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MINERAÇÃO
MÓDULO I
Minerologia
MINEROLOGIA
Ficha Técnica
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e a esfalerita ZnS admite a substituição de Zn por quan- CRISTAL: sólido geométrico regular limitado por
tidades variáveis de Fe. Em muitos casos, a composição superfícies planas e suaves que são a expressão externa
química dos minerais pode variar dentro de certos limi- do arranjo interno regular dos íons ou átomos constituin-
tes, sem que seja necessário alterar o nome do mineral. tes.
Em outros casos as variações são tão grandes que
caracterizam uma espécie mineral distinta.
• Arranjo atômico ordenado: implica na existên-
cia de uma estrutura interna, onde os átomos ou íons
estão dispostos em um padrão geométrico regular. Este
padrão obedece às regras de simetria que você estudou
na disciplina de cristalografia, e os sólidos assim consti-
tuídos pertencem a um dos sistemas cristalinos: triclínico,
monoclínico, ortorrômbico, tetragonal, hexagonal (trigo-
nal) e isométrico. Sólidos que possuem tal arranjo interno
ordenado são chamados de cristalinos. Os que não o pos-
suem são chamados de amorfos, e fogem á classificação
estrita de mineral, compondo o grupo dos mineralóides.
• Inorgânico: aqui o termo geralmente é incluído
por Klein e Hurlbut no conceito, para permitir o enqua-
dramento de substâncias que atendem a todos os requi- Figura 3: Cristal de Quartzo
sitos acima, mas são geradas naturalmente por (ou com
GEMAS: os materiais gemológicos naturais são
a ajuda de) organismos. Estes minerais são chamados
aqueles inteiramente formados pela natureza, sem inter-
de biogênicos e, à exceção da sua origem, são idênticos
ferência do homem. São de origem inorgânica: os mine-
aos minerais equivalentes formados por processos inor-
rais e as rochas; e orgânica: os de origem animal ou vege-
gânicos. O exemplo mais comum de mineral biogênico é
tal.
o carbonato de cálcio (CaCO3) presente nas conchas de
moluscos na forma dos minerais calcita, dolomita ou va-
terita. Alguns outros exemplos incluem alguns sulfetos,
sulfatos, fosfatos, fluoretos, óxidos, enxofre nativo e for-
mas amorfas de SiO2.
MINERALÓIDE: São materiais semelhantes aos
minerais, mas sem estrutura cristalina. Exemplos: opala
(SiO2 amorfa) (fig.2), minerais de U e Th, como o zircão
(ZrSiO4), onde a cristalinidade original é destruída pala ra-
diação de elementos radioativos presentes na estrutura
original e o vidro vulcânico.
Figura 4: Alguns exemplos de gemas lapidadas.
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ROCHAS: é um agregado sólido que ocorre na- gados; como cristais tabulares (achatados); como
turalmente e é constituído por um ou mais minerais ou agregados cristalinos com arranjos geométricos
mineralóides. característicos; ou mesmo como grãos sem uma
forma definida. Muitas espécies minerais ocorrem
preferencialmente com um determinado hábito.
Por exemplo, cristais de magnetita (Fe 3O 4) são fre-
quentemente octaédricos, pirita (FeS 2), comumente
ocorre como cristais em forma de cubos, e as micas
ocorrem como lamelas. Embora nem sempre um de-
terminado mineral tenha que apresentar seu hábito
característico, o fato de que isto ocorra com frequ-
ência é de grande auxílio na sua identificação.
Os termos mais comumente usados na des-
Figura 6: Granito crição do hábito dos minerais são:
• Prismático: Os cristais do mineral são fre-
CRISTALOGRAFIA: A cristalografia é a ciência ex- quentemente constituídos por prismas (ou com-
perimental que tem como objeto de estudo a disposição binações de mais de um prisma). Usualmente são
dos átomos em sólidos. É também a ciência experimental empregados adjetivos para qualificar os cristais
que estuda o cristal, ou cristais. prismáticos, como colunares (prismas alongados,
com uma direção geralmente coincidente com o
2. Propriedades Físicas dos Minerais
eixo “c” mais desenvolvido que os demais), acicula-
res (muito alongados e finos, com forma que lembra
2.1 PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS uma agulha), fibrosos, capilares ou filiformes (ain-
da mais finos, lembrando fios de cabelo) tabulares
As propriedades físicas dos minerais são o (achatados, com duas direções mais bem desen-
resultado direto de sua composição química e de volvidas do que a terceira), laminares (alongados e
suas características estruturais. Existe um conjunto achatados, como a lâmina de uma faca).
de propriedades físicas que podem ser examinadas • Cúbico, octaédrico, dodecaédrico, rombo-
ou testadas rapidamente, com auxílio de instrumen- édrico, etc: Minerais caracterizados pela ocorrência
tos simples como um imã, uma lupa de mão, um ca- frequente de cristais com as formas citadas.
nivete e uma placa de porcelana. Com, frequência • Micáceo: Cristais tabulares ou lamelares
estas propriedades são suficientes para a identifica- formados por placas finas (como as micas)
ção de um mineral desconhecido e, pela facilidade • Euédrico, subédrico, anédrico: Os minerais
de seu estudo, são de emprego corriqueiro por mi- ocorrem comumente como cristais bem formados
neralogistas, tanto no campo como em laboratório. (euédricos), ou com apenas algumas faces bem de-
As propriedades físicas são as seguintes: senvolvidas (subédricos), ou ainda como grãos sem
hábito, clivagem, partição, fratura, dureza, tenaci- faces cristalinas presentes (anédricos, embora deva
dade, densidade relativa, magnetismo, cor, traço e ser ressaltado que a ausência de formas cristalinas
brilho. visíveis externamente não signifique que o mineral
não possua uma estrutura cristalina ordenada).
2.1.1 HÁBITO
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Muitos dos termos citados, especialmente os metido a um esforço externo. Este comportamento está
relativos a prismas, podem ser igualmente aplicados a diretamente relacionado ao tipo de ligação química en-
agregados de cristais (por exemplo, agregados colunares, volvida e à eventual presença de defeitos ou descontinui-
agregados aciculares, etc.). dades na estrutura cristalina. Em presença de um esforço
Os seguintes termos são específicos da descrição externo um cristal poderá apresentar tendência a se rom-
de agregados cristalinos: per ao longo de direções em que:
Dendrítico: Arborescente, em ramos divergen- • A força de ligação é menor
tes, como os de uma planta. • Existem menos ligações por unidade de volume
Divergente ou radiado: Agregado de cristais (ge- • Existem defeitos estruturais
ralmente prismas colunares, aciculares ou tabulares) di- • Existe um maior espaçamento interplanar, em-
vergentes a partir de um ponto central. Tipos específicos bora as ligações químicas sejam do mesmo tipo. Cliva-
de agregados radiais podem ser: gem, partição e fraturas são propriedades físicas diferen-
a) Globular: Agregados de cristais radiais, for- tes. A distinção entre elas é extremamente importante do
mando pequenas superfícies esféricas ou semiesféricas; ponto de vista da identificação de minerais
b) Botrioidal: Formas globulares assemelhando- CLIVAGEM: Tendência de o mineral partir-se pa-
-se (em tamanho dos glóbulos) a um cacho de uvas; ralelamente a planos atômicos identificados por índices
c) Mamelonar: Grandes superfícies arredonda- de Miller, tais como faces do cristal. Os planos de cliva-
das, semelhantes a mamas, formadas por indivíduos ra- gem são, portanto, repetitivos desde a escala mesoscópi-
diais ou divergentes; ca (do cristal) a escala microscópica e até a escala da pró-
d) Reniforme: Agregados radiados terminando pria estrutura cristalina. A clivagem é sempre consistente
em formas arredondadas com forma de rins; com a simetria do cristal.
e) Colomorfo: Termo genérico aplicado a formas Para estudar a clivagem de um mineral não
arredondadas compostas de agregados radiados, sem é suficiente apenas reconhecê-la, mas é necessário
levar em conta o tamanho; caracterizá-la em termos de sua orientação e sua qua-
• Granular: Agregado simplesmente composto lidade. Em termos de orientação (geometria) a cliva-
por grãos (sem nenhuma conotação específica de forma gem pode ser descrita por adjetivos que a relacionam
ou tamanho); com formas cristalinas. Assim, pode-se caracterizar
• Concêntrico: Camadas mais ou menos esféri- a clivagem como cúbica como na galena (PbS), octa-
cas, superpostas umas às outras; édrica como no diamante(C), dodecaédrica como na
• Pisolítico: Massas arredondadas, mais ou me- esfalerita ( ZnS), romboédrica como na calcita(CaCO 3),
nos do tamanho de ervilhas; prismática como nos piroxênios e anfibólios, pinacoi-
• Oolítico: Massa arredondada, mais ou menos dal como a clivagem basal das micas, etc (Fig.8).
do tamanho de ovas de peixe; Outra maneira de expressar esse conceito é
• Bandado: Mineral formado por camadas de utilizando os índices de Miller para a forma cristalina
diferentes cores ou texturas; em questão, como {111} para a clivagem octaédrica.
• Maciço: Material compacto, sem formas ou Vimos que a clivagem está intrinsecamente
feições especiais. relacionada à estrutura cristalina. Portanto, se um mi-
Outros termos específicos, relacionados ao neral possui uma determinada direção de clivagem,
modo de ocorrência do agregado: existe o potencial para ocorrerem inúmeros planos de
• Drusa: Superfície coberta de pequenos cris- clivagem ao longo daquela direção. Entretanto, nem
tais; sempre a clivagem é perfeitamente desenvolvida nos
• Geodo: Cavidade (em uma rocha) cuja superfí- cristais. Assim, devem-se utilizar adjetivos para carac-
cie é coberta de pequenos cristais; terizar a qualidade da clivagem. Isto é feito de acordo
• Concreção: Massas formadas por deposição de com uma escala comparativa e empírica. Assim, pode-
material em torno de um núcleo. Algumas concreções -se dizer que uma clivagem é excelente (como a cliva-
são esféricas, mas outras podem ter forma variável; gem basal das micas e do grafite), boa, pobre ou ruim.
• Estalactite: Agregados em cilindros ou cones Finalmente, alguns minerais se caracterizam pela au-
pendentes (como por exemplo, em cavernas). sência de clivagem. O quartzo, um dos minerais mais
comuns não apresenta clivagem.
2.1.2. CLIVAGEM, PARTIÇÃO E FRATURA.
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2.1.3. DUREZA
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Portanto, se um mineral que se deseja identifi- • Elástico: O mineral pode ser curvado, mas volta
car é capaz de sulcar a fluorita, mas não sulca a apatita, à sua forma original, depois de cessado o esforço.
pode-se dizer que este mineral tem uma dureza entre 4 Propriedades como ductilidade, sectilidade e
e 5. Um grupo de materiais de fácil acesso pode ser usa- maleabilidade são típicas de materiais constituídos por
do para testar dureza, em complemento aos minerais da ligações metálicas. Neste tipo de ligação o material é con-
escala. Assim, a unha humana possui dureza pouco acima siderado como cátions imersos em uma nuvem de elé-
de 2 (sulca talco e gipsita, mas não sulca calcita); o cobre trons de alta mobilidade. Quando é aplicado um esforço
tem dureza pouco abaixo de 3; o aço comum tem dureza externo, os cátions podem mover-se relativamente uns
pouco acima de cinco; o vidro comum tem dureza 5 ½ , aos outros sem necessariamente originar forças eletros-
o aço temperado tem dureza 6 ½ etc. Ao avaliar a dureza táticas repulsivas (e, consequentemente, sem perder co-
de qualquer mineral é imprescindível realizar o teste nos esão).
dois sentidos (ou seja tentar sulcar o mineral A com o mi- O comportamento flexível é típico de minerais
neral B e vice-versa), porque um mineral excessivamente com estruturas em folha, como talco e clorita, onde as
friável (pulverulento) ou quebradiço pode ser fisicamente folhas são unidas entre si por forças de Van der Waals ou
desagregado por outro, mesmo que este possua dureza pontes de hidrogênio (quando submetida a um esforço
mais baixa. externo, a estrutura desliza ao longo dessas ligações mais
Em termos de dureza absoluta, a progressão de fracas). Outro grupo de minerais com estrutura em folha,
talco (dureza 1) até diamante (dureza 10) não é linear, as micas, apresenta propriedades elásticas, porque nes-
mas segue uma curva exponencial, de tal maneira que a tes minerais as camadas da estrutura são mantidas uni-
diferença de dureza entre o diamante (10) e o coríndon das entre si por ligações iônicas envolvendo álcalis como
(9) é muito maior do que a diferença de dureza entre a K+ (consideravelmente mais fortes do que as forças de
gipsita (2) e o talco (1). Como a dureza é uma propriedade Van der Waals)
direcional, alguns minerais possuem dureza diferente se-
gundo direções cristalográficas distintas. Quando ocorre, 2.1.5. DENSIDADE RELATIVA
este fato frequentemente auxilia na identificação do mi-
neral. Por exemplo, os cristais de cianita possuem dureza Definida como a relação entre o peso do mineral
igual a 5 na direção do comprimento e dureza igual a 7 na e o peso de um volume igual de agua pura, é um número
direção perpendicular ao comprimento. adimensional, e não tem o mesmo significado que peso
específico (medido em unidades de peso por unidade de
2.1.4 . TENACIDADE volume). A densidade relativa é característica para cada
mineral, e depende basicamente de dois fatores: os ele-
A tenacidade é uma medida da coesão de um mentos químicos que constituem o mineral e a maneira
mineral, ou seja, a sua resistência a ser quebrado, esma- como estes elementos estão arranjados dentro da estru-
gado, dobrado ou rasgado. A tenacidade não guarda ne- tura cristalina.
cessariamente relação com a dureza. O exemplo clássico Os efeitos destes fatores podem ser facilmente
desta diferença é o diamante, que possui dureza muito avaliados comparando-se:
elevada, mas tenacidade relativamente baixa, quando Minerais com estrutura semelhante, mas com-
submetido a um impacto. Os seguintes termos qualitati- posição distinta, como os carbonatos ortorrômbicos de
vos são usados para expressar tenacidade de um mineral: Ca, Sr, Ba e Pb, onde a densidade relativa aumenta com o
• Quebradiço: O mineral se rompe ou é pulveri- aumento do peso atômico do cátion, de 2,95 na aragonita
zado com facilidade; (CaCO3) até 6,55 na cerussita (PbCO3). Por outro lado, a
• Maleável: O mineral pode ser transformado em diferença de densidade relativa entre o carbono puro na
lâminas, por aplicação de impacto; forma de grafite (2,2) e de diamante (3,5) ilustra o efeito
• Séctil: O mineral pode ser cortado por uma lâ- da estrutura cristalina sobre esta propriedade. Existem
mina de aço; vários métodos de determinação quantitativa de densi-
• Dúctil: O mineral pode ser estirado para formar dade em minerais, com o uso de equipamentos adequa-
fios; dos (balança de Jolly, balança de Berman, picnômetro), lí-
• Flexível: O mineral pode ser curvado, mas não quidos pesados (bromofórmio, iodeto de metileno, etc.),
retorna a sua forma original, depois de cessado o esforço; ou cálculos com base na cela unitária do mineral.
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Para um reconhecimento expedito, entretanto, pode ser usada como um critério de identificação. Devido
pode-se estimar a densidade relativa por comparação en- à possibilidade de alteração de muitos minerais por con-
tre amostras de diferentes minerais. Associada ao estudo tato com o ar, água, etc., a cor deve ser sempre observada
de outras propriedades físicas, esta análise comparativa preferencialmente em uma fratura recente do mineral.
de densidade é muitas vezes uma ferramenta fundamen- • Metais de transição: podem estar presentes
tal na identificação de minerais. em minerais em quantidades importantes (como os cons-
tituintes principais) ou em quantidades muito pequenas
2.1.6 . MAGNETISMO (como impurezas). Em ambos os casos, estes elementos
podem provocar o aparecimento de cor em estruturas
Materiais que apresentam a propriedade de ser cristalinas que admitem substituições de grandes quan-
atraídos por uma um imã são chamados de ferromagnéti- tidades de um cátion por outro, as variações químicas
cos. O número de minerais que apresentam esta proprie- podem implicar em um amplo espectro de variação de
dade é muito pequeno. Dentre os minerais comuns na cor. Este é o caso da esfalerita (ZnS), que admite a subs-
natureza, apenas a magnetita (Fe3O4) e a pirrotita (FeS) tituição do Zn por quantidades variáveis de Fe e cuja cor
apresentam esta propriedade. Portanto, quando presen- varia em tons de branco, amarelo, castanho e preto, de-
te em um mineral, o magnetismo é de extrema utilidade pendendo da quantidade de Fe presente.
na identificação. Em outros casos, onde um determinado metal
Adicionalmente, o fato de que diferentes mine- ocorre em pequenas quantidades na
rais possuem diferentes susceptibilidades magnéticas estrutura, variedades coloridas podem ocorrer em um
permite a separação física de grãos de minerais distintos mineral cuja composição química global é essencialmen-
mediante o uso de equipamentos. Ao serem aquecidos te constante. No caso do mineral berilo, por exemplo, a
acima de uma temperatura específica, os materiais ferro- presença de pequenas quantidades de Fe2+ produz cor
magnéticos perdem suas fortes propriedades magnéticas, azul enquanto a presença de Cr3+ como impureza produz
que são Escola Estadual de Educação Profissional substi- coloração verde. As variedades azul e verde do mineral
tuídas por um magnetismo comparativamente mais fraco berilo possuem importância econômica como gemas
(paramagnetismo). A temperatura à qual esta mudança preciosas (água-marinha e esmeralda, respectivamente).
ocorre é conhecida como temperatura de Curie. Para a Com exceção da cor, as demais propriedades físicas da
magnetita, este fenômeno ocorre a 85oC. água-marinha e da esmeralda são idênticas às do berilo
comum. O mesmo ocorre com o mineral corindon: a pre-
2.1.7 . COR sença de Cr3+ como impureza no corindon gera a varie-
dade vermelha conhecida como rubi.
Esta é provavelmente a primeira propriedade fí- • Transferência de carga: Este processo só ocorre
sica a chamar a atenção quando alguém examina um mi- em compostos que tenham pelo menos dois elementos
neral (Fig. 10). O que o nosso cérebro interpreta como com estados de oxidação diferentes e variáveis. O proces-
cor é, na verdade, o resultado da absorção seletiva de de- so pode produzir cores intensas em minerais e gemas, e
terminados comprimentos de onda da luz que atravessa envolve a transferência de elétrons entre elementos di-
o mineral. Os comprimentos de onda que não são absor- ferentes. Alguns exemplos de elementos que participam
vidos tornam-se dominantes no espectro que emerge do no processo de transferência de carga são: Fe2+ e Fe3+;
mineral, e a combinação destes comprimentos de onda é Ti3+ e Ti4+; Mn2+, Mn3+ e Mn4+, ou combinações entre
o que é percebido como cor. eles (por exemplo, minerais contendo ferro e manganês).
A maior parte dos mecanismos que produzem A transferência de um elétron de um átomo a outro en-
cor são produtos da interação de ondas luminosas com volve a absorção de energia, a qual pode ocorrer segundo
elétrons. A origem da cor em minerais está ligada a uma um comprimento de onda definido. Por exemplo, a trans-
variedade de razões, tais como a presença de íons metá- ferência de um elétron entre Fe2+ e Ti4+ envolve a absor-
licos (em especial metais de transição como Ti, V, Cr, Mn, ção de energia luminosa no comprimento do vermelho,
Fe, Co, Ni e Cu), fenômenos de transferência de carga, portanto produz a cor azul da Safira. O mesmo processo
efeitos de radiação ionizante, entre outros. Para muitos pode ocorre entre ânions (por exemplo, a cor azul do mi-
minerais a cor é uma característica diagnóstica funda- neral lazurita decorre da transferência de carga entre um
mental, enquanto para outros ela é tão variável que não triângulo de átomos de enxofre) ou entre cátion e ânion.
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• Centros de cor: São imperfeições na estrutura lana não polida com dureza é aproximadamente 7 (Fig.
cristalina que causam absorção de energia luminosa e, 11). Embora a cor de um mineral seja frequentemente
consequentemente, o aparecimento de cor. Na maioria variável, o seu traço tende a ser relativamente constante,
dos casos este fenômeno está associado à exposição à portanto é uma propriedade extremamente útil na iden-
radiação ionizante. A fonte da radiação pode ser natural tificação do mineral. Os óxidos de ferro magnetita (Fe3O4)
(elementos radioativos, como U, Th, K presentes em mi- e hematita (Fe2O3), por exemplo, podem ser distinguidos
nerais) ou artificial e, em raros casos, radiação ultraviole- por seu traço preto e avermelhados, respectivamente. Al-
ta pode produzir centros de cor. Quando um mineral é ex- guns minerais possuem dureza tão baixa que são capazes
posto à radiação, elétrons podem ser removidos de suas de deixar traço em materiais como papel, como é o caso
posições normais e, depois de perder energia, ficar apri- do grafite e da molibdenita (MoS2).
sionados em uma posição vaga na estrutura cristalina.
Estes elétrons aprisionados absorvem seletivamente de-
terminados comprimentos de onda, produzindo cor. Um
exemplo deste fenômeno é a variedade violeta (ametista)
de quartzo (SiO2). A presença de pequenas quantidades
de Fe3+ como impureza no quartzo produz cores amare-
las (variedade citrino). Quando submetido à radiação, o
Fe3+ pode perder um elétron (efetivamente tornando-se
Fe4+), o qual é aprisionado em um centro de cor na estru-
tura do quartzo, produzindo a cor violeta típica da ame-
tista. Como os centros de cor são um tipo de defeito cau-
sado por radiação, este defeito pode ser eliminado pela
adição de energia. Por exemplo, ao submeter à ametista
a um tratamento térmico, o processo é revertido, e a cor
passa de violeta a amarelo.
Na verdade, alguns tipos de ametista tendem a
perder a cor com a simples exposição prolongada a luz
(radiação ultravioleta). Tratamento térmico é um recurso
frequentemente usado na indústria de pedras preciosas,
para modificar, melhorar ou controlar a coloração de uma Figura 11: Traço da hematita
determinada gema.
2.1.9. BRILHO
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• Vítreo: Brilho como o do vidro. O exemplo típi- • Translúcido: Há passagem de luz, mas não é
co é o mineral quartzo. possível distinguir contornos de objetos;
• Resinoso: Brilho semelhante ao de resina • Opaco: Não permite a passagem de luz, mesmo
• Nacarado: Brilho semelhante ao brilho da pé- em seções delgadas;
rola. Normalmente é mais bem observado nos planos de • Refração: Mudança na direção da luz, quando
clivagem passa de um meio para outro de densidade diferente (por
• Gorduroso ou graxo: Brilho que lembra uma su- exemplo, do ar para o mineral). Depende do índice de re-
perfície coberta de óleo. O mineral nefelina é um exem- fração (n) do mineral. Para minerais com n = 2, a velocida-
plo típico de da luz no mineral é a metade da velocidade no ar. Esta
• Sedoso: Brilho que lembra a seda. Comum em propriedade é de vital importância para os minerais uti-
agregados fibrosos, como o asbesto e a gipsita fibrosa. lizados como gemas, pois influencia o tipo de brilho dos
• Adamantino: Brilho que lembra o brilho do dia- minerais transparente. Assim, um mineral com n = 1.5
mante. Além do diamante, ocorre tipicamente em mine- tenderá a apresentar brilho vítreo, enquanto um mineral
rais transparentes de chumbo, como a cerussita (PbCO3) com n = 2.4 tenderá a apresentar brilho adamantino.
e a anglesita (PbSO4). • Dupla refração: Quando um raio de luz penetra
em um mineral ele se desdobra em dois raios, cada um
2.1.9. OUTRAS PROPRIEDADES DEPENDENTES DA LUZ viajando com velocidade e direção diferentes. A dupla re-
fração ocorre na maioria dos minerais não isométricos,
• Jogo de cores: A cor muda em sucessão rápida, mas geralmente é muito fraca para poder ser observada.
quando o mineral é girado (diamante, opala); Uma exceção notável é a calcita de qualidade ótica (espa-
• Mudança de cores: Idem, mas a variação é len- to de Islândia), que possui dupla refração forte.
ta (labradorita);
• Iridescência: Espectro de cores no interior (fra- 2.1.10. PROPRIEDADES ELÉTRICAS
turas, clivagens) ou na superfície (revestimento superfi-
cial) do mineral (bornita, calcopirita); A condução de eletricidade em minerais é forte-
• Opalescência: Reflexão leitosa ou nacarada no mente controlada pelo tipo de ligação existente. Assim, mi-
interior do mineral (opala); nerais formados exclusivamente por ligações metálicas (p.ex.
• Embaçamento: A cor da superfície é diferente os metais nativos) são condutores, minerais formados por
da cor do interior do mineral (calcocita, bornita, calcopiri- ligações parcialmente metálicas (p.ex. alguns sulfetos) são
ta); semicondutores, e minerais formados por ligações iônicas e/
• Asterismo: Formação de raios de luz como uma ou covalentes são maus condutores de eletricidade.
estrela, quando o mineral é observado ao longo do eixo • Piezoeletricidade: Produção de eletricidade
vertical. Ocorre principalmente em minerais hexagonais; por aplicação de pressão ao longo de um eixo
• Luminescência: Emissão de luz, exceto as pro- polar (eixo com formas cristalinas distintas em cada uma
vocadas por incandescência. Normalmente é tênue, me- das pontas). Este efeito só pode
lhor observável no escuro; ocorrer em cristais que não possuem centro de simetria.
• Triboluminescencia: Emissão de luz provocada • Piroeletricidade: Produção de eletricidade por
por atrito. Ocorre em minerais não metálicos e anidros variação de temperatura. Ocorre apenas em minerais que
(fluorita, esfalerita); não possuem centro de simetria e têm pelo menos um
• Termoluminescência: Emissão de luz provoca- eixo polar (piroeletricidade verdadeira). A piroeletricida-
da por aquecimento (fluorita); de secundária ocorre em minerais que sofre expansão
• Fluorescência e fosforescência: Emissão de luz desigual ao longo de direções distintas, ao serem aqueci-
provocada por exposição a determinados tipos de radia- dos. A deformação do retículo resulta em pressão locali-
ção, como luz ultravioleta, raios-x, raios catódicos. (fluori- zada, gerando piezoeletricidade.
ta, scheelita);
• Transparência: Capacidade do mineral de ser 2.1.11. RADIOATIVIDADE
atravessado pela luz;
• Transparente: É possível ver contornos de obje- Ocorre em minerais formados por elementos ra-
tos através do mineral; dioativos, tais como U e Th, e pode ser um importante
critério de identificação nestes casos.
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Dados cristalográficos: ortorrômbico, 2/m 2/m uma aparência graxosa. Alto índice de refração (n=2,42),
2/m brilho forte.
Hábito: cristais comuns, tipicamente piramidais Cor: amarelo pálido, incolor, tons pálidos de ver-
(combinações de dipiramides, prisma e pinacóide basal). melho, laranja, verde, azul e marrom. Tons mais escuros
Massas irregulares imperfeitamente cristalizadas (reni- são raros. Carbonado é preto ou preto acinzentado (não
formes, estalactites, incrustações, terroso). tem clivagem, é opaco e menos brilhante que os cristais).
Propriedades físicas: Composição e estrutura: puro Carbono
Fratura: conchoidal a imperfeita Paragênese e usos: diamante ocorre em rochas
Dureza: 1,5 a 2,5 ígneas alcalinas (kimberlitos, lamproitos), e em depósitos
Peso específico: 2,05 a 2,09 sedimentares do tipo aluvião. Além do uso como gema,
Brilho: resinoso diamante possui várias aplicações industriais, como abra-
Quebradiço sivo e na fabricação de instrumentos de corte e polimen-
Cor: amarelo enxofre to. O diamante pode ser sintetizado em escala comercial,
Pobre condutor de calor. e a maior parte do total do diamante consumido no mun-
Composição e estrutura: enxofre nativo pode do tem origem artificial. Os processos de fabricação de
conter pequenas quantidades de Se em substituição ao S. diamante ainda não conseguem, entretanto, competir
Paragênese e usos: S nativo é encontrado em comercialmente com as gemas naturais de boa qualida-
regiões de vulcanismo recente e também em sequências de.
sedimentares que contém sulfatos junto com matéria or-
gânica (associado à anidrita, gipsita e carbonatos). O en- 3.1.9. GRAFITA – C
xofre e os compostos de enxofre são utilizados em uma
variada gama de processos industriais como a produção
de fertilizantes, inseticidas, borracha, sabão, tecidos, pa-
pel, couro, tintas, corantes, explosivos, medicamentos,
plásticos, etc.
3.1.8. Diamante – C
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Brilho: metálico 400 oC) que é caracterizado por simetria hexagonal. A mais
Cor: amarelo, frequentemente oxida apresentan- baixa temperatura o campo de estabilidade da pirrotita é
do uma coloração bronze ou iridescente. mais restrito e a variedade hexagonal única dá lugar a vários
Traço: preto esverdeado tipos hexagonais e monoclínicos. A variedade monoclínica é
Composição e estrutura: Cu 34,6 %, Fe 30,4% estável de 0oC até 254 oC, quando inverte-se para hexagonal.
e S 35,0%. Desvia-se muito pouco da composição ide- A estrutura da pirrotita é bastante complexa, onde os átomos
al CuFeS2. Estrutura derivada da estrutura da esfalerita de S estão arranjados em empacotamento fechado aproxi-
onde metade do Zn está substituído por Cu e a outra me- madamente hexagonal.
tade por Fe, esse efeito leva ao duplicamento da célula
unitária. 3.2.7. PENTLANDITA – (Fe,Ni)9S8
Alteração: Calcopirita é a principal fonte de cobre
para os minerais secundários malaquita, azurita, covelita,
calcocita e cuprita. Concentração de cobre em zonas de
enriquecimento supergênico são frequentemente o re-
sultado de tal alteração e remoção de cobre em solução
com sua deposição subsequente.
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Dados cristalográficos: hexagonal, 6/m 2/m 2/m. Cor: vermelho quando puro a vermelho amar-
Hábito: raramente como cristais hexagonais ta- ronzado quando impuro. Transparente a translúcido
bulares. Geralmente maciça recobrindo ou disseminada Traço: vermelho
com outros minerais de Cu. Composição e estrutura: Hg 86,2%, S 13,8%, com
Propriedades físicas: pequenas variações no teor de Hg. Se e Te podem subs-
Clivagem: {0001} perfeita tituir S. Geralmente impuro misturado com argilas, óxido
Dureza: 1,5 – 2,0 de ferro e bitume. A estrutura do cinábrio difere de todo
Peso específico: 4,6 – 4,76 e qualquer sulfeto, é baseada em espiral infinita de Hg-
Brilho: metálico -SHg que se estende ao longo do eixo “c” cristalográfico.
Cor: azul índigo ou mais escura
Traço: preto a cinza chumbo 3.2.10. REALGAR – AsS
Composição e estrutura: Cu 66,4%, S 33,6%. Uma
pequena quantidade de Fe pode estar presente. A estru-
tura da covelita é muito complexa, um tipo de átomo de
Cu está tetraedricamente coordenado com S, sendo que
dos vértices do tetraedro formam camadas. Um segundo
tipo de Cu está em coordenação trigonal com o S, dando
origem a camadas planares. A excelente clivagem {0001}
é paralela a essa estrutura acamadada. Covelita é estável
até 507 oC.
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Dados cristalográficos: monoclínico, 2/m Cu. A estrutura da estibnita é definida por cadeias em zi-
Hábito: cristais pequenos tabulares ou prismáti- gzag de átomos de Sb e S que são paralelas ao eixo “c”
cos curtos. cristalográfico. A distância entre Sb-S nas cadeias varia
Propriedades físicas: de 2,5 a 3,6 Å. Os prismas longos, estriados de estibnita
Clivagem: {010} perfeita são paralelos a esta estrutura em cadeia (//c). A clivagem
Dureza: 1,5 – 2,0 {010} ocorre entre cadeias Sb-S.
Peso específico: 3,49
Brilho: resinoso, nacarado na face de clivagem. 3.2.13. PIRITA – FeS2
Cor: amarelo limão
Traço: amarelo pálido
Composição e estrutura: As 61,0%, S 39,0 %.
Contém até 2,7 % de Sb. Pirâmides trigonais de As S3 di-
videm vértices formando anéis de seis membros. Esses
anéis estão ligados formando uma estrutura em camadas
enrugadas de As2S3. As ligações dentro das camadas são
de natureza residual. A clivagem {010} perfeita é paralela
a essas camadas.
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3.3. CLASSE DOS ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS ou pela substituição acoplada de Fe2+ + Ti4+ no sítio octaé-
drico.
Óxidos formam um grupo de minerais caracteri- •Espinélios de estrutura normal:
zados por combinação de oxigênio com um ou mais me- Espinélio Mg Al3+2O4
tais. As características gerais dos minerais desta classe in- Hercinita Fe Al3+2O4
cluem dureza e densidade relativamente alta, e o fato de Gahnita Zn Al3+2O4
que várias espécies são relativamente refratárias. Óxidos Galaxita Mn Al3+2O4
são amplamente distribuídos. Ocorrem em rochas ígneas, Franklinita Zn Fe3+2O4
metamórficas e sedimentares, em proporções acessórias Cromita Fe2+ Cr3+2O4
ou formando minérios. São os principais minérios de Fe, Magnesiocromita Mg Cr3+2O4
Cr, Mn, Sn e U, mas também ocorrem associados a outros • Espinélios de estrutura invertida
tipos de minérios (como sulfetos, por exemplo). As carac- Magnetita Fe3+ (Fe2+,Fe3+)O4
terísticas gerais dos minerais desta classe incluem dureza Magnesioferrita Fe3+ (Mg2+,Fe3+)O4
e densidade relativamente alta, e o fato de que várias es- Jacobsita Fe3+ (Mn2+,Fe3+)O4
pécies são relativamente refratárias. As ligações químicas Ulvoespinélio Fe2+ (Fe2+ , Ti4+ )O4
nos óxidos são em geral fortemente iônicas (ao contrário Crisoberilo BeAl2O4
dos sulfetos, que tipicamente tem ligações mistas: iônica, Columbita-Tantalita (Fe, Mn)(Nb, Ta)2O6
covalente e metálica) •Outros
Criptomelano KMn8O16
3.3.1. ÓXIDOS Alguns dos principais minerais representantes
desta classe são descritos abaixo.
Os óxidos podem ser classificados de acordo com
o tipo químico, em função da razão metal/oxigênio. Os 3.3.2.CUPRITA -Cu2O
seguintes grupos podem ser reconhecidos:
• X2O - Cuprita . Cu2O
• XO - Zincita . ZnO
•X2O3 - Grupo da Hematita:
Corindon . Al2O3
Hematita . Fe2O3
Ilmenita . FeTiO3
• XO2- Grupo do Rutilo
Rutilo - TiO2
Pirolusita . MnO2
Figura 38: Cuprita nativa
Cassiterita . SnO2
Uraninita . UO2
•XY2O4 - Grupo do espinélio: Dados cristalográficos: isométrico 4/m 2/m
Hábito: comumente ocorre em cristais cúbicos,
A fórmula dos espinélios pode ser expressa em octaédricos ou dodecaédricos, frequentemente em com-
termos de cela unitária como X8Y16O32, onde os cátions binação. Algumas vezes como cristais capilares alonga-
podem estar em posições tetraédricas (X) ou octaédricas dos.
(Y). Dois tipos de estrutura são reconhecíveis. Propriedades Físicas :
Nos espinélios de estrutura normal, oito átomos Dureza: 3,5 . 4,0
do tipo X ocupam as oito posições tetraédricas e os áto- Densidade relativa: 6,1
mos do tipo Y ocupam os 16 sítios octaédricos, sendo Brilho: metálico-adamantino em variedades per-
representados pela formula X8Y16O32. Nos espinélios de feitamente cristalizadas
estrutura invertida, oito átomos do tipo Y ocupam os oito Cor: vários tons de vermelho; pode ser transpa-
sítios tetraédricos, gerando uma fórmula do tipo Y(YX)O4. rente
Os espinélios de estrutura invertida são caracterizados Traço: vermelho amarronzado
pela presença de cations trivalentes no sítio tetraédrico Composição e estrutura: Geralmente puro, mas
FeO pode estar presente como impurezas.
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Estrutura: átomos de oxigênio ocupam o centro pegmatitos, rochas metamórficas (mármores, xistos,
e os vértices de um tetraedro. Cobre ocupa posição inter- gnaisses), depósitos sedimentares residuais ou transpor-
mediária (metade do caminho) entre 2 átomos de oxigê- tados (resistente ao intemperismo e erosão). Produzido
nio. artificialmente em escala industrial. Usos: gema e abra-
Ocorrência e usos: Ocorre na zona oxidada de sivo.
depósitos de cobre, associada com limonita, Cu nativo,
malaquita, azurita, crisocola. 3.3.4. HEMATITA. Fe2O3
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caso da bauxita, limonita e psilomelano. Note que estas 3.4.2. MANGANITA . MnO(OH)
misturas não podem ser consideradas espécies minerais
no sentido estrito. A maioria dos hidróxidos é de origem
supergênica, formados em ambiente oxidante, como pro-
duto de alteração de outros minerais. Em alguns casos
estes produtos de alteração podem representar impor-
tantes depósitos minerais (como no caso das bauxitas) ou
indicar a presença de minerais metálicos em sub-superfí-
cie (como no caso dos chapéus de ferro).
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• MAGNESITA - MgCO3
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• SIDERITA - FeCO3
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• ARAGONITA CaCO3
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bém em diferentes formas. Normalmente tabular segun- Cor: geralmente tons de rosa e bege. Pode ser in-
do {010}. Pode formar grupos reticulados, com as placas color, branco, cinza, verde, marrom ou preto. Ankerita é
cortando umas às outras, a um ângulo de 60o . Frequente- tipicamente branco amarelado, mas devido à oxidação do
mente apresenta geminação pseudo-hexagonal. Também ferro pode parecer marrom amarelado.
em agregados granulares cristalinos, fibroso, compacto Transparente a translúcida.
terroso. Reação fraca e lenta com HCl. Fragmentos gran-
Propriedades Físicas: des só dissolvem em HCl diluído a quente. Pó fino ferve
Clivagem: {110} boa, {021} razoável com HCl diluído a frio.
Dureza: 3,0 . 3,5 Composição e Estrutura:
Peso Específico: 6,55 Dolomita: CaO 30,4% MgO 21,7%, CO2 47,9%
Brilho: adamantino Ankerita: CaO 25,9% FeO 33,3 %, CO2 40,8%
Cor: incolor, branco ou cinza Dolomitas naturais desviam-se da razão Mg:Ca
Transparente a sub-translúcido 1:1, e a razão Mg:Ca varia de 52:58 até 52,5:47,5. Solução
Composição e Estrutura: a maioria das cerussitas sólida completa se estende até ankerita.
está composicionalmente muito próxima de PbCO3, onde Paragênese e Usos: Dolomita ocorre principal-
PbO =83,5 % e CO2 = 16,5 %. É isoestrutural com aragoni- mente como mineral essencial de rochas sedimentares
ta. (dolomitos) e seus equivalentes metamórficos (mármo-
Paragênese e Usos: Ocorre na zona de alte- res dolomíticos). Ankerita ocorre comumente em forma-
ração supergênica de depósitos de sulfetos de Pb e Zn ções ferríferas. Em rochas magmáticas tanto dolomita
(galena+esfalerita),onde associa-se a outros minerais quanto ankerita são raras, exceto nos carbonatitos. Do-
secundários, como anglesita, piromorfita, smithsonita e lomita e rochas dolomíticas tem ampla aplicação como
limonita. Minério deChumbo. material de construção, pedra ornamental e na produção
de alguns tipos de cimento.
3.5.3. GRUPO DA DOLOMITA
• MALAQUITA Cu2CO3(OH)2.
• DOLOMITA . CaMg(CO3) - ANKERITA - CaFe(CO3)
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Peso Específico: 3,9 . 4,03 oxigênio do grupo triangular (CO3) é ligado a um cobre.
Brilho: adamantino a vítreo em cristais, frequen- Paragênese e Usos: Idem malaquita.
temente sedoso nas variedades fibrosas. Sem brilho nas
variedades terrosas 3.5.4. CLASSE DOS SULFATOS E WOLFRAMATOS
Cor: verde brilhante
Translúcido • BARITA . BaSO4
Traço: verde pálido
Composição e Estrutura: CuO 71,9 %, CO2 19,9
%, H2O 8,2 % . Cu2+ é octaedricamente coordenado com
O2- e (OH)- em octaedros CuO2(OH)4 e CuO4(OH)2. Esses
octaedros estão ligados ao longo dos vértices formando
cadeias que são paralelas ao eixo. c.. As cadeias estão li-
gadas por grupos (CO3)2.
Paragênese e Usos: Associado a outros produtos
de alteração supergênica (como azurita, cuprita, cobre
nativo e óxidos de ferro) de depósitos de cobre. Por sua
cor distinta, frequentemente é útil para indicar a presen-
ça de minerais de cobre em uma paragênese. Também Figura 64: cristal de barita
utilizada como gema.
Dados cristalográficos: ortorrômbico, 2/m 2/m
• AZURITA Cu3(CO3)2(OH)2 2/m
Hábito: cristais geralmente tabulares segundo
{001}, frequentemente apresentando hábito de diaman-
te. Prismas {0kl} e {h0l} são comuns. Cristais podem ser
muito complexos. Grupos divergentes de cristais tabula-
res formando flores ou outras formas complexas. Tam-
bém laminado grosseiro, granular e terroso.
Propriedades físicas:
Clivagem {001} perfeita, {210} menos perfeita
Dureza: 3,0 a 3,5
Peso específico: 4,5
Brilho: vítreo, em alguns espécimes é perláceo
Cor: incolor, branco, e tons claros de azul, amare-
Figura 63: Azurita nativa
lo, vermelho
Transparente a translúcido.
Dados Cristalográficos: monoclínico 2/m
Composição e estrutura: BaO 65,7 % e SO3 34,3
Hábito: variável. Cristais geralmente complexos e
% para barita pura. Sr substitui Ba e uma completa solu-
mal formados. Também em grupos esféricos radiais.
ção sólida existe entre barita e celestita, mas a maioria
Propriedades Físicas:
dos espécimes apresenta composição próxima a um dos
Clivagem: {011}perfeita, {100} razoável
dois extremos da solução sólida. Pequenas quantidades
Dureza: 3,5 . 4,0
de Pb podem substituir Ba. Estrutura: cada ion de Ba está
Peso Específico: 3,77
coordenado a 12 oxigênios pertencentes a sete diferen-
Brilho: vítreo
tes grupos (SO4). Os sulfatos de Sr (celestita) e de Pb (an-
Cor: azul intenso
glesita) são isoestruturais com a barita.
Transparente a translúcido
Paragênese e usos: Barita é um mineral comum,
Composição e Estrutura: CuO 69,2 %, CO2 25,6 %,
de ampla distribuição. Ocorre como ganga em veios hi-
H2O 5,2 % . A estrutura da azurita contém Cu em grupos
drotermais, associada à mineralizações de Ag, Pb, Cu, Co,
quadrados coplanares com 2 O2 e 2 (OH)- . Estes grupos
Mn e Sb. Associada a calcita em veios em rochas calcá-
quadrados estão ligados em cadeias paralelas ao eixo .b..
rias ou em depósitos argilosos residuais sobre calcários.
Cada grupo (OH)- é compartilhado por três Cu2+ e cada
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• ANIDRITA . CaSO4
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Camadas de gipsita podem ocorrer associadas a calcários nitos. Mais raramente em veios de sulfetos. Minerais co-
e folhelhos, ou nas seções inferiores de depósitos eva- mumente associados são cassiterita, scheelita, bismuto,
poríticos (é um mineral de cristalização precoce nos eva- quartzo, pirita, galena, esfalerita e arsenopirita. Principal
poritos). Comumente associado à halita, anidrita, calcita, fonte de tungstênio (W), usado para aumentar a dureza
dolomita, enxofre, pirita e quartzo. Usado principalmen- de ligas metálicas (vídea), usadas em ferramentas, válvu-
te para a produção de gesso, também como corretivo de las, instrumentos de corte, etc. Também para produção
solo e como retardador em cimento Portland. As varieda- de filamentos de lâmpadas elétricas.
des espato acetinado e alabastro são usadas como pedra
ornamental. • SCHEELITA - CaWO4
• WOLFRAMITA (Fe,Mn)WO4
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3.5. CLASSE DOS HALOGENETOS nos cantos e no centro das faces de uma cela cúbica (ar-
ranjo cúbico de face centrada). Os ions F estão em coor-
Halogenetos são minerais em que um elemento denação tetraédrica com 4 Ca2+ Cada Ca2+ está coordena-
do grupo dos halogêneos (Cl, Br, F e I) é o único ânion, ou do a 8 F. Outros exemplos desse tipo de estrutura são os
o ânion principal. Os halogênios formam íons grandes, de óxidos uraninita UO2 e torianita ThO2.
carga (- 1), facilmente polarizáveis. Quando estes ânions
combinam-se com cátions grandes, pouco polarizáveis e 3.5.1. HALITA (sal-gema) – NaCl
de baixa valência, como os metais alcalinos, formam os
exemplos mais próximos possíveis de ligação iônica pura,
o que confere a estes minerais as seguintes propriedades
gerais:
- Alto grau de simetria
- dureza relativamente baixa
- pontos de fusão moderados a altos
- baixa condutividade térmica e elétrica no esta-
do sólido
- aumento significativo da condutividade com a
temperatura.
Quando o cátion é menor e mais facilmente pola- Figura 69: Cristal de halita
rizável, as ligações químicas adquirem um caráter ligeira-
mente mais covalente, resultando em simetria mais baixa. Dados cristalográficos: isométrico 4/m 2/m
Existe uma diferença importante de ambiente geológico Hábito: Cúbico, outras formas são raras. Al-
entre os fluoretos e os demais halogenetos(cloretos, bro- guns cristais possuem forma de tremonha (pirâmide
metos, etc). A maioria dos halogênios (Cl, Br, I) ocorre pre- oca invertida), que resulta da maior taxa de cresci-
ferencialmente em minerais de rochas sedimentares (em mento nos cantos e arestas no cristal, relativamente
especial aquelas formadas pela evaporação da água do ao centro das faces. Ocorre também em massas gra-
mar os evaporitos), mas são raros em minerais de rochas nulares a compactas e em raras variedades fibrosas
ígneas ou metamórficas, estando presentes apenas como Propriedades físicas:
elementos menores ou traços em minerais como apati- Clivagem: {100} perfeita.
ta, sodalita e escapolita. Por outro lado, o Flúor, embora Dureza: 2.5
esteja presente em minerais de algumas rochas sedimen- Densidade relativa: 2.16 (baixa)
tares, é muito comum em minerais de rochas ígneas, de Brilho: vítreo, transparente a translúcido
pegmatitos, de veios hidrotermais, e de rochas formadas Cor: incolor a branco. Impurezas podem resul-
por metamorfismo de contato e metassomatismo. tar em tonalidades de amarelo, vermelho, rosa, azul e
Tipos de estrutura púrpura.
Dois tipos de estrutura são comuns nos haloge- Traço: branco
netos: Solúvel em água com extrema facilidade. Gos-
•Estrutura tipo halita ⇒ Muitos halogenetos do to salgado.
tipo XZ (isto é, relação cation:ânion de 1:1) possuem uma Composição e estrutura: Na 39.3 %, Cl 60.7 %.
estrutura em que cada cátion e cada ânion são cercados Impurezas comumente presentes incluem sulfatos de
por seis vizinhos em coordenação octaédrica. Minerais cálcio e magnésio e cloretos de cálcio e magnésio.
que cristalizam com este tipo de estrutura compreendem Paragênese e usos: halita ocorre em depósitos
halita NaCl, silvita KCl, e Cerargirita AgCl. Alguns sulfetos e sedimentares precipitados por evaporação de água
óxidos do tipo XZ também apresentam estrutura do tipo salgada (evaporitos), em associação com gispsita, sil-
halita: galena PbS, Alabandita MnS, Periclásio MgO. vita, anidrita, calcita e componentes detríticos como
•Estrutura tipo fluorita ⇒ Aplicável a muitos dos areias e argilas. Os principais usos são como sal de co-
halogenetos do tipo XZ2 (isto é: relação cátion:ânion de zinha e como fonte de cloro e sódio para a indústria
1:2). Na fluorita (CaF2) os cátions Ca2+ estão posicionados química.
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em formas de aparência cúbica para fertilizantes (embora não tanto quanto silvita).
Dureza: 2.5
Densidade relativa: 2.95 . 3.0 3.5.6. FLUORITA . CaF2
Brilho: vítreo a graxoso. Transparente a translúci-
da. Aspecto de gelo.
Cor: incolor a branco-neve
Aspecto de parafina. O índice de refração muito
baixo (próximo do da água) resulta no quase total desa-
parecimento do pó do mineral, quando imerso em água.
Composição e estrutura: Na 32.8%, Al 12.8%,
F 54.4%. O Al está em coordenação octaédrica a seis F.
Ions Na+ também são circundados por seis F, porém em
um arranjo menos regular. Isométrica (Fm3m) acima de Figura 74: Cristais de fluorita
550oC. Paragênese e usos: A criolita é um mineral raro,
utilizado para a fabricação de sais de sódio, certos tipos Dados cristalográficos: isométrico, 4/m 2/m
de vidro e porcelana. Criolita natural foi amplamente uti- Hábito: cristais cúbicos, frequentemente gemi-
lizada como fundente na industria de alumínio, mas com nados segundo [111]. tetrahexaédricas e hexaoctaédricas
o esgotamento das reservas foi substituída por um equi- são menos frequentes. Octaedros verdadeiros são raros,
valente sintético, fabricado a partir da fluorita. mas são frequentes as formas octaédricas produzidas pe-
los planos de clivagem. Também maciça, granular, colu-
3.5.5. CARNALITA . KMgCl3.6H2O nar.
Propriedades físicas:
Clivagem: {111} perfeita
Dureza: 4
Densidade relativa: 3.18
Brilho: vítreo
Cor: muito variável: comumente verde-claro,
amarelo, verde azulado, violeta. Menos comumente
branco, rosa, azul, marrom. Frequentemente bandada ou
zonada, em cores diversas. Fluorescência.
Composição e estrutura: Ca 51.3%, F 48.7%. Y e
Figura 73: Carnalita nativa terras raras, em especial Ce, podem substituir o Ca.
Paragênese e usos: A fluorita é amplamente dis-
Dados cristalográficos: ortorrômbico, 2/m2/ tribuída, ocorrendo em associação com um grande núme-
m2/m ro de minerais, como calcita, dolomita, gipsita, celestita,
Hábito: cristais são incomuns, pseudo-hexago- barita, quartzo, galena, esfalerita, cassiterita, topázio, tur-
nais. Normalmente maciça ou granular. malina e apatita. Comum em rochas sedimentares como
Propriedades físicas: calcários e dolomitos, e como acessório em rochas ígneas
Clivagem: não apresenta. Fratura conchoidal e pegmatitos. O principal modo de ocorrência é em veios
Dureza: 2.5 hidrotermais. Os principais usos (aproximadamente 90%)
Densidade relativa: 1.6 (baixa) da fluorita são na indústria química, para a produção de
Brilho: graxoso ácido fluorídrico, e como fundente na indústria do aço.
Cor: incolor a branco leitoso, amarelo, raramente Usos menos comuns são na fabricação de vidro, cerâmica
azulado. Freqüentemente vermelho, devido a inclusões e materiais óticos.
orientadas de hematita. Transparente a translúcido Gosto
amargo, altamente higroscópico, dissolve em ambientes 3.6. CLASSE DOS FOSFATOS, ARSENIATOS, VANADATOS.
úmidos.
Paragênese e usos: ocorre nas camadas superio- Os minerais desta classe são caracterizados pela
res de alguns evaporitos, em associação com halita, silvi- presença de unidades tetraédricas de (PO4), (AsO4) e
ta e kieserita (MgSO4.H2O). Importante fonte de potássio (VO4), onde os elementos P, As e V podem substituir-se
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Essa subclasse contém tetraédros (SiO4)-4 inde- Esta subclasse contém tetraedros (SiO4)-4 aos pa-
pendentes, isto é, não ligados a outras unidades. Elemen- res, ligados por um oxigênio em comum. Assim, a unida-
tos como Mg, Fe, Ca e Al é que interligam as unidades de fundamental é (Si2O7)-6.
tetraédricas.
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4.3 CICLOSSILICATOS
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4.5. FILOSSILICATOS
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4.6. TECTOSSILICATOS
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semelhante ao ortoclásio com relação às propriedades à sua alta resistência química e física. É o silicato com a
físicas e alteração. composição química mais simples (SiO2). O arranjo estru-
tural compacto dos tetraedros lhe confere grande resis-
4.6.1.2. FELDSPATOS CALCO-SÓDICOS OU PLAGIOCLÁ- tência à alteração. Nas rochas graníticas o quartzo é o mi-
SIOS: (Ca,Na)(Al,Si)AlSi2O8 neral de fácil reconhecimento, pois se assemelha ao vidro
quebrado. Como não tem clivagem, quebra-se com uma
superfície irregular, abaulada. Não contém nutrientes es-
senciais para as plantas, mas tem participação importan-
te na formação do esqueleto do solo, sendo o principal
componente da fração arenosa do solo.
O quartzo apresenta variedades cristalinas e crip-
tocristalina:
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Referências Bibliográficas
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