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Síntese

O capítulo 4 se inicia contextualizando de forma objetiva a vida de Galileu


Galilei. Nasceu em 1564, e através de seu pai, entrou em uma escola de
medicina na Universidade de Pisa. Entretanto, não concluiu seus estudos e
voltou para casa afim de dedicar-se à filosofia natural. Alguns anos após,
começou a ensinar matemática na Universidade que estudou. No ano de 1592
instalou-se em Pádua como professor, sua posição tornou-se permanente, uma
vez que ele criou um telescópio de melhor qualidade entre os da época.
- Ilustração - Telescópio de Galileu

https://twitter.com/astronomiaum/status/1165745048719429638
Galileu e os jesuítas tinham um relacionamento conturbado, pois os dois lados
afirmavam distantes modos de sistema solar. A Igreja acreditava que a Terra era
o centro do Universo, já o sistema Copernicano (o qual Galileu defendia),
afirmava que o centro era o Sol. De tal modo, os conflitos entre os católicos e
protestantes transformaram a Europa em um "campo de batalha".
A grã-duquesa da época continha uma grande apreensão em contrariar a Igreja
e concordar com Galileu, porém um professor de filosofia e um padre - Boscaglia
e Castelli - compartilhavam do mesmo temor, mesmo assim garantiram que as
informações de Galileu eram reais. A grande maioria dos jesuítas optava pelo
sistema de Tycho Brahe, em razão de que este evitava uma espécie de
reintepretação das Escrituras sagradas. Mesmo assim, Galileu argumentava que
o movimento da Terra iria contra as Escrituras somente em caso de má
interpretação. "A Bíblia não erra, mas seus intérpretes podem errar".
Bellarmino era um padre que dedicou sua vida lutando contra a heresia
protestante, desse modo, não aceitava que Galileu o tentasse ensinar
interpretação bíblica. Chegaram a propor uma reconciliação entre o sistema de
Copérnico e as escrituras sagradas. Todavia, Bellarmino negou essa proposição,

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por afirmar que o Sol é o centro do cosmo e que a Terra gira em sua volta era
algo perigoso.
Bellarmino tentava proteger Galileu pois não desejava o mal a ele, então o
aconselhou a manter distância das Escrituras. Ele era uma espécie de pessoa
egocêntrica, então não deu ouvidos ao padre Bellarmino e queria continuar
provando que seus argumentos eram irrefutáveis. Tinha a ideia concreta de que
sua missão em vida era "salvar" a Igreja, queria ser um profeta cientista.
A oposição contra ele crescia de forma exuberante, então foi à Roma em 1615
para tentar limpar seu nome. A congregação condenou qualquer livro que
apoiasse o sistema Copernicano, a opção viável para Galileu era abandonar
suas ideias ou seria aprisionado. Ao se ver "contra a parede", ele obedeceu. No
decorrer do tempo, acreditou que teria encontrado a prova do movimento da
Terra por meio da teoria das Marés.
O papa até concordou com esse ideal, contudo haveria de deixar claro que Deus
pode promover o ir e vir das marés.
- Ilustração – Teoria das Marés

https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/fisica/mares.htm
Perdeu a batalha e teve que permanecer em silêncio por 7 anos (1623). Nesse
meio tempo, explicou o conceito de queda livre.
Em 1630, buscou se assegurar se poderia prosseguir com a publicação do livro
"Diálogo".
- Ilustração – O Diálogo por Galileu Galilei

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https://images.app.goo.gl/XFhDA4n2M9hTyrfT8

Com 70 anos, foi acusado de ter cometida sérias implicações para a reputação
da Igreja. Poucos dias após o interrogatório, foi abordado pelo comissário geral
da Inquisição, onde aceitou seus erros.
As penas recebidas por Galileu foram: o Diálogo ser proibido, abjurar a opinião
de Copérnico, e condenação à prisão domiciliar até o final de sua vida. Durante
três anos, deveria repetir diariamente sete salmos penitenciais. E assim, Galileu
retornou a Florença, começou a trabalhar em um novo livro “Duas novas
ciências”.
Galileu morreu em 1642, ele não sofreu os terrores da tortura nem foi
aprisionado num calabouço úmido e sombrio, mas viu-se privado de seu direito
de expressar livremente suas ideias e descobertas.

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Referências Bibliográficas
TEIXEIRA, Maria Mendes. Marés. São Paulo – Mundo da Educação. Acesso em
novembro de 2022.

Livro: a Dança do Universo (MARCELO GLEISER) – Capítulo de número 4.


Págs. 134 a 161.

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