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Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Maranhão

Curso de Licenciatura em Química


Disciplina: Fundamentos de Química
Docente: Walace Martins Moreira
Discente: Beatriz, Iago, João Dias, Geovana, Ana Luiza e Arielma

Resumo

REFERÊNCIA
FARIA. L. E; FILGUEIRAS C.A.L. A contribuição do Brasil para a descoberta de um
novo elemento químico. Quim. Nova. Belo Horizonte – MG, vol. 42, n. 5, p 580-594,
2019.

Este artigo foi escrito pelos autores Faria e Filgueira (2019), ambos da Universidade
Federal de Minas Gerais, e teve como palavras-chaves: paládio; descobertas de
novos elementos; primeiras técnicas de mineração. O artigo tem como objetivo
relatar o descobrimento do elemento químico paládio, tanto no Brasil quanto no
exterior e os aspectos relacionados ao mesmo.

Os primeiros contatos com o elemento químico paládio se deu nas áreas de rios ou
minas profundas, primeiramente confundido com platina foi descoberto em
1802-1803, atualmente é utilizado em processos químicos e tecnológicos como em
núcleos metálicos de catalisadores e na purificação de hidrogênio gasosos,
integrante do Grupo Metal Platina (GMP) no qual também fazem parte os elementos
Platina (PT), Ródio (Rh), Irídio (Ir), Osmidio (Os) e Rutênio (Ru). em destaque a
platina e o paládio pois existe um interesse comercial visto que são utilizados em
conversores catalíticos automotivos. As reservas de paládio, ou de suas ligas com
outros metais nobres de Minas Gerais, chamou atenção de importantes geólogos e
mineralogistas do século passado como Eugen Hussak e Djalma Guimarães.
Eugen realizou seu primeiro estudo sobre paládio, indicando onde seria encontrado
o paládio juntamente com a platina estando localizado em Minas Gerais.
A descoberta do Paládio está ligada diretamente na da platina, nos quais dois
químicos William Hyde Wollaston e Smithson Tennant que observaram a
precipitação de um pó escuro durante o tratamento do minério com água-régia. Os
estudos da dupla acabaram sendo dividido wollaston trabalhou sobre a platina
solubilizado em água-régia e Tennant sobre a parte insolúvel da mesma no qual
escreveu a descoberta de dois elementos químicos, o irídio (Ir) e o Ósmio (Os) já em
1804 Wollaston descobriu o Ródio (Rh) que existe na solução de platina, Wollaston
publicou alguns anúncios que chamaram atenção do cientista irlandez Richard
Chenevix, que após muitos estudos afirmou que o paládio seria um amálgama
formado por platina e mercúrio, porém 1805 foi oficialmente confirmado que a
descoberta do paládio foi feita pelo Wollaston depois de um desafio com a próprio
método de Richard Chenevix.
Wallaston escreveu um artigo no qual ele relaciona o paládio ao Brasil em que fala
sobre embaixador que deve se tratar de Domingos Antonio Coutinho, o mesmo
reserva para si parte da amostra e concede para Wollaston uma parcela sua análise
química, nesta análise foi averiguado a ausência de ferro ou rádio, sendo o que mais
lhe chamou atenção o rápido ataque de água-rígida pois dois grãos apresentam
coloração avermelhada, então eles passam adiantar informações a comunidade
científica que foram questionadas por John Murray, ele realizou cinco elementos
diferentes com uma barra com massa aproximada 103g usando água-régia em
certa porção houve uma ação fundindo 24 quilates (4,8) de outra parte da mesma
barra juntamente com a prata. O resultado do experimento foi o aparecimento de
uma coloração constando que pesava 22 quilates.
Em 1812 Percival N. Johnson descreve com tentativas de dissolver com ácido
nítrico, ligas com diferentes proporções de platina, ouro e prata e em 1817 iniciou
um processo onde conseguia extrair barras de ouro, já em moedas vindas do Brasil
conseguiu retirar o paládio de sua composição que além de fornecer um metal em
estado puro, deixa o ouro com aspecto mais original. Amostra de minério de ouro
também chamou atenção dos alemães Wilhelm A. Lampadius e Plattner usaram
suas habilidades químicas para indicar que a platina não formam ligas com ouro e
isso poderia ser escurecido pela platina.
No Brasil os artigos sobre paládio só começaram a ter impacto a partir do século
XIX, quando um dos mais importante meios de comunicação divulgou uma tradução
comentada do Mining Journal de Londres, outro artigo também traduzido e publicado
no mesmo meio de comunicação Auxiliador discorre sobre a utilização do paládio na
odontologia mas o Brasil ganhou destaque em 1862 com exposições Universais
que foram realizadas por países de todo o mundo para a análise do paládio se fazia
precipitar o metal com a adição de cianeto de mercúrio da mesma forma como foi
feito por Wollaston. Os resultados indicavam, além do ouro, apenas a
presença de paládio e ferro sem indicação de suas proporções exatas sendo
objetivo dessas participações era impulsionar a mineração nacional que, durante
esse período, estava em declínio por falta de investidores, apesar de o paládio ter
sido descoberto no início do século XIX, algumas notícias sobre achados de platina
nativa ou ligas de ouro, cuja presença e proporção de outros metais alteravam suas
propriedades, aconteceram no século XVIII e foram ainda registradas até no
princípio do século XIX, algumas dessas notícias podem estar relacionadas ao
paládio, pois para muitos exploradores um elemento metálico branco e não
identificado poderia se passar por prata ou platina, os únicos conhecidos até então.
Acreditavam que as descobertas de prata estivessem relacionadas à existência de
paládio, sendo
É conveniente lembrar que o óxido de paládio dá ao ouro uma coloração escura do
“ouro preto”, ao contrário do paládio metálico que em ligas naturais forma a
coloração clara do “ouro branco”. Vieira Couto descreveu não só o descobrimento de
uma liga de ouro com algum metal branco mas também afirmou, sem apontar
que teria feito alguma análise, que a mesma deveria se tratar de platina. Couto
escreveu seu livro antes do descobrimento do paládio e provavelmente não tinha
conhecimentos para testar sua presença na amostra da barra que conseguiu na
Casa de Fundição de Sabará.
Embora alguns cientistas afirmem que o novo elemento químico paládio foi
descoberto com amostra de Minas Gerais, antes das referências ao paládio no
nosso país, este metal já chamava atenção de cientistas na europa. No entanto foi
descoberto por Wollaston em 1809 um paládio nativo encontrado em minério de
platina a partir disso que foi possível separar o estudo particular do metal, a maior
fonte de extração do paládio em ligas com ouro foi durante o século XIX em Minas
Gerais . Contudo vale ressaltar amálgama uma junção de platina, paládio e ouro
descrevidas em documentos e livros produzidos no brasil no início do século XIX
anteriormente a descoberta do elemento químico paládio.

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