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23ª JELL - As Letras e suas reverberações político-sociais – escrevendo na história:

ensino, pesquisa e extensão


Simpósio 9

LITERATURAS DE AUTORIA
FEMININA NEGRA: NOVOS
TRÂNSITOS E VELHAS
FRONTEIRAS

Prof.ª Dr.ª Waleska Rodrigues de M. Oliveira Martins


Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
LITERATURAS DE AUTORIA FEMININA NEGRA:
NOVOS TRÂNSITOS E VELHAS FRONTEIRAS

Pontos para destacar:


- pesquisa de estágio pós-doutoral pela UFBA;
- questões educacionais e de repensar a estrutura de valorização excessiva da cultura
hegemônica e não-negra na academia;
- gestão de algumas categorias que delineiam aspectos da negritude nas autorias
femininas;
- banco de informações;
- dimensão escrevivente na acadêmica de mulheres intelectuais, principalmente
negras, e o compromisso com uma efetiva luta antirracista de intelectuais não-negras
e não-negros na escolha de seus corpus, da fundamentação teórica e crítica de suas
pesquisas e de suas práticas educacionais.
LITERATURAS DE AUTORIA FEMININA NEGRA:
NOVOS TRÂNSITOS E VELHAS FRONTEIRAS

A pesquisa:
- mapeamento e análise da dimensão política e literária da autoria feminina negra nas
Literaturas Brasileira, Portuguesa e Africana (Angola e Moçambique) em
ementas/planos de aula/curso de componentes dos programas de mestrado e/ou
doutorado em “Letras: estudos literários” das universidades públicas brasileiras,
universidades portuguesas, angolanas e moçambicanas.
LITERATURAS DE AUTORIA FEMININA NEGRA:
NOVOS TRÂNSITOS E VELHAS FRONTEIRAS

A pesquisa:
- Refletir sobre a importância das escolhas e o que elas podem refletir enquanto discurso
oficialmente registrado no Ministério da Educação e que é um critério de avaliação no
sistema da Capes.
- As ementas dos cursos de pós-graduação são realmente discutidas nos âmbitos
institucionais (sempre levando em consideração a Lei 10645/08) ou é, por conta de
inúmeros outros fatores que imprimem a velocidade dos ajustes burocráticos, uma
replicação automática do que já está posto no “cânone”?
LITERATURAS DE AUTORIA FEMININA NEGRA:
NOVOS TRÂNSITOS E VELHAS FRONTEIRAS

A pesquisa:

Número de Programas por Região

Sul 11

Sudeste 21

Centro-Oeste 11

Nordeste 21

Norte 8

0 5 10 15 20 25
Relação entre o Total de Referências (TR), Referências de Autoria Feminina (RAF) e Referências
de Autoria Feminina Negra (RAFN), por unidade da federação na Região Centro-Oeste

TR RAF RAF/TR RAFN RAFN/TR


Região UF
nº nº % nº %
DF 421 142 33,73 39 9,26
Centro-Oeste

GO 1.868 352 18,84 5 0,27


MS 326 118 36,20 6 1,84
MT 876 192 21,92 12 1,37
Total 3.491 804 23,03 62 1,78

TR - Total de Referências
RAF - Referências de Autoria Feminina
RAFN - Referências de Autoria Feminina Negra
Relação entre o Total de Referências (TR), Referências de Autoria Feminina (RAF) e Referências
de Autoria Feminina Negra (RAFN), por unidade da federação na Região Norte

TR RAF RAF/TR RAFN RAFN/TR


Região UF
nº nº % nº %
AC 328 140 42,68 16 4,88
AM 256 53 20,70 0 0,00
PA 186 63 33,87 18 9,68
Norte

RO 704 135 19,18 8 1,14


TO 221 32 14,48 9 4,07
Total 1.695 423 24,96 51 3,01
TR - Total de Referências
RAF - Referências de Autoria Feminina
RAFN - Referências de Autoria Feminina Negra
Relação entre o Total de Referências (TR), Referências de Autoria Feminina (RAF) e Referências
de Autoria Feminina Negra (RAFN), por unidade da federação na Região Nordeste

TR RAF RAF/TR RAFN RAFN/TR


Região UF
nº nº % nº %
AL 178 80 44,94 8 4,49
BA 1.157 394 34,05 60 5,19
CE 1.320 333 25,23 38 2,88
Nordeste

MA 382 95 24,87 1 0,26


PB 1.010 385 38,12 98 9,70
PE 119 47 39,50 17 14,29
PI 477 191 40,04 35 7,34
RN 248 58 23,39 0 0,00
Total 4.891 1.583 32,37 257 5,25
TR - Total de Referências
RAF - Referências de Autoria Feminina
RAFN - Referências de Autoria Feminina Negra
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Discussões:
- Repensar na oxigenação do cânone, passando pela
interseccionalidade e pela necessidade de refletir sobre as
ementas ou planos de curso como discurso estético e político.
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Obrigada pela paciência da escuta!

waleskamartins.wm@ufrb.edu.br

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