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eee Capitulo 19 Selecio e Adaptacto de Proteses Auditivas em Adultos Katia de Almeida Introducéo Perdas auditivas adguiridas na idade adulta tem um sé- rio impacto na qualidade de vida de seus portadores. Esse impacto resulta primariamente dos deficits nas ati Vidades de percepgao de fala e comunicagao eas limita: g8es impostas por esses défcits na participagdo nas imteragdes pessoas, socais, pofisionais e de lazer! Proteses auditivas so o meio primério de reabili- tagdo para os portadores de perdas auditivas para as uais nao hé watamento elinico ou cinkrgico possive O progndstico de sucesso que o individuo obteré com © uso da amplificagio variaré drasticamente depen- ddendo do local da leséo, do grau de perda auditiva e Principalmente das expectativas existentes com rela <0 4 amplificagio, De modo geral, podemos dizer que para os portadores de perdas neurossensoriais os rest. tados esperados no serio to satistatsrios. quanto aqueles obtidos na protetizago das perdas condutivas e settio bem piores se houver algum comprometimento no sistema auditivo central. Nos tiltimos anos, os avancos tecnolégicos que ecorreram no design das préteses auditivas e nos pro. cedimentos de selegdo levaram a uma melhora i Portante na adaptagio de proteses auditivas. Novos equipamentos tornaram-se disponiveis, novas formas de processamento do sinal actstico foram introduzie das, gerando a cada inovago uma consequente melhora na qualidade do som amplificedo, Gragas a tas avan- 05, podemos dizer que a maioria dos individuos defic ientes auditivos pode se beneficiar do uso de uma protese auditiva, portador de uma perda auditiva neurossensorial ndo ouve apenas menos do que o normal; ouve pior € com alteragées importantes na qualidade do sinal Aactstico. Isso porque além da elevagao dos limiares de audibilidade, outros dicts pereeptuais esto associa. dos, como a seletividade de feequéncia reduzida: reducio da resolugio temporal; a alteragdo do proces- samento binaural da informagio e a reduedo da érea dindmica da audicio? Os objetivos do uso de préteses auultivas slo: corrgit (ou minorar a perda da sensiilidade auditiva, garantindo «8 audibilidade dos sinais menos intensos e 0 conforto ea tolerdncia daqueles de moderada e forte intensidade: re- duzit ou eliminar as limitagdes em atividades causadas pela perda auditiva: e estaurar ou expandir a participa «0 € o envolvimento social do individuo, AA filosofia subjacente a0 processo de selecdo de préteses auditivas é escolher um conjunto de carac- teristicas eletroactsticas que tome os sinais aciisticos audiveis, confortaveis, com boa qualidade sonora ¢ que permitam melhor reconhecimento de fala’. As- sim sendo, devemos concentrar nossos esforgos para selecionar e adaptar a melhor protese auditiva, a fim de minorar as dificuldades de audigao do individuo. De acordo com a American Specch-language-hea- Fing Association (ASH), 0 protocolo para seleciio e adaptagio das préteses auditivas em adultos (Quadro 19.1) deve incluir: a avaliagdo do candidato ao uso da ‘amplificagdoe o planejamento da imtervengao: a selego das caracteristicas fisicas ¢ eletroacisticas das préteses auditivas: a verificagdo do desempenho das prdteses au ditivas: a orientagio e 0 aconselhamento do paciente quanto a0 uso e & manipulagio da protese auditiva: ea Yalidaedo, na qual € avaliado o impacto da intervengio, Em 2007, a American Academy of Audiology pu. blicou um documento com o objetivo de forecer tum conjunto de recomendagdes ¢ estratégias para orientar as melhores priticas de intervencio audiolégica em adultos portadores de perdas auditivas. O processo de desenvolvimento dessas diretrizes foi integrar a exper. ise clinica com a melhor evidéncia disponivel derivada dda pesquisa sistemitica, Recomendagdes especificas foram feitas a partir da revisio de evidéncia cientifica Publicada e quando esta era ambgua, conflitante ou inexistente, a experigncia clinica da forgactarefa foi usada para guiar © desenvolvimento de recomenda- ‘ses baseadas no consenso do grupo, Essas diretrizes 181 182 Audicto e Equilibrio Quadro 19.1 Protocolo de adaptacGo de prétesesaudiivas em adultos 1. Avaiagio do Candidato 1.1. Avaliagio Auditiva * Inspeco visual da ovens externa + Avaliagio audioligice * Pesquisa dos nves de desconforto 1.2. Avaliagio das necessidades de comunicacSo e desempenho * Questionéros de autoavalagdo: HHIA HHIE, APHAB e COSI 1.3, Avaliaglo das necessidades nao aueitivas * Decinio cognition * Caractersticas de personalidade(expectativas, moivatdo, assetividade) * Deficits sensorais associados [problemas de destreza man val, acuidade visual) Experincia anterior com aus da ampiieacdo Saide gera * Outras condicbesausioldgicasfzumbid) 2. Aspectos Técnicos do Tratamento 2.1, Selegio da prétese suditva racteristicaseletioacdsticas ~Ganho ~ Entrada-saida * Outras carscteistcas = Adaptacao unilateral ou bilateral Praeessariento de sinl Tipo de prtese auitva Controle de volume Bobina de induo Controle de qualidade * lespecia visual * Inspegio auditive * Alig eletraacistia: mi 23. Verfieagio © Adaptarto Fisica ~ Apo cosmétco = Contarto isco Facilidade de insergio © remagio ~ Auséncia de reaimentasao acistica ~Sequrana da adaptagao Loclizagéo do micrafone = Manipuiagdogeral ‘+ Desermpenho = Autiblidade dos sons fracas ~ Confort para as sons de medi ntensidade ~Tolerancia 20s sons intensos 43, Orientagio, Aconselhamento e Seguimento 3.1 Orientagao * Componentes, caracteritcas¢funeionamento a proteseaudtive * Cuidados e manu + Treinamentopratico em manip = Troca da pla e vido iti * Manipuléo dos cont # Cuidado gerais © impera * Uso de telefone * Rotina de uso da prot 3.2. Aconselhamento * Nog bisicas de antomia€fiologia da ausiedo + Compreensdo da auaiograme 2s na cahea de testeacoplador so, nse e remogéo do aparelho da orelha de acesso externa aucitva + Froblemas associados com 2 compreensi de fale em ambiente ruidosos * Comportamentos adequadose inadequados de escute + Estratévias de comunicagae Selecto ¢ Adaptacdo de Priteses Auditivos em Adultos 183. Quadro 19.1 ~ Protocolo de adaptacGo de prétesesauditivas em adultos (Continuagdo) * Controle do ambiente © Expecatvasrealistas 1» Manejo do estresse * Nogdes sobre leitura orofacial * Uso de tecnologia assistive 3.3. Sequimento * Aconselhamento ps-adaptagao 4. Avaliagio de Resultados * Satistapio * Uso * Beneficio objetivo: reconhecimento de fala no slénco eno ido * Benefcio subjetva mitagbes em atvigades e rests de partiipasao AHAB Aibevitd Prof of Hering kid Boel OSI = Cent Oanted Soleo inprovemet, HHA = Heong HendcpInenay For ASS HIE = Heaig Hendco Inventory fr he Eldar consistem de descrigdes do processo clinico no con: texto de um plano de tratamento que abrange quatro grandes areas: avaliacZo e estabelecimento de objeti- vos; aspectos técnicos da selegdo; orientacai, aconse- Thamento e seguimento; e avaliago de resultados’ Dessa forma, o objetivo deste capitulo € apresentar e discutir diretrizes que devem nortear 0 processo de selegio ¢ adaptacao de proteses auditivas para a popu- lagdo adulta Perdas Auditivas e suas Implicacées ‘Ao Considerar o impacto de uma perda aucitiva adgui- rida na vida adulta, pode ser stil usar a Classiicagao Intemacional de Funcionalidade, Incapacidades e Sai de®. O modelo conceitual da Organizagio Mundial da Satide classifica os efeitos de uma doenga ou desor- ddem (¢ seu tratamento) sobre as estruturas e fungoes do corpo, as atividades e a participagdo. As estruturas corporais sio as partes anatémicas do corpo (6rgios, membros e seus componentes), a0 passo que as fun $6es corporais sao definidas como as tarefas fsiolig- ¢as ¢ psicol6gicasrealizadas pelos sistemas corpora. O conceito de atividade € relacionado & execugao de ‘uma tarefa ou ago pelo individuo, assim como sua participagdo c envolvimento em situagoes de vida dié- Tia, Os fatores ambientais e pessoais descrevem como € 0 envolvimento fisico e social, bem come 0 modo como as pessoas vivem e conduzem suas vidas. Ainda segundo © mesmo documento, nessas di- menses € possivel conceituar o que sao perdas, imi- tagies de atividades ¢ restrigdes de participacao. AS perdas so problemas em fungdes ou estruturas cor. Porais que acarretam desvios ou danos significaivos. As limitagbes de atividades sio dificuldades que um individuo pode ter na realizaglo de atividades. Ja as restrigdes de participagio so problemas que o indi- viduo pode experimentar no envolvimento com situa 68e do cotidiano, ores.7241-408-7 ‘Uma lesio na orelha interna acarretaré um déticit na funcao auditiva que produzird limitagdes em atividades € restrigdes de participagio. Os efeitos primérios de ‘uma perda auditiva neurossensorial estio relacionados com a fungao auditiva, ou seja, com a detecgao dos sons; sensagio de intensidade; discriminacao do pa- Arlo actistico: percepgio de distancia e ditegao; locali- zagiio sonora; ¢ qualidade dos sons, Dessa forma, as atividades auditivas referem-se ao uso da capacidade auditiva ~ as coisas que queremos fazer ou necessida: des relacionadas & audio ~ no mundo real, Incluem-se nessa dimensio o alerta a sons, monitorar o ambiente, reconhecer e localizar eventos auditivos, monitorar € controlar a propria voz, aproveitar experiéncias auditi- vas, mas prineipalmente perceber a fala dos outros € conseguir se comunicar oralmente de modo eletivo, Participacao ¢ a contribuigao das atividades auditivas para a vida didria, o que inclui interagdes sociais, rela- cionamentos, emprego, lazer, aprendizagem, controle ¢ criatividade. Como exemplo, um individuo portador de uma perda auditiva pode ter dificuldades em com- preender a mensagem falada, engajar-se efetivamente em conversagées, aprender por meio da audigao, obter emprego. participar de atividades de recreagao e de la- 2er, frequentar servigos religiosos ¢ outros. Resumindo, os efeitos negativos de uma perda de ‘udigo nfo se limitam apenas a existéncia de um dé- ficit nas estruturas ou nas fungdes do sistema auditivo. Envolvem também a limitacao em atividades, como & redugio da habilidade de compreensio da fala, o que acarretaré restrigao de participagio nas diversas situa- des de vida difria com consequente diminuiggo em qualidade de vida, uso proteses auditivas, equipamentos auxiliares da audigao e/ou implantes cocleares tem sido consid rado como um tratamento altamente eficiente para mi Horar as consequéncias negativas de uma perda de ‘audigio. Isso ocorre em virtude dla redugdo da deficién- cia auditiva por meio do aumento da audibilidade do sinal de fala. E esperado que a melhora na fungio au- \itiva tenha um impacto positivo sobre a inteligibilidade 184 Audicto e Equiloria 4a fala, o que pode resultar em aumento do envolvi- mento nas situagbes de vida dir, sejam familiares ‘ou sociais e, consequentemente, melhora na autoper- cepeio da qualidade de vida” ‘Assim, a adaptagao da prétese auditiva deve ser parte de uma abordagem mais ampla de intervengio audiolégica, cujos objetivos so: otimizar a fungzo auditiva por meio do uso da amplificagio; melhorar a percepgio de fala e a comunicagao oral; e aumen: tara participagio do individuo. Avaliacéo do Candidato ao Uso da Amplificagéo e Planejamento da Intervencéo A etapa de avaliacdo é 0 passo inicial no processo de adaptagio de préteses auditivas. E o momento em que © candidato & amplificagio é avaliado, os objetivos da intervengao sfo estabelecidos e as estratégias de inter- vvencio sio planejadas. Essa etapa deve englobar: avaliagio auditiva; ava- Tiago das necessidades de comunicagdo (para o esta- belecimento dos objetivos do tratamento); e avaliago das necessidades niio auditivas. Avaliacéo Auditiva (0s objetivos da avaliacto auditiva so determinar o tipo ea magnitude da perda auditiva; 0 candidato a0 uso da amplificagdo; as atitudes com relacio ao plano de trata- mento; as opcdes de tratamento; e a necessidade de aconselhamento. s principais componentes dessa etapa silo: 0 hist6- rico do caso, a avaliagdo audiolégica e a avaliagao do candidato ao uso da amplificagdo, suas dificuldades e necessidades ‘Além dos testes que compdem a avaliagio audiolé- gica bisica ~ audiometria tonal liminar por via aérea e via 6ssea; limiar de reconhecimento de fala indice de reconhecimento de fala; imitancia acdstica -, que S40 essenciais para a determinacao do tipo e da magnitude da perda da audigo, deve ser acrescentada a pesquisa dos limiares de desconforto para estimulos especificos por frequéncia ou uma estimativa destes limiares, que deverdo ser posteriormente verificados. Embora os dados audioldgicos sejam essenciais, io insuficientes para determinar 0 candidato 20 uso da amplificacdo e/ou mesmo quais estratégias de rea- bilitago auditiva deveriam ser utilizadas. Avaliagao de aspectos ndo audiolégicos & fundamental para que possamos planejar, implementar e avaliar qualquer programa de intervengdo audiolégica realizado com adultos. Portanto, © protocolo de avaliagio deve ser designado para defini, sob a perspectiva do individuo, qualquer efeito psicossocial da deficiéncia auditiva. ‘Todds os resultados de testes devem ser documenta- dos e arquivados. E a documentago do paciente deve ser organizada e relacionada de modo que possa ser recuperada quando necessétio. Avaliagéio das Necessidades de Comunicacéo [Nessa etapa devem ser estabelecidas as necessidades de comunicagao do individuo e expectativas realistas para o tratamento. A partir da avaliagdo do status co- municative do individuo sto também desenvolvidas metas de adaptagao especificas a cada caso. Objetivos siio fondamentais para que possamos quantificar 0 be- neficio com o uso da amplificagio, Esse ¢ 0 estégio inicial do processo de validagio em que os resultados da imtervengao so mensurados. ‘A forma mais apropriada para avaliar as necessida- des, a funcdo comunicativa e as expectativas do futuro usuario da amplificagao € utilizar questionéios de au- toavaliagio. So instrumentos valiosos para avaliar de forma rapida, simples e eficiente esses aspectos, que so extremamente importantes para o sucesso da adap- tagio ao uso da amplificag 'Hé uma variedade de instrumentos que podem ser utilizados para tais finalidades, como os questionérios “Abbreviated Profile of Hearing Aid Benefit (APHAB), Client Oriented Scale of Improvement (COSD® ¢ 0 Hearing Handicap Inventory for the Elderly (HHIE)!° ou o Hearing Handicap Inventory for Adults (HHIA)"" dependendo da idade do individuo. Todos esses instru- mentos jé possuem tradugo para o portugues brasileiro. Vale ressaltar que tanto 0 HHIE quanto 0 HHIA pos- suem versies reduzidas compostas de dez questes em vez. das 25 que compdem as Vers6es tradicfonais, o que tora a aplicagao do instrumento mais répida. © protocolo que temos uilizado envolve a adminis- tragio dos questionérios antes da adaptacao da protese auditiva e depois de determinado intervalo de tempo de uso da amplificagio. Se a comparagao dos indices, obtidos (realizada na etapa de validagio) sugerir uma redugio na autoavaliagao da restrigao de participagao © da limitago em atividades, entdo 0 proceso de adaptagdo das proteses auditvas pode ser considerado como um tratamento eficient. A partir da administragio desses questionérios, uma lista realista de objetivos pode ser desenvolvida. E im- portante incluir nessa lista tanto objetivos cognitivos (por exemplo, melhorar a comunicagdo ao telefone com falantes desconhecidos sem ter que tirar 0 apare Ino) quanto afetivos (por exemplo, sentir se durante as situag6es de comunicacdo). podem ser avaliados no que se refere & quantidade de mudanga ocorrida apds 0 uso da amplificagio’, as-7041-8287 Avaliacéo das Necessidades Nao Auditivas Nesse segmento, o objetivo é identificar fatores no auditivos que devam ser avaliados antes de iniciado 0 processo de adaptagao de proteses auditivas. Mais e pecificamente, determinar que fatores, além dos auditi- ‘vos e das necessidades de comunicagao, podem afetar © prognéstico de sucesso de uso da amplificagio e, portant, requerer aconselhamento apropriado, “Muitos individuos, apesar de serem portadores de uma perda de audio, ndo fazem uso de préteses audi- tivas. Varios estudos tém documentado as consequéncias, sociais e emocionais das perdas auditivas nao tratadas. ‘io diversos os motivos pelos quais individuos adultos, rejeitam ou postergam o uso de proteses auditivas. E fatores nao auditivos, tanto de origem pessoal quanto contextual, podem estar assoviados & demora em come gata utilizar a amplificagao, Dentre os de origem pessoal podemos incluir declinio cognitive! caracteristcas de personalidade'® (expectativas, motivagso, assertivida- de), défcits sensoriais associados (problemas de destre- za manual, acuidade visual), experigncia anterior com 0 uso da amplificaedo, satide geral e outras condicdes au diolégicas (zumbido). 54 os de origem contextual in- cluem as caracterfsticas ambientais, como as demandas, ‘cupacionais e os habitos recreacionai Recomenda-se que todos os candidatos a0 uso da ‘amplificagao sejam a0 menos inquiridos no que se te- fere a satide geral, destreza manual, sensibilidade das, mos, visio para perto, motivagdo e experiéncia anterior com 0 uso da amplificagio!*, A avaliagdo das habili- dades cognitivas ou de personalidade deve ser realiza- da por um profissional especialmente treinado nessas, reas. Entretanto, existem instrumentos de triagem que podem ser utilizados pelo fonoaudilogo para identifi- cagdo desses aspectos, “Todos esses aspectos influenciardo e determinarao 0 beneficio obtido com o uso da amplificagdo. Nao exi tem reagdes semethantes ou uniformes. Tanto 0 indivi- duo como seus familiares podem encarar a perda auditiva de modos diferentes, assim como os proble- mas dela originados. Sao dificuldades que acordo com o grau da perda de audicio, as ticas de personalidade e as condigbes ambientais, que geram padrdes comportamentais € emocionais tam- bém diversos. ‘Com adultos, em muitos casos a adaptagio da pré- tese auitva pose seo tnico componente dotratamento, Em outros casos, a adaptagio da prétese auditiva pode ser apenas um dos componentes do plano de interven- <0. E importante determinar 0 progndstico do uso da protese auditiva e incluir orientagdes estruturadas antes, que estratégias de intervengio sejam planejadas. Usud- rio e familiares devem compreender de forma realista ( potenciais beneficios, as limitagGes e os custos asso- ‘Selegbo e Adaptactio de Préteses Auditvas em Adultos 185 ciados com 0 uso das préteses auditivas. Cada caso deve ser avaliado em particular e deve receber infor- ago e suporte apropriados. Aspectos Técnicos do Tratamento s aspectos téenicos do tratamento consistem em és reas: selecdo das caracteristcas da amplificagao; con- trole de qualidade; e verificagdo das proteses aditivas. Selecéo das Caracteristicas da Amplificagao O objetivo desse segmento do processo de adaptagio é selecionar com base nas necessidades auditivas € no auditivas do individuo nio apenas o dispositivo de am- plificagao apropriado como também equipamentos auniliares. Isso inclui a definigao das caracteristicas fisicas ¢ eletroactsticas dos aparelhos de acordo com as necessidades individuais, Outros aspectos nao rela- cionados diretamente as caracteristicas de amplifica- Gio da protese auditiva so também fundamentais de serem determinados na etapa de selegZo, como o tipo da protese auditiva; a adaptagio mono ou bilateral; 0 processamento do sinal: os controles necessérios; as,

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