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APLICAÇÃO DA INFORMÁTICA DO CONSUMIDOR EM SAÚDE

Bianca Gabriela LONGO


Fundação Educacional de Penápolis - FUNEPE
bianca.longo08515@alunos.funepe.edu.br

Isabela Leão Paludeto


Fundação Educacional de Penápolis - FUNEPE
isabela.paludeto13389@alunos.funepe.edu.br

Kayssa Lorrayne Pinheiro dos SANTOS


Fundação Educacional de Penápolis - FUNEPE
kayssa.santos14113@alunos.funepe.edu.br

Letícia Francisco de AZEVEDO


Fundação Educacional de Penápolis - FUNEPE
leticia.azevedo12462@alunos.funepe.edu.br

EIXO TEMÁTICO: INTERFACES DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

RESUMO

A informática do consumidor é uma área de estudos que busca proporcionar uma ferramenta
de interação do paciente com seu médico e estar atento aos cuidados com sua própria saúde.
Sua principal ferramenta de estudo trata-se de um registro eletrônico de saúde pessoal
(RESP), onde o paciente tem acesso e consegue realizar atualizações de dados, além de
compartilhar informações sobre sua saúde. Apesar de tal ferramenta ser nova, ela pode ser
essencial para os cuidados principalmente da atenção primária, visando a corresponsabilidade
do cuidado e melhor resolução e manutenção do bem-estar pessoal. Desta forma, esse artigo
tem como objetivo observar e pontuar as possibilidades e benefícios da implementação de um
sistema eletrônico de saúde com compartilhamento de informações entre médico e paciente,
em prol das tomadas adequadas de decisões de tratamento e manutenção do bem-estar pessoal
e coletivo. Foi realizada a leitura do capítulo oito do texto “INTRODUÇÃO À
INFORMÁTICA EM SAÚDE''. Thiago Kuse Colicchio”, no qual o autor descreve desafios
da implementação de um sistema digital na saúde que possua fácil acesso e compatibilidade
com os recursos disponíveis aos usuários da rede de atendimento. Segundo o texto proposto,
um dos pioneiros na aplicação da informática em saúde foi o pesquisador Thomas Ferguson, o
qual iniciou a utilização do termo “e-Paciente” como um paciente digital engajado nas
decisões relacionadas à sua própria saúde ¹. Dessa forma, ele descreveu que no século XXI os
pacientes utilizariam ferramentas tecnológicas e participariam de forma ativa da manutenção
de sua saúde até se tornarem agentes ativos do bem-estar pessoal. Apesar da participação ativa
ser algo positivo para o paciente e o sistema de saúde, alguns pesquisadores como Johnson e
seus colaboradores ⁴ mencionam alguns desafios que serão citados a seguir. Aumentar o
engajamento do paciente: apesar de existir o prontuário eletrônico do paciente (PEP), este
possui apenas uma pequena parte de informações do paciente, dificultando a interação de
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múltiplos profissionais. Além disso, existem dificuldades de acesso do paciente ao seu
prontuário e isso pode atrapalhar a qualidade do cuidado ⁵. Tornar a informação acessível ao
consumidor: o acesso dos pacientes às informações de saúde há algumas décadas era
dificultado, pois os veículos de comunicação antigamente eram de médio ou baixo alcance.
Com a internet, o acesso aos dados tornou-se mais usual, o que facilitou a qualidade da
atenção em saúde e interação dos usuários. Aumentar a comunicação entre consumidores e
prestadores: para que exista uma comunicação adequada entre médico e paciente nos
prontuários eletrônicos, o paciente deve estar bem orientado e saber utilizar o sistema, essas
são funções da informática do consumidor. Melhorar a capacidade decisória do consumidor:
antigamente, as decisões sobre o caso de um paciente eram realizadas a partir de conselhos
com médicos, familiares e outros. Dessa forma, existia uma grande dificuldade em direcionar
o cuidado adequado para cada caso. Atualmente, as decisões são mais alternativas e eficazes
devido à participação ativa do paciente. A definição mais completa de RESP é dada pela
biblioteca nacional de medicina e define como uma aplicação segura onde o paciente pode
acessar e incluir informações que são registradas pelo próprio consumidor ou instituições. O
armazenamento de informações médicas pelos consumidores de serviço de saúde surgiu antes
mesmo do RESP, muitas pessoas guardam seus registros de saúde em prontuários médicos
por exemplo. O sistema é classificado em três categorias: independentes, que são controlados
pelo próprio consumidor e estão conectados ao prontuário eletrônico do paciente (PEP);
institucional, que são sistemas desenvolvidos ou adquiridos por hospitais, clínicas ou redes de
saúde e disponibilizados aos pacientes para acessar os dados dos prontuários; e conectado em
rede, onde os pacientes poderiam importar e integrar seus registros de saúde de múltiplas
instituições como hospitais, clínicas, planos de saúde, farmácias e centros de diagnóstico,
também poderiam inserir e compartilhar dados com outras pessoas e organizações ⁶. Nos dias
atuais o RESP mais utilizado é do tipo institucional, e funciona de forma eficaz nos EUA. As
funcionalidades mais utilizadas em RESPs institucionais são resultado de exames de
laboratório, renovação de prescrição de medicamentos, mensagem eletrônica, relatório de
consulta clínica, agendamento de serviços e consultas, registro de vacinação e registro de
alergias ⁷. Uma pesquisa conduzida por Patel e colaboradores identificou que entre os
indivíduos que usaram um RESP nos anos de 2013 e 2014, mais de 80% consideraram que as
informações acessadas foram úteis para a manutenção de sua saúde ⁸. Depois, outra pesquisa
feita em 2005 por pesquisadores do estado da Califórnia concluiu que os pacientes que
utilizam funcionalidades para troca de mensagens em um RESP relatam um alto grau de
satisfação ⁹. A maioria dos PEPs comerciais disponíveis no mercado americano oferecem um
RESP integrado às suas plataformas, o que facilita a adoção do RESP por parte das
organizações de saúde e a disponibilidade dessa plataforma aos seus pacientes. A análise do
impacto do RESP é positiva, porém a avaliação é feita por um grupo pequeno de instituições
de saúde, clínicas básicas de grandes redes de saúde integradas que buscam a aplicação deste
sistema da forma mais adequada ao seu público e tipo de serviço prestado. Para a medicina
atual, é importante ter um paciente ativo com a possibilidade de tomar decisões sobre seu
próprio estado de saúde. Dessa forma, a RESP pode ser uma ferramenta positiva para o futuro
da medicina, pois permite maior independência e autonomia ao paciente, além da colaboração
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com os médicos e serviços de saúde. Segundo o texto, a medicina centrada no paciente tem
evoluído e apresentado resultados favoráveis a todos os campos atendidos conforme
apresentado, se a aplicação do sistema for apresentada de forma adequada e adaptável a cada
público e tipo de cuidado prestado, esta rede só tem a colaborar com o sistema de saúde de
diversas populações.

Palavras-chave: Informática, Consumidor, Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Ferguson, T. e-Patient: how they can help us heal healthcare [Internet]. Nutting Lake:
Society for Participatory Medicine; 2016 [capturado em 07 out. 2019]. Disponível em:
https://participatorymedicine.org/e-patients-white-paper/contents/.

2. Gee PM, Greenwood DA, Kim KK, Perez SL, Staggers N, DeVon HA. Exploration of the
e-patient phenomenon in nursing informatics. Nurs Outlook. 2012;60(4):e 9-16.

3. Ozbolt J, Bakken S, Dykes PC. Patient-centered care systems. In: Shortliffe EH, Cimino JJ,
editors. Biomedical informatics: computer applications in healthcare and biomedicine. 4th ed.
Hardcover: Springer; 2013. p. 475-6.

4. Johnson K, Jimison HB, Mandl KD. Consumer health informatics and personal health
records. In: Shortliffe EH, Cimino JJ, editors. Biomedical informatics: computer applications
in healthcare and biomedicine. 4th ed. Hardcover: Springer; 2013. p. 518-21.

5. Detmer DE. Building the national health information infrastructure for personal health,
health care services, public health, and research. BMC Med Inform Decis Mak. 2003;3:1.

6. Gibson B. Personal health records. In: Nelson R, Staggers N, editors. Health informatics:
an interprofessional approach. 2nd ed. St. Louis: Elsevier; 2018. p. 240-5.

7. Gerber DE, Laccetti AL, Chen B, Yan J, Cai J, Gates S, et al. Predictors and intensity of
online access to electronic medical records among patients with cancer. J Oncol Pract.
2014;10(5):e307-12.

8. Patel V, Barker W, Simerino E. Trends in consumer access and use of electronic health
information [Internet]. Dashboard; 2015 [capturado em 07 out. 2019]. Disponível em:
https://dashboard.healthit.gov/evaluations/data-briefs/trends-consumer-access-use-electronic-
health-information.php.

9. Liederman EM, Lee JC, Baquero VH, Seites PG. Patient-physician web messaging. The
impact on message volume and satisfaction. J Gen Intern Med. 2005;20(1):52-7.

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