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Primeira Replúbica
Presidente e vice-presidente:
Profissão do presidente:
Marechal Manuel Deodoro da Fonseca nasceu no Estado de Alagoas, na Lagoa do Sul, no dia
5 de agosto de 1827.
Além de toda a crise política que marcou a mudança do regime, o governo de Deodoro da
Fonseca encarou uma das crises econômicas mais graves de nossa história. Suas principais
características foram: federalismo; divisão dos poderes em três (executivo, legislativo e
judiciário); voto universal masculino (mulheres, analfabetos, mendigos, padres e menores de 21
anos não podiam votar). Assinatura do projeto da Constituição de 1891 durante o governo de
Deodoro. O governo de Deodoro da Fonseca ficou marcado pelas iniciativas autoritárias do
marechal, que acabaram desgastando sua posição como presidente e levaram-no à renúncia.
Presidente e vice-presidente:
Durante o governo provisório, em 1890, foi escolhido como Ministro da Guerra, e, no ano
seguinte, foi eleito como vice-presidente do Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892).Usando
da força para abafar as revoltas militares que aconteceram no Rio de Janeiro e no Sul do país,
Floriano entrou para a história como o “Marechal de Ferro”. Para governar, Floriano se
aproximou da oligarquia paulista, representada pelo Partido Republicano Paulista (PRP).
Profissão do presidente:
Floriano Vieira Peixoto nasceu em Ipioca, mais tarde denominada Floriano Peixoto, em Alagoas,
em 30 de abril de 1839, filho do tenente-coronel Manuel Vieira de Araújo e de Ana Joaquina de
Albuquerque. O sobrenome Peixoto foi herdado do avô paterno, major José Vieira de Araújo
Peixoto.
Floriano assumiu o poder em 1891, logo após a renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca. Seu
governo tinha como principal desafio consolidar a república no Brasil tendo em vista a divisão
no apoio ao regime por causa de disputas de poder entre os aliados.
Presidente e vice-presidente:
Profissão do presidente:
Foi um advogado e político brasileiro. Durante o Império foi eleito vereador (1865-1868) e
deputado provincial (1867) pelo Partido Liberal, e deputado provincial cinco vezes pelo Partido
Republicano (1878, 1881, 1883, 1885, 1887). No período republicano foi eleito presidente da
Assembleia Constituinte de 1890 quando iniciou a propalação dos ideais de “civilismo” em
detrimento do militarismo adotado na República naquela época.
Prudente José de Morais Barros nasceu no Distrito do Varejão, Itu, município brasileiro do
estado de São Paulo situado na Região Metropolitana de Sorocaba, atualmente Mairinque,
nasceu dia 4 de outubro de 1841 e morreu dia 3 de dezembro de 1902 (61 anos) Piracicaba, São
Paulo.
Presidente e vice-presidente:
Foi deputado provincial de 1867 a 1871, vereador (1872), novamente deputado provincial
(1881), deputado geral, (hoje se diz deputado federal), de 1885 a 1888, e deputado provincial
(1889), sempre pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Foi um dos três únicos republicanos
a serem eleitos deputados gerais durante o Império do Brasil.
Profissão do presidente:
Além de advogado, foi político e criador do PRP (Partido Republicano Paulista), marcando sua
carreira com a presidência do estado de São Paulo, de 1896 a 1897 e em seguida assumindo o
posto de quarto presidente da República, do ano de 1898 até 1902.
Manuel Ferraz de Campos Sales nasceu em Campinas, no dia 15 de fevereiro de 1841. Campos
Sales se tornou bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo no ano de 1863,
ingressando, logo em seguida, no Partido Liberal.
Presidente e vice-presidente:
Apoiado pelos partidos republicanos de São Paulo e Minas Gerais, alcançou o cargo máximo da
política, a Presidência do país, nas eleições diretas de 1902, tomando posse dia 15 de novembro
de 1902.
Francisco de Paula Rodrigues Alves foi o quinto presidente da República brasileira, assumindo
o mandato em 15 de novembro de 1902 a 15 de novembro de 1906.
Profissão do presidente:
Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu em Guaratinguetá, interior de São Paulo, dia 7 de
julho de 1848. Filho de portugueses fazendeiros, Domingos Rodrigues Alves e Isabel Perpétua
Marins, Alves desde cedo demostrou suas habilidades, sendo o primeiro da classe. Estudou em
Guaratinguetá e, em 1859, ingressa no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Governou São Paulo por três mandatos: entre 1887 e 1888, como presidente da província,
como quinto presidente do estado de 1900 a 1902 e como nono presidente do estado de 1912 a
1916. Elegeu-se duas vezes presidente da República, cumprindo integralmente o primeiro
mandato (1902 a 1906), mas faleceu antes de assumir o segundo mandato (que deveria se
estender de 1918 a 1922). O Governo de Rodrigues Alves pretendia realizar a modernização do
país com a promoção de obras de saneamento, de reurbanização da capital federal, de incentivo
à imigração e fixação de estrangeiros no campo, da expansão da malha ferroviária nacional.
Outro destaque do governo Rodrigues Alves foi a atuação do barão do Rio Branco como
ministro do Exterior.
Presidente e vice-presidente:
Afonso Pena (1847-1909) foi o 6.º presidente da República em 15 de novembro de 1906 até sua
morte em 14 de junho de 1909. Em uma época de grande prosperidade com a política de
valorização do café. Faleceu antes de terminar o mandato e foi substituído por Nilo Peçanha.
Iniciou sua carreira política durante o Império, exercendo vários cargos, incluindo de
presidente de Minas Gerais, legislador, presidente do Banco da República e ministro de Estado.
Profissão do presidente:
Formado em Direito, o mineiro Afonso Augusto Moreira Pena começou sua carreira política
como deputado pelo Estado de Minas Gerais em 1874. Posteriormente foi deputado federal,
ministro, governador de Minas Gerais, vice-presidente de Rodrigues Alves, até que em 15 de
novembro de 1906 foi elevado à presidência.
Estado de origem do presidente:
Afonso Augusto Moreira Pena nasceu em Santa Bárbara, em Minas Gerais, no dia 30 de
novembro de 1847 e faleceu no Palácio do Catete, em 1909. Era filho de Domingos José Teixeira
Pena, imigrante português e da brasileira Ana Maria dos Santos. Estudou no Colégio do
Caraça, dos Padres Lazaristas. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1870.
Presidente e vice-presidente:
Nilo Procópio Peçanha foi o sétimo presidente da República do Brasil, de 14 de junho de 1909 e
15 de novembro de 1910. Nilo Peçanha foi eleito para ser ser vice de Afonso Pena (1847-1909) e
quando este faleceu, assumiu o cargo presidencial, com 42 anos.
Profissão do presidente:
Fez os estudos primários em Campos e secundários no colégio Alberto Brandão, Rio de Janeiro.
Estudou na Faculdade de Direito de São Paulo e depois ingressou na Faculdade de Direito do
Recife, quando se bacharelou em 1887. Em 1888, Nilo Peçanha voltou para sua cidade natal,
onde exerceu a profissão de advogado. Atraído pela política, fundou, com Francisco Portela o
Clube Republicano de Campos e candidatou-se à Câmara dos Deputados do Império nas
eleições de 1889.
Estado de origem do presidente:
Nilo Procópio Peçanha nasceu em Campos dos Goitacases, no Rio de Janeiro, no dia 2 de
outubro de 1867. Filho de Sebastião de Sousa Peçanha, que trabalhava como padeiro e de
Joaquina Anália de Sá Freire, descendente de uma importante família de políticos.
Seu governo foi marcado pelo acirramento dos conflitos entre as oligarquias de São Paulo e
Minas Gerais que praticavam a chamada política do café com leite. No seu governo houve
incentivo ao ensino técnico-profissional e a criação do SPI (Serviço de Proteção ao Índio), que
depois foi transformado em autarquia e denominado Funai (Fundação Nacional do Índio). Nilo
Peçanha inaugurou o ensino técnico no país. Outra medida importante foi o saneamento da
baixada fluminense.
Presidente e vice-presidente:
Hermes da Fonseca vence as eleições diretas, assumindo a presidência do país, com 55 anos,
no dia 15 de novembro de 1910. Governou de 1910 a 1914, sendo seu vice-presidente Venceslau
Brás.
Profissão do presidente:
Tal qual seu pai, seguiu a carreira militar e, em 1871, com apenas 16
anos, já no Rio de Janeiro, cursou Ciências e Letras e ingressou na
Escola Militar, sendo aluno do político os ideais positivistas. Em 1878,
foi um dos fundadores do “Clube Republicano” do Círculo Militar,
organização Benjamin Constant, personalidade que lhe influenciou
sobre responsável por derrubar a monarquia e instituir o novo
regime.
Estado de origem do presidente:
Hermes Rodrigues da Fonseca nasceu no município de São Gabriel, Rio Grande do Sul, dia 12 de
maio de 1855. De família ilustre e de tradição no Exército, era filho do Marechal Hermes Ernesto
da Fonseca e de Rita Rodrigues Barbosa.
Já de início, seu governo foi marcado pela crise da política do café com leite, entre os políticos
cafeicultores de São Paulo e os fazendeiros de Minas Gerais, os quais revezavam o cargo da
presidência do país. Além disso, nos primeiros dias de atuação, enfrentou a Revolta da Chibata
(1910), movimento dos marinheiros contra os maus tratos recebidos. Mais tarde, a Guerra do
Contestado (1912-1916), desencadeada no sul do país e liderada pelo monge José Maria.
Presidente e vice-presidente:
Eleito deputado federal pelo Partido Republicano Mineiro (1903), tornando-se líder da bancada
mineira e, pouco depois, da maioria no Congresso. Assumiu a presidência de Minas Gerais em
1909. Elegeu-se vice-presidente da República (1910) na chapa de Hermes da Fonseca.
Período em que governou:
Profissão do presidente:
Venceslau Brás Pereira Gomes (1868-1966) nasceu em São Caetano da Vargem Grande, hoje
Brasópolis, em Minas Gerais, no dia 26 de fevereiro de 1868. Filho de Francisco Brás Pereira
Gomes, chefe político da cidade que recebeu o nome em sua homenagem.
Presidente e vice-presidente:
Delfim Moreira também foi governador do estado de Minas Gerais, de 1914 a 1918. Eleito vice-
presidente na chapa de Rodrigues Alves durante as eleições, assumiu a presidência em virtude
do falecimento daquele, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições (à
época a Constituição previa que o vice-presidente só assumiria definitivamente caso o
presidente morresse depois de decorridos dois anos de sua posse, ou seja, a metade de seu
mandato), tornando-se presidente interino do Brasil.
Profissão do presidente:
Advogado, tendo cursado a Faculdade de Direito de São Paulo (1890). Foi juiz municipal em
Santa Rita do Sapucaí, tornando-se vereador e presidente da Câmara Municipal (1893).
Nomeado secretário do Interior de Minas Gerais (1902-1906) e presidente de Minas Gerais (1914-
1918), elegeu-se senador estadual (1907-1909) e deputado federal (1909-1911), mas renunciou
para retornar à Secretaria (1910-1914). Elegeu-se vice-presidente da República, em 1918, na
chapa de Rodrigues Alves.
Delfim Moreira da Costa Ribeiro nasceu na cidade de Cristina, estado de Minas Gerais, em 7
de novembro de 1868.
Presidente e vice-presidente:
Em 1818, Rodrigues Alves foi eleito, pela segunda vez, para presidente da república, mas não
pode assumir o cargo, pois adoeceu e faleceu em 18 de janeiro de 1919. Assumiu o governo o vice-
presidente Delfim Moreira. Realizada nova eleição, Epitácio Pessoa saiu vitorioso pelo Partido
Republicano, concorrendo com Rui Barbosa, que teve o apoio do Partido Liberal. Sua eleição
interrompeu a sequência de candidatos oriundos dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.
Profissão do presidente:
Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa nasceu em Umbuzeiro, Paraíba, no dia 23 de maio de 1865.
Descendente de proprietários rurais com sete anos perdeu os pais, que faleceram vítimas da
varíola. Foi criado pelo tio Henrique Pereira de Lucena, futuro Barão de Lucena e Governador
de Pernambuco.
Seu governo foi marcado por diversas crises, acompanhando os rumos da economia do pós-
guerra, entre elas, o aumento da inflação, que obrigou o presidente a se recusar a ceder
aumentos salariais, gerando greve geral dos operários. Epitácio Pessoa negou também o
aumento do soldo militar, indispondo-se com o Exército. Essa indisposição agravou-se com a
nomeação de civis para ministro da Guerra e para a Marinha.
Presidente e vice-presidente:
Foi eleito para um novo mandato de deputado federal (1915 a 1917). Tornou-se o líder principal
do Partido Republicano Mineiro, tirando o controle do PRM dos políticos do Sul de Minas
Gerais, deslocando o centro da política mineira para a Zona da Mata. Foi presidente do estado
de Minas Gerais entre 1918 e 1922.
Artur Bernardes (1875-1955) foi presidente do Brasil. Exerceu a presidência entre os anos de
1922 e 1926. Sucedeu Epitácio Pessoa e antecedeu Washington Luís. Arthur Bernardes, do
Partido Republicano Mineiro (PRM) antes de assumir a presidência do país, teve uma
importante carreira política, foi deputado e Senador do estado de Minas Gerais, sendo mais
tarde eleito Presidente de Minas Gerais (1918-1922).
Profissão do presidente:
Artur Bernardes nasceu em Viçosa, em Minas Gerais, no dia 8 de agosto de 1875. Filho de
Antônio da Silva Bernardes e Maria da Silva Bernardes iniciou seus estudos no Colégio de
Caraça, Minas Gerais.
Durante seu governo, a instabilidade tanto política quanto econômica foi marcante, visto
que governou no estado de sítio (medida de proteção do estado), enfrentando diversos
movimentos tenentistas que se espalhavam pelo país (Revolução de 1924, Coluna Prestes e
Comuna de Manaus) e movimentos operários, bem como lidou com uma inflação desenfreada,
decorrente do final da Primeira guerra mundial. No geral, Arthur adotou medidas autoritárias
para combater os focos de revoltas pelo país, marcando assim, um governo repressivo, o qual
restringiu a liberdade da imprensa. Com o intuito de equilibrar a economia do Brasil, propôs
cortes nos gastos públicos, realizou empréstimos e o aumentou os impostos.
Presidente e vice-presidente:
No dia 15 de novembro de 1926, teve início o período governamental que encerraria a "República
Velha", período que vai da proclamação até a ascensão de Getúlio Vargas. Sua eleição foi
recebida com grande esperança, após um período de agitações políticas. Logo, libertou sem
processo os presos políticos e não prorrogou o estado de sítio que caracterizou o governo de
Artur Bernardes.
Profissão do presidente:
Washington Luís ficou conhecido como um “presidente moderno” por investir em várias áreas
do conhecimento, tais como ciências sociais, historiografia e museologia. Foi um advogado,
historiador e político brasileiro. Além disso, ele estimulou o avanço de técnicas voltadas para a
melhoria da administração estatal.
Estado de origem do presidente:
Seu governo foi marcado pelo enfrentamento da crise internacional do café e a crise
financeira internacional, iniciada em outubro de 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de
Nova Iorque. No plano econômico, a principal ação de Washington Luís incidiu na tentativa de
fortalecer a moeda corrente do Brasil, com a montagem de um grande depósito de ouro que
serviria de lastro à moeda. Porém, a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque não possibilitou
o êxito da tentativa e gerou ainda outra consequência drástica à economia nacional, a abrupta
queda dos preços do café. Mesmo sendo representante da oligarquia cafeeira paulista,
Washington Luís se negou a conceder empréstimos aos fazendeiros para cobrir seus prejuízos,
causando insatisfação entre eles.
Presidente e vice-presidente:
Júlio Prestes foi um dos presidentes eleitos do Brasil pelo voto popular no período da República
Velha (1889-1930), após o governo de Washington Luís. Entretanto, foi impedido de exercer o
cargo, devido ao golpe de 1930, liderado pelo político Getúlio Vargas. (eleito presidente em 1930,
não tomou posse, impedido pela Revolução de 1930).
Profissão do presidente:
Foi um advogado, fazendeiro, poeta e político brasileiro. Júlio Prestes iniciou sua carreira
política em 1909, sendo Deputado Estadual em São Paulo até 1923, pelo Partido Republicano
Paulista (PRP). Durante três anos, ou seja, de 1924 a 1927, foi eleito Deputado Federal. Além
disso, foi governador do Estado de São Paulo, de 1927 a 1930, e permaneceu de 17 de julho de
1927 a 21 de maio de 1930.
Júlio Prestes de Albuquerque nasceu dia 15 de março de 1882, em Itapetininga, interior de São
Paulo. Filho do coronel Fernando Prestes de Albuquerque, eleito presidente de São Paulo (1898-
1900), cargo que atualmente é denominado “governador”, e de Dona Olímpia de Sant’Anna
Prestes, Júlio seguiu os passos do pai e teve importante carreira política.
A candidatura de Prestes também era vista por muitos estados influentes como uma
afronta à política do café com leite. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, coligados na
Aliança Liberal, lançariam Getúlio Vargas como candidato da oposição. As eleições do dia
primeiro de março de 1930 deram vitória a Prestes, que recebeu cerca 1.100.000 votos. Ele foi
recebido como presidente nos Estados Unidos e na França e aclamado em celebrações oficiais. A
oposição, contudo, alegou que as eleições eram fraudadas e articulou um movimento militar
contra a posse de Prestes. No dia 24 de outubro de 1930, Washington Luís foi deposto e Júlio
Prestes pediu asilou ao consulado Britânico, rejeitando qualquer tentativa de resistência
armada. Mais tarde, exilou-se na Europa. Regressou ao Brasil em 1934, mudando-se para
Itapetininga e passando a cuidar dos negócios de sua fazenda de algodão. Poucos anos antes de
sua morte, ajudou a fundar a União Democrática Nacional (UDN).