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EtnoPsicologia Final
EtnoPsicologia Final
Magalhães Azevedo
Raufa Rafael
Maputo
2022
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Magalhães Azevedo
Raufa Rafael
Maputo
2022
Índice
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1.Introdução................................................................................................................................0
1.1.Objetivos...............................................................................................................................0
1.2. Metodologia.........................................................................................................................0
2.1.Cultura...................................................................................................................................1
5.Conclusão.................................................................................................................................4
6.Referências bibliográficas........................................................................................................5
1.Introdução
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De acordo com a OMS, saúde mental é “um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz
de usar suas próprias habilidades, recuperar se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir
com a comunidade”. Ser produtivo, nessa perspectiva, diz respeito não só a ser funcional no
trabalho ou ocupação, mas também ser capaz de desempenhar os vários papéis que se tem na
vida: o de pai/mãe, esposo(a), filho(a), namorado(a), amigo(a), entre outros.
1.1.Objetivos
Objetivo geral
Objetivos específicos
Caracterizar a cultura;
Explicar as interpretações de saúde mental em Moçambique;
Descrever o cenário das intervenções em Moçambique.
1.2. Metodologia
2.1.Cultura
Segundo Cardoso (2001: 16), a cultura é definida como um sistema de signos e significados
criados pelos grupos sociais. Ela se produz (através da interacção social dos indivíduos, que
elaboram seus modos de pensar e sentir, constroem seus valores, manejam suas identidades e
diferenças e estabelecem suas rotinas). A cultura é parte do que somos, nela está o que regula
nossa convivência e nossa comunicação em social. Santos (1994) apresenta duas concepções
básicas da cultura:
De acordo com Brandão (1996), a função da cultura é a transmissão dos valores morais,
normas sociais de uma sociedade. Exemplo: Ritos de iniciação, o Lobolo (p. 47).
O conceito de relatividade cultural sugere que os padrões do certo e do errado (valores) e dos
usos e atividades (costumes) são relativos à cultura da qual fazem parte. Na sua forma
extrema, esse conceito afirma que cada costume é valido em termos de seu próprio ambiente
cultural.” (Hoebel e Frost, 2001, 22). A noção de relativismo cultural abrange três
significados:
a) Todo e qualquer elemento de uma cultura é relativo aos elementos que compõem
aquela cultura, só tem sentido em função do conjunto; que sua validade depende do
contexto em que está inserido, de sua posição em meio de outros níveis e conteúdos
da cultura de que faz parte;
b) As culturas são relativas: não há cultura, nem elemento dela, que tenha carácter
absoluto, que seja, em si e por si, a perfeição. Será certa e boa para a sociedade que a
vivencia e na medida em que nela se realiza e em que a exprime. Não há, pois, um
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padrão absoluto para julgar “a priori” o certo e o errado, o belo e o feio entre as
culturas, pois cada uma traz em si mesma seu padrão de medida.
As culturas são equivalentes e, portanto, não se pode fazer uma escala em que cada cultura
receba uma “nota”, de acordo com o critério que defina o que é mais ou menos perfeito. Falsa,
portanto, a velha concepção em que a diversidade se alinhava desde uma suposta infância até
à maturidade humana. O relativismo não é só uma suspensão de juízo, devido a não se
encontrar critério decisivo para classificar as culturas; é mais que isso: afirma positivamente
que uma cultura é tão válida como outra qualquer, por ser uma experiência diversa que o ser
social faz de sua humanidade. As culturas são variantes, alternativas, distintos modos como o
verbo “ser homem” é conjugado na sincronia do espaço e na diacronia da história. Como a
forma verbal do indicativo não é mais certa ou errada que a do subjuntivo, nem o nominativo
mais correto que o acusativo: tudo depende da construção da frase.
De acordo com a OMS, saúde mental é “um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz
de usar suas próprias habilidades, recuperar se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir
com a comunidade”. Ser produtivo, nessa perspectiva, diz respeito não só a ser funcional no
trabalho ou ocupação, mas também ser capaz de desempenhar os vários papéis que se tem na
vida: o de pai/mãe, esposo(a), filho(a), namorado(a), amigo(a), entre outros.
A doença mental, para além das consequências fisiológicas próprias da enfermidade, alberga
uma enorme carga de consequências sociais, sendo o isolamento a que o doente
frequentemente é sujeito, a que mais se destaca. Na História da Humanidade, verificamos que
os doentes mentais foram, repetidamente, alvo de discriminação, exclusão social, abuso e
estigma, obrigando‐os a viver à margem da sociedade. O doente mental foi e continua a ser
visto muitas vezes com medo e aversão assim como objecto de curiosidade.
A saúde mental em Moçambique sempre foi uma área contemplada pelo Governo. Contudo, a
assistência prestada aos doentes mentais no país era do tipo reclusiva em que os pacientes
foram confinados em manicómios (período colonial), passando, no pós-independência, por
uma segunda fase de total libertação dos doentes, seguindo-se um tipo de cuidados em regime
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semiaberto a partir de 1990, com a participação das comunidades, tendo sempre em vista a
reabilitação e reinserção social destes. Actualmente, e depois de terem sido preconizados, no
Programa Nacional de Saúde Mental em 1990, os objectivos referentes a organização e
estrutura do serviço clínico e de reabilitação incluindo a criação de uma rede de atendimento
em psiquiatria e saúde mental que deverá englobar serviços de psiquiatria, psicologia,
psicopedagogia, enfermagem, terapia ocupacional, serviço social e as suas respectivas áreas
afins, bem como outras áreas de saúde em geral, ainda não foram atingidos na íntegra.
Numa concepção seguinte, a doença pertencia à esfera religiosa e era obra dos deuses.
Ainda hoje existem aspetos de caráter religioso, maldições ou castigos divinos, nas
representações de saúde e doença. O medo e a culpabilidade sempre participaram da relação
do ser humano com a doença, confirmando as permanências culturais. Pode dizer‐se que o
povo moçambicano é extremamente supersticioso. Esta superstição pertence tanto às camadas
ditas eruditas, como às menos letradas, que acreditam em factos ou seres que podem dar sorte
ou azar, com capacidade de fazerem o bem ou o mal.
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5.Conclusão
6.Referências bibliográficas