida.

Diante de uma emergência, as pessoas apresentam reações emocionais


diferentes.

URGÊNCIA: É um fato em que uma providência corretiva deve ser tomada tão
logo seja possível.

126
Na rua, no trabalho ou mesmo em casa, você poderá presenciar um acidente
ou um mal súbito. É sempre um momento de muita tensão, em que é importante
manter a maior calma possível, e que exigirá de você atitudes rápidas e corretas.

Para que possa estar preparado, durante esta parte do curso, você será
informado sobre como agir diante dos mais diversos acidentes. Uma vida pode
depender de você!

Em uma situação como essa, muitas sugestões aparecem... Mas, existem erros
nas falas dessas pessoas. Você sabe quais são?

1) Nossa!
2) Ele precisa
A mão dele está
sangrando! ser removido! Alguém
deve levá-lo ao
3) Houve uma
hospital!
parada cardíaca!

Primeiro de
tudo,
precisamos
tratar desta
fratura na
perna!

1) É importante saber também que só se deve remover a vítima se for possível


manter suas funções vitais. Caso contrário, aguarde o médico ou a ambulância.

Aqui há um erro porque:

Se você não está certo de que as funções vitais serão mantidas...

...aguarde pela ambulância ou pelo médico.

127
2) É importante saber também que só se deve remover a vítima se for
possível manter suas funções vitais. Caso contrário, aguarde o médico ou a
ambulância.

Aqui há um erro porque:

Se você não está certo de que as funções vitais serão mantidas...

...aguarde pela ambulância ou pelo médico.

3) A regra número 1 para lidar com um acidentado é garantir as suas funções vitais:
respiração e circulação sanguínea.

As principais ameaças ao bom funcionamento dessas funções vitais são:


hemorragia, parada respiratória, parada cardíaca e estado de choque.

Qualquer um desses problemas deve ser cuidado imediatamente.

Clique no balão que, para você, representa uma inadequação nos

primeiros socorros.

1) Nossa!
A mão dele está
sangrando! 2) Ele precisa ser
removido! Alguém deve
3) Houve uma
parada cardíaca! levá-lo ao hospital!

4) Primeiro de
tudo, precisamos
tratar desta
fratura na perna!

Como vimos, houve um problema que ameaça seriamente as funções


vitais: uma parada cardíaca.

Sendo assim, não é correto cuidar primeiro da fratura na perna, que não
é uma das ameaças às funções vitais.

128
Diante de uma emergência, são apresentadas algumas reações... Clique nos
números para conhecê-las.

1 – Ansiedade:

É normal e compreensível que fiquemos ansiosos diante de uma emergência,


porém, de forma controlada, que nos permita tomar as medidas emergenciais corretas.

2 – Depressão:

Outras entram em depressão, choram, se isolam das vítimas e também são


incapazes de ajudar.

3 - Disfunção orgânica:

Algumas pessoas apresentam desmaios, tremores, etc., tornando-se mais uma


“vítima” a ser socorrida.

4 – Hiperatividade:

Alguns se agitam muito e correm para todos os lados tentando ajudar a todos.
Porém, sem saber o que fazer.

5 – Pânico:

Outras se assustam e apresentam reações descontroladas.

129
Em uma situação de acidente, você deve agir corretamente e de forma
muito rápida. Vamos conhecer os passos para isto?

Essa sequência padronizada de procedimentos é conhecida como exame do


paciente. Durante o exame, a vítima deve ser atenta e sumariamente examinada para
que, com base nas lesões sofridas e nos seus sinais vitais, as prioridades do
atendimento sejam estabelecidas.

Antes de qualquer outra atitude no atendimento às vítimas, deve-se obedecer a


uma sequência padronizada de procedimentos que permitirá determinar qual o
principal problema associado com a lesão ou doença e quais serão as medidas a serem
tomadas para corrigi-lo.

 O local da ocorrência:

É seguro?

Será necessário movimentar a vítima?

Há mais de uma vítima?

Pode-se dar conta de todas as vítimas?

 A vítima:

Está consciente?

Tenta falar alguma coisa ou aponta para qualquer parte do corpo dela?

 As testemunhas:

Elas estão tentando dar alguma informação?

O socorrista deve ouvir o que dizem a respeito dos momentos que antecederam o
acidente?

 Mecanismos da lesão:

É importante detectar a origem da lesão, por exemplo, contato com a energia


elétrica? Arco voltaico?

130
 Deformidades e lesões:

A vítima está caída em posição estranha?

Ela está queimada?

Há sinais de esmagamento de algum membro?

 Sinais:

Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo
convulsões?

As informações obtidas por esse processo, que não se estende por mais do que
alguns segundos, são extremamente valiosas na sequência do exame, que é subdividido
em duas partes: análise primária e análise secundária da vítima.

 Lembre-se de sempre manter a calma e ser positivo com a vítima;

 Jamais expresse palavras, comentários paralelos ou demonstre qualquer


reação sobre a gravidade das lesões;

 Atue desta maneira mesmo que acredite que a vítima esteja inconsciente,
pois ela pode estar semiacordada e ouvindo tudo ao redor.

Respiração e batimentos cardíacos são chamados de sinais vitais.

131
2.1. Análise Primária:
A análise primária é uma avaliação realizada sempre que a vítima está
inconsciente e é necessária para se detectar as condições que colocam em risco
iminente a vida da vítima.

 Ela se desenvolve obedecendo às seguintes etapas:


 Avaliar a segurança do local e do socorrista;
 Determinar inconsciência;
 Checar circulação / Pulso;
 Checar respiração;
 Acionar o serviço de emergência (Bombeiros, SAMU ou Polícia Militar);
 Abrir vias aéreas;
 Checar grandes hemorragias.

Avaliar a segurança do local e do socorrista:

Você pode precisar prestar os primeiros socorros em locais perigosos. A vítima


pode estar em um ambiente com vapores tóxicos, em uma estrada movimentada ou
em áreas com queda de linhas de força. Você precisará tomar decisões importantes e
pode não estar preocupado com a sua própria segurança.

Lembre-se: você não deve se pôr em uma situação de risco enquanto tenta
ajudar outras pessoas. Você pode se tornar uma vítima ao tentar prestar primeiros
socorros. Sempre olhe a sua volta e avalie as condições de segurança – sua e da vítima!

Se o local não for seguro acione o serviço de emergência imediatamente e


aguarde a chegada dos mesmos em local seguro.

Certificando –se que o local é seguro, coloque os equipamentos de proteção


individual; luvas e óculos transparente.

Determinar inconsciência:

Uma vítima consciente significa que a respiração e a circulação, ou só a


circulação (obstrução de vias aéreas), estão presentes e, neste caso, pode-se passar
direto para a análise secundária. Porém, se ela está caída ou imóvel no local do
acidente, deve-se constatar a inconsciência, sacudindo-a gentilmente pelos ombros e
perguntando por três vezes: “Ei, você está bem?”.

Deve-se ter cuidado para evitar manipular a vítima mais do que o necessário.

132
Abrir vias aéreas:

Se a vítima não responde a estímulos, realizar a abertura das vias aéreas para
que o ar possa ter livre passagem aos pulmões.

A manobra de abrir as vias aéreas pode ser realizada de dois modos:

1) Elevação do queixo e rotação da cabeça

Para as vítimas que têm afastada a possibilidade de lesão cervical, o método


consiste na colocação dos dedos, indicador, médio e anular, no maxilar da vítima, com
o indicador na parte central do queixo, que será suavemente empurrado para cima
enquanto a palma da outra mão será colocada na testa, empurrando a cabeça e
fazendo-a realizar uma suave rotação.

2) Tríplice manobra

Para as vítimas com suspeita de lesão na coluna cervical, o método anterior é


contra-indicado. Para esses casos, deve-se empregar a tríplice manobra, na qual o
socorrista, posicionando-se ajoelhado, atrás da cabeça da vítima, coloca os polegares
na região zigomática (maçã do rosto da vítima), os indicadores na mandíbula dela e os
demais dedos na nuca da vítima e exerce tração em sua direção. Enquanto traciona,
os indicadores, posicionados nos ângulos da mandíbula, empurram-na para cima.

133
Checar respiração:

Para verificar se a vítima está respirando basta observar se seu tórax está
movimentando, se elevando e se abaixando, num período de 3 a 5 segundos.

Lembrar que os movimentos respiratórios nos homens são mais pronunciados na


região do diafragma, enquanto que, nas mulheres, esses movimentos são mais notados
nas clavículas.

Em alguns casos a vítima podem apresentar Gasping agônico, que é uma


inspiração muito rápida que demora a ocorrer novamente, porque sua frequência
pequena. Pode soar como um resfôlego, ronco ou gemido. Gasping não é respiração
normal. Em alguém que não responde, é sinal de parada cardiorrespiratória.

Se a vítima estiver respirando espontaneamente, haverá pulso. Descartada a


possibilidade de dificuldades respiratórias, o socorrista deve partir para a verificação
de hemorragias graves. Entretanto, se a vítima estiver irresponsiva, ou seja, se não
estiver respirando ou apresentar respiração anormal, acione o serviço de emergência
imediatamente e inicie os passos da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).

Acionando o serviço de emergência:

Se você estiver sozinho:

 Gritar por socorro enquanto começa a avaliar a vítima;


 Se ninguém responder ao seu chamado e não houver necessidade de
cuidados imediatos:
o Deixe a vítima por um momento enquanto vai telefonar para o
serviço de emergência;
o Consiga um kit de primeiros socorros e um Desfibrilador Externo
Automático (DEA) se possível;
o Retorne ao local que está a vítima.

Se você estiver com outras pessoas:

 Permaneça com a vítima e fique pronto para prestar os primeiros


socorros ou iniciar os passos da RCP, se você souber como fazê-lo;
 Pedir para alguma outra pessoa telefonar para o serviço de atendimento
de emergência e conseguir um kit de primeiros socorros e um DEA, se
possível.

134
Obs: “Os aeroportos, shopping centeres, centros empresariais, estádios de
futebol, hotéis, hipermercados e supermercados, casas de espetáculos e locais de
trabalho com concentração acima de 1000 (mil) pessoas ou circulação média diária de
3000 (três mil) ou mais pessoas, os clubes e academias com mais de 1000 (mil) sócios,
as instituições financeiras e de ensino com concentração ou circulação média diária de
1500 (mil e quinhentas) ou mais pessoas, ficam obrigados a manter, em suas
dependências, aparelho de desfibrilador externo automático.” Lei municipal de São
Paulo, número 14.621 do ano de 2007.

Checar circulação:

Para determinar o pulso de um adulto, deve-se localizar a proeminência


laríngea (pomo de adão), colocando o dedo indicador e médio nesse local e deslizando-
o para a lateral do pescoço, entre a traqueia e a parede do músculo ali existente.
Nesse local encontra-se uma depressão, onde poderá ser sentido o pulso carotídeo.

O socorrista não deve posicionar seus dedos no lado oposto àquele em que se
encontra. Além da possibilidade de não se aplicar pressão suficiente, esta estratégia
pode pressionar a traqueia e causar embaraço à passagem do ar ou uma convulsão, ou
a súbita movimentação da vítima poderá provocar lesões desnecessárias.

Sinta o pulso carotídeo, por no mínimo 5, mas não por mais do que 10 segundos.

Checar a existência de grandes hemorragias:

Após constatar a presença de pulso, deve-se procurar por grandes hemorragias


e estancá-las, utilizando qualquer um dos métodos de estancamento que serão
ensinados mais à frente.

135
Se a vítima estiver respirando adequadamente, tiver pulso e não possuir
hemorragias, ou estas se encontrarem sob controle, pode-se iniciar a análise
secundária.

Na realização da análise primária não se deve despender mais do que 30


segundos.

Se a vítima não tiver pulso, acione o serviço de emergência e comece


imediatamente a RCP, começando com compressões torácicas.

Considerações especiais:

Vítima em decúbito ventral (barriga para baixo)

Para realizar a análise primária em vítimas inconscientes, encontradas em


decúbito ventral, deve-se, antes de tudo, girá-las. Recomenda-se sempre o emprego
de quatro socorristas para realizar o rolamento, de forma a preservar a coluna
vertebral da vítima.

Porém, estando o socorrista só, e não havendo possibilidade de contar com


qualquer pessoa para ajudá-lo, deve proceder conforme mostram as fotos:

CUIDADO!!!
Uma pessoa que estiver tendo uma parada cardiorrespiratória poderá morrer se
não for atendida adequadamente.

A parada cardiorrespiratória leva à morte


no período de 3 a 5 minutos.

136
A medição do pulso deve ser feita usando o dedo indicador e o dedo médio,
colocando-os na região do punho ou do pescoço, onde sentiremos a pulsação da artéria.

Não utilize seu polegar para detectar o pulso da vítima. Você poderá sentir seu
próprio pulso com ele.

2.2. 2.2. Análise Secundária


O principal propósito da análise secundária é descobrir lesões ou problemas
diversos que possam ameaçar a sobrevivência da vítima, se não forem tratados
convenientemente.

É um processo sistemático de obter informações e ajudar a tranquilizar a


vítima, seus familiares e testemunhas que tenham interesse pelo seu estado, e
esclarecer que providências estão sendo tomadas.

Os elementos que constituem a análise secundária são:

 Entrevista Objetiva: conseguir informações por meio da observação do


local e do mecanismo da lesão, questionando a vítima, seus parentes e as
testemunhas.
o Exame da cabeça aos pés - realizar uma avaliação
pormenorizada da vítima, utilizando os sentidos do tato, da
visão, da audição e do olfato.
o Sintomas - são as impressões transmitidas pela vítima, tais como:
tontura, náusea, dores, etc.
o Sinais vitais - pulso e respiração.
o Outros sinais - Cor e temperatura da pele, diâmetro das pupilas,
etc.

o Entrevista Subjetiva: a análise secundária não é um método fixo e


imutável, pelo contrário, ele é flexível e será conduzido de acordo com
as características do acidente e experiência do socorrista. De modo geral,
deve-se, nessa fase, conseguir informações como:
o Nome da vítima;

137
o Idade;
o se é alérgica;
o se toma algum medicamento;
o se tem qualquer problema de saúde;
o qual sua principal queixa;
o o que aconteceu;
o onde estão seus pais ou parentes (se for uma criança).

Exame da cabeça aos pés: Esse exame não deverá demorar mais do que 3
minutos. O tempo total gasto para uma análise secundária poderá ser reduzido se um
segundo socorrista cuidar de obter os sinais vitais, enquanto o primeiro socorrista
executa o exame do acidentado.

Durante o exame, o socorrista deve tomar cuidado para não movimentar


desnecessariamente a vítima, pois lesões de pescoço e de coluna espinhal, ainda não
detectadas, poderão ser agravadas.

Tomar cuidado para não contaminar o ferimento e/ou agravar lesões. Não
explorar dentro de ferimentos, fraturas e queimaduras. Não puxar roupa ou pele ao
redor dessas lesões.

O exame da cabeça aos pés é uma denominação tradicional. Atualmente tem


sido pacífico o entendimento que a avaliação propriamente dita deva começar pelo
pescoço, para detecção de possíveis lesões na coluna cervical.

Ao proceder um exame da cabeça aos pés, procurar seguir o método abaixo


indicado:

 Avaliar a coluna cervical, procurando deformações e/ou pontos dolorosos;


 Examinar o couro cabeludo, procurando cortes e contusões;
 Checar toda a cabeça, procurando deformações e depressões;
 Examinar os olhos, procurando lesões e avaliando o diâmetro das pupilas.

138
Veja agora as tabelas que mostram como você deve observar os sintomas causados
em diversas situações de acidentes e quais as causas prováveis de seus acontecimentos.

 Observar a superfície interior das pálpebras. Se estiverem descoloradas,


pálidas, indicam a possibilidade de hemorragia grave;
 Inspecionar as orelhas e o nariz. Hematoma atrás da orelha ou perda de sangue
ou líquido cefalorraquidiano pelo ouvido e/ou nariz pode significar lesões
graves de crânio;
 Inspecionar o interior da boca, mantendo-se atento à presença de corpos
estranhos, sangue ou vômito;
 Observar a traqueia;
 Examinar o tórax, procurando por fraturas e ferimentos;
 Observar a expansão torácica durante a respiração, de acordo com a Tabela da
próxima tela.

139
 Examinar o abdome, procurando ferimentos e pontos dolorosos;
 Examinar as costas procurando áreas dolorosas e deformidades;
 Examinar a bacia procurando fratura;
 Observar lesões na genitália;
 Examinar as pernas e os pés, procurando ferimentos, fraturas e pontos
dolorosos. Checar presença de sensibilidade neurológica;
 Examinar os membros superiores desde o ombro e a clavícula até as pontas dos
dedos, procurando por ferimentos, fraturas e áreas dolorosas;
 Inspecionar as costas da vítima, observando hemorragias e/ou outras lesões.

SINAIS VITAIS

 Cor e temperatura relativa da pele;


 Pulso;
 Respiração.

Aliado ao exame da cabeça aos pés, esses sinais são valiosas fontes de informação,
que permitem um diagnóstico provável do que está errado com a vítima e, o que é
muito importante, quais são as medidas que devem ser tomadas para corrigir o
problema.

Esses sinais estão esquematizados nas tabelas abaixo:

140
Para medir a taxa respiratória, deve-se contar o número de respirações
realizadas pela vítima no intervalo de 30 segundos e multiplicar por 2.

PULSO
Deve-se determinar se o pulso é normal, rápido ou lento; se o ritmo é regular
ou irregular, e se, quanto à força, ele é forte ou fraco.

Na análise secundária, o pulso pode ser sentido na artéria radial. Caso não seja
possível, procurar determiná-lo na artéria carótida.

ATENÇÃO: Utilizar os dedos indicador e médio para verificar o pulso da vítima.


Nunca verificar pulso através do polegar, pois o socorrista poderá se enganar, sentindo
o seu próprio pulso ao invés do pulso da vítima.

Pequenas variações para mais ou para menos devem ser consideradas normais,
levando-se em consideração o stress da vítima envolvida num acidente ou com um
súbito problema de saúde.

Observar a Tabela 15.6 para determinar a taxa do pulso.

Considerar como sinais sérios pulsos abaixo de 50 ou acima de 100 por minuto,
em vítimas adultas, e abaixo de 60 batidas por minuto, em crianças.

141
VERIFICANDO O PULSO

Ao determinar o pulso por minuto, procurar sentir a sua regularidade e força.

Contar o número de batidas durante 30 segundos e multiplicar por 2.

É necessário estar atento com acidentes que causam a


parada respiratória.

Respiração

Respirar é essencial. Se esse processo básico cessar todas as outras funções


vitais também serão paralisadas.

Com a parada respiratória, o coração em pouco tempo também vai deixar de


bater. Quando isso ocorre, lesões irreversíveis nas células do sistema nervoso central
começam a acontecer, após um período de aproximadamente seis minutos.

Vias Aéreas

Dentro da análise primária, o socorrista deve promover a abertura das vias


aéreas e assegurar, desta forma, a respiração adequada.

Utilizar o método de elevação do queixo e rotação da cabeça para vítima que


seguramente tem afastada a possibilidade de lesão cervical. Caso haja suspeita desse
tipo de lesão, optar pela tríplice manobra para prover a ventilação necessária.

142
Quaisquer desses métodos assegurarão adequada abertura das vias aéreas, o
que, em muitos casos, resolverá os problemas de obstrução parcial, principalmente
aqueles causados pela própria língua da vítima.

Identificação da Parada Respiratória

 Avaliar a segurança do local e do socorrista;


 Estabelecer a inconsciência da vítima. Encontrando-se sozinho, deve
solicitar ajuda ao confirmar que a vítima está inconsciente;
 Olhar os movimentos do tórax;
 Utilizar de três a cinco segundos para se certificar que respira;
 Observar se a pele do rosto está pálida ou azulada.

Boca-máscara

Essa técnica é, atualmente, o mais eficiente método de prover respiração


artificial e pode ser realizada por qualquer pessoa.

QUAL A SUA FINALIDADE?

Elas permitem reduzir os esforços para manutenção das vias aéreas abertas e,
principalmente, reduzem os problemas de higiene e contágio de doenças
transmissíveis, sempre possível quando do contato direto pelo método boca-boca.

A máscara facial pode ser utilizada com ou sem emprego da cânula de Guedel.

Para prover boca-máscara em uma vítima o socorrista deve:

 Posicione-se de joelhos ao lado da cabeça da vítima;


 Coloque o equipamento no rosto da vítima de tal forma que o ápice da
máscara (elas são triangulares) cubra o nariz da vítima, e a base se
posicione entre o lábio inferior e a ponta do queixo da vítima;
 Usando a mão que está mais próxima ao alto da cabeça da vítima,
coloque o indicador e o polegar ao longo da borda da máscara formando
um "C";
 Coloque o polegar da outra mão ao longo da borda inferior da máscara;

143
 Coloque os dedos restantes da segunda mão ao longo da margem óssea
da mandíbula e eleve-a. Execute uma manobra de inclinação da cabeça
– elevação do queixo para abrir a via aérea;
 Ao erguer a mandíbula, pressione com firmeza e por completo em torno
da borda exterior da máscara para vedá-la contra o rosto;
 Sopre por 1 segundo para produzir elevação do tórax da vítima;
 Fazer uma ventilação e observar a expansão torácica da vítima;
 Afastar a boca do orifício de ventilação da máscara para permitir a
exalação da vítima;
 Continuar esse ciclo, efetuando a respiração artificial, de acordo com o
tipo da vítima.

Obstrução Respiratória

Ao iniciar a manobra de respiração artificial, o socorrista pode se deparar com


uma resistência ao tentar ventilar. Isso significa que, por qualquer problema, o ar
insuflado não está conseguindo chegar aos pulmões da vítima. Não adianta prosseguir
na análise primária, sem antes corrigir e eliminar a obstrução.

Causas de obstrução respiratória: há muitos fatores que podem causar


obstrução das vias aéreas, total ou parcialmente. Em nível de suporte básico da vida
pode-se atuar e corrigir as mais comuns, que são:

 Obstrução causada pela língua;


 Obstrução causada por corpos estranhos.

Sinais de obstrução respiratória parcial: uma vítima está tendo obstrução


parcial das vias aéreas quando:

 Sua respiração é muito dificultosa, com ruídos incomuns;


 Embora respire, a cor de sua pele está azulada (cianótica),
principalmente ao redor dos lábios, leito das unhas, lóbulo das orelhas
e língua;
 Está tossindo. (Nestes casos, a vítima estará consciente e o socorrista
apenas irá encorajá-la a tossir, aguardando que o corpo estranho que
vem causando a obstrução seja expelido).

Obstrução respiratória completa:

Obstrução causada pela língua: em situações em que a vítima se encontre


inconsciente, com a cabeça flexionada para frente ou com algum objeto, como

144
travesseiro, por exemplo, sob a nuca, é possível que esteja sendo sufocada pela
sua própria língua, que, caindo para trás, vai obstruir a passagem do ar pela
garganta.

Em casos como esse, a simples retirada do objeto sob a nuca e a manobra já


descrita de abrir as vias aéreas são suficientes para restabelecer o fluxo normal da
respiração.

Obstrução causada por corpo estranho em vítima inconsciente: quando


constatada a parada respiratória em uma vítima e o socorrista, ao iniciar as
manobras de ventilação, sentir resistência à livre circulação do ar, deve repetir a
operação de abrir vias aéreas. Se mesmo após essa segunda tentativa de abrir vias
aéreas o socorrista não obtiver sucesso, significa que a vítima está com uma
obstrução respiratória completa, causada por corpo estranho, como por exemplo:
pedaço de alimento, moeda, goma de mascar, prótese dentária, bala e sangue.
Nestes casos, não adianta prosseguir com a análise primária. O socorrista tem que
desobstruir as vias aéreas e restabelecer a respiração da vítima.

Vamos conhecer o procedimento adotado pelo Corpo


de Bombeiros de São Paulo em situações em que há
vítimas inconscientes.

Para realizar a manobra de heimlich, o socorrista deverá:

 Posicionar a vítima em decúbito dorsal;


 Ajoelhar-se ao lado da vítima na altura de suas coxas;
 Colocar a palma de uma das mãos no ponto médio entre o umbigo e a ponta
do osso esterno (apêndice xifóide) da vítima, com os dedos apontando para
o queixo da vítima;
 Colocar a outra mão por sobre a primeira e posicionar os ombros de modo a
coincidir com o abdome da vítima;
 Pressionar com as mãos para baixo e para frente, em direção ao diafragma
da vítima, como se o socorrista estivesse tentando empurrar os ombros da
vítima.

145
- Realizar essas compressões abdominais cinco vezes.
- Procurar retirar o corpo estranho e;
- Se não obtiver êxito, repetir a manobra de heimlich.

Obstrução causada por corpo estranho em vítima consciente

Para constatar essa obstrução o socorrista deve questionar a vítima: “Você pode
respirar?”; “Você pode falar?”; “Você está engasgado?”.

Em vítimas conscientes, o alimento é a principal causa de obstrução das vias


aéreas.

Quando esse acidente ocorre, a vítima fica muito nervosa e agitada pela
impossibilidade de respirar e caracteristicamente vai segura o pescoço, fazendo o sinal
universal da asfixia. Ela tentará falar e não conseguirá.

Se a vítima confirmar através de movimento afirmativo (como por exemplo,


balançando a cabeça), à última pergunta, o socorrista deve imediatamente iniciar a
manobra de heimlich para vítimas conscientes.

Para realizá-la o socorrista deverá:

 Você deve ficar em pé ou ajoelhado atrás da vítima e enrolar seus braços


em torno da cintura da vítima;
 Cerre uma das mãos. Coloque o polegar da mão cerrada contra o abdome
da vítima, na linha média, um pouco acima do umbigo e bem abaixo do
esterno;

146
 Agarre a mão cerrada com a outra mão e pressione a mão cerrada contra o
abdome da vítima, com uma compressão rápida e forte para cima;
 Repita as compressões até que o objeto seja expelido da via aérea;
 Aplique cada nova compressão com um movimento distinto e separado para
aliviar a obstrução.
 Observar se a vítima expele o corpo estranho e volta a respirar
normalmente. Em caso de insucesso, repetir a manobra. Se a vítima se
tornar inconsciente, iniciar imediatamente as manobras de Ressuscitação
Cardiopulmonar;
 Se a vítima for excessivamente obesa ou gestante, realizar as compressões
no meio do osso esterno;
 Se a vítima da obstrução for a própria pessoa a fazer a manobra, deve
utilizar-se do espaldar de uma cadeira.
 OBS.: Deve-se tomar cuidado ao posicionar o braço ao redor da cintura da
vítima para não ocasionar fratura de costela.

Parada Cardíaca
Quando o coração para de bombear sangue para o organismo, as células deixam
de receber oxigênio.

Existem órgãos que resistem vivos, até algumas horas, porém, os neurônios do
sistema nervoso central (SNC) não suportam mais do que seis minutos sem serem
oxigenados e entram em processo de necrose.

Desta forma, a identificação e a recuperação cardíaca devem ser feitas de


imediato. Caso haja demora na recuperação cardíaca, o SNC pode sofrer lesões graves
e irreversíveis, e a vítima pode, até mesmo, morrer.

Como identificar uma Parada Cardiorrespiratória

A AHA – American Heart Association criou a cadeia de sobrevivência de


pacientes vítimas de PCR, representando as 5 etapas fundamentais para a sobrevida
dos pacientes vítimas de PCR.

147
1. Acesso precoce - Identificar a PCR e pedir ajuda precocemente;

2. RCP Precoce - Iniciar as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)


compressões Cardíacas + Ventilações, precocemente;

3. Desfibrilação Precoce - Ter acesso de preferência no local na PCR a um


Desfibrilador Externo Automático (DEA) e aplicar o choque, quando indicado,
precocemente.

4. Suporte Avançado Rápido - Esse passo como o anterior, depende do primeiro elo
da cadeia. Não devemos esquecer de PEDIR AJUDA!

5. Cuidados PÓS-PCR - Todo paciente vítima de PCR, quando reanimado deverá ter
a causa da PCR tratada e receber os cuidados pós PCR em unidade de terapia
intensiva.

Identificação:

 Inconsciência;
 Ausência de circulação / pulso;
 Ausência de respiração;
 Se estiver sozinho, procure por ajuda e ligue para o serviço de emergência,
SAMU ou Bombeiros;
 Solicite um Desfibrilador Externo Automático (DEA);
 Inicie imediatamente as manobras de Ressuscitação Cardio-Pulmonar.

Tratamento:

O socorrista deverá iniciar a massagem cardíaca externa o mais cedo possível,


seguindo os passos abaixo:

 Posicione-se de joelhos ao lado da vítima;


 Verifique se a vítima está deitada com o rosto para cima, sobre uma
superfície plana e firme;
 Se a vítima estiver deitada com o rosto para baixo, vire-a para cima com
cuidado;

148
 Se suspeitar que a vítima tenha traumatismo craniano ou trauma cervical,
tente manter a cabeça, o pescoço e o tronco alinhados ao rolar a vítima
para colocá-la com o rosto voltado para cima;
 Coloque o calcanhar de uma mão no centro do tórax da vítima, na metade
inferior do externo;
 Coloque o calcanhar da outra mão sobre a primeira mão;
 Estique seus braços e posicione seus ombros diretamente sobre as mãos.
 Pressione pelo menos 5 cm em cada compressão (o que requer esforço). Em
cada compressão torácica, lembre-se de comprimir o esterno da vítima em
linha reta;
 Administre as compressões de modo regular, a uma frequência de, no
mínimo, 100/120 minuto.
- Ao final de cada compressão, permita o retorno total do tórax
(reexpansão). O retorno do tórax permite que o sangue flua para o coração
e é necessário para que as compressões torácicas criem fluxo sanguíneo. O
retorno incompleto do tórax é prejudicial porque reduz o fluxo sanguíneo
criado pelas compressões torácicas. Os tempos de compressão torácica e
retorno do tórax devem ser aproximadamente iguais;
 Minimize as interrupções.

Observe as ilustrações sobre tratamento:

Nos casos de parada respiratória e cardíaca simultânea, deve-se intercalar a


respiração artificial com a massagem cardíaca, método conhecido como Reanimação
Cardio-Pulmonar ou RCP, do seguinte modo:

149
RCP - UM SOCORRISTA

No atendimento realizado por um leigo, estudos recomendam a realização de


compressões torácicas contínuas, aumentando substancialmente a sobrevida de
indivíduos que sofreram PCR, ao se comparar com aqueles que não receberam nenhum
atendimento de ressuscitação. Recomenda-se que o atendente do serviço de
emergência oriente o leigo a realizar compressões torácicas contínuas, até a chegada
do segundo socorrista.

Usando o Desfibrilador Externo Automático (DEA)

Se você tiver um DEA disponível você deve:

1) Colocar o paciente em um lugar seco, caso esteja em uma poça d’água;

2) Secar o tórax caso esteja molhado;

3) Posicione o DEA ao lado da cabeça da vítima;

4) Abra o estojo;

5) Ligue o DEA e siga as orientações ele emitirá;

6) Retire as pás de adultos e remova o papel adesivo protetor;

7) Aplique as pás adesivas no tórax desnudo da vítima:

 Coloque uma pá no tórax superior direito (diretamente abaixo da


clavícula) da vítima;
 Coloque a outra pá ao lado do mamilo esquerdo, com a borda
superior algumas polegadas abaixo da axila.

8) Acople os cabos de conexão do DEA à caixa do DEA;

9) Isole a vítima e aguarde a análise do ritmo cardíaco;

10) O DEA indicará se será necessário aplicar algum choque;

11) Se o DEA recomendar um choque, ele alertará para que todos se afastem
da vítima:

 Não permita que ninguém encoste na vítima;


 Anuncie em voz alta uma mensagem para que todos se afastem
da vítima, como por exemplo, “todos afastados” - Verifique
visualmente se realmente ninguém está em contato com a
vítima.

12) Pressione o botão SHOCK (choque);

150
13) Se a aplicação do choque não for necessária, ou após a administração de
um choque, reinicie imediatamente a RCP, começando pelas compressões
torácicas;

14) Após 5 ciclos, ou cerca de 2 minutos de RCP, o DEA o avisará para repetir a
etapa 7;

15) Se “choque não recomendado”, reinicie imediatamente a RCP, começando


com as compressões torácicas.

CUIDADO!!!
Obs: nunca desligue o DEA ou descole as pás do tórax da vítima.

RCP - DOIS SOCORRISTAS

 Adulto - 30 compressões torácicas para 2 ventilações (mínimo 100/120


compressões por minuto);
 Fazer 5 ciclos ou 2 minutos de 30 compressões para 2 ventilações e revezar o
socorrista;
 Não interromper a RCP por mais de 10 segundos, exceto se:
o A vítima apresentar retorno de pulso e respiração;
o A vítima estiver em condições de contar com recursos mais
avançados e com pessoal apto para prosseguir no tratamento;

Se o DEA estiver disponível, utilizar da mesma forma descrita anteriormente,


com a diferença que quando se está em dois socorristas, não se para a massagem
cardíaca até que seja recomendado pelo DEA, ou seja, um dos socorrista fica fazendo
compressões e ventilações, enquanto o outro manuseia o DEA. Quando o DEA for
analisar o ritmo ele pedirá para todos se afastarem da vítima, neste momento o
socorrista deve parar as compressões e ventilações e se afastar.

Assim que o choque for aplicado, ou se ele não for necessário, iniciar
imediatamente as manobras de RCP, começando pelas compressões, até que o DEA
volte a dar instruções ou o resgate chegue.

151
Em crianças, as compressões são administradas com apenas uma das mãos e,
em bebês, usa-se o dedo indicador e o dedo do meio. Nesses casos, a respiração
artificial é aplicada sobre a boca e o nariz. O DEA também deverá ser utilizado nos
bebês, só que nesse caso com a as pás pediátricas. Caso não tenha as pás pediátricas
no estojo do DEA, utilize as pás de adultos colocando uma no tórax anterior e a outra
nas costas do bebê.

Sinais evidentes de morte:


 Decapitação;
 Calcinação;
 Putrefação;
 Rigidez cadavérica.

Tipo de lesão O que fazer?

Mantenha a vítima no solo, protegendo


Desmaios sua cabeça e retirando de perto os
objetos.

- Deitar a pessoa de costas com a cabeça


baixa.
Ferimentos Superficiais
- Desapertar sua roupa.
-Aplicar panos frios no rosto e na testa.

Impedir o deslocamento das partes


Fraturas quebradas,
evitando maiores danos.

Convulsão Após lavar, aplicar um anti- séptico.

152
1) Uma vítima de acidente de trânsito parou de respirar. Nesta situação, você:
a) avalia que a vítima morreu, não há mais nada a fazer.

b) avalia que a vítima ainda pode estar viva, se não estiver roxa.

c) avalia que a vítima pode estar vica e deve ser atendida imediatamente

d) fica impedido de prestar socorro se estiver sozinho

e) aplica alguns tapas nas costas, pois a vítima pode estar engasgada.

Choque elétrico
O que é: É a perturbação que se manifesta no organismo humano, quando este
é percorrido pela corrente elétrica.

Sintomas: Contrações musculares; comprometimento do sistema nervoso


central, podendo levar à parada respiratória; comprometimento cardiovascular
provocando a fibrilação ventricular – "parada cardíaca"; queimaduras de grau e
extensão variáveis, podendo chegar até a necrose do tecido.

O que fazer: Em caso de acidente com choque elétrico, a primeira atitude para
socorro da vítima é desligar a energia o mais rápido possível ou afastar a vítima do
contato elétrico, utilizando manga e luva isolante de borracha de acordo com classe
de tensão e bastão isolante elétrico. Neste caso, o socorrista deverá avaliar a situação
e se equipar adequadamente.

ATENÇÃO:

 Não toque na vítima até que ela esteja separada da energia ou então que
esta seja interrompida;
 Se você souber como fazer, proceda o desligamento da energia. Se não
souber, chame imediatamente quem sabe;
 Inicie os procedimentos de RCP (Reanimação Cardio-Pulmunar), logo que a
vítima estiver livre do contato com a energia.

153
Convulsões
O que é: Contratura involuntária da musculatura provocando movimentos
desordenados e em geral acompanha perda de consciência.

O que fazer:

 Mantenha a vítima no solo, protegendo sua cabeça e, retire de perto objetos


com os quais possa se machucar;
 Acione o serviço de emergência;
 Posicione a cabeça da vítima lateralmente para escorrer a saliva;
 Não tente impedir os movimentos convulsivos;
 Não coloque a mão na boca da vítima;
 Terminada a convulsão, mantenha a vítima deitada e observe se a vítima
está respirando. Se a vítima se tornar não responsiva, inicie os passos da
RCP.

Estado de choque
O que é: Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque. Esta é
uma reação comum em vítimas de acidentes com hemorragias internas ou externas,
emoções fortes, choques elétricos, queimaduras, envenenamentos, intoxicações,
ataques cardíacos, fraturas, exposição a temperaturas extremas, ferimentos graves,
infecções, reações alérgicas, compressões e amputações.
Cada uma destas causas gera um estado de choque diferente: choque emocional,
choque anafilático, choque térmico, choque cardíaco, etc. A perda de sangue e
líquidos provoca o estado de choque hipovolêmico, o tipo mais comum em acidentes.

O que fazer:

 Primeiramente, tente acalmar a vítima;


 Acione o serviço de emergência;

154
 Deite-a de costas, com as pernas elevadas. Mantenha a cabeça da vítima
virada para um lado, evitando, em caso de vômito, que ela o aspire e se
asfixie;
 Essa manobra só não deve ser realizada se houver suspeita de lesão de
coluna cervical;
 Afrouxe as roupas da vítima para facilitar a respiração e a circulação;
 Cubra a vítima com cobertor ou manta térmica.

Sintomas:

 Pele fria e pegajosa;


 Suor na testa e na palma das mãos;
 Face pálida com expressão de ansiedade;
 Frio: a vítima queixa-se de frio, podendo ter tremores;
 Náuseas e vômitos;
 Respiração curta, rápida e irregular;
 Extremidades arroxeadas;
 Visão nublada e inconsciência;
 Pulso rápido e fraco.

Hemorragias
O que é: É a perda de sangue por rompimento de um vaso sanguíneo: artéria
veia, ou capilar.

O que causa: Dependendo de sua gravidade, pode ocasionar a morte entre 3 a


5 minutos.

Tipos:

 Hemorragia nos membros superiores e inferiores:

O que fazer: 1º passo: Mantenha o membro ferido elevado;

2º passo: Comprima o ferimento com um pano dobrado;

3º passo: Amarre firme com uma atadura larga;

4º passo: Ferimento na perna;

Dobre o joelho do acidentado e mantenha-o


dobrado.

155
5º passo: Mantenha um chumaço de pano, algodão ou
papel junto à articulação;

6º passo: Comprima os pontos de pressão se a hemorragia


persistir.

 Hemorragia na cabeça, tórax e abdome:

O que fazer: 1º passo: Comprima o ferimento com pano dobrado


amarrando-o com atadura larga.

 Hemorragia na cabeça, tórax e abdome e Hemorragia interna:

O que é: É o resultado da lesão de órgãos internos como (fígado, intestinos,


baço, pulmões, estômago, etc., em consequência de ferimentos ou traumatismos
profundos, e levam rapidamente a um estado de choque.
Geralmente o sangue não aparece.

Como reconhecer:

 A vítima apresenta:
 Pulso fraco e rápido
 Suor abundante
 Pele fria e pálida
 Mucosas descoradas
 Tonturas, inconsciência
 Respiração curta, rápida e irregular
 Vômito com sangue (borra de café)
 Presença de sangue vivo nas fezes

O que fazer: 1º passo: Acione o serviço de emergência e espere a chegada


do mesmo;

2º passo: Mantenha a vítima deitada;

3º passo: Verifique a respiração e o batimento cardíaco;

4º passo: Elevar os membros inferiores (pernas) de 20 a 30


cm, exceto em caso de lesões nas coxas, quadril, coluna, tórax
e abdome;

5º passo: Cubra a vítima com cobertor ou manta térmica para


manter a temperatura;

156
6º passo: Não dê nada para a vítima ingerir;

 Hemorragia na cabeça, tórax e abdome e Hemorragia no nariz:

O que fazer: 1º passo: Coloque a vítima sentada, inclinada para frente,


de modo que o sangue não escorra por sua garganta;

2º passo: Pressione lateralmente ambas as narinas por


alguns minutos;

3º passo: Se o sangramento continuar, pressione mais


forte;

4º passo: NÃO utilize bolsa de gelo no nariz ou região


frontal;

5º passo: Se você não conseguir controlar o sangramento


em aproximadamente 15 minutos, a vítima apresentar
problemas respiratórios ou o sangramento for muito
intenso, como hemorragia protusa, acione o serviço de
emergência.

Ferimentos
O que é: Ferimentos são rupturas da pele, que podem ou não atingir outros
tecidos.

O que causa: Se não for cuidado corretamente pode levar à infecção grave.

Tipos:

o Superficiais:

O que fazer: 1º passo: Limpe o ferimento com água e sabão


(lembre-se de lavar as suas mãos antes);

2º passo: Não tente retirar vidros, metal ou farpas


do ferimento, ao menos que saiam facilmente;

157
3º passo: Proteja o ferimento com gaze ou pano
limpo, sem apertar;

o Profundos:

O que fazer: 1º passo: Caso haja sangramento, siga as instruções


do item hemorragias;

2º passo: Proteja o ferimento com pano limpo;

3º passo: Não retire objetos empalados.

Fraturas
É o nome dado à quebra ou ruptura de qualquer osso do corpo humano. As
fraturas mais comuns são as dos ossos das pernas e braços.

Deve-se desconfiar de uma fratura sempre que:

 A parte afetada apresentar um aspecto alterado;


 O membro estiver em posição anormal;
 A vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento;
 A vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local.

As fraturas podem ser fechadas ou abertas.

Fraturas Fechadas

São fraturas nas quais as pontas do osso fraturado não perfuram a pele. Aqui, o
primeiro passo consiste em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando

158
maiores danos. A este procedimento dá-se o nome de imobilização, a ser feita da
seguinte forma:

 Movimentar a vítima o mínimo possível;


 Colocar o membro acidentado em posição próxima ao natural;
 Colocar talas para sustentar o membro atingido. Qualquer material rígido pode
servir de tala: vareta de madeira ou metal, estaca, tábua, papelão, revista ou
jornal dobrado;
 As talas deverão ultrapassar as articulações, acima e abaixo da fratura;
 Envolver as talas em panos, para não machucar a pele da vítima;
 O braço com suspeita de fratura deve ser imobilizado preferencialmente junto
ao peito;
 Amarrar as talas, com ataduras ou tiras de pano não muito apertadas, em
quatro pontos:
o Abaixo da articulação;
o Abaixo da fratura;
o Acima da articulação;
o Acima da fratura.

No caso de fratura na perna, um bom recurso é amarrar a perna quebrada na


sadia, colocando um lençol ou manta dobrada entre as duas.

Fraturas Abertas

São fraturas nas quais as pontas do osso fraturado perfuraram a pele. Aqui,
além da fratura propriamente dita, deve-se cuidar do ferimento da pele, evitando
contaminações, infecções e hemorragias:

 Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gaze ou pano limpo;


 Se houver hemorragia abundante (sinal indicado de ruptura de vasos), aplicar
os procedimentos já vistos;
 Imobilizar o membro fraturado da mesma forma que uma fratura fechada;
 Providenciar socorro especializado para o acidentado.

Em alguns casos, a vítima pode apresentar também entorses e luxações nas


articulações.

159
 Entorses: quando articulações são forçadas além do limite natural, como numa
torcedura de pé, por exemplo;
 Luxações: ocorrem nas articulações, quando os ossos saem do lugar, com muita
dor, inchaço, dificuldade nos movimentos, etc;

Importante: nas entorses, luxações e outros casos em que haja dúvida, deve-se
proceder como se fosse uma fratura.

Fraturas da Coluna Vertebral

A coluna vertebral é formada por pequenos ossos chamados de vértebras.


Dentro da coluna, existe um canal, o raquidiano, por onde passa a medula, que é o elo
de ligação entre o cérebro e o restante do corpo. Pela medula, passam impulsos
nervosos, que controlam movimentos, funcionamento, sensações e reações de todos
os membros e órgãos.

Caso ocorra uma fratura de coluna vertebral em que haja lesão na medula,
poderá ocorrer a perda definitiva de movimentos ou funções de todas ou algumas
partes do corpo.

O atendimento de emergência, quando mal executado, pode prejudicar


gravemente o estado da vítima. Se o acidentado fraturou uma vértebra, por exemplo,
o socorro mal feito poderá lesar a medula.

Devemos suspeitar de fratura na coluna:

 Sempre que a vítima estiver inconsciente;


 Apresentar dores nas costas ou no pescoço;
 Formigamentos e dormência nos braços e pernas;
 Não conseguir sentar ou não mexer alguma parte do corpo.

Procedimentos:
 Não mexer, nem deixar alguém tocar na vítima, até a chegada do socorro
especializado;
 Manter a vítima agasalhada e imóvel;
 Observar a respiração, pois esse tipo de lesão pode provocar parada
respiratória, que exigirá procedimentos de respiração artificial.

160
CUIDADO!!!
Transportar pessoas com suspeita de fratura de coluna é muito arriscado.
Mesmo que o socorro demore, é preferível esperar, sem tocar na vítima. Porém, isso
varia muito de uma situação para a outra. Quem estiver prestando o atendimento de
emergência terá que tomar está difícil decisão.

Quando não houver nenhuma possibilidade de chegada de socorro


especializado, ou se o quadro da vítima estiver se agravando muito rapidamente,
poderá tornar-se obrigatória sua remoção.

Nesse caso, tomar as seguintes precauções:

 Providenciar prancha;
 Para passar a vítima para a prancha, utilizar pelo menos três pessoas: cada
um ergue uma parte do corpo, ao mesmo tempo e com muito cuidado, sem
entortar ou torcer o corpo da vítima;
 Manter a vítima esticada e deitada de barriga para cima, providenciando
apoio para a coluna, na cintura e no pescoço;
 Se a lesão for no pescoço, improvisar um colar cervical de papelão, envolto
em uma bandagem, para imobilizar a cabeça da vítima;
 Quando não houver, improvisar com uma camisa, toalha, jornal ou outro
pano;
 Para evitar movimentos da vítima, imobilizá-la na prancha, passando faixas
em quatro pontos, sem apertar demais;
 O transporte deve ser feito evitando freadas e movimentos bruscos;
 Não transportar o paciente sentado ou encolhido.

Existem alguns tipos de fixação da vítima na prancha conforme o tipo de


fratura.

Veja a seguir:

PASSAGEM RÁPIDA DAS FITAS: É utilizada para transportes rápidos, onde a


permanência da vítima na maca será por um pequeno período e onde sua completa
imobilização não seja prioridade.3

161
PASSAGEM DA FITA PEITORAL TIPO CRUZADA: Garante maior imobilidade ao
tórax. Para situações onde a completa imobilização da vítima seja

PASSAGEM DA FITA PEITORAL TIPO MOCHILA: Para casos em que haja lesões
na área do tórax.

FITA DO QUADRIL: Garante maior imobilização do quadril e evita que a vítima


deslize na maca. Ideal para trajetos longos ou terrenos acidentados.

BANDAGENS: Depois de colocado o colar cervical, deve-se fixar a cabeça da


vítima à maca através de bandagens. Em situações em que haja necessidade de uma
melhor fixação para as pernas, pode-se amarrá-las também com bandagens.

CUIDADO!!!
NÃO TENTE COLOCAR O OSSO NO LUGAR!

162
Queimaduras

O que é: É toda e qualquer lesão decorrente da ação térmica, química e


biológica sobre o organismo.

Por volta de 15% de todo peso corpóreo de um adulto corresponde à pele, que
é o maior órgão do corpo humano. Sua função é proteger o corpo contra infecções, a
perda de água e é o principal regulador da temperatura.

É também órgão sensorial para o tato, dor, nos dá a sensação da temperatura


e percebe a pressão exercida sobre ela. Em uma área queimada, temos perda do
controle da temperatura, de fluidos orgânicos, de água e da barreira contra infecção.

Quanto à profundidade, uma queimadura pode ser superficial (1º grau), parcial
(2º grau) ou em toda sua espessura (3º grau). Além da profundidade, uma queimadura
é tanto mais grave quanto maior for a superfície do corpo acometida.

Como socorrer: Como socorrer nos casos de queimaduras do 1º e 2º grau:


1. Remova a fonte de calor abafando com pano se houver chama ou jogando
água;

2. Resfrie imediatamente a área queimada com água fria corrente da torneira,


por alguns minutos (quanto mais rapidamente for resfriada, menos grave será
a queimadura);

3. Retire adornos (colares, brincos, cinto, objetos de metal, etc);

4. As roupas que estiverem grudadas na pele, não devem ser removidas;

5. Proteja a área queimada com gaze, lenço ou pano limpo;

6. Leve para um atendimento médico;

Importante! Nas queimaduras de 2º grau, as bolhas não devem ser furadas.

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Como socorrer nos casos de queimaduras de 3º grau

 Remova a fonte de calor;


 Cubra com pano limpo;
 Leve imediatamente para um atendimento médico.

Importante!

Nas queimaduras de 3º grau, o resfriamento com água pode aumentar a chance


de infecção pela perda da proteção da pele, não devendo ser realizado, exceto para
apagar o fogo.

Nunca use nas queimaduras do 1º, 2º ou 3º grau:

 Pasta de dente;
 Manteiga ou margarina;
 Óleos de qualquer tipo;
 Pomadas caseiras;
 Quaisquer outros produtos.

Tipos de Queimaduras

Características de uma queimadura de 1° grau:

 Vermelhidão de leve a intensa;


 A pele fica branca quando pressionamos o local;
 Não há bolhas;
 Presença de ardor e aumento da sensibilidade por 2 dias;
 De 3 a 7 dias pode haver a perda da pele como peeling.

Características de uma queimadura de 2° grau:

 Formam-se bolhas;
 Ardor intenso;
 Área fica sensível ao frio e ao vento;

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Características de uma queimadura de 3° grau:
 Ocorre destruição da pele e tecidos;
 Cor variável;
 Superfície seca;
 Exposição de tecido gorduroso;
 Ausência de dor, pois as terminações nervosas foram destruídas.

Queimaduras de 1º, 2º e 3º graus podem apresentar-se no mesmo acidentado.


O risco de vida (gravidade do caso) não está no grau da queimadura, e sim, na
EXTENSÃO da superfície atingida. Quanto maior a área queimada, maior a gravidade
do caso.

Avaliação da área queimada

A gravidade da queimadura é em parte avaliada pela superfície corporal


queimada. Este índice também é usado para a avaliação do prognóstico para cálculo
das necessidades calóricas e para a estimativa de volume necessário para hidratação
das vítimas nos primeiros dias, desta forma utilizaremos a abordagem clássica na
avaliação da área queimada chamada “regra dos nove”, onde o corpo humano é
dividido em segmentos com aproximadamente 9% de superfície sendo uma regra
simples, porém de aplicação somente em adultos.

Utilizando a “regra dos nove” temos a superfície corporal dívida:

 Genitália 1%
 Cabeça 9%
 Membros superiores 18%
 Membros inferiores 36%
 Tórax e abdômen (anterior) 18%
 Tórax e região lombar (posterior) 18%

Considere:

 Pequeno queimado - menos de 10% da área corpórea;


 Grande queimado - mais de 10% da área corpórea.

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Importante!

Área corpórea para crianças:

 Cabeça 18%;
 Membros superiores 18%;
 Membros inferiores 28%;
 Tórax e abdômen (anterior) 18%;
 Tórax e região lombar (posterior) 13%;
 Nádegas 5%.

Importante!

Área corpórea para crianças:

Cabeça 18%;

Membros superiores 18%;

Membros inferiores 28%;

Tórax e abdômen (anterior) 18%;

Tórax e região lombar (posterior) 13%;

Nádegas 5%.

O que causa: As queimaduras podem causar infecção, desidratação, sequelas


e levar a morte.

As queimaduras ocorrem por causa do calor, da eletricidade, da irradiação


solar, do contato direto com baixas temperaturas, do contato com substâncias
químicas e agentes biológicos

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Internação
O que é: Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais
úmidos e não arejados.

Sintomas:

 Dor de cabeça e náuseas;


 Palidez acentuada;
 Sudorese (transpiração excessiva);
 Pulso rápido e fraco;
 Temperatura corporal ligeiramente febril;
 Câimbra no abdome ou nas pernas;
 Inconsciência.

Como proceder: Remova a vítima para um lugar fresco e arejado, afrouxe as


vestes da vítima. Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto
do corpo.

Insolação
O que é: É uma enfermidade produzida pela ação direta dos raios solares.

Sinais e Sintomas: Normalmente podemos verificar alguns, como:

 Falta de ar;
 Dor de cabeça, náuseas e tonturas;
 Temperatura do corpo elevada;
 Pele quente, avermelhada e seca;
 Extremidades arroxeadas;
 Inconsciência.

O que fazer:

 Remova o paciente para lugar fresco e arejado;


 Coloque-o deitado com a cabeça elevada;
 Coloque compressas frias sobre sua cabeça e envolva o corpo com
toalhas molhadas;
 Remova o paciente para lugar fresco e arejado;
 Coloque-o deitado com a cabeça elevada;

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 Coloque compressas frias sobre sua cabeça e envolva o corpo com
toalhas molhadas;

O ideal é que a temperatura vá diminuindo bem lentamente para que não ocorra
um colapso por quedas bruscas de temperatura.

Desmaios
O que é: Desmaio é a súbita perda dos sentidos, normalmente passageira, com
interrupção das atividades normais do cérebro.

Causas: Contusões, fortes emoções, cansaço, grande perda de sangue,


ambientes abafados e fome.

Sintomas: Podemos perceber que uma pessoa irá sofrer um desmaio quando ela
apresentar:

 Fraqueza;
 Tontura;
 Palidez;
 Suor frio;
 Escurecimento da vista;
 Falta de controle muscular.

O que fazer:

 Deitar a vítima de costas, em local ventilado;


 Afrouxar suas roupas;
 Elevar as pernas a um nível um pouco superior a cabeça, ou colocar a
vítima sentada e posicionar sua cabeça entre as pernas;
 Verificar sinais vitais.

Nunca deixe uma pessoa que acabou de se recuperar de um desmaio levantar-


se imediatamente. O esforço despendido na tentativa de levantar-se ou andar pode
causar um novo desmaio.

Não tente acordar a pessoa que está desacordada com atitudes inadequadas.

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Corpo Estranho
O que é: Veremos, aqui, corpo estranho nos olhos. Os olhos são muito delicados
e quando atingidos por poeira, areia, insetos ou outros pequenos corpos estranhos,
podem sofrer irritação, inflamações e ferimentos mais sérios como a perda de visão.

O que fazer:

Não permitir que a vítima esfregue os olhos;

Não tentar tirar cacos ou objetos cravados;

Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles esteja sadio,
para limitar a movimentação de ambos;

Em caso de contato com produtos químicos e derivados, lavá-los com água


abundante;

A vítima deve ser encaminhada ao especialista imediatamente;

Se o corpo estranho estiver encravado no globo ocular, não tente retirá-lo.


Neste caso, coloque uma compressa ou pano limpo (de preferência um curativo macio)
para cobrir o olho atingido e evitar qualquer movimento do olho afetado.

Intoxicação e Envenenamento
O que é: Venenos são todas as substâncias químicas ou naturais que, postas em
contato com o organismo, causam perturbações mais ou menos graves de saúde,
podendo ocasionar até a morte.

Os venenos atuam a partir de uma determinada quantidade e agem de acordo


com sua natureza ou espécie química.

Essas substâncias, chamadas tóxicas, habitualmente penetram no organismo


pela boca, mas também podem ser absorvidas pelas vias respiratórias (pelos pulmões,
na respiração) e por via cutânea (superfície corporal).

Quando nos referimos a intoxicação, falamos da penetração de substâncias


tóxicas pelas vias digestiva, respiratória e cutânea (pela pele).

Quando nos referimos a envenenamento, falamos da penetração de substâncias


venenosas por inoculação, por exemplo: picadas ou mordeduras de animais que
possuem glândulas secretoras e aparelho inoculador de veneno.

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Sintomas: Os acidentados por intoxicação ou envenenamento apresentam as
seguintes características:

 Cheiro estranho no hálito, se a substância ingerida ou inalada for volátil;


 Queimaduras das mucosas, podendo mudar a cor dos lábios e da língua;
 Dor intensa no trato digestivo superior - boca, esôfago, estômago;
 Restos de substâncias na boca, evidenciando ter ingerido algo estranho,
como folhas de vegetais;
 Salivação abundante;
 Náuseas e vômitos, podendo ser sanguinolentos;
 Dores de cabeça;
 Sonolência ou inconsciência;
 Sinais de estado de choque;
 Em casos extremos: parada respiratória e parada cardíaca.

O que fazer: Você deve:

1 - Caso o ambiente esteja saturado por gases tóxicos, retirar imediatamente o


acidentado para lugar arejado;

2 - Limpar a boca e a garganta do paciente, visando a retirada do tóxico e da


secreção acumulada;

3 - Se houver parada respiratória ou parada cardíaca, iniciar imediatamente os


passos da RCP vistos acima;

4 - Se as roupas estiverem sujas das substâncias tóxicas, retirá-las e lavar o


acidentado com bastante água corrente. Esta prática é indispensável, sobretudo se o
veneno for absorvível pela pele;

5 - Em caso de acidentes por intoxicação ou envenenamento, ligue para 0800


722 6001. Sua ligação será atendida pelo Centro de Informação Toxicológica mais
próximo a você e profissionais especializados orientarão sobre os procedimentos
necessários.

Esta medida pode evitar o deslocamento desnecessário a um pronto socorro ou


evitar que sejam tomadas medidas que prejudiquem o paciente intoxicado.

Ao ser atendido pelo Centro de Informação Toxicológica, informar:

 Idade do paciente;
 Peso do paciente;
 Como foi o contato com o produto;

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 Há quanto tempo foi a exposição;
 Os sintomas que o paciente está apresentando;
 Informações sobre o produto - Tenha a embalagem em mãos;
 Um número de telefone para contato.

6 - Caso necessário, remover a vítima para o hospital, pois todo envenenado


deve ter cuidados médicos imediatos, recolhendo o material tóxico, o recipiente com
rótulo, etc., para entregá-lo ao médico.

Obs.: Caso exista algum risco iminente de desmoronamento ou toxicidade


acionar a DEFESA CIVIL para conter o local e a segurança dos colaboradores.

O que NÃO fazer: O que o socorrista não deve:

1 - Provocar vômito se o paciente estiver em estado de inconsciência, em


convulsão ou tiver ingerido substâncias corrosivas e irritantes, como:

 Soda cáustica;
 Ácidos de qualquer espécie;
 Alvejantes de uso doméstico;
 Amoníaco;

Produtos de petróleo (gasolina, querosene, líquidos de limpeza, etc.);

2 - Dar substâncias oleosas para o paciente beber;

3 - Dar bebidas alcoólicas ao envenenado;

4 - Fazer a vítima caminhar, e nem a excitar;

5 - Perder tempo no atendimento, para que o veneno não seja absorvido pelo
organismo.

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Picadas e Ferroadas
O que é: Os animais podem representar diversos riscos para o homem.
Não só os conhecidos como peçonhentos, cuja picada é capaz de provocar intoxicação
ou envenenamento, como também os de convívio doméstico, pois são potenciais
transmissores de raiva e outras doenças.

Muita atenção com animais peçonhentos ou venenosos, que são aqueles que
secretam substâncias tóxicas (venenos) como cobras, escorpiões e aranhas.

Embora não sejam considerados animais peçonhentos, insetos como abelhas e


formigas também representam riscos para o homem.

Veremos aqui os principais sintomas e o que fazer diante da picada ou ferroada


de algum destes animais.

Tipos de picadas:

Cobras: São classificadas em venenosas e peçonhentas. Provocam


envenenamento no sistema nervoso, causando destruição de proteínas, necrose de
tecido, destruição de glóbulos vermelhos e interferência na coagulação do sangue.

Cobras Venenosas:

O que é: São as que possuem glândulas venenosas, mas não possuem


aparelhos inoculador (dentes com orifício interno). Podem provocar manifestações
gerais e superficiais, e causar alterações no local da picada, como dor, vermelhidão,
dificuldade de deambular, e eventualmente, inchação.

Cobras peçonhentas:

O que é: São as que possuem glândulas venenosas e aparelhos inoculador


(dentes com orifício interno). Conseguem injetar veneno em suas vítimas.

O que fazer: Siga os seguintes procedimentos:

O socorrista deve agir da forma rápida, pois nos primeiros 30 minutos, o


veneno se difunde para os tecidos;

 Deite a vítima e a mantenha calma;


 Não permita que ela se esforce, porque a movimentação faz com
que o veneno se espalhe facilmente pelo corpo;

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 Lave suavemente o local da picada com água corrente (e sabão,
se possível);
 Retire anéis/aliança, se o dedo foi atingido, pois o edema pode
tornar-se intenso e impedir a circulação do sangue;
 Remova a vítima rapidamente para o local mais próximo que
disponha de tratamento pelo soro antiofídico. A soroterapia é o
único tratamento eficiente para combater os males causados por
cobras venenosas.

Ao transportar a vítima, lembre-se:

 Não a deixe caminhar;


 Movimente-a o mínimo possível;
 Não lhe dê bebida alcoólica;
 Se possível, capture-a levando ao hospital.

Não se deve amarrar ou fazer torniquete, o que pode produzir gangrena ou


necrose. Não se deve cortar o local da picada porque alguns venenos podem provocar
hemorragias e, além disso, os cortes favorecem as infecções.

Não se deve ainda, fazer perfurações na região da picada para sugar o veneno
com a boca.

A recuperação do paciente depende da rapidez com que a vítima, vai receber


o soro antiofídico

Escorpiões

Os escorpiões não são agressivos, pois picam somente para se defender.


Permanecem escondidos durante o dia sob troncos de árvores ou pedras, em frestas de
muros.

O veneno provoca dor intensa que pode durar de duas a oito horas. Outros
sintomas são náuseas, vômitos, diarreia, dores na “boca-do-estômago”, vontade
constante de urinar, dificuldade de respirar, palidez, suor intenso. Às vezes, há
salivação abundantemente e dificuldade de falar. Há risco de morte nas primeiras 24
horas, especialmente em crianças.

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A pessoa picada pode ficar em estado de sonolência, entrar em coma e morrer.
Segundo o Instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de escorpião morrem.
Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenament

Enquanto o socorrista aguarda ou providencia socorro médico, deve abrandar a


dor da vítima com compressas quentes e mantê-la no mais completo repouso.

Tipos de ferroada

Aranhas

O que é: As aranhas normalmente não são agressivas, exceto as armadeiras pois


picam apenas quando molestadas. Algumas procuram abrigo sob folhas caídas, pedras
ou em troncos ocos.

Sintomas: Sua picada provoca dor forte imediata. Pode ocasionar aumento de
pressão, suor abundante, agitação, visão turva, vômitos e salivação.

O que fazer:

 Manter a vítima em repouso;


 Lavar a área mordida ou picada com água corrente (e sabão, se
possível);
 Colocar uma bolsa de gelo enrolada em uma toalha ou pedaço de pano
sobre a área picada para ajudar a reduzir o inchaço;
 Encaminhar ao médico;
 Capturar o animal para identificação, permitindo uma melhor
assistência.

Abelhas e Formigas

O que é: Os insetos, como abelhas e formigas, embora não sejam considerados


animais peçonhentos, têm uma picada que pode provocar reações alérgicas, que
dependendo da sensibilidade da vítima, poderá desencadear processo alérgico grave,
com consequências de morte.

Sintomas: Uma pessoa picada por abelha ou formiga pode apresentar:

 Dor intensa;
 Inchação na região;
 Náusea;
 Vômito;

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 Tontura;
 Transpiração;
 Dificuldade de respiração;
 Aparecimento de manchas avermelhadas na pele;
 Coceira no local;
 Convulsões e coma;
 Mantenha a vítima em repouso;
 Encaminhar ao médico;
 Capturar o animal para identificação, permitindo uma melhor
assistência;

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