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ORIENTAÇÕES PARA A ESCRITA DAS NARRATIVAS PEDAGÓGICAS

(CARTA-CONVITE)

Prezado/a professor/a,
Nos dias 18 e 19 de novembro de 2022 realizaremos o primeiro Simpósio Brasileiro
de Educação Matemática com Pessoas Jovens, Adultas e Idosas. Um de seus objetivos será
instaurar um espaço coletivo de produção de narrativas pedagógicas por parte de docentes
da Educação Básica, por meio das quais os professores e as professoras possam
compartilhar suas experiências pedagógicas, conversar sobre elas e participar ativamente
da escrita de textos que reconstruam, fortaleçam e tornem públicos os saberes de sua
experiência com o ensino de Matemática na Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas.
Esta carta é um convite para você participar desse processo, experimentando algo que pode
ser novo: escrever uma narrativa pedagógica.
As narrativas pedagógicas são textos de diferentes gêneros (cartas, memoriais,
relatos de experiência pedagógica, diários etc.) escritos por nós, profissionais da educação,
com o intuito de refletir e dialogar com nossos pares a respeito de nossas experiências,
leituras, investigações, práticas e relações pedagógicas. Elas costumam ser escritas de um
modo pessoal, contando histórias que vivenciamos em nossos lugares de trabalho e/ou
formação. No caso deste evento, convidamos você a escrever um relato de experiência
pedagógica. A ideia é que você se inscreva no evento com uma primeira versão da sua
narrativa, que, inicialmente, será lida e comentada por outro/a professor/a convidado/a por
nós. Você receberá uma carta desse/a professor/a com esses comentários que irão orientá-
lo/a para a escrita de uma nova versão que você nos enviará para a publicação nos Anais
do Simpósio.
Mas o que há de diferente na escrita que propomos? Na grande maioria dos eventos
acadêmicos, quando queremos apresentar um relato de experiência, o trabalho que
escrevemos costuma seguir uma estrutura previamente estabelecida pelos organizadores
(um template), geralmente contendo introdução, objetivos, referencial teórico,
metodologia, resultados, conclusões e referências. Pareceristas avaliam nosso trabalho e o
aprovam ou nos encaminham um parecer com as exigências e sugestões de mudanças para
aprovação. No caso deste evento, convidamos você a escrever sobre uma experiência
pedagógica com a matemática na Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas (EJAI) de
uma maneira que pode romper com essa estruturação, pois dá lugar à narrativa da
experiência.
Quando escrevemos uma narrativa, contamos uma história e tudo o que colocamos
no texto está a serviço de reconstruir seus acontecimentos e torná-la compreensível para
o/a leitor/a (e para nós mesmos/as, pois a história vai ganhando forma no próprio processo
de escrevê-la). Se nosso/a leitor/a é um/a colega professor/a, interessa contar a ele/a o que
e como as coisas aconteceram, quais eram as nossas intenções, se consultamos algum texto
ou material, se nosso trabalho teve alguns frutos... Mas não apenas isso (e não
necessariamente nessa ordem). Outras dimensões da experiência podem ser trazidas ao
texto: Como nos sentimos? Que expectativas ou dúvidas tínhamos? O que ou quem nos
inspirou ou motivou? Que condições tivemos para realizar nosso trabalho? Recebemos
ajuda de alguém? Alguém ou algo nos atrapalhou? O que essa experiência pedagógica nos
ensinou ou nos fez pensar? Houve algo que nos surpreendeu? Houve tensões, vazios,
frustrações? Nossos/as alunos/as disseram ou perguntaram algo que nos marcou?
Imaginamos fazer diferente da próxima vez? É nosso desejo que haja uma próxima vez?
Esses são apenas alguns exemplos de perguntas que podemos nos fazer enquanto
escrevemos, a depender do tipo de história que contamos e do modo como nós mesmos/as
a experienciamos.
Contar uma história é falar de coisas que acontecem com pessoas que participam
dela, em certos lugares, tempos, condições, circunstâncias... E falar de como as pessoas
lidam com esses acontecimentos, de seus sentimentos, aprendizagens, emoções, reflexões...
É também um movimento de organizar e comunicar nossas ideias, dar algumas explicações
sobre aquilo que contamos. Podemos fazer isso escrevendo de uma maneira que se
assemelha a conversar com um/a colega, como nesta carta que escrevemos para você.
Podemos, inclusive, tentar reconstruir algum diálogo que aconteceu na história.
– Eu gostei dessa proposta, mas ela parece ser mais difícil do que seguir um
template!
– Será? Nunca conheci um/a professor/a que não contasse histórias de suas aulas...
Você acha essa proposta interessante, mas parece ser algo de outro mundo?
Pensando nessa possibilidade, tivemos uma ideia: gravamos um vídeo com a professora
Juliana Batista Faria, que tem se dedicado a estudar estratégias de produção coletiva de
narrativas pedagógicas na formação de professores. No vídeo, ela te dá algumas dicas de
como começar a escrever esse tipo de texto. Ela nos conta que, depois que isso começa,
fica difícil de parar... É igualzinho dar aula na EJAI: a gente nunca mais quer largar!
Clique aqui para acessar: LINK PARA O VÍDEO.
Antes de enviar sua narrativa em “Submeter trabalho” no site do evento, baixe o
arquivo Narrativa Pedagógica Modelo. Nele você terá acesso às orientações sobre a
formatação do arquivo que você irá nos enviar. Uma observação importante: quando fizer a
inscrição de sua narrativa no site do evento, certifique-se de escolher o Eixo 7 –
Narrativas Pedagógicas.
Esperamos ansiosamente por sua história!
Em caso de dúvidas, entre em contato conosco pelo seguinte e-mail:
narrativa.simposio.ejai@gmail.com
Um abraço das professoras e dos professores da Comissão Científica das Narrativas
Pedagógicas

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