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Módulo 19 – Locomoção – OSSOS

O sistema locomotor é formado pela combinação de dois sistemas, que atuam


juntos para garantir uma grande quantidade de movimentos: o sistema
muscular e o sistema esquelético.

Sistema Esquelético
O sistema esquelético é formado principalmente pelo conjunto de ossos, além
de outras estruturas a eles relacionadas, como cartilagens, ligamentos e
tendões.
Nosso esqueleto pode ser dividido em axial e apendicular.

Esqueleto Axial: Crânio, coluna vertebral, osso esterno e costelas


Esqueleto Apendicular: ossos dos membros superiores e inferiores (braço,
perna, mão, pé), e os ossos que os prendem ao esqueleto axial.
Além da postura e dos movimentos em geral, outra função do esqueleto é a
proteção. O crânio protege o encéfalo e a coluna vertebral protege a medula
espinal; em outras palavras, protegem o sistema nervoso central contra
impactos. Já as costelas e o esterno protegem vários órgãos essenciais, como
os pulmões, o coração e os rins.

Esqueleto dos vertebrados:


 Cartilaginoso: peixes cartilaginosos (tubarões e raias)
 Ósseo: peixes ósseos e restante dos vertebrados.

A cartilagem é um tecido amortecedor, relativamente macio e maleável, que


reveste a superfície do osso ao nível das articulações, protegendo-as.
A composição dos ossos
Ossos são duros (presença de sais, ex: cálcio) e resistentes (fibras de
proteínas), compostos de células, minerais e fibras proteicas.
Os minerais presentes nos ossos podem ser usados pelo corpo, em caso de
necessidade. Por isso, os ossos também são considerados uma reserva
desses nutrientes.
No interior de alguns ossos, existe um tecido gelatinoso responsável pela
produção de células do sangue: a medula óssea vermelha. Ou seja, as células
sanguíneas são formadas no interior de alguns ossos do corpo.

Articulações
O local onde dois ossos se tocam é chamado articulação. Algumas articulações
são fixas: sem movimento (ossos do crânio), como aquelas formadas pelos
ossos do crânio; outras são móveis: possuem movimento (joelho), como as
do joelho. As articulações móveis permitem ao esqueleto realizar movimentos e
podem ser de vários tipos. As dos ombros possibilitam o movimento giratório
nos braços; já as dos joelhos e dos cotovelos permitem movimentos de
dobramento em um único plano.
Se um osso deslizasse diretamente sobre outro, ocorreria o desgaste de
ambos; no entanto, as articulações não são feitas apenas de ossos. Nesse tipo
de contato, existem cartilagens, ligamentos e tendões.
Módulo 20 – Locomoção – MÚSCULOS

Tecido Muscular
A sua principal característica é a capacidade de contração, o que possibilita o
movimento. Há três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado
cardíaco e não estriado (liso).
Músculo estriado esquelético: ligados ao esqueleto e responsáveis pela
movimentação. Movimentação voluntária (temos controle)
O tecido muscular esquelético está presente nos músculos ligados ao
esqueleto e é responsável pela movimentação, bem como pela postura do
nosso corpo. De modo geral, os músculos recebem impulsos elétricos do
sistema nervoso, o que provoca sua contração e resulta nos vários tipos de
movimento que podemos realizar.
A contração dos músculos estriados esqueléticos é rápida e voluntária, ou
seja, está relacionada a movimentos do corpo que estão sob o controle da
nossa vontade.
O tecido muscular estriado esquelético apresenta uma organização própria, em
feixes, cada qual formado por fibras musculares (ou miócitos).
Tecido muscular  fibras musculares (miócitos)  miofibrilas  miômeros
As fibras musculares são longas células cilíndricas, com vários núcleos. Essas
células contêm grande quantidade de filamentos longitudinais (isto é, ao longo
da célula), chamados miofibrilas, que estão organizados em estruturas
contráteis formadas por proteínas – os miômeros (ou sarcômeros). É
justamente o arranjo dessas proteínas em unidades repetidas que confere ao
músculo a aparência estriada.
Para que ocorra a contração muscular, os músculos necessitam de energia. Os
vasos sanguíneos trazem nutrientes, obtidos na digestão, e gás oxigênio,
obtido na respiração, que possibilitam a produção de energia. Essa produção
ocorre no interior de uma organela citoplasmática abundante nos músculos, a
mitocôndria, por meio da respiração celular. Na falta do gás oxigênio, os
músculos estriados esqueléticos podem realizar a fermentação lática, outra
forma de obtenção de energia, que não usa esse gás e libera menos energia,
sendo, portanto, menos eficiente.

A contração dos músculos exige energia  nutrientes e oxigênio


Ação antagônica dos músculos estriados esqueléticos enquanto um
músculo contrai, seu par relaxa.
Nosso sistema locomotor é coordenado pelo sistema nervoso e funciona por
meio da interação entre os ossos, os músculos e as articulações. Vimos que
os músculos estão ligados aos ossos por meio dos tendões. Assim, quando
são contraídos, os músculos também “puxam” essas estruturas, possibilitando
os movimentos. Para voltar à posição inicial, existe outro músculo que contrai,
puxando o tendão e os ossos. A maioria dos músculos estriados esqueléticos
trabalha em pares, porém com movimentos antagônicos, isto é, de forma
inversa: enquanto um contrai, seu par relaxa.
Outros tipos de tecido muscular:
 Músculo estriado cardíaco: responsável pelos batimentos do coração.
Apresenta contração rápida, rítmica e involuntária.
 Músculo não estriado (ou liso): recebe esse nome por não apresentar
estrias. Está associado a diversos órgãos internos. Possui contração
lenta e involuntária.

A saúde do nosso sistema locomotor


 Utilizar proteções em atividades como andar de skate e bicicleta;
 Utilizar calçados adequados para a tarefa desejada (como correr, andar
ou ficar muito tempo em pé);
 Carregue sua mochila nas costas sempre utilizando as duas alças e bem
ajustada ao corpo (não a deixe pendente).
Módulo 21 – Organização do sistema nervoso

Para que todas as partes do nosso organismo funcionem em conjunto, de


forma integrada e adequada, é necessária a atuação de sistemas de
coordenação. Essa coordenação é feita pelo sistema nervoso e pelo sistema
endócrino.

Os órgãos dos sentidos (ex. olhos e orelhas) captam estímulos do ambiente e


levam as informações até o sistema nervoso. Este é responsável por
interpretá-las e comandar uma resposta, como atravessar a rua ou aguardar o
momento mais oportuno para fazê-lo. Mas não são apenas nas situações de
tomada de decisão que o sistema nervoso age: ele coordena todas as
atividades do nosso organismo o tempo todo, como o batimento do coração,
a respiração, a digestão, entre muitas outras.

Por esse critério, o sistema nervoso é dividido em:

• Sistema nervoso central (SNC): encéfalo (cérebro, hipotálamo, cerebelo e


tronco encefálico) e medula espinal. Coordena todas as informações recebidas
e enviadas pelo corpo.
Encéfalo:
-Cérebro: interpreta os estímulos
-Hipotálamo: controle do balanço hídrico, apetite e temperatura corporal
-Cerebelo: responsável equilíbrio, coordenação e precisão dos movimentos
-Tronco encefálico: controle involuntário da respiração e dos batimentos
cardíacos.
 Medula espinal: Conduz as informações do encéfalo para o órgão e dos
órgãos para o encéfalo.

• Sistema nervoso periférico (SNP): composto pelos nervos e pelos gânglios


nervosos.

 Nervos sensitivos ou aferentes: levam informações do interior do


corpo ou de regiões periféricas ao SNC.
 Nervos motores ou eferentes: conduzem respostas do SNC para
músculos ou glândulas.
 Nervos mistos: conduzem tanto respostas sensitivas, em direção ao
SNC (fibras sensitivas do nervo), quanto motoras, em direção aos órgãos
(fibras motoras do nervo).
Os nervos raquidianos são todos mistos, enquanto os cranianos podem ser
sensitivos, motores ou mistos.

Módulo 22 – Caminhos do impulso nervoso

Nervos aferentes (ou sensitivos) recebem informações como sons do


ambiente, cores, forma e temperatura de um objeto, dor ocasionada por lesões
em alguma parte do corpo, entre outras. Como os nervos aferentes transmitem
“sensações”, eles também são chamados de nervos sensoriais ou sensitivos,
e os órgãos que captam as informações do ambiente são chamados de
receptores.
Algumas respostas elaboradas e enviadas pelo SNC por meio dos nervos
eferentes podem ser destinadas a músculos não estriados (lisos), esqueléticos
ou cardíacos, sinalizando que eles devem se contrair. Por transmitir uma ordem
que geralmente envolve movimento, esses nervos também são chamados de
nervos motores, e os órgãos que respondem a esses estímulos são
conhecidos como efetores.

Um caminho para o impulso nervoso

Podemos generalizar o caminho do impulso nervoso da seguinte forma: a partir


de um estímulo recebido por algum receptor, um impulso nervoso é enviado ao
SNC por meio de nervos sensitivos (ou aferentes). No SNC, é produzida uma
resposta, que será levada por um nervo motor (ou eferente) ao órgão que
deverá executar uma ação.

Outro caminho para o impulso nervoso


Existem alguns impulsos que não passam pelo cérebro; nesse caso, o centro
nervoso que interpreta e elabora a resposta é a medula espinal. Trata-se dos
atos reflexos ou simplesmente reflexos, nos quais o circuito nervoso é
composto pelo nervo sensitivo, pela medula espinal e pelo nervo motor, o que
torna a ação de resposta muito mais rápida.

Figura: Quando a mão encosta na superfície quente, o estímulo captado pela pele percorre um
nervo sensitivo (ou aferente) e chega à medula espinal, onde faz uma ligação com um nervo de
associação (ou intermediário). A medula espinal é responsável pela elaboração de uma
resposta, cujo estímulo segue por um nervo motor (ou eferente) até o músculo do braço. A
resposta gerada é rápida e involuntária. A mão é retirada do objeto quente, evitando um
acidente mais grave, tudo isso sem que o estímulo passe pelo cérebro. Esse percurso é
conhecido como arco reflexo e nem sempre envolve um nervo de associação.
Ao mesmo tempo que ocorre a ação involuntária para proteger o organismo de um acidente
mais grave, gera-se outro estímulo paralelo que vai para o cérebro, onde será interpretado
como dor. Como tudo acontece muito rapidamente, parece que a dor e a retirada da mão
ocorrem ao mesmo tempo, mas a retirada da mão ocorre antes mesmo de sentirmos a dor.

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